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O Tratado de Amesterdão tem 4 grandes objectivos (entrou em vigor a 1 de Maio de 1999): fazer do EMPREGO e dos DIREITOS DOS CIDADÃOS o ponto fulcral da União Europeia; suprimir os últimos entraves à LIVRE CIRCULAÇÃO e reforçar a SEGURANÇA; afirmar a UNIÃO EUROPEIA na CENA INTERNACIONAL; tornar mais eficaz a ARQUITECTURA INSTITUCIONAL da União Europeia, tendo em vista o próximo ALARGAMENTO. C - O TRATADO DE AMESTERDÃO

Tratado de amesterdão

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Page 1: Tratado de amesterdão

O Tratado de Amesterdão tem 4 grandes objectivos

(entrou em vigor a 1 de Maio de 1999):

fazer do EMPREGO e dos DIREITOS DOS CIDADÃOS oponto fulcral da União Europeia;

suprimir os últimos entraves à LIVRE CIRCULAÇÃO ereforçar a SEGURANÇA;

afirmar a UNIÃO EUROPEIA na CENA INTERNACIONAL;

tornar mais eficaz a ARQUITECTURA INSTITUCIONAL daUnião Europeia, tendo em vista o próximo ALARGAMENTO.

C - O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 2: Tratado de amesterdão

Fazer do EMPREGO e dos direitos dos cidadãos o ponto fulcral da União Europeia

Inserção de um novo Título relativo ao EMPREGO;

Criação de um COMITÉ DO EMPREGO;

Reforçar a coordenação das políticas económicas dosEstados-membros, dando especial atenção às políticas afavor do emprego;

Referência no Tratado aos DIREITOS SOCIAISFUNDAMENTAIS expressos na Carta Social Europeia ena Carta Comunitária dos Direitos Sociais Fundamentaisdos Trabalhadores.

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 3: Tratado de amesterdão

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Fazer do emprego e dos DIREITOS DOS CIDADÃOS o ponto fulcral da União Europeia

A União Europeia fica vinculada a respeitar os direitosfundamentais, nomeadamente os garantidos pelaConvenção Europeia dos Direitos do Homem;

Inserção de novos artigos respeitantes à nãodiscriminação em razão de: sexo; raça; origem étnica; religião ou crença; deficiência; idade; orientação sexual.

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 4: Tratado de amesterdão

Suprimir os últimos entraves à LIVRE CIRCULAÇÃO e reforçar a SEGURANÇA

Criação de um espaço de liberdade, segurança e justiçadurante um período transitório de 5 anos;

Novas competências comunitárias: política de vistos; condições de emissão de autorizações de residência

aos imigrantes; procedimentos de asilo; algumas regras em matéria de cooperação judiciária

civil.

A Convenção de Schengen é incorporada no quadroinstitucional da União Europeia.

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 5: Tratado de amesterdão

Afirmar a União Europeia na CENA INTERNACIONAL

A Presidência representará a UE nas matérias de âmbito daPolítica Externa e de Segurança Comum, assistida peloSecretário-Geral do Conselho (que exercerá as funções de AltoRepresentante - Sr. PESC);

Estratégias comuns adoptadas por unanimidade Posições comuns são adoptadas por maioria qualificada Acções comuns são adoptadas por maioria qualificada

Reforço da cooperação entre a União Europeia Ocidental (UEO)e a UE;

Atribuição pela UE de missões de natureza militar à UEO(gestão de crises, manutenção e restabelecimento da paz,...).

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 6: Tratado de amesterdão

Tornar mais eficaz a ARQUITECTURAINSTITUCIONAL da União Europeia, tendo emvista o próximo ALARGAMENTO

COMISSÃO: 1 Comissário por cada Estado-membro,após o 1º alargamento, desde que, nessa data, aponderação dos votos no Conselho tenha sidoalterada;

CONSELHO: nova ponderação de votos no Conselho,após o 1º alargamento;

PARLAMENTO EUROPEU: o número de deputadosnão poderá ultrapassar 700;

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 7: Tratado de amesterdão

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Tornar mais eficaz a ARQUITECTURAINSTITUCIONAL da União Europeia, tendo emvista o próximo ALARGAMENTO

(Cont.)

Simplificação e alargamento do PROCEDIMENTODE CO-DECISÃO a novos domínios (emprego,fundos estruturais,…);

Alargamento das VOTAÇÕES POR MAIORIAQUALIFICADA a novos domínios (emprego,investigação,…).

Page 8: Tratado de amesterdão

FLEXIBILIDADE

Inserção no Tratado do PRINCÍPIO DAFLEXIBILIDADE, segundo o qual algunsEstados-membros podem iniciar entre si umacooperação mais estreita ou reforçada;

A decisão para se iniciar esta “cooperaçãoreforçada” é tomada por maioria qualificada;

Os Estados-membros que ficarem de forapoderão aderir mais tarde (flexibilidade aberta).

