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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE” TREINAMENTO EM RECURSOS HUMANOS ESTUDOS TEÓRICO: O GERENTE INTERMEDIÁRIO Por:Carla Da Silva Garcia Orientador: Antonio Fernandes Vieira Ney Co-orientador: André Gustavo Rio de Janeiro 2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

TREINAMENTO EM RECURSOS HUMANOS

ESTUDOS TEÓRICO:

O GERENTE INTERMEDIÁRIO

Por:Carla Da Silva Garcia

Orientador: Antonio Fernandes Vieira Ney

Co-orientador: André Gustavo

Rio de Janeiro 2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

TREINAMENTO EM RECURSOS HUMANOS

ESTUDOS TEÓRICO:

O GERENTE INTERMEDIÁRIO

Trabalho apresentado como requisito

parcial para obtenção do Grau de

Especialista em Reengenharia e Gestão

de Recursos Humanos.

Por Carla Da Silva Garcia

Março - 2003

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Aos meus pais e filho.

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Agradeço em primeiro lugar a “DEUS” por sua existência, a meu pai que com toda dificuldade do mundo foi além de suas condições para a realização deste sonho, à minha mãe por ter sempre me ensinado a ser guerreira e nunca desistir, e ao meu filho por sua compreensão e companheirismo.

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RESUMO

Mostraremos neste trabalho alguns aspectos de atividade gerenciais,

como papéis gerenciais, estilos gerenciais e anti-gerenciais, estilos

organizacionais, treinamento e desenvolvimento. Mostraremos ainda algumas

tomadas da necessidade de gerência intermediária: É necessária? Por que?

Faremos uma ligeira pesquisa sobre os tipos de participação ou formas de

participação dos indivíduos na administração. Enfocando no gerente

intermediário.

Poderemos responder a seguinte pergunta: “Qual o papel desse agente

intermediário,?”

Sua presença, nas Organizações, é, ou deverá ser, a mola propulsora

do sistema levando sua equipe á produção maior e melhor, tornando sua família

organizacional satisfeita, consciente e valorizada profissional e socialmente,

coisa que, devido a natureza do serviço, a grandiosidade da Organização em

número de empregados e de setores, uma só pessoa dificilmente poderia fazer.

A gerência se realiza dentro das organizações, tornando-se, assim, da

máxima importância determinar o que é uma organização. Consegue-se, então,

perceber as possibilidades de melhorar a qualidade administrativa de uma

empresa, com vistas ao aperfeiçoamento do desempenho.

Um modelo, portanto não é uma peça acabada; é um referencial básico e

racional para processo contínuo que se constrói sistematicamente no dia-a-dia

organizacional, enriquecendo-se e renovando-se.

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SUMÁRIO

RESUMO ________________________________________________________________ 05 I - INTRODUÇÃO __________________________________________________________ 07 II – DESENVOLVIMENTO ___________________________________________________ 10 2.1 – Papéis Gerenciais _______________________________________________ 10

2.2 – Estilos Gerenciais e Anti-Gerenciais _________________________________ 12

2.3 – Estilos Organizacionais ___________________________________________ 13

2.4 – Treinamento e Desenvolvimento ___________________________________ 14

2.5 – Necessidade de Gerência Intermediária ______________________________ 15

2.5.1 – É necessário? _________________________ _________________ 15

2.5.2 – Por quê da necessidade? ______________________________ ___ 16

2.5.2.1 – Participação Direta ______________________________ 17

2.5.2.2 – Participação Indireta _____________________________ 18

2.6 – Responsabilidade ________________________________________________22

‘ 2.7 – O Grid Gerencial _________________________________________________27

2.7.1- Fatores que determinam o Estilo Grid Dominante _______________ _28

2.7.2- Estilos Dominantes e Subdominantes __________________________28

2.8 – Administrando o Conflito ___________________________________________30

2.8.1 – Lidando com o Conflito quando ele surge ______________________31

2.9 – Perfil do Gerente _________________________________________________33

2.9.1 – O que Significa a Ênfase no Gerente _________________________ 34

2.9.2 – Quem é o Gerente Hoje? __________________________________ 34

2.9.3 – O Gerente é um Agente de Renovação _______________________ 35

III – CONCLUSÃO __________________________________________________________ 27

IV – BIBLIOGRAFIA _________________________________________________________ 39

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INTRODUÇÃO O mundo de hoje caminha numa velocidade incrível de evolução em

todas as áreas do conhecimento humano, embora todos os protagonistas deste

final de século uníssonos em afirmar existir uma grande defasagem dos vários

tipos de progresso, mormente no que se refere à comparação do chamado

técnico-científico com o almejado progresso social.

Enquanto o científico atinge fronteiras não alcançadas pela imaginação,

o social deixa muito a desejar, materializando a incoerência representada pelo

homem esquecendo-se de si próprio ao perder-se no mundo de soluções

tecnológicas que nem sempre atendem ao objetivo maior, que seria o serviço

ao próprio ser humano.

É na área social que a humanidade encontra e enfrenta seus maiores

problemas. E é nesse campo que podemos encontrar a maior parte das

soluções para os diversos problemas.

As empresas são "organismos vivos" cujo elemento básico é o indivíduo

que se apresenta na forma de gerente, empregado, servidor ou cliente e tem

que ser pilar e objetivo final de cada uma delas.

A começar por uma simples família, por uma empresa, chegando a uma

organização do porte de governo, todos dependem de pessoas que se

relacionam, interagem e influenciam, determinando assim os objetivos próprios

e de outros. Daí podermos concluir que todos somos gerentes guardando-se o

nível de atuação de cada um.

Uma das definições de gerência é "fazer acontecer".

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Mas, o que é gerência? Existem vários sinônimos que podem definir

gerência, tais como planejar, organizar, decidir, administrar, controlar e outros

tantos, tentam explicar este fenômeno e várias têm sido as abordagens através

dos tempos.

Todas as escolas tradicionais de Administração contribuíram com alguns

aspectos no que diz respeito ao gerenciamento, entretanto, nenhuma se atém

ao aspecto global, principalmente, quando e considerado o gerente

"indivíduo".

