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Transformando um Roteador em uma Máquina de Torrents e Servidor de Arquivos Por Cristiano Ash. https://cristianoash.wordpress.com/ Criado em 16 de Agosto de 2015. Atualizado em 21/12/2016.

Transformando um Roteador em uma Máquina de Torrents e ... · Bom, conforme comentado mais acima, o objetivo é configurar um roteador para ser usado como torrent box e também como

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Transformando um Roteador em

uma Máquina de Torrents e

Servidor de Arquivos

Por Cristiano Ash.

https://cristianoash.wordpress.com/

Criado em 16 de Agosto de 2015.

Atualizado em 21/12/2016.

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Prefácio

Em tempos de crise e com o custo da energia aumentando, é inevitável pensarmos em

soluções para tentar diminuir estes custos e tornar tudo mais “sustentável”: trocamos lâmpadas por

modelos mais econômicos, tomamos banhos mais curtos e por aí vai. Uma das coisas que

incomodavam era precisar deixar o PC ligado para baixar torrents, um dos meus passatempos

favoritos. Mas um PC comum, com monitor LED/LCD consome em média 70 a 80 watts/hora, isso se

não tiver placa de vídeo e outros “acessórios”. Este consumo pode dar uma boa diferença na conta

de luz, se você deixar ligado muito tempo. Então comecei a pesquisar de que forma poderia ser

construída uma máquina simples, a um custo baixo para baixar torrents e que fosse mais econômica

que um PC comum.

Procurei várias alternativas: Usar um Raspberry Pi, Um PC montado com placa Intel J1800, até

o famoso “NUC” (que troço caro!). Então descobri o OpenWRT, que nada mais é que um Linux

adaptado para rodar em alguns roteadores em substituição ao firmware original de fábrica, que pode

ser customizado com várias funções. E o que é melhor: O consumo médio destes roteadores não

passa de 4 Watts/hora! Então eu poderia deixar ligado sem me preocupar.

Veja algumas coisas que podemos fazer com o OpenWRT, além das funções básicas do roteador:

Cliente torrent que usa interface web com acesso interno e externo à rede podendo salvar os

arquivos em um HD externo ou unidade de rede;

Servidor FTP para transferir arquivos internamente e externamente;

Servidor DLNA que pode disponibilizar conteúdo multimídia para a TV/Xbox/PS

Serviço DDNS para acessar externamente a sua rede sem usar um IP fixo;

Firewall muito flexível e fácil de configurar portas, redirecionamentos, acessos, etc.;

Disco de rede (NAS). Dependendo do HD que você usar e das configurações, você pode ter

sua própria “nuvem” pessoal;

Usar como servidor de impressão;

Conectar na internet usando um modem 3G USB;

Conectar uma webcam USB ou câmeras IP e acessá-las pela rede interna ou externa,

montando um mini sistema de vigilância on-line;

Configurar uma VPN para conectar-se na rede interna de qualquer lugar e/ou conectar duas

redes através da internet como se fossem uma só rede. (Fonte: HardMob)

Agora basta encontrar um roteador que tenha um bom custo/benefício e que seja compatível

para instalar este sistema. Depois de várias pesquisas, encontrei o TP LINK WDR3600 N600 (veja as

características no site do fabricante). Ele é mais barato que o WDR4300, ambos vêm com 128 MB de

RAM e um bom processador, o que o torna ideal para instalarmos este sistema. E o custo não é alto

pelo que oferece, muito bom mesmo. Veja a “cara do bicho”:

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A partir de agora, vou mostrar como foi feita a configuração deste roteador, em um passo a

passo bastante detalhado. Apenas gostaria de deixar claro que esta foi a forma que encontrei para

fazer a coisa toda funcionar, não entendo muito de redes e Linux, sou só mais um curioso tentando

fazer a coisa certa. Portanto, certamente devem haver outras maneiras melhores ou mais elegantes

de fazer determinados passos descritos aqui.

Apenas gostaria de deixar claro que ao fazer os procedimentos descritos aqui, você está ciente

dos riscos e da perda da garantia. Não me responsabilizo por nada neste sentido.

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Sumário

1 - Introdução ......................................................................................................................................................... 5

1.1 - Porque o OpenWRT e não outro?.............................................................................................................. 5

1.2 - Pré-requisitos: ............................................................................................................................................ 5

1.2.1 - Hardware necessário: ............................................................................................................................. 6

1.2.2 - Software e outros recursos necessários: ................................................................................................ 8

2 - Configurando ..................................................................................................................................................... 9

2.1 - Teste o roteador ......................................................................................................................................... 9

2.2 - Baixe o firmware OpenWRT ...................................................................................................................... 9

2.3 - Conecte-se com seu roteador. ................................................................................................................. 10

2.4 - Trocar o firmware .................................................................................................................................... 12

2.5 - Me arrependi, queria voltar para o firmware padrão da TP-Link, como faço? ..................................... 14

2.6 - Configuração básica do roteador............................................................................................................. 14

3 – Preparando o HD externo e Pendrive com o Mini Tool partition Wizard. ................................................... 19

4 - Sistema de arquivos e swap ............................................................................................................................ 22

5 – Instalando os pacotes ..................................................................................................................................... 23

5.1 – Montando o sistema de arquivos ........................................................................................................... 23

5.2 – Mão na massa .......................................................................................................................................... 25

6 – TORRENTS! ...................................................................................................................................................... 30

6.1 – Instalação ................................................................................................................................................. 30

6.2 - Configuração das pastas .......................................................................................................................... 32

6.3 – Configuração do Transmission ................................................................................................................ 33

6.4 – Acessando o Transmission ...................................................................................................................... 39

7 – Gerenciando Torrents Remotamente ............................................................................................................ 42

8 - Compartilhando pastas e arquivos ................................................................................................................. 44

9 – hd-idle ............................................................................................................................................................. 49

10 – IMPORTANTE: LIGAR E DESLIGAR O ROTEADOR & DADOS CORROMPIDOS.............................................. 50

11 - Conclusão ...................................................................................................................................................... 51

12 - Referências: ................................................................................................................................................... 52

Apêndice A: Recuperando-se de um desastre .................................................................................................... 53

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1 - Introdução

Bom, conforme comentado mais acima, o objetivo é configurar um roteador para ser usado

como torrent box e também como servidor de arquivos, que possa ficar ligado o dia todo e que

tenha baixíssimo consumo de energia e zero ruído (sem ventoinhas). O modelo escolhido foi o TP-

Link WR3600.

