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Desejos do destino JAY CROWNOVER série HOMENS MARCADOS Rowdy AUTORA BEST-SELLER DO NEW YORK TIMES & USA TODAY Desejos do destino

Trecho do livro desejos do destino

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Capítulo 8 do livro Desejos do destino

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Leitura recomendada a partir de 18 anos

JAY CROWNOVER

série HOMENS MARCADOSRowdy

AUTORA BEST-SELLER DO NEW YORK TIMES & USA TODAY

JAY CROWNOVER é a autora best-seller da série Homens Marcados. Assim como seus personagens, ela adora tattoos. Jay ama música e sonhava em ser uma rock star, mas como não tem nenhuma aptidão para cantar ou tocar algum instrumento, ela se contentou em escrever histórias com personagens interessantes e que ativam muitas sensações no leitor. Ela mora no Colorado (EUA) com três cachorros.

S alem Cruz é uma mulher cheia de atitude. Seu estilo pin-up moderna deixa os homens

completamente loucos. Rowdy é um tatuador charmoso que sabe arrancar suspiros das mulheres.

Os dois eram vizinhos e também melhores amigos. Mas, quando Salem decidiu ir embora do Texas, Rowdy se sentiu totalmente abandonado.

O destino fez com que os dois se reencontrassem em Denver. Ele é tudo o que ela quer. E ela é um furacão de emoções.

Rowdy não conseguirá evitá-la por muito tempo. O olhar e as curvas dessa deusa latina fazem a pele do tatuador se arrepiar. O corpo todo desenhado dele é o único lar em que Salem quer se fixar. Juntos, são o primeiro e o último amor um do outro, o princípio e o fim de um desejo sem limites.

“Adoro como seu corpo me agarra, me segura como se não quisesse me soltar nunca mais.

Então me perdi na escuridão infinita de seus olhos quando nós dois começamos a nos beijar.”

Rowdy St. James é uma paisagem que todas as mulheres gostam de admirar. Seus olhos azuis, seu topete loiro quase sempre perfeito e as obras de arte gravadas em seu corpo arrancam roupas e suspiros. Quem vê o tatuador old school sempre tão charmoso e confiante com as garotas que leva para a cama, nem imagina a desilusão que ele teve com seu primeiro amor.

Salem Cruz fugiu de casa aos 18 anos, deixando sua irmã e o melhor amigo para trás. Ela sempre quis ser livre e passou anos mudando de cidade. Os caminhos de sua vida cigana a levaram para Denver e também ao encontro da única lembrança que preenchia o vazio de sua alma.

Quando o destino resolve colocar essa mulher novamente na vida do tatuador, todo o passado dele vem à tona: as irmãs Cruz partindo seu solitário coração de diferentes formas. Há muita tensão e dúvidas entre eles, além de um amor adolescente. Rowdy até tenta se afastar de Salem, mas sente um enorme desejo de agarrá-la e nunca mais deixá-la partir.

Desejos do destino é uma história sobre partidas e reencontros. Um romance carregado de drama e cenas tórridas que deixarão as leitoras com a respiração ofegante.

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título original Rowdy© 2014 Jennifer M. Voorhees © 2016 Vergara & Riba Editoras S.A.

edição Paolla Oliver editora-assistente Natália Chagas Máximotradução Cassandra Gutiérrezpreparação Luciana Soaresrevisão Juliana Bormio de Sousadireção de arte Ana Soltdiagramação Pamella Desteficapa e projeto gráfico Pamella Destefiimagem de capa Svitlana Sokolova/shutterstock.com

Todos os direitos desta edição reservados à

VERGARA & RIBA EDITORAS S.A.Rua Cel. Lisboa, 989 | Vila MarianaCEP 04020-041 | São Paulo | SPTel.| Fax: (+55 11) 4612-2866vreditoras.com.br | [email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Crownover, Jay

Desejos do destino / Jay Crownover; [tradução Cassandra

Gutiérrez]. – São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2016. –

(Série homens marcados; v. 5)

Título original: Rowdy.

