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TRAUMATISMO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO CRANIOENCEFÁLICO DEFINIÇÃO: DEFINIÇÃO: Define-se como TCE toda e Define-se como TCE toda e qualquer lesão que envolva qualquer lesão que envolva anatomicamente desde o couro anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima cabeludo até o parênquima encefálico. encefálico.

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO DEFINIÇÃO: DEFINIÇÃO: Define-se como TCE toda e qualquer lesão que envolva anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

DEFINIÇÃO:DEFINIÇÃO: Define-se como TCE toda e qualquer Define-se como TCE toda e qualquer

lesão que envolva anatomicamente lesão que envolva anatomicamente desde o couro cabeludo até o desde o couro cabeludo até o parênquima encefálico.parênquima encefálico.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

EPIDEMIOLOGIA:EPIDEMIOLOGIA: Aproximadamente 1,6 milhão atendimentos por Aproximadamente 1,6 milhão atendimentos por

TCE ocorrem por ano;TCE ocorrem por ano; Desses cerca de 500.000 são de Lesões Cerebrais Desses cerca de 500.000 são de Lesões Cerebrais

Traumáticas;Traumáticas; Dos 500.000 atendimentos, 80% são de lesões Dos 500.000 atendimentos, 80% são de lesões

leves e 20% de lesões moderadas a graves;leves e 20% de lesões moderadas a graves; A taxa de mortalidade das lesões moderadas e A taxa de mortalidade das lesões moderadas e

graves são de 10% e 30% respectivamente;graves são de 10% e 30% respectivamente; Dos pacientes que sobrevivem, entre 50% a 90% Dos pacientes que sobrevivem, entre 50% a 90%

apresentam algum tipo de lesão neurológica apresentam algum tipo de lesão neurológica permanente;permanente;

O TCE é responsável por 50 % das mortes por O TCE é responsável por 50 % das mortes por traumatrauma

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

EPIDEMIOLOGIA:EPIDEMIOLOGIA: O paciente com TCE tem 32,8% de probabilidade de O paciente com TCE tem 32,8% de probabilidade de

apresentar outroapresentar outro Traumatismo associado que possa contribuir com o Traumatismo associado que possa contribuir com o

resultado final;resultado final; As colisões automobilísticas consistem na principal As colisões automobilísticas consistem na principal

causa de TCE no indivíduo com idade inferior a 65 causa de TCE no indivíduo com idade inferior a 65 anos;anos;

Nos idosos, as quedas constituem a principal causa de Nos idosos, as quedas constituem a principal causa de TCE;TCE;

Tem crescido, no Brasil principalmente, o TCE por Tem crescido, no Brasil principalmente, o TCE por ferimento por arma de fogo;ferimento por arma de fogo;

A maneira como o caso é conduzido desde os primeiros A maneira como o caso é conduzido desde os primeiros momentos após o acidente influi grandemente no momentos após o acidente influi grandemente no resultado final;resultado final;

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

ANATOMOFISOPATOLOGIA:ANATOMOFISOPATOLOGIA: Mecanismo do TCE:Mecanismo do TCE: As forças de impacto e inercial, quando As forças de impacto e inercial, quando

aplicadas ao crânio, podem gerar deformações aplicadas ao crânio, podem gerar deformações (compressão, tensão ).(compressão, tensão ).

As forças de impacto são responsáveis por As forças de impacto são responsáveis por efeitos locais na superfície. Ex.: laceração do efeitos locais na superfície. Ex.: laceração do couro cabeludo, fratura do crânio, hematoma .couro cabeludo, fratura do crânio, hematoma .

As forças inercial determina efeitos difusos. Ex.: As forças inercial determina efeitos difusos. Ex.: contusões, hematoma subdural e lesão difusa.contusões, hematoma subdural e lesão difusa.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

ANATOMOFISIOPATOLOGIA:ANATOMOFISIOPATOLOGIA: LESÃO CEREBRAL PRIMÁRIA: ocorre no LESÃO CEREBRAL PRIMÁRIA: ocorre no

momento do trauma (trauma direto no momento do trauma (trauma direto no encéfalo associado com lesões vasculares). encéfalo associado com lesões vasculares). Ex.: contusões, lacerações e lesão difusa .Ex.: contusões, lacerações e lesão difusa .

