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5/21/2018 TreinamentoaSuaInfluenciaNoDesenvolvimentoDasPessoaseNoProcess... http://slidepdf.com/reader/full/treinamento-a-sua-influencia-no-desenvolvimento-das-pessoas-e-no-pr CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO Capivari/SP 2008 TREINAMENTO: A SUA INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DAS PESSOAS E NO PROCESSO PRODUTIVO ANA PAULA MADEIRA DE JESUS MARLI FÁTIMA DE CAMPOS

Treinamento a Sua Influencia No Desenvolvimento Das Pessoas e No Processo Produtivo

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  • CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE

    FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI

    CURSO DE GRADUAO EM ADMINISTRAO

    Capivari/SP

    2008

    TREINAMENTO:

    A SUA INFLUNCIA NO DESENVOLVIMENTO DAS

    PESSOAS E NO PROCESSO PRODUTIVO

    ANA PAULA MADEIRA DE JESUS

    MARLI FTIMA DE CAMPOS

  • CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE

    FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI

    CURSO DE GRADUAO EM ADMINISTRAO

    Capivari/SP

    2008

    TREINAMENTO:

    A SUA INFLUNCIA NO DESENVOLVIMENTO DAS

    PESSOAS E NO PROCESSO PRODUTIVO

    Trabalho de Concluso de Curso

    apresentado ao Curso de Graduao em

    Administrao da FACECAP/CNEC

    Capivari.

    Orientadora:

    Profa. Ms. Andra Baggio Amaral

    ANA PAULA MADEIRA DE JESUS

    MARLI FTIMA DE CAMPOS

  • FOLHA DE APROVAO

  • 3

    Agradecimentos

    Inicialmente, queremos agradecer a Deus que nos deu

    fora e sabedoria para concluirmos esse trabalho;

    nossa famlia que nos acompanhou durante esses

    quatro anos da nossa graduao e neste trabalho, que

    to importante para a concluso do curso;

    nossa orientadora, Prof Ms. Andra Baggio

    Amaral, que tanto contribuiu com sua pacincia,

    dedicao e experincia para que este trabalho fosse

    concludo de uma melhor maneira;

    Aos nossos amigos que, direta ou indiretamente, nos

    ajudaram com sua amizade e companheirismo;

    Enfim, queremos agradecer a todas as pessoas que,

    de alguma maneira, contriburam para que este

    trabalho fosse concludo.

  • 4

    JESUS, Ana Paula Madeira de; CAMPOS, Marli Ftima de. Treinamento: a sua influncia

    no desenvolvimento das pessoas e no processo produtivo. Monografia de Concluso de

    Curso. Curso de Graduao em Administrao. Faculdade Cenecista de Capivari CNEC. 56 p., 2008.

    RESUMO

    O treinamento um processo muito utilizado pelas empresas, pois alm de qualificar

    melhor seus funcionrios na execuo de suas tarefas tambm os mesmos ganham em

    crescimento profissional adquirindo mais conhecimentos e at mesmo pessoal, nas relaes

    interpessoais. O principal objetivo do treinamento a busca de melhorias contnuas nos

    processos da empresa, que vo desde a obteno de ganhos na produtividade, nas relaes

    entre as pessoas at mesmo na satisfao de seus clientes, tanto internos como externos. O

    treinamento ainda considerado uma despesa para muitas empresas embora seja um

    importante investimento. uma maneira eficaz de agregar valor s pessoas, a organizao

    como um todo e a seus clientes; ele enriquece no s o patrimnio humano das

    organizaes, como o responsvel pelo capital intelectual da mesma.Buscando

    desenvolver esse capital humano, as empresas esto atravessando mudanas constantes.

    Desta forma, para se manter neste meio to competitivo elas investem em qualificao de

    seus profissionais atravs de treinamentos constantes. Contudo, as pessoas tm de se

    adaptar a essas mudanas para se manter no mercado de trabalho de forma diferenciada,

    agregando novos valores s relaes interpessoais, atravs das quais o treinamento

    acontece. Atravs desses aspectos apresentados decidimos conduzir nossos estudos em um

    trabalho voltado para o treinamento no que diz respeito ao ganho que tanto a empresa

    como cada funcionrio adquire ao passar por um treinamento.

    Palavras-chave:

    1. Treinamento. 2. Desenvolvimento pessoal. 3. Conhecimento. 4. Produtividade

  • SUMRIO

    INTRODUO ..................................................................................................................... 6

    CAPTULO 1 ........................................................................................................................ 7

    1.1. Caracterizao do Problema ....................................................................................... 7

    1.3. Relevncia do Trabalho .............................................................................................. 8

    1.4. Objetivos ..................................................................................................................... 8

    1.5. Estrutura do Trabalho ................................................................................................. 9

    2. FUNDAMENTOS DA TEORIA .................................................................................... 10

    2.1. Histria do Treinamento ........................................................................................... 10

    2.2. O que Treinamento? ............................................................................................... 12

    2.3. Importncia do Treinamento nas Empresas .............................................................. 13

    2.4. Treinamento para todos os Nveis da Empresa ........................................................ 14

    2.6. Programa de Treinamento ........................................................................................ 15

    3. METODOLOGIA ............................................................................................................ 31

    3.1. Instrumento de Pesquisa ........................................................................................... 31

    3.2. Procedimentos para a coleta de dados ...................................................................... 31

    4. ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS ........................................................... 32

    5. CONCLUSO ................................................................................................................. 54

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................. Erro! Indicador no definido.

    APNDICE ......................................................................................................................... 57

    PESQUISA SOBRE TREINAMENTO .............................................................................. 58

    Empregados ..................................................................................................................... 58

    Gerentes ........................................................................................................................... 61

  • 6

    INTRODUO

    Estamos vivendo em um ambiente altamente competitivo, onde a prpria sociedade e

    os avanos tecnolgicos seguem pra isso, conseqncia da globalizao. Razo para qual as

    empresas precisam ter um diferencial para o seu crescimento e desenvolvimento. Em busca

    desse diferencial as empresas vm utilizando o treinamento como o principal objetivo de

    desenvolver as pessoas, tanto na aprendizagem das novas habilidades quanto na ampliao

    das j existentes.

    Segundo Chiavenato (1999, citado por PRADO e STHEPHANIN, p.1), desenvolver

    pessoas no apenas dar-lhes informao para que elas aprendam novos conhecimentos,

    habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. , sobretudo, dar-lhes

    a formao bsica para que elas aprendam novas atitudes, solues, idias, conceitos e que

    modifiquem seus hbitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem.

    Muitas empresas esto desenvolvendo o seu programa de treinamento e

    desenvolvimento, para alm de adequar os profissionais nova realidade e s necessidades do

    mercado, buscam tambm requalific-los. O treinamento no despesa, mas um investimento

    cujo retorno altamente compensador para a organizao (CHIAVENATO, 1998, p. 495).

    O treinamento tem de ser bastante eficaz, para o funcionrio realizar suas tarefas com

    eficincia e eficcia. Para isso o profissional responsvel pelo treinamento tem que estar

    preparado e engajado com os reais objetivos da empresa. Diagnosticar, programar, planejar e

    executar um treinamento de extrema importncia, principalmente por que a empresa espera

    que com isso seus objetivos sejam alcanados. Mas, alm disso, a empresa tem que avaliar e

    monitorar seus resultados, buscando, por exemplo, melhorias na qualidade de seus produtos e

    servios, clientes satisfeitos, reduo de retrabalhos, menores ndices de erros e refugos,

    melhorias na produtividade, entre outros. a partir dessa avaliao que os profissionais de

    treinamento podero verificar a eficcia dos treinamentos. Atualmente, o treinamento tem

    tamanha importncia, por se tornar parte de projetos de melhorias contnuas das empresas.

    por isso que em muitas delas h metas para programas de formao e atualizao de seus

    funcionrios. Ambos s tendem a ganhar, a empresa e os funcionrios.

    Este trabalho abordar a influncia do treinamento para o crescimento pessoal e

    profissional dos seus funcionrios e tambm a sua relao com o aumento da produtividade

    da empresa.

  • 7

    CAPTULO 1

    1.1. Caracterizao do Problema

    O problema gerador desta pesquisa avaliar as influncias do treinamento na vida das

    pessoas e mostrar que nenhuma organizao consegue manter um bom desempenho na sua

    produo sem uma equipe de profissionais bem preparados.

    Acredita-se que hoje em dia as empresas necessitam incorporar um programa de

    treinamento devido alta competitividade no mercado, mas para isso alm de treinar, a

    empresa tem que ter uma calibragem constante para conseguir manter sempre a mesma

    qualidade nos seus processos, com o objetivo final de atender as expectativas e desejos dos

    clientes, tanto interno como externos.

    1.2. Justificativa

    Este trabalho de fundamental importncia j que conscientiza a empresa do papel

    do programa de treinamento como maneira para ampliar a capacitao e a habilidade de seus

    funcionrios. Dessa forma, identificar se est ocorrendo o sucesso da rea de treinamento

    dentro da organizao, proporcionando vantagens competitivas, isto , aumento da qualidade

    dos produtos oferecidos pela empresa, ganhos de produtividade, sintonia dos funcionrios

    com os avanos tecnolgicos e as relaes entre si.

    Dessa maneira o presente trabalho contribuir no sentido de ajudar uma empresa a

    aperfeioar seu programa de treinamento, permitindo que esta maximize seus resultados,

    minimize seus custos e otimize seus recursos humanos.

    O propsito principal deste trabalho abordar sobre treinamento. O treinamento

    uma ferramenta utilizada pelas empresas para aperfeioar os processos e relacionamentos

    interpessoais.

    Alm disso, este trabalho contribuir com a nossa formao acadmica j que quanto

    mais conhecimentos adquiridos, maior chance de sucesso.

    O propsito deste trabalho responder seguinte pergunta: Qual a influncia do

    treinamento no desenvolvimento das pessoas, tanto pessoal como profissional e na

    produtividade da empresa?.

  • 8

    1.3. Relevncia do Trabalho

    Este trabalho de suma importncia j que mostra para a empresa que o treinamento

    oferecido aos empregados contribui para ampliar a capacitao e a habilidade dos mesmos.

