Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Av. Almirante Saldanha da Gama, 145CEP: 11030-401 - Ponta da Praia - Santos - SPFone: (13) 3261-6000 - Fax: (13) 3261-2394www.sp.senai.br/santos

    SENAIServio Nacionalde AprendizagemIndustrial

    Escola SENAI AntnioSouza Noschese UFP 2.01

    RReeddeess ddee

    AAuuttoommaaooTTrreeiinnaammeennttoo

    PPeettrroobbrrss

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    Redes de Automao Treinamento Petrobrs

    SENAI-SP, 2006

    Trabalho elaborado pelaEscola Senai Antnio Souza Noschese

    Coordenao Geral Waldemar de Oliveira Jnior

    Equipe responsvel

    Coordenao Benedito Loureno Costa Neto

    Elaborao Carlos Alberto Jos de Almeida

    Fbio Lobue dos Santos

    Reviso Rosria Maria Duarte Parada

    Escola SENAI Antnio Souza NoscheseAv. Almirante Saldanha da Gama, 145CEP: 11030-401 Ponta da Praia Santos-SPFone (13) 3261-6000 Fax (13) 3261-2394Internet: [email protected]

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    Sumrio

    Sistema SCADA

    SDCD

    Redes Industriais

    Arquitetura de

    Redes TCP/IP

    Redes Wireless

    Sistema SCADA

    Rede de comunicaes

    Estrutura e Configurao

    Modos de comunicao

    OPC

    SDCD

    Estrutura e configurao

    Interfaces analgicasResoluo das interfaces D/A A/D

    Sub-sistema de monitorao e operao

    Sub-sistema de comunicao

    Redes Industriais

    Rede corporativa

    Rede de Controle

    Redes de Campo

    Caractersticas de algumas redesOrganizaes

    Nvel fsico IEC 61158 2

    Isolao eltrica

    Benefcios do Fieldbus

    Documentao bsica

    Arquitetura de Redes TCP/IP

    Endereamento de ns na rede TCP-IP

    Como testar uma rede TCP/IP

    Redes Wireless

    Introduo

    Tecnologias empregadas

    IEEE 802.11 Wireless Local Area Network

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    CLP

    Controladores

    Lgicos

    Programveis

    CLP

    Introduo

    Evoluo dos CLPs

    Estrutura Bsica de CLPs

    Mtodos de ProcessamentoExerccios

    Mdulos de I/O

    Sistemas de Memria

    Arquitetura da Memria de um CLP

    Linguagem de Programao

    Diagrama de Contatos

    Modelos de Arquitetura de CLPs

    Redes de CLPs

    Exerccios

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    10 Sistema SCADA

    A palavra SCADA um acrnimo para Supervisory Control And Data Acquisition. Os

    primeiros sistemas SCADA, basicamente telemtricos, permitiam informar

    periodicamente o estado corrente do processo industrial, monitorizando sinais

    representativos de medidas e estados de dispositivos atravs de um painel de lmpadas

    e indicadores sem que houvesse qualquer interface aplicacional com o operador.

    Com a evoluo tecnolgica, os computadores assumiram um papel de gesto no

    recolhimento e tratamento de dados, permitindo a sua visualizao e a gerao de

    comandos de programao para execuo de funes de controle complexas.

    Atualmente os sistemas SCADA utilizam tecnologias de computao e comunicao

    para automatizar a monitorao e controle dos processos industriais, efetuando

    aquisio de dados em ambientes complexos e dispersos geograficamente. Os sistemas

    SCADA cobrem um mercado cada vez mais vasto, podendo ser encontrados em

    diversas reas como em hidreltricas, indstria de celulose, petrolfera, txtil,

    metalrgica, automobilstica e eletrnica, alm dos setores de saneamento bsico, entre

    outros.

    Estes sistemas revelam-se de crucial importncia na estrutura de gesto das

    empresas, fato pelo qual deixaram de ser vistos como meras ferramentas operacionais,

    ou de engenharia, e passaram a ser vistos como uma importante fonte de informao.

    Num ambiente industrial cada vez mais complexo e competitivo, os fatores relacionados

    com a disponibilidade e segurana da informao tm grande relevncia, tornando-se

    necessrio garantir que a informao esteja disponvel e segura quando necessria,

    independentemente da localizao geogrfica. Torna-se, portanto, necessrio

    implementar mecanismos de acessibilidade, de segurana e de tolerncia a falhas.

    Os sistemas SCADA melhoram a eficincia do processo de monitorao e controle,

    disponibilizando, em tempo til, o estado atual do sistema atravs de um conjunto de

    previses, grficos e relatrios de modo a permitir a tomada de decises operacionais

    apropriadas, quer automaticamente, quer por iniciativa do operador.

    Componentes do sistema SCADA

    Sensores e atuadores.

    Estaes remotas.

    Rede de comunicaes.

    Estaes centrais de superviso.

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    Sensores e atuadores

    Os sensores e atuadores so dispositivos conectados aos equipamentos controlados

    e monitorados pelos sistemas SCADA.

    Os sensores convertem parmetros fsicos, tais como velocidade, nvel de gua etemperatura, em sinais analgicos e digitais legveis pela estao remota.

    Os atuadores so usados para atuar sobre o sistema, ligando e desligando

    determinados equipamentos.

    Estaes remotas

    O processo de controle e aquisio de dados inicia-se nas estaes remotas PLCs

    (Programmable Logic Controllers) e RTUs (Remote Terminal Units) com a leitura dos

    valores atuais dos dispositivos que lhes esto associados e o respectivo controle. Os

    PLCs e os RTUs so pequenos computadores atravs dos quais as estaes centrais demonitorao se comunicam com os dispositivos existentes nas instalaes fabris.

    Os PLCs apresentam como principal vantagem a facilidade de programao e

    controle de I/O. Por outro lado, os RTUs possuem boa capacidade de comunicao,

    incluindo comunicao via rdio, estando especialmente indicados para situaes

    adversas onde a comunicao difcil.

    Atualmente, nota-se uma convergncia no sentido de reunir as melhores

    caractersticas destes dois equipamentos: a facilidade de programao e controle dos

    PLCs e as capacidades de comunicao dos RTUs.

    Rede de comunicaes

    Rede de comunicaes a plataforma atravs da qual a informao de um sistema

    SCADA transferida. Levando em considerao os requisitos do sistema e as distncias

    a cobrir, as redes de comunicao podem ser implementadas, entre outros, atravs dos

    seguintes meios fsicos:

    Cabos - Os cabos esto indicados para a cobertura de pequenas distncias.

    Normalmente so utilizados em fbricas, no sendo adequados para grandes distncias

    devido ao elevado custo de cablagem, instalao e manuteno;

    Linhas Dial-Up - As linhas Dial-Up podem ser usadas em sistemas com atualizaesperidicas que no justifiquem conexo permanente. Quando for necessria a

    comunicao com uma estao remota efetuada uma ligao para o respectivo

    nmero;

    Linhas Dedicadas - As linhas dedicadas so usadas em sistemas que necessitam de

    conexo permanente. Esta uma soluo cara, pois necessrio o aluguel permanente

    de uma linha telefnica ligada a cada estao remota;

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    Rdio-Modems - Estes dispositivos so usados em locais onde no esto acessveis

    linhas telefnicas. Por vezes, em situaes onde uma ligao direta via rdio no pode

    ser estabelecida devido distncia, necessria a instalao de dispositivos

    repetidores.

    Estaes centrais de superviso

    As estaes centrais de superviso so as unidades principais dos sistemas SCADA,

    sendo responsveis por recolher a informao gerada pelas estaes remotas e agir em

    conformidade com os eventos detectados. Podem estar centralizadas num nico

    computador ou distribudas por uma rede de computadores de modo a permitir a partilha

    de informao proveniente do sistema SCADA.