LESÃO CEREBRAL SECUNDÁRIA: é LESÃO CEREBRAL SECUNDÁRIA: é determinada por processos complicadores, determinada por processos complicadores, que se iniciam no momento do trauma,que se iniciam no momento do trauma,(perda de consciência)(perda de consciência)

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES:CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES: Lesões focais: lesões de escalpo, Lesões focais: lesões de escalpo,

fraturas de crânio, contusões fraturas de crânio, contusões cerebrais, hematomas cerebrais, hematomas intracranianos, etc.intracranianos, etc.

Lesões difusas: lesão cerebral Lesões difusas: lesão cerebral hipóxica, inchaço cerebral difuso e hipóxica, inchaço cerebral difuso e hemorragias múltiplas cerebrais.hemorragias múltiplas cerebrais.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

CLASSIFICAÇÃO DO TCE:CLASSIFICAÇÃO DO TCE: Aberto Aberto Provocado por objetos penetrantes (arma de Provocado por objetos penetrantes (arma de

fogo, arma branca, esmagamento, etc.) e fogo, arma branca, esmagamento, etc.) e havendo fratura do crânio. havendo fratura do crânio.

Fechado Fechado É a forma mais freqüente.  A lesão é É a forma mais freqüente.  A lesão é

provocada pelo impacto do encéfalo contra o provocada pelo impacto do encéfalo contra o crânio.  A gravidade do caso vai depender da crânio.  A gravidade do caso vai depender da intensidade do impacto.intensidade do impacto.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

CLASSIFICAÇÃO DO TCE:CLASSIFICAÇÃO DO TCE: Grave:Grave:Escore de Coma de Glasgow (ECG) for igual Escore de Coma de Glasgow (ECG) for igual

ou menor que 8.ou menor que 8. Moderado: Moderado: ECG somatório entre 9 e 13 pontos.ECG somatório entre 9 e 13 pontos. Leve: Leve: Quando não altera a ECG de 14 a 15 pontos.Quando não altera a ECG de 14 a 15 pontos.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

PRINCIPAIS LESÕES:PRINCIPAIS LESÕES: Lesão do couro cabeludoLesão do couro cabeludo EscoriaçõesEscoriações ContusãoContusão EquimoseEquimose LaceraçãoLaceração

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

PRINCIPAIS LESÕES:PRINCIPAIS LESÕES: – – Fraturas de crânio:Fraturas de crânio: Fratura linearFratura linear Fratura de convexidade ou de base posteriorFratura de convexidade ou de base posterior Fratura de base médiaFratura de base média Fratura de base anteriorFratura de base anterior – – Fratura em afundamentoFratura em afundamento FechadoFechado AbertoAberto

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM:CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Deitar o paciente sm superfície rígida tendo o cuidado de não Deitar o paciente sm superfície rígida tendo o cuidado de não

realizar movimentos bruscos; realizar movimentos bruscos; Colocar a cabeça e o pescoço alinhados com o eixo do corpo; Colocar a cabeça e o pescoço alinhados com o eixo do corpo; Verificar sinais vitais a cada 15 minutos; Verificar sinais vitais a cada 15 minutos; Manter as vias aéreas permeáveis e com oxigenação adequada; Manter as vias aéreas permeáveis e com oxigenação adequada; Puncionar veia calibrosa; Puncionar veia calibrosa; Fazer cateterismo vesical de demora; Fazer cateterismo vesical de demora; Fazer tricotomia craniana; Fazer tricotomia craniana; Acompanhar o paciente durante a realização de exames; Acompanhar o paciente durante a realização de exames; Observar e relatar as evidências de choque hipovolêmico; Observar e relatar as evidências de choque hipovolêmico; Colocar almofadas de gazes esterilizadas sob o nariz ou ouvido Colocar almofadas de gazes esterilizadas sob o nariz ou ouvido

para observar secreções drenadas; para observar secreções drenadas; Apoio emocional ao paciente e a família; Apoio emocional ao paciente e a família; Manter o ambiente o mais clamo possível.   Manter o ambiente o mais clamo possível.  

