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BRUNO WIEZEL LOPES DA SILVA MARTIN ROBERT HORST TRANSMISSOR DE ÁUDIO ESTÉREO EM FM COM FREQÜÊNCIA SELECIONÁVEL CURITIBA 2006

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BRUNO WIEZEL LOPES DA SILVA MARTIN ROBERT HORST

TRANSMISSOR DE ÁUDIO ESTÉREO EM FM COM FREQÜÊNCIA SELECIONÁVEL

CURITIBA 2006

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BRUNO WIEZEL LOPES DA SILVA MARTIN ROBERT HORST

TRANSMISSOR DE ÁUDIO ESTÉREO EM FM COM FREQÜÊNCIA SELECIONÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica - Ênfase em Eletrônica / Telecomunicações da Universidade Federal do Paraná, como requisito para aprovação na Disciplina de Projeto Final de Graduação. Professor Orientador: Márlio José do Couto Bonfim.

CURITIBA 2006

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Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer ao professor Márlio José do Couto Bonfim, por

sua solicitude com relação às nossas dúvidas e dificuldades.

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"A satisfação reside no esforço, não no resultado obtido. O esforço total é a plena vitória."

Mohandas Gandhi

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Resumo

Este trabalho apresenta a teoria da codificação estéreo, da modulação FM e

de sistemas de controle por PLL, bem como os procedimentos práticos para a

implementação de um transmissor de áudio em FM estéreo microcontrolado, com

freqüência selecionável e exibição da freqüência de operação em um display de

LCD.

Palavras-chave: Transmissor FM, Estéreo, PLL, microcontrolador, LCD.

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Lista de Ilustrações

Figura 1 – Diagrama Simplificado de funcionamento. ............................................... 12 Figura 2 – Circuito Estereofônico ............................................................................... 14 Figura 3 – Gráfico Ganho x Freqüência - Pré-Ênfase................................................ 15 Figura 4 – Circuito Pré-Ênfase ................................................................................... 15 Figura 5 – Espectro dos sinais modulantes estereofônicos....................................... 16 Figura 6 – Representação blocos internos CI1 BA1404............................................ 18 Figura 7 – Indicação ponto de teste da Codificação Estéreo .................................... 19 Figura 8 – Sinal Modulado em freqüência.................................................................. 20 Figura 9 – Espectro sinal FM...................................................................................... 22 Figura 10 – Gráfico dos coeficientes da Função de Bessel....................................... 23 Figura 11 – Tabela dos coeficientes da Função de Bessel ....................................... 23 Figura 12 – Faixa de ocupação de emissoras FM Comercial.................................... 25 Figura 13 – Esquemática do Circuito de Modulação FM ........................................... 25 Figura 14 – Esquemática do Circuito de Modulação FM NO SIMULADOR PSPICE 27 Figura 15 – ESPECTRO DO SINAL DE SAÍDA DO MODULADOR.......................... 27 Figura 16 – análise da onda portadora em osciloscópio, nos domínios do tempo e freqüência, para tensão de entrada igual a 0 V. ........................................................ 28 Figura 17 – análise da onda portadora em osciloscópio, nos domínios do tempo e freqüência, para tensão de entrada igual a 1,6 V. ..................................................... 28 Figura 18 – Estrutura Básica de um Elo de TRAVAMENTO DE Fase (PLL) ............ 29 Figura 19 – Pinagem do Circuito Integrado MC145170-2 ......................................... 30 Figura 20 – Estrutura Interna do CI3 – MC145170-2................................................. 31 Figura 21 – Resposta do MC145170-2 ...................................................................... 32 Figura 22 – Esquema do Circuito do PLL .................................................................. 32 Figura 23 – Análise dinâmica da resposta ao degrau unitário de um sistema de 2ª

ordem. ................................................................................................................. 33 Figura 24 – Filtro passa-baixas genérico ................................................................... 34 Figura 25 – Esquema de um microcontrolador com os seus elementos básicos. .... 36 Figura 26 – Modelo simplificado Unidade de Memória .............................................. 37 Figura 27 – Esquema da unidade central de processamento – CPU........................ 38 Figura 28 – Unidade Lógica Aritmética ...................................................................... 39 Figura 29 – Arquitetura RISC do Microcontrolador PIC16F84................................... 40 Figura 30 – Diagrama simplificado do microcontrolador PIC16F84 .......................... 40 Figura 31 – Estruturas de pinos do PIC16F84........................................................... 40 Figura 32 – Acesso ao registro C............................................................................... 42 Figura 33 – Esquema de Interface com o PIC e Pinagem do display LCD............... 43 Figura 34 – Inicialização do display LCD ................................................................... 44 Figura 35 – Interface de comunicação 4 bits ............................................................. 44 Figura 36 – Conjunto de Instruções para Operação do Display LCD........................ 45 Figura 37 – Fluxograma do Firmware Implementado ................................................ 47

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Lista de Fórmulas

Fórmula 1 – Cálculo do Ganho do circuito de pré-ênfase ......................................... 15 Fórmula 2 – Expressão do Sinal Modulado em FM................................................... 21 Fórmula 3 – Índice de Modulação .............................................................................. 21 Fórmula 4 – Coeficientes da Função Bessel ............................................................. 22 Fórmula 5 – Cálculo da Largura de banda................................................................. 24 Fórmula 6 – Regra de Carson para cálculo da Largura de banda............................. 24 Fórmula 7 – Freqüência de oscilação da resposta ao degrau................................... 34

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Lista de Abreviaturas

RF – Rádio-freqüência

MP3 – MPEG Áudio Layer 3

fm – Maior freqüência do sinal f(t)

B – Largura de banda em Hz

CI – Circuito Integrado

ß – Índice de Modulação

– Máximo desvio de freqüência

m – Freqüência Máxima da informação

c – Freqüência da portadora

fFM(t) – Sinal Modulado em FM

f(t) – Informação Sinal Modulante

FM – Modulação em freqüência

FCC – Federal Communication Comission

l(t) – canal esquerdo

r(t) – Canal direito

AM-DSB/SC – Amplitude Modulation with Double Side-Band with suppressed carrier)

W – Largura de Banda em rad/s

nmax – número máximo de raias no espectro

PLL – Phase-Locked Loop

F – Faraday

O – Ohm

RISC – Reduced Instruction Set Computer

LCD – Liquid Crystal Display

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 1.1 MOTIVAÇÃO .................................................................................................... 10 1.2 OBJETIVOS...................................................................................................... 10 1.3 METODOLOGIA ............................................................................................... 11

2 IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO ELETRÔNICO ............................................... 12 2.1 SINAL ESTÉREO ............................................................................................. 13

2.1.1 Breve Histórico da Radiodifusão em FM Estéreo...................................... 13 2.1.2 Conceitos de Sinal Estéreo........................................................................ 14 2.1.3 Implementação da Codificação Estéreo no Circuito Transmissor............. 17 2.1.4 Montagem e Teste Circuito de Codificação Estéreo ................................. 18

2.2 MODULAÇÃO EM FREQÜÊNCIA.................................................................... 20 2.2.1 Conceitos da Modulação em Freqüência .................................................. 20

2.2.1.1 FM de Faixa Estreita............................................................................. 21 2.2.1.2 FM de Faixa Larga................................................................................ 22 2.2.1.3 Largura de Banda do Sinal FM............................................................. 24 2.2.1.4 FM Comercial no Brasil......................................................................... 24

2.2.2 Implementação do Circuito de Modulação e Transmissão........................ 25 2.3 ELO DE FASE TRAVADA OU PLL (PHASE LOCKED LOOP) ....................... 29

2.3.1 A Implementação no Circuito - O PLL MC145170-2 ................................. 30 2.3.2 Diagrama Esquemático do Bloco PLL ....................................................... 32

2.4 DISPLAY DE CRISTAL LÍQUIDO..................................................................... 35 2.5 MICROCONTROLADOR.................................................................................. 35

2.5.1 Introdução e Definições do Microcontrolador ............................................ 35 2.5.2 Microprocessador X Microcontrolador ....................................................... 36 2.5.3 Componentes do Microcontrolador............................................................ 36

2.5.3.1 Unidade de Memória............................................................................. 37 2.5.3.2 Unidade Central de Processamento (CPU).......................................... 38 2.5.3.3 Unidade Lógica Aritmética .................................................................... 39

2.5.4 Microcontrolador PIC16F84 ....................................................................... 39 2.5.4.1 Interface com o PLL MC145170-2........................................................ 42 2.5.4.2 Interface com o Display LCD ................................................................ 43 2.5.4.3 Interface de Controle – Botões de Sintonia.......................................... 45

2.5.5 O Firmware................................................................................................. 46 3 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................. 48 4 CONCLUSÕES ....................................................................................................... 50 5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 51 ANEXOS..................................................................................................................... 52

ANEXO A – Folha de especificações do CI1: BA1404....................................... 52 ANEXO B – Folha de especificações do diodo varicap D1 ................................ 53 ANEXO C - Folha de especificações do transistor BF199 ................................. 54 ANEXO D - Folha de especificações do display de LCD ................................... 55 ANEXO E – Folha de especificações do CI2: PIC14F84A................................. 56 ANEXO F – Folha de especificações do CI3: MC145170-2 ............................... 57 ANEXO G – Código fonte do firmware implementado........................................ 58 ANEXO H – Layout da placa de circuito impresso do protótipo ......................... 66 ANEXO I – Esquemática do circuito eletrônico................................................... 67

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1. INTRODUÇÃO

1.1 MOTIVAÇÃO

Receptores de rádio em FM são amplamente utilizados nos dias de hoje,

sendo, inclusive, o rádio o meio de comunicação mais popular no globo. Além disso,

existe uma crescente difusão e popularização dos reprodutores de música, IPOD’s e

MP3 players, que possibilitam aos seus usuários portar uma imensa quantidade de

músicas em um dispositivo de tamanho reduzido.