    A interao entre os operadores e as estaes de monitorao central efetuada

    atravs de uma interface Homem-Mquina, onde comum a visualizao de umdiagrama representativo da instalao fabril, da representao grfica das estaes

    remotas, dos valores atuais dos instrumentos fabris e da apresentao dos alarmes

    detectados.

    Estrutura e Configurao

    Funcionalidades

    A capacidade de superviso do sistema SCADA inclui as seguintes funcionalidades:

    Aquisio de dados;Visualizao de dados;

    Processamento de alarmes;

    Tolerncia a falhas.

    Aquisio de dados:

    A aquisio de dados o processo que envolve o recolhimento e transmisso de

    dados desde as instalaes fabris, eventualmente remotas, at as estaes centrais de

    monitorao.

    O processo de aquisio de dados inicia-se nas instalaes fabris, onde as estaesremotas lem os valores dos dispositivos a elas conectados. Aps a leitura desses

    valores segue-se a fase de transmisso de dados em que, quer em modo de

    comunicao por polling, quer em modo de comunicao por interrupo (Report by

    Exception), os dados so transmitidos atravs da rede de comunicaes at a estao

    central.

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    Por fim, o processo de aquisio de dados concludo com o respectivo

    armazenamento em bases de dados.

    Visualizao de dados:

    A visualizao de dados consiste na apresentao de informao atravs deinterfaces homem-mquina, geralmente acompanhados por animaes, de modo a

    simular a evoluo do estado dos dispositivos controlados na instalao fabril.

    Os sistemas SCADA permitem visualizar, alm dos dados recolhidos, previses e

    tendncias do processo produtivo com base em valores recolhidos e valores

    parametrizados pelo operador, alm de grficos e relatrios relativos a dados atuais ou

    existentes em histrico.

    Processamento de alarmes:

    O processamento de alarmes assume um papel de elevada importncia na medidaem que permite informar anomalias verificadas, sugerir medidas a tomar e, em

    determinadas situaes, reagir automaticamente mediante parmetros previamente

    estabelecidos.

    O computador, ao analisar os dados recolhidos, verifica se algum dos dispositivos

    gerou valores excepcionais, indicadores de situaes de alarme.

    No tratamento de valores digitais, as situaes de alarme podem ser detectadas

    atravs de uma varivel que assume o valor 0 ou 1; no tratamento de valores analgicos

    so definidos valores que limitam as situaes aceitveis, de modo a que quando os

    valores lidos estiverem situados fora das gamas de valores permitidos seja detectadauma situao de alarme.

    Alm das situaes de alarme detectadas com base nos valores lidos pelos

    dispositivos, os sistemas SCADA podem acionar alarmes com base na ocorrncia de

    determinadas combinaes de eventos.

    Os alarmes so classificados por nveis de prioridade em funo da sua gravidade,

    sendo reservada a maior prioridade para os alarmes relacionados a questes de

    segurana.

    Em situaes de falha do servidor ou da rede de comunicaes possvel efetuar o

    armazenamento das mensagens de alarme em buffer o que, aliado capacidade detransmisso de mensagens de alarme para vrios servidores, permite atingir maior grau

    de tolerncia a falhas.

    Atravs da informao proveniente do login, os sistemas SCADA identificam e

    localizam os operadores, de modo a filtrar e encaminhar os alarmes em funo das suas

    reas de competncia e responsabilidade.

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

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    Os sistemas SCADA guardam em pastas .loginformao relativa a todos os alarmes

    gerados, de modo a permitir que posteriormente se proceda a uma anlise mais

    detalhada das circunstncias que estiveram na origem da gerao do alarme.

    Tolerncia a falhas:Para atingir nveis aceitveis de tolerncia a falhas usual a existncia de informao

    redundante na rede e de mquinas backup situadas dentro e fora das instalaes fabris,

    de modo a permitir que sempre que se verifique uma falha num computador o controle

    das operaes seja transferido automaticamente para outro computador - uma rplica de

    backup - sem que se notem interrupes significativas.

    Modos de comunicao

    Os sistemas SCADA utilizam genericamente dois modos de comunicao:

    comunicao por polling e comunicao por interrupo.

    Tecnologias disponveis

    Internet

    DDE / NETDDE

    OLE

    OPC

    Protocolos de comunicao de equipamentos (proprietrios/abertos)

    InternetA Internet cada vez mais o meio de comunicao preferido pelas organizaes.

    Atravs do uso de tecnologias relacionadas a ela e de padres como TCP/IP, HTTP e

    HTML , atualmente, possvel o acesso e partilha de dados entre a rea de produo e a

    rea de superviso e controle de vrias instalaes fabris.

    De fato, com o uso de um Web browser possvel controlar em tempo real uma

    mquina localizada em qualquer parte do mundo, bastando introduzir o seu URL no

    browser, sem que haja necessidade de deslocamento.

    Os dados so transportados atravs de protocolos comuns, garantindo a

    interconectividade e a interoperabilidade entre os diversos dispositivos que compem osistema.

    A interoperabilidade significa que os dispositivos de uma rede partilham informao,

    no coexistindo isoladamente.

    Utilizando as infra-estruturas de rede existentes, baseadas em Ethernet - TCP/IP,

    possvel desenvolver sistemas de aquisio de dados e automao de sistemas sem

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

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    necessidade de infra-estruturas adicionais. No necessrio nenhum hardware especial

    para desenvolver uma aplicao de aquisio de dados baseada na Internet.

    O browser se comunica com o servidor Web atravs do protocolo HTTP. Aps o envio

    do pedido referente operao pretendida, ele recebe a resposta na forma de uma

    pgina HTML.Algumas das vantagens da implementao de uma aplicao de recolhimento de

    dados atravs de um browser so:

    O browser disponibiliza um modo de interao simples, com o qual os utilizadores j

    esto habituados, podendo incluir ajuda on-line, imagens, som e vdeo;

    No necessria a instalao de nenhum cliente, dado que geralmente todos os

    computadores tm browsers instalados, o que simplifica a administrao do sistema;

    necessrio, apenas, efetuar manuteno de pginas, applets e scripts do lado do

    servidor;

    A natureza cliente-servidor da Internet faz com que seja possvel que diversos clientesacessem, simultaneamente, dispositivos e visualizem dados em tempo real, independe

    da sua localizao. Essa aproximao diferente da tradicional e permite controlar

    vrios dispositivos.

    Teoricamente, qualquer dispositivo com capacidade para se comunicar com um

    computador pode ser colocado na rede. Neste mbito esto includos dispositivos de

    amostragem analgicos e digitais, PLCs, sensores, cmeras, etc.

    Alguns destes dispositivos, especialmente os que se comunicam via porta serial,

    foraram o mercado ao desenvolvimento de dispositivos de converso de comandos de

    rede para comandos por eles interpretveis, e vice-versa. Todos os dispositivos noadequados para a rede necessitam de um servidor que traduza os pedidos e efetue a

    comunicao com o dispositivo atravs do seu protocolo nativo.

    DDE / NetDDE

    O DDE (Dynamic Data Exchange) um protocolo cliente-servidor que permite a

    transferncia de dados entre aplicaes atravs do uso de mensagens do Windows. O

    cliente e o servidor podem ser programados para interpretar os dados como um

    comando. Para a troca de mensagens entre mquinas remotas existe um mecanismo

    semelhante ao DDE denominado NETDDE. O DDE totalmente bit blind, ou seja, nem ocliente nem o servidor sabem se esto se comunicando com uma aplicao de 16 ou 32

    de bits. Na realidade o servidor desconhece se o cliente se encontra na mesma mquina

    ou no.

