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TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS EM CEREAIS E
DERIVADOS
Docente: Ginia Brito
Discentes: Caroline
Giacomini
Daniele Lima
Onaldo França
Rodrigo Usizima
DEFINIÇÃO
São sementes ou grãos comestíveis
produzidos pela família das
gramíneas de cultivo, tais como:
trigo, arroz, centeio, aveia e milho.
DEFINIÇÃO
.
Arroz
Aveia
Centeio
Milho Trigo
ESTRUTURA DOS GRÃOS
Os grãos de cereais são formados a partir das
flores das gramíneas, estas contém ovário que será
fertilizado pelo pólen proveniente do extremo mais
largo em forma de bastão de dois ou três estames.
(SALINAS,2002).
Para fins tecnológicos a partes do grão são
agrupadas em : •pericarpo
•endosperma ou albúmem
ESTRUTURA DOS GRÃOS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Os nutrientes encontrados nos grãos
de cereais são os carboidratos, proteínas,
vitaminas, sais minerais, enzimas e outras
substâncias. Os denominados integrais,
além desses nutrientes, são ricos em fibras
(CEREAIS, 2012).
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Composição Química dos Grãos
CONSTITUINTES (%) Trigo Centeio Milho Cevada Aveia Arroz
Água 13,2 13,7 12,5 11,7 13 13,1
Proteína 11,7 11,6 9,2 10,6 12,6 7,4
Lipídeos 2,2 1,7 3,8 2,1 5,7 2,4
Amido 59,2 52,4 62,2 52,2 40,1 70,4
Outros carboidratos
10,1 16,6 8,4 19,6 22,8 5
Fibra 2 2,1 2,15 1,55 1,56 0,67
Sais Minerais 1,5 1,8 1,9 2,25 2,85 1,2
MATURAÇÃO DOS GRÃOS
O conteúdo de proteínas do grão de
trigo é afetado pelo local de plantio, pelas
condições climáticas pelas práticas culturais
pelas doenças, pelas pragas e, também,
pelo genótipo (GUARIENTI, 1996).
MATURAÇÃO DOS GRÃOS
A maturidade pós-colheita é uma das
propriedades dos grãos menos entendidas.
Complexas mudanças bioquímicas ocorrem nos dias
e semanas que se seguem ao armazenamento de
grãos colhidos “frescos”.
A maturação pode ser avaliada por meio de
vários métodos, sendo o mais comum a
determinação da umidade dos grãos (Daynard &
Duncan, 1969).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
O amido representa quase a totalidade
dos carboidratos que estão presentes nos
grãos (CEREAIS, 2012). Este pode ser
modificado de forma química ou enzimática,
para incrementar ou inibir suas
características originais e adequá-lo as
aplicações específicas (FENNEMA, 2000).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
As aplicações específicas são usadas para
promover:
• espessamento
• melhorar retenção
• aumentar estabilidade
• melhorar sensação ao paladar e brilho
• gelificar
• dispersar ou conferir opacidade.
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
Duas transformações muito
comum no amido são os processos
de:
• Hidrolise - formação de glicose e
maltodextrina.
• Gelatinização – formação de géis.
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
HIDROLISE
Alfa-amilase + amilopectina
oligossacarídeos
Beta –amilase + amilopectina dextrinas
Beta-amilase+ dextrina maltose e glicose
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
HIDROLISE
Na indústria de alimentos utiliza-se
outras enzimas para hidrolisar essas
dextrinas, é mais usada é a amiloglucosidade
obtida de diversos microorganismos
(SALINAS,2002).