De modo geral, e aí entra o aspecto mais direto da proposta do nosso

trabalho, a atividade de gerência tem sido considerada por alguns autores,

elitista e anti-democrática, pois através dos tempos se caracterizou um domínio

de uns poucos sobre muitos.

Com a chegada da "Qualidade Total" houve uma revolução desses

conceitos que trouxeram à vista as vantagens incontestáveis da gestão

participativa.

Nesse processo é usado com freqüência a dinâmica de grupo.

A partir de, 1979 uma abordagem interessante e original, focaliza a

"equipe gerencial", considerando que o desempenho simultâneo de todos os

papéis gerenciais e impossível de ser realizado por um só ser humano.

Segundo ele, a gerência é um processo antes de tudo "social, sistêmico, pró-

ativo e intencional".

Isto tudo foi explanado para entrarmos de uma maneira bem consciente

no nosso trabalho propriamente dito que é “O Gerente Intermediário".

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Vale dizer que este tipo de gerente é na realidade, o verdadeiro gerente,

o homem que vive o dia-a-dia no meio do operariado, entre os executores dos

serviços; afastando de vez o conceito de sinônimo entre gerente e

administrador. Este e, via de regra, o que dirige as organizações, as empresas,

enquanto que o gerente faz movimentar a máquina empresarial, seguindo as

orientações do administrador que planeja, e tem a resposta do seu plano de

trabalho através da força e competência do gerente intermediário para extrair

de todos e de cada um, em particular, o máximo de rendimento, isto dentro de

nossa ótica de observação e entendimento, não querendo com isto destruir ou

modificar teorias, mas fica aqui o nosso registro.

Tentaremos mostrar neste trabalho alguns aspectos de atividade

gerencial, como papéis gerenciais, estilos gerenciais e anti-gerenciais, estilos

organizacionais, treinamento e desenvolvimento. Mostraremos ainda algumas

tomadas de necessidade de gerência intermediária: É necessária? Por que?

Faremos uma ligeira pesquisa sobre os tipos de participação ou formas de

participação dos indivíduos na administração que, ao nosso julgamento, é muito

útil a fim de tornar mais esclarecedor este trabalho. Podemos adiantar que

existem duas formas de participação com o fim de melhor administrar o

trabalho de uma organização e de se administrar conflitos. As formas são:

Participação Direta e Participação Indireta. Abordaremos a responsabilidade do

gerente, enfatizando os diversos tipos de estilos de gerência e, finalmente,

tentaremos apresentar o perfil do gerente.

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II – DESENVOLVIMENTO

2.1 - Papéis Gerenciais

Adizes em 1979, identificou o papel gerencial sob quatro aspectos:

Produtor, Administrador, Empreendedor e Integrador.

Todos necessários, mas nenhum suficiente para desempenhar

eficazmente uma gerência, uma vez que, diz ele, essa é demasiadamente

complexa para ser realizada por um só homem, um só indivíduo.

O papel do produtor é relacionado com a própria razão de ser da

organização, sua atividade-fim e é definido por dois fatores principais: o

conhecimento e a vontade de realizar.

Sua característica marcante é o impulso pelo fazer e a busca do

resultado baseados no domínio da tecnologia dos negócios da organização.

A importância do papel do reprodutor varia de acordo com o

conhecimento do que deve ser feito e a necessidade de realização.

O bom administrador requer, além da energia e do conhecimento,

programação, coordenação e verificação. É o que estabelece de maneira formal

o como fazer e como agir, visando atingir os resultados desejados, de maneira

sistemática e eficiente. Esse papel serve de apoio essencial e atividade-fim da

organização e caracteriza-se pela disponibilidade em facilitar o desempenho

daqueles que realizam e produzem os resultados.

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Adizes nos lembra que não é correto empregar os termos gerência e

administração como sinônimos, conquanto o papel administrativo e o

componente de apoio do processo gerencial e não um ser equivalente.

Administrar é servir, gerenciar é estabelecer metas e inclui autoridade para

definir objetivos.

O empreendedor: - neste aspecto, gerenciar é muito mais do que

simplesmente produzir e administrar, uma vez que envolve o estabelecimento

de metas, a identificação aproveitamento das oportunidades e a resolução dos

problemas e ameaças.

Nesse aspecto criatividade e coragem para aceitar riscos e iniciar

mudanças são características fundamentais, relacionadas com a própria

sobrevivência da Organização num mundo em constante mutação.

O papel do empreendedor é essencial para se estabelecer políticas e na

realização e implementação dos planejamentos estratégicos da Organização,

evitando que ela se torne e/ou se mantenha atrasada e obsoleta. Por isso é

preciso ter sensibilidade para identificar a força propulsora da Organização e

cursos de ação, sintetizados com os diversos cenários em que ela pode e tem

que atuar com sucesso.

O integrador e o responsável pela atuação das pessoas na organização

como equipe.

O integrador, diz ainda, Adizes(1979):

"é o gerente que se preocupa com as pessoas, que se preocupa em

suavizar o funcionamento do sistema do ponto de vista das pessoas....

gerando decisões apoiadas por quem deverá implementá-las ou serão

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por elas afetadas ... é a capacidade de identificar as aspirações do

grupo e encontrar cursos de ação que unam as pessoas."

Qualquer Organização que fique na dependência de um só gerente está

forçada a desaparecer, pois o conceito moderno de administração, de

gerenciamento, determina que a direção da organização ou empresa seja

dividida.

O papel do integrador e indispensável na organização e tende, quando

bem executado, a viabilizar a sobrevivência da mesma, tornando-a

independente do indivíduo que é passageiro - concentrando-se na integração

criadora do esforço grupal, capaz de assegurar a estabilidade e a continuidade.

2.2 - Estilos Gerenciais e Anti-Gerenciais

Define-se como um padrão de comportamento em face de situações

específicas. O estilo é formado pela combinação dos vários papéis, variando

sua intensidade, desde ausência aos valores máximos de cada um deles.

A simples presença de cada um dos papéis em qualquer intensidade

entre "p" e "P", "a" e "A", "e" e "E" , "i" e "I", define um estilo de gerência.