    O DDE atravs da rede - NETDDE (Network Dynamic Data Exchange) - usa uma

    hierarquia de nomes semelhante ao DDE; contudo, neste caso os nomes do servio e o

    tpico foram alterados, respectivamente, para servidor DDE e share representando, o

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 74/166

    primeiro, o nome do computador que desempenha as funes de servidor e o segundo

    os nomes do servio e o tpico da aplicao servidora. O NETDDE usa o protocolo

    NetBIOS, que corre sobre TCP/IP, permitindo ao NETDDE utilizar a Internet.

    OLE:O OLE (Object Linking and Embedding) um mecanismo sncrono que permite a um

    cliente invocar uma subrotina num servidor.

    Circunstncias em que o OLE pode ser considerado mais indicado do que o DDE:

    O uso do OLE vantajoso em situaes em que a aplicao cliente assuma o

    papel principal, delegando parte do seu processamento ao servidor que est espera de

    pedidos do cliente para manipulao de objetos por ele mesmo gerados.

    Nestas circunstncias mais rpido e apropriado, para o cliente, invocar diretamente

    uma subrotina no servidor.

    Circunstncias em que o DDE pode ser considerado mais indicado do que o OLE:

    O DDE ideal para permitir que uma aplicao monitore outra aplicao. Devido ao

    fato de nenhuma das aplicaes estar operando no mesmo contexto no existe

    interferncia entre elas.

    O DDE um mecanismo que, por ser bit-blind, permite, quando necessrio, que um

    mesmo servidor suporte clientes de 16 e 32 bits. O servidor pode levar algum tempo para

    recolher a informao para a resposta ao pedido efetuado pelo cliente. Uma vez que o

    DDE assncrono, o cliente pode continuar a executar o seu processamento.

    A performance do servidor no afetada em situaes de disponibilizao de dadospara vrios clientes em mquinas distintas, uma vez que atravs do uso do NETDDE as

    mensagens so colocadas na fila de espera das mquinas clientes.

    OPC:

    Historicamente, os integradores de sistemas tinham que implementar interfaces

    proprietrias ou personalizadas para extrair dados de dispositivos provenientes de

    diferentes produtores de hardware. H alguns anos a Microsoft introduziu as tecnologias

    OLE, COM e DCOM, permitindo s aplicaes interoperar e se comunicar com mdulos

    distribudos atravs de uma rede de computadores. Com o objetivo de definir umstandard para utilizao das tecnologias OLE e COM em aplicaes de controle de

    produo, os principais fabricantes de hardware e software constituram uma

    organizao, a OPC Foundation, da qual resultou o OPC (OLE for Process Control).

    Atualmente est disponvel uma API (Application Programming Interface) standard que

    permite a criao de aplicaes que se comuniquem com diferentes dispositivos.

    As vantagens do uso do OPC, entre outras, so as seguintes:

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 75/166

    Existncia de uma nica API para todos os servidores de OPC, de modo que o cdigo

    de uma aplicao cliente possa ser reutilizado em qualquer dispositivo;

    Oportunidade para desenvolver aplicaes clientes em ambientes de

    desenvolvimento que utilizem COM e ActiveX, tais como Visual Basic, Visual C++ e

    Excel;Identificao dos servidores que possam disponibilizar aos clientes determinados

    itens OPC. Um item OPC um canal ou varivel num dispositivo - normalmente um

    ponto de I/O - que um servidor monitoriza ou controla;

    Protocolos de comunicao de equipamentos (proprietrios/abertos):

    Alm das tecnologias citadas, redes proprietrias ou abertas, desenvolvidas por

    fabricantes de equipamentos, podem vir a fazer parte de um sistema SCADA e podem,

    tambm, ser utilizadas para troca de dados entre as estaes remotas e o centro de

    controle operacional.

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    SENAI-SP 76/166

    11 SDCD

    Sistemas de controle de processo e outros sistemas usados em condies industriais

    tpicas envolvem aquisio de dados de sensores e subseqente controle em malha

    fechada via atuadores acoplados a controladores individualmente. As tarefas a serem

    executadas por esses controladores podem ser claramente definidas e uma configurao

    tima pode ser especificada.

    Uma forma simplificada de processamento distribudo horizontalmente permite que a

    carga seja compartilhada entre diferentes processadores sem envolver transferncia de

    programas aplicativos e grande quantidade de dados. Este tipo de processamento

    distribudo adequado para aquisio de dados e controle de processos industriais.

    O processamento de dados gerais e as funes de controle so analisadas,

    fracionadas e alocadas em diferentes processadores. Assim, cada processador tem que

    executar somente um conjunto especfico e bem determinado de funes. O programa

    de aplicao requerido para tais funes estar na memria daquele processador ou

    sobre um dispositivo de armazenagem de massa acoplado ao mesmo. Similarmente, os

    dados a serem usados por esses programas de aplicao podero ser tanto

    armazenados sobre um dispositivo de memria principal ou secundria acoplado ao

    mesmo ou adquirido diretamente do processo por meio de sensores adequados.

    Temos, ento, uma base geral de dados da planta distribuda localmente nos

    subsistemas formados por cada controlador e seus dispositivos associados.

    Em condies de operao, cada controlador responsvel pela aquisio de dados,

    calibrao e pela execuo de qualquer pr-processamento necessrio. Esses dados

    so, ento, usados em um ou mais algoritmos de controle que determinam a ao de

    controle requerida, a qual executada via atuadores interfaceados ao controlador. Cada

    um dos processadores ser responsvel pela execuo de qualquer clculo de

    otimizao necessrios para aquela seo do processo. Uma interface para o operador,

    separada e com facilidades de aquisio e controle, pode ser prevista.

    A coordenao do processo obtida pela transferncia, via linha de comunicao, de

    pequenas quantidades de dados necessrias aos outros controladores. difcil executar

    uma otimizao de processo geral se nenhum dos computadores tem informao

    completa sobre o estado geral de todo o processo.

    Desta forma, caso se deseje realizar uma otimizao geral da planta recomendvel

    a existncia de um computador central com acesso rpido base de dados de toda a

    planta e com uma capacidade computacional maior do que a dos processadores

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 77/166

    distribudos. Este computador conhecido como hospedeiro e fica em um nvel

    hierrquico superior aos processadores distribudos horizontalmente.

    Temos, ento, um sistema com arquitetura mista, isto , processadores distribudos

    horizontal e verticalmente. A maioria dos SDCD associados a outras atividades tais como

    superviso, coordenao e controle de produo possuem arquitetura mista.De uma forma geral, as funes exercidas por um SDCD podem ser estruturadas de

    maneira hierrquica, sendo definidos diversos nveis de atividades.

    Para melhor caracterizar um SDCD, vamos agrupar os elementos que o compem em

    quatro subsistemas, de acordo com suas caractersticas funcionais, e mostrar como o

    atendimento aos nveis hierrquicos acima se coaduna com a caracterizao proposta.

    Estrutura e configurao

    Subsistema de aquisio de dados e controleEst diretamente ligado ao processo. Sua principal finalidade a realizao das

    funes de controle, que so exercidas pelas Estaes de Controle Local .

    Subsistema de monitorao e operao

    Nele se concentra a maior parte das funes de Interface Homem-Mquina.

    Subsistema de superviso e otimizao

    onde so realizadas as funes de otimizao e gerenciamento de informaes.

    Subsistema de comunicao

    Para que seja possvel a realizao de um controle integrado necessrio que exista

    uma infra-estrutura de comunicao entre os diversos subsistemas. Ento estesubsistema ser responsvel pela integrao dos diversos mdulos autnomos do

    sistema.