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PRINCIPAIS LESÕES:PRINCIPAIS LESÕES: – – Contusão CerebralContusão Cerebral – – Hemorragias:Hemorragias: Hematoma epiduralHematoma epidural Hematoma subduralHematoma subdural Hematoma subaracnóideHematoma subaracnóide Hematoma intracerebralHematoma intracerebral

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

PRINCIPAIS LESÕES:PRINCIPAIS LESÕES: – – Concussão CerebralConcussão Cerebral – – Lesão Difusa Lesão Difusa – – Lesão Cerebral Hipóxica (LCH)Lesão Cerebral Hipóxica (LCH) – – Edema CerebralEdema Cerebral – – TCE por agentes penetrantesTCE por agentes penetrantes

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

FATORES SISTÊMICOS QUE PODEM LEVAR À FATORES SISTÊMICOS QUE PODEM LEVAR À LESÃOLESÃO

SECUNDÁRIA:SECUNDÁRIA: HipóxiaHipóxia AnemiaAnemia HipotensãoHipotensão – – Hipoglicemia e hiperglicemiaHipoglicemia e hiperglicemia – – ConvulsõesConvulsões – – EdemasEdemas – – HematomasHematomas

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA:HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Doutrina Monro-Kellie: crânio como caixa rígida Doutrina Monro-Kellie: crânio como caixa rígida

que contém o encéfalo,o LCF e o sangue. Se que contém o encéfalo,o LCF e o sangue. Se um aumenta, os outros dois devem diminuir um aumenta, os outros dois devem diminuir para compensar, uma vez que o volume é fixo.para compensar, uma vez que o volume é fixo.

Aumento da PIC prejudica bastante a perfusão Aumento da PIC prejudica bastante a perfusão cerebral.cerebral.

Fenômeno de Cushing: aumento significativo Fenômeno de Cushing: aumento significativo da PA com bradicardia que podem ocorrer com da PA com bradicardia que podem ocorrer com aumento importante da PIC.aumento importante da PIC.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

Pressão IntracranianaPressão Intracraniana Normal – 10mmHg.Normal – 10mmHg. Volume total do conteúdo craniano – Volume total do conteúdo craniano –

constante.constante. Determinantes:Determinantes:

• Encéfalo Encéfalo • Líquor Aumento de qualquer um igual Líquor Aumento de qualquer um igual

da PIC da PIC • SangueSangue

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

OBS: postura motoras anormais OBS: postura motoras anormais acompanham aumentos da PIC.acompanham aumentos da PIC.

Decorticação: flexão das extremidades Decorticação: flexão das extremidades superiores e extensão com rigidez das superiores e extensão com rigidez das inferiores. Ocorre a nível de diencéfalo.inferiores. Ocorre a nível de diencéfalo.

Decerebração: extensão de todas as Decerebração: extensão de todas as extremidades com pronação dos extremidades com pronação dos membros superiores. Ocorre a nível de membros superiores. Ocorre a nível de mesencéfalo.mesencéfalo.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

SINAIS DE ALERTA DE POSSÍVEL SINAIS DE ALERTA DE POSSÍVEL AUMENTO DA PIC E DE HERNIAÇÃO:AUMENTO DA PIC E DE HERNIAÇÃO:

Perda de 02 pontos na Escala de Perda de 02 pontos na Escala de Coma de Glasgow.Coma de Glasgow.

Pupilas não reativas ou lentas.Pupilas não reativas ou lentas. Desenvolvimento de hemiplegia ou Desenvolvimento de hemiplegia ou

hemiparesia.hemiparesia.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

QUADRO CLÍNICO:QUADRO CLÍNICO: Concussão Cerebral: há alterações na função Concussão Cerebral: há alterações na função

neurológica, a mais comum é a perda de neurológica, a mais comum é a perda de consciência, sem lesão intracraniana ao consciência, sem lesão intracraniana ao realizar TC. Pode haver também déficit de realizar TC. Pode haver também déficit de memória: amnésia anterógrada e retrógrada.memória: amnésia anterógrada e retrógrada.