ISBN 978-85-507-0026-7

1. Ficção erótica 2. Ficção norte-americana I. Título. II. Série.

16-04051 CDD-813

Índices para catálogo sistemático:

1. Ficção: Literatura norte-americana 813

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C A P Í T U LO 8

Salem

Assim que o Rowdy conseguiu me convencer a passar o fim de se-mana com ele, achei que fosse dar o passeio no parque por encer-

rado e me arrastar até a superfície horizontal mais próxima. Mas, como sempre, ele estava determinado a me mandar uma bola difícil e, depois de uma cena de amasso nem um pouco apropriada para cachorrinhos e visitantes no parque, que me deixou toda vermelha e excitada, ele levan-tou, sorriu e disse:

– Não é hora nem lugar para isso, Salem.Fiquei só olhando para ele, meio bêbada de tesão. Ele jogou uma

bolinha de tênis para o Jimbo e resolveu que meu cachorro era um par-ceiro de jogo melhor do que eu. Observei os dois em silêncio por um tempo, até porque uma hora fez muito calor, e o Rowdy tirou a camisa. Ou seja, não era possível olhar para outro lado nem se eu quisesse. Segurei meus joelhos contra o peito, apoiei o queixo e fiquei admirando a paisagem.

Ele não tem mais nada do menininho que conheci, é todo másculo. É magro, mas bem musculoso, coberto de tatuagens. Pesquisei sobre ele na internet o bastante para saber que ser jogador de futebol americano o tinha deixado muito maior, mais largo e mais bombado. Mas agora ele havia desinchado um pouco e estava parecendo mais um modelo de cue-cas do que um atleta profissional. Cada músculo torneado do seu peito e

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ROWDY

do seu abdômen é coberto por tatuagens tão bem-feitas que dão de dez a zero em todas as que eu já vi. E nas que eu tenho também.

Para combinar com aquela âncora inesquecível que brilhava com uma camada sensual de suor em seu pescoço, ele tem um navio pirata enorme, bem no meio do peito. A embarcação está imersa em uma grande tempestade, lutando contra ondas azuis da mesma cor dos seus olhos. No alto, em um dos mastros, tem uma bandeira meio esfarrapada, com os dizeres ME GUIE ATÉ MEU LAR. Partiu meu coração. Embaixo do navio, tem um monstro marinho impressionante, com tentáculos e olhos cruéis, tentando arrastar o barco para o fundo do mar. É uma grande história contada na pele dele de um modo realmente lindo.

O Rowdy também tem o nome “Glória” tatuado em letras garrafais ao longo de um lado de suas costelas. Teria ficado chateada se não soubesse que esse é o nome da sua mãe. Cada uma das letras gigantes é segurada por um querubim muito fofo. Nas costas, do lado oposto, tem uma pin-up que vai do ombro até o cós da calca jeans de cintura baixa que ele estava usando. A garota está vestida de pirata e juro que ela riu de mim, porque babei todas as vezes que seus músculos se mexeram ao jogar a bola.

O Rowdy também tem os dois braços fechados. Um é até bem pare-cido com o meu, coberto com tatuagens bem tradicionais, estilo marinheiro old school. Mas o outro... Acho que é a coisa mais linda que já vi alguém fazer na própria pele. É uma composição de lírios do Monet em torno do bíceps, que vai até o cotovelo. Parece que alguém arrancou o quadro da moldura e enrolou no braço dele. Do cotovelo até o pulso tem uma reprodução da obra Noite estrelada, de Van Gogh. São tão bonitas... Poderiam parecer deslo-cadas em um sujeito tão rock’n’roll como o Rowdy que, ainda por cima, era atleta profissional. Mas não. Obras de arte clássicas não apenas combinam com ele, mas o deixam ainda mais espetacular e interessante.

Ele voltou para o meu lado carregando um cachorrinho cansado e muito feliz. E não veio sozinho. Três adolescentes o seguiram, sem parar de olhar, obviamente admirados. O Rowdy me entregou o Jimbo, pôs o óculos de sol no topo da cabeça e perguntou:

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JAY CROWNOVER

– Falta uma pessoa para os caras jogarem. Tudo bem se eu jogar com eles um pouquinho?

Balancei a cabeça. Acho que os moleques queriam usar o Rowdy para impressionar um grupinho de meninas que estava por perto.