A idéia do projeto consiste em oferecer um produto que represente uma

comodidade para esse crescente mercado de usuários. Essa comodidade consiste

em, por exemplo, ouvir as músicas que estão em seu dispositivo durante uma

viagem ou um passeio de carro, no aparelho de som do automóvel, ou em casa,

transmitindo músicas de um PC para qualquer aparelho de som que possua um

receptor de FM. Para isso, será implementado um transmissor com freqüência

sintonizável, que recebe o sinal de áudio de qualquer fonte sonora e o transmite na

faixa de FM Comercial.

A freqüência de operação do transmissor poderá ser convenientemente

sintonizada dentro de uma banda livre do espectro de FM comercial e visualizada

num display LCD.

1.2 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é projetar e implementar um circuito transmissor de

áudio estéreo com modulação FM e freqüência de operação sintonizável dentro da

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faixa de FM comercial, com o uso de um microcontrolador e uma saída para um

display LCD com informações, como a freqüência sintonizada.

Para tanto, será necessária a escolha e especificação de componentes

adequados para executar cada função do circuito transmissor, conhecimentos em

radiofreqüência para operação em altas freqüências 88 MHz a 108 MHz,

programação de microcontroladores, softwares para design de layout e esquemático

de circuitos e conhecimentos práticos para a simulação do funcionamento em

laboratório, utilizando equipamentos de testes como geradores de freqüência para

simular um sinal de áudio na entrada, osciloscópio para analisar e medir sinais em

diversos pontos do circuito e um analisador de espectro para medição e verificação

do nível do sinal no domínio da freqüência.

No final do projeto, esperamos obter um circuito transmissor de operação

com alta estabilidade, boa qualidade de áudio, baixo custo, baixo consumo e um raio

de alcance de aproximadamente 100 m.

1.3 METODOLOGIA

Definimos algumas metodologias para execução do projeto. Este foi

estruturado para a montagem de um circuito transmissor em partes e dentro do

prazo estipulado.

Para facilitar os testes e garantir o funcionamento na montagem final, o

circuito transmissor foi subdividido em 4 partes, sendo elas:

1) Codificador Estéreo;

2) Modulador FM;

3) Realimentação por Elo de Travamento de Fase (PLL);

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4) Microcontrolador e display de LCD.

As partes serão implementadas e testadas individualmente. Garantindo o

funcionamento das partes, elas finalmente podem ser integradas e validadas em um

protótipo final.

2 IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO ELETRÔNICO

A proposta do projeto é a montagem de um transmissor de áudio estéreo com

modulação FM e freqüência de operação sintonizável exibida em um display LCD.

À saída de áudio (direito + esquerdo) de qualquer reprodutor portátil de MP3,

será conectado o transmissor e nele é feito o ajuste da freqüência que será

sintonizada no receptor para receber as informações transmitidas, conforme a

ilustração a seguir:

FIGURA 1 – DIAGRAMA SIMPLIFICADO DE FUNCIONAMENTO.

O desafio do projeto é a montagem de um circuito transmissor completo, que

irá receber o sinal de áudio na faixa de 0 a 20 kHz, provenientes dos canais direito e

esquerdo do reprodutor portátil de MP3, tratar e multiplexar em estéreo e em

seguida, modular em freqüência dentro da faixa de FM comercial.

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2.1 SINAL ESTÉREO

2.1.1 Breve Histórico da Radiodifusão em FM Estéreo

A demonstração teórica da existência de ondas eletromagnéticas por James

Maxwell, em 1863 e a apresentação do princípio da propagação eletromagnética por

Heinrich Hertz (cujo sobrenome batizou a unidade de freqüência, ciclos/segundo),

em 1887, abriu-se um amplo espaço para o desenvolvimento das telecomunicações

através do espaço livre.

Guglielmo Marconi, que ampliou as distâncias de transmissão de ondas

eletromagnéticas, percebeu a importância comercial e apresentou o telégrafo sem

fio, em 1896. No Brasil, o pioneirismo das telecomunicações é atribuído ao padre-

cientista Landell de Moura, cujos inventos foram patenteados em 1901.

Com o advento das técnicas de modulação, tornou-se possível fazer com que

as ondas eletromagnéticas carregassem informações de áudio. A primeira estação-

estúdio de radiodifusão é inaugurada em 1916, nos EUA. Em 1922, é realizada no

Brasil a primeira transmissão radiofônica oficial, no centenário da Independência.

A técnica de modulação em freqüência (FM) é apresentada pela primeira vez

em 1933 por Edwin Armstrong e em 1942 são produzidos os primeiros aparelhos

comerciais de FM, que permitem uma transmissão de áudio com maior fidelidade.

Atualmente, o rádio ainda é o meio de comunicação mais popular no mundo,

apesar da forte concorrência com os televisores. No Brasil, de acordo com o Censo

de 2000 do IBGE, 87,4% dos domicílios possuem pelo menos um aparelho de rádio

(a televisão está presente em 87% dos domicílios).

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2.1.2 Conceitos de Sinal Estéreo

Ate 1961, toda a transmissão FM era monofônica, a partir dessa época,

passaram a ser autorizada a transmissão FM comercial.

O principal problema em introduzir transmissões estereofônicas era a

compatibilidade com os receptores monofônicos.

Partindo do princípio que os sinais l(t) (left = esquerdo) e r(t) (right = direito),

que são as informações de estéreo, devem ser codificadas de tal forma que os

receptores estéreos possam decodificá-las e os receptores monofônicos possam

receber os dois canais misturados ou somados.

FIGURA 2 – CIRCUITO ESTEREOFÔNICO

Com o intuito de manter uma boa relação sinal/ruído ao longo de toda a faixa

audível, é utilizada a técnica da Pré-ênfase que, sendo usada na transmissão do

sinal, consiste em reforçar o sinal modulante na região de mais alta freqüência.

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FIGURA 3 – GRÁFICO GANHO X FREQÜÊNCIA - PRÉ-ÊNFASE

FIGURA 4 – CIRCUITO PRÉ-ÊNFASE

Para cada faixa de freqüência pode-se calcular o ganho em decibel inserido

pelo circuito de pré-ênfase, através da Fórmula:

GV = 20 log [ 1 + (2 .p. f. R1. C)2 ] -1

FÓRMULA 1 – CÁLCULO DO GANHO DO CIRCUITO DE PRÉ-ÊNFASE

Da mesma forma, na recepção do sinal será necessário desfazer esta

enfatização que foi dada à informação, mediante o processo chamado de-ênfase.

Sendo a curva de resposta da de-ênfase contrária à estipulada para a pré-ênfase.

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O canal esquerdo l(t) e direito r(t) são pré-enfatizados e codificados

matricialmente, gerando os sinais de soma l(t)+ r(t) e diferença l(t)- r(t).

O sinal soma l(t)+ r(t) e diferença l(t)- r(t) ocupam o mesmo lugar no espectro.

Desloca-se o espectro da diferença usando modulação DSB-SC para a

freqüência de 38kHz.

A F.C.C (Federal Communication Comission) padronizou a codificação de um

sinal estereofônico segundo o espectro da figura a seguir:

FIGURA 5 – ESPECTRO DOS SINAIS MODULANTES ESTEREOFÔNICOS

A porção do espectro que vai de 0 a 15kHz é a soma l(t) + r(t) dos dois

canais e a porção de 23kHz a 53kHz é a diferença l(t) – r(t) dos dois canais

modulados, com um tom cossenoidal de 19kHz, chamado de “sinal piloto”, a partir do

qual dobrando sua freqüência, recupera a portadora da modulação l(t) – r(t) em AM-

DSB/SC.

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2.1.3 Implementação da Codificação Estéreo no Circuito Transmissor

O primeiro passo realizado pelo circuito transmissor é o tratamento do sinal de

áudio enviado pelo reprodutor portátil de MP3.

Na implementação usada para o transmissor, foi utilizado o circuito integrado

BA1404, que é um codificador matricial estéreo e modulador FM.

O CI1 BA1404 recebe separadamente o sinal de áudio dos canais direito (R)

e esquerdo (L), após passarem pelo circuito de pré-ênfase (constante RC adotada

segundo a norma FCC, e igual a 50 µs) realizado por R10 e C11 para o canal direito

e R12 e C16 para o canal esquerdo, nos pinos “1” e “18” respectivamente. As

resistências R9 e R11 apresentam uma baixa impedância de entrada para o sinal de

áudio, como se simulassem a impedância de um fone de ouvido. Os capacitores C12

e C17 servem para bloquear o nível DC dos sinais de áudio.