Fraturas: rinorréia, otoliquorréia, equimose Fraturas: rinorréia, otoliquorréia, equimose periorbital (olhos de guaxinim) e equimose periorbital (olhos de guaxinim) e equimose na região retroauricular sob o mastóide na região retroauricular sob o mastóide ( sinal de Batlle).( sinal de Batlle).

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

QUADRO CLÍNICO:QUADRO CLÍNICO: Hematomas:Hematomas: Epidural: curto período de perda de consciência, Epidural: curto período de perda de consciência,

recobra a consciência e, em seguida, rápido recobra a consciência e, em seguida, rápido rebaixamento do nível de consciência.rebaixamento do nível de consciência.

Subdural: cefaléia, distúrbios visuais, alteração Subdural: cefaléia, distúrbios visuais, alteração da personalidade, disartria, hemiparesia ou da personalidade, disartria, hemiparesia ou hemiplegia.hemiplegia.

Intracerebral: convulsões e aumentos Intracerebral: convulsões e aumentos importantes da PIC.importantes da PIC.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

BIOMECÂNICA:BIOMECÂNICA: Considerações acerca do mecanismo da lesão. Considerações acerca do mecanismo da lesão.

Observação da cena ou relato de testemunhas. Observação da cena ou relato de testemunhas. Relatar para o hospital de referência.Relatar para o hospital de referência.

ABORDAGEM INICIAL:ABORDAGEM INICIAL: A (airway): Manutenção das vias aéreas com A (airway): Manutenção das vias aéreas com

controle da coluna cervicalcontrole da coluna cervical B (breathing): Respiração e ventilaçãoB (breathing): Respiração e ventilação C (circulation): Circulação com controle da C (circulation): Circulação com controle da

hemorragiahemorragia D (disability): Incapacidade ou estado neurológicoD (disability): Incapacidade ou estado neurológico

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AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA:AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Escore da Escala de Coma de Glasgow Escore da Escala de Coma de Glasgow

(ECG):(ECG): Abertura Ocular:Abertura Ocular: – – Espontânea _________4Espontânea _________4 – – À voz _________ ____3À voz _________ ____3 – – À dor _________ ____2À dor _________ ____2 – – Sem abertura ocular __1Sem abertura ocular __1

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA:AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Escore da Escala de Coma de Glasgow Escore da Escala de Coma de Glasgow

(ECG):(ECG): Melhor Resposta Verbal:Melhor Resposta Verbal: – – Apropriada/ orientado_____5Apropriada/ orientado_____5 – – Confusa________________4Confusa________________4 – – Inapropriada_____________3Inapropriada_____________3 – – Ininteligíveis____________2Ininteligíveis____________2 – – Sem resposta verbal_______1Sem resposta verbal_______1

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

ECG:ECG: Melhor Resposta Motora:Melhor Resposta Motora: Obedece a comando__________6Obedece a comando__________6 Localiza estímulo doloroso____5Localiza estímulo doloroso____5 Retira à dor_________________4Retira à dor_________________4 Decorticação(Flexão)________________3Decorticação(Flexão)________________3 Decerebração (Extensão)________________2Decerebração (Extensão)________________2 Sem resposta motora__________1Sem resposta motora__________1

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

AVDN:AVDN: – – A = alertaA = alerta – – V = responde à estímulos verbaisV = responde à estímulos verbais – – D = responde à estímulos dolorososD = responde à estímulos dolorosos – – N = nenhuma respostaN = nenhuma resposta EXPOSIÇÃO/AMBIENTE:EXPOSIÇÃO/AMBIENTE: Pacientes com LCT(lesão cerebral por trauma) Pacientes com LCT(lesão cerebral por trauma)

freqüentemente apresentam outras lesões, freqüentemente apresentam outras lesões, portanto todo o corpo da vítima deve ser portanto todo o corpo da vítima deve ser examinado em busca de lesões graves com examinado em busca de lesões graves com risco para a vida.risco para a vida.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