    Dessa forma ser avaliado, tambm, se a rea de treinamento dentro da empresa est

    sendo eficaz, ou seja, se est proporcionando empresa a alcanar os resultados esperados

    como, por exemplo, aumento da qualidade dos seus produtos, ganhos com a produtividade e

    sintonia dos empregados com os avanos tecnolgicos, atravs do treinamento oferecido.

    O tema principal do estudo treinamento tambm tem importncia socioeconmica,

    pois alm da empresa ter profissionais mais qualificados, os mesmos so beneficiados

    gerando um maior desenvolvimento pessoal e profissional. Contudo, o profissional mais

    qualificado tem mais chances de se manter no mercado to competitivo.

    1.4. Objetivos

    1.4.1. Objetivo Geral

    Avaliar a influncia que o treinamento traz no desenvolvimento das pessoas (tanto

    pessoal como profissional) e na produtividade da empresa atravs de um estudo de caso

    realizado com os empregados e com os gestores de uma empresa do setor sucro-alcooleiro.

    1.4.2. Objetivos Especficos

    Analisar as mudanas ocorridas pelos treinamentos, visando o crescimento pessoal e

    profissional dos funcionrios;

    Analisar os resultados da pesquisa na relao empregados/gestores;

    Identificar as necessidades de treinamento com o propsito de melhorias no processo

    produtivo e seus resultados.

    Dessa maneira, este trabalho contribuir no sentido de aperfeioar o programa de

    treinamento na empresa tentando aumentar seus resultados produtivos, reduzir custos, entre

    outros; alm do desenvolvimento dos funcionrios, pessoal e profissionalmente.

  • 9

    1.5. Estrutura do Trabalho

    Este trabalho est organizado em 5 captulos alm de um anexo.

    O primeiro captulo composto pela caracterizao da pergunta problema, sua

    justificativa e seus objetivos. O segundo captulo composto pela reviso bibliogrfica, onde

    abordamos a teoria para dar embasamento sobre o assunto sugerido. J no terceiro captulo

    detalhada a metodologia empregada na pesquisa, basicamente definindo os tipos de estudos

    empregados, instrumento e procedimentos adotados para a coleta de dados. A seguir, no

    quarto captulo ser feita a apresentao e interpretao dos dados coletados da empresa-alvo

    e no quinto captulo a concluso que obtivemos sobre a pesquisa realizada.

  • 10

    2. FUNDAMENTOS DA TEORIA

    2.1. Histria do Treinamento

    Para o desenvolvimento das civilizaes o treinamento tornou-se fundamental

    medida que o homem inventou ou criou vesturio, abrigo, instrumentos, armas,

    assim como desenvolveu a linguagem, as comunicaes e as atividades comerciais e

    de servios. O treinamento foi importante na medida em que tornou possvel a

    transmisso dos conhecimentos e das habilidades que tais invenes ou criaes

    demandaram (BOOG, 1980, p.1).

    A histria do treinamento, desde os seus primrdios na antiga forma de administrao

    taylorismo at o momento contemporneo, mostra que muitas alteraes e inovaes foram

    realizadas nos ltimos tempos no sistema de administrao de recursos humanos, em

    particular quanto ao desenvolvimento de ferramentas para o treinamento. Essas

    transformaes visam o estabelecimento de condies favorveis s organizaes na busca

    pela competitividade (citado por OLIVEIRA e VANALLE, 1999, p. 85).

    O treinamento segundo Boog (1999, p.17) uma instituio fundamental na gesto

    empresarial. Ainda segundo o autor, esse papel generalizadamente reconhecido deve-se

    correlao entre competncia e otimizao de resultados, j observada nos primrdios do

    sistema de fbrica, e que coloca a competncia profissional como elemento-chave da

    eficcia empresarial. A inabilitao dos trabalhadores para operar no sistema de fbrica

    configurou-se, j no sculo XVIII, como um obstculo incontestvel eficcia (CHERNS,

    1982, citado por BOOG, 1999, p.17), que prenunciou, desde o incio do trabalho industrial, a

    importncia de investimentos na capacitao profissional (CARNOY, 1994, citado por

    BOOG, 1999, p.17).

    A ateno que desde essa poca era dedicada habilitao profissional foi

    potencializada pelo significativo crescimento do trabalho especializado, a partir de 1880. Para

    atender a essa nova demanda, o treinamento comeou a ser sistematizado. Sua articulao dos

    trabalhadores em suas habilidades, da diminuio de seus erros e da ampliao de sua

    capacidade de realizar outras tarefas, condies necessrias numa empresa que rapidamente

    diferenciava seu perfil ocupacional (BOOG, 1999, p.17).

    Conseqncia disso, ainda conforme o autor, a formao profissional ganhou espao

    no s nas fbricas, mas na sociedade e novas idias surgiram. Em 1886, cidades industriais

    como Cleveland, Chicago e Cincinatti j possuam escolas particulares e Filadlfia e

    Baltimore, contavam com escolas governamentais dedicadas capacitao profissional

  • 11

    (STEINMETZ, 1976, citado por BOOG, 1999, p. 18). Paralelo a isso, as empresas criavam

    suas prprias escolas, como aconteceu com Hoe & Company de Nova Iorque em 1872, que

    devido a seu alto volume de negcios abriu uma escola para a formao de maquinistas

    dentro de suas dependncias (BOOG, 1999, p.18).

    A partir de ento a empresa e a escola comearam a se integrar com o objetivo da

    formao profissional. Isso j foi observado na iniciativa de College of Engineering qie, em

    1900, introduziu um sistema de cooperao entre a empresa e a escola para enriquecer o

    treinamento dos trabalhadores (BOOG, 1999, p.18). Era um sistema em que o aluno

    estudava num certo perodo, trabalhava no outro e voltava para a escola logo a seguir, relata

    Boog, sendo que s conclua, quando fizesse o que seria o estgio na empresa, e logo se

    tornaria empregado. Pode-se dizer que, nos anos 20, o treinamento j era uma instituio

    tradicional, e da evoluiu qualitativamente (BOOG, 1999, p. 18).

    A partir de 1930, o treinamento ganhou novo status como atividade administrativa ao

    se tornar parte integral da estratgia empresarial...(deixando de ser) uma questo

    operacional de ad hoc (GOSS, 1965, citado por BOOG, 1999 p.18).Tal status requeria

    informaes cientficas mais seguras sobre habilitao e aprendizagem profissional, que por

    sua vez demandaram significativa dedicao por parte das cincias comportamentais (KIM,

    1993, citado por BOOG, 1999, p.18).

    J nos anos 70, devido a essa fora da competitividade e da rpida evoluo

    tecnolgica, a eficincia nos negcios passou a depender mais da contnua atualizao e

    aprendizagem do que da autoridade gerencial (ARGYRIS, 1992, citado por BOOG, 1999,

    p.18). Conseqentemente a formao profissional deu um novo salto qualitativamente ao se

    tornar uma alternativa para a autoridade gerencial na cadeia de eventos da eficcia (BOOG,

    1999, p.18). Motivos pelo qual, ainda, segundo o autor, os programas de formao e

    atualizao se tornaram metas essenciais para o sucesso dos negcios.

    Ao enfatizar suas unidades de negcios, as empresas tendem a balancear sua margem

    de diferencial competitivo em relao aos concorrentes. E hoje em dia a base para a

    competitividade est no estoque de conhecimentos armazenados que as organizaes detm

    (FLEURY, 1995).

  • 12

    2.2. O que Treinamento?

    Segundo Chiavenato (1999, p.294), antigamente alguns especialistas em RH

    consideravam o treinamento um meio para adequar cada pessoa ao seu cargo e desenvolver a

    fora de trabalho da organizao a partir dos cargos ocupados. J para Boog (1980) o

    treinamento tornou-se fundamental para o desenvolvimento das civilizaes, pois possibilitou

    a transmisso dos conhecimentos e habilidades das invenes e criaes do homem.

    Modernamente o treinamento considerado um meio de desenvolver competncias nas

    pessoas para que elas se tornem produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor

    para os objetivos organizacionais.

    Flippo (1970, p.53) define o treinamento como o ato de aumentar o conhecimento e

    etrea de um empregado para o desenvolvimento de determinado cargo ou atividade.

    No entanto em outro momento, ele sugere que o conhecimento absorvido deve ser

    dirigido a um esforo em equipe, levando as pessoas a se preocuparem com os objetivos

    definidos pela organizao.

    Chiavenato (1998) define treinamento empresarial como um processo educacional que

    leva o indivduo a adquirir competncias para exercer um cargo ou funo em uma

    organizao. Segundo ele, o treinamento o processo educacional de curto prazo aplicado

    de maneira sistemtica e organizada atravs do qual as pessoas aprendem conhecimentos,

    atitudes e habilidades em funo de objetivos definidos (p.495).

    Em outras palavras, o treinamento, num sentido mais amplo, um esforo dirigido

    com a finalidade de fazer a equipe atingir o mais economicamente possvel os objetivos da

    empresa, assim, o treinamento no despesa, mas, sim, investimento cujo retorno altamente

    compensador para a organizao.

    O treinamento indica uma educao especfica, que conduzida na escala ou no,

    antes ou durante o trabalho, ajuda pessoa a desempenhar bem suas tarefas profissionais

    (BOOG, 1980, p.2).

    Treinamento :

    O processo de desenvolver qualidade nos recursos humanos para habilitarem a serem mais produtivos a contribuir melhor para o alcance dos objetivos

    organizacionais. O propsito do treinamento aumentar a produtividade dos

    indivduos em seus cargos, influenciando seus comportamentos.

    O processo de ensinar aos novos empregados as habilidades bsicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos.

    O processo sistemtico de alterar o comportamento dos empregados na direo do alcance dos objetivos organizacionais. O treinamento esta relacionada com as

    atuais habilidades e capacidades exigidas pelo cargo. Sua orientao ajudar os

  • 13

    empregados a utilizar suas principais habilidades e capacidades para serem bem

    sucedidos.