Este roteador (modelo WDR3600) consome pouca energia (cerca de 4 Watts) e tem um

hardware bem interessante para usarmos para esta finalidade. A TP-link fabrica outro modelo

semelhante que é o WDR4300, que tem praticamente as mesmas características (processador,

memória, etc), mas com uma antena wi-fi a mais. Se preferir, pode usar este modelo para configurar

nosso torrent box, as configurações são exatamente as mesmas, só muda a versão de firmware

OpenWRT. Caso opte pelo 4300 baixe a versão específica para este modelo no site no OpenWRT.

Este artigo será focado apenas no WDR3600.

Estamos considerando que você já tenha um conhecimento básico sobre roteadores,

configuração básica de rede no Windows, linux e sobre o firmware OpenWRT. Caso ainda não tenha

procure no Google sobre estes assuntos antes de seguir adiante. Vamos fazer tudo passo a passo,

mas um conhecimento mínimo se faz necessário para a coisa andar. Embora eu imagine que se você

chegou até este artigo, não deve ser um usuário com conhecimentos básicos: termos como

“firmware”, “roteador” e “OpenWRT” certamente não são de conhecimento de um usuário comum.

1.1 - Porque o OpenWRT e não outro?

Poderia ter escolhido outra opção, mas testei todas e a única realmente funcional e que

permitiu com que tudo desse certo foi mesmo a OpenWRT. Os outros firmwares (DD-WRT,

Tomato) têm alguns problemas que não consegui resolver, pelos menos não com este modelo de

roteador que estou usando e com o conhecimento que tenho. Achei o suporte ruim e muita

informação desencontrada.

O suporte e a documentação também são muito importantes. Percebi que a OpenWRT está

em constante desenvolvimento e tem muito material na internet, sem a falar na OpenWRT Wiki,

que é muito bem organizada e cheia de informações.

1.2 - Pré-requisitos:

Como dito mais acima, recomendo que você tenha um conhecimento mínimo em Linux e que esteja familiarizado com termos como “firmware”, “Terminal”, “roteador”, etc. Eu não sei muita coisa, sei o básico para não desistir de tudo quando vejo uma janela preta de terminal escrito algo como $Root> e um cursor piscando. Procure estudar um pouco sobre o básico do básico do Linux, como permissões, uso do editor “vi”, comandos básicos para percorrer diretórios, criar pastas, etc, pela linha de comando. Não sabe o que é linha de comando? Melhor parar por aqui e estudar um pouquinho mais, depois continue a leitura a partir daqui.

Vamos listar os itens necessários para que tudo aconteça conforme esperado:

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1.2.1 - Hardware necessário:

Um roteador TP Link WDR3600 – N600 ou mesmo um WDR4300 (neste caso, só muda o firmware). Você também pode tranquilamente usar este tutorial como referência para tentar instalar o OpenWRT em outro modelo/marca de roteador, isso fica a seu critério, mas faça as modificações necessárias e pesquise sobre o seu modelo e se tem o firmware OpenWRT para ele;

Um PC/Notebook com Windows instalado (qualquer versão);

Um cabo de rede para ligar o roteador direto no seu PC;

Um HD Externo com boa capacidade (será usado para guardar seus arquivos e para guardar os torrents baixados. A capacidade fica a seu critério, o meu é um HD externo Samsung de 500 GB,

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modelo M3 que peguei no programa de pontos do cartão de crédito, saiu “de graça”. ). Mas se você quiser colocar no lugar um pendrive de alta capacidade, fique a vontade.

Um pendrive de 4 ou 8 GB de boa qualidade (será usado para fazer “Swap” e para arquivos do sistema – “extroot”) – Neste caso, compre o melhor pendrive que puder. Estou usando um Kingston G4 de 8 GB. Nada de marcas desconhecidas ou procedência duvidosa. Este ponto é essencial para a estabilidade da coisa toda. Use a marca que desejar.

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1.2.2 - Software e outros recursos necessários:

Software PuTTY para conexão com terminal. Baixe e instale no seu PC. (http://www.chiark.greenend.org.uk/~sgtatham/putty/download.html ). Pode usar outro se preferir.

Software Mini Tool Partition Wizard Free (http://www.partitionwizard.com/download.html ). Baixe e instale no seu PC. Se preferir outro, também fique à vontade. Estou usando esta:

Firmware OpenWRT. Atualmente ele está na versão 15.05.1 ( “Chaos Calmer”). Usaremos então esta última estável para o TP Link WDR3600 que pode ser encontrada neste link: https://downloads.openwrt.org/chaos_calmer/15.05.1/ar71xx/generic/openwrt-15.05.1-ar71xx-generic-tl-wdr3600-v1-squashfs-factory.bin

Se você for curioso vai notar que existem sempre duas versões para cada modelo de roteador, uma tem no nome do arquivo uma parte escrita “squashfs-factory” e outra tem “Sysupgrade”. A Squashfs é usada quando o roteador ainda está com a versão de firmware que veio de fábrica (nosso caso) e a “sysupgrade” como o nome já diz, é para usar quando seu roteador já tem o OpenWRT instalado e você vai fazer a atualização para uma nova versão. Preste atenção neste detalhe para não destruir seu roteador;

Meu provedor de acesso à internet é a GVT. Não sei como é o “modem” das outras operadoras, mas este da GVT que eu uso (Pace) tem 4 portas LAN disponíveis atrás dele. Vamos precisar que o modem de sua operadora tenha pelo menos uma porta LAN livre para interligarmos com o Roteador TP-Link. Algumas instruções que vou dar aqui são baseadas no modem da GVT, mas podem ser usadas para qualquer tipo de “modem” basta você saber o IP da página de configuração dele (geralmente é 192.168.25.1 ou 192.168.0.1) e a senha/login para entrar nas configurações. No caso da GVT o meu é padrão: usuário é “admin” e a senha é “gvt12345”;

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Paciência. Muita paciência.

Tempo. Pelos meus cálculos, se tudo der certo deve levar em torno de 2h30 a 3h para deixar tudo certo, caso não dê nenhum problema e caso você já tenha providenciado todo o hardware e software listado acima.

Um lugar calmo e tranquilo para você trabalhar. Não tente fazer nada com crianças por perto, pressa para ir a algum lugar ou alguém te pressionando para usar o computador. Paz é essencial para nada dar errado!