TRATAMENTO:TRATAMENTO: O tratamento adequado começa com O tratamento adequado começa com

intervenções que obedeçam uma intervenções que obedeçam uma seqüência priorizando as lesões que seqüência priorizando as lesões que comprometem a vida identificadas comprometem a vida identificadas no exame primário.no exame primário.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

A – VIAS AÉREAS:A – VIAS AÉREAS: Pacientes com TCE grave (ECG < 8) são Pacientes com TCE grave (ECG < 8) são

candidatos à intubação traqueal.candidatos à intubação traqueal. Dificuldades: trismo, vômitos, sangramento, Dificuldades: trismo, vômitos, sangramento,

edema traqueal, coluna cervical alinhada.edema traqueal, coluna cervical alinhada. Em pacientes agressivos, pode-se Em pacientes agressivos, pode-se

administrar agentes bloqueadores administrar agentes bloqueadores neuromusculares (curarizantes) para facilitar neuromusculares (curarizantes) para facilitar o procedimento. Uso de lidocaína.o procedimento. Uso de lidocaína.

Ventilação com máscara de VenturiVentilação com máscara de Venturi

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

Manobra de Jaw Trust

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

Manobra de Chin lift

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

B – RESPIRAÇÃO:B – RESPIRAÇÃO: Todos os doentes com suspeita de LCT Todos os doentes com suspeita de LCT

devem receber oxigêniodevem receber oxigêniosuplementar.suplementar. A saturação de O2 (SaO2) deve ser A saturação de O2 (SaO2) deve ser

mantida acima de 95%.mantida acima de 95%. Se a hipóxia persistir o socorrista deve Se a hipóxia persistir o socorrista deve

identificar e tratar todas asidentificar e tratar todas asprováveis etiologias (ex.: aspiração e prováveis etiologias (ex.: aspiração e

pneumotórax).pneumotórax).

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

C – CIRCULAÇÃOC – CIRCULAÇÃO:: Tratar a anemia e a hipotensão, visto que são importantes Tratar a anemia e a hipotensão, visto que são importantes

causas de LCT secundária.causas de LCT secundária. O controle da hemorragia é essencial.O controle da hemorragia é essencial. Pressão direta e/ou curativos compressivos devem ser Pressão direta e/ou curativos compressivos devem ser

aplicados em hemorragia externa com exceção de fraturas aplicados em hemorragia externa com exceção de fraturas abertas ou por afundamento, uma vez que podem agravar abertas ou por afundamento, uma vez que podem agravar a LCT e aumento da PIC.a LCT e aumento da PIC.

Na ausência de sangramento externo significante, a Na ausência de sangramento externo significante, a presença de pulso rápido e fraco, em vítima de trauma presença de pulso rápido e fraco, em vítima de trauma fechado, sugere hemorragia com risco de mortefechado, sugere hemorragia com risco de morte

Para preservar a PPC, deve-se manter a PA sistólica entre Para preservar a PPC, deve-se manter a PA sistólica entre 90 e 100 mmhg.90 e 100 mmhg.

Cuidado: sangramento, aumento do edema e da PIC.Cuidado: sangramento, aumento do edema e da PIC.

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ESTADO NEUROLÓGICO:ESTADO NEUROLÓGICO: Reverter e prevenir fatores que causem LCT Reverter e prevenir fatores que causem LCT

secundária.secundária. Grandes convulsões (grande mal) podem ser Grandes convulsões (grande mal) podem ser

tratadas com benzodiazepínicos IV tratadas com benzodiazepínicos IV (diazepam). Cuidado: hipotensão e (diazepam). Cuidado: hipotensão e depressão respiratória.depressão respiratória.