    A experincia aprendida que produz uma mudana relativamente permanente em um individuo e que melhora sua capacidade de desempenhar um cargo. O

    treinamento pode envolver uma mudana de habilidades, conhecimentos,

    atitudes ou comportamento. Isto significa mudar aquilo que os empregados

    conhecem, como eles trabalham, suas atitudes frente ao seu trabalho ou suas

    interaes com os colegas ou supervisores.

    O processo educacional de curto prazo aplicado de maneira sistemtica e organizacional, atravs do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e

    habilidades em funo de objetivos definidos (CHIAVENATO, 1999, p.295).

    2.3. Importncia do Treinamento nas Empresas

    Atualmente, com a competitividade entre as organizaes mais acirradas, um

    programa de treinamento e desenvolvimento na empresa de fundamental importncia. Faz o

    profissional se sentir mais capacitado naquilo que faz, conseqentemente, desenvolvendo

    melhor seu trabalho e, como esta melhora no dia-a-dia, faz que isso seja motivo de

    motivao, que indispensvel nas empresas hoje em dia, isto serve para todos os

    seguimentos. Dessa forma, a atualizao constante dos empregados se torna cada vez mais

    indispensvel.

    Para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo e exigente, a busca por

    profissionais competentes esta cada vez mais acirrada, o que justifica, tambm, que a empresa

    mantenha um programa de treinamento. Evidentemente, reter esses empregados depois de

    trein-los de fundamental importncia para o sucesso da organizao, j que treinamentos

    bem direcionados deixam esses profissionais muito mais capacitados para o trabalho e, com

    isso, possam ser disputados no mercado de trabalho.

    A misso do treinamento pode ser descrita como uma atividade que visa ambientar os

    novos empregados; fornecer novos conhecimentos e desenvolver comportamentos

    necessrios para o bom andamento do trabalho e conscientiz-los da real importncia de

    autodesenvolver-se. O treinamento importante para um ser humano tanto na vida pessoal

    quanto na vida profissional.

    Desde seu nascimento at sua morte, o ser humano vive em constante interao com

    seu meio ambiente, recebendo e exercendo influncia em suas relaes com ele.

    Educao toda influncia que o ser humano recebe do ambiente social, durante a

    sua existncia, no sentido de adaptar-se as normas e valores sociais vigentes e

    aceitos. O ser humano, todavia recebe essas influncias, assimila-as de acordo com

    suas inclinaes e predisposies e enriquecem ou modifica seu comportamento

    dentro dos seus prprios padres pessoais (CHIAVENATO, 1998, p.493).

  • 14

    2.4. Treinamento para todos os Nveis da Empresa

    O treinamento deve ser feito sempre que necessrio, a todos os nveis de hierarquia da

    organizao, desde a alta direo at o pessoal da produo, pois s assim todos tero

    conhecimento de um todo para desenvolver um bom trabalho em equipe, o que hoje em dia

    de fundamental importncia para o sucesso das organizaes. O trabalho em equipe s pode

    ter um resultado positivo se todos estiverem alinhados com um s propsito na empresa,

    portanto, o treinamento deve ser feito a todos que estejam envolvidos no processo.

    Dessa maneira, entende-se que o treinamento seja feito de forma constante, no s

    para o sucesso do empregado dentro da empresa, mas tambm para o sucesso profissional

    dele fora desta organizao. Isto porque, este aprendizado adquirido s dele e isso no tem

    como a organizao, que propiciou o treinamento, reter em um eventual desligamento do

    empregado.

    Com isso, pode-se afirmar que o aprendizado, a nveis gerenciais, fundamental para

    a carreira desses profissionais, para que possam conduzir sua equipe como verdadeiros

    lderes. Se os nveis gerenciais de uma organizao conseguir entender o que o treinamento

    traz de bom para os empregados, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal, com

    certeza sua equipe ser a melhor em suas tarefas e em troca disso, com certeza, a organizao

    ter uma eficcia maior.

    2.5. Ciclo do Treinamento

    Treinamento o ato intencional de fornecer os meios para possibilitar a aprendizagem.

    Aprendizagem um fenmeno que surge como resultado dos esforos de cada indivduo

    (CHIAVENATO, 1998, p.497). Ainda segundo o autor, o treinamento um processo

    contnuo cujo ciclo se renova a cada vez que repete.

    Chiavenato assemelha o treinamento como um processo aberto:

    Entradas: como treinandos, recursos organizacionais, informao, habilidade etc.

    Processamento: como processos de aprendizagem individual, o programa de treinamento etc.

    Sadas: como pessoal habilitado, sucesso ou eficcia organizacional etc.

    Retroao: como avaliao dos procedimentos e resultados do treinamento atravs dos meios informais ou de pesquisas sistemticas

  • 15

    Assim tambm Chiavenato (1998, p.498) cita que o programa de treinamento pode ser

    dividido em quatro fases, a saber:

    Levantamento de necessidades de treinamento (diagnstico)

    Programao de treinamento para atender as necessidades.

    Implementao e execuo

    Avaliao dos resultados

    2.6. Programa de Treinamento

    Segundo Ferreira (1989, p.9), existe uma preocupao constante no estudo das

    relaes entre indivduo e organizao. De uma maneira geral, as organizaes buscam

    satisfazer algumas das necessidades bsicas de seus funcionrios como salrio, assistncia

    mdica, alimentao, entre outros. Mas por outro lado, esto desatentas em satisfazer suas

    necessidades mais elevadas como as pessoais e profissionais. Isso aflora quando tem de

    combinar as necessidades, valores e interesses de cada indivduo com os da empresa. Para

    isso uma ferramenta bastante utilizada e significativa o treinamento, pois envolve

    necessariamente a mudana (do comportamento) no somente dos indivduos, mas tambm

    de grupos de trabalho e da prpria organizao (FERREIRA, 1989, p.9).

    O treinamento tem por finalidade ajudar a empresa a atingir seus objetivos,

    conseqentemente isso proporciona oportunidades de mudanas no conjunto de

    Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA) de cada trabalhador, modificando a bagagem

    particular de cada um.

    Ainda segundo o autor O treinamento considerado um meio de desenvolver

    competncias nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a

    fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais, e, cada vez mais valiosas

    (CHIAVENATO, 1999, p.294).

    O Treinamento, entendido como instrumento de desenvolvimento e formao de

    pessoal, ser sempre, pois um meio ou recurso utilizado pela empresa, com vistas na

    produtividade e no bem-estar social e econmico do elemento humano. (FERREIRA, 1989,

    p.10).

    Ainda segundo Ferreira (1989), no podemos esquecer que nem todas as empresas

    levam o treinamento afinco. Isso se d, quando as empresas se mantm indiferentes aos

    propsitos dos cursos de treinamento ou quando no aceitam as possveis mudanas de

  • 16

    atitudes ou no trabalho. Conseqentemente o treinamento perde o real sentido ocasionando

    at mesmo frustraes. Justamente por isso, o treinamento deve surgir a partir das

    necessidades e interesses da empresa, pois assim a alta direo estar comprometida com os

    resultados esperados.

    2.6.1. Diagnstico das Necessidades de Treinamento

    O treinamento um processo cclico e contnuo composto por quatro etapas:

    Diagnstico: o levantamento das necessidades de treinamento a serem satisfeitas. Essas necessidades podem ser passadas, presentes e futuras.

    Desenho: a elaborao do programa de treinamento para atender as necessidades diagnosticadas.

    Implementao: a aplicao e conduo do programa de treinamento.

    Avaliao: a verificao dos resultados do treinamento (CHIAVENATO, 1999, p.297).

    Ainda segundo o autor, o treinamento no pode ser confundido com uma simples

    questo de realizar cursos e proporcionar informao. Deve ser um meio ou recurso que

    contribua para atingir os objetivos almejados pela empresa atravs do desenvolvimento das

    pessoas que nela trabalham.

    Na figura a seguir o processo do treinamento:

    Fonte: Chiavenato (1999, p.299).

    Necessidades a Satisfazer Desenho do

    Treinamento

    Conduo do

    Treinamento

    Avaliao dos

    Resultados

    Avaliao e Controle Implementao ou

    Ao

    Deciso Quanto

    Estratgia

    Diagnstico da Situao

    Monitorao do

    Processo

    Avaliao e

    Medio de

    Resultados

    Comparao da

    Situao Atual

    com a Situao

    Anterior

    Anlise do

    custo/benefcio

    Conduo e

    aplicao do

    Programa de

    Treinamento atravs

    de:

    -Gerente de linha

    -Assessoria de RH

    -Por ambos

    -Por terceiros

    Programao do

    Treinamento:

    Quem treinar

    Como treinar

    Em quem

    treinar

    Onde treinar

    Quando treinar

    Objetivos da

    Organizao

    Competncias

    Necessrias

    Problemas de

    Produo

    Problemas de Pessoal

    Resultados da

    Avaliao do

    Desempenho

  • 17

    2.6.2. Mtodos de Levantamento Necessidades de Treinamento

    Segundo Chiavenato (1999, p.300) existem diversos mtodos para analisar as

    necessidades de treinamento, buscando avaliar desde os processos produtivos (como produtos

    rejeitados, barreiras), os desempenhos das pessoas em relao aos cargos ocupados, at a

    viso futura como a introduo s novas tecnologias.

    Para Chiavenato (1998, p.504), os principais meios utilizados para o levantamento das

    necessidades de treinamento so:

    1. Avaliao do desempenho: meio utilizado para descobrir os empregados que executam suas tarefas abaixo de um nvel satisfatrio, e averiguar os setores da

    empresa que reclamam uma ateno imediata dos responsveis pelo

    treinamento.

    2. Observao: verificar onde h evidncia de trabalho ineficiente, como quebra de equipamentos, atraso em relao ao cronograma, perda de matria-prima,

    nmero acentuado de problemas disciplinares, alto ndice de ausncias,

    rotatividade elevada, etc.

    3. Questionrios: pesquisa atravs de questionrios e lista de verificao (check list) que coloquem em evidncia as necessidades de treinamento.