Para a geração das sub-portadoras, um cristal com freqüência de oscilação

de 38 kHz, é conectado nas portas “5” e “6”, e será dividida internamente por dois

pelo CI para gerar o sinal piloto de 19 kHz no pino “13” que será somado com o sinal

multiplexado da soma e diferença dos canais.

O CI conta ainda com um modulador FM interno, que não foi utilizado devido

sua baixa estabilidade.

O CI é alimentado com a tensão de 1,5 V que é obtida através de uma pilha

AAA. Os pinos não utilizados “7”, “10” e “12”, são ligados a tensão de alimentação

positiva, os pinos “11” e “09” não são conectados e o pino “8” é ligado ao terra.

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FIGURA 6 – REPRESENTAÇÃO BLOCOS INTERNOS CI1 BA1404

2.1.4 Montagem e Teste Circuito de Codificação Estéreo

Para o teste do circuito de codificação estéreo foi utilizada uma placa para

montagens de protótipo (ProtoBoard), na qual foi montada a configuração de acordo

com a folha de especificações do CI1 BA1404.

Para a simulação dos sinais de áudio (esquerdo e direito) foram utilizados

dois sinais senoidais de 400 Hz e 2,1 kHz obtidos através de um gerador de sinais.

A certificação do funcionamento do circuito montado foi feita utilizando-se um

osciloscópio para análise do espectro do sinal de saída.

FIGURA 6 – SINAL ESTÉREO NO DOMÍNIO DO TEMPO (CIMA) E NO DOMÍNIO DA FREQÜÊNCIA

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FIGURA 7 – INDICAÇÃO PONTO DE TESTE DA CODIFICAÇÃO ESTÉREO

O oscilador do CI1 BA1404 produz uma onda quadrada, a qual é utilizada

para a geração do tom piloto. Esta onda possui componentes harmônicas ímpares,

além da harmônica fundamental, e que adicionam distorção ao sinal estéreo

multiplexado. Para contornar este problema, o sinal é passado por um filtro passa-

baixas, representado no esquema pelos componentes R17 e C20. O resistor R18

condiciona o nível de corrente para a entrada do modulador FM e também define o

índice de modulação ß do modulador. Os indutores L5 e L6 atuarão como choque de

RF para o sinal modulado, o acoplamento do sinal de RF com volta para a entrada

de áudio será comentado oportunamente.

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2.2 MODULAÇÃO EM FREQÜÊNCIA

2.2.1 Conceitos da Modulação em Freqüência

A modulação em freqüência é uma forma de modulação na qual uma

informação é representada através de variações na freqüência instantânea de uma

onda eletromagnética portadora.

Em aplicações analógicas, a freqüência da portadora é variada em proporção

direta a mudanças na amplitude de um sinal de entrada. Em aplicações digitais,

dados binários podem ser representados deslocando-se a freqüência da portadora

por um conjunto de valores discretos, numa técnica denominada FSK (Frequency

Shift Keying).

A FM é utilizada em transmissões de áudio em alta-fidelidade e comunicações

por voz. É também empregada para gravação de luminância (preto e branco) em

sistemas de VHS, visto que apresenta alta imunidade ao ruído (em FM, a amplitude

é constante) em uma ampla faixa de freqüências.

Assumindo o conceito de modulação, que define como alterar a portadora

proporcionalmente ao sinal modulante, teremos a freqüência instantânea

linearmente proporcional à variação do sinal da informação.

FIGURA 8 – SINAL MODULADO EM FREQÜÊNCIA

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Observa-se que quando o valor instantâneo do sinal modulante é máximo

positivo, a freqüência da onda FM também é máxima. Quando o valor instantâneo do

sinal modulante é máximo negativo, a freqüência da onda FM é mínima.

A expressão que define o sinal modulado em FM:

f FM(t) = A.cos ( ct + kF f(t) dt)

FÓRMULA 2 – EXPRESSÃO DO SINAL MODULADO EM FM

KF : Constante que converte variações de volts do sinal do sinal f(t) em

variações de velocidade angular (rad/s) da freqüência instantânea. Unidade = sV

rad

..

O sinal modulado em FM pode ser classificado em :

- FM de Faixa Estreita

- FM de Faixa Larga

2.2.1.1 FM DE FAIXA ESTREITA

A classificação pode ser obtida com o cálculo de ß, que é o índice de

modulação e representa o máximo deslocamento de fase do sinal em relação à

portadora, é definido:

ß = m

FÓRMULA 3 – ÍNDICE DE MODULAÇÃO

– Máximo desvio de freqüência

m – Freqüência máxima da informação

O sinal modulado em FM Faixa Estreita ocupa uma faixa restrita de freqüência

e tem seu índice de modulação ß restringido. Na prática um sinal é definido como de

faixa estreita usando o critério de ß<<1.

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Devido à característica de banda limitada, que implica na perda de qualidade,

este tipo de modulação não é utilizado em FM Comercial, porém, possui várias

aplicações como: comunicação rádio policial, rádio amador, transmissão de dados,

etc.

2.2.1.2 FM DE FAIXA LARGA

No espectro FM, há infinitas raias laterais, cujo espaçamento entre si é igual à

m, como mostra o exemplo da figura a seguir:

FIGURA 9 – ESPECTRO SINAL FM

Para definir cada coeficiente do espectro FM em relação ao parâmetro ß são

usadas as “Funções de Bessel”, podendo ser escrita sob a forma:

f FM(t) = A.n

Jn(ß).cos[( c + m)t]

FÓRMULA 4 – COEFICIENTES DA FUNÇÃO BESSEL

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Os coeficientes que aparecem na equação podem ser obtidos através de uma

tabela na figura 12 ou ainda por meio de um gráfico na figura 11, permitindo a

procura dos coeficientes Jn(ß) para qualquer valor real positivo de ß.

FIGURA 10 – GRÁFICO DOS COEFICIENTES DA FUNÇÃO DE BESSEL

FIGURA 11 – TABELA DOS COEFICIENTES DA FUNÇÃO DE BESSEL

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2.2.1.3 LARGURA DE BANDA DO SINAL FM

Teoricamente a largura de banda ocupada pelo espectro de um sinal

modulado em FM figura 8, tende ao infinito, pois é o resultado de uma série

composta por infinitos termos. Uma possível aproximação seria usar a definição de

que a largura de banda de um sinal é tal que contenha 98% da Energia / Potência do

sinal.

A modulação FM não altera a energia total do sinal da portadora, apenas sua

distribuição espectral.

Cálculo da largura de banda:

B = 2.nmax.fm W = 2. nmax. m

FÓRMULA 5 – CÁLCULO DA LARGURA DE BANDA

Na prática, é utilizada uma aproximação que visa desprezar menos raiais

espectrais, conhecida como Regra de Carson:

nmax = ß + 2 W = 2 + 4 m

FÓRMULA 6 – REGRA DE CARSON PARA CÁLCULO DA LARGURA DE BANDA

2.2.1.4 FM COMERCIAL NO BRASIL

Foi definido por norma internacional (FCC – Federal Communication Comission):

- Faixa de freqüências alocadas no Brasil: 88 MHz a 108 MHz

- Banda de freqüência do sinal de áudio: 50Hz a 15Khz

- Desvio de freqüência: f = 75KHz

- ß = 5

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25

A faixa de 88 a 108MHz é dividida em porções de 200KHz, idealmente esta

faixa permitirá um total de 100 estações de rádio:

Na prática, são utilizadas no máximo 50 estações de rádio numa mesma

região, pois não é permitido que duas emissoras ocupem faixas vizinhas, para

prevenir interferências de uma estação na outra e para permitir transmissão de

sinais de áudio estéreo.

FIGURA 12 – FAIXA DE OCUPAÇÃO DE EMISSORAS FM COMERCIAL

2.2.2 Implementação do Circuito de Modulação e Transmissão

FIGURA 13 – ESQUEMÁTICA DO CIRCUITO DE MODULAÇÃO FM

O sinal de áudio modulante entra através catodo de D1, polarizando-o

reversamente e variando sua capacitância. Essa capacitância, somada em série com

a de C4 irá carregar-se e descarregar-se através da bobina L1, formando um

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elemento de ressonância que irá definir a freqüência de oscilação do circuito. A

bobina L1 possui uma derivação central para introduzir uma realimentação positiva

do emissor para a base de Q2 (através de C6), tornando o circuito instável e

fazendo-o oscilar. O resistor R6 fornece a corrente de polarização de base do

transistor Q2.

O sinal do modulador é então amplificado de modo a obter-se níveis

suficientes para a transmissão e acionamento do PLL. Na bobina L2 é induzida uma

tensão pelo campo magnético gerado por L1, que já é o sinal FM modulado. Esse

sinal, após bloqueio DC por C5, será amplificado por Q1. L4 e CV1 irão compor um

filtro passa-faixas com sintonizado no centro da banda de FM comercial (98 MHz).

Do emissor de Q1, o sinal vai para a antena, que é o próprio cabo que conectará o

dispositivo de som ao transmissor sintonizável. Os sinais de entrada de áudio, e

saída FM não irão interferir entre si, pois possuem freqüências completamente

distintas.