Seguir rigorosamente os passos deste tutorial, sem pular etapas.

Agora vai começar a diversão! Sempre lembrando que estou considerando que você tenha um roteador TP link WDR 3600 original de fábrica.

2 - Configurando

2.1 - Teste o roteador

A primeira coisa a fazer é ligar o roteador na tomada e ver se ele liga. Ligou? Ótimo, você não vai precisar trocar na loja, vamos ver se ele configura agora.

2.2 - Baixe o firmware OpenWRT

Vá até o link : http://downloads.openwrt.org/barrier_breaker/14.07/ar71xx/generic/openwrt-ar71xx-generic-tl-wdr3600-v1-squashfs-factory.bin e faça o download do firmware. Lembre-se que este é específico para o seu roteador TP Link WDR3600-N600. Salve na sua área de trabalho. Se este link estiver quebrado quando estiver lendo este artigo, sempre entre no site oficial do OpenWRT e procure no diretório barrier_braker/er71xx/generic/ .

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2.3 - Conecte-se com seu roteador.

Para podermos configurar o roteador com segurança, ele precisa estar ligado ao seu PC por um cabo de rede. Não vá se aventurar com conexão wi-fi! conselho de amigo. Mas então vamos lá: ligue uma ponta do cabo de rede na porta LAN1 do TP link e outra ponta na porta de rede do seu PC/Notebook. Se seu PC estiver conectado pelo cabo de rede que vem do modem da sua operadora, desconecte-o e deixe ligado apenas o seu PC com o TP link. Nada mais. Sim, você vai ficar sem internet até terminarmos esta etapa.

Espere o Windows reconhecer a rede (deve aparecer um ícone de rede com um ponto de exclamação amarelo na área de notificação) e se você passar o mouse em cima vai ver algo como “conexão limitada”. Agora tente digitar no seu navegador o endereço 192.168.0.1

Se deu tudo certo, você está na página de configuração do seu TP link. Tem que se parecer com isso:

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Não deu certo? Então será necessário configurar o IP do seu PC manualmente: vá nas opções de rede do seu Windows, duplo clique em TCP/IPv4...

...Configure o IP como fixo. Coloque ele na mesma rede do TPlink. Para isso digite no endereço IP algo como “192.168.0.2”. Assim você coloca o seu PC na mesma rede do TP link. Tem que ficar assim:

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Até aqui tudo bem? Se não conseguir, faça e refaça os testes e tente novamente. Se o roteador não conectar, pode ter um problema de fábrica, se precisar, leve-o na assistência técnica ou troque-o antes de seguir para o próximo passo.

2.4 - Trocar o firmware

Agora vem a parte que você não respira até que termine. São dois minutos que você fica em uma dimensão paralela.

Se faltar energia neste momento ou se alguém tropeçar em algum cabo, a possibilidade de corromper a memória do roteador é quase 100%, aí pode ir pensando em como comprar outro. Mas em 99,99% dos casos, sempre dá certo. Então faça tudo com calma e fique tranquilo. Confira novamente se o firmware que baixou é o correto.

Vá até “System Tools” no menu lateral e na tela que se abre, clique no botão “Choose file”, escolha o arquivo que você fez o download e salvou na área de trabalho do seu PC.

Agora é só aguardar. Depois que o roteador finalizar o processo você ficará sem rede

novamente, ficará tudo parado por alguns instantes. Depois deste momento, você irá calmamente

para a barra de endereços de seu navegador e irá digitar o endereço 192.168.1.1. Este é o IP padrão

para roteadores que usam o OpenWRT. Caso nada aconteça, repita o passo para configurar o IP no

Windows, mas agora coloque o IP na mesma faixa novamente. Pode usar o 192.168.1.2. Ficará mais

ou menos assim:

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Depois de configurar o IP no no seu PC, reinicie o navegador e acesse 192.168.1.1...

Pronto... eis o OpenWRT! A primeira e mais crítica parte do trabalho foi terminada. Agora vá até as

configurações (System/Administration) e coloque uma senha, isso é muito importante OK? NÃO

ESQUEÇA A SENHA!

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2.5 - Me arrependi, queria voltar para o firmware padrão da TP-Link, como faço?

Não sei. E pelo que andei lendo, é complicado demais, mas dizem que tem jeito. Felizmente

tenho certeza que você não vai querer voltar. A não ser que seja para fins de garantia ou algo assim.

Aí você vai ter que aprender na marra, porque se levar o roteador na assistência técnica com o

firmware OpenWRT, eles vão invalidar na hora. O manual do fabricante deixa isso bem claro.

2.6 - Configuração básica do roteador

Agora precisamos fazer o roteador conversar com a seu “modem” GVT ou outro qualquer.

Vamos fazer com que os dois fiquem na mesma rede e vamos configurar o TP-LINK como repetidor.

Vá no menu Network e clique em interfaces:

Agora, na Interface Lan clique em “Edit”:

OBS: Você pode remover as interfaces que não for usar clicando em “Delete”. No meu caso removi a

WAN e as Wi-fi, já que meu objetivo é fazer apenas um servidor de arquivos e cliente torrent. Mas

fica a seu critério. Caso mude de ideia depois, é só adicionar a interface novamente.

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Configure o IP para fixo:

Aqui coloquei o 192.168.25.177. Mas você pode usar outro se quiser, desde que esteja dentro da

faixa de endereçamento (192.168.25.xx) de IP do seu roteador GVT (ou outra operadora). Tome

cuidado para não colocar o mesmo IP de algum outro dispositivo que já está na sua rede ou de errar

a faixa, senão você pode perder o contato com seu roteador e vai ser necessário um reset de fábrica

(ver apêndice a, no final deste tutorial). O gateway vai ser o mesmo IP da página de configuração do

modem da operadora, no caso da GVT é 192.168.25.1. (Notar que isso pode mudar de operadora

para operadora). O Netmask, IP padrão do seu modem (e outros dados) você pode obter indo no

prompt de comando do Windows e digitando Ipconfig. Faça esta verificação para não errar.