    4. Solicitao de supervisores e gerentes: quando a necessidade de treinamento atinge um nvel mais alto, os prprios gerentes e supervisores tornam-se

    propensos a solicitar treinamento para o seu pessoal.

    5. Entrevistas com supervisores e gerentes: contatos diretos com supervisores e gerentes, com referncia a problemas solucionveis atravs do treinamento,

    surgem por meios de entrevistas com os responsveis pelos vrios setores.

    6. Reunies interdepartamentais: discusses interdepartamentais acerca de assuntos concernentes aos objetivos organizacionais, problemas operacionais,

    planos para determinados objetivos e outros assuntos administrativos.

    7. Exame de empregados: resultados dos exames de seleo de empregados que executam determinadas funes ou tarefas.

    8. Modificao do trabalho: sempre que modificaes totais ou parciais nas rotinas de trabalho sejam introduzidas, torna-se necessrio o treinamento prvio dos

    empregados nos novos mtodos e processos de trabalho.

    9. Entrevista de sada: quando o empregado est deixando a empresa o momento mais apropriado para conhecer sua opinio sincera sobre a organizao e as

    razes que motivaram sua sada. possvel que vrias deficincias da

    organizao, passveis de correo, venham superfcie.

    10. Anlise de cargos: proporciona um quadro das tarefas e habilidades que o ocupante dever possuir.

    11. Relatrios peridicos da empresa ou de produo, mostrando possveis deficincias passveis de treinamento.

    Alm desses meios relacionados acima, existem outros indicadores que apontam

    necessidades futuras (a priori) e passadas (a posteriori) (CHIAVENATO, 1998, p.505).

  • 18

    Fonte: Chiavenato (1998, p.505-506)

    Ainda segundo Chiavenato o levantamento de necessidades pode ser feito atravs da

    anlise organizacional, da anlise dos recursos humanos, da anlise da estrutura de cargos e

    anlise do treinamento, como mostra a figura a seguir:

    Fonte: Chiavenato (1999, p.300).

    Futuras necessidades de treinamento Necessidades de treinamento passadas que ainda

    no atendidas

    Expanso da empresa e admisso de novos

    empregados;

    Reduo do nmero de empregados;

    Mudana de mtodos e processos de trabalho;

    Substituio ou movimentao de pessoal;

    Faltas, licenas e frias do pessoal;

    Expanso dos servios;

    Mudanas nos programas de trabalho ou de

    produo;

    Modernizao do maquinrio e equipamento;

    Produo e comercializao de novos produtos

    ou servios.

    Problemas de produo:

    Qualidade inadequada da produo;

    Baixa produtividade;

    Avarias freqentes de equipamentos e

    instalaes;

    Comunicaes defeituosas;

    Tempo de aprendizagem e integraes ao cargo

    muito prolongado;

    Despesas excessivas na manuteno de

    mquinas e equipamentos;

    Excesso de erros e desperdcios;

    Elevado nmero de acidentes;

    Pouca versatilidade dos empregados;

    Mau aproveitamento do espao disponvel etc.

    Problema de pessoal:

    Relaes deficientes entre o pessoal;

    Nmero excessivo de queixas;

    Pouco ou nenhum interesse pelo trabalho;

    Falta de cooperao;

    Faltas e substituies em demasia;

    Dificuldades na obteno de bons elementos;

    Tendncia a atribuir falhas aos outros;

    Erros na execuo de ordens etc.

    Anlise organizacional

    Anlise dos recursos

    humanos

    Anlise dos cargos

    Anlise do

    treinamento Objetivos a serem utilizados na avaliao do

    programa de treinamento.

    Exame dos requisitos exigidos pelos cargos,

    especificaes e mudanas nos cargos.

    Determinao de quais os comportamentos,

    atitudes e competncias necessrias ao alcance

    dos objetivos organizacionais.

    Diagnstico organizacional.

    Determinao da misso e viso e dos objetivos

    estratgicos da organizao.

  • 19

    2.6.3. Elaborao do Programa de Treinamento

    O programa de treinamento deve ser elaborado de maneira a atender as reais

    necessidades diagnosticadas atravs das pesquisas de necessidades levantadas.

    Para Chiavenato (1998, p.506) a programao de treinamentos deve ser fundamentada

    nos seguintes aspectos:

    Qual a necessidade?

    Onde foi assinalada em primeiro lugar?

    Ocorre em outra rea ou setor?

    Qual a sua causa?

    parte de uma necessidade maior?

    Como resolv-la: em separado ou combinada com outras?

    preciso alguma providncia inicial, antes de resolv-la?

    A necessidade imediata? Qual a sua prioridade em relao s demais?

    A necessidade permanente ou temporria?

    Quantas pessoas e quantos servios sero atingidos?

    Qual o tempo disponvel para o treinamento?

    Qual o custo provvel para o treinamento?

    Quem ir executar o treinamento?

    Argumenta tambm Chiavenato (1998, p.506) que para se traar um programa de

    treinamento, o levantamento das necessidades deve fornecer as seguintes informaes:

    O que deve ser ensinado?

    Quem deve aprender?

    Quando deve ser ensinado?

    Onde deve ser ensinado?

    Como se deve ensinar?

    Quem deve ensinar?

    Para o autor, os principais itens de programao de treinamento so:

  • 20

    Fonte: Chiavenato (1998, p.507).

    2.6.4. Planejamento do Treinamento

    O planejamento um processo desenvolvido a partir da realidade fornecida pelo

    diagnstico e que visa proporcionar com a mxima eficcia possvel o desencadeamento das

    aes necessrias para o alcance dos objetivos pretendidos (Gil, 1994, p.70).

    A programao de treinamento, segundo Chiavenato (1998, p.507, 508), requer um

    planejamento que envolve os seguintes itens:

    1. Abordagem de uma necessidade especfica de cada vez. 2. Definio clara do objetivo de treinamento. 3. Diviso do trabalho a ser desenvolvido em mdulos, pacotes ou ciclos. 4. Determinao do contedo do treinamento. 5. Escolha dos mtodos de treinamento e a tecnologia disponvel. 6. Definio dos recursos necessrios para implementao do treinamento, como

    tipo de treinador ou instrutor, recursos audiovisuais, mquinas, equipamentos ou

    ferramentas necessrios, materiais, manuais, etc.

    Quem deve ser

    treinado

    Quem vai

    treinar

    Em que treinar

    Onde treinar

    Como treinar

    Quando treinar

    Quanto treinar

    Para que treinar Objetivo ou resultados

    esperados

    Volume, durao ou

    intensidade

    poca do treinamento e horrio

    Mtodos de treinamento

    e ou recursos necessrios

    Local fsico, rgo ou

    entidade

    Assunto ou contedo do

    treinamento

    Treinador ou instrutor

    Treinandos

  • 21

    7. Definio da populao-alvo, ou seja, da clientela a ser treinada, considerando-se:

    Nmero de pessoas. Disponibilidade de tempo. Grau de habilidade, conhecimento e tipos de atitudes. Caractersticas pessoais de comportamento.

    8. Local onde ser efetuado o treinamento, considerando-se as alternativas: no cargo, fora do cargo, mas na empresa e fora da empresa.

    9. poca ou periodicidade do treinamento, considerando-se o horrio oportuno ou ocasio propcia.

    10. Clculo da relao custo-benefcio do programa. 11. Controle e avaliao dos resultados, considerando-se a verificao de pontos

    crticos que demandem ajustamentos ou modificaes no programa para

    melhorar sua eficcia.

    Fonte: Chiavenato (1998, p.507, 508).

    Por sua vez, Gil (1994, p.70,71) cita que do planejamento decorrem documentos que

    podem ser planos e projetos. Para o autor os planos e projetos abrangem os seguintes dados:

    Projetos do treinamento:

    Identificao;

    Objetivos;

    Justificativa;

    Populao-alvo;

    Contedo;

    Carga horria;

    Perodo de realizao;

    Local;

    Nmero de turmas;

    Instrutores;

    Materiais e equipamentos;

    Custos;

    Apoio administrativo. E planos:

    Identificao;

    Objetivos gerais e especficos;

    Contedo programtico;

    Estratgias de ensino;

    Recursos institucionais;

    Avaliao;

    Carga horria.

    2.6.5. Mtodos e Tcnicas de Treinamento

    Segundo Chiavenato (1999, p.305), existem vrias tcnicas de treinamento utilizadas

    para transmitir informaes e desenvolver habilidades, como segue no quadro a seguir:

  • 22

    Fonte: Chiavenato (1999, p.299)

    J Boog (2002, p. 158) cita que os mtodos de treinamento podem ser classificados

    segundo sua abordagem:

    Treinamento no Prprio Trabalho (on the job training)

    Treinamento Conceitual / Informativo

    Treinamento por meio de Jogos e Simulaes

    E ainda, tambm menciona que a forma de sua aplicao deve ter relao com o

    treinando:

    Treinamento Presencial

    Treinamento Distncia

    Tcnicas de

    treinamento

    Quanto

    ao local

    Quanto

    ao tempo

    (poca)

    Antes do ingresso na

    empresa

    Aps o ingresso na

    empresa

    No local de trabalho

    Fora do local de

    trabalho

    Aulas, filmes,painis, casos,

    dramatizao, debates, simulaes,

    jogos.

    Treinamento em tarefas, rodzios de

    cargos, enriquecimentos de cargos

    Treinamento no local (em servio) ou

    fora do local de trabalho (fora de

    servio).

    Programa de induo ou de integrao

    empresa.

    Estudo de casos, jogos e simulaes,

    conferncias e vrias tcnicas on-the-

    job.

    Dramatizao, treinamento de

    sensitividade, desenvolvimento de

    grupos.

    Leitura, instruo programada,

    instruo assistida por computador.

    Orientadas para o

    processo

    Mistas (contedo e

    processo)

    Orientada para o

    contedo

    Quanto

    ao uso

  • 23

    A seguir algumas das tcnicas mais utilizadas pelas empresas e, de forma geral,

    aplicam-se com facilidade em diversos programas e pblicos (BOOG, 2002, p.165).