– Tudo. Que tal você ir lá fazer coisas de menino e eu ir para casa fazer um almoço rápido? Estou com fome, e o Jimbo precisa dar uma descansada.

O Rowdy levantou uma daquelas sobrancelhas loiras, deu um sor-risinho e falou:

– Fazer coisas de menino?Sacudi a mão na direção dos adolescentes que estavam esperando por

ele, baixei meus óculos de sol, para olhar o Rowdy por cima da armação. – Você sabe, rolar no chão, ficar todo suado, esse tipo de coisa. Vai

lá reviver seus dias de glória.Me levantei e pus meu cachorrinho, que não parava de se debater,

no chão, para conseguir prender a sua coleira. O Rowdy puxou uma das minhas tranças compridas e falou:

– Alguma coisa me diz que meus dias de glória estão apenas começando.

Ai, que merda. E não é que isso bastou para o meu coração sair pulando por tudo quanto é canto do meu corpo?

– A gente se vê já, já.O Rowdy se afastou, e ouvi os meninos tagarelando, todos animados,

e as meninas darem um suspiro coletivo. Não posso condená-las. Ver esse homem se mexer sem camisa é um espetáculo imperdível.

Voltei para casa e dei um pouco de água ao Jimbo. Resolvi tomar um banho, porque estava toda melada de protetor solar e cheia de grama por ter passado a tarde inteira sentada no chão. Ao sair do chuveiro, pus um leve vestidinho, justo na parte de cima, soltinho a partir da cintura, bem estilo June Cleaver, aquela atriz de seriados dos anos 1950. Fiquei de cabelo molhado, sem pentear, de pés descalços. Estou tão acostumada a andar toda arrumada, sempre perfeita, que ainda não fico cem por cento

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ROWDY

à vontade quando estou em casa com roupas tão casuais. Meu estilo re-finado e retrô é uma armadura que uso para mostrar aos outros e, de certa forma, ao meu pai, que posso ter a aparência que quiser, agir como quiser, e, mesmo assim, ser uma pessoa linda e bem-sucedida pelos meus próprios méritos. Acho estranho o Rowdy preferir minha versão menos arrumada, mais natural. Mas também não vou reclamar. Dá muito traba-lho estar sempre perfeita e, às vezes, preguiça.

Nunca havia contado a ninguém tudo o que me aconteceu após deixar Loveless. Aprendi algumas lições de vida bem difíceis e fiz coisas das quais não me orgulho. Só que fiz tudo sozinha, e ninguém pode tirar isso de mim. Nunca precisei voltar para casa nem pedir nada aos meus pais. Isso já basta para diminuir a culpa e o arrependimento que tenho por ter tomado algumas decisões impulsivas. Segui meu próprio cami-nho quando seria muito mais fácil me acomodar, e fiz tudo do meu jeito, seguindo meus instintos. Foi por isso que resolvi viver de acordo com mi-nhas próprias regras, mesmo que não pudesse permanecer muito tempo no mesmo lugar.

E esse é um dos motivos que me deixam confusa em relação ao Rowdy. Nunca pensei duas vezes antes de ir atrás do que quero, de escan-carar minhas intenções. Mas ele está enrolado com o passado e já gostou muito de alguém que amo incondicionalmente. Isso torna a situação tão complicada que chega a me dar dor de cabeça. Mesmo que a Poppy não tenha correspondido aos sentimentos dele, não gosto nem um pouco da ideia de ser a substituta para a irmã que fugiu dele. Tenho muito a ofere-cer para me contentar com esse papel. Dessa vez, acho que fazer o que me der na cabeça não vai ser algo sem grandes consequências.

Procurei na geladeira alguma coisa para almoçar, mas não tinha quase nada. Não sou nenhuma chef profissional e moro bem perto de uma das principais avenidas de Denver. Ou seja, não costumo cozinhar com muita frequência. Teria que me contentar com sanduíches de geleia e man-teiga de amendoim, mais umas batatas fritas. Achei que o Rowdy não ia se incomodar, já que o tema do dia era reviver momentos da nossa juventude.

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Estava colocando os sanduíches em um prato quando ouvi alguém bater na porta com tanta força que o Jimbo acordou e começou a latir.

