Transparências - Capitulo 13

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ECONOMIA Micro e Macro

Captulo 13: InflaoConceito Distores Provocadas Causas O Imposto Inflacionrio A curva de Phillips

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ECONOMIA Micro e MacroInflao: ConceitoDefinio: inflao o aumento contnuo e generalizado no nvel geral de preos. Custos gerados pela inflao:

a distribuio de renda (concetrao de renda); o Balano de Pagamentos (desequilbrio interno e externo); as expectativas (perda das expectativas); o mercado de capitais (desestmulo a aplicao); iluso monetria: ocorre principalmente quando a inflao alta e estvel, levando os agentes econmicos a tomarem decises equivocadas.2

ECONOMIA Micro e MacroInflao: DistoresDistribuio de Renda Os que mais perdem so os trabalhadores de baixa renda (no mantm aplicao financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistncia). Os empresrios, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflao, garantem os lucros. O governo ganha via correo de impostos e tarifas pblicas. Balano de Pagamentos Elevadas taxas de inflao, em nveis superiores ao aumento de preos internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o estmulo s importaes e desestmulo s exportaes, diminuindo o saldo da balana comercial.3

ECONOMIA Micro e MacroInflao: DistoresFormao de Expectativas O setor privado, em particular o setor empresarial, so bastante sensveis com relao aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros. Mercado de Capitais Em um processo inflacionrio, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto h um estmulo na aplicao de bens de raiz (Terra, imveis). E desestmulo na aplicao no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correo monetria minimizou esse desestmulo pois, os papis pblicos e caderneta de poupana, passaram a ser reajustados por um ndice prximo ao crescimento da inflao).4

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Tipos de inflaoI. Inflao de Demanda: excesso de demanda agregada em relao Demanda produo disponvel. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produo de bens e servios, pela maior utilizao de recursos antes desempregados, no, necessariamente, ocorrer aumento generalizado de preos.Nvel Geral de Preos DA1 DA0 P1 P0

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A curto prazo, a demanda agregada mais sensvel alteraes de poltica econmica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a poltica preconizada para combatela seria a que provocasse reduo desta procura por bens e servios.5

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Tipos de inflaoII. Inflao de Custos inflao de OFERTA. O nvel de demanda permanece o Custos: mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e so repassados aos preos dos produtos. Est associada, tambm, ao monoplio e oligoplio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevao dos custos de produo.o Pinsumos o Custos de produo o PfinalNvel Geral de Preos DA P1 P0 OA1 OA0

Y Y1 Y0

Tambm pode se causada por aumentos autnomos nos preos de matriasprimas bsicas, os chamados choques de matrias-primas (crise do petrleo, choques agrcolas). Poltica adotada: Controle direto de preos (via poltica salarial rgida, fiscalizao sobre os lucros dos oligoplios, controle de preos dos produtos).6

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Tipos de inflaoIII. Inflao de Inercial provoca a perpetuao das taxas de inflao anteriores, Inercial: que so sempre repassados aos preos correntes. IV. Inflao de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preos Expectativas: provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflao futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro. V. Hiperinflao: os fatores que levam a uma hiperinflao so: Hiperinflao: Crise oramentria; Governo no consegue se financiar via emisso de ttulos; Neste caso o governo comea a se financiar via emisso de moedas. Como acabar com uma hiperinflao? Fazer ajuste fiscal; Regras que acabem com a monetizao do dficit; Reforma monetria; ncora cambial Independncia do BC (fim da monetizao do dficit).

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ECONOMIA Micro e MacroInflao: Poltica Monetria e Inflao

Sistema de Metas de Inflao (Inflation Target) Bandas fixadas para a inflao futura, controladas pela poltica monetria, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC); IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da poltica monetria: transparncia e tambm, consistente com viso moderna das limitaes da poltica monetria (demanda por moeda instvel, assim como a relao entre moeda e inflao); Elege objetivo de estabilidade de preos como prioritrio e impe a avaliao de impactos a longo prazo de aes a curto prazo

Ncleo da Inflao (Core Inflation) ndice de preos que expurga variaes associadas aos choques de oferta, que no representem presses persistentes sobre os preos 8

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Imposto Inflacionrio e SenhoriagemReceita para o Governo, devido ao monoplio que possui sobre as emisses de moeda (paga seus compromissos com a emisso de moeda a custo zero). Recai com maior intensidade sobre as classes sociais mais baixas (imposto regressivo). Por no terem aplicaes financeiras, no conseguem se defender sobre a taxao implcita.Sem Inflao (sem Imposto Inflacionrio) Elevao do consumo das classes sociais mais baixas.