Cada vez que acontece uma ausência, traduzida por um hífem "-",

configura-se um estilo que, segundo Adizes, chama-se anti-gerencial, pois

preenchendo-se as lacunas torna-se gerencial.

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Assim podemos afastar os extremos de uma escala gerencial, o gerente

nulo, aquele que nada produz, não tem coragem de decidir, não assume

riscos, o estilo "Peso-Morto" e o estilo "PAEI", o chamado “Gerente de Livro”

que seriam os super-homens, estes encontrados só em alguns livros de

Administração.

Cada tarefa requer um certo nível de participação um determinado estilo

de comportamento, variando por prioridades. Desta forma é afastado por Adizes

o paradigma de "O homem certo lugar certo" que é trocado por outro bem mais

abrangente: "O estilo certo para a tarefa certa".

Diante da não existência de "PAEI" individuais, conclui-se pela formação

de equipes complementares, visando juntar os pontos fortes de cada um

almejando-se a obtenção de um "siner-time" - time cinegético, “PAEI”.

Com essa abordagem almeja-se uma visão do problema da

responsabilidade que passa a ser, não só de um, mas de toda a equipe, onde

cada um tem responsabilidade por sua parte no processo: um pelos resultados,

outro pela organização, outro pela idéia e, ainda, outro pelo trabalho em equipe.

2.3 - Estilos Organizacionais

Como os indivíduos, as Organizações também hão de ter seus estilos,

como função dos estilos individuais das pessoas que as compõe, e um ciclo de

vida, no sentido de que nascem, crescem, definham e morrem.

Ao longo de suas existências, as organizações atravessam diferentes

fases e há para cada uma delas uma forma diferente de estilo gerencial que as

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tornam mais jovens ou aperfeiçoadas, mas há outra que as condenam ao auto-

extermínio.

2.4 - Treinamento e Desenvolvimento

Como foi dito, o processo de mutação que sofrem as organizações no

campo gerencial é muito grande e de forma bastante rápida, pelo menos no que

diz respeito ao conhecimento e aperfeiçoamento técnico-científico, não

deixando muita alternativa ao homem senão atualizar-se e aperfeiçoar-se sob

pena de colocar sua empresa em situação difícil e sua própria situação bastante

constrangedora, pois se dizia no início que hoje a administração, melhor

dizendo, o gerenciamento, requer um preparo rigoroso do gerente no sentido de

ser ele um homem tanto quanto versátil e capaz de enxergar "mais longe" e

disposto a dividir tarefas com outros gerentes vizando o bem da Organização.

Ouve-se muito falar em grandes projetos e em cursos e treinamentos

para gerentes, mas observa-se que, na maioria das vezes, são dirigidos aos

gerentes de grande porte, diretores, chefes de departamentos, etc, entretanto

isso não é suficiente, pois a situação e o momento requerem um preparo maior

e melhor para o gerente de pequeno porte, "o gerente intermediário".

É claro que todos devem ser treinados, sem distinção, como veremos na

seqüência deste trabalho.

Podem ser treinados papéis com ("P" e "A") e desenvolvidos ("E" e "I")

de modo que possam atender necessidades de ascensão na carreira do

gerente.

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Um dos maiores erros que se comete no treinamento gerencial

"convencional" tem sido a importância maior ao papel "A", mas os adeptos da

escola comportamental reforçam o “I”.

Entretanto, deve-se implementar a idéia de haver necessidade de

treinamento de todos os papéis. Os papéis devem ser treinados e

desenvolvidos, abrangendo o "Know-how”, métodos administrativos, a

capacidade empreendedora e a interação entre as pessoas.

2.5 - Necessidade da Gerência Intermediária

2.5.1 - É Necessário?

De início podemos fazer uma pergunta: A Organização teria necessidade

de ter em seus quadros de funcionários um gerente intermediário? Poderíamos

responder positivamente com uma palavra: Sim. Entretanto, seria muito vago

que sem nenhuma explicação fosse dada tal resposta.

Vimos em explanação anterior que o progresso que chega obriga as

empresas a sofrerem constantes mudanças. E uma destas mudanças é o

conceito de organização moderna que exige providências imediatas quanto á

necessidade da gerência também moderna de maneira a que acompanhe esse

progresso. Este gerente deve ser um homem aberto, de horizonte amplo, que

saiba conduzir pessoas extraindo o máximo de rendimento de cada funcionário.

A Organização tradicional utiliza-se de gerente ao estilo centralizador, o

que dificulta, em muito, o seu desenvolvimento, pois nos tempos hodiernos o

que está em voga é a administração descentralizada, isto e, a administração

sub-dividida. Aí aparece a figura do gerente de pequeno porte, o "gerente

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intermediário", tão necessário a empresa que ousamos dizer que sem ele a

empresa ou organização não sobrevive.

Este tipo de gerência por colocar-se mais perto do funcionário ou

empregado, tem a sensibilidade de procurar usar da melhor maneira as

capacidades de seus empregados ou de cada um particularmente. Conhecendo

de perto os trabalhadores pode avaliar uma situação e providenciar para que

sejam dadas as oportunidades a estes para que tenham treinamento e

desenvolvimento a fim de que isto se reverta em benefício da Organização.

Por se situar na faixa intermediária de gerência, tem a oportunidade de

contactar com o departamento de treinamento da Organização. Tem maiores

chances de estimular o seu pessoal a produzir mais e melhor tornando a

empresa produtiva e eficiente, valorizando-se como profissional e como pessoa.

Poderá observar todo o pessoal de seu setor e desenvolver sucessores para

todas as posições chaves da Organização, garantindo-lhe a vida futura e de

todo pessoal dessa Organização, tornando-a consistente e perpétua no tempo e

no espaço.

2.5.2 - Por quê da Necessidade?

A chave de tudo, podemos dizer, é a gestão participativa, pois

hodiernamente a gerência se faz de maneira "solidária", isto e, por mais de um,

considerando as múltiplas funções e atividades da Organização e a capacidade

do gerente em administrar conflitos.