    Sub-sistema de aquisio de dados e controle

    O objetivo deste grupo de elementos promover a interface direta com o processo e

    realizar as funes de controle local.

    importante ressaltar a caracterstica de autonomia destes mdulos, pois mesmo na

    ausncia das funes de nveis superiores ele deve continuar operando as funes de

    controle, embora podendo estar degradado segundo algum aspecto especfico.Este subsistema apresenta, na maioria dos SDCD disponveis no mercado, alm dos

    algoritmos de controle do tipo PID, comuns na instrumentao analgica convencional,

    uma variada gama de funes que inclui, por exemplo:

    Controle multivarivel

    Algoritmos de nvel superior

    Controle "feed-forward"

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 78/166

    Controle de seqncia

    Controle lgico

    Intertravamento

    Soma, subtrao, multiplicao e diviso

    Raiz quadrada, compensadores de presso e temperaturaPolinmios e logaritmos

    Alarmes de nvel, desvio, velocidade

    Linearizaes

    Etc.

    Dele tambm fazem parte os cartes de interface de entrada e sada com o processo,

    tais como:

    Entradas e sadas analgicas

    Entradas e sadas digitaisEntradas de pulsos

    Multiplexadores

    Conversores AD e DA

    Etc.

    Interfaces analgicas:

    Quando um dispositivo de medio no utiliza sinal tipo ON/OFF mas sim de tenso

    ou corrente, variando seu valor em funo da varivel que est sendo medida, diz-se que

    esse dispositivo ANALGICO, sendo necessrio, para tal medio, um mdulo deentrada analgica. O mdulo de entrada analgica conectado aos sensores no campo

    e condiciona a medio para valores binrios de forma que a CPU possa entender,

    convertendo o sinal analgico em digital, utilizando para tal um bloco denominado

    conversor A/D.

    Diagrama de ligaes eltricas de um carto de interface analgico.

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    A figura a seguir, mostra o circuito eletrnico correspondente entrada do carto de

    interface analgico, onde deve ser observado que o sinal das entradas, tanto pode ser

    em corrente como em tenso, bastando fechar o jumper S1 ou S2, conforme o canal

    desejado, para que o tipo de sinal na entrada passe a ser tenso.

    Circuito eletrnico correspondente entrada de um carto de interface analgico.

    Circuito eletrnico correspondente sada de um carto de interface analgico.

    Resoluo das interfaces D/A A/D

    A converso D/A (digital / analgica) ou A/D (analgica / digital) gera ou utiliza um

    sinal digital composto por bits. A quantidade de bits utilizada pela palavra digital na

    converso determina o que chamado de resoluo. Quanto maior a resoluo de uma

    interface, mais exata ser sua percepo em relao aos sinais analgicos externos e

    mais precisa ser sua representao digital. Um carto com uma boa resoluo deve

    possuir, alm de um bom conversor A/D, uma capacidade de memria suficiente paraarmazenar o dado com exatido.

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    Relao entre um sinal analgico e um digital.

    Sistema de backupEste subsistema contm, tambm, as placas de memria que armazenam os

    microprogramas das funes executveis, das rotinas de diagnsticos de falha e das

    rotinas de "back-up", alm das placas e mdulos para redundncia parcial ou total e os

    circuitos necessrios segurana intrnseca.

    No nvel deste subsistema poder ou no haver um outro subsistema de monitorao

    e operao local simplificado, conforme mostrado na figura do modelo de referncia.

    3276410 = 0111111111111100 2

    1638010 = 0011111111111100 2

    410 = 0000000000000100 2

    0% = 0 mA

    0,01221% = 2,5635A

    50% = 10,5 mAmA

    SINALANALGICO

    SINALDIGITAL

    100% = 21 mA

    010 = 0000000000000000 2

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    Este subsistema faz interface com os subsistemas de comunicao e com um

    eventual subsistema simplificado de monitorao local.

    Componentes bsicos de uma estao de controle

    formado por um conjunto de controladores capazes de executar as tarefas descritasanteriormente no subsistema de Aquisio de Dados e Controle.

    Cada um destes controladores implantado por meio de um processador de

    propsitos especiais locado remotamente, podendo receber informaes de poucas ou

    vrias entradas digitais e/ou analgicas.

    Esse processador pode, normalmente, enviar de 1 at 16 sinais de atuao

    analgicos ou de 1 at centenas de sinais de sada digital.

    Painel de um subsistema de aquisio de dados e controle.

    H outro tipo de controlador baseado em microprocessadores que se encaixa na

    descrio de controlador dada acima. um dispositivo totalmente independente e que,

    atravs do compartilhamento de tempo, controla de 4 a 8 malhas do processo. Pode ser

    programado para fazer uma variedade de tarefas e sua configurao feita local ou

    remotamente. Normalmente montado em painel local. Usualmente o mostrador

    comum a todas as malhas. O usurio deve, ento, selecionar a malha que deseja

    supervisionar. Atravs desse visor ele pode acessar todas as variveis de processo

    bem como valores do ponto de operao, sada, ou valores das constantes de ajustes

    das malhas. Pode, tambm, selecionar operao manual ou automtica e mudar os

    valores da sada e o ponto de operao.

    Como os fabricantes desse tipo de equipamento tm fornecido um suporte para

    interface com a rede de comunicao, ele considerado como um elemento dos SDCD.

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    Tambm poder ser usado como um equipamento de back-up e redundncia, visto ter

    interface de operao local.

    Controladores lgicos programveis (CLP) tambm fazem a funo de aquisio e

    controle. Sua funo bsica a de executar tarefas equivalentes a circuitos contatores,

    temporizadores e rels, encontrando maior aplicao em substituio aos painis decomandos eltricos convencionais( com rels, contatores, etc). Podem tambm realizar

    a aquisio de sinais analgicos e executar algoritmos PID, realimentando o processo

    por uma sada analgica correspondente.

    Sub-sistema de monitorao e operao

    Este subsistema trata especificamente da interface homem-mquina. Por interface

    homem-mquina entendemos os dispositivos de Hardware que fornecem ao operador

    maior controle e melhor nvel de informao sobre a condio de operao da planta,

    reduzindo o seu esforo atravs da simplificao dos procedimentos operacionais.So caractersticas normalmente existentes num subsistema de operao e

    monitorao:

    Fornecer ao operador um conjunto de informaes sobre o estado de operao da

    planta atravs de um nmero de estaes de operao suficiente para atender todas as

    variveis de interesse do processo;

    Fornecer ao operador, em tempo hbil, informaes num formato que evidencie a

    ocorrncia de condies excepcionais de operao, para que providncias imediatas

    possam ser tomadas;

    Permitir que variveis de processo sejam agrupadas de maneira que o operadorpossa realizar uma anlise comparativa entre variveis constituintes de cada grupo;

    Possibilitar o uso simultneo de vrias estaes de operao para que todas as

    funes disponveis possam ser utilizadas em todas as estaes de operao e estas

    possam ser instaladas em locais diferentes.

    Encapsular procedimentos de operao de forma que seja mais segura e veloz a

    resposta do operador ocorrncia de uma irregularidade na planta. Encapsulamento

    consiste, basicamente, na utilizao de teclas funcionais. Essas teclas determinam,

    quando pressionadas, o acionamento de procedimentos de operao, de sorte que toda

    uma seqncia de operaes possa ser substituda por apenas uma operao.Normalmente, os SDCDs utilizam uma filosofia de gerncia por exceo, mostrando

    informaes suficientes para o operador saber que tudo corre bem.

    Quando as condies saem do normal, maiores detalhes podem ser mostrados ou

    solicitados. As informaes so apresentadas sob a forma de telas grficas. As telas so

    claras e sucintas. O acmulo de informaes na tela pode prejudicar a visualizao das

    condies excepcionais.

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    Telas:

    As caractersticas bsicas em termos de telas so as seguintes:

    Janelas overview

    Apresentam, de forma bastante simplificada at 300 controladores/indicadores,dispostos em grupos lgicos, arranjados de forma que o operador identifique facilmente

    as condies de alarme, modo de controle automtico ou manual e grandeza dos

    desvios. Existem diferentes estilos e maneiras de representar as informaes nestas

    telas; entretanto, o tipo mais comum utiliza barras para informar o operador, as quais so

    alinhadas por uma linha de referncia onde as mesmas podem sofrer desvios para cima

    ou para baixo. O tamanho da barra representar a grandeza do desvio da varivel em

    relao ao set point (geralmente configurada para 5 ou 10%). A cor da barra

    representar as situaes de alarme e o modo de operao.