Abri a porta, lambendo o restinho de manteiga de amendoim que havia ficado na faca. O Rowdy estava lá parado, ainda sem camisa, mais suado e desarrumado do que há uma hora, quando saí do parque. Havia pendurado a camiseta atrás da calça, e ela parecia uma cauda. As tatua-gens que cobrem seu corpo estavam brilhando, pareciam tinta fresca so-bre uma pele lisinha. Seu cabelo loiro estava todo despenteado, caindo na testa. Seus olhos cor de água brilhavam como um farol.

Soltei a mão que segurava a faca ao lado do corpo, e ficamos nos encarando em silêncio. Seu olhar percorreu meu cabelo molhado, meu rosto surpreso e meus pés descalços. Ele deu um passo para a frente, o que me obrigou a dar um passo para trás.

– E aí? Você ganhou? – perguntei, com a voz trêmula, nervosa, apesar de não ter nenhuma dúvida sobre o que estava fazendo. Foi mais por es-tar sem fôlego de tanto tesão.

– Ah, acho que vou ganhar. Com certeza – respondeu, com um sorrisinho malicioso. – Tem alguma coisa por baixo desse vestido?

Depois dessa pergunta ousada, o Rowdy pegou a faca da minha mão e a atirou na direção da cozinha. Que perigo! O talher fez barulho e caiu na pia com um estrondo que não foi capaz de abafar as batidas fortes do meu coração. O Rowdy estava bem na minha frente, e me dei conta de que os sanduíches tinham saído do cardápio do almoço.

O prato principal era eu.– Por que você não descobre? – falei. Também sei jogar. Afinal de

contas, para o jogo rolar, é preciso ter ataque e defesa.O Rowdy soltou um gemido, fechou a porta com um chute para trás

e veio andando na minha direção. Só parou quando ficamos grudados. Ele estava com cheiro de ar livre, da grama do parque. Seu corpo era musculoso e forte, e qualquer pensamento que eu pudesse ter de que aquele ainda era o menino que morava ao lado da minha casa se evaporou quando seu pau duro, que fazia um volume em sua calça jeans, encostou na minha barriga.

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Seus olhos ardiam mais do que o sol de verão. Ele passou as mãos pelo meu corpo, por baixo do meu cabelo comprido e molhado. Eu não estava mais me aguentando. Achei que fosse derreter de tanto tesão e expectativa.

Ele não falou mais nada, só começou a caminhar na direção do quarto, me empurrando de costas, me obrigando a acompanhar seus pas-sos. Estava tocando uma das músicas meio blues, meio folk da banda Old Crow Medicine Show no quarto, e o som o guiou na direção certa.

– Estou fedido – comentou, com a voz rouca, fazendo um arrepio percorrer minha espinha. Entramos de costas no quarto escuro, e minha cama nem estava arrumada. Metade das minhas roupas estavam jogadas no chão. Só que nada disso fez o Rowdy diminuir o ritmo. Ele parou ape-nas quando encostei a parte de trás das minhas pernas na cama.

Segurei seus dois pulsos tatuados e fiquei olhando para ele. Lambi meu lábio inferior, e o Rowdy gemeu.

– Eu meio que gosto.– Merda.Nem chegou a pronunciar a palavra, foi mais um sopro. E aí grudou

a boca na minha, e o tempo parou. Não havia mais nada além das sensa-ções que ele despertava em mim. Era como se toda a revolta e a inquie-tude que sempre me rondaram desaparecessem debaixo dos seus lábios e com o seu toque.

O Rowdy me deu um beijo ardente. Me beijou por muito tempo. Me beijou até eu ficar sem ar e aí se afastou e fez tudo isso de novo, de outro ângulo. Ele sabe o que fazer com a boca. Tanto que nem percebi quando ele pôs as mãos por baixo do meu vestido e começou a subir len-tamente o tecido pelas minhas pernas. Ele enroscou a língua na minha, mordiscou a ponta da minha língua, e soltei um suspiro alto quando ele pôs uma mão de cada lado das minhas nádegas nuas. Até parece que fiz de caso pensado. Mas é que, ao sair do banho, colocar qualquer peça de roupa por baixo do vestido me pareceu uma medida desnecessária, por-que eu tinha certeza de que, uma hora ou outra, ia acabar tirando.