Senhoriagem: arrecadao implcita que o governo (Banco Central) obtm por ter o monoplio da emisso de moeda a custo praticamente zero. Com taxas de inflao crescentes, governo perde receita por desvalorizao da arrecadao p Aumento do dficit pblico (Efeito Oliveira-Tanzi) p Aumento das necessidades de arrecadao p Aumento da emisso p Aumento da inflao.9

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao e Desemprego (Curva de Phillips) Trade-off entre inflao e desemprego; O nvel de produto est diretamente relacionado ao nvel de emprego;

T ! F Q Q N onde: T = taxa de inflao F = sensibilidade da inflao em relao taxa de desemprego (quanto maior o beta, mais sensvel a inflao em relao ao desemprego, e portanto, menor a taxa de sacrificio) QN = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego compatvel com o pleno emprego)10

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao e Desemprego (Curva de Phillips)Verso aceleracionista: os agentes se antecipam inflao, remarcando seus preos sem alterar a produo. Isto implica em taxas de inflao crescentes, e neste caso:

T ! T e F Q Q N 1. Q < QN T e > T (inflao) 2. Q = QN T e = T (inflao inercial) 3. Q > QN T e < T (queda da inflao) Concluso: o nvel de inflao est relacionado a um dado Q.11

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao e Desemprego (Curva de Phillips)OBS: nem todo crescimento econmico afeta a taxa de desemprego, por exemplo: crescimento populacional; aumento da produtividade.

Istes fatores so chamados de taxa normal de crescimento (QN). Sendo assim, a queda na taxa de desemprego deve ser feita atravs de outros fatores que superem a taxa normal de desemprego.T

QNe e

Taxa de desemprego12

T !0 T "0

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao e Desemprego (Curva de Phillips)Abaixo de YPleno Emprego No YPleno EmpregoNvel Geral de Preos

Preos Rgidos (e aumento da Produo e Emprego) Teoria Keynesiana As Variveis reais (Produo e Emprego) no se alteram

Oferta Agregada

OBS: Na realidade, esse trade-off entre variaes ou no preo ou na quantidade, no se mostra assim, to claro.Y

Y0

YPLENOEMPREGO

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ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao e Desemprego (Curva de Phillips)Modelo de Expectativas Adaptadas ou Adaptativas: a inflao esperada para o prximo perodo uma mdia ponderada da inflao observada nos ltimos perodos.

T ! T e F Q Q N Ionde:T = taxa de inflao Te = inflao esperada (expectativa de inflao) I = choques aleatrios (choques de oferta)T Curva de Phillips de longo prazo Taxa de desemprego14

QN

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao e Desemprego (Curva de Phillips)Modelo de Expectativas Racionais: considera que os agentes no olham somente o passado, mas tambm as informaes disponveis no presente. Assim, espera-se que os agentes maximizem o uso das informaes, ou seja, no existem T erros sistemticos correlacionados.T T

Taxa de desemprego

Taxa de desemprego

Curva de Phillips para variaes no antecipadas da oferta monetria

Curva de Phillips para variaes antecipadas da oferta monetria15

ECONOMIA Micro e MacroInflao: Inflao no Brasil e as Correntes EconmicasCorrente Causas Principais Polticas AntiinflacionriasAjuste fiscal (para reduzir dficit e dvida pblica, via reformas fiscal, previdenciria, privatizao); Controle monetrio (juros e moeda); Liberalizao do comrcio exterior (abertura comercial e valorizao cambial) Desindexao (para apagar a "memria ou inrcia inflacionria", via congelamento de preos, salrios e tarifas: Planos Cruzado, Bresser - ou troca de moeda: Plano Real)

Liberais

Desequilbrio do setor pblico (o dficit e a dvida pblica provocam descontrole monetrio, causando inflao de demanda)

Inercialistas

Indexao generalizada (formal e informal)

Estruturalistas

Conflitos distributivos (presses de margens de lucro, presses salariais, presses de tarifas e preos pblicos provocam inflao de custos)

Controle de preos de oligoplios

Controle cambial

Reformas estruturais

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