Nesta mesma tela de configurações da interface LAN, role e tela um pouco mais abaixo, você precisa

desabilitar o DNS. Fica assim:

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Isto é necessário pois aqui no nosso caso, quem vai distribuir o DNS é o modem da operadora. O

nosso TP Link é apenas um escravo. Depois que finalizar isso, clique em “Save”

Agora vá na aba “Firewall settings” nesta mesma tela e deixe assim:

Depois que finalizar isso, clique em Save & apply:

Assim que o roteador reiniciar, você vai perder momentaneamente o acesso a ele. Vá até as

configurações TCPv4 do Windows e volte as configurações padrão, deixe tudo como estava antes, no

meu caso ficou assim:

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Agora retire o cabo de rede que está ligando seu roteador diretamente com o PC e volte tudo como

antes (ligue o seu PC no modem da sua operadora e o TP link também no modem da operadora. Você

vai usar a porta “LAN1” do seu TP link para ligar ao modem, Ok?. No nosso caso, não vamos usar a

porta WAN.

Aqui ficou mais ou menos como este diagrama:

Caso o Windows não reconheça a rede, clique em cima do ícone da conexão e clique em

“Diagnosticar”:

Feito isso, vá até seu PC e digite no navegador o endereço IP que você atribuiu para o TP-link, no caso

deste exemplo seria 192.168.25.177. Se deu tudo certo, você agora vai voltar a ver a página inicial de

configurações do OpenWRT. Se não deu, faça novamente ou vá até o apêndice a - “recuperação de

desastres” no final deste tutorial.

Após logar no TP link, vamos em frente, continuando com as configurações. Vá novamente no menu

Network/Interfaces, clique em “Edit”:

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Agora vá na aba Network/DHCP and DNS:

Coloque o IP do modem da sua operadora aqui (isso é muito importante):

Depois que finalizar isso, clique em Save & apply:

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Agora vá até o menu System e clique em Reboot:

Na outra tela que aparece clique em “perform reboot”.

Pronto! Agora você já cumpriu com a etapa mais crítica de todo o processo. Instalou o OpenWRT,

configurou o acesso ao seu TP Link e fez tudo ficar como antes no seu PC. Daqui para frente, vamos

então iniciar a configuração para que nosso roteador cumpra o objetivo de ser o mais econômico e

versátil servidor de arquivos e torrents.

3 – Preparando o HD externo e Pendrive com o Mini Tool partition Wizard.

Agora precisamos fazer com que o roteador reconheça nosso pendrive e nosso HD externo e

fazer com que eles possam ser usados pelo sistema.

Plugue seu HD externo em uma USB qualquer do seu PC e abra o Partition Wizard. Clique com

o botão direito em cima da partição, exclua todas (comando “delete partition”), clique novamente e

escolha “create ”:

No menu que aparece, escolha o tipo “Primary” (ATENÇÃO) e o sistema de arquivos (File System)

tem que ser Ext4, que tem um desempenho melhor e se entende melhor com Linux. Esqueça NTFS.

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Depois de escolhidas estas opções, dê um OK e clique e “Apply”. Só aguardar. Vai demorar um pouco

dependendo do tamanho do disco.

Finalizada a formatação do HD externo. Vamos para o

Pendrive. Aquele de boa qualidade que você comprou

lembra?

Vamos dividir o Pendrive em 2 partições: uma para Swap, que vai ser a extensão da memória

RAM do nosso roteador (entendeu porque tem que ser de boa qualidade o pendrive?) e outra para

os arquivos de sistema Transmission.

A primeira partição que vamos fazer é a Swap. Faça o mesmo procedimento que você fez

acima (delete todas as partições e depois clique em “create”) porem agora na opção “file system”

você vai escolher “Linux Swap” (ATENÇÃO) e vai determinar o tamanho de 1000 MB para esta

partição. Depois clique em OK. Vai ficar como abaixo:

Agora, vamos pegar o que sobrou de espaço no pendrive, criar uma nova partição Ext4, setar como

primário também:

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Clique em OK depois, na janela principal do Partition Wizard, clique em “apply”. Agora só aguardar.

Vai demorar...

Após finalizar a tarefa, conecte o HD externo na USB1 do roteador e o pendrive na USB2. Reinicie o

roteador (pode ser pelo menu ou ligando e desligando pelo botão mesmo). Pronto, etapa finalizada.

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4 - Sistema de arquivos e swap

Vamos agora criar o sistema de arquivos, o swap e fazer com que nosso roteador reconheça o

HD externo.

Abra o programa PuTTY que você baixou e salvou no seu desktop e conecte-se com o roteador. Faça

assim:

Vai aparecer a tela de login do openWRT. Mais ou menos como isso:

Digite “root” e a senha que você mudou lá no início, no passo 4. Deve aparecer uma tela como essa:

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Este é o terminal do OpenWRT, aqui é onde são feitas algumas configurações mais avançadas que

não podem ser feitas pela interface do OpenWRT.

5 – Instalando os pacotes

Vamos instalar agora os pacotes para gerenciarmos nosso armazenamento e fazermos um “extroot”.

Isto pode ser feito pela Interface gráfica, mas pelo terminal é mais prático, então vamos lá:

Digite o comando:

opkg update

Aguarde até finalizar a atualização dos pacotes.

Agora digite o comando:

opkg install block-mount kmod-fs-ext4 kmod-usb-storage-extras

Aguarde até finalizar a instalação dos pacotes. Depois que estiver tudo instalado, reinicie (digite

“reboot” na janela de terminal), feche a janela do PuTTY e aguarde. Após o roteador reiniciar, abra

uma nova conexão com terminal.

5.1 – Montando o sistema de arquivos

Agora, como você está com o terminal aberto, digite “cd /dev”, depois dê um “ls”. As minhas

partições ficaram da seguinte forma (e caso você tenha feito tudo exatamente como expliquei até

aqui, as suas devem ter ficado iguais):

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/dev/sda1 – aqui está o HD externo, onde vamos guardar os arquivos. No meu caso é o

Samsung externo de 500 GB;

/dev/sdb1 – aqui está a partição Swap, que o OpenWRT vai usar para estender a memória.

Fica no Pendrive.

/dev/sdb2 – Partição onde ficarão os arquivos de sistema do Transmission. Mais adiante você

vai entender o porque disso.

Outro ponto importante é o “extroot”. Conforme a quantidade de pacotes que você for instalar, a

memória do roteador é insuficiente, então é preciso estender o armazenamento do nosso roteador.

No caso que estamos abordando aqui, não iremos precisar disso. A instalação de todos os pacotes

necessários ainda deixa aproximadamente 600K livre, então vou usar apenas a memória do TP link

mesmo. Mas se tiver interesse em saber como isso funciona, pode estudar sobre isso aqui:

http://wiki.openwrt.org/doc/howto/extroot/extroot.theory ou procure no google sobre este

assunto: “extroot on Openwrt”. Tem bastante material.