Os capacitores C23 e C24 provêem uma maior estabilidade na alimentação

dos transistores.

A bobina L3 irá amostrar o sinal de FM modulado e, após ter seu nível DC

bloqueado por C10, servirá de referência para a realimentação do PLL (circuito

integrado MC145170-2), que irá proporcionar a seleção da freqüência de

transmissão com alta estabilidade. Antes da implementação, verificamos seu

funcionamento através do programa de simulação PSpice.

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27

FIGURA 14 – ESQUEMÁTICA DO CIRCUITO DE MODULAÇÃO FM NO SIMULADOR PSPICE

A fonte V1 é designada como uma fonte do tipo degrau, para permitir o

início da oscilação através uma variação brusca do sinal. A resistência R3 serve

para permitir a avaliação da freqüência de saída pela variação que C1 (Cbreak), que

neste circuito representa a capacitância reversa do varicap. Quando a tensão

reversa é 0 (nível mínimo, primeiro pico) e quando é 1,6V.

FIGURA 15 – ESPECTRO DO SINAL DE SAÍDA DO MODULADOR

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28

Pode-se observar, através da simulação, que poderemos obter um sinal de

saída que excursiona de cerca de 87 a 109 MHz, através da variação da

capacitância reversa do varicap, o que é suficiente para a cobertura de toda a banda

de FM comercial. Na prática, obtivemos os seguintes gráficos (imagens de

osciloscópio):

FIGURA 16 – ANÁLISE DA ONDA PORTADORA EM OSCILOSCÓPIO, NOS DOMÍNIOS DO TEMPO E FREQÜÊNCIA, PARA TENSÃO DE ENTRADA IGUAL A 0 V.

FIGURA 17 – ANÁLISE DA ONDA PORTADORA EM OSCILOSCÓPIO, NOS DOMÍNIOS DO TEMPO E FREQÜÊNCIA, PARA TENSÃO DE ENTRADA IGUAL A 1,6 V.

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29

O que se observa é que há uma variação de cerca de 3 vezes da amplitude

do sinal no fim da faixa em relação ao início. Para tanto, viu-se necessário a

implementação de um controle automático de ganho, através do resistor R7, diodo

D2 e C26. Quando o nível do sinal modulado em FM estiver muito alto, o diodo D2

realimenta o sinal para a base de Q1, de modo a diminuir o ganho do amplificador

de RF.

2.3 ELO DE TRAVAMENTO DE FASE OU PLL (PHASE LOCKED LOOP)

A técnica PLL (do inglês Phase Locked Loop, ou Elo da Fase Travada, em

uma tradução livre) foi desenvolvida por volta dos anos 30 como uma alternativa aos

receptores super-heteródinos, os quais precisavam de muitos circuitos sintonizados.

Esta técnica se popularizou com os avanços da microeletrônica, que tornaram

estes circuitos integrados e baratos. Hoje em dia, são amplamente utilizados em

telecomunicações, como por exemplo, em moduladores e demoduladores de FM,

sintetizadores de freqüência, regeneradores de portadora e circuitos de sincronismo.

O PLL nada mais é do que uma estrutura realimentada com três blocos,

demonstrada no esquema abaixo.

FIGURA 18 – ESTRUTURA BÁSICA DE UM ELO DE TRAVAMENTO DE FASE (PLL)

O PLL consiste em um sistema de controle que gera um sinal de saída

proporcional à diferença de fase entre o sinal de um oscilador controlado por tensão

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30

e um sinal de referência fixa. O comparador de fase pode ser baseado em uma porta

lógica XOR ou circuitos mais complexos envolvendo lógica combinacional.

Filtrando-se as componentes de alta freqüência do sinal do comparador de

fase, obtemos um nível médio VO, que é proporcional à diferença de fase entre os

sinais de entrada Vi e o sinal do oscilador controlado por tensão (VCO). Esse nível

DC é realimentado negativamente para o VCO, o que proporciona uma correção da

sua freqüência fosc, até que essa seja idêntica à freqüência do sinal de entrada, fi (ou

freqüência de referência).

Estando as freqüências idênticas, pode-se dizer que há uma diferença de fase

constante, ou um travamento de fase. Daí o nome PLL.

2.3.1 A Implementação no Circuito - O PLL MC145170-2

O circuito integrado MC145170-2 é um sintetizador de freqüências com

interface serial. A freqüência de referência para comparação de fase provém de um

oscilador a cristal de quartzo associado a divisores de freqüência programáveis

(registradores C, R e N).

FIGURA 19 – PINAGEM DO CIRCUITO INTEGRADO MC145170-2

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FIGURA 20 – ESTRUTURA INTERNA DO CI3 – MC145170-2

Através de uma interface serial, seus registradores internos C, R e N podem

ser convenientemente configurados.

O registrador R defiine o valor pelo qual será dividida a referência, e

determinará passo da sintonia da freqüência da operação do transmissor. Utilizando-

se um cristal de 4MHz, devemos ter um valor de R=40 para se obter uma resolução

de 100 kHz.

O registrador N define o valor pelo qual será dividida a freqüência de uma

amostra do sinal do oscilador. Alterando o valor de N, podemos fazer com que o

MC145170-2 gere um sinal de erro de modo a definir a freqüência de operação do

transmissor. Para valores de freqüência da faixa de FM comercial, ou seja, de 88.1 a

108.9 MHz, os valores do registrador N devem variar de 881 a 1089.

O MC145170-2 irá, portanto, dividir a freqüência de operação do transmissor

por N, o valor da freqüência de referência por R e irá comparar esses dois sinais,

gerando no pino PDout um sinal de saída proporcional à diferença de fase entre eles,

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como mostrado na figura 22. Esse sinal é filtrado e realimentado ao varicap do

modulador FM, de modo a manter as duas freqüências idênticas.

FIGURA 21 – RESPOSTA DO MC145170-2

2.3.2 Diagrama Esquemático do Bloco PLL

FIGURA 22 – ESQUEMA DO CIRCUITO DO PLL

O CI é operado pelo oscilador constituído pelo cristal X2, os capacitores C1 e

C2 e o resistor R1. O capacitor C8 serve para desviar as altas freqüências

indesejáveis e prover ao CI uma alimentação estável.

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Um sinal de referência (4 MHz) é enviado para a operação do

microcontrolador, através do pino REFout. A configuração da operação do circuito

integrado é feita através das linhas digitais DIN, ENB e CLK, provenientes do

microcontrolador. O sinal amostrado entra no pino FIN passando por um capacitor

de acoplamento e o sinal de erro é tomado em PDout após seu devido

condicionamento por um filtro passa-baixas.

Os valores dos componentes desse filtro (R2, R3 e C3) são determinados, de

acordo com a resposta ao degrau desejada. O resistor R4 adapta o nível do sinal

para o modulador. O capacitor C3 é dimensionado de modo a se obter uma resposta

lenta para o sinal modulante proveniente do bloco de multiplexação estéreo. Dessa

forma, variações na freqüência da portadora causadas pelo sinal modulante não

serão interpretadas como erros de freqüência pelo laço PLL. Da análise dinâmica de

um sistema de controle de segunda ordem, sabemos que:

FIGURA 23 – ANÁLISE DINÂMICA DA RESPOSTA AO DEGRAU UNITÁRIO DE UM SISTEMA DE 2ª ORDEM.

Assim, para a determinação dos componentes de um filtro passa-baixas

genérico, temos:

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34

FIGURA 24 – FILTRO PASSA-BAIXAS GENÉRICO

)( 21 RRNC

KK VCOn e )(5.0 2

VCOn KK

NCR , onde:

FÓRMULA 7 – FREQÜÊNCIA DE OSCILAÇÃO E FATOR DE AMORTECIMENTO DA RESPOSTA AO DEGRAU DE UM SISTEMA DE 2ª ORDEM

n

é a freqüência de oscilação da resposta ao degrau do sistema e escolhida

como 50

2 Rf;

é o fator de amortecimento da resposta ao degrau do sistema e escolhido

como 0.7.

K é o ganho do comparador de fase e igual a 4

DDV(em V/rad);

VCOK é a constante de modulação do oscilador controlado por tensão e dada

por VCO

VCO

V

f2(em V/rad/s);

N é o valor médio do divisor N utilizado.

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35

2.4 DISPLAY DE CRISTAL LÍQUIDO

O usuário poderá visualizar a freqüência de operação em um display de LCD.

O display de cristal líquido (LCD) é um importante dispositivo em projetos de de

eletrônica, pois permite visualizar diferentes tipos de caracteres.

Em um LCD, a visualização ocorre pelo controle da reflexão da luz em cada

um dos pontos (pixels) que formam o display. O LCD é composto por uma matriz de

pontos, que devem ser combinados a fim de formar os caracteres. Como trabalham

com a reflexão da luz, os displays necessitam de luz para que os caracteres possam

ser visualizados, podendo esta luz ser ambiente ou proveniente de uma fonte

colocada por trás do display (backlight).

O controle dos pixels que devem ser visíveis para cada caracter é

relativamente complexo, por isto, os displays possuem microcontroladores

incorporados, que são responsáveis por este trabalho em linguagem de baixo nível

junto ao display. Ao usuário, cabe a tarefa de comandar este microcontrolador.