Colar cervical: para não prejudicar o retorno Colar cervical: para não prejudicar o retorno venoso, deve-se colocados com dois dedos venoso, deve-se colocados com dois dedos tocando o pescoço de folga.tocando o pescoço de folga.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

OBS:OBS: As manobras do RCP são válidas, visto que mantêm a vida.As manobras do RCP são válidas, visto que mantêm a vida. O importante é estabilizar a coluna cervical.O importante é estabilizar a coluna cervical. Adultos fazem hiperextenção, enquanto que as crianças Adultos fazem hiperextenção, enquanto que as crianças

fletem o pescoço.fletem o pescoço. Técnicas usadas para pôr a vítima na prancha:Técnicas usadas para pôr a vítima na prancha: Rolamernto em blocoRolamernto em bloco CavaleiraCavaleira KadKad ½ prancha + cavaleira½ prancha + cavaleira

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

Rolamentoem bloco

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

EXAME SECUNDÁRIO:EXAME SECUNDÁRIO: Palpação à procura de ferimentos, depressões Palpação à procura de ferimentos, depressões

ou crepitações.ou crepitações. Otoliquorréia (halo amarelado na gaze).Otoliquorréia (halo amarelado na gaze). O tamanho e a resposta pupilar devem se O tamanho e a resposta pupilar devem se

avaliados.avaliados. Exame do pescoço para identificar dor e Exame do pescoço para identificar dor e

deformidades ósseas.deformidades ósseas. Em paciente cooperativo, avaliar a função Em paciente cooperativo, avaliar a função

motora.motora.

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TRAUMATISMOTRAUMATISMOCRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO

AVALIAÇÃO PUPILAR:AVALIAÇÃO PUPILAR: Contribui para o diagnóstico diferencial entre os quadros Contribui para o diagnóstico diferencial entre os quadros

metabólicos e os originados por lesões estruturais do metabólicos e os originados por lesões estruturais do sistema nervoso.sistema nervoso.

As vias neurais de controle pupilar são altamente As vias neurais de controle pupilar são altamente resistentes a alterações metabólicas.resistentes a alterações metabólicas.

Pupila dilatada e lentamente reativa = compressão do Pupila dilatada e lentamente reativa = compressão do nervo óptico (III par craniano). Pode ser por edema, nervo óptico (III par craniano). Pode ser por edema, hematoma, etc.hematoma, etc.

Pupila dilatada não reativa = herniação porção do lobo Pupila dilatada não reativa = herniação porção do lobo temporaltemporal

Pupilas irregulares e não reativas = lesão mesencefálica.Pupilas irregulares e não reativas = lesão mesencefálica. Um dos critérios para morte encefálica é pupilas não Um dos critérios para morte encefálica é pupilas não

reativasreativas

Page 42: TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO DEFINIÇÃO: DEFINIÇÃO: Define-se como TCE toda e qualquer lesão que envolva anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima

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TRANSPORTE:TRANSPORTE: Freqüência cardíaca, pressão arterial, saturação de CO2 Freqüência cardíaca, pressão arterial, saturação de CO2

e Escala de Comae Escala de Coma de Glasgow devem ser reavaliadas a cada 5 ou 10 de Glasgow devem ser reavaliadas a cada 5 ou 10

minutos.minutos. Deve-se preservar o calor do corpo durante o transporte.Deve-se preservar o calor do corpo durante o transporte. Em geral, são transportados em posição supina pela Em geral, são transportados em posição supina pela

presença de outraspresença de outras lesões.lesões. Cuidado: embora elevar a cabeceira da maca (posição de Cuidado: embora elevar a cabeceira da maca (posição de

TrendelenburgTrendelenburg reversa) possa diminuir a PIC, reversa) possa diminuir a PIC, A comunicação por rádio deve incluir informações sobre: A comunicação por rádio deve incluir informações sobre:

mecanismo do trauma, ECG inicial, sinais vitais, outras mecanismo do trauma, ECG inicial, sinais vitais, outras lesões de gravidade e resposta ao tratamento.lesões de gravidade e resposta ao tratamento.

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HISTÓRICO:HISTÓRICO: – – O socorrista deve obter informações do O socorrista deve obter informações do

doente, dos familiares, ou de doente, dos familiares, ou de testemunhas.testemunhas.