Veja quanto de memória meu TP-link ainda tem, depois de instalados todos os pacotes mencionados

neste tutorial (para ver esta informação, vá na aba System/Software:

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5.2 – Mão na massa

Agora vá na interface gráfica do OpenWRT e faça o seguinte:

Vá ate aqui (system/mount points):

Veja se está assim:

Senão vamos lá:

Desça um pouco a página, vá em Mount points e edit:

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Deixe/faça exatamente assim:

Agora volte a página anterior e da mesma forma, edite o /dev/sdb2:

Faça os passos de 1 a 3, para o /mnt/sdb2:

Depois save & Apply:

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Volte a página anterior e veja se o swap está ok:

Edite, e deixe assim, se já não estiver:

Reinicie, entre novamente na interface gráfica vá em system/statup:

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Veja se o fstab está habilitado, se não, habilite (enable) e reinicie novamente:

Agora Reinicie o roteador (terminal/reboot), depois que ele carregar, entre novamente na

interface gráfica, vá em System/Mount Points e veja se ficou mais ou menos assim:

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Agora entre no terminal novamente e crie uma pasta denominada trsys.

Após logar com seu usuário e senha, digite: “cd /mnt”, depois digite “ls”. Tem que aparecer as

duas unidades sda1 e sdb2, como abaixo:

Agora digite “cd sdb2”, depois: “mkdir trsys”, depois “chmod 777 trsys”. Agora digite “ls -

all”. Tem que aparecer assim:

Pode dar um exit e sair do terminal, se você quiser

Pronto, sistema de arquivos criado!! Mas ainda tem chão, vamos instalar os pacotes que precisamos

e completar as configurações.

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6 – TORRENTS!

Vamos instalar um programa para cuidar dos torrents. O escolhido foi o Transmission, que é o

melhor e mais versátil cliente/servidor torrent para Linux. Ele é pequeno e muito estável, permite

configurar quase tudo. O único contra é que ele consome memória, quanto mais torrents baixando,

mais memória. Mas vamos colocar algumas limitações para que ele não devore toda a RAM do nosso

roteador e não desestabilize tudo.

6.1 – Instalação

Entre na interface gráfica do OpenWRT e vá em System/Software:

Agora clique em “update lists”:

Vá até a aba “Avaliable Packages”:

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Procure na letra T pelo Transmission ou então use o filtro:

E instale os pacotes nesta ordem, de 1 a 5 (só clicar em install, vai ter que repetir o passo para cada

um. Instale um por vez:

Agora reinicie o roteador e veja se o Transmission está habilitado na inicialização aqui:

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Veja se está habilitado, se não estiver habilite e depois reinicie novamente:

Pronto, agora temos tudo que precisamos para o transmission instalado. Vamos iniciar as

configurações:

6.2 - Configuração das pastas

Primeiramente vamos criar as pastas necessárias para trabalharmos com o Transmission.

Vamos ter que fazer isso via terminal. Abra o PuTTY e conecte-se com o seu roteador, entre neste

diretório:

cd /mnt/sda1

Agora crie as pastas:

mkdir andamento

mkdir baixados

mkdir arquivos

Agora liste os diretórios para conferir:

ls -a

Deve ficar assim:

Agora vamos ajustar as permissões para estes diretórios, vamos precisar de acesso livre para todos os

usuários (leitura e escrita) quando formos mapear estas pastas no Windows.

Vá para:

cd /mnt/sda1

Digite o comando para mudar permissões com a opção para todos os subdiretórios:

chmod -R 777 andamento

chmod -R 777 baixados

chmod -R 777 arquivos

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O usuário mais experiente deve estar se perguntando porque não criamos todas as pastas no HD

externo (/mnt/sda1). Simples: Para prolongar a vida útil do HD. O transmission faz muitos acessos a

pasta watch e a pasta de arquivos do sistema dele próprio (que aqui vamos chamar de “trsys”), então

melhor deixar isso no pendrive (/mnt/sdb2), assim o HD não fica ligado e com as cabeças

funcionando o tempo todo.

Agora já temos as pastas que precisamos todas criadas. Vamos passar para a configuração do

Transmission. Faremos pela Interface gráfica. Faça o login e vamos começar.

6.3 – Configuração do Transmission

Vá na aba Services/Transmission:

Em Global settings, deixe assim (observe o config file directory, faça igual):

É necessário configurar o “Config file direcotory” apontando para este local porque se você

deixar no padrão do transmission, ele grava os arquivos de configuração em uma pasta temporária na

memória do roteador. Aí quando você reinicia o roteador... voilá! Todos os seus torrents

desaparecem!. Fazendo desta forma, você não perde nada, pois os arquivos estarão seguros no seu

pendrive de alta qualidade classe 10 novinho em folha (sic).

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O “Cache size in MB” você pode fazer alguns testes depois. Tente adicionar alguns torrents e

vá aumentando este valor. Se ficar muito grande o roteador trava, porem quanto maior melhor, o HD

será menos acessado. Eu consegui um ajuste razoável com 32, não consegui aumentar mais que isso

sem prejudicar o desempenho do sistema todo.

A parte Bandwidth e Blocklists:

Note que deixei o speed limit em 1500 MB/s porque minha conexão com a internet é de 25 Mbps,

com upload de 2 Mbps. Então ajuste de acordo com a sua conexão. Se por exemplo for 10 Mb/s, o

speed limit fica em 600 ou 700 KB/s e o Speed limit up fica em 50 KB/s. Se não fizer isso, o

transmission vai ocupar toda a sua largura de banda e você vai ter dificuldades para usar a internet

enquanto tem torrents ativos. Ajuste de acordo com a sua conexão e com a sua prioridade.

Agora vamos setar os diretórios. Fica assim:

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Atenção, um parâmetro muito importante aqui é o “umask”. O padrão é 18, mas

deixe ele em 0 (zero), para que o transmission não ajuste permissões de root para os arquivos

que ele baixar. Se não fizer isso, fica muito chato manipular pastas e arquivos criados por ele. Quando

tiver as pastas mapeadas no seu PC, você precisa ter liberdade para fazer o que quiser com elas

(apagar, renomear, mover). Com o umask em 0, você poderá fazer isso sem problemas.