Pode-se também obter a hidrolise do
amido pela exposição a altas temperaturas ,
pressões variadas e em meios ácidos
(SALINAS,2002).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
HIDROLISE
Os xaropes de glicose são obtidos no
processo da hidrolise do amido , usando etapas
intermediarias para conseguir as concentrações
desejadas de glicose na composição do xarope
que se classifica assim:
• Baixa conversão 33 a 38%
•Média converção 38 a 45%
•Alta concentração, mais de 50%
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
HIDROLISE
A maltodextrina é outro produto
obtido através da hidrolise do amido , mas
esta é feita a partir da decomposição em
meio ácido ou alcalino do amido de milho,
com auxilio de enzimas. É utilizada nos
embutidos como substituto de gordura
(PRODUÇÃO..., 2010).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
GELATINIZAÇÃO
No processo de cozimento, os
grãos absorvem a água e incham,
alterando sua estrutura, e somente
chega ao processo de gelatinização
completa, quando o meio tem água
suficiente para ser absorvida pelo grão
chegando ao ponto de um gel (SOUZA,
ANDRADE, 2000).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
GELATINIZAÇÃO Origem do Amido
Temperatura de Gelatinização (°C)
Cevada 51-60
Trigo 58-64
Centeio 57-70
Aveia 53-59
Milho 62-72
Sorgo 68-78
Arroz 68-78
A
temperatura
de
gelatinização
varia de
acordo com
a origem do
amido.
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
Dentre as variadas proteínas
encontradas nos cereais as predominantes
são as prolaminas e glutelinas. A gliadina é
uma das várias frações existentes da
prolamina. (SALINAS, 2002).
Quando adicionado água à farinha e
submetendo-a a um amassamento, a gliadina
e glutenina o glúten. (CANELLA-RAWLS,
2005).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
Panificação
GliadinaGlutenina
Glúten
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
Panificação
O glúten tem a
habilidade de se
esticar e
aprisionar as
bolhas de gás que
são responsáveis
pelo crescimento
do pão.
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
Maltagem A maior parte dos carboidratos dos
grãos utilizados para a fermentação está
na forma de amido, no entanto as
leveduras fermentadoras não produzem
amilases para degradá-lo, então é
necessário a maltagem onde as fontes de
amilases são acrescentadas (JAY, 2005).
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
As maltarias, a função de umedecer,
germinar e secar os grãos, esse processo serve
como fonte de amilases e é necessária para que
ocorra a hidrólise dos amidos e açúcares, para que
a amido do cereal seja transformado em açúcar
fermentável (JAY, 2005; AMBEV, 20--).
Maltagem
TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS
A maltagem tem duas etapas:
• maceração e
• germinação
O processo de maltagem não é apenas
realizado com a cevada, mas também pode
ser realizado com outros cereais assim como o
trigo e o centeio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SALINAS, R. D. Alimentos e Nutrição: Introdução à bromatologia. Trad. Fátima Murad. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
CEREAIS. Disponível em: <http://www.sonutricao.com.br/conteudo/guia/cereais.php>. Acesso em: 9 Jul. 2012.
FENNEMA, O. R. Química de los Alimentos. Traduzido por Bernabé Sanz Pérez et al. 2. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 2000.
PRODUÇÃO de Amidos para Alimentos. 2010. Disponível em: <http://tecalim.vilabol.uol.com.br/amidosprocesso.html>. Acesso em: 9 Jul. 2012.
SOUZA, R. C. R.; ANDRADE, C. T.. Investigação dos processos de gelatinização e extrusãode amido de milho. Polímeros, São Carlos, v. 10, n. 1, Mar. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-14282000000100006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 08 Jul. 2012.
CANELLA-RAWLS, S. Pão: Arte e Ciência. São Paulo: Senac São Paulo, 2005.
JAY, J. M. Microbiologia de Alimentos. Traduzido por Eduardo Cesar Tondoet al. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005
AMERICAN BEVERAGE COMPANY – AMBEV. Fabricação da Cerveja. [20--] Disponível em: <http://www.ambev.com.br/pt-br/consumidores/fabricacao-da-cerveja/fabricacao-da-cerveja>. Acesso em: 10 Jul. 2012.