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TRATAMENTO DE FERIDAS Luis Claudio L. C. Silva Depto. de Cirurgia

TRATAMENTO DE FERIDAS

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Page 1: TRATAMENTO DE FERIDAS

TRATAMENTO DE FERIDAS

Luis Claudio L. C. SilvaDepto. de Cirurgia

Page 2: TRATAMENTO DE FERIDAS

FERIDA

Por definição é uma solução de continuidade do epitélio, usualmente referente à pele, mas pode estar relacionada à mucosa ou outra

superfície epithelial

As causas são diversas, produzidas por açãofísica (mecânica, térmica) ou química,

induzida (iatrogênica) ou não

Page 3: TRATAMENTO DE FERIDAS

Fases da cicatrização

Fase inflamatória:

Vasoconstrição adjacente à ferida

(tromboxana A2 e PG)

formação do coágulo (plaquetas, trombina e

fatores de crescimento)

Vasodilatação, ↑ permeabilidade capilar e

migração de leucócitos (inflamaçao pp/e dita)

Page 4: TRATAMENTO DE FERIDAS

Fase de Desbridamento:

quimiotaxia

migração de neutrófilos e monócitos

neutrófilos fagocitose

macrófagos atração de fibroblastos

Fases da cicatrização

Page 5: TRATAMENTO DE FERIDAS

Fase de Reparação ou Proliferativa:

Migração de fibroblastos e deposição

de colágeno tipo I e III (PDGF, TNFα)

Brota/o vascular ou angiogênese (VEGF)

Epitelização (EGF, TGFα)

Contração da ferida – TGFß - miofibroblastos

Fases da cicatrização

Tecido de granulação

Page 6: TRATAMENTO DE FERIDAS

Fase de Remodelamento:

da celularidade

da produção de colágeno

da vascularização

Adaptação às forças de tensão

Fases da cicatrização

Page 7: TRATAMENTO DE FERIDAS

Causas Acidentais

Carpo, tarso e seguimentos distais

60% das ocorrências

Feridas proximais:Maior cobertura muscular

Page 8: TRATAMENTO DE FERIDAS

Classificação das feridas (cutâneas)pelo tipo de agente

Abrasão

Contusão

Perfuração

Incisão

Laceração

Queimadura

Compostas

Lesão/perda do tecido POR ATRITO – agente abrasivo

Page 9: TRATAMENTO DE FERIDAS

Classificação das feridas

Abrasão

Contusão

Perfuração

Incisão

Laceração

Queimadura

Compostas

LESÃO POR IMPACTO –

agente contuso

OBS: A solução de continuidade se dá pela necrose da pele

Page 10: TRATAMENTO DE FERIDAS

Classificação das feridas

Abrasão

Contusão

Perfuração

Incisão

Laceração

Queimadura

Compostas

LESÃO POR PERFURAÇÃO OU CORTE – agente cortante ou

perfuranteObs: tbem pode ser

associada - perfuroincisa

Page 11: TRATAMENTO DE FERIDAS

Classificação das feridas

Abrasão

Contusão

Perfuração

Incisão

Laceração

Queimadura

Compostas

RASGO/ARRANCAMENTO DO TECIDO – agente lacerante

LINHA INDEFINIDA

Page 12: TRATAMENTO DE FERIDAS

Classificação das feridas

Abrasão

Contusão

Perfuração

Incisão

Laceração

Queimadura

Compostas

Destruição do tecido causada por agente químico ou

calor

Page 13: TRATAMENTO DE FERIDAS

Classificação das feridas

Abrasão

Contusão

Perfuração

Incisão

Laceração

Queimadura

Compostas

Outras – ex: microorg. / neoplasias

Page 14: TRATAMENTO DE FERIDAS

Resolução

Pronto atendimento – decisivo p/ evolução

Opção pelo processo de cicatrização

primeira intenção

segunda intenção

terceira intenção ou primeira intenção tardia

Curativo e Bandagens

Page 15: TRATAMENTO DE FERIDAS

Pronto atendimento

Contenção do paciente

Interrupção da hemorragia

Analgesia/sedação

Estabilização do paciente

Identificação da causa

Limpeza

Exploração criteriosa ferida

Proteção/imobilização

Page 16: TRATAMENTO DE FERIDAS

Limpeza e Desbridamento- 1ª ou 2ª intenção -

1. Desbridamento cirúrgico - instrumental

2. Desbridamento físico por atrito – compressa/escova

3. Desbridamento químico (2ª)

4. Desbridamento autolítico (2ª)

5. Desbridamento enzimático (2ª)

Page 17: TRATAMENTO DE FERIDAS
Page 18: TRATAMENTO DE FERIDAS

Cicatrização por 1ª Intenção

Análise da ferida (viabil. tecido / reconst. dos planos)

Sedação

Anestesia local / necessidade de decúbito?