Para entendermos melhor podemos dizer que os elementos que formam

uma Organização têm formas de participação diversas. “Podemos inicialmente

definir que participação é toda forma e meio pelos quais os membros de uma

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Organização, como indivíduo ou coletividade, podem influenciar os destinos

dessa Organização”, segundo Paulo Roberto Motta (1991).

Existem dois tipos de participação: Participação direta e participação

indireta.

2.5.2.1 - Participação Direta

Foi a partir dos anos 60 que começou a idéia de formação de equipes a

nível de participação com o propósito inicial de resolver conflitos e diminuir a

competição individual por meio da institucionalização da cooperação. Após,

continua Paulo Roberto Motta (1982), a prática participativa passou a ser vista

também como instrumento útil para reduzir a insatisfação individual no trabalho,

administrar relações de poder e mobilizar energias individuais para fins

coletivos.

Pelo que podemos observar em nossas pesquisas, a extensão ou

potencialidade do conflito depende diretamente da capacidade do gerente em

administrá-los e solucioná-los. A falta de capacidade para interação dos

diversos setores e integrantes da Organização e, em especial, dos participantes

do conflito, torna inviável a possibilidade de administrá-lo ou mesmo resolvê-lo.

“A participação direta inicia uma nova forma de comunicação e ocupação

de um espaço de poder organizacional, antes indispensável à maioria dos

empregados de uma empresa”, segundo nos diz Paulo Roberto Motta (1982).

Conforme diz o autor evidenciado, Paulo Roberto Motta, a administração

direta apresenta três aspectos:

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• Planejamento Participativo;

• Círculo de Controle de Qualidade;

• Processos Grupais para Decisão e Ação.

O Processo Participativo procura minimizar o caráter excessivamente

isolacionista, técnico-racional e antecedente do planejamento tradicional.

O Círculo de Controle de Qualidade, como a avaliação, normalmente e

uma função crítica e conflitiva; através da participação procura-se desenvolver

um ambiente mais propício ás comunicações francas e autênticas.

Os Processos Grupais para Decisão e Ação referem-se a todas as outras

formas de decisão e ação que procuram utilizar intencionalmente processos de

grupos participativos, como grupos e comissões de trabalho, equipes de

projetos, forças-tarefa por equipes, etc.

A participação direta, ou democrática, ajuda a desenvolver interações

mais autênticas entre pessoas e Unidades Organizacionais.

2.5.2.2 - Participação Indireta

É a democracia na Organização, enquanto que a democracia na

gerência á nível de tarefa representa a Participação Direta.

Tudo se fez considerando o interesse coletivo do trabalho, gerando

conflitos e propostas inovadoras com o objetivo de resolver estes conflitos.

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Segundo Paulo Roberto Motta as formas de participação indireta podem

ser classificadas em quatro grandes grupos: Os Comitês de Empresa ou

Estabelecimento; as Negociações Coletivas; a Co-Gestão e a Autogestão. As

duas primeiras são caracterizadas, essencialmente, como meios de consulta e

negociação; as duas últimas, como formas de co-determinação e auto-

determinação em nível empresarial.

• Comitês de Empresa: A participação consultiva.

• Negociações Coletivas: A participação por contraposição.

• Co-gestão: A participação por harmonização.

• Autogestão: A participação por autonomia.

Os Comitês de Empresas ou Conselhos são grupos de funcionários

eleitos por seus pares para representá-los perante a diretoria. Como forma de

participação indireta, os comitês de empresa ou de estabelecimento têm a

grande vantagem de constituir uma forma de organização em que os

trabalhadores possuem posição majoritária ou de exclusividade, não exercendo,

entretanto, poder de decisão por de tratar de grupo que funciona como

assessoria.

Os comitês funcionam, muitas vezes, como instrumentos do sindicato

de classe. As negociações coletivas constituem a forma mais antiga e também

o principal instrumento de participação indireta nas economias de mercado.

Este tipo de negociação funciona tanto ou mais como oposição do que como

participação, Já que, embora eficazes em influenciar as decisões distributivas,

possuem grande dificuldade em tratar as decisões de integração.

Co-gestão significa a institucionalização da representação dos

assalariados na direção efetiva da empresa. As formas mais acentuadas de co-

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gestão incluem a participação paritária sob condições predeterminadas,

concorrendo, inclusive para um impacto menor que a paridade formal possa

sugerir.

Em épocas de crise e maior escassez, contudo, decisões estratégicas

para o futuro tendem a refletir contenção, redução e transferência de projetos

para outras áreas, com impacto negativo na administração de pessoal.

A Auto-gestão ou Participação por Autonomia, segundo o nosso autor

Paulo Roberto Motta, significa o exercício coletivo do poder. Neste caso, a

decisão do trabalho entre dirigentes e empregados passa-se do domínio

essencialmente administrativo e só existe a posteriori, qual seja, como produto

de forma participativa.

A grande vantagem comumente apregoada para este tipo de gestão,

continua Paulo R. Motta, “é que sendo todos funcionários da empresa

igualmente proprietários do capital, eles possuem, em princípio, direitos

eqüitativos no processo decisório”. A autogestão proporcionaria, portanto, uma

forma participativa capaz de eliminar a alienação do trabalhador em relação a

decisão sobre produção e distribuição dos recursos com que trabalha.

O mundo moderno, citado por James Burham, caracteriza-se como uma

sociedade gerencialista, onde as decisões empresariais de grande

importância social e econômica são tomadas não mais pelas assembléias de

capital, e sim pela diretoria das grandes empresas em função do conhecimento

técnico que possuem.

Por tudo que vimos no campo de necessidades podemos concluir que a

empresa nos dias de hoje está essencialmente ligada a existência de um

gerente de pequeno porte, ou seja, gerente intermediário, pois não e mais

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encontrado lugar de instalação de uma gestão auto-suficiente do proprietário ou

diretor, pois a figura de uma pessoa ligada diretamente à massa trabalhadora

de uma empresa é reclamada para um tipo de gestão que a época exige, a

gestão de participação. Normalmente, se trabalha de forma atuante e solidária,

isto nas empresas que se organizam acompanhando a evolução e o progresso.