    2.6.5.1. Treinamento no Prprio Trabalho (On The Job Training)

    Este mtodo utilizado especialmente nos treinamentos introdutrios, de integrao e

    de formao profissional (BOOG, 2002, p.159). Tambm cita que seu objetivo demonstrar

    e transferir conhecimentos e habilidades no prprio contexto do trabalho.

    J segundo Bass e Vaughan (1972, p. 111), a principal razo para a adoo desse

    critrio a praticidade, pelo fato do trabalhador produzir e ganhar enquanto aprende.

    Bass e Vaughan (1972) tambm citam outras vantagens do treinamento em servio:

    Maximizar certos princpios do aprendizado, pois o treinando pratica exatamente

    aquilo de que ser necessrio para o seu desempenho da rotina;

    Ganho no entrosamento com o servio e com os colegas de trabalho;

    Conhecimento passado de funcionrios para funcionrios;

    O autor tambm cita algumas desvantagens:

    Dependendo de quem ensina pode limitar as aptides do treinando (por exemplo,

    autoritarismo do treinador).

    O principal obstculo no treinamento no servio que no servio o principal

    objetivo sempre a produo, portanto o treinamento fica em segundo plano.

    Presso por parte do superior para aumentar a produo, causando conseqncias

    como erros e fracassos nas suas atividades desempenhadas.

    Segundo Boog (2002, p.159), algumas das formas estruturadas de treinamento, so:

    2.6.5.1.1. Programa de Integrao

    Segundo Boog, (2002, p.159) seus objetivos so preparar funcionrios recm-

    admitidos, garantir uma rpida produtividade, manuteno do nvel de motivao e reduo

    da rotatividade durante o perodo inicial.

    Ainda segundo o autor, um programa de integrao eficaz, necessrio que contenha

    informaes bsicas, mas tambm sobre a cultura organizacional e seus principais valores

    (atravs de vdeos e manuais com descrio da empresa deste a sua histria, misso, objetivos

    e produtos at a sua relao empresa-empregado).

  • 24

    2.6.5.1.2. Programa de Estgio

    Boog (2002, p.160) o programa de estgio, tem como principal vantagem relao

    custo-benefcio e a possibilidade de preparao de profissionais (com formao tcnica ou

    superior) com a cara da empresa.

    O grande problema, ainda segundo o autor, o fato das empresas utilizarem desses

    profissionais como mo de obra barata, ao invs de formarem esses profissionais para as

    necessidades futuras planejadas.

    2.6.5.1.3. Rotao no Trabalho (Job Rotation)

    Trata-se de um mtodo de desenvolvimento e preparao de profissionais, onde pode

    ser aplicado em pares, onde cada profissional assuem o lugar do outro e vice-versa, ou ainda

    envolve grupos maiores dentro de um rodzio e uma seqncia planejada, em que a cada

    perodo, os profissionais mudam de carga. A maior restrio desse mtodo enxugar o

    quadro de funcionrios (BOOG, 2002, p.160-161).

    2.6.5.2. Treinamento Conceitual / Informativo

    Trata-se do mtodo mais utilizado pelas empresas em geral devido grande

    quantidade de cursos e programas no mercado. Estes servem tanto para a capacitao como

    para o desenvolvimento dos profissionais da empresa (BOOG, 2002, p.161).

    2.6.5.2.1. Cursos Regulares

    Os cursos regulares servem tanto como treinamento com nfase na atualizao como

    tambm no desenvolvimento.

    Os cursos podem ser ministrados por instituies capacitadas sendo que podem ainda

    ser cursos na ntegra ou apenas para satisfazer a necessidade de cada empresa, ou ainda

    podem ser ministrados por profissionais de T&D na prpria empresa (cursos como gesto de

    pessoas, voltados para a qualidade, melhoria de comunicao interna e tcnicas de

  • 25

    apresentao e voltados para gesto de negcios como custos, oramento, etc.) (BOOG, 2002,

    p.162).

    2.6.5.2.2. Palestras

    As palestras so especialmente indicadas para atualizao profissional (no caso de

    eventos externos) e para a disseminao de conhecimentos e boas prticas (no caso de

    eventos internos) (BOOG, 2002, p.162).

    Ainda segundo o autor as palestras alm de servir ao objetivo de treinamento, so

    poderosos instrumentos de integrao e melhoria no processo de comunicao, com reflexos

    diretos no aumento da produtividade e no desenvolvimento do prprio palestrante.

    2.6.5.3. Jogos e Simulaes

    Trata-se de um mtodo, onde deve ser preciso ter bastante cuidado com seus mtodos

    e tcnicas, buscando rigorosamente que estejam alinhados aos objetivos pretendidos

    (BOOG, 2002, p.163).

    2.6.5.3.1. Dramatizao

    Podem ser utilizadas em grupo ou individualmente. As dramatizaes ou simulaes

    representam excelentes recursos para enriquecer os programas de treinamento e possibilitar a

    transformao de conceitos em comportamentos. A grande diferena para o treinando a

    possibilidade de envolver-se por inteiro, e no apenas intelectualmente, em um ambiente

    controlado e amigvel (BOOG, 2002, p.164).

    2.6.5.3.2. Role Playing

    Tem como base representao e o rodzio de papis entre os participantes (BOOG,

    2002, p. 164)

    Vantagens:

    Complementao de conhecimento terico;

    As relaes interpessoais tm papel preponderante;

  • 26

    Treinamento e desenvolvimento de profissionais com funes que tem relacionamento

    com clientes internos e externos.

    Como cita o autor: colocar-se no lugar de clientes e fornecedores, sejam eles internos

    e externos, resultando assim numa melhor performance (p. 164).

    2.6.5.3.3. Dinmica de Grupo

    Trata-se de uma tcnica que utiliza a energia e o envolvimento grupal na preparao

    de pessoas (BOOG, 2002, p.164).

    2.6.5.3.4. Jogos de Empresa (games)

    Constituem de simulaes de negcios que podem representar desde uma disciplina

    ou funo definida at a completa dinmica empresarial. Alguns dos jogos so aplicados em

    computadores (com todos os aspectos de gesto de negcios, como planejamento, negociao

    e tomada de deciso), outros ainda em tabuleiros. Um ponto a ser observado em relao

    competio que ocorre com este mtodo (a competio em si que todos os jogos trazem), no

    deixando que isso interfira no verdadeiro propsito do jogo (BOOG, 2002, p.164-165).

    2.6.5.3.5. Estudo de Caso (cases)

    Trata-se de aprender com a experimentao sobre experincias passadas, ainda que

    alguns casos sejam fictcios e elaborados sob medida para essa finalidade (BOOG, 2002,

    p.165).

    2.6.5.4. Formas de Aplicao

    2.6.5.4.1. Presencial

    Trata-se da forma de aplicao de treinamento onde exige a presena fsica do

    treinando (BOOG, 2002, p.165).

  • 27

    Pontos Positivos

    Integrao dos participantes, especialmente no caso das organizaes de grande porte com diversas

    unidades.

    Troca de experincia entre os participantes e os facilitadores.

    Possibilidade de monitoramento do clima organizacional.

    Garantia de participao.

    Motivao para a aprendizagem.

    Pontos de Ateno

    Custos eventualmente envolvidos com viagens e estadias.

    Dificuldades de conciliao da agenda dos participantes.

    Foco mais na integrao que no contedo.

    Fonte: Boog (2002, p.165-166).

    2.6.5.4.2. Ensino Distncia (e- learning)

    Forma de aplicao utilizando diversas mdias e veculos- desde trabalho de instruo

    programada, em papel, at sofisticados sistemas eletrnicos compartilhados.

    Pontos Positivos

    Rapidez de aplicao, em tempo real, para diversas localidades.

    Possibilidade de amortizao do custo pela escala de utilizao.

    Possibilidade de customizao do contedo com baixo custo.

    Possibilidade de aplicao individual ou a grupos de qualquer tamanho.

    Pontos de Ateno

    Limitao dos recursos tecnolgicos exigidos.

    Dificuldade de adequao da mdia ao pblico e ao contedo do treinamento.

    Resistncia natural do treinando, em particular dos mais idosos, no familiarizados com essa tecnologia.

    Falta de contato humano e perda da integrao entre as reas.

    Falta de disciplina e cultura para a utilizao do recurso.

    Fonte: Boog (2002, p.168).

    2.6.6. Execuo do Programa de Treinamento

    Segundo Gil (1994, p.78), a execuo do treinamento centra-se na relao instrutor

    (pessoa responsvel por transmitir as instrues necessrias de maneira organizada)

    instrutor (pessoas de qualquer rea da empresa que se espera que adquiram os conhecimentos,

    habilidades e atitudes para desempenhar suas atribuies). Para Chiavenato (1998, p.512),

    em funo das necessidades diagnosticadas e elaboradas a programao do treinamento, o

    prximo passo a sua execuo. A execuo do treinamento depende de alguns fatores,

    como cita Chiavenato (1998, p.513):

    Adequao do programa de treinamento s necessidades da organizao: o treinamento depende da necessidade da empresa de melhorar o nvel dos

  • 28

    empregados (os problemas que deram origem s necessidades diagnosticadas ou

    percebidas).

    A qualidade do material de treinamento apresentado: o material deve ser planejado para facilitar a execuo do treinamento. O objetivo do material

    concretizar a instruo, facilitar a compreenso (como, por exemplo, utilizao

    de recursos audiovisuais), aumentar o rendimento e racionalizar a tarefa do

    instrutor. Gil (1994, p.78) tambm cita a qualidade no s do material como

    tambm de equipamentos e instalaes.

    A cooperao dos chefes e dirigentes da empresa: o treinamento deve ser feito com todo o pessoal da empresa em todos os nveis e funes. necessrio contar

    com o esprito de cooperao do pessoal e com o apoio dos dirigentes. O treinamento deve ser encarado como um investimento e no como uma despesa

    inativa.

    A qualidade e preparo dos instrutores: o xito da execuo depender do interesse, do gabarito e do treinamento dos instrutores. Segundo Gil (1994, p.78), estes devero possuir certas caractersticas pessoais como: facilidade no relacionamento, interesse pelo assunto, fluncia na comunicao. Chiavenato (1998, p.513) completa, outras qualidades pessoais de um instrutor: motivao, raciocnio, didtica, exposio fcil, alm do conhecimento da especialidade.