Outras configurações, deixe assim:

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Mais tarde você pode brincar com autenticações, senhas etc. Por hora deixe como está acima, a

porta padrão para o transmission é a 9091.

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Finalizando:

Acima, o parâmetro “Download queue size” é o que define a quantidade de torrents ativos. O

padrão é 4, mas você pode testar com uma quantidade maior (fiz testes com 10 downloads e

funcionou, mas preferi deixar com 4 mesmo, os torrents baixam mais rápido). Agora está finalizado.

Nada impede que você modifique estes ajustes ao seu gosto, estude e faça de acordo com a sua

necessidade.

Depois de tudo configurado, dê um save & apply:

Para estabilizar nosso roteador e impedir que o transmission se apodere de toda a memória

com as conexões, vamos precisar incluir duas linhas em um arquivo de sistema. Isto é opcional, mas

depois que fiz esta mudança, que encontrei aqui:

https://forum.openwrt.org/viewtopic.php?id=55151 , nunca mais tive que reiniciar o roteador.

Enquanto escrevo este artigo, o sistema está ligado a 10 dias sem interrupções/travamentos. Mas

você pode testar sem fazer isso se preferir.

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Abra o PuTTY e conecte-se com o OpenWRT. Vamos usar o editor vi para modificar o arquivo sysctl.

Digite este comando:

vi /etc/sysctl.conf

Agora pressione a tecla “Insert” ou “I” no seu teclado e insira as seguintes linhas, no final do arquivo

sysctl (pode copiar abaixo e colar no vi com o botão direito do mouse se quiser):

net.core.rmem_max=4194304

net.core.wmem_max=1048576

Aqui ficou assim:

Agora vamos salvar e sair do vi:

Pressione “esc” e digite

:wq!

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Quando você pressiona esc, o vi entra no modo comando e os comandos que você digitar vão

aparecer sempre no canto inferior esquerdo, como na imagem acima. Agora é só dar enter. O vi vai

gravar (w) e sair (q). Procure estudar alguns comandos do vi, você vai precisar algum dia.

Agora, já fora do Vi digite os comandos:

/etc/init.d/transmission stop

sysctl -p

/etc/init.d/transmission start

Agora digite reboot e reinicie o roteador.

6.4 – Acessando o Transmission

Finalmente chegou a hora. Vamos ver se nosso trabalho foi feito direito. Vá até seu navegador

e digite: http://192.168.25.177:9091/transmission/web/ Viu a “cara do bicho”? é isso aí. Você pode

administrar seus torrents pelo link acima, que é a interface web ou então usar um programa para o

Windows chamado transmission remote GUI. Eu uso este programa por ter mais opções para

gerenciar os torrents e por ser mais prático. Pode baixar aqui:

http://sourceforge.net/projects/transgui/ é grátis.

Depois que instalar, é só ajustar a conexão de acordo com seus parâmetros: vá em manage

connections e faça isso.

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Aqui ficou assim:

Agora precisamos adicionar um torrent e ver se ficou tudo certo.

Entre no seu site favorito de torrents e salve na sua área de trabalho qualquer arquivo .torrent.

Abra a interface Transmission GUI, clique no menu “Tools”, depois em “Application Options”:

Agora na tela que aparece clique nesta aba e mude o idioma para Português, confirme e depois feche

o programa e abra novamente:

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Agora vá no menu “torrent”, clique em Adicionar e aponte para o arquivo torrent que você baixou

agora a pouco:

Agora observe se está tudo funcionando. Demora um pouquinho para conectar. Você pode também

fazer isso pela interface web do transmission sem problemas

http://192.168.25.177:9091/transmission/web/ Faça de acordo com seu gosto.

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7 – Gerenciando Torrents Remotamente

Opcionalmente, você pode querer gerenciar seus torrents e acessar seus arquivos

remotamente, fora da rede da sua casa. Quando estiver no trabalho por exemplo. Existem várias

maneiras de fazer com que isto aconteça, mas vou abordar aqui o jeito mais simples e que funcionou

para mim, mas mesmo achei bem complicado, devido as restrições dos modens das operadoras .

Como você já deve saber, os provedores não nos fornecem um IP fixo, a não ser que

paguemos por isso. Seu IP troca em intervalos regulares, de acordo com cada provedor. Então a

primeira coisa que precisamos para acessar uma máquina remotamente é um IP fixo ou um serviço

de DNS fixo.

O Modem da GVT possui uma configuração padrão que nos permite usar um serviço de free

DNS. Se entrar na página de configuração do modem, clicar na aba DDNS verá que existem várias

opções. Escolhi o serviço No-IP, na minha opinião é o que tem o melhor suporte e mais fácil de

configurar.

Sempre use um que seu modem/operadora permita, assim facilita tudo. Se o modem não

oferecer esta opção, será necessário você fazer um processo manual, porém não vou descrever isso

aqui. Procure na Internet sobre o assunto.

O segundo passo é você entrar no site do No-IP.com e fazer um cadastro. Preencha os dados

necessários, complete todo o processo de cadastro e depois configure o seu ddns do No-IP.

Depois volte a página de configuração do modem da GVT, insira os dados da sua conta NO-IP e salve.

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Entre na aba DMS e coloque o IP do seu Roteador OpenWRT (se seguiu a risca o exemplo deste

tutorial, será 192.168.25.177 , depois salve.

Ligue o UPnP e salve...

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Agora você vai ter que tentar acessar o seu roteador remotamente. Um jeito de fazer isso é

pedir para um amigo que está em outro local acessar para você ou então se tiver um smartphone,

desative o wi-fi e deixe ele conectado somente pela operadora, então vá no navegador do seu

smartphone e digite o seu ddns: nomequevcescolheu.ddns.net .Deve abrir a página de configuração

do OpenWRT. Se tentar fazer isso de um computador conectado à rede local não vai funcionar, isso é

só para acesso externo.

Para acessar o Transmission, coloque o seu ddns + porta + webgui do transmission. Seria algo

como http://nomequevcescolheu.ddns.net:9091/transmission/web. Assim você já deve visualizar o

cliente Web do transmission.

Não vou abordar detalhes desta parte aqui, tem muito material na internet ensinando a usar

serviços de DDNS, use o google e pesquise bastante se tiver interesse. Lembrando que se o seu

modem da operadora não permitir a configuração de um serviço de Free DNS, como o No-IP, fica um

pouco complicado de conseguir o acesso externo. Mas não impossível.

