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TRANSFORMAÇÕES DE NÃO EQUILÍBRIO

TRANSFORMAÇÕES DE NÃO EQUILIBRIO

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TRANSFORMAÇÕES DE NÃO EQUILÍBRIO

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DIAGRAMA DE FASE Fe-Fe3C

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MICROESTRUTURA DOS AÇOS RESFRIADOS LENTAMENTE

(a) (b)

(c)

(a) aço com 0,45%C, (b) aço com 0,8%C E (c) aço com 0,95%C. Ataque Nital 2%

500X 500X

1000X

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MICROESTRUTURAS /EUTETÓIDE

Supondo resfriamento fora do equilíbrio

EFEITOS DO NÃO-EQUILÍBRIO

Ocorrências de fases ou transformações em temperaturas diferentes daquela prevista no diagrama

Existência a temperatura ambiente de fases que não aparecem no diagrama

Cinética das transformações

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•Existem diagramas que fornecem as fases e constituintes formados em um aço, em função de suas condições de resfriamento a partir do campo austenítico. Estes diagramas podem ser baseados em transformações a temperatura constante (após o material ser resfriado rapidamente a partir do campo austenítico até a temperatura de interesse), conhecidos como diagramas TTT (Tempo, Temperatura e Transformação) ou em transformações desenvolvidas durante um resfriamento contínuo, diagramas TRC (Transformação em Resfriamento Contínuo).

•Estes diagramas são experimentais, obtidos a partir de amostras de um dado aço, que são aquecidos até uma temperatura no campo austenítico e que, após permanecerem nesta temperatura por um certo tempo, são resfriados de acordo com o tipo de diagrama. A transformação da austenita pode ser acompanhada pela análise metalográfica de amostras resfriadas rapidamente, após seguirem a forma desejada de resfriamento por diferentes períodos de tempo, ou através da medida de variações com o tempo de propriedades físicas (ou outras características) dependentes da estrutura do aço, como por exemplo a liberação de calor (análise térmica), a resistividade elétrica, etc.

MICROESTRUTURAS Supondo resfriamento fora do equilíbrio

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Curvas em S para a cinética de transformação isotérmica de um aço com composição eutétóide (0,76 %C). Decomposição da fase austenita e formação dum agregado de ferrita + cementita denominado perlita.

Seção do diagrama de equilíbrio Fe-Fe3C

CINÉTICA DA REAÇÃO EUTETÓIDE EM AÇOS

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CURVAS TTT

As curvas TTT estabelecem a temperatura e o tempo em que ocorre uma determinada transformação

Só tem validade para transformações a temperatura constante

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Diagrama de transformação isotermica TTT (Tempo-Transformação- Temperatura) para a reação eutetoide em aços

CINÉTICA DA REAÇÃO EUTETÓIDE EM AÇOS

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Diagrama de transformação isotermica TTT (Tempo-Transformação- Temperatura) para a reação eutetoide em aços

CINÉTICA DA REAÇÃO EUTETÓIDE EM AÇOS

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CURVAS TTT

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Diagrama TTT de um aço hipoeutetóide (0,44%C, 0,22%Si, 0,66%Mn,0,15%Cr)

Diagrama TRC de um aço hipoeutetóide (0,44%C, 0,22%Si, 0,66%Mn,0,15%Cr)

EXEMPLOS DE CURVAS TTT E TRC

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CURVAS TTT MICROESTRUTURAS /EUTETÓIDE

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CURVAS TTT AÇOS HIPOEUTETÓIDE E

HIPEREUTETÓIDE

0,35% C 0,9 %C

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RESFRIAMENTO A TEMPERATURA

CONSTANTE

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CURVAS TTT

RESFRIAMENTO CONTÍNUO

A (FORNO)= Perlita grossa

B (AR)= Perlita + fina (+ dura que a anterior)

C(AR SOPRADO)= Perlita + fina que a anterior

D (ÓLEO)= Perlita + martensita

E (ÁGUA)= Martensita

No resfriamento contínuo, as curvas TTT deslocam-se um pouco para a direita e para baixo

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MICROESTRUTURAS BAINITA- Ocorre a uma temperatura inferior a do joelho- Forma de agulhas que só podem ser vista com microscópio

eletrônicoDureza: bainita superior 40-45 Rc e bainita acidular 50-60 Rc ESFEROIDITA- É obtida pelo reaquecimento (abaixo do eutetóide) da

perlita ou bainita, durante um tempo bastante longo TROOSTITA- os carbonetos precipitam de forma globular (forma escura)- Tem baixa dureza (30-40 Rc)

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PERLITA

Perlita fina:

20-30 Rc

Perlita grossa:

86-97 RB

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Microestrutura da Bainita contendo finíssimas agulhas das fases

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MARTENSITA (dureza: 63-67 Rc)