    Janela de instrumentosMostra um face plate (frontal) de um instrumento tpico de painel (controlador,

    indicador, botoeira, totalizador, etc...), permitindo ao operador verificar com mais

    detalhes uma seo da planta que precisa de ateno. O operador poder, ento,

    monitorar e manipular alguns parmetros de controles tais como: set point, transferncia

    automtico manual, sada para vlvula, etc. Isso cria uma interface de operao bem

    amigvel porque o operador de painel continua a operar um instrumento convencional.

    Janela de instrumentos

    Janela de grficos de tendncia

    Mostra, numa representao grfica e sempre atualizada, a tendncia das variveisde processo nos ltimos minutos. desejvel que possam ser mostrados,

    simultaneamente, os grficos de tendncia de mais de uma varivel do processo.

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    Janela de grficos de tendncia.

    Janela de grficos histricos

    O histrico das variveis de processo ao longo de perodos maiores, tais como horas,

    dias e meses apresentado. Os valores mdios nos perodos em questo e o grfico

    no so atualizados no tempo. Existem recursos do tipo cancelar a indicao de

    variveis para se estudar separadamente uma ou mais variveis. A janela de grficos

    histricos pode dispor de um cursor (linha vertical ) que pode ser movimentado pela

    tela, fornecendo os pontos de interseo do cursor com as curvas das variveis.

    Janela de grficos histricos.

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    OBS: Atualmente existem no mercado softwares de superviso que operam em

    padres grficos gerenciados por Sistemas Operacionais baseados em janelas

    (WINDOWS). Isso significa que no existem, nesses sistemas, telas fixas, como visto

    anteriormente, bem como a hierarquia de navegao das mesmas.

    O usurio poder, na operao, abrir as janelas de funes de acordo com suasnecessidades tornando o sistema muito mais flexvel e amigvel.

    Janela de sinticos

    Mostram graficamente sees de um fluxograma com os valores das variveis de

    processo e set points atualizados continuamente. Os fluxogramas podem apresentar

    caractersticas adicionais que possibilitem um melhor entendimento dos mesmos, tais

    como indicao de alarmes, variaes de nvel, monitorao do trajeto do fluxo pelas

    tubulaes, indicao dos valores das variveis de forma dinmica, etc.

    Pode-se, inclusive, ativar o "faceplate" de um controlador numa regio da tela,podendo o operador atuar no mesmo sem sair da tela.

    Janela de sinticos.

    Componentes bsicos de uma estao de operao

    formado por um console de operao composto, basicamente, de um terminal devdeo, teclado e impressora.

    Neste conjunto instalado um software de superviso e controle de processos

    industriais.

    Os arranjos dos consoles so muitas vezes construdos de maneira que vrias telas

    sejam convenientemente alocadas e um operador possa observar a operao de vrias

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    sees da planta ao mesmo tempo. Podem incluir registradores, chaves crticas,

    telefone, etc.

    importante que o sistema fornea os dados do processo de maneira rpida e

    ordenada para o operador da planta. Tambm necessrio que o operador fornea

    informaes (dados) e comandos ao sistema.

    Teclado de membrana dedicado.

    O teclado do operador um importante aspecto a ser analisado no console. atravs

    dele que o operador pode comandar mudanas do set point, tipo de tela e outros dados

    da malha de controle. Alguns sistemas usam o teclado como mquina de escrever onde

    as vrias teclas so classificadas e codificadas e desempenham funes especficas no

    controle do processo. Outros sistemas utilizam um arranjo completamente diferente,onde grupos separados de teclas so arranjados de acordo com sua funo. Podem ser

    codificadas e coloridas para proporcionar maior facilidade de reconhecimento ao

    operador. Esse teclado recebe o nome de teclado de operao.

    Console de operao de um SDCD.

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    Existe a tendncia de alguns fabricantes do software de supervisrios fornecerem um

    tipo de vdeo conjugado com um sistema de entrada de dados, que recebe o nome de

    "touch screen" (toque de tela). Esse sistema consiste de um vdeo, o qual recebe uma

    moldura com emissores de luz infravermelha de um lado e elementos fotossensveis do

    outro. Isso cria, sobre a tela do monitor, uma malha invisvel de luz infravermelha.Quando o operador coloca o dedo sobre a tela os raios luminosos so bloqueados. A

    moldura percebe isso e informa as coordenadas da tela ao computador onde a tela foi

    tocada. Nesse sistema a tela mostra previamente vrias opes de operao. O usurio

    deve tocar a regio da tela demarcada pela moldura da opo (geralmente retngulos).

    Sub-sistema de superviso e otimizao

    O subsistema de superviso e otimizao consiste de um minicomputador (uso

    opcional) capaz de executar as funes de superviso total do sistema, otimizao do

    processo e gerao de relatrios gerenciais.Suas principais funes e caractersticas so as seguintes:

    Formatar e indicar condies de alarme nos consoles de vdeo e imprimi-las numa

    impressora de alarmes.

    Alimentar a janela de sumrio de alarmes com uma tabela alfanumrica contendo os

    alarmes ativos, seus estados, reconhecidos ou no, e sua condio de alarme,

    crtico ou no, horrios de ativao, reconhecimento e desativao. Obs.: Condies

    de alarmes tambm podem ser visualizados nas janelas de situao geral, de grupo

    ou individual. Quaisquer mtodos podero ser utilizados para notificar o operador da

    ocorrncia de alarmes como, por exemplo, sinais sonoros, simbologia diferenciada,alterao de cores da tela, etc..

    Coletar dados atravs dos subsistemas de controle e aquisio e registr-los em

    meios magnticos, tais como unidades de disco, para mostr-los instantnea ou

    posteriormente nos consoles ou imprimi-los nas impressoras. Em termos de

    relatrios, normalmente esto disponveis os seguintes:

    - Momentneo: Emitido a pedido do operador, apresentando as variveis de

    processo, seus tags, valores e situao do loop. Ex. Hard-Copy de tela, situao

    das variveis, etc...

    - Evento: Emitido na ocorrncia de um evento pr-configurado. Ex. Relatrio deeventos de alarmes, transferncia auto-manual,etc.

    - Peridicos: Emitidos periodicamente, conforme o perodo pr-configurado. Ex.

    Situao das variveis de hora em hora, etc...

    Realizar clculos para atingir um ou mais objetivos de otimizao da planta ou de

    consumo de energia e analisar a performance da planta ou dos equipamentos.

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    Gerenciar mdulos de batelada objetivando melhorar a desempenho de vrias

    atividades que teriam de ser realizadas manualmente. Normalmente, o subsistema

    de superviso e otimizao permite o desenvolvimento de software de aplicao, ou

    mesmo de software de controle de processos em background, sem interrupo do

    sistema de controle, facilitando a alterao de configuraes de controle, clculos deperformance, equaes de balano material e de energia, etc.

    Componentes bsicos do subsistema de superviso e otimizao

    O principal elemento deste subsistema o que chamamos de computador

    hospedeiro (Host Computer).

    Computadores so, usualmente, divididos em vrias classes, com diferentes critrios

    de classificao. Velocidade, memria principal e custo podem ser usados para

    classific-los. Tanto a velocidade quanto a memria dependem muito do comprimento da

    palavra, isto , o nmero de bits que um computador pode processar por vez.Os computadores, geralmente, so agrupados em quatro classes principais:

    Microcomputadores: So constitudos por uma nica CPU.

    Minicomputadores: Trabalham com mais de uma CPU. Possuem alta velocidade de

    processamento.

