TRANSFORMAÇÃO ACELERADAPesquisa exclusiva mostra como a

liderança de TI está conduzindo os

projetos em meio à pandemia

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Viabilização de home office para centenas de funcionários, automação de inúmeras atividades manuais, criação de bases de dados gigantes-cas, desenvolvimento de soluções para agilizar a tomada de decisão e produtos digitais para o negócio. Essa é apenas uma amostra da longa lista de exemplos do que os CIOs têm feito a toque de caixa dentro dos departamentos de TI de empresas de todas as áreas nas últimas semanas. E tais ações têm acelerado, e muito, os processos de transformação digital das companhias brasileiras, segundo mostra uma pesquisa inédita e exclusiva feita pela IT Mídia.

1. Home office e comitês de crise

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Não

7,6%

Sim

92,4%

“As primeiras ações foram relacionadas à rápida mobilização para viabilizar o trabalho das pessoas do escritório em home office, com um uso intenso de vídeo colaboração. Agora, estamos buscando o desenvolvimento de robôs para acompanhar as medidas publicadas pelo governo que fazem sentido para a nossa indústria”

CIO do setor de construção civil

A sondagem foi conduzida entre março e abril deste ano com 130 CIOs de empresas de todos os segmentos, com o objetivo de entender como a liderança de TI está lidan-do com as mudanças impostas pela recente pandemia do novo coronavírus. Na opinião de mais de 90% dos respon-dentes, a pandemia acelerou ou antecipou o processo de transformação digital.

A pandemia antecipou ou acelerou a transformação digital na sua empresa?

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O que já estava implementado antes da crise?

Projetos de continuidade de negócios

Projetos de disaster recovery

Notebooks, smartphones, etc

Videoconferência

Segurança e privacidade de dados

VPN

58,8%

71,8%

82,4%

84,0%

85,5%

87,8%

A jornada de aceleração começou com a necessidade de colocar os cola-boradores (ou grande parte deles) em regime de trabalho remoto, pratica-mente do dia para a noite, por conta das regras de distanciamento social para prevenção do Covid-19. Com isso, não restam dúvidas de que temas como home office, infraestrutura e segurança foram os mais demandados pelas áreas de negócios no período, de acordo com o levantamento.

“Embora pareça um tema batido, poucas empresas, de fato, tinham esta-belecido um sistema de home office em todos os níveis de rotina dos co-laboradores. Isso, muitas vezes, era oferecido como um benefício para um, dois dias na semana”, observa o gerente de estudo e pesquisas da IT Mídia, Pedro Hagge. Com a necessidade batendo à porta, não houve mais alter-nativa, e a TI teve que batalhar para viabilizar o teletrabalho em massa e, acima de tudo, a continuidade dos negócios.

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A pesquisa mostra que a intensificação do trabalho remoto como cultura, de fato, foi a prioridade para o período, apontada por mais de 90% dos CIOS (93,4%) entre as tecnologias que ganharam relevância. Mas as iniciati-vas não se limitaram a isso, como mostra o gráfico abaixo. E, para alcançar os investimentos necessários para as implementações que precisaram ser feitas com urgência, a justificativa mais relevante foi a continuidade dos negócios, apontada por 88,5% dos CIOs, seguida da segurança dos dados, lembrada por 69,5%.

Quais tecnologias ganharam relevância neste período?

Intensificação de trabalho remoto como cultura

Analytics

Robotização de processos

Digitalização do portfólio de produtos

Uso massivo de inteligência artificial

Outros

93,40%

51,20%

50,40%

49,60%

19,80%

7,40%

Quais as principais justificativaspara obter esses investimentos?

Continuidade dos negócios

Segurança

Redução de custos

Políticas internas

Outros

$$

10,7%

$ $$$$$$

32,1%

$ $$$$$$$

$ $

40,5%

$$$$$$$$

$$$$$$

69,5%

$$$$$$$$

$$$$$$$$

$$$$$$

88,5%

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Para tomar as decisões referentes a estes investimentos e iniciativas, ao que indica a sondagem, a maioria das empresas já criou, desde o início da pandemia, seus comitês de crise. A boa notícia é que as áreas de TI, em sua maioria, estiveram (e ainda estão) presentes nessas verdadeiras “salas de guerra” surgidas em meio à pandemia. Em números: 91,6% das empresas consultadas criaram comitês de crise, sendo 85% deles com participação da área de TI. Além de uma simples participação, a TI tem papel ativo nas decisões que são tomadas nessas reuniões, segundo 80,4%. Uma fatia me-nor dos CIOs, de 13,7% está, inclusive, liderando as iniciativas criadas dentro do comitê.