O TRATADO DE AMESTERDÃO

Page 9: Tratado de amesterdão

O TRATADO DE AMESTERDÃO

A ABSTENÇÃO CONSTRUTIVA

Permite reduzir o risco de impasse nasdecisões tomadas por unanimidade;

Qualquer Estado-membro pode fazer umadeclaração através da qual se abstém deaplicar uma decisão específica, aceitandoque a decisão vincula a União.

Page 10: Tratado de amesterdão

D - TRATADO DE NICE

Principais Decisões

Composição da Comissão Europeia;

Composição do Parlamento Europeu;

Reponderação dos votos dos Estados-Membros;

Extensão da maioria qualificada;

Cooperações reforçadas.

Page 11: Tratado de amesterdão

TRATADO DE NICE

Composição da Comissão Europeia

Em 2005, os países grandes – Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália – perdem o seu 2º Comissário;

Cada novo Estado-Membro terá um comissário até serem 27 no total;

O número limite de membros da Comissão será decidido, em data a definir, por unanimidade pelos Estados- Membros;

Encontrado o limite, os lugares na Comissão serão ocupadosrotativamente por todos os Estados-Membros;

Os poderes do presidente serão reforçados dentro do Colégio de Comissários.

Page 12: Tratado de amesterdão

TRATADO DE NICE

Composição do Parlamento Europeu

Nº Deputados UE 15Alemanha 99 Alemanha 99 Áustria 17

Reino Unido 87 Reino Unido 72 Eslováquia 13

França 87 França 72 Dinamarca 13

Itália 87 Itália 72 Finlândia 13

Espanha 64 Espanha 50 Irlanda 12

Países Baixos 31 Polónia 50 Lituânia 12

Grécia 25 Roménia 33 Letónia 8

Bélgica 25 Países Baixos 25 Eslovénia 7

Portugal 25 Grécia 22 Estónia 6

Suécia 22 Rep. Checa 20 Chipre 6

Áustria 21 Bélgica 22 Luxemburgo 6

Dinamarca 16 Hungria 20 Malta 5

Finlândia 16 Portugal 22

Irlanda 15 Suécia 18

Luxemburgo 6 Bulgária 17

Total 626

Nº de Deputados UE 27

Total 732

Page 13: Tratado de amesterdão

UE15

Dados Eurostat 1999

TRATADO DE NICE

Ponderação de votos no Conselho

Page 14: Tratado de amesterdão

UE 27

Dados Eurostat 1999

TRATADO DE NICE

População

Votos em milhares

habitantes

Alemanha 29 82 038 Bulgária 10 8 230

Reino Unido 29 59 247 Áustria 10 8 082

França 29 58 966 Eslováquia 7 5 393

Itália 29 57 612 Dinamarca 7 5 313

Espanha 27 39 394 Finlândia 7 5 160

Polónia 27 38 667 Irlanda 7 3 744

Roménia 14 22 489 Lituânia 7 3 701

Países Baixos 13 15 760 Letónia 4 2 439

Grécia 12 10 533 Eslovénia 4 1 978

Rep. Checa 12 10 290 Estónia 4 1 446

Bélgica 12 10 213 Chipre 4 752

Hungria 12 10 092 Luxemburgo 4 429

Portugal 12 9 980 Malta 3 377

Suécia 10 8 854

Estados-

Membros

VotosPopulação em

milhares

habitantes

Estados-

membros

Reponderação de votos no Conselho

Total de Votos=345 Votos

Maioria Qualificada 258

Minoria de Bloqueio 91

Page 15: Tratado de amesterdão

TRATADO DE NICE

Reponderação de votos no Conselho

A Alemanha, o país mais populoso da UE, obtém vantagem aogarantir que os votos no Conselho de Ministros deverãotambém, para serem validados, representar 62% da populaçãoda UE .

Extensão da votação por maioria qualificada

Em 29 áreas políticas e seis mais específicas a votação porunanimidade no Conselho de Ministros passará a ser

decidida por maioria qualificada.

Page 16: Tratado de amesterdão

TRATADO DE NICE

Cooperações reforçadas

O Tratado de Nice visa facilitar o avanço das cooperações reforçadas.

Um grupo de 8 ou mais Estados-membros podem ir maisalém na integração em algumas matérias e outrospoderão juntar-se-lhes quando quiserem e/oucumprirem os requisitos definidos.

O Reino Unido conseguiu que as questões militares e de defesa ficassem de fora.