– – Diabetes melittus, distúrbios convulsivos Diabetes melittus, distúrbios convulsivos e intoxicações que possam imitar uma e intoxicações que possam imitar uma LCT.LCT.

EXAMES SERIADOS:EXAMES SERIADOS: – – A, B, C, D e Escala de coma de Glasgow A, B, C, D e Escala de coma de Glasgow

devem ser repetidos com freqüência.devem ser repetidos com freqüência.

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Fraturas graves (acidenteautomobilístico) causando laceração dadura-máter e extrusão de tecido cerebral(seta). Houve disjunção da suturafronto-parietal (à direita) e fratura linearda convexidade do osso frontal.

Mesmo caso da fig. à E., após retiradado encéfalo. Fraturas cominutivas (emque o osso se quebra em váriosfragmentos) da base do crânio (frontale temporal direitos).

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1. TC de fratura em base anterior2. TC de fratura em base média3. TC de fratura em convexidade

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Hematoma epidural (ou extradural) em sua localização mais freqüente, a nível do lobo temporal, entre o osso e a dura-máter. Deve-se à ruptura da artériameníngea média (seta), geralmente por uma fratura do osso temporal, como a demonstrada na fig. à D. A artéria corre na face externa da dura, alojadanum sulca da tábua interna do osso. A fratura pode pinçar ou cortar a artéria, originando o hematoma.Hematoma subdural, situado entre a dura-máter e o cérebro, e visível por transparência através da dura (cor levemente azulada. O hematoma estáescapando pelo corte feito na dura pela serra usada para retirar a calota craniana. Os hematomas agudos são moles e de cor negra, constituidos por sanguerecém-coagulado. Devem-se à ruptura das veias da convexidade tributárias do seio sagital superior (bridging veins). No caso, a origem foi traumatismo porarma de fogo (ver página anterior). Hematoma subdural em cérebro de criança, mostrando a localização sobre a convexidade cerebral. O hematomasubdural em corte tem forma de lente, que pode ser côncavo-convexa, como neste exemplo, ou biconvexa em hematomas maiores. Comprimem o cérebropara baixo, causando hérnia de uncus (ver quadro).

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Hematoma intracerebral traumático origina-se de ruptura de vasos intraparenquimatosos é geralmente associado a contusões graves, como no presente exemplo. A contusão é notada pela infiltração hemorrágica do córtex nas vizinhanças do hematoma e está na localização habitual (face inferior do lobo frontal).

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1. TC de hematoma epidural2. TC de hematoma subdural3. TC de hematoma subaracnoide

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TC de hematoma intracerebral TC de contusões cerebrais bilaterais

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM:CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Deitar o paciente em superfície rígida tendo o Deitar o paciente em superfície rígida tendo o

cuidado de não realizar movimentos bruscos; cuidado de não realizar movimentos bruscos; Colocar a cabeça e o pescoço alinhados com Colocar a cabeça e o pescoço alinhados com

o eixo do corpo; o eixo do corpo; Verificar sinais vitais a cada 15 minutos; Verificar sinais vitais a cada 15 minutos; Manter as vias aéreas permeáveis e com Manter as vias aéreas permeáveis e com

oxigenação adequada; oxigenação adequada; Puncionar veia calibrosa; Puncionar veia calibrosa;

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Fazer cateterismo vesical de demora; Fazer cateterismo vesical de demora; Fazer tricotomia craniana; Fazer tricotomia craniana; Acompanhar o paciente durante a realização de Acompanhar o paciente durante a realização de

exames; exames; Observar e relatar as evidências de choque Observar e relatar as evidências de choque

hipovolêmico; hipovolêmico; Colocar almofadas de gazes esterilizadas sob o Colocar almofadas de gazes esterilizadas sob o

nariz ou ouvido para observar secreções nariz ou ouvido para observar secreções drenadas; drenadas;

Apoio emocional ao paciente e a família; Apoio emocional ao paciente e a família; Manter o ambiente o mais clamo possívelManter o ambiente o mais clamo possível