Preparo limpeza/desbridamento

Material utilizado: fios de sutura

adesivos

grampos

Drenos

Escolha criteriosa do Padrão de sutura

Page 19: TRATAMENTO DE FERIDAS

Deiscência

Infecção da ferida

Tensão das margens

Movimentação excessiva

Presença de CE / sequestro

Presença de tecido necrótico

Espaço morto

Baixa irrigação

Edema excessivo

Autotraumatismo

Page 20: TRATAMENTO DE FERIDAS

Cicatrização por 2ª Intenção

Uso de antissépticos

Pomadas c/ atb

Repelentes

Fitoterápicos/terapia celular/fatores cresci/o

Bandagens

aderentes

não aderentes

Page 21: TRATAMENTO DE FERIDAS

Antissépticos

Pode ser utilizado na lavagem

Diminuir a carga bacteriana

Evitar agentes citotóxicos

Inativação pelo exsudato

Ineficiente sem o desbridamento

Page 22: TRATAMENTO DE FERIDAS

Curativos Antimicrobianos

Material impregnado na ferida

Menos trauma que antissépticos

Gaze específica / Gaze comum

Curativos diários ou até a cada

sete dias

Page 23: TRATAMENTO DE FERIDAS

Solução salina hipertônica / açúcar (higroscópico)

Ferimentos necrosados

Exsudação excessiva

Bactericida osmótico 20%

Desbridamento não seletivo

Diários / 48horas

Até a remoção dos tecidos indesejados

Page 24: TRATAMENTO DE FERIDAS

Uso eventual

Curativos de substituição de tecidos

Fatores de crescimento (PRP)

Membranas Biológicas

Agentes cáusticos (sulfato de cobre e licor de Villate)

Page 25: TRATAMENTO DE FERIDAS

Membrana biológica – amniótica / pericárdio

Page 26: TRATAMENTO DE FERIDAS

Membrana biológica - amniótica

Page 27: TRATAMENTO DE FERIDAS

Cicatrização por 1ª intenção tardia

Fechamento após iniciada a cicatrização por 2ª intenção

Preparo da ferida

- retirada tecido granulação

- regularização dos bordos

- emprego de técnicas de deslizamento

Sutura

Page 28: TRATAMENTO DE FERIDAS

1ª intenção tardiaEscolha dos ferimentos

Eleger o melhor momento para fechamento –controle exsudação/hemorragia/edema

Objetivo: -reduzir o tempo da reparação

- Melhora no aspecto cosmético

- Restabelecer função

Page 29: TRATAMENTO DE FERIDAS
Page 30: TRATAMENTO DE FERIDAS

Tecido de granulação exuberante

Frequente em equinos membros

locomotores

Fatores extrínsecos:

Manejo inadequado da ferida

Utilização de substâncias irritantes como forma de

tratamento – estimula as fases inflamatória e

proliferativa

Fatores intrínsecos: metabolismo, idade, etc

Page 31: TRATAMENTO DE FERIDAS
Page 32: TRATAMENTO DE FERIDAS

Resolução:

Ressecção cirúrgica

Cauterização química

Manutenção da ferida – cicat. 2ª intenção /

eventualmente 1ª intenção tardia

Tecido de granulação exuberante

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Page 35: TRATAMENTO DE FERIDAS

CASOS CLÍNICOS

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Diagnóstico diferencial

Habronemose cutânea

Sarcóide

Pitiose

Outras neoplasias

Page 61: TRATAMENTO DE FERIDAS

Habronemose cutânea

“Ferida de verão”

Agente: Habronema sp

São parasitas do estômago / nas feridas

realizam o ciclo errático – as larvas

permanecem no tecido de granulação,

causando inflamação, necrose e prurido.

Hospedeiro intermediário: mosca

Page 62: TRATAMENTO DE FERIDAS

Localização:

região periorbital / abdômen / membros

locomotores

Resolução:

remoção do tecido exuberante

Tratamento específico / antiparasitários

Tratamento da ferida /evitar reinfestação

Habronemose cutânea

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Page 64: TRATAMENTO DE FERIDAS

Sarcóide

Processo tumoral bem

delimitado

Desenvolvimento

dérmico

Etiologia:

Papilomavírus

Page 65: TRATAMENTO DE FERIDAS

Sarcóide

Localização:

cabeça / região

periorbital

base da orelha

membros locomotores

Abdômen

Manifestação:

único

múltiplas formações pelo

corpo

Page 66: TRATAMENTO DE FERIDAS

Sarcóide

Complicações:

ulceração

contaminação

secundária

Resolução:

cirúrgica / crioterapia

auto-vacina / BCG

quimioterápicos

Page 67: TRATAMENTO DE FERIDAS

Pitiose

Etiologia: Pythium ssp.

protista de planta aquática

Lesões erosivas profundas

Altamente pruriginosa

leva a automutilação

Invade tecidos adjacentes e pode disseminar por via linfática

Tratamento local, regional, sistêmico ou associado

Page 68: TRATAMENTO DE FERIDAS

D1 D26

D29

Tratamento:- Excisão- Iodeto de potássio

sistêmico- Local com

anfotericinaassociada a DMSO

Page 69: TRATAMENTO DE FERIDAS

Neoplasias – fibropapiloma X TGE

Page 70: TRATAMENTO DE FERIDAS

Carcinoma