    Mainframes: so qualificados pelo seu grande tamanho de memria e velocidade.

    Trabalham com vrias CPUs e usualmente so encontrados como computadores

    centrais de grandes corporaes.

    Super computadores: so construdos a partir de uma classe especial de

    processadores, freqentemente definidos como supercomputadores.

    Computador host.

    O computador hospedeiro, quando existe, geralmente consiste de um

    minicomputador com um tempo de acesso de memria razoavelmente rpido. Suas

    funes so muitas. Podem ser tanto de processamento de palavras e de dados como

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    de aplicaes diretas de controle, de gerao de telas grficas dinmicas e/ou de

    programas para otimizao e coordenao da operao da planta.

    Entre programas associados ao hospedeiro temos programas de otimizao e de

    emisso de relatrios peridicos, entre outros, mas sempre com a finalidade de fornecer

    informaes de alto nvel ao gerente da planta.

    Sub-sistema de comunicao

    O subsistema de comunicao composto pela rede local de comunicao

    (cabos, interfaces e protocolos). Tem a funo de interligar os outros subsistemas de

    forma a integrar o equipamento. Deve possuir confiabilidade e rapidez.

    Subsistema de comunicao.

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    12 Redes Industriais

    Os sistemas de controle antigos tipo SDCD tem a sua instalao e

    manuteno implicando em altos custos principalmente quando se desejava ampliar uma

    aplicao onde, alm dos custos de projeto e equipamento, custos com cabeamento dos

    equipamentos de campo unidade central de controle.

    Para minimizar estes custos e aumentar a operacionalidade de uma aplicao

    introduziu-se o conceito de rede de comunicao digital para interligar os vrios

    equipamentos de uma aplicao. A utilizao de redes em aplicaes industriais prev

    um significativo avano nas seguintes reas:

    Custos de instalaoProcedimentos de manuteno

    Opes de upgrades

    Informao de controle de qualidade

    Informaes de instrumentos para manuteno

    Configuraes dos instrumentos a distncia

    O projeto de implantao de sistemas de controle baseados em redes, requer um

    estudo para determinar qual o tipo de rede que possui as maiores vantagens de

    implementao ao usurio final, que deve buscar uma plataforma de aplicao

    compatvel com o maior nmero de equipamentos possveis.Surge da a opo pela utilizao de arquiteturas de sistemas abertos que, ao

    contrrio das arquiteturas proprietrias onde apenas um fabricante lana produtos

    compatveis com a sua prpria arquitetura de rede, o usurio pode encontrar em mais de

    um fabricante a soluo para os seus problemas. Alm disso, muitas redes abertas

    possuem organizaes de usurios que podem fornecer informaes e possibilitar trocas

    de experincias a respeito dos diversos problemas de funcionamento de uma rede.

    Redes industriais so padronizadas sobre 3 nveis de hierarquias cada qual

    responsvel pela conexo de diferentes tipos de equipamentos com suas prprias

    caractersticas de informao (ver Figura ).O nvel mais alto, nvel de informao da rede, destinado a um computador central

    que processa o escalonamento da produo da planta e permite operaes de

    monitoramento estatstico da planta sendo imlpementado, geralmente, por softwares

    gerenciais (MIS). O padro Ethernet operando com o protocolo TCP/IP o mais

    comumente utilizado neste nvel.

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    Discrete Control

    Control Layer

    InformationLayer

    TRADITIONAL INDUSTRY NETWORKARCHITECTURE

    Nveis de redes industriais

    O nvel intermedirio, nvel de controle da rede, a rede central localizada na planta

    incorporando PLCs, DCSc e PCs. A informao deve trafegar neste nvel em tempo real

    para garantir a atualizao dos dados nos softwares que realizam a superviso da

    aplicao.

    O nvel mais baixo, nvel de controle discreto, se refere geralmente s ligaes fsicas

    da rede ou o nvel de I/O. Este nvel de rede conecta os equipamentos de baixo nvel

    entre as partes fsicas e de controle. Neste nvel encontram-se os sensores discretos,

    contatores e blocos de I/O.

    As redes de equipamentos so classificadas pelo tipo de equipamento conectado a

    elas e o tipo de dados que trafega pela rede. Os dados podem ser bits, bytes ou blocos.

    As redes com dados em formato de bits transmitem sinais discretos contendo simples

    condies ON/OFF. As redes com dados no formato de byte podem conter pacotes de

    informaes discretas e/ou analgicas e as redes com dados em formato de bloco so

    capazes de transmitir pacotes de informao de tamanhos variveis.

    Assim, classificam-se as redes quanto ao tipo de equipamento a ela ligados e aos

    dados que ela transporta. Ento temos:

    Rede corporativa:

    Rede que interliga sistemas gerenciais que podem, inclusive, estar geograficamente

    distribudos.

    Rede de controle:

    a rede central localizada na planta incorporando PLCs, DCSs (Digital Control

    Systems) e PCs. A informao deve trafegar neste nvel em tempo real para garantir a

    atualizao dos dados nos softwares que realizam a superviso da aplicao.

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

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    Redes de campo: Subdivididas em:

    - Rede sensorbus (manufatura) - dados no formato de bits (AS-i e INTERBUS Loop).

    - Rede devicebus (manufatura) - dados no formato de bytes (DeviceNet e o

    PROFIBUS DP).- Rede fieldbus (manufatura e instrumentao) - dados no formato de pacotes de

    mensagens (PROFIBUS PA e o Fieldbus Foundation).

    Para a instrumentao de manufatura o foco concentra-se, principalmente, nas redes

    de campo, onde existem, hoje, diversas tecnologias utilizadas.

    - rede sensorbus Utilizada principalmente em automao de manufatura com

    controle lgico, onde trafega dados no formato de bits.

    - rede devicebus - Utilizada principalmente em automao de manufatura com

    controle lgico, onde trafega dados no formato de bytes.

    - rede fieldbus - Utilizada principalmente em automao de processos com controlecomplexo, onde trafega dados no formato de pacotes de mensagens.

    Sensorbus

    Seriplex

    ASIINTERBUS Loop

    Devicebus

    Device NetSDSProfibus DP

    LONWorksINTERBUS-S

    Fieldbus

    IEC/ISA SP50Fieldbus FoundationProfibus PAHART

    Low-end Midrange High-end

    Simple Devices Complex Devices

    bit byte block

    Type ofDevices

    Type ofControl

    TYPE OF CONTROL AND DEVICES

    ProcessControl

    LogicControl

    Classificao das redes.

    A rede sensorbus conecta equipamentos simples e pequenos diretamente rede. Os

    equipamentos deste tipo de rede necessitam de comunicao rpida em nveis discretos

    e so tipicamente sensores e atuadores de baixo custo. Estas redes no almejam cobrir

    grandes distncias. Exemplos tpicos de rede sensorbus incluem Seriplex, ASI e

    INTERBUS Loop.

    A rede devicebus preenche o espao entre redes sensorbus e fieldbus e pode cobrirdistncias de at 500 m. Os equipamentos conectados a esta rede tero mais pontos

    discretos, alguns dados analgicos ou uma mistura de ambos. Alm disso, algumas

    destas redes permitem a transferncia de blocos em uma menor prioridade comparado

    aos dados no formato de bytes. Esta rede tem os mesmos requisitos de transferncia

    rpida de dados da rede de sensorbus, mas consegue gerenciar mais equipamentos e

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

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    dados. Alguns exemplos de redes deste tipo so DeviceNet, Smart Distributed System

    (SDS), Profibus DP, LONWorks e INTERBUS-S.