2.5 MICROCONTROLADOR

2.5.1 Introdução e Definições do Microcontrolador

Os microcontrolador teve seu desenvolvimento em paralelo com a tecnologia

do circuito integrado, tornando-se possível armazenar centenas de milhares de

transistores em um único chip. Isso constituiu um pré-requisito para a produção de

microprocessadores e, os primeiros computadores foram construídos adicionando

periféricos externos tais como memória, linhas de entrada e saída, temporizadores e

outros. Um crescente aumento do nível de integração permitiu o aparecimento de

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circuitos integrados contendo simultaneamente processador e periféricos. Foi assim

que surgiu o conceito do microcontrolador..

2.5.2 Microprocessador X Microcontrolador

Um microcontrolador difere de um microprocessador em vários aspectos.

Primeiro e o mais importante, é a sua funcionalidade. Para que um

microprocessador possa ser usado, outros componentes devem-lhe ser adicionados,

tais como memória e componentes para receber e enviar dados. Em resumo, isso

significa que o microprocessador é o verdadeiro coração do computador. Por outro

lado, o microcontrolador foi projetado para ter tudo em um só. Nenhum outro

componente externo é necessário nas aplicações, uma vez que todos os periféricos

necessários já estão contidos nele.

2.5.3 Componentes do Microcontrolador

FIGURA 25 – ESQUEMA DE UM MICROCONTROLADOR COM OS SEUS ELEMENTOS BÁSICOS.

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37

2.5.3.1 UNIDADE DE MEMÓRIA

A memória é a parte do microcontrolador cuja função é guardar dados. Como

a memória fabricada com tecnologia FLASH pode ser programada e limpa mais que

uma vez ela torna-se adequada para o desenvolvimento de dispositivos.

Para cada local de memória é associado um endereço físico, conhecido por

endereçamento, que aponta para o conteúdo selecionado pelo endereço desejado.

Além de ler um local de memória, ainda temos uma linha de controle (R/W =

Read/Write) que permite selecionar a operação de escrita, usando a seguinte lógica:

para R/W=1 é executado a operação de leitura, caso contrário uma operação de

escrita é executada no endereço de memória.

FIGURA 26 – MODELO SIMPLIFICADO UNIDADE DE MEMÓRIA

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2.5.3.2 UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (CPU)

A unidade central de processamento (CPU) é o cérebro de um

microcontrolador. Essa parte é responsável por extrair a instrução, decodificar a

instrução e, finalmente, executá-la.

FIGURA 27 – ESQUEMA DA UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO – CPU

A unidade central de processamento interliga todas as partes do

microcontrolador de modo que este se comporte como um todo. Uma das funções

mais importante é decodificar as instruções do programa. Quando o programador

escreve um programa, as instruções assumem um claro significado, para que um

microcontrolador possa entendê-las esta forma escrita de uma instrução tem que ser

traduzida numa série de zeros e uns que é o ‘opcode’ (código da operação). Esta

passagem de uma palavra escrita para a forma binária é executada por tradutores

assembler. O código da instrução extraído da memória de programa, tem que ser

decodificado pela unidade central de processamento (CPU).

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2.5.3.3 UNIDADE LÓGICA ARITMÉTICA

A unidade lógica aritmética (ALU – Arithmetic Logic Unit) é responsável pela

execução de operações de adição, subtração, deslocamento (para a esquerda ou

para a direita dentro de um registro) e operações lógicas. O PIC16F84 contém uma

unidade lógica aritmética de 8 bits e registros de uso genérico também de 8 bits.

FIGURA 28 – UNIDADE LÓGICA ARITMÉTICA

2.5.4 Microcontrolador PIC16F84

O PIC 16F84 pertence a uma classe de microcontroladores de 8 bits, com

uma arquitetura RISC (Reduced Instruction Set Computer), na qual a memória de

dados está separado da memória de programa, maximizando a fluência de dados

através da Unidade Central de Processamento. A separação da memória de dados

da memória de programa, faz com que as instruções possam ser representadas por

palavras de mais que 8 bits, usa-se 14 bits para cada instrução, o que permite que

todas as instruções ocupem uma só palavra de instrução.

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40

FIGURA 29 – ARQUITETURA RISC DO MICROCONTROLADOR PIC16F84

FIGURA 30 – DIAGRAMA SIMPLIFICADO DO MICROCONTROLADOR PIC16F84

O PIC16F84 tem um total de 18 pinos. Possui a versão com encapsulamento

DIP18 e também a versão SMD de menores dimensões.

FIGURA 31 – ESTRUTURAS DE PINOS DO PIC16F84

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Os pinos no microcontrolador PIC16F84, têm o seguinte significado:

Pino n.º 1, RA2 Segundo pino da porta A. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º 2, RA3 Terceiro pino da porta A. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º 3, RA4 Quarto pino da porta A. O TOCK1 que funciona como entrada do

temporizador, também utiliza este pino.

Pino n.º 4, MCLR Entrada de reset e entrada da tensão de programação Vpp do

microcontrolador .

Pino n.º 5, Vss massa da alimentação.

Pino n.º 6, RB0, bit 0 da porta B. Tem uma função adicional que é a de entrada de

interrupção.

Pino n.º 7, RB1 bit 1 da porta B. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º 8, RB2 bit 2 da porta B. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º 9, RB3 bit 3 da porta B. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º10, RB4 bit 4 da porta B. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º 11, RB5 bit 5 da porta B. Não tem nenhuma função adicional.

Pino n.º 12, RB6 bit 6 da porta B. No modo de programa é a linha de clock

Pino n.º 13, RB7 bit 7 da porta B. Linha de dados no modo de programa

Pino n.º 14, Vdd Pólo positivo da tensão de alimentação.

Pino n.º 15, OSC2 para ser ligado a um oscilador.

Pino n.º 16, OSC1 para ser ligado a um oscilador.

Pino n.º 17, RA0 bit 0 da porta A. Sem função adicional.

Pino n.º 18, RA1 bit 1 do porta A. Sem função adicional.

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2.5.4.1 INTERFACE COM O PLL MC145170-2

O registrador C do PLL MC145170-2 é um registrador de configuração para

ativação de pinos e polaridade do sinal de erro, e pode ser acessado da seguinte

forma.

FIGURA 32 – ACESSO AO REGISTRO C

C7 – Polaridade do sinal em PDout . Quando em nível alto, inverte polaridade;

C6 – Escolha da forma de saída do sinal de erro. Quando em nível alto, ativa a saída

simples do pino PDout e desativa a saída dupla pelos pinos R e v;

C5 – Habilita o detector de travamento de fase;

C4 – C2 – Configuram o fator de divisão para REFout (freqüência que irá controlar a

operação do microcontrolador);

C1 – Ativa a saída fV;

C0 – Ativa a saída fR.

Os registradores R e N podem ser acessados de forma análoga, ou seja,

baixando o nível lógico do pino ENB, pulsando o pino CLK a cada novo bit inserido

no pino DIN, e elevando-o quando terminada a transferência.

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O registrador R é configurado pelo PIC uma única vez (valor decimal fixo em

40), através de uma transferência serial de 3 bytes (sendo que os nove bits mais

significantes não são considerados pelo CI).

O registrador N é configurado por uma transferência de 2 bytes, e irá

determinar a freqüência de operação do transmissor FM.

As rotinas de controle do circuito integrado são apresentadas no arquivo de

cabeçalho PLL.INC do programa do microcontrolador, que está anexo ao presente

trabalho.

2.5.4.2 INTERFACE COM O DISPLAY LCD

Para controlar o display, é utilizada uma interface de 4 bits, onde apenas os

pinos RS, R/W, E e DB7 a DB4 são utilizados.

FIGURA 33 – ESQUEMA DE INTERFACE COM O PIC E PINAGEM DO DISPLAY LCD

Devido ao fato de o microcontrolador operar em uma freqüência mais alta que

a do display, deve ser criada uma rotina de inicialização com tempos de espera

adequados, conforme indicado pelo fabricante.

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FIGURA 34 – INICIALIZAÇÃO DO DISPLAY LCD

Na modo 4 bits, o envio de um byte (8 bits) de instrução ou de dados é feito

através de um envio duplo de 4 bits. O arquivo de cabeçalho LCD.INC (incluído nos

anexos) contém todas as instruções necessárias para a operação do display, de

acordo com as seguintes especificações estabelecidas pelo fabricante:

FIGURA 35 – INTERFACE DE COMUNICAÇÃO 4 BITS

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FIGURA 36 – CONJUNTO DE INSTRUÇÕES PARA OPERAÇÃO DO DISPLAY LCD

2.5.4.3 INTERFACE DE CONTROLE - BOTÕES DE SINTONIA

Através de dois botões de sintonia, o usuário poderá escolher a freqüência de

operação do transmissor FM. Ao pressionar o botão “CIMA” o registrador N do PLL é

incrementado em duas unidades e o valor exibido no display é incrementado em 0.2

MHz. Da mesma forma, ao se pressionar o botão “BAIXO”, o valor do registrador N é

reduzido de duas unidades e o valor exibido subtraído de 0.2 MHz.