– Legal – falou.

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Seu tom era de total admiração. Sua respiração foi ficando mais rápida à medida que ele foi roçando o peito no meu.

O Rowdy soltou uma mão da minha bunda e a subiu pelas minhas costas, para abrir o zíper do meu vestidinho fofo. Tirei meu cabelo da frente e, entre um suspiro e outro, fiquei nua na frente dele. Estava na cara que ele havia gostado do meu corpo cheio de curvas. Ele soltou mais um palavrão e encostou o dedo em uma das argolas prateadas que enfeitam meus dois seios. As joias tapam um pouco dos meus mamilos escuros e têm rubis que combinam com o piercing da boca.

Ele soltou minha bunda e passou os dedões por cima da flor de lótus que tenho tatuada em um dos lados do quadril e pela grande cerejeira que se esparrama pelo outro lado. Os dois desenhos são delicados e têm cores vivas, que contrastam com minha pele morena.

– A beleza que surge apesar das condições adversas e da fragilidade da vida – ele sussurrou. Depois se abaixou e beijou minha clavícula.

– Acho que essa é uma das vantagens de tirar a roupa para um tatua-dor: não preciso ficar explicando meus desenhos.

O Rowdy deu uma risadinha, e a senti no fundo do meu ser, por-que ele dobrou meu corpo em cima de um dos seus braços, que estavam nas minhas costas, e se aproveitou dessa posição para lamber cada um dos meus mamilos enfeitados, com movimentos circulares. Nunca na minha vida tive uma sensação tão incrível. Os mamilos ficaram durinhos com a carícia. Em seguida, ele pôs as argolas na boca, com a ajuda dos dentes, e, quando voltaram a tocar minha pele, os piercings estavam quentes e úmidos. Achei que fosse morrer com tanto estímulo.

Fiquei agarrada nos seus ombros, tentando manter o equilíbrio e não me perder de prazer. Mas aí o Rowdy deu mais um passo para a frente, e eu caí de costas na cama. Ele ficou por cima de mim, com um sorrisinho que só posso definir como safado.

Ele beijou meu esterno, bem no meio dos meus peitos inchados, e deixou um rastro úmido com a língua até o meio do meu corpo. Parou ao chegar ao meu umbigo e enfiou a língua ali, depois mordiscou as duas

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tatuagens que emolduram a parte mais exposta, mais sensível do meu corpo, para onde ele estava tão obviamente se dirigindo.

– Rowdy... – falei, em um tom entre pergunta e exigência, porque eu estava pronta para recebê-lo dentro de mim. Parecia que eu estava esperando há uma eternidade por isso, pelo seu toque, pela sua boca, apesar de terem se passado apenas algumas semanas.

Ele soltou o ar devagar e fez minhas dobrinhas, que já estavam lu-brificadas, se arrepiarem de tanto tesão. Depois, deu uma risadinha, com o rosto encostado na minha barriga.

– Já ouvi você dizer meu nome de diversas maneiras, Salem. Preciso te dizer que ouvi-lo na cama, quando estou prestes a te devorar, é a minha preferida até agora.

Tive vontade de mandá-lo à merda, mas perdi a capacidade de pensar, de falar, porque o Rowdy, de repente, se ajoelhou perto da cama e puxou meu corpo até seu rosto. Foi demais. Íntimo demais. Invasivo demais. Intenso demais. A melhor coisa que já senti. O menino sabe mesmo o que fazer com a boca.

Ele passou a língua em toda a extensão da minha vagina. Apoiou minhas pernas em seus ombros, segurou minha bunda com força e ex-plorou cada centímetro das minhas partes íntimas, que tremiam e ti-nham espasmos com a boca. Fiquei me contorcendo na cama e quase não aguentei de tanto prazer quando o Rowdy roçou os dentes no meu clitóris. Todas as minhas terminações nervosas estavam transbordando de sensações, e quase fiquei sem ar.