Martensita nos aços

Martensita no titânio

A transf. Martensítica ocorre c/ aumento de

volume

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MARTENSITA REVENIDA

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MICROESTRUTURAS MARTENSITA- É uma solução sólida supersaturada de carbono (não se forma por

difusão)- Forma de agulhas - É dura e frágil (dureza: 63-67 Rc)- Tem estrutura tetragonal (é uma fase metaestável, por isso não

aparece no diagrama)

MARTENSITA REVENIDA- É obtida pelo reaquecimento da martensita (fase alfa + cementita)

- A dureza cai- Os carbonetos precipitam- Forma de agulhas escuras

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RESUMO DAS TRANSFORMAÇÕES

AUSTENITA

Perlita

( + Fe3C) + a fase

próeutetóide

Bainita

( + Fe3C)

Martensita

(fase tetragonal)

Martensita Revenida

( + Fe3C)

Ferrita ou cementita

Resf. lentoResf. moderado

Resf. Rápido (Têmpera)

reaquecimento

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FATORES QUE AFETAM A POSIÇÃO DAS CURVAS TTT

Teor de carbono

Tamanho do grão da austenita

Composição química (elementos de liga)

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TEOR DE CARBONO

Quanto menor o teor de carbono (abaixo do eutetóide) mais difícil de se obter estrutura martensítica

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COMPOSIÇÃO QUÍMICA – ELEMENTOS DE LIGA

Quanto maior o teor e o número dos elementos de liga, mais numerosas e complexas são as reações

Todos os elementos de liga (exceto o Cobalto)

deslocam as curvas para a direita, retardando as transformações

Facilitam a formação da martensita

*** Conseqüência: em determinados aços pode-se obter martensita mesmo com resfriamento lento

Page 26: TRANSFORMAÇÕES DE NÃO EQUILIBRIO

CURVAS TTT EFEITO DAS ELEMENTOS DE LIGA

AISI 1335 AISI 5140

Mesmo teor de carbono mas com diferentes elementos de liga

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AISI 4340 neste aço é possível obter bainita por resfriamento contínuo

CURVAS TTT EFEITO DAS ELEMENTOS DE LIGA

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AISI 1321 cementado as linhas Mi e Mf são abaixadas. Neste aço a formação da martensita não se finaliza, levando a se ter austenita

residual a temperatura ambiente.

CURVAS TTT EFEITO DAS ELEMENTOS DE LIGA

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TAMANHO DE GRÃO DA AUSTENITA

Tamanho de grão grande retarda a formação da perlita, já que a mesma inicia-se no contorno

de grão

Quanto maior o tamanho de grão mais para a direita deslocam-se as curvas TTT

E consequentemente, tamanho de grão grande favorece a formação da martensita

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TAMANHO DE GRÃO DA AUSTENITA

No entanto deve-se evitar tamanho de grão da austenita muito grande porque:

Diminui a tenacidade Gera tensões residuais É mais fácil de empenar É mais fácil de ocorrer fissuras

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HOMOGENEIDADE DA AUSTENITA

Os carbonetos residuais ou regiões ricas em C atuam como núcleos para a formação da

perlita

Quanto homogênea a austenita mais para a direita deslocam-se as curvas TTT

Então, uma maior homogeneidade favorece a formação da martensita

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TRATAMENTOS TÉRMICOS E CONTROLE DA MICROESTRUTURA

Finalidade:

Alterar as microestruturas e como consequência as propriedades mecânicas das ligas metálicas

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OBJETIVOS DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS

- Remoção de tensões internas- Aumento ou diminuição da dureza- Aumento da resistência mecânica- Melhora da ductilidade- Melhora da usinabilidade- Melhora da resistência ao desgaste- Melhora da resistência à corrosão- Melhora da resistência ao calor

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PRINCIPAIS TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS

Recozimento Normalização Têmpera e revenido Coalescimento ou esferoidização

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RECOZIMENTO

Objetivos:- Remoção de tensões internas devido aos

tratamentos mecânicos- Diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade- Alterar as propriedades mecânicas como a

resistência e ductilidade- Ajustar o tamanho de grão- Melhorar as propriedades elétricas e magnéticas- Produzir uma microestrutura definida

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NORMALIZAÇÃO

Objetivos:

Refinar o grão Melhorar a uniformidade da microestrutra

*** É usada antes da têmpera e revenido

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TÊMPERA E REVENIDO

Objetivo: Obter estrutura matensítica que promove:- Aumento na dureza- Aumento na resistência à tração- Redução na tenacidade

*** A têmpera gera tensões deve-se fazer revenido posteriormente

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REVENIDO

*** Sempre acompanha a têmpera

Objetivos:- Aliviar ou remover tensões da têmpera- Corrigir a dureza e a fragilidade,

aumentando consequentemente a tenacidade

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ESFEROIDIZAÇÃO OU COALESCIMENTO

ObjetivoObtenção de uma estrutura globular ou esferoidal

de carbonetos no aço, com o qual: Melhora a usinabilidade, especialmente dos aços

alto carbono facilita a deformação a frio