Ao manter pressionado quaisquer dos botões, a freqüência vai sendo alterada

automaticamente a cada cerca de 200 ms.

Os botões representam para o microcontrolador um nível lógico baixo (0 V)

quando ativos, e estão ligados com resistências de pull-up (R21 e R22) a tensão

Vcc. A identificação do pressionamento dos botões é feita por um arquivo de

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cabeçalho (BOTOES.INC) do programa do microcontrolador, para evitar múltiplas

detecções quando da ocorrência de um pressionamento simples. O referido arquivo

está anexo ao presente trabalho.

2.5.5 O Firmware

O firmware (software embarcado no microcontrolador) foi desenvolvido em

linguagem Assembler, que é uma linguagem de programação de baixo nível, ou seja

próxima do hardware. Isso permite que se faça um programa mais rápido e mais

eficiente, em contraponto a um maior tempo de programação. O arquivo

MP3FM.ASM (nos anexos), contém o código fonte que representa o fluxograma

abaixo. O programa é executado por macros, contidas nos arquivos de cabeçalho

correspondentes a cada um dos periféricos comandados pelo microcontrolador

(BOTOES.INC, LCD.INC E PLL.INC).

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FIGURA 37 – FLUXOGRAMA DO FIRMWARE IMPLEMENTADO

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3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

3.1 RESULTADOS ECONÔMICOS

Ao final do projeto, chegamos a uma lista final de componentes do produto

final com os seus respectivos custos. O produto final poderia ser miniaturizado,

através do uso de componentes SMD e ter um tamanho de 35 mm x 25 mm x 12

mm, e ser alimentado através de apenas uma pilha AAA. Apresentamos uma

cotação comparativa para a produção do produto com os custos nos EUA, onde a

maioria das partes são fabricadas, e no Brasil.

PEÇA QUANTIDADE VALOR NOS EUA VALOR NO BRASIL

RESISTORES 24 R$ 1,10

R$ 1,66

CAPACITORES 23 R$ 1,59

R$ 2,39

INDUTORES 4 R$ 0,07

R$ 0,11

DIODO VARICAP 1 R$ 0,23

R$ 0,32

CRISTAIS 2 R$ 3,45

R$ 5,12

TRANSISTORES 2 R$ 0,92

R$ 1,19

CI1 BA1404F 1 R$ 3,34

R$ 4,72

CI2 PIC16F54 1 R$ 1,01

R$ 1,43

CI3 MC145170-2 1 R$ 5,29

R$ 7,49

PCI (2,5 x 3,5 cm, face dupla) 1 R$ 0,92

R$ 1,42

DISPLAY LCD 1 R$ 4,35

R$ 6,57

PLUG 1 R$ 0,28

R$ 0,47

BOTÕES 2 R$ 0,18

R$ 0,27

TOTAL R$ 22,72

R$ 33,17

Nota-se que o preço de produção no Brasil acaba ficando cerca de 50% mais

caro do que nos EUA, devido à cobrança abusiva de impostos de importação pelo

governo federal.

Abaixo, o gráfico mostra as porcentagens de taxas arrecadadas pelo governo sobre

cada item do projeto.

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O preço do produto no Brasil poderia ser otimizado, utilizando-se

componentes aqui fabricados, porém, não interfeririam muito no custo final, visto que

são itens de baixo valor agregado (placa, plug, botões, indutores...).

O Brasil atualmente não dispõe de uma fábrica sequer de semicondutores, o

que nos coloca como dependentes dos países desenvolvidos. Este fato, somado às

taxas abusivas, impede o desenvolvimento da tecnologia nacional.

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4 CONCLUSÕES

Na implementação prática de circuitos de rádio-freqüência enfrentamos várias

adversidades na qual está sujeita à ação de efeitos indesejáveis, devidos a não-

idealidades de componentes (capacitâncias e indutâncias parasitas, que alteram a

freqüência de operação do circuito), comprimentos e proximidade de trilhas (as quais

podem induzir campos elétricos umas nas outras), entre outros. Porém, as situações

podem ser contornadas, nem que sejam à custa de algum prejuízo. Ou, se mais

vantajoso for, serem absorvidas. A teoria nos fornece a base para achar com bom

senso a melhor solução para cada caso prático, pois sabemos que a teoria é que

sustenta a prática, e não o contrário.

A prática nos põe frente a frente com os problemas reais da engenharia, e

nos obriga a desenvolver uma sistemática para sua resolução. Na busca de um erro,

sempre é mais sensato isolá-lo em partes cada vez menores, até identificá-lo e

corrigi-lo. Entretanto, muitas vezes o método “tentativa-e-erro” acaba sendo a melhor

solução. A prática da eletrônica, em particular, é uma atividade que desenvolve

virtudes como persistência, concentração e capacidade de improviso.

Vimos ainda que a atual política brasileira impõe uma trava ao nosso

desenvolvimento científico, seja através da cobrança abusiva de impostos ou pela

excessiva burocracia (para liberação de materiais para pesquisa em alfândegas, por

exemplo). Dessa maneira, o que se vê é uma restrição de oportunidades e uma

conseqüente “fuga de cérebros” para o exterior.

Finalmente, pudemos observar durante ao longo do desenvolvimento deste

trabalho, duas nobres atribuições da engenharia:

- buscar sempre fazer melhor, ou mais, e com menos;

- fazer uso da ciência para produzir alguma comodidade para o ser humano.

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5 REFERÊNCIAS

GOMES, Alcides Tadeu. Telecomunicações: Transmissão e Recepção. Editora Érica 9ª Edição. São Paulo, 1990.

LAMAR, Marcus V. Apostila da disciplina de Princípios da Comunicação – Capítulo 3. Curitiba, 2003.

PASTRO, Ademar L. Apostila do curso de Microcontroladores. Curitiba, 2005.

Sites da Internet:

All Datasheet http://www.alldatasheet.com

Eletrospec – Venda de componentes eletrônicos http://www.eletrospec.com

Livro on-line sobre microcontroladores. Disponível em: http://www.mikroelektronika.co.yu

Microfone: O Site do Radialista. A História do rádio: Disponível em: http://www.microfone.jor.br/historia.htm

PLL http://paginas.terra.com.br/lazer/py4zbz/teoria/pll.htm

USBID – Cotações de componentes eletrônicos http://www.usbid.com

Wikipedia http://www.wikipedia.org

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ANEXOS

ANEXO A – Folha de especificações do CI1: BA1404

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ANEXO B – Folha de especificações do diodo varicap D1

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ANEXO C - Folha de especificações do transistor BF199

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ANEXO D - Folha de especificações do display de LCD

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ANEXO E – Folha de especificações do CI2: PIC14F84A

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ANEXO F – Folha de especificações do CI3: MC145170-2

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Código fonte do firmware implementado

MP3FM.ASM

;*************************************************************************** ; FIRMWARE DO MP3FM ; PIC 16F84A ;***************************************************************************

#INCLUDE "P16F84A.INC"

__CONFIG _CP_OFF &_WDT_OFF &_PWRTE_ON &_HS_OSC

;DESLIGA A MENSAGEM DE AVISO Nº 302: ;"Register in operand not in bank 0. Ensure that bank bits are correct"

ERRORLEVEL -302 ; DECLARAÇÃO DE CONSTANTES

CONSTANT LCDEM8 = b'00110000' ; MODO 8-BITS, 2 LINHAS CONSTANT LCDHOME = b'00000010' ; CURSOR NA PRIMEIRA POSIÇÃO CONSTANT LCDPISCA = b'00001111' ; LIGA E PISCA O CURSOR CONSTANT LCDON = b'00001100' ; LCD LIGADO, SEM CURSOR CONSTANT LCDCLR = b'00000001' ; LIMPA O DISPLAY CONSTANT LCDLINHA1 = b'10000000' ; ESCOLHE LINHA 1 CONSTANT LCDLINHA2 = b'11000000' ; ESCOLHE LINHA 2

CBLOCK 0X0C ; DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS PLLfreqbyte1 PLLfreqbyte2 PLLtemp LCDfreqfrac LCDfreqint LCDfrequnidade LCDrot LCDtemp CONTA8 LCDenviar DELAY X_DELAY FLAGS ENDC ; DECLARAÇÃO DE HARDWARE

#DEFINE LCDPORT PORTB #DEFINE LCDTRIS TRISB #DEFINE LCD_RS PORTB,0 #DEFINE LCD_EN PORTB,3 #DEFINE PLL_ENB PORTA,3 #DEFINE PLL_DIN PORTA,2 #DEFINE PLL_CLK PORTA,4 #DEFINE BOTAOS PORTA,1 #DEFINE BOTAOD PORTA,0 #DEFINE LIM_inf 0 #DEFINE LIM_sup 1 #DEFINE BOT_sob 2 #DEFINE BOT_des 3

ORG 00H ;VETOR DE RESET GOTO INICIO

#INCLUDE "LCD.INC" ; INCLUI ARQUIVOS DE CABEÇALHO AUXILIARES #INCLUDE "PLL.INC" #INCLUDE "BOTOES.INC"