No entanto, existem ainda empresas que continuam mergulhando no marasmo

e no obsoletismo, isto é, caminhando para trás ou ficando estacionada. Não é

esta última forma a mais aconselhada, pois a sociedade reclama progresso,

portanto não é normal que uma empresa não evolua e nem progrida, correndo

sério risco de desaparecer.

A pergunta inicial é se existe a necessidade de um gerente

intermediário; este tipo de gerente é mais que necessário, ele é imprescindível,

uma vez que é o responsável pelo desenvolvimento dos projetos da auto

administração da cúpula administrativa que tem um papel bem determinado nos

assuntos políticos da Organização, na parte externa da área em que se ocupa,

procurando intercâmbio social, político e financeiro, enquanto que o indivíduo

presente dia-a-dia, o gerente, é o responsável pela movimentação da máquina

de produção. Não, não há dúvida de que este tipo de gerenciamento é muito

importante, é tão necessário quanto o ar que nos respiramos. O que é preciso

se fazer são cursos de formação destes gerentes e cursos específicos de

treinamento na área considerada bem como seu conseqüente aperfeiçoamento.

Há de se considerar que um treinamento basicamente se destina a

profissionais com o fim de atender as necessidades da Organização, portanto,

existe o dever de que, antes de se elaborar um programa de treinamento de

profissionais, se tenha considerado as razões ou motivos que o justifiquem.

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Para se elaborar um programa de treinamento, temos que determinar

claramente os objetivos de cada plano que dele consta e estabelecer

prioridades, colocando em segundo plano as necessidades que não requeiram

uma rapidez maior, cuidados imediatos e, em plano de urgência, aquelas que

requeiram uma solução imediata, ou seja, aquelas que são vitais para a

Organização.

2.6 – Responsabilidade

A responsabilidade que um gerente deve ter é, como já foi dito, com a

produção da empresa em se falando em termos grosseiros e imediatos, mas,

sabemos que uma das maiores responsabilidades do gerente é com a

motivação do pessoal.

Roberto R. Blake e Jane S. Mouton (1985) apresentam em O Grid

Gerencial cinco tipos de gerentes (1,1); (1,9);(5,5) (9,9) e (9,1).

(1,1) Gerência Empobrecida

O uso do menor esforço possível na realização do trabalho é o bastante

para manter a partipação organizacional. A preocupação mínima com a

produção e as pessoas se faz representar.

(1,9) Gerência de Clube Campestre

A atenção cuidadosa às necessidades das pessoas visando a um

relacionamento satisfatório conduz a um ambiente organizacional e a um ritmo

de trabalho cordiais e descontraídos.

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(5,5) Gerência do Homem Organizacional

O desempenho adequado da organização se torna possível pelo

equilíbrio entre a necessidade de realizar o trabalho e a manutenção em nível

satisfatório da disposição de ânimo das pessoas.

(9,9) Gerência de Equipe

A realização do trabalho depende de pessoas nele empenhadas; a

interdependência por meio de um “interesse comum” na finalidade da

organização conduz a um relacionamento confiante e respeitoso.

(9,1) Autoridade / Obediência

A eficiência das atividades resulta de medidas relacionadas com as

condições de trabalho no sentido de que os elementos humanos interfiram o

menor possível.

Apresentam-se como escalas de nove pontos, onde 1 se refere a uma

baixa preocupação, 5 a uma preocupação média e 9 a uma preocupação alta.

Os outros algarismos mostram graus intermediários de preocupação.

Representam os graus entre baixo e alto, tal como medidor de um automóvel

marca a quantidade de combustível no tanque, de vazio a cheio, em vez de

indicar quantidades específicas.

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Veja no gráfico:

Cada um destes tipos de gerente deixa transparecer para sua

Organização ou Unidade de Trabalho, segundo foi observado uma marca bem

significativa que pode levá-la ao sucesso ou ao abismo.

Os gerentes não têm dificuldades em identificar as diversas práticas que, ao seu ver, caracterizam uma boa gerência, avaliando-se desde a ideal à menos ideal, sem nenhuma referência ao Grid. É possível, assim, averiguar que práticas são mais altamente valorizadas. Codificando-as é possível também identificar os estilos Grid que elas representam. Verificou-se assim, quase universalmente, que os gerentes concordam que a atuação 9,9 constitui a forma mais válida para obter produção mediante pessoas. Concordam também que a atuação mais inadequada e a 1,1, seguida pela 1,9. Contudo, há uma discordância generalizada quanto à segunda mais valorizada, se a 9,1 ou a 5,5. (BLAKE & MOUTON, 1975)

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Ainda observando os autores, verificamos que muitas vezes a auto-

ilusão nos leva a acreditar que estamos utilizando a prática 9,9 quando na

realidade não estamos. Verificamos também, que antes de se estudar as

teorias de Grid, constata-se que aproximadamente 75% dos grupos

entrevistados, quando indagados sobre seu estudo, seleciona o “9,9” como

sendo o mais característico de si mesmo. Da mesma forma, quando esses

gerentes hierarquizam os mesmos parágrafos após uma intensa experiência

da aprendizagem num seminário Grid, com duração de uma semana, resulta

que apenas cerca de 25% se constituem 9,9.

Estes outros indicadores sugerem que a auto-ilusão é uma séria barreira

á aprendizagem das habilidades 9,9, pois a pessoa que se vê a si mesma

atuando de forma 9,9, quando de fato, não está, não se sente motivada para a

mudança. Com efeito, ela considera que já alcançou o comportamento

requerido pelos valores 9,9.

Ainda no livro "O Grid Gerencial":

Percebendo que valoriza altamente o 9,9 e reconhecendo que

não atua no estilo 9,9, a pessoa sente a distância entre a forma como vem gerenciando e a forma como deveria fazê-lo para alcançar mais verdadeiramente a excelência como gerente. A abordagem entre a maneira como a pessoa está administrando normalmente e a maneira como ela gostaria de administrar cria uma tensão. O alívio desta tensão constitui forte motivação para gerenciar melhor.(BLAKE & MOUTON, 1975).