Segurei um punhado do cabelo dele para me prender naquele mo-mento e devo ter puxado mais forte do que queria, porque o Rowdy sol-tou um suspiro de surpresa que senti em toda a superfície úmida no meio das minhas pernas. Ele resmungou algo sensual e safado que não entendi e tirou uma das mãos da minha bunda. Prendeu meu botãozinho de pra-zer entre os dentes e ficou chupando enquanto explorava o interior da minha vagina com seus dedos hábeis. Perdi a cabeça.

Aquele duplo estímulo, seus dedos fortes girando dentro de mim

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e a sucção incansável da sua boca ardente, foi demais para eu aguentar. Não foi algo progressivo, uma evolução tranquila até um orgasmo gos-toso. Não, foi uma sensação que me pegou em cheio, uma inundação cega que tomou meu corpo de assalto, uma onda de prazer e satisfação surpreendente. O Rowdy riu de novo, e meus músculos sensíveis, com os quais ele estava brincando, ondularam de prazer, acompanhando suas ondas sonoras.

Tive um orgasmo tão forte como eu nunca tinha tido. Chegou a doer. Era uma dor tão boa que senti em todas as células do meu corpo, a cada respiração, a cada piscada. Abri os olhos e tentei lembrar onde estava, quem eu era, com quem estava.

Ainda segurava o cabelo dele e dei um puxão para o Rowdy parar de mexer nas minhas partes íntimas trêmulas. Ele deixou minhas pernas escorregarem de seus ombros e subiu na cama, por cima de mim. Ficou apoiado nas mãos, uma de cada lado da minha cabeça, e sorriu de um jeito malicioso. Parecia bastante satisfeito consigo mesmo.

– Ah, Salem... – falou, dando um longo suspiro. Depois me deu um beijinho na testa e completou: – Com certeza, fico muito feliz por termos crescido, e é por sua causa.

Esse era seu lado doce, conquistador, que ele mostrava a todo mundo, menos para mim. Sei exatamente o que isso significa: ele quer que as coisas sejam leves, divertidas. É um jeito de não deixar tudo muito sério. Apesar de eu ter recebido toda aquela atenção enquanto ele me provocava e brincava com o meu corpo, tenho certeza de que o Rowdy também sentiu a ligação profunda que existe entre nós. Com certeza, al-guma coisa está rolando entre a gente, com sabor de passado e de futuro, misturada em uma bola gigante de emoções e sensações.

Passei as mãos em seu rosto, brinquei com a superfície macia das suas costeletas, depois passei o dedão na curva suave do seu lábio infe-rior. Acariciei seus ombros largos e os músculos definidos do seu peito tatuado. Passei o dedo nas palavras escritas ali e olhei nos seus olhos, com uma expressão solene.

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– Com certeza, gosto de muita coisa no Rowdy homem feito. Mas também gostava do Rowdy menino, que morava na casa ao lado da minha.

Ele refletiu sobre as minhas palavras por um instante, mas eu fui logo abrindo seu cinto e tirando aquela calça jeans. Se ele ia responder alguma coisa, esqueceu na hora em que comecei a deixar seu corpo tão sem roupa quanto o meu. Ele usava uma samba-canção preta, e fiquei um segundinho admirando sua beleza daquele jeito, quase despido, com a cabeça do seu pau aparecendo no cós da cueca. Não sou a única que tem surpresas escondidas embaixo da roupa. Desci a cueca até seus joe-lhos e pedi para o Rowdy virar. Ele me obedeceu e pôs as mãos atrás da cabeça. Seu pênis ereto ficou apontando para o teto enquanto eu conferia tudo o que tinha para ver ali embaixo.

Fiz uma cara de espanto e perguntei:– Você tem uma cruz mágica?Faz tempo que trabalho no ramo da modificação corporal, e já vi

uma boa cota de paus com adornos. Mas preciso confessar que foi o pri-meiro daquele jeito. Fiquei ao mesmo tempo intrigada e excitada com os piercings que o Rowdy tem no pênis.

Atravessando a cabeça inchada e volumosa na vertical, tem um que se chama apadravya. As duas extremidades ficam visíveis, acima e abaixo da cabeça. Na horizontal, um pouquinho atrás desse, tem um ampallang. A combinação dos dois recebe o nome de cruz mágica, porque parece que a cabeça do pau fica com uma cruz atravessada. Ou seja, havia quatro bolinhas brilhantes de prazer na superfície daquele membro ereto, que já era impressionante de qualquer jeito. Transar com ele é realmente uma experiência mágica.