Agora podemos ficar bem satisfeitos, completamos as partes mais críticas da configuração do

nosso TP-Link. Trocamos o firmware, montamos um sistema de arquivos, fizemos um swap para

aumentar a memória, instalamos o transmission para cuidar dos nossos torrents e configuramos tudo

direitinho para que não trave e não nos dê dor de cabeça.

8 - Compartilhando pastas e arquivos

Lembra das pastas que criamos no nosso HD externo plugado no roteador, lá no começo do

tutorial? O que precisamos fazer agora é permitir que nosso PC com Windows enxergue as pastas

que criamos no nosso HD externo, que está plugado no roteador e mapear a pasta “watch” para que

você também tenha a opção de arrastar os arquivos torrents para dentro dela e o transmission inicie

automaticamente o download.

Precisamos também mapear nossa pasta “Arquivos” que vai ser nossa pequena nuvem

pessoal, dentro dela que vamos guardar nossos backups e coisas que são importantes. Temos que

encontrar um jeito de manipular estes arquivos e pastas pelo Windows: copiar, colar, apagar, criar

pastas, etc. Para não complicar nossa vida, temos que conseguir fazer estas operações no roteador

do mesmo jeito que fazemos no Windows, sem enrolação. É o que vamos ver a seguir.

O que precisamos fazer para que a coisa dê certo é instalar um servidor de arquivos. E o

servidor de arquivos padrão para o Linux é o Samba. O Samba é como se fosse a implementação do

protocolo "padrão" da Microsoft para troca de arquivos em rede, é o que temos de melhor para troca

de arquivos mesmo entre duas máquinas Linux. A Microsoft chama isso de NetBios.

No OpenWRT, já existe um pacote pronto do samba para o OpenWRT. Basta instalar o pacote

samba36-server e o luci-app-samba e teremos o que precisamos para o nosso “servidor”.

Vamos instalar os pacotes agora. Entre na página de configuração do OpenWRT, vá no menu

system/software, clique em “Update packages”, aguarde finalizar, agora vá na aba “Avaliable

packages”, vá no filtro e digite “Samba”. Instale os dois pacotes (samba36-server e luci-app-samba):

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Instale um por vez! Só clicar em install e aguardar finalizar. Um por um.

A configuração do samba pode ser feita com as opções do arquivo smb.conf ou, de forma mais limitada, pela infraestrutura do OpenWRT, no arquivo "/etc/config/samba" . Vou me limitar ao segundo caso pois atenderá a maioria dos usuários. Quanto ao primeiro, não seria diferente de um sistema Linux padrão. Preferencialmente altere o arquivo "/etc/samba/smb.conf.template" pois a configuração final será obtida juntando as informações deste arquivo com o que for configurado em "/etc/config/samba". O pacote luci-app-samba, opcional, fornece uma página na interface WEB que possibilita a configuração básica do samba ou a edição do arquivo "smb.conf.template" sem precisar saber usar o vi.

Na interface WEB, assim como no arquivo de configuração, é bom definir o nome e o grupo de trabalho do seu roteador. Os diretórios compartilhados são criados em um item sambashare ou em "Diretórios Compartilhados" na interface Luci.” (fonte: http://luizluca.blogspot.com.br/2013/04/openwrt-compartilhando-seu-hd-na-rede.html) Agora que instalou os pacotes, na página de configuração do OpenWRT vá em services/network shares:

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Deixe desta forma:

Aqui dei o nome do meu compartilhamento de “OpWrt-Storage” mas fique a vontade para mudar. No nosso caso, por enquanto não estamos preocupados a segurança, então vamos ativar a opção "permitir convidados" ou "Allow guests". “Assim, não será necessário fornecer um usuário e senha para conectar no roteador. A opção "somente leitura" vai no mesmo sentido. Só lembrando que, por padrão, usuário sem senha assume o usuário unix nobody e este precisa ter permissão de leitura ou escrita ou diretório para poder acessar ou escrever nos diretórios, se não tiver feito isso antes, abra o terminal e digite: chmod -R 777 /mnt/sda1

Com este comando permitimos acesso completo a todos os usuários. Só lembre que ao liberar o acesso sem senha e com permissão de escrita a todos, seus arquivos estarão acessíveis a qualquer usuário que tenha acesso a sua rede local. Isto inclui as suas visitas que conectam no seu wireless. Por padrão, o acesso externo (pela internet) ao samba está bloqueado no firewall. Não recomendaria a abertura deste servidor para a internet e, se for feito, por favor, não usem acesso de convidados. (base/fonte: http://luizluca.blogspot.com.br/2013/04/openwrt-compartilhando-seu-hd-na-rede.html )

Vá na página de configuração do OpenWRT, menu System/Startup e veja se o Samba server está habilitado. Se não estiver, habilite:

Reinicie o roteador e aguarde.

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E teste a partir de um computador. No windows, o caminho será \\<nome ou ip do roteador\<compartilhamento> e nas interfaces gráficas do Linux, em geral, smb://<nome ou ip do roteador/<compartilhamento>. Ex:

\\roteador\fotos ou smb://roteador/fotos \\192.168.25.177\documentos ou smb://192.168.25.177/documentos

(base/fonte: http://luizluca.blogspot.com.br/2013/04/openwrt-compartilhando-seu-hd-na-rede.html ).

Uma opção é clicar com o botão direito em meu computador ou “Este computador” no seu Windows, escolher a opção “mapear unidade de rede”/Localizar e então encontrar o OpenWRT. Aqui Fica assim (dei o nome ao /mnt/sda1 de “opwrt-storage” e compartilhei a pasta watch como se fosse outra unidade, aí depois criei atalhos para estas pastas na área de trabalho):

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Escolha pasta que vai compartilhar e dê um OK. Pode ocorrer em alguns Windows o bloqueio ao acesso a estas pastas pelo firewall. Neste caso, depois que mapear a unidade de rede, vá em meu computador/este computador e clique com o botão direito do mouse na unidade que você mapeou, escolha “compartilhamento/compartilhamento avançado/ e siga os passos da imagem abaixo:

Agora é só você clicar com o botão direito do mouse na unidade que acabou de criar, e arrastar para a área de trabalho como atalho. Crie este atalho para a pasta arquivos. Assim, você pode agora guardar suas coisas nesta pasta, esta é a sua “nuvem”.