O certo é que o ideal seria que o gerente e empregados se unissem,

trabalhando juntos, visando atingir a perfeição (9,9). Para cristalizarmos a idéia

podemos apresentar, ainda, do "Grid" visualizando o seguinte:

• O gerente 9,9 caracteriza-se por dar maior parcela de

contribuição, estar mais comprometido com os objetivos a serem atingidos e

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pela sua dedicação, afastando a idéia de auto-derrota, desapontamento e

desânimo.

• O gerente 1,9 oferece mais calor humano e concorda com a idéia

dos empregados, com isso ele tem menos medo de ser rejeitado e também de

ter suas idéias desaprovadas.

• Quanto ao gerente 5,5, é bem aceito,com bastante popularidade,

ficando com isto menos afeto a impopularidade e ao ostracismo.

• O gerente 1,1, prima pela autopreservação e mais segurança

dentro do sistema, conseguindo com isto ser menos vulnerável e com menor

risco de expulsão.

• Sobre o gerente 9,1, e mais do estilo possessivo e dominador,

não dando a menor chance ao empregado, não tem medo de ser derrotado e

nunca perde o controle ou não tem medo de perdê-lo.

Para dar maior ênfase no que foi dito aqui, atrevo-me afirmar um ponto

de vista sobre o assunto abordado. Todos têm deveres e responsabilidades,

mas ao gerente cabe a maior parcela desta responsabilidade, pois é ele a

pessoa encarregada da "regência da orquestra”, da escolha dos "artistas", da

“musica” a ser executada, de tudo enfim. Este personagem não pode cometer

falhas, não pode se dar ao luxo de errar, pois dele depende todo um complexo

produtivo e, para que isso funcione a contento, é esse gerente intimado a

preocupar-se com o aspecto social da sua Organização e de cada empregado

em particular, pois existem homens bem preparados técnico, profissional e

socialmente, assim como servidos economicamente de maneira satisfatória, só

tendo a Organização a receber benefícios e cumprir melhor sua missão.

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2.7 O Grid Gerencial

A maneira como estas duas preocupações 1,9 e 9,1 são expressas por

um líder define seu uso da autoridade. Por exemplo, quando uma alta

preocupação com as pessoas de associa a uma baixa preocupação com a

produção o líder deseja que as pessoas se relacionem bem e sejam “felizes”, o

que é bem diferente de quando uma lata preocupação com a produção. O líder,

aqui, deseja que as pessoas mergulhem no trabalho e procurem colaborar com

entusiasmo.

Embora sejam numerosas as formas de unir estas duas preocupações

somente umas poucas têm importância para a compreensão do exercício da

liderança. Cada uma destas teorias de orientações repousa numa série

diferente de pressupostos sobre o uso do poder e da autoridade com o

propósito de unir as pessoas no sentido da produção. A orientação é a forma

de considerar e analisar um problema que seja passível ou mudar para outra

orientação como resultado de uma compreensão maior. Assim uma orientação

não é um traço fixo e imutável.

As motivações abrangem o que uma pessoa aspira alcançar, bem como

o que procura evitar. Podem, portanto, ser descritas por uma escala com os

pontos extremos de mais (+) e menos ( - ), e com graus de intensidade que

variam entre si. Os pontos extremos das motivações diferem uns, dos outros,

tal como indicado em cada um dos capítulos sobre os estilos de Grid.

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2.7.1 Fatores que Determinam o Estilo Grid Dominante

Os pressupostos gerenciais dominantes para uma determinada pessoa

sob uma circunstância particular são influenciadas por qualquer uma das

seguintes condições:

Organização – O comportamento gerencial é influenciado com freqüência

pela participação na organização.

Valores – Os pressupostos de um gerente se baseiam em valores,

crenças ou ideais relativos à maneira de tratar as pessoas ou à maneira de

obter resultado.

História Pessoal - O estilo gerencial dominante poderá resultar, até um

grau significativo, de uma história pessoal profundamente enraizada.

Oportunidade – Os pressupostos gerenciais poderão orientar o

comportamento de uma pessoa por terem sido adotados sem que levassem as

conseqüências em consideração.

2.7.2 – Estilos Dominates e Subdominantes

Embora o estilo Grid de um gerente seja coerente numa determinada

gama de situações, é também verdade que este gerente muda e adapta os

estilos Grid de acordo com a necessidade. Como conciliar o conceito de um

conjunto dominante de pressupostos com estilos gerenciais que se adaptam e

mudam? A maior parte dos gerentes não tem somente um estilo Grid

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dominante, mas também um estilo subdominante é, as vezes, até um terceiro e

quarto. O estilo subdominante de um gerente se torna aparente quando o estilo

Grid não pode ser aplicado. Em outras palavras, um estilo subdominante é o

estilo para o qual o líder se volta quando sob pressão, sob tensão ou em

situações de conflito que não podem ser resolvidas tipicamente.

As relações entre os estilos dominantes são facilmente percebidas pela

maneira de um supervisor lidar com um operário recalcitrante.

Tenta-se a lógica e a razão segundo a posição 9,9 , mas não funciona.

Em seguida, aplica-se uma abordagem enérgica provavelmente com um toque

de zombaria. São ambas uma maneira 9,1 de tentar obter a obediência do

operário. Por ter provocado ressentimento e rejeição, muda para a atitude 1,9

persuadirá o operário. Finalmente, se ainda não tiver conseguido a cooperação

do operário, o supervisor ou voltará a uma estratégia 9,1 de ameaças e

punições, ou se recolherá a uma atitude 1,1 dizendo “Não vale a pena

preocupar-me”.

Quando a eficácia gerencial, considera que o comportamento gerencial

pode ser orientado para dois aspectos:

Orientação parar tarefa (OT): quando o gerente se preocupa com a tarefa

a ser realizada.

Orientação para as relações (OR): quando o gerente se preocupa

exclusivamente com o relacionamento com as pessoas que com ele trabalham.