– Uma das minhas melhores amigas é mestre em piercings. Não é fácil encontrar alguém que você confie a ponto de deixar enfiar uma agulha no seu pau.

Tracei um círculo com o dedão, juntando as quatro bolinhas, e vi que os olhos do Rowdy ficaram enevoados com o meu toque. Os músculos da barriga dele enrijeceram. Eu estava sentada em cima das suas coxas, que

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tencionaram e relaxaram conforme eu fui acariciando cada uma das boli-nhas. O Rowdy fica bem pelado. Nós ficamos bem pelados, um ao lado do outro. Gosto como nossas tatuagens se misturam, formando um grande mural. Pressionei meu corpo contra o dele e segurei seu pau inteiro, com firmeza. Também gosto do contraste entre as partes do nosso corpo que não são tatuadas. Tenho a pele morena e dourada, e a dele é bem clara e ro-sada. Apertei a base do seu pênis e, com a outra mão, acariciei as linhas dos músculos definidos em sua barriga. Nunca tinha ficado com um homem tão bonito como o Rowdy St. James e queria aproveitar todas as possibilidades táteis que seu corpo oferecia.

Soltei seu membro e passei a mão entre suas pernas, apenas o sufi-ciente para roçar seu saco esticado.

O Rowdy gritou meu nome, e até saiu um pouco de esperma com a minha carícia. Tinha acabado a hora da brincadeira.

Ele se livrou dos tênis e do que restava de roupa. Eu poderia passar a vida olhando para ele daquele jeito. Ele veio se aproximando de mim, com um brilho nos olhos que pareciam dois faróis, sinalizando que havia encontrado o caminho até seu lar.

– Camisinha?Me arrastei um pouco na cama e tateei o criado-mudo até encon-

trar uma. Abri o pacotinho e fiz sinal para o Rowdy chegar mais perto. Ele se aproximou, entre minhas pernas abertas, e deu um beijo no alto da minha cabeça enquanto eu cobria seu pênis e todos aqueles metais. Dei um último apertão em seu pau, só para garantir, e ele sussurrou, com a boca encostada no meu cabelo:

– Uma só não vai ser suficiente.– Eu te prometi o fim de semana, não prometi?De repente, me senti tão agradecida. Nem eu nem ele temos nada

para fazer até terça-feira, quando então voltaremos a trabalhar.– Graças a Deus.O Rowdy me puxou para cima dele, deixou eu me acomodar e ficou

acariciando minhas costelas. Sentei de um jeito que a cabeça do seu pau

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com piercing se arrastou nas paredes inchadas da minha vagina, e nós dois gememos. Aquelas bolinhas de metal tornavam cada movimento meu, cada vez que ele se mexia dentro de mim, ainda mais intenso. Senti seu corpo em cada centímetro do meu. Me sentei até engoli-lo todo e então fui para a frente, apoiando minhas mãos no Rowdy, para poder beijar sua boca.

Beijei ele do mesmo jeito que ele me beijou – de modo ardente, desesperado –, com nossas línguas enroscadas, nossa respiração mistu-rada. O Rowdy enfiou os dedos na curva dos meus quadris, me forçando a subir e descer.

No começo, foi um vaivém sensual. Nós dois ficamos ofegantes, nos agarrando um ao outro. Esse homem é tão gostoso e me olhava de um jeito que estava me virando do avesso. Eu não conseguia me con-centrar para manter o ritmo. Levantei um pouco o corpo, me apoiando nos joelhos, para ir mais fundo. Uma das mãos dele desapareceu entre minhas pernas e encontrou na hora aquele ponto quente que o Rowdy nunca erra. Joguei a cabeça para trás e suspirei, quase sem ar.

Meu cabelo se acumulou e formou uma poça preta em suas per-nas, e comecei a me mexer freneticamente em cima dele. Entre as carí-cias, a fricção dos piercings e o vaivém de seu pau, não demorei muito para sentir o orgasmo tomar conta de mim.