    A qualidade dos aprendizes: A qualidade dos aprendizes influi nos resultados do programa de treinamento. Os melhores resultados so obtidos com uma seleo

    adequada dos aprendizes, em relao da forma e contedo do programa e dos

    objetivos do treinamento para que se tenha um grupo homogneo de pessoas. (CHIAVENATO, 1998, p.513). Gil (1994, p.78), ainda comenta que os treinandos so organizados em turmas de acordo com suas aptides e interesses

    pessoais.

    2.6.7. Avaliao do Programa de Treinamento

    Segundo Chiavenato (1999, p.306) a avaliao do treinamento a etapa final do

    programa de treinamento. a etapa que avalia a sua eficincia, ou seja, para ver se o

    treinamento realmente atendeu as necessidades da organizao, das pessoas e dos clientes.

    Serve tambm para avaliar o retorno com o investimento e se atendeu as necessidades a que

    foram designados.

    A avaliao e validao do processo de treinamento e desenvolvimento so hoje vistas

    como ferramentas de anlise e deciso estratgica. Promovem melhorias contnuas da

    qualidade, fornecendo informaes para aperfeioar sempre todos os programas de T&D.

    Todo esse mecanismo no deve se visto como etapa nica, final, do processo, e sim como

    parte de um processo iterativo, contnuo (CASTRO, 2002, p.135, citado por SALVATTI,

    2006, p. 29).

    Segundo Chiavenatto, (1999, p.305) alguns elementos podem servir para avaliar seus

    resultados.

    1. Dados concretos

    Economias de custos;

    Melhorias da qualidade;

    Economia de tempo;

    Satisfao dos funcionrios. 2. Medidas de resultados:

    Clientes atendidos;

  • 29

    Tarefas completadas;

    Produtividade;

    Processos completados;

    Dinheiro aplicado. 3. Exemplos de economias de custos;

    Custos variveis;

    Custos fixos;

    Projetos de reduo de custos;

    Custos operacionais;

    Custos administrativos. 4. Exemplos de dados sobre melhoria da qualidade;

    ndices de erros e de refugos;

    Volume de retrabalhos;

    Porcentagem de tarefas bem sucedidas;

    Varincia ao redor de padres organizacionais preestabelecidos. 5. Possibilidades de economias de tempo:

    Tempo para completar um projeto;

    Tempo de processamento;

    Tempo de superviso;

    Tempo de equilbrio para novos funcionrios;

    Eficincia;

    Dias de tempo perdidos.

    Como j vimos anteriormente, os mtodos para o levantamento das necessidades

    feito atravs de quatro nveis de anlises: organizacional, dos recursos humanos, da estrutura

    de cargos e do treinamento.

    Da mesma maneira temos que avaliar os seus resultados, segundo Chiavenato (1999,

    p.307), o treinamento pode ser avaliado em nveis organizacionais, de recursos humanos, de

    cargos e da produtividade, onde abrange desde melhoria da imagem da empresa, do clima

    organizacional, reduo da rotatividade e absentesmo, at mesmo, aumento da produtividade

    e qualidade e alcance dos objetivos do treinamento, como mostra a seguir:

    1. Avaliao no nvel organizacional:

    Aumento da eficcia organizacional;

    Melhoria da imagem da empresa;

    Melhoria do clima organizacional;

    Melhor relacionamento entre empresa e funcionrios;

    Melhor atendimento ao cliente;

    Facilidade de mudanas e inovao;

    Aumento da eficincia.

    Envolvimento dos gerentes nas prticas de treinamento.

    2. Avaliao no nvel de recursos humanos:

    Reduo da rotatividade e de absentesmo do pessoal;

    Aumento da eficcia individual e grupal dos empregados;

    Elevao dos conhecimentos das pessoas;

    Mudanas de atitudes e comportamentos das pessoas;

    Aumento das competncias das pessoas;

    Melhoria da qualidade de vida no trabalho (QVT).

  • 30

    3. Avaliao no nvel dos cargos:

    Adequao das pessoas aos requisitos exigidos pelos cargos;

    Melhoria do esprito de grupo e da cooperao;

    Aumento da produtividade;

    Melhoria da qualidade;

    Reduo do ndice de acidentes no trabalho;

    Reduo do ndice de manuteno de mquinas e equipamentos. 4. Avaliao no nvel de treinamento:

    Alcance dos objetivos do treinamento;

    Retorno dos investimentos efetuados em treinamento.

    2.7. Algumas das vantagens de um programa de treinamento bem sucedido

    Segundo Chiavenato (1999, p.308):

    Internamente

    Melhoria da eficincia dos servios;

    Aumento da eficcia nos resultados;

    Criatividade e inovao nos produtos e servios oferecidos ao mercado;

    Melhor qualidade de vida no trabalho (QVT);

    Qualidade e produtividade;

    Melhor atendimento ao cliente, entre outros. Externamente

    Maior competitividade organizacional;

    Assdio de outras organizaes aos funcionrios da empresa;

    Melhoria da imagem da organizao, entre outros.

    2.8. Contribuio do Treinamento para o Progresso da Empresa

    Segundo Fontes (1971), o treinamento de pessoal, quando bem planejado, coordenado

    e executado, poder contribuir com as seguintes vantagens para a empresa:

    Diminuio do tempo das operaes, em virtude do aumento da eficincia do trabalhador;

    Reduo dos custos da produo, em face do aumento da produtividade do trabalho humano;

    Reduo quantitativa dos quadros profissionais em virtude da melhor qualificao da mo de obra;

    Melhor qualidade dos produtos e menor desperdcio de material;

    Melhor utilizao das mquinas e do equipamento;

    Reduo dos acidentes profissionais;

    Racionalizao dos mtodos de trabalho e reduo da fadiga profissional;

    Maior fluxo de produtos da indstria para o consumidor;

    Possibilidades para aumento de salrio, e conseqentemente, melhoria da satisfao do empregado para com o trabalho;

    Promoo profissional justa e adequada;

    Maior integrao do trabalhador aos objetivos da organizao

    Melhor adequao da mo-de-obra, em todos os nveis, ao trabalho;

    Reduo dos custos unitrios das mercadorias e aumento dos lucros por quantidade de produtos;

    Melhor clima de entendimento entre a empresa e o trabalho.

  • 31

    3. METODOLOGIA

    Estudo de caso:

    Trata-se de uma tcnica de pesquisa cujo objetivo o estudo de uma unidade que

    analisa profunda e intensamente. Considera a unidade social estudada em sua

    totalidade, seja um indivduo, uma famlia, uma instituio, uma empresa, ou uma

    comunidade, com o objetivo de compreend-los em seus prprios termos.

    (MARTINS e LINTZ, 2000, p.36, citado por PRADO e STHEPHANIN, 2007,

    p.12).

    Pesquisa Bibliogrfica:

    A pesquisa bibliogrfica procura explicar e discutir um tema ou um problema com

    base em referncias tericas publicadas em livros, revistas, peridicos, etc. Busca

    conhecer e analisar contribuio cientfica sobre determinado tema. A pesquisa

    bibliogrfica um excelente meio de formao cientfica quando realizada

    independente anlise terica ou como parte de investigaes empricas (MARTINS e LINTZ, 2000, p.29, citado por PRADO e STHEPHANIN, 2007,

    p.12).

    Este trabalho foi baseado em pesquisas bibliogrficas atravs de livros e pesquisa de

    campo, onde tem como principais aspectos: qual a importncia do treinamento para o

    desenvolvimento dos empregados; como montar um programa de treinamento; mtodos e

    necessidades; avaliao dos resultados.

    3.1. Instrumento de Pesquisa

    Pesquisa foi realizada atravs de questionrios devidamente elaborados, cuja

    finalidade, era avaliar o desenvolvimento pessoal e profissional de cada empregado e tambm

    avaliar a produtividade da empresa.

    3.2. Procedimentos para a coleta de dados

    Os questionrios deste trabalho foram entregues para os responsveis de diversos

    setores da empresa para que entregasse aos empregados escolhidos aleatoriamente para que

    participassem da pesquisa. Esta pesquisa foi efetivamente concluda em setembro de 2008,

    contando com a colaborao de 31 empregados e 4 gerentes/supervisores.

  • 32

    4. ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS

    Empregados

    A finalidade deste questionrio avaliar a opinio dos funcionrios sobre a influncia

    que os treinamentos oferecidos a eles na empresa tero em sua vida seja no lado profissional

    ou pessoal.

    1. H quanto tempo voc trabalha na empresa?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Menos de 1 ano 4 13

    De 1 a 5 anos 13 42

    De 5 a 8 anos 1 3

    Mais de 8 anos 13 42

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    Men

    os d

    e 1

    ano

    De 1

    a 5

    ano

    s

    De 5

    a 8

    ano

    s

    Mais

    de

    8 an

    os

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    A empresa, hoje, para se manter neste mercado to competitivo, muitas vezes, tem que

    dar uma oxigenada do seu efetivo, mas de extrema importncia que a empresa saiba

    valorizar seus empregados mais antigos. Como mostra no grfico acima a empresa tem um

    equilbrio entre oxigenar seu quadro de empregados e permanecer com os empregados que

    contribui para o crescimento da organizao.

  • 33

    2. Informe qual o seu grau de instruo:

    Respostas Quantidade Porcentagem

    1 grau incompleto 8 26

    1 grau completo 5 16

    2 grau incompleto 6 19

    2 grau completo 11 35

    Superior incompleto 1 3

    Superior completo 0 0

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    1 g

    rau

    inco

    mplet

    o

    1 g

    rau

    com

    plet

    o

    2 g

    rau

    inco

    mplet

    o

    2 g

    rau

    com

    plet

    o

    Sup

    erior i

    ncom

    plet

    o

    Sup

    erior c

    ompl

    eto

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Nos tempos atuais as empresas exigem cada vez mais qualificao na contratao dos

    seus empregados, e, tambm, ajuda aos empregados com menor grau de instruo a se

    atualizar e voltar a estudar. A empresa em questo investe em treinamentos e d bolsa de

    estudos aos empregados, porque ela tem a certeza que s tem a ganhar com isso.