INICIO LCDini ; MACRO PARA INICIALIZAÇÃO DO DISPLAY LCDcmd LCDCLR LCDcmd LCDON

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LCDddend 0x43 LCDcar '.' LCDddend 0x46 LCDcar 'M' LCDcar 'H' LCDcar 'z' MOVLW d'113' MOVWF PLLfreqbyte1 MOVLW d'3' MOVWF PLLfreqbyte2 MOVLW d'1' MOVWF LCDfreqfrac MOVLW d'88' MOVWF LCDfreqint CLRF FLAGS GOTO ATUALIZA

CHECAsob BOTsob TESTA SE O BOTÃO SOBE FOI PRESSIONADO. BTFSS FLAGS,BOT_sob ; SETA UM BIT DE FLAG CASO POSITIVO. GOTO CHECAdes ; NÃO: VAI CHECAR SE O BOTÃO DESCE FOI PRESSIONADO. LIMsup ; SIM: MACRO PARA TESTE DO LIMITE SUPERIOR BTFSS FLAGS,LIM_sup ; SETA UM BIT DE FLAG EM CASO POSITIVO GOTO FREQsob ; NÃO: SOBE A FREQUENCIA GOTO INIseta ;SIM: EXECUTA MACRO PARA CONFIGURAÇÃO DO INÍCIO DA

BANDA DE FM FREQsob

PLLfreqsob ; MACRO PARA SUBIR O VALOR DO DIVISOR N EM DUAS UNIDADES LCDfreqsob ; MACRO PARA SUBIR 0.2 MHz NO DISPLAY LCD GOTO ATUALIZA

CHECAdes BOTdes BTFSS FLAGS,BOT_des GOTO CHECAsob LIMinf ; MACRO PARA TESTE DO LIMITE INFERIOR BTFSS FLAGS,LIM_inf ; VERIFICA SE LIMITE FOI ATINGIDO. GOTO FREQdes ; NÃO: DESCE A FREQUENCIA GOTO FIMseta ; SIM: EXECUTA MACRO PARA CONFIGURAÇÃO DO FIM DA

BANDA DE FM FREQdes

PLLfreqdes ; MACRO PARA DIMINUIR O VALOR DO DIVISOR N DE DUAS UNIDADES

LCDfreqdes ; MACRO PARA DESCER 0.2 MHz NO DISPLAY LCD GOTO ATUALIZA

INIseta INIset ; SETA VALORES INICIAIS DA BANDA. GOTO ATUALIZA

FIMseta FIMset ; SETA VALORES FINAIS DA BANDA. GOTO ATUALIZA

ATUALIZA PLLNatu ; ENVIA AO MC145170-2 O NOVO VALOR DO DIVISOR N. LCDfreqatu ; ENVIA AO DISPLAY O NOVO VALOR DA FREQUENCIA DE

OPERAÇÃO. CLRF FLAGS ; LIMPA FLAGS PARA A PRÓXIMA VERIFICAÇÃO. GOTO CHECAsob ; VOLTA PARA A CHECAGEM DOS BOTÕES.

END

BOTOES.INC

;********************************************************************************** ;* MP3FM ;* CONTROLADOR PARA BOTÔES ;**********************************************************************************

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BOTsob macro

CALL BOT__sob endm

BOT__sob BTFSC BOTAOS ; BOTÃO SOBE FOI PRESSIONADO? GOTO BOT_sobfim ; NÃO. TERMINA MACRO MOVLW d'170' CALL X_DELAY500 BTFSC BOTAOS ; CONTINUA PRESSIONADO APÓS 50ms? GOTO BOT_sobfim ; NÃO. TERMINA MACRO BSF FLAGS,BOT_sob ; SETA FLAG

BOT_sobfim RETURN

BOTdes macro CALL BOT__des endm

BOT__des BTFSC BOTAOD ; BOTÃO DESCE FOI PRESSIONADO? GOTO BOT_desfim ; NÃO. TERMINA MACRO MOVLW d'170' CALL X_DELAY500 BTFSC BOTAOD ; CONTINUA PRESSIONADO APÓS 50ms? GOTO BOT_desfim ; NÃO. TERMINA MACRO BSF FLAGS,BOT_des ; SETA FLAG

BOT_desfim RETURN

LCD.INC

;********************************************************************************** ; MP3FM ; CONTROLADOR PARA LCD SEIKO L2432 ;**********************************************************************************

LCDcmd macro LCDcomando ; ENVIA UM COMANDO AO LCD MOVLW LCDcomando CALL LCDcomd endm

LCD_ini CLRF LCDPORT ; PREPARAR O PORT DO LCD BSF STATUS,RP0 ; SELECIONA BANCO 1 CLRF OPTION_REG ; PULL-UPS ATIVADOS, INTERRUPÇÃO NA BORDA DE

DESCIDA DE RB0,TMR0 NO CLK INTERNO, PRESCALER EM TMR0 1:2 CLRF LCDTRIS ; SETA PORT DO LCD COMO SAÍDA BCF STATUS,RP0 ; VOLTA AO BANCO 0 MOVLW d'100' ; DELAY DE 50 ms (DATASHEET PEDE 40 ms) CALL X_DELAY500 CALL LCD_EM8 CALL LCD_EM8 ; TEMPOS DE ESPERA JÁ ESTÃO EMBUTIDOS NA ROTINA

LCD_enviar CALL LCD_EM8 MOVLW b'00100000' ; MODO 4-BITS CALL LCD_enviar ; INICIALIZAÇÃO DE ACORDO COM DATASHEET DO

HD44780 LCDcmd b'00101000' ; MODO 4-BITS, 2 LINHAS, CARACTER 5X8 LCDcmd b'00001000' ; DESLIGA O DISPLAY (2 INSTRUÇÕES) LCDcmd b'00000001' ; LIMPA O DISPLAY (2 INSTRUÇÕES)

LCDcmd b'00000110' ; ENTRY MODE: COM INCREMENTO, SEM DESLOCAMENTO (2 INSTRUÇÕES)

LCDcmd LCDHOME ; CURSOR NA 1a. POSIÇÃO LCDcmd LCDON ; DISPLAY LIGADO RETURN

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LCD_EM8 MOVLW LCDEM8 ; INICIAÇÃO NO MODO 8-BITS CALL LCD_enviar RETURN

; SUB-PROGRAMAS LCDini macro

CALL LCD_ini endm

LCDcar macro LCDarg ; ESCREVE UM CARACTER NO LCD MOVLW LCDarg CALL LCDdados endm

LCDddend macro enddram MOVLW enddram ; SELEÇÃO DO ENDEREÇO DE POSIÇÃO DO CARACTER CALL LCD_ddend endm

LCD_ddend ADDLW b'10000000' CALL LCDcomd RETURN

LCDcomd CLRF LCDrot ; LIMPAR FLAG DE DADOS. LCD_RS = 0 E LCD_RW = 0 CALL LCDe ; CHAMA ROTINA PARA ENVIO 4-BIT RETURN

LCDdados CLRF LCDrot BSF LCDrot,0 ; SETA LCD_RS CALL LCDe RETURN

LCDe MOVWF LCDtemp ; SALVA COMANDO OU DADO EM LCDTEMP ANDLW b'11110000' ; ISOLA 4 BITS MAIS SIGNIFICATIVOS IORWF LCDrot,W ; IDENTIFICA O BYTE COMO SENDO DADO OU INSTRUÇÃO CALL LCD_envia SWAPF LCDtemp,W ; TROCAR OS 4 BITS MAIS SIGNIFICATIVOS COM OS MENOS

ANDLW b'11110000' ; ISOLAR OS 4 BITS MENOS SIGNIFICATIVOS IORWF LCDrot,W ; IDENTIFICA O BYTE COMO DADO OU INSTRUÇÃO CALL LCD_enviar RETURN

LCD_enviar ; HABILITAR ENTRADA DE DADOS/COMANDOS MOVWF LCDenviar ; ARMAZENA BYTE A ENVIAR AO LCD CALL LCDespera ; ESPERA O LCD SAIR DO ESTADO OCUPADO MOVF LCDenviar,W ; RECUPERA BYTE A ENVIAR MOVWF LCDPORT ; ENVIA OS 4 BITS MAIS SIGNIFICATIVOS PARA O PORT

DO LCD BSF LCD_EN BCF LCD_EN CLRF LCDPORT ; LIMPA PARA PRÓXIMA OPERAÇÃO RETURN

LCDespera ; AGUARDA 5 ms PARA FINALIZAÇÃO DE INSTRUÇÃO/ ENTRADA DE DADOS

MOVLW d'10' CALL X_DELAY500 RETURN

LCDfreqsob macro CALL LCD_freqsob Endm

LCD_freqsob BCF STATUS,Z ; SOBE A FREQUENCIA EXIBIDA NO LCD MOVLW d'9' SUBWF LCDfreqfrac,W ; TESTA SE BYTE DO DECIMO É IGUAL A 9 BTFSS STATUS,Z GOTO LCD_freqsob1 ; NÃO

GOTO LCD_freqsob2 ; SIM LCD_freqsob1

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MOVLW d'2' ; NÃO. SOMA 2 ADDWF LCDfreqfrac,F ; ALTERA APENAS PARTE FRACIONÁRIA RETURN