Qual a responsabilidadeda TI no comitêde crise?

TI não lidera, mas participa das decisões

TI está liderando as iniciativas

TI participa como ouvinte

5,9%

13,7%

80,4%

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Neste cenário, o apoio e confiança que a TI tem recebido das outras áreas ao apresentar suas visões estratégicas é quase unânime: 94,7% garantem que a área tem o respaldo dos demais líderes e departamentos para apon-tar suas considerações e sugestões de solução em relação à crise desenca-deada pelo Covid-19.

“Todos participantes do comitê têm papel preponderante diante do desafio. Desde a concepção do comitê de crise e saúde, a área de TI tem participado ativamente para garantir suporte às ações que necessitam de tecnologia”

CIO do setor de óleo e gás

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Como mostra a pesquisa, as mudanças que vêm impulsionando a transformação digital das empresas nas últimas semanas não se limitam às tecnologias impulsionadas pela necessidade de trabalho remoto, embora tenham sido iniciadas por elas. Analytics e robotização de processos foram citados por mais da metade dos CIOs consultados como tecnologias que ganharam relevância no período da pandemia do novo coronavírus, conforme mostra o gráfico da página ante-rior. Em seguida, aparece também a digitali-zação do portfólio de produtos.

O motivo é simples: no caso de Analytics, com tantas mudanças acontecendo, as empresas precisam usar melhor as informações que possuem dentro de casa, seja para fazer pro-jeções sobre um futuro ainda incerto ou para conhecer melhor o cliente e, assim, vender mais. Já a robotização e automação de pro-cessos acabam surgindo, muitas vezes, para substituir rotinas que antes eram executadas presencialmente, além de ser uma forma uti-lizada para reduzir custos em tempos difíceis.

O destaque para essas tecnologias também está em linha com a crescente necessidade de criar produtos digitais, por exemplo, para garantir a continuidade dos negócios. Além disso, priorização dos canais digitais para atendimento e o forte investimento na cria-ção ou intensificação do ecommerce tam-bém influenciaram no resultado.

2. Automação e conhecimento

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As ações que vêm surgindo por conta de necessidades re-centes da pandemia, e que já apresentam bons resultados, agora se tornam argumentos importantes para sensibilizar a direção das empresas em torno da implementação e/ou apri-moramento de outras soluções, acelerando o processo de transformação digital dessas companhias. Mais de 90% dos CIOs apontam que, apesar de todo o estresse nas adoções de novas práticas, feitas às pressas, o momento está servindo para ajudar no convencimento da direção para outras iniciati-vas, incluindo automação de processos e robótica.

“Quase todos os respondentes da nossa amostra disseram que a pandemia acelerou o processo de transformação digital. O que já era um movimento esperado, mas de forma mais grada-tiva. A pandemia quase que obrigou as empresas a acelerarem esse processo”, ressalta Pedro Hagge.

“Primeiro [trabalhamos para] garantir a operacionalização da empresa, continuamos trabalhando por sermos essenciais na cadeia dos alimentos. Na sequência, estamos trabalhando para ajudar nos bem estar das pessoas que estão em home office e, também, como podemos acelerar a digitalização de alguns processos da empresa”

CIO do setor de agronegócios

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Com tantas iniciativas urgentes na agenda do CIO, a dúvida que fica é quando serão retomados os projetos que estavam previstos para 2020 antes mesmo de sabermos da existência do novo coronavírus. Por en-quanto, 60% das empresas acreditam que a retomada de projetos, defi-nição de prioridades e investimentos acontecerá só a partir de junho.

3. Retomada e perspectivas

“[As principais demandas são] organização de entregas primordiais, neste momento, utilizando a cultura ágil. Acelerar temas que estavam em hold para termos uma retomada forte após a crise”

CIO do setor financeiro

Previsão de retomada de investimentos em TI

Maio Junho Outro

17,50%59,50%22,90%

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Quase 40% das companhias ainda não têm uma visão clara dos projetos que irão suportar os negócios no pós-crise e ainda não está trabalhando em iniciativas deste tipo. Segundo Pedro Hagge, passados cerca de três meses de isolamento, as empresas devem começar a ter uma visão um pouco mais clara da continuidade dos seus processos, seus negócios, e até mesmo o orçamento que elas vão ter para alocação de recursos. Confira no vídeo a análise completa sobre a pesquisa:

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