A liderança produz a eficácia gerencial. Pois é o grau em que o

“administrador” alcança as exigências do produto (resultado) de sua posição na

empresa. É solicitado a ser eficaz em uma enorme variedade de situações e a

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sua eficácia pode ser avaliada na medida em que ele é capaz de modificar o

seu estilo de maneira apropriada. Daí a sua teoria tridimensional (3D), segundo

a qual existem três habilidades gerenciais básicas, a saber:

1. Sensibilidade situacional: É a habilidade de diagnosticar e sentir situaçõe

se quais as forças que atuam em cada situação.

2. Flexibilidade de estilo: É a habilidade de se adequar as forças que atuam

em cada situação. É o que se chama vulgarmente de “jogo de cintura”.

3. Destreza de Gerência Situacional: É a habilidade de gestão situacional,

isto é, a capacidade de modificar uma situação que precisa ser

modificada.

A eficácia gerencial é avaliada em termo de produto (resultado) em vez

de insumo (entrada), isto é, mais por aquilo que o “administrador” alcança por

meio do seu trabalho do que por aquilo que ele realmente faz. Assim a eficácia

é resultado, é produto e desempenho em vez de insumo. Não é aquilo que o

“administrador” faz, mas o que ele obtém como resultado. Daí, a importância da

liderança na eficácia gerencial, ou seja, na obtenção de resultados por meio de

pessoas.

2.8 Administrando o Conflito

O conflito por ser prejudicial ao bom gerenciamento, pois ameaça a

cordialidade e a aprovação, os principais alimentos da dieta emocional. A razão

fundamental para a compreensão desta aversão esta em achar difícil distinguir

entre a rejeição de uma idéia, de um lado, e a experiência da rejeição pessoal

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por expressar uma idéia, de outro lado. É mais seguro ser gentil e evitar a

tomada de posição, ou concordar com o que os outros estão dizendo. Evitando

o conflito. Deixar os outros expressar-se em primeiro lugar. Evita-se estrato

contato com que os outros, chefes colegas e subordinados pensam, e

concorda-se com eles. As diferenças não podem surgir quando o pensamento

de um são iguais aos dos outros. Consegue-se isto ouvindo o que os outros

pensam antes de expressar o próprio ponto de vista.

Criar um clima agradável – um gerente 1,9, se interessa pelos outros

procurando ser amável com os chefes, os colegas, os companheiros e os

subordinados – com todos enfim. Este gerente corteja a aceitação e a

aprovação dos outros ao oferecer-lhes aceitação e aprovação. A harmonia

surge quando se mantém um relacionamento informal, demonstra-se visível

preocupação como desenvolvimento dos filhos dos companheiros mostra-se

excessivo interesse na viagem de férias de um colega, inunda-se os outros

com cumprimentos etc.

Deter a discordância – Há sempre relutância em apresentar um ponto de

vista diferente se este puder ser desfiado. O gerente 1,9 sempre evita fazer

declarações do tipo “Discordo” ou “Você está errado”.

Velar a verdade – As más notícias são encobertas ou tem sua

importância diminuída.

2.8.1 Lidando com o conflito quando ele surge

“Abrir mão do próprio ponto de vista” – aceita-se rapidamente o ponto de

vista apresentado por outra pessoa quando um conflito de fato surgir.

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Lidando com Conflitos - Este tipo de gerente, quando os outros reagem

com raiva ou de modo hostil se torna flexível e mais afável até mesmo humilde

se criticando.

Desculpas e Promessas – Este gerente cai, as vezes em situações nas

quais é impossível evitar as diferenças.

Aplainar Diferenças – A suavização do descontentamento é obtida ao

sugerir-se como a situação é boa se comparada a outra muito pior.

Usar o Humor para Reduzir a Tensão - As piadas ajudam a mudar o

foco de atenção. Introdução de debates, afim de atrair a atenção para um

assunto menos explosivo.

Dar pouca Importância às pressões - O gerente é perturbado, com

freqüência, por pressões destinadas a atingir metas e objetivos de natureza

criativa, pois estes obrigam a exigir dos outros. As pressões frustram os

subordinados e, aliás, produzem raramente os resultados desejados. Por outro

lado, o aumento dos lucros pela redução das despesas , isto é, a retirada de

facilidades ou privilégios desagrada também as pessoas. Resultado: a

produtividade poderá reduzir-se ainda mais.

Posicionamento – Quando uma pessoa expressa convicções sobre o que

deve e o que não deve ser feito, os outros são estimulados a tomar posições

contrárias. A discussão daí resultante poderá provocar sentimentos de

incompreensão.

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Uma importante conseqüência se revela no fato de que a inteligência ou

as convicções quanto ao melhor ou mais seguro meio de tratar alguns

problemas podem levar ao conhecimento dos outros.

Decisão – Tomar decisões pode ser um prazer quando é provável que

elas sejam apoiadas. Considerando as decisões oportunidades de participação.

Quando as decisões afetam muita gente, a discussão em grupo é encorajada a

fim de que considerem, recomendem ou tomem as decisões preferidas.

Embora algumas decisões tenham de ser unilaterais, amplas consultas

talvez as precedam. A delegação é exercida sempre que possível. Isto não

releva apenas o gerente de atos potencialmente desagradáveis, mas ele

poderá até mesmo ser visto como muito capaz em delegar poderes.

2.9 Perfil do Gerente

Toda Organização valoriza uma atividade, um produto que atenda suas

necessidades e as do consumidor, prefere um tipo de empregado, um gerente a

altura das suas aspirações, por isso fica muito difícil apontar um chefe com

perfil ideal, o seu gerente, mas também mostrar o perfil do gerente, que podera

na maioria das ocasiões, atender às necessidades de uma Organização. Seja o

gerente organizado; seguro na direção dos serviços que realcem o seu lado

democrático e procure incentivar seus subordinados a produzirem mais e

melhor estimulá-los às idéias novas; que seja controlado e com grande poder

de comunicação; se expresse bem e transmita segurança aos empregados e

informações úteis de interesse geral para a Organização e para o funcionário;

seja sensato e inteligente na tomada de decisões, sem contudo ingressar na

covardia ou exageros.

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Não podemos esquecer as qualidades pessoais que um gerente deve

possuir, a fim de cumprir melhor sua missão dentro da Organização.