LCD_freqsob2 ; SIM MOVLW d'1' ; DECIMO SOBE PARA 1 MOVWF LCDfreqfrac INCF LCDfreqint,F ; INCREMENTA PARTE INTEIRA DA FREQUENCIA RETURN

LCDfreqdes macro CALL LCD_freqdes endm

LCD_freqdes BCF STATUS,Z MOVLW d'1' ; TESTA SE BIT DO DÉCIMO É 1. SUBWF LCDfreqfrac,W BTFSS STATUS,Z GOTO LCD_freqdes1 ; NÃO GOTO LCD_freqdes2 ; SIM

LCD_freqdes1 MOVLW b'11111110' ; NÃO. SOMA -2 BINÁRIO ADDWF LCDfreqfrac,F ; ALTERA APENAS DÉCIMO RETURN

LCD_freqdes2 MOVLW d'9' ; SIM. DIGITO DESCE PARA 9 MOVWF LCDfreqfrac DECF LCDfreqint,F ; DECREMENTA A PARTE INTEIRA DA FREQUENCIA RETURN

LCDfreqatu macro ; ATUALIZA O VALOR DA FREQUENCIA NO DISPLAY CALL LCD_freqatu endm

LCD_freqatu BCF STATUS,C MOVLW b'10011100' ; -100 BINÁRIO ADDWF LCDfreqint,W MOVWF LCDfrequnidade ; SALVA A UNIDADE PARA POSTERIOR ENVIO BTFSS STATUS,C ; NÚMERO É MAIOR QUE 100? GOTO LCD_freqatu1 ; NÃO. NÚMERO É MENOR QUE 100. LCDddend 0x40 ; SIM. SETA ENDEREÇO INICIAL DE ESCRITA LCDcar '1' ; IMPRIME ALGARISMO DAS CENTENAS LCDcar '0' ; IMPRIME ALGARISMO DAS DEZENAS GOTO LCD_freqatu3 ; VAI PARA ENVIO DE UNIDADE E DÉCIMO

LCD_freqatu1 BCF STATUS,C MOVLW b'10100110' ; -90 BINÁRIO ADDWF LCDfreqint,W MOVWF LCDfrequnidade ; SALVA A UNIDADE BTFSS STATUS,C ; NÚMERO É MAIOR QUE 90? GOTO LCD_freqatu2 ; NÃO. ENTÃO SÓ PODE SER 80 E TANTOS. LCDddend 0x40 ; ENDEREÇO INICIAL DE ESCRITA LCDcar ' ' ; ESPAÇO LCDcar '9' ; DEZENA GOTO LCD_freqatu3

LCD_freqatu2 BCF STATUS,C MOVLW b'10110000' ; DIMINUI DE 80 PARA OBTER ALGARISMO DA UNIDADE ADDWF LCDfreqint,W MOVWF LCDfrequnidade LCDddend 0x40 ; ENDEREÇO INICIAL DE ESCRITA LCDcar ' ' ; ESPAÇO LCDcar '8' ; DEZENA

LCD_freqatu3 MOVF LCDfrequnidade,W ; UNIDADE ADDLW 0x30 CALL LCDdados LCDcar '.' ; ESPAÇO PARA O PONTO MOVF LCDfreqfrac,W ; PARTE FRACIONARIA ADDLW 0X30

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CALL LCDdados RETURN

DELAY500 ; DELAY DE 500 us COM CRISTAL 4 MHz MOVLW D'165' ; +1 1 CICLO MOVWF DELAY ; +2 1 CICLO DELAY500_LOOP DECFSZ DELAY, F ; PASSO 1 1 CICLO GOTO DELAY500_LOOP ; PASS O2 2 CICLOS DELAY500_END RETURN ; +3 2 CICLOS X_DELAY500 ; DELAY DE W * 500 us MOVWF X_DELAY ; +1 1 CICLO X_DELAY500_LOOP CALL DELAY500 DECFSZ X_DELAY, F ; PASSO 2 1 CICLO GOTO X_DELAY500_LOOP ; PASSO 3 2 CICLOS RETURN ; +2 2 CICLOS

PLL.INC

;********************************************************************************* ; MP3FM ; CONTROLADOR PARA PLL MC145170-2 - FAIXA DE FM 88.1 - 108.9 MHz ;*********************************************************************************

PLLini macro CALL PLL_ini endm

PLL_ini MOVLW b'01100100' ; SETA REGISTRADOR C

BCF PLL_ENB ; ENVIA 1 BYTE CALL PLLenv BSF PLL_ENB MOVLW d'0' ; SETA REGISTRADOR N (DIVISOR DA REFERENCIA) BCF PLL_ENB ; ENVIA 2 BYTES CALL PLLenv MOVLW d'40' ; PASSO SERÁ DE REF/40 = 100 KHz CALL PLLenv BSF PLL_ENB RETURN

PLLfreqsob macro CALL PLL_freqsob endm

PLL_freqsob ; SOBE A FREQUENCIA EM UM PASSO

BCF STATUS,C MOVLW d'2' ADDWF PLLfreqbyte1,F; AUMENTA EM 2 O DIVISOR N (= +200 kHz) BTFSC STATUS,C ; AUMENTA O BYTE SUPERIOR DE N, CASO

NECESSÁRIO INCF PLLfreqbyte2,F RETURN

PLLfreqdes macro CALL PLL_freqde ; DIMINUI A FREQUENCIA EM UM PASSO . endm

PLL_freqdes BCF STATUS,C MOVLW b'11111110' ; -2 EM BINÁRIO ADDWF PLLfreqbyte1,F; DIMINUI EM 2 O DIVISOR N (= -200 kHz) BTFSS STATUS,C ; DIMINUI O BYTE SUPERIOR DE N, CASO

NECESSÁRIO

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DECF PLLfreqbyte2,F RETURN

PLLNatu macro CALL PLL_Natu endm

PLL_Natu MOVLW d'0' ; ENVIA BYTE ZERADO (DON´T CARES) BCF PLL_ENB CALL PLLenv MOVF PLLfreqbyte2,W ; ENVIA BYTE SUPERIOR CALL PLLenv MOVF PLLfreqbyte1,W ; ENVIA BYTE INFERIOR CALL PLLenv BSF PLL_ENB RETURN

PLLenv MOVWF PLLtemp ; VARIAVEL AUXILIAR PARA ROTAÇÃO DO BYTE MOVLW d'8' ; CONTADOR DE CLOCKS MOVWF CONTA8 RLF PLLtemp,W RLF PLLtemp,W

PLLenv1 ANDLW b'00000001' ; ISOLA O BIT EM PORTA,0 MOVWF PORTA BSF PLL_CLK BCF PLL_CLK DECFSZ CONTA8,F ; DIMINUI UM NO CONTADOR. SE 0, ENCERRA O

ENVIO GOTO PLLenv2 RETURN

PLLenv2 RLF PLLtemp,W ; ROTACIONA O BYTE A ESQUERDA GOTO PLLenv1 ; VOLTA PARA NOVO ENVIO DE BIT

LIMsup macro CALL LIM__sup endm

LIM__sup BCF STATUS,Z ; TESTA SE FREQUENCIA É 108.9 MHz MOVF PLLfreqbyte1,W SUBLW d'65' ; SE BYTE INFERIOR É 65, ENTÃO A FREQUENCIA

SO PODE SER 108.9 BTFSC STATUS,Z BSF FLAGS,LIM_sup RETURN

LIMinf macro CALL LIM__inf endm

LIM__inf BCF STATUS,Z ; TESTA SE FREQUENCIA É 88.1 MHz MOVF PLLfreqbyte1,W SUBLW d'113' ; SE BYTE INFERIOR É 113, FREQUENCIA SO PODE SER

88.1 BTFSC STATUS,Z BSF FLAGS,LIM_inf ; SIM. FREQUENCIA É 88.1 . SETA FLAG. RETURN

FIMset macro CALL FIM_set endm

FIM_set MOVLW b'00000100' ; VOLTA PARA O FIM DA FAIXA. BYTE SUPERIOR DE 1091

(-2= 108.9) MOVWF PLLfreqbyte2 MOVLW b'01000001' ; BYTE INFERIOR DE 1089 MOVWF PLLfreqbyte1

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MOVLW d'108' MOVWF LCDfreqint ; VOLTA PARA O FIM DA FAIXA TAMBÉM NO DISPLAY

(108.9 MHz) MOVLW d'9' MOVWF LCDfreqfrac RETURN

INIset macro CALL INI_set endm

INI_set MOVLW b'00000011' ; SIM. FREQUENCIA É 108.9 . VOLTA PARA INICIO DA

FAIXA. BYTE SUPERIOR DE 881 MOVWF PLLfreqbyte2 MOVLW b'01110001' ; BYTE INFERIOR DE 881 MOVWF PLLfreqbyte1 MOVLW d'88' MOVWF LCDfreqint ; VOLTA PARA O INÍCIO DA FAIXA TAMBÉM NO DISPLAY

(88.1 MHz) MOVLW d'1' MOVWF LCDfreqfrac RETURN

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APÊNDICE B – Layout da placa de circuito impresso do protótipo

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APÊNDICE C – Esquemática do circuito eletrônico

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