Page 17: Tratado de amesterdão

2004

O Tratado de Nice deixou marcada para 2004 a realização de uma nova Conferência Intergovernamental, elegendo 4 temas:

1. Estabelecer uma delimitação mais precisa das competências entre a UE e os Estados-Membros, com base no princípio da subsidiariedade;

2. Definir o Estatuto da Carta dos Direitos Fundamentais;

3. Simplificação dos Tratados, afim de os tornar mais claros e compreensíveis, sem alterar o seu significado;

4. Definir o papel dos parlamentos nacionais na arquitectura europeia.

Page 18: Tratado de amesterdão

A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

CAPÍTULO I – DIGNIDADE (5 artigos)

“Ninguém pode ser condenado à morte, nem executado”

CAPÍTULO II – LIBERDADES (14 artigos)

“Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião”

CAPÍTULO III – IGUALDADE (7 artigos)

“Todas as pessoas são iguais perante a lei”

CAPÍTULO IV – SOLIDARIEDADE (12 artigos)

“É assegurada a protecção da família nos planos jurídico, económico e social”

CAPÍTULO V – CIDADANIA (8 artigos)

“Qualquer cidadão da União goza do direito de circular e permanecer livremente no

território dos Estados-membros”

CAPÍTULO VI – JUSTIÇA (4 artigos)

“Toda a pessoa cujos direitos e liberdades garantidos pelo direito da União tenham sido

violados tem direito a uma acção perante um tribunal”

CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES FINAIS (4 artigos)

Assinada a 7 de Dezembro de 2000, em Nice.

Page 19: Tratado de amesterdão

Consolidação da reforma institucional e revisão daorganização e do funcionamento da Comissão; Desenvolvimento das políticas internas, tendo em vista ocrescimento, o emprego e a qualidade de vida:

criar condições para um crescimento sustentável e parao emprego; desenvolver políticas do «conhecimento»; sistemas modernizados de emprego; melhores condições de vida;

Manutenção da coesão económica e social através da maioreficácia dos fundos estruturais; Continuação da reforma da Política Agrícola Comum.

E - Reforçar e Reformar as Políticas da União na perspectiva do Alargamento

Page 20: Tratado de amesterdão

Conclusões da Presidência

CONSELHO EUROPEU DE BERLIM

(24 E 25 DE MARÇO DE 1999)

Parte I - Agenda 2000

As novas perspectivas financeiras então definidasassegurarão que a UE esteja em condições de enfrentaros desafios do período que se aproxima, bem como osucesso do seu futuro alargamento;

O limite máximo das despesas será mantido ao nívelactual de 1,27% do PNB comunitário;

O Conselho Europeu reconheceu a necessidade de umamaior concentração das ajudas estruturais, de umamelhor gestão dos Fundos Estruturais e de Coesão e deuma simplificação do seu funcionamento.

Page 21: Tratado de amesterdão

Aplicação dos critérios de adesão aos Países da EuropaCentral e Oriental (PECO) definidos no Conselho Europeu deCopenhaga em Junho de 1993;

Impacto do alargamento nas políticas da União:necessidade de investimentos em domínios como a protecçãodo ambiente, os transportes, a energia, a reestruturaçãoindustrial e as infra-estruturas agrícolas;

Preparação intensiva para o alargamento: assimilaçãodo acervo comunitário, parcerias de adesão,conferência europeia.

Reforçar e Reformar as Políticas da União na perspectiva do Alargamento

COMO NEGOCIAR O ALARGAMENTO

Page 22: Tratado de amesterdão

Instituições estáveis que garantam a democracia, o Estado dedireito, o respeito pelos direitos humanos e a protecção dasminorias;

A existência de uma economia de mercado em funcionamento ecapacidade para responder à pressão da concorrência dentro daUnião;

A capacidade para assumir as obrigações decorrentes daadesão, incluindo a partilha dos objectivos da união política,económica e monetária.

Reforçar e Reformar as Políticas da União na perspectiva do Alargamento

CRITÉRIOS DE ADESÃO

(definidos pelo Conselho de Copenhaga em 1993)

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Hungria

Polónia

Roménia

Eslováquia

Letónia

Estónia

Lituânia

Bulgária

Rep.Checa

Eslovénia

Turquia

Malta *

Chipre

Quais os países que pediram adesão

* Em Outubro de 1996, o novo governo de Malta decidiu suspender as

negociações.

Reforçar e Reformar as Políticas da União na perspectiva do Alargamento

Page 24: Tratado de amesterdão

VANTAGENS DO ALARGAMENTO

Mais segurança e paz no Continente - aumento da zona deestabilidade na Europa;

Ampliação do mercado único de 370 milhões para 480 milhõesde consumidores;

Estimulará o crescimento económico e proporcionará novasoportunidades às empresas;

A UE passará a ter mais peso no mundo de negócios e seráum parceiro mais forte nas negociações do comércio

internacional.

Reforçar e Reformar as Políticas da União na perspectiva do Alargamento

Page 25: Tratado de amesterdão

CUSTOS DO ALARGAMENTO

Aumento das despesas orçamentais da UE;

Alterações a nível da Política Agrícola Comum (PAC);

Alterações a nível dos fundos estruturais.

Reforçar e Reformar as Políticas da União na perspectiva do Alargamento