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9 – hd-idle

Agora, já finalizando nossas configurações, vamos instalar um pacote para deixar o HD em repouso depois de um certo tempo que não estiver sendo utilizado, como o Windows faz no gerenciamento de energia. Este recurso é importante para prolongar a vida útil do nosso HD externo. Este “programa” chama-se HD-idle.

Para instalar vá na aba System/Software, clique em Update Lists, agora vá na aba “Avaliable Packages”, vá no filtro e digite “hd-idle”:

Instale um a um, e depois reinicie o roteador.

Após logar novamente, vá na aba services/HD-idle...

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E agora basta escolher o disco e o tempo que você quer que ele desligue após ficar inativo. Aqui ficou desta forma (O HD externo é /mnt/sda):

Depois dê um Save & Apply.

Um detalhe importante é que este programa não impede o Transmission ou qualquer outro serviço de

funcionar. Ele somente irá dar um spin down no HD se o próprio HD não tiver atividade por X tempo. Portanto,

ele monitora a atividade do HD e não dos serviços/programas. Pode semear torrents a vontade .

10 – IMPORTANTE: LIGAR E DESLIGAR O ROTEADOR & DADOS CORROMPIDOS

O Roteador foi feito para ficar ligado o tempo todo. Se você ligar e desligar ele o tempo todo, pode ocorrer

eventualmente a corrupção de alguns arquivos. Isso já aconteceu comigo 2 vezes, e tive que fazer tudo do

zero. Depois que passei a deixar ligado, nunca mais tive problemas. Os problemas mais comuns que

caracterizam que algo deu errado é ao acessar o Transmision, retornar a mensagem “Conection Refused”, ou a

Interface gráfica não abrir mais e ainda não ter mais nem

a conexão via terminal.

Portanto, fiquem avisados, depois não adianta chorar. O

TP-link consome pouco demais para você ter que ficar

desligando e ligando o tempo todo. Fiquem tranquilos.

Graças aos geniais programadores do OpenWRT temos

uma saída, que é um tipo de hard-reset. Veja o Apêndice

A no final do tutorial para saber como agir.

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11 - Conclusão

Chegamos ao fim do tutorial. Espero que tenha corrido tudo bem e que você tenha gostado e se interessado pelo assunto. Existem outras coisas que poderiam ser feitas para melhorar nosso pequeno servidor, como instalar o pacote mini-DLNA para distribuir seus filmes pelas suas “smart TV” e dispositivos de mídia espalhados pela casa (Xbox, bluray, smartphones, etc), instalar um serviço de FTP, talvez um servidor de impressão, para você conectar sua impressora e usá-la em todos os PCs, etc. Tudo depende da sua necessidade e do seu interesse em fazer a coisa funcionar.

Outro aspecto importante que não tratamos aqui é a segurança. Realmente não usamos senha para nada, não habilitamos o firewall nem implementamos nenhum tipo de política para acesso ao nosso pequeno sistema. Embora eu não ache que vai surgir alguma alma maligna tentando roubar seus arquivos e estragar suas configurações, é sempre bom ter em mente a questão da segurança. Recomendo (e eu farei isso em breve), buscar alguma informação e tentar melhorar a segurança deste roteador.

Recomendo procurar pelo assunto OpenWRT na internet, tem muito material mesmo, especialmente em sites estrangeiros e fóruns, a comunidade de usuários é grande. Eu pelo menos parti do zero e cheguei até aqui apenas “googlando” por aí e fazendo testes, como falei no início, eu sou leigo, e a única coisa que eu queria era parar de gastar energia para baixar torrents. Antes eu deixava um PC com fonte de 500W ligado direto baixando arquivos, com um consumo médio de 115 Watts/hora. Agora, com um pouquinho de paciência e com um objetivo em mente, tudo funciona e estou gastando meros 4,5 Watts/hora. Legal não é?

Até a próxima.

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12 - Referências:

1. http://www.hardmob.com.br/internet-redes-and-telefonia-fixa/465602-openwrt-instalacao-configuracoes.html

2. http://www.rodrigorodrigues.info/2012/01/05/openwrt-fazendo-magica-com-linux-no-roteador-parte-1/

3. http://mndti.com/view/1129-tp-link-wr1043nd-openwrt-samba-e-torrent/1210-barrier-breaker-1407-extroot

4. http://wiki.openwrt.org/doc/howto/extroot#openwrt.barrier.breaker.trunk

5. https://forum.openwrt.org/viewtopic.php?id=55151

6. http://luizluca.blogspot.com.br/

7. http://wiki.openwrt.org/

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Apêndice A: Recuperando-se de um desastre

Mesmo seguindo as instruções, podemos cometer um erro, esquecer algum detalhe, enfim. Dependendo do que for, você pode perder o acesso ao seu roteador. Isto aconteceu comigo três vezes durante as experiências, mas sempre consegui reverter. Na verdade, o mais perigoso é se no momento que você estiver gravando o firmware, ocorrer queda de energia ou algo do gênero. Aí não tem jeito... melhor comprar outro. Tem alguns tutoriais que mostram tentativas para recuperar, mas pelo que vi a chance de sucesso é mínima.

Mas usem isso se não tiver outro jeito, porque você vai perder tudo que fez e o roteador vai voltar ao padrão, com o OpenWRT “virgem” e sem nenhum pacote instalado. Vamos começar:

Veja que atrás do TP-Link WDR3600, tem um botão wps/reset:

Faça assim:

1. Desligar o roteador;

2. Religue-o e fique pressionando rapidamente o botão wps/reset até o LED SYS acender:

3. Depois que ele acender espere este LED ficar piscando bem rápido, isso indica que o modo failsafe está ativo;

4. Agora você vai plugar o roteador com um cabo de rede direto no seu PC, da mesma forma que fizemos no início deste tutorial (ver passo 4), configurando o IP do Windows para estar na mesma rede do TP-Link, que é a 192.168.1.x.

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Estando no modo Failsafe, basta acessar o roteador via Telnet, no endereço 192.168.1.1. Isso pode ser feito usando o cliente telnet do Windows ou PuTTY. Se for no Windows é só abrir uma janela de prompt de comando e digitar: telnet 192.168.1.1.

Após o login, que não necessita de usuário nem senha, basta digitar o comando:

firstboot

Aguarde o comando concluir, desligue e ligue novamente o TP link.opkg

Agora só começar tudo outra vez. Boa sorte