O Rowdy falou meu nome e segurou um dos meus peitos com a mão livre. Passou o dedão no meu mamilo excitado e dolorido até eu ver estrelas e não conseguir mais fazer nenhum tipo de movimento regular. O prazer estava se espalhando pela base da minha coluna, minha pele brilhava escorregadia, de tanto esforço e necessidade de gozar. Se ele não acelerasse, eu chegaria ao clímax sem ele e não ia me sentir nem um pouco culpada.

Soltei um gritinho de surpresa quando o Rowdy se mexeu rapida-mente e nos virou. Ele abriu ainda mais minhas pernas com a ajuda do joelho, para ter mais espaço para sua investida, e girou os quadris de um jeito que revirei os olhos. Assim que assumiu a nova posição, ele acelerou o ritmo. Segurou minhas mãos acima da minha cabeça. Com sua outra

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JAY CROWNOVER

mão, segurou seu peso enquanto metia em mim como se estivesse ten-tando chegar ao mesmo nível de tesão em que eu estava. A pressão do seu pau grosso dentro do meu canal vaginal inchado já era suficiente para eu gozar mas, com a sensação extra daquelas bolinhas de metal se arrastando e massageando todas as minhas paredes e terminações nervosas, achei que minha cabeça fosse explodir em um orgasmo enlouquecedor. Meu corpo se contorceu todo. O Rowdy encostou a cabeça na curva do meu pescoço, mordeu minha pele delicada, e foi o que bastou para eu atingir o clímax.

Senti minhas paredes internas agarrarem ele e a parte inferior do meu corpo perder o controle. De repente, ele começou a se mexer do mesmo jeito frenético e desesperado com que eu tinha me mexido. Adorei quando percebi que seu coração batia forte, no ritmo do meu. Adorei ver seu corpo forte curvado, parecendo pedra perto das minhas curvas suaves. Adorei es-cutar seus gemidos de satisfação bem no meu ouvido e quando ele se jo-gou em cima de mim, todo satisfeito e relaxado. Adorei o fato de fazer sexo com ele ser tudo o que deveria ser e muito mais. Ele manda bem em mui-tas coisas, não só com a boca, e tinha acabado de me mostrar tudo o que eu nem sabia que estava procurando ao resolver, meio às cegas, vir morar no Colorado.

Pode até ter sido meio selvagem, desinibido e violento, mas o lugar mais seguro em que já estive foi naquela cama, com ele.

O Rowdy se levantou, fazendo uma espécie de flexão, e fiquei ob-servando, na cara dura, seu bíceps saltar.

– Acho que esse foi o melhor touchdown da minha vida.Ele tentava fazer piada, mas a expressão em seus olhos era muito

séria, por isso não falei nada. Só levantei a mão e toquei seu rosto, en-quanto ficamos nos encarando.

Foi um bom momento, outra linda lembrança que posso guardar com as demais. Mas aquele instante foi interrompido pelo choramingo agudo do meu cachorro.

Fiquei sem ar quando o Rowdy saiu de mim e rolou até a beirada da cama.

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ROWDY

– Acho que a gente deixou o Jimbo escandalizado – ele falou, pe-gando o bichinho no colo e o colocando em cima da cama. Em seguida, ele esticou as pernas compridas, ficou de pé e disse: – Esqueci completa-mente dele quando te vi lambendo a maldita daquela faca.

Eu também havia esquecido. Sou uma péssima dona. O Jimbo lam-beu minha canela e fez uma cara feia para o Rowdy. Parecia mesmo estar com ciúme.

– Fiz uns sanduíches. Vou levá-lo lá fora, e a gente pode comer.O Rowdy balançou a cabeça, olhou para trás e sorriu, mostrando

seus dentes brancos.– Agora me pergunta se eu ganhei, Salem.Resmunguei e atirei um travesseiro na cara de convencido dele.– Acho que nós dois ganhamos, espertinho.Aí ele foi até o banheiro, sem parar de dar risada.

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Não deixe de ler os livros anteriores da série!

Na sua pele - RuleVol. 1

Notas quentes - JetVol. 2

Armas da sedução - RomeVol. 3

Chamas do passado - NashVol. 4

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