    A rede fieldbus interliga os equipamentos de I/O mais inteligentes e pode cobrir

    distncias maiores. Os equipamentos acoplados rede possuem inteligncia para

    desempenhar funes especficas de controle tais como loops PID, controle de fluxo deinformaes e processos. Os tempos de transferncia podem ser longos mas a rede

    deve ser capaz de comunicar-se por vrios tipos de dados (discreto, analgico,

    parmetros, programas e informaes do usurio). Exemplo de redes fieldbus incluem:

    Fieldbus Foundation, Profibus PA e HART.

    Os tipos de equipamentos que cada uma destas classes agrupam podem ser vistos

    na Figura a seguir.

    AnalyticalSLCs, Temp. Controllers

    Control ValvesProcess Sensors

    DCSsPCs, PLCs

    Operator InterfacesDrives

    Motion ControllersSwitches, Sensors, Valves

    Motor starters

    Push buttons

    Fieldbus

    Sensorbus

    Devicebus

    PRODUCT GROUPING

    Grupos de produtos por classe de rede.

    Origem de algumas tecnologias:

    A origem das tecnologias tem, neste caso, influncia direta sobre a aplicabilidade

    atual destas redes. O PROFIBUS foi desenvolvido na universidade de Karlsruhe com o

    fim de atender o mercado de controle de processos, como o prprio nome reflete:

    PROcess FIeld BUS. A organizao PROFIBUS ajudou muito seu desenvolvimento e

    aceitao no mercado.

    A DeviceNet tem como fundamento a rede CAN, desenvolvida pela BOSCH para

    automao de veculos. O protocolo foi adotado na Europa onde at hoje tem boa

    aceitao para automao de mquinas onde at hoje tem boa popularidade. No

    entanto, pela falta de padronizao nas camadas superiores do protocolo, sua aceitao

    ficou bastante restrita. O protocolo DeviceNet definiu as camadas superiores atravs da

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 94/166

    associao ODVA. Logo a seguir criou-se a associao CIA (CAN In Automation ), de

    origem europia, que tambm definiu o protocolo de maneira completa.

    O uso do protocolo CAN na automao de carros desenvolveu-se mais lentamente,

    mas hoje bastante usado na indstria automobilstica. A aplicao automotiva

    caracteriza-se por um volume de dados relativamente baixo, distncias muitos pequenase necessidade de tempo de reao pequeno.

    O padro AS-i comeou a ser desenvolvido em 1990 por uma associao de

    fabricantes europeus, que se props a conceber uma rede de comunicao de baixo

    custo e que atendesse o nvel mais baixo da automao no campo. O trmino dos

    trabalhos ocorreu em 1993. Posteriormente esse grupo foi desfeito e a tecnologia passou

    a ser administrada por uma Associao Internacional (AS - International).

    A rede AS-i um sistema de sensores e atuadores de baixo nvel. Normalmente os

    sinais dos sensores e atuadores dos processos industriais so transmitidos atravs de

    um grande nmero de cabos. O sistema ASI permite a simplificao desse sistema defiao e ligao, substituindo o ento sistema rgido de cabos por apenas um par de fios,

    que podem ser usados por todos sensores e atuadores. Eles so responsveis pela

    alimentao dos sensores/atuadores e pela transmisso dos dados binrios de entrada e

    sada. A rede foi concebida para complementar os demais sistemas e tornar mais

    simples e rpida a conexo dos sensores e atuadores com os seus respectivos

    controladores.

    Caractersticas de algumas redes:

    A velocidade e comprimento das redes esto, neste caso, ligados tecnologia de

    controle de acesso ao meio.

    O protocolo PROFIBUS baseia-se em uma relao Mestre/Escravo , com capacidade

    multimestre via "token". Isso permite o uso do padro fsico RS-485 at a velocidade de

    12Mbauds.

    O protocolo DeviceNet, ao adotar o padro CAN fixou, tambm, sua interface fsica.

    Nessa interface e no controle de acesso ao meio CSMA/NBA ( Carrier Sense Multiple

    Access with Non-destructive Bitwise Arbitration ) residem todas as vantagens e

    desvantagens fundamentais que diferenciam os protocolos.O mecanismo de acesso CSMA/NBA baseia-se na coliso no destrutiva de dados,

    caso dois ns iniciem simultaneamente uma transmisso. Isso tem vantagens que sero

    comentadas posteriormente, mas limita de forma definitiva a velocidade bruta da rede.

    usado para detectar colises sem necessidade de retransmisso, mas impe

    limitaes eltricas nos "drivers" da linha de transmisso, fazendo com que eles atuem

    mais lentamente nas transies de bit. O resultado que velocidades mximas so

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 95/166

    limitadas na DEVICENET em 0,5 Mbaud, em comprimentos muito menores que o

    PROFIBUS.

    A rede ASI permite o uso de mltiplos tipos de topologias de rede permitindo, ainda,

    que a qualquer momento possa se iniciar uma nova derivao, possibilitando a incluso

    de novos sensores e atuadores. Cada usurio pode escolher sua topologia conforme anecessidade e disposio fsica dos elementos no campo. O cabo da rede no necessita

    de resistor de terminao. Sua nica limitao est relacionada com o comprimento do

    fio, que deve possuir cem metros. Caso necessrio, o cabo pode ter um acrscimo de

    duzentos metros com a utilizao de repetidores (boosters) ficando, assim, com um

    comprimento total de trezentos metros. Os tipos de topologia mais utilizados so as

    seguintes: topologia em estrela (star), topologia em linha (line), topologia em rvore (tree)

    e em anel (ring).

    Nmero de nsO nmero mximo de ns da rede no caso PROFIBUS est limitado a 127 no total e a

    32 em cada segmento. A limitao de 32 est relacionada ao padro RS-485 e o nmero

    127 ao endereamento lgico do protocolo. A interligao dos segmentos que perfazem

    o nmero de 127 ns pode ser feita por repetidores no padro eltrico ou tico. No h

    limite prtico para o nmero de segmentos ticos.

    O nmero mximo de ns da rede no caso DeviceNet est limitado a 64, em um

    segmento nico. A limitao est relacionada ao padro CAN.

    O sistema AS-i baseia-se numa comunicao mestre-escravo, cujo mestre

    responsvel pelo direcionamento das "perguntas" e tratamento das "respostas" dosescravos. O mestre pode gerenciar at trinta e um escravos. A comunicao entre o

    mestre e os escravos feita serialmente atravs de um par de fios no tranados e nem

    blindados. Inicialmente o mestre "fala" com o primeiro escravo, atualiza as sadas do

    mesmo (se existir) e pergunta o estado binrio das entradas. Imediatamente o escravo

    responde e, aps um pequeno delay, o mestre "fala" com o prximo escravo. Aps o

    escravo trinta e um, o ciclo se completa e o mestre comea a conversar novamente com

    o escravo numero um. O ciclo de varredura completo tem durao de at 5ms (contendo

    31 escravos na rede). Um escravo caracteriza-se por possuir um chip (Asic - Application

    Specific Integrated Circuit) especialmente desenvolvido e que possui quatro bits quepodem ser configurados como entrada ou sada. Esse chip tambm responsvel por

    determinar o endereo de cada escravo. O procedimento de endereamento dos

    escravos feito atravs de unidade de endereamento. Os sensores, ou atuadores

    "burros", ou seja, que no so considerados escravos (no possuem o chip) podem ser

    conectados rede atravs de mdulos de entrada e sada.

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 96/166

    Controles de acesso e modelos de comunicao

    O controle de acesso ao meio, diferencial bsico das tecnologias, o argumento mais

    explorado na defesa do protocolo DeviceNet. Seu mecanismo, extremamente engenhoso

    e eficiente, permite a interligao entre ns da rede sem a interferncia de um mestre.

    Esse mecanismo, definido no padro CAN, pode ser estudado na norma CAN,disponvel em alguns "sites" da Internet.