  • 34

    3. Assinale em qual faixa etria voc se encaixa:

    Respostas Quantidade Porcentagem

    18 a 25 anos 5 16

    26 a 40 anos 20 65

    Mais de 40 anos 6 19

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    18 a 25 anos 26 a 40 anos Mais de 40 anos

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Atualmente, as empresas buscam contratar seus empregados numa faixa etria entre

    20 a 40 anos, o que preocupa muitos profissionais bons que tem mais de quarenta anos. A

    empresa pesquisada no foge da regra: no grfico podemos perceber que a maioria dos

    empregados tem entre 26 e 40 anos, mas tambm tem empregados com menor e maior idade

    bastante significativa.

  • 35

    4. Quando voc recebeu seu primeiro treinamento nesta empresa?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Aps a admisso 21 68

    At 1 ano 3 10

    Entre 1 e 2 anos 2 6

    Mais de 2 anos 3 10

    No recebeu 2 6

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Ap

    s a

    adm

    iss

    o

    At

    1 a

    no

    Ent

    re 1

    e 2

    ano

    s

    Mais de

    2 a

    nos

    No

    rece

    beu

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    As empresas, hoje, esto tentando treinar seus empregados assim que a necessidade do

    mesmo for detectada. No grfico podemos perceber claramente que na empresa pesquisada o

    treinamento para o empregado acontece logo aps a admisso do mesmo. O treinamento

    importante dentro da empresa independente do tempo de casa que o empregado tenha.

  • 36

    5. Com qual freqncia voc participa de treinamentos oferecidos pela empresa?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    1 vez por ano 22 71

    3 vezes ao ano 9 29

    Mais que 3 vezes ao ano 0 0

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    1 vez por ano 3 vezes ao ano Mais que 3 vezes ao

    ano

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    A participao dos empregados em qualquer tipo de treinamento de fundamental

    importncia. O quadro acima nos mostra nitidamente que a empresa treina seus empregados

    anualmente, o que s traz ganho mesma.

  • 37

    6. Como voc acha que deve ser a periodicidade do treinamento oferecido pela empresa:

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Mensal 1 3

    Trimestral 9 29

    Anual 21 68

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Mensal Trimestral Anual

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    O resultado da pesquisa mostra que os empregados esto satisfeitos com a

    periodicidade dos treinamentos aplicados pela empresa. Podemos perceber que na questo

    anterior os mesmos responderam que participam anualmente de treinamento e nesta apiam a

    gesto de treinamento em continuar suas aplicaes anualmente.

  • 38

    7. Voc conhece qual a finalidade de estar fazendo treinamentos oferecidos pela

    empresa?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sempre 18 58

    s vezes 12 39

    Nunca 1 3

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sempre As vezes Nunca

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Com certeza, a finalidade do treinamento a ser aplicado nos empregados, deve ser bem

    divulgada de forma clara e objetiva, para que eles possam assimilar, da melhor forma

    possvel, esta oportunidade. A pesquisa afirma que a empresa deixa bem claro o porqu do

    treinamento aplicado. Com esse tipo de atitude, a empresa s tem a ganhar, porque com

    certeza seus empregados iro colocar em prtica tudo aquilo que foi passado nos treinamentos

    da melhor forma possvel.

  • 39

    8. A empresa j ofereceu a voc treinamentos no ligados a sua rea de trabalho?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 17 55

    No 14 45

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sim No

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Entender a empresa como um todo facilita os relacionamentos entre as diversas reas e

    equipes de trabalho. Portanto a participao dos funcionrios em treinamentos no ligados a

    sua rea significativa, contribuindo para um melhor desempenho nas suas funes, pois o

    funcionrio entender um pouco mais da atividade como um todo. Na pesquisa podemos ver

    que a empresa tem uma pequena diferena entre os funcionrios que j tiveram esse tipo de

    treinamento e o que nunca tiveram. Como veremos a seguir, essa grande quantidade de

    funcionrios, que nunca tiveram treinamento em outras reas, pode ser explicada pelo fato de

    que um grande nmero optar por treinamentos voltados para a sua rea, pois acham de maior

    valia e importncia, no s para o seu desempenho profissional como tambm pessoal.

  • 40

    9. Em sua opinio, qual o tipo de treinamento que mais contribui para sua vida

    profissional? Escolha somente uma opo.

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Ligados sua rea 23 74

    Ligados a outras reas 0 0

    Motivao ao trabalho 8 26

    No acredito em melhorias 0 0

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Ligados sua

    rea

    Ligados a outras

    reas

    Motivao ao

    trabalho

    No acredito em

    melhorias

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Como podemos ver no grfico, a maior preferncia dos funcionrios so os

    treinamentos ligados a sua rea de trabalho, pois acreditam que traz melhores resultados para

    o desempenho de suas tarefas, conseqentemente adquirindo maiores conhecimentos e

    experincias e trazendo maiores benefcios para a sua vida profissional (j que adquirem mais

    conhecimentos na sua rea). Como mencionamos anteriormente, o motivo pelo qual, muitos

    funcionrios no participaram de treinamentos no ligados a sua rea de trabalho a

    preferncia de crescimento profissional na rea que atua.

  • 41

    10. Dos treinamentos que voc j participou qual mais utilizado pela empresa?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    No local de trabalho 9 29

    Fora do local de trabalho, mas

    na prpria empresa. 20 65

    Treinamento externo 2 6

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    No local de trabalho Fora do local de

    trabalho, mas na

    prpria empresa

    Treinamento externo

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    O local mais utilizado para os treinamentos nas prprias dependncias da empresa,

    mas fora do local de trabalho. Para a empresa pesquisada, essa opo representa uma reduo

    de custos para o treinamento, pois no h a necessidade de locomoo dos funcionrios para

    outras dependncias. Vale considerar tambm que no se tem perda de tempo para esse

    deslocamento, pois o funcionrio se encontra j na empresa.

  • 42

    11. Quais os tipos de treinamento que voc j participou?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Cursos 11 19

    Palestras 22 37

    Seminrio 0 0

    Estgio 0 0

    Prtico 4 7

    Filmes 22 37

    Outros 0 0

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Cur

    sos

    Pales

    tras

    Sem

    inr

    io

    Film

    es

    Estg

    io

    Pr

    tico

    Out

    ros

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Quanto aos tipos de treinamentos que os funcionrios participaram, vrios deles j

    participaram que vrios tipos de treinamento, como mostra o grfico acima. Os mais

    utilizados pela empresa so Filmes e Palestras.

  • 43

    12. As informaes passadas durante o treinamento agregam algum valor em seus

    conhecimentos?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 31 100

    No 0 0

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sim No

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    As informaes passadas durante o treinamento de forma clara e objetiva atingem os

    seus objetivos com mais facilidade e eficincia. O objetivo do treinamento atender as

    necessidades e dificuldades por parte dos funcionrios, contribuindo para melhorias nas

    tarefas a que so designados. Podemos notar que isso ocorre na empresa pesquisada, pois

    todos os funcionrios responderam que as informaes agregam valor em seus

    conhecimentos.

  • 44

    13. O treinamento contribui para melhorar seus relacionamentos na empresa?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 28 90

    No 3 10

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sim No

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    O resultado da pesquisa mostra que o treinamento faz com que a integrao entre os

    colegas de trabalho, ou seja, o relacionamento entre eles melhore de forma significativa. Com

    melhor integrao entre os funcionrios a qualidade no servio melhora por conseqncia.

  • 45

    14. O treinamento contribui para melhorar seu relacionamento na vida pessoal?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 25 81

    No 6 19

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sim No

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Como na vida profissional, na vida pessoal o treinamento tambm influencia de forma

    positiva. Como vemos no grfico a maioria dos funcionrios acreditam que participar de

    treinamento faz como que a sua auto-estima melhore, conseqentemente essa sensao de

    bem-estar afeta no seu relacionamento pessoal.

  • 46

    15. Os treinamentos oferecidos pela empresa contribuem mais:

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Motivao profissional 15 48

    Motivao pessoal 0 0

    Pessoal e profissional 16 52

    No motiva 0 0

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Motivao

    profissional

    Motivao

    pessoal

    Pessoal e

    profissional

    No motiva

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Como vimos nas duas questes anteriores, o treinamento tem influncia positiva tanto

    na vida profissional como na vida pessoal. No entanto nesta questo os entrevistados esto

    meio que divididos em entre motivao profissional e motivao profissional e pessoal como

    a que o treinamento mais contribui.

  • 47

    16. Qual influncia do treinamento na sua vida pessoal?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    tima 11 35

    Boa 15 48

    Regular 5 16

    Total 31 100

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    tima Boa Regular

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Na opinio da maioria dos empregados, o treinamento tem influncia boa na sua vida

    pessoal, sentindo-se mais valorizados. Isso faz que, automaticamente, todos os seus convvios

    sociais sejam melhores.

  • 48

    17. Voc acha que a empresa deve continuar fornecendo treinamentos para seus

    funcionrios?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 31 100

    No 0 0

    No acredito em melhorias 0 0

    Total 31 100

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sim No No acredito em

    melhorias

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    A empresa vem utilizando dessa ferramenta que o treinamento para alcanar seus

    resultados planejados e esperados. Contudo podemos notar como o treinamento importante

    no s para a empresa, mas tambm na viso dos funcionrios, pois adquirem mais

    conhecimento para a sua vida profissional.

  • 49

    Gerentes

    A finalidade deste questionrio de avaliar a opinio dos Gerentes e Supervisores

    sobre os treinamentos oferecidos aos empregados, visando produtividade.