Encontramos através da experiência e da pesquisa realizada, as

qualidades pessoais que um gerente deve ter: integridade comprovada; fatores

seguros de motivação, isto é, goste do cargo e tenha vontade de progredir;

idéias amadurecidas e inspire confiança em todos na Organização; não se

abata diante de uma situação adversa.

Outras poderiam ser colocadas, mas estamos convencidos de que um

gerente com estas qualidades todas enumeradas, preenche os requisitos

desejados e se habilita a ser o gerente de uma Organização, com sucesso

garantido, mormente este profissional que defendemos, o chefe ou gerente de

pequeno porte, “o gerente intermediário”.

2.9.1 O Que Significa a Ênfase no Gerente

Significa mudar a tônica do “estabelecido” do definitivo do “rigidamente

regimental” para reflexão crítica, para o questionamento, para a participação e

co-responsabilizados.

Significa desenvolver os valores de cooperação e da integração, pois são

estas as forças básicas que sustentam uma organização inteligente, próspera,

eficaz, auto-renovável, permanente.

2.9.2 Quem é o Gerente Hoje?

Numa sociedade em mudança, como a que vivencia, o gerente é um

gestor de incertezas e como tal, sua função corre o risco de permanente

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desestruturação.

Tendo que gerir transformações, ele é, igualmente, em essência um

administrador de crises. Daí, não só seu desenvolvimento, mas sua própria

sobrevivência, exigirem educação permanente.

Administrador de Crises e não Administrador por Crise. Este é um

joguete das situações, voltado para os problemas, sempre despreparado pelo

impacto de acontecimentos negativos angustiado pelo dia-a-dia, esmagado pelo

peso de problemas acumulativos, vivendo a “síndrome do executivo” – o

fantasma permanente do estresse. Já o administrador de crises, antecipa-se a

situações previsíveis, sua visão é prospectiva, as incertezas são minimizadas

pela margem de probabilidades descontínua alternativas, está infra-estruturado

para absolver e processar impactos, prevenindo a saúde organizacional, com

práticas administrativas adequadas. O desenvolvimento gerencial parte da

realidade do gerente. Pos, desenvolvimento gerencial é autodesenvolvimento.

Ser melhor, para tornar melhor a equipe e melhores os resultados importa em:

• Integrar equipes, o que faz do gerente um - Integrador.

• Distribuir funções de responsabilidade, o que torna um -

Descentralizador.

• Buscar a cooperação espontânea caracterizando-o como um –

Participativo.

• Buscar o consenso transformando-o num – Negociador.

2.9.3 O Gerente é um Agente de Renovação

Motiva e estimula ações adaptativas, renovadoras o que o torna um –

Inovador.

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São palavras chaves , portanto:

Comunicação

Decisão

Integração

Descentralização

Participação

Negociação

Inovação

Educador

Assim são as variáveis motivacionais que basicamente transformam

ótimas competências em ótimos empulhos.

Cabe a administração propiciar ambiente e infra-estrutura, motivacional e

tecnicamente adequada, para que o desenvolvimento surja espontaneamente

como resposta a desafios saudáveis.

O homem tende naturalmente a contribuir, pois é sabido que a auto-

realização é seu motivador nobre:

A integração dos objetivos organizacionais e individuais, o envolvimento

e a participação, a contribuição criativa, a co-responsabilização por resultados

delinearam a postura da gerência participativa e inovadora, necessária aos

tempos de hoje, marcados pela mudança, denominado, por isto mesmo, a

sociedade do conhecimento e da informação.

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Um modelo, portanto não é uma peça acabada; é um referencial básico e

racional para processo contínuo que se constoi sistematicamente no dia-a-dia

organizacional, enriquecendo-se e renovando-se.

Significa reconhecer o gerente como agente essencial do processo de

renovação e expansão empresarial.

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III – CONCLUSÃO

O aperfeiçoamento da arte de bem gerenciar é uma das necessidades

fundamentais nos dias de hoje, sendo necessário e vital para as nações em

desenvolvimento e para as empresas de grande porte.

Nossa capacidade de sobrevivência, de reconstrução, de progresso e de

atingir as metas pessoais e organizacionais, reside no trabalho conjunto de

equipe, não cabendo mais a tentativa de ser auto-suficiente, onipresente e todo

poderoso, pois esta se torna infrutífera e ineficaz.

A cooperação, troca de experiências e a compreensão do

comportamento humano são peças fundamentais e os gerentes em forma de

equipes gerenciais, são as razões maiores desse fenômeno.

O conhecimento das habilidades individuais, a consciência dos papéis

gerenciais e dos conseqüentes estilos são fundamentais para a formação de

equipes sinérgicas capazes de levar a bom termo a difícil tarefa de fazer

acontecer.

Nesse aspecto, Adizes nos oferece uma abordagem rica em detalhes,

aproveitando ao máximo as características mais positivas do ser humano, em

benefício do indivíduo e das próprias Organizações.

Gerenciar, como educação, deve ser um processo contínuo. Sastifazer

as necessidades hodiernas constitui-se num enorme desafio, ensejando

criatividade, coragem, vontade de fazer, ordem e inspiração.

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É muito importante o gerente ter coragem de sonhar, pensar grande,

trabalhar muito, a fim de conseguir transformar esse sonho em realidade.

Vimos tipos diversos de gerência com estilos que caracterizam

particularmente cada um e, então, podemos ter, hoje, a certeza da necessidade

da presença do gerente intermediário, nas Organizações, pois ele é, ou deverá

ser, a mola propulsora do sistema levando sua equipe á produção maior e

melhor, tornando sua família organizacional satisfeita, consciente e valorizada

profissional e socialmente, coisa que, devido a natureza do serviço, a

grandiosidade da Organização em número de empregados e de setores, uma

só pessoa dificilmente poderia fazer.

A gerência se realiza dentro das organizações, tornando-se, assim, da

máxima importância determinar o que é uma organização. Consegue-se, então,

perceber as possibilidades de melhorar a qualidade administrativa de uma

empresa, com vistas ao aperfeiçoamento do desempenho.

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BIBLIOGRAFIA

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