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Tratamento do óleo Adição de desemulsificante O desemulsificante é um produto químico que desloca os emulsificantes naturais da superfície das gotas, permitindo a coalescência das gotas. Inicialmente, o desemulsificante chega à interface e desloca os emulsificantes naturais, desestabilizando a emulsão. Em seguida, ocorre a coalescência das gotas em gotas de maior tamanho e peso. Finalmente, ocorre a sedimentação das gotas de água, separando as fases água e petróleo, por segregação gravitacional.

Tratamento de Fluidos

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Tratamento de Fluidos

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Tratamento do leo

Adio de desemulsificante

O desemulsificante um produto qumico que desloca os emulsificantes naturais da superfcie das gotas, permitindo a coalescncia das gotas. Inicialmente, o desemulsificante chega interface e desloca os emulsificantes naturais, desestabilizando a emulso. Em seguida, ocorre a coalescncia das gotas em gotas de maior tamanho e peso. Finalmente, ocorre a sedimentao das gotas de gua, separando as fases gua e petrleo, por segregao gravitacional.

Atualmente os desemulsificantes utilizados so tipicamente constitudos de misturas de copolmeros em bloco de xido de etileno (EO) e de propileno (PO), com diferentes relaes molares EO/PO. A cadeia etilnica a poro hidroflica enquanto a cadeia propilnica a lipoflica. Normalmente, as bases de desemulsificantes so obtidas mediante a propoxilao seguida da etoxilao de um aduto (AO), comumente o glicerol, a resina fenlica e a resina epxi. As formulaes comerciais de desemulsificantes so obtidas mediante a mistura dessas bases, o que permite formular desemulsificantes com diversos balanos hidro-lipoflicos (HLB) de acordo com as caractersticas do petrleo a ser tratado.O ponto de injeo do desemulsificante tambm um fator importante para seu desempenho. Usualmente injetado em linha, a montante do sistema de tratamento, numa regio de fluxo turbulento, para sua perfeita mistura na emulso. A prtica de injetar o desemulsificante no interior do poo est sendo usada nos novos projetos de leos pesados, pois melhora a ao de desestabilizao das emulses ao impedir que os emulsificantes naturais migrem para a interface das gotas de gua geradas durante o escoamento do petrleo.

Aquecimento

O aquecimento da emulso acompanhado da diminuio da viscosidade do meio que fundamental, conforme a equao de Stokes para aumentar a velocidade de sedimentao das gotas. Alm da influncia sobre a viscosidade, o aquecimento tambm:

Aumenta a difusibilidade do desemulsificante no meio, facilitando a chegada do desemulsificante na superfcie das gotas; Aumenta a taxa de coliso entres as gotas, pelo aumento do movimento browniano; Facilita a drenagem do filme intersticial; Diminui a rigidez do filme interfacial, facilitando a ruptura do filme e a coalescncia das gotas;

Figura 1 - Tratador termoqumico vertical para produo onshore

Capacidades de processamento usuais: 300 m/d a 650 m/d de emulso.

Figura 2 - Tratador termoqumico horizontal para produo onshore

Capacidades de processamento usuais variadas, a partir de 450 m/d de emulso.

Figura 3 - Tratamento Termoqumico por TQ de Lavagem.

Capacidades volumtricas usuais: 5000, 10000, 20000. As capacidades de processamento dependem das caractersticas do petrleo.O tratamento termoqumico por TQ de lavagem utilizado para grandes vazes e altos BSWs. O aquecimento de d com vapor (caldeiras) ou fluido trmico (fornos). O mtodo no suporta presso e fornece elevados tempos de residncia. Alm disso, possui as sees (ou zonas) ao leo, emulso e gua.

Aumento do teor de gua

medida que aumenta o teor de gua na emulso, aumenta a populao de gotas de gua. Esse aumento acompanhado de maior proximidade e do aumento de do tamanho das gotas. Com o aumento da populao de gotas na emulso, o sistema disperso torna-se mais instvel, pois aumenta a probabilidade de coliso entre as gotas, condio essencial para o processo de coalescncia.

Uso de campo eltrico

Quando uma gota de gua submetida a um campo eltrico intenso, ocorre a formao de um dipolo induzido. A polarizao da gota faz com que ocorra seu alongamento, na direo do campo eltrico. Quando vrias gotas se encontram vizinhas umas s outras, as gotas alinham-se na direo do campo eltrico e ocorre a formao de dipolos induzidos de sentidos contrrios que se atraem. Essa atrao gerada faz com que se aumente a taxa de coliso e de coalescncia entre as gotas.Devido ao uso de corrente alternada, o comportamento senoidal do campo eltrico faz com que as gotas sofram alongamentos e contraes sucessivas. Desta maneira, o filme interfacial fica submetido a vibraes longitudinais, que causam a dessoro de parte dos emulsificantes naturais, favorecendo a coalescncia das gotas.Alternativamente, pode-se tambm utilizar corrente contnua (DC) para promover a coalescncia das gotas. Neste caso, as gotas seguem at a regio entre as placas energizadas e adquirem a carga da placa mais prxima, sendo ento aceleradas em direo placa com carga oposta, colidindo com outras gotas e coalescendo, dando origem a gotas maiores que sero capazes de sedimentar sob ao da gravidade. H, basicamente, dois tipos de tratadores eletrostticos utilizados na indstria de petrleo. O de baixa velocidade, em que a emulso introduzida no vaso em escoamento laminar e o de alta velocidade, usado nas Refinarias, em que a carga alimentada em regime turbulento.No tratador de baixa velocidade, a carga introduzida pela parte inferior do vaso cilndrico - horizontal e distribuda ao longo do seu comprimento. Desta forma, a emulso sofre uma pr - lavagem pela camada de gua, podendo remover-se sais e outras partculas slidas presentes na emulso, alm de promover-se alguma coalescncia das maiores gotculas de gua.Por diferena de densidade a emulso, j com teores menores de gua vai subindo em direo ao campo eltrico, sofrendo sucessivas redues no seu contedo de gua medida que o campo eltrico vai se intensificando desde o nvel da interface gua-leo at os eletrodos. Assim, quando a emulso alcana o campo eltrico principal, entre os dois eletrodos, onde o gradiente de tenso mais elevado, ocorre a eliminao das gotas de menor dimetro, completando-se o processo. Na Figura 8 apresenta-se o esquema e a configurao do tratador de baixa velocidade

Figura 4 - Configurao de um tratador eletrosttico de baixa velocidade.

Uso de campo centrfugo

Baseando-se na equao de Stokes (Eq. 1), pode-se deduzir que a velocidade de segregao de uma gota de gua dispersa num meio oleoso pode ser aumentada de vrias grandezas com o aumento do campo gravitacional. As centrfugas so equipamentos providos de um rotor capaz de girar com velocidades elevadas, dando origem a campo centrfugo que permite separar boa parte de gua do petrleo.

Onde:v = velocidadec = densidade da fase contnuad = densidade da fase dispersad = dimetro das gotculas da fase dispersa = viscosidade da fase contnuag = gravidade