    1. Os treinamentos aplicados nos horrios de trabalho podem atrapalhar o andamento dos

    mesmos?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 2 50

    No 0 0

    Algumas Vezes 2 50

    Total 4 100

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    1,8

    2

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Sim No Algumas Vezes

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Podemos notar, conforme a opinio dos gerentes/supervisores, que o treinamento, de

    certo modo, tem atrapalhado um pouco no andamento do trabalho. Mas isso no significa que

    a empresa deve deixar de realiz-los, at porque, como veremos a seguir, o treinamento

    contribui para com que a empresa atinja seus resultados. Seria interessante adequar os

    horrios para que interferissem cada vez menos no andamento do trabalho desses

    funcionrios.

  • 50

    2. Em sua opinio, qual tipo de treinamento traz maiores resultados?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Individual 0 0

    Em Grupo 4 100

    Total 4 100

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    4

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Individual Em Grupo

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    A unanimidade dos gerentes/supervisores foi pelo treinamento em grupo, acreditando

    trazer maiores resultados, alm de considerar que o custo tambm menor, pois se utiliza de

    uma quantidade de funcionrios maior num mesmo treinamento.

  • 51

    3. Os investimentos em treinamentos contriburam para os resultados que a empresa

    desejava alcanar?

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Sim 4 100

    No 0 0

    Total 4 100

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    4

    Sim No

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Como mencionamos anteriormente, embora o horrio dos treinamentos interferisse um

    pouco no andamento do trabalho, no h a possibilidade da empresa deixar de faz-lo, j,

    como mostra no prprio grfico, que, tambm, por unanimidade os gerentes/supervisores

    acreditam que os investimentos no treinamento atingem os resultados que a empresa almeja.

  • 52

    4. Dos resultados obtidos com treinamentos, numa escala de 1 a 6, enumere de acordo

    com que voc ache mais importante (sendo a 1, a mais importante)

    Respostas Quantidade Porcentagem

    Reduo no tempo 0 0

    Melhoria na qualidade 0 0

    Maior integrao 1 25

    Maior motivao 1 25

    Maior comprometimento 2 50

    Outros 0 0

    Total 4 100

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    1,8

    2

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    Red

    uo

    no

    tem

    po

    Mel

    horia

    na

    qualid

    ade

    Mai

    or in

    tegr

    ao

    Mai

    or m

    otiva

    o

    Mai

    or com

    prom

    etim

    ento

    Out

    ros

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Nesta questo onde pedimos para classificar entre as alternativas a mais importante

    em relao os objetivos do treinamento, os Gerentes/Supervisores classificaram da seguinte

    forma:

    Em primeiro com 50% (cinqenta por cento) maior comprometimento com o trabalho

    foi a escolhida entre os que responderam ao questionrio. Em segundo e terceiro lugar

    empatadas esto maior integrao e maior motivao com 25% (vinte e cinco por cento) cada

    uma.Com isso podemos avaliar que o treinamento na opinio dos gestores contribui para a

    melhora do funcionrio em vrios aspectos positivos.

  • 53

    5. Qual a sua opinio com relao a produtividade aps treinamentos oferecidos pela

    empresa de 0 a 10.

    Respostas Quantidade Porcentagem

    1 0 0

    2 0 0

    3 0 0

    4 0 0

    5 0 0

    6 0 0

    7 1 25

    8 2 50

    9 1 25

    10 0 0

    Total 4 100

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    1,8

    2

    Qu

    an

    tid

    ad

    e

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Fonte: JESUS, A.P.M. de; CAMPOS, M.F. de, 2008, dados coletados na pesquisa realizada.

    Com relao produtividade, os gerentes/supervisores acreditam que o treinamento

    contribui para o seu aumento, j que as notas que foram dadas so significativamente boas.

  • 54

    5. CONCLUSO

    O treinamento segundo Boog (1980) de fundamental importncia porque desenvolve

    e possibilita a transmisso de conhecimento entre os homens, para Chiavenato (1998) o

    treinamento um processo contnuo cujo ciclo se renova a cada vez, para que isso acontea o

    programa de treinamento pode se dividir em fases.

    Este trabalho teve como objetivo responder a questo: A influncia do treinamento no

    desenvolvimento das pessoas e no processo produtivo. Para isso, buscamos apoiar nossa

    pesquisa em bibliografias relacionadas ao assunto. Foi elaborado um questionrio que foi

    aplicado na empresa alvo com o objetivo de conhecer a opinio de seus empregados e

    gerentes/supervisores, dos quais obtivemos a pesquisa apresentada no captulo anterior.

    A pesquisa bibliogrfica permitiu constatar que para ter um programa de treinamento

    de sucesso necessrio: elaborar um programa conforme as necessidades da empresa e dos

    empregados envolvidos, procurando atingir os objetivos esperados.

    Neste estudo de caso, procurou-se mostrar a importncia do treinamento para os

    funcionrios e para a prpria empresa, com isso podemos concluir que todos precisam estar

    em aprendizado constante para melhorar em todos os aspectos seja profissional ou pessoal.

    A pesquisa foi realizada atravs de 31 questionrios respondidos por funcionrios e 4

    questionrios respondidos pela Gerncia/Supervisores de diversos departamentos da empresa

    escolhidos aleatoriamente.

    O questionrio aplicado foi elaborado com 17 perguntas voltadas, diretamente, para os

    funcionrios, para que eles pudessem avaliar os resultados obtidos nos treinamentos

    realizados na empresa, e 5 perguntas voltados aos Gerentes/Supervisores, para que os

    mesmos pudessem avaliar se o treinamento tinha resultados positivos ou negativos em relao

    a produtividade da empresa.

    Na avaliao das respostas constatou-se que o questionrio aplicado contemplou

    funcionrios na faixa etria que variam entre 18 e 40 anos, de vrios nveis de instruo e

    tempo de servio na empresa. Com esses dados apurados pode obter-se uma avaliao clara

    sobre os resultados com os treinamentos aplicados pela empresa.

    Com os resultados das respostas tanto dos funcionrios quanto dos

    Gerentes/Supervisores, podemos observar que a maioria conseguiu entender a finalidade dos

    treinamentos oferecidos, como deixa claro Chiavenato (1998) no captulo 2.6.2 onde explica

    sobre levantamentos das necessidades de treinamento. Os treinamentos, conforme as

  • 55

    pesquisas so realizados logo aps a admisso, os empregados costumam receber

    treinamentos ligados ou no sua rea de atividade. Com este resultado podemos deduzir que

    quando o funcionrio treinado nas demais reas, consegue entender o processo da empresa

    como um todo, e como isso conseqentemente contribui para o bom desempenho e maior

    comprometimento. Para saber se o empregado deve ser ou no treinado em todas as reas este

    conceito deve ser firmado ao planejar o treinamento, conforme Chiavenato (1998) e Gil

    (1994) citam em suas obras.

    Outro aspecto importante do treinamento conseguir um bom relacionamento entre os

    colegas de trabalho, onde a falta pode comprometer diretamente a produtividade. Segundo

    Boog (2002) preparar empregados recm contratados, garante uma rpida produtividade,

    motivao e integrao com a equipe.

    Apesar de muitos autores afirmarem que ningum motiva ningum, com o resultado

    da pesquisa podemos perceber que, o treinamento motiva, sim, seus funcionrios. Essa

    motivao faz com que seu desempenho profissional seja de maior qualidade, podendo se

    estender, tambm, para a vida pessoal. Quando o funcionrio tratado com respeito, sendo

    valorizado, atravs de melhorias que o treinamento pode resultar com certeza, a empresa s

    tem a ganhar em produtividade e qualidade e em relao aos seus funcionrios o ganho na

    valorizao do capital humano. Essas so algumas vantagens de um programa de treinamento

    bem sucedido, como citado no item 2.7 por Chiavenato (1999).

    Conforme Boog (1980), citado nas pginas 16 a 21 deste trabalho, existem diversos

    tipos de treinamento, sendo que, na empresa pesquisada, os mais utilizados so filmes e

    palestras. Esses treinamentos so realizados, na maioria das vezes, em grupo, o que reduz o

    custo, traz maior integrao, motivo pelo qual os gerentes/supervisores optam por esses

    mtodos.

    Por unanimidade, os gestores afirmam que os investimentos aplicados em

    treinamentos contribuem para os resultados que a empresa deseja alcanar, como maior

    comprometimento, maior integrao e maior motivao entre os funcionrios.

    Pode-se concluir pelos resultados da pesquisa e, tambm, pela pesquisa bibliogrfica,

    que treinamento no s uma ferramenta indispensvel e fundamental para melhorar a

    produtividade da empresa, como, tambm, para melhorar os conhecimentos e

    relacionamentos dos empregados, tanto com os colegas de trabalho como em sua vida

    pessoal, como constatado na pesquisa realizada na empresa alvo.

  • 56

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BERNARD, M.B.; VAUGHAN, J.A. O Aprendizado e o Treinamento na Indstria. So

    Paulo, Atlas, 1972.

    BOOG, G.G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento. Editora MC Graw Hill do Brasil.

    So Paulo, 1980.

    ______. G.G. (coord.). Manual de Treinamento e Desenvolvimento. Pearson Makron Book. 3

    Edio. ABTD - Associao Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. So Paulo, 1999.

    ______.G e Madalena (coord.). Manual de gesto de pessoas e equipes. So Paulo. Volume

    2. Editora Gente,2002

    CHIAVENATO, I. Gesto de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas

    organizaes. Rio de Janeiro. Editora Campus, 1999.

    _____________, I. Recursos Humanos. Edio Compacta 5.Ed.: So Paulo,Atlas,1998

    FERREIRA, E.M. Manual de levantamento de necessidades de treinamento. Rio de Janeiro:

    CNI/DAMPI, 1989.

    FLEURY, A.C.C. Aprendizagem e Inovao Organizao. So Paulo:Atlas,1995.

    FLIPPO, E.B. Princpios de Administrao de Pessoal, So Paulo: Atlas, 1970.

    FONTES, L.B. Manual do treinamento nas empresas modernas. So Paulo. Atlas S/A, 1971.

    GIL, A.C. Administrao de recursos humanos: um enfoque profissional. So Paulo: Atlas,

    1994.

    OLIVEIRA, N.M.; VANALLE, R.M. Treinamento como Dimenso Competitiva nas

    Organizaes, Universidade Metodista de Pirac