    Baseado nos mecanismos do protocolo CAN, a DeviceNet utiliza o modelo de

    comunicao Produtor / Consumidor , onde as mensagens so enviadas, sem

    requisio, por um n e utilizadas pelos ns que tiverem interesse na informao. Outros

    mecanismos tambm podem ser utilizados, como Mestre / Escravo e mensagens no

    solicitadas. Tornam a comunicao eficiente pois minimizam a utilizao do canal de

    comunicao. Por outro lado, tornam o protocolo mais complicado, dificultando sua

    implementao e compreenso por parte do usurio final.

    O protocolo PROFIBUS tem um conceito mais simples, usando o modelo Mestre /Escravo, mas com a possibilidade de mais de um mestre na mesma rede, que se

    alternam no controle da rede atravs de um " token". Como o limite de velocidade 24

    vezes maior e o tamanho mximo do pacote muito maior que no DeviceNet, a eficincia

    de comunicao acaba sendo maior, pelo menos quando de considera sistemas de porte

    mdio e grande.

    O protocolo PROFIBUS foi recentemente ampliado, permitindo a comunicao direta

    entre mestre e escravos com o fim de atender aplicaes tpicas em mquinas rpidas.

    Esse padro denominado DP-V2.

    A rede AS-i utiliza um mtodo de comunicao do tipo mestre-escravo baseado emum sistema cclico de polling capaz de diagnosticar falhas em escravos e dispositivos

    com tempo mximo de ciclo de 4,7ms para 256 pontos.

    Organizaes

    Cada um dos protocolos normalizado e promovido por uma organizao constituda

    de vrios fabricantes e usurios. Abaixo temos a apresentao dos sistemas por suas

    organizaes.

    ProfibusA Organizao PROFIBUS tem sede na Alemanha. Sua

    pgina www.profibus.com

    O PROFIBUS foi estabelecido como um padro nacional

    alemo DIN 19245 em 1989. Em 1996 foi ratificado como

    padro europeu EN 50170. Em 2000 foi ratificado como padro internacional IEC 61158.

    A tecnologia PROFIBUS tem sido refinada atravs da experincia do usurio final, o que

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    SENAI-SP 97/166

    a habilita a ser usada atravs de um espectro de mercado que to extenso quanto o de

    outras tecnologias similares.

    Como resultado, o PROFIBUS a mais desenvolvida e consolidada soluo para

    redes industriais. A caracterstica chave o reconhecimento da tendncia corrente para

    controle: sistemas centralizados (ou orientados conexo) esto, agora, dandopassagem para as topologias descentralizadas e distribudas. O PROFIBUS acomoda

    ambas de um modo altamente eficiente, alm de possibilitar a integrao de uma planta

    extensa tanto na forma horizontal quanto na vertical atravs do uso da tecnologia

    PROFInet.

    As caractersticas chaves que fazem do PROFIBUS a tecnologia preferida para

    comunicao industrial so:

    Velocidade

    Facilidade de uso e versatilidade

    EconomiaInteroperao e uso da tecnologia Plug and Play

    Abertura e padronizao

    Uma vantagem importante do PROFIBUS que esta tecnologia cobre fbricas,

    processos e, com o uso da tecnologia PROFInet, extensas aplicaes empresariais. Isto

    faz do PROFIBUS a melhor e mais simples soluo para uso em grandes plantas e

    grandes aplicaes.

    DeviceNet

    A organizao que promove a DeviceNet a ODVA, Open Device Vendor

    Association, que tem sede nos EUA. Sua

    pgina www.odva.org .

    A DeviceNet uma das lderes mundiais em redes para automao industrial

    orientada a dispositivos. De fato, mais de 40% dos usurios finais inspecionados por

    analistas industriais independentes relataram sua opo pela DeviceNet entre outras

    redes. A DeviceNet oferece uma manipulao de dados robusta e eficiente porque

    baseada na tecnologia Produtor/Consumidor, onde os dados so identificados e tm

    destino certo. So redes tipicamente multicast. Este modelo moderno de comunicaooferece capacidades chave que habilitam o usurio a, efetivamente, determinar qual a

    informao necessria e quando ela necessria. Os usurios tambm so beneficiados

    pelo policiamento de testes estabelecidos pela ODVA, que assegura a interao dos

    produtos. Como resultado, podem misturar e proporcionar interao entre equipamentos

    de uma variedade de provedores, assim como integr-los sem complicaes.

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    SENAI-SP 98/166

    AS-i

    A organizao que promove a rede AS-i a AS-i

    International. Fazem parte dessa associao sessenta e cinco

    membros, situados em nove pases. Os nove pases que

    possuem fabricantes de produtos com tecnologia ASI so osseguintes: Blgica, Franca, Alemanha, Inglaterra, Itlia,

    Japo, Holanda, Sua e Estados Unidos. Esta associao responsvel por determinar

    os critrios de padronizao das especificaes tcnicas e testes dos produtos,

    juntamente com a divulgao e o marketing da tecnologia. Atualmente existem cerca de

    duzentos (200) produtos com tecnologia ASI no mercado. Seu site www.as-

    interface.com.

    A interface AS-I a mais simples soluo em redes para atuadores e sensores

    em sistemas de manufatura. uma tecnologia aberta suportada por mais de 100

    fabricantes em todo o mundo, o que garante as mais indicadas solues, alm desuporte global e liberdade de escolha entre produtos e fabricantes que melhor atendam

    as necessidades.

    Uma rede AS-i oferece uma eficiente alternativa ao cabeamento convencional no

    mais baixo nvel hierrquico da automao. Pode, tambm, ser interligada com os nveis

    mais altos em fieldbus para implementao de dispositivos I/O de baixo custo.

    Encarecimentos contnuos alargaram as aplicaes e hoje a interface AS-i

    provida por centenas de milhares de produtos e aplicaes no espectro da automao.

    O Foudation Fieldbus

    O Foudation Fieldbus um

    sistema de comunicao

    digital bidirecional (Figura )

    que permite a interligao

    em rede de mltiplos

    instrumentos diretamente no

    campo realizando funes

    de controle e monitorao

    de processo e estaes de

    operao (IHM) atravs de

    softwares supervisrios

    A seguir estaremos analisando os detalhes de projeto utilizando-se o protocolo

    FIELDBUS elaborado pela Fieldbus Foundation e normalizado pela ISA-The International

    Society for Measurement and Control para automao de Plantas de Processos.

    TWO WAYCOMMUNICATION

    DPT + PID FCV TT PT

    OPERATIONSTATION

    MAINTENANCETOOL

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 99/166

    O nvel fsico IEC 61158 2

    No estudo do nvel fsico estaremos analisando os tipos de ligaes possveis (fiao,

    cabos coaxiais, tico ou rdio), conexes, terminadores, caractersticas eletricas, etc...

    especificados pela FIELDBUS FOUNDATION PHYSICAL LAYER PROFILESPECIFICATION, Document FF-94-816, August 28,1995.

    Como complementao de bibliografia, as informaes contidas neste curso esto

    baseadas nos seguintes documentos publicados pela ISA - The International Society for

    Measurement and Control- pela Fieldbus Foundation e pela IEC The Electrotechinical

    Commission :

    IEC 1158-2 : 1993, Feldbus Standard for use in Industrial Control Systems - Part 2:

    Physical Layer Specification and Service Definition.

    ISA - S50.02 - 1992, Fieldbus Standard for use in Industrial Control Systems - Part 2:

    Physical Layer Specification and Service Definition.ISA - dS50.02-1995-544A, Fieldbus (draft) Standard for use in Industrial Control

    Systems - Part 2: Physical Layer Specification and Service Definition, Amendment to

    Cluse 24 (Formerly Clause 11)

    Fieldbus Preliminary Application Note on Intrinsic Safety,Revision 1.1, 21 September

    1995.

    ISA/SP50-1993-466C - Fieldbus Standard for use in Industrial Control Systems,

    Part 2: Physical Layer Specification and Service Definition, Amendment 1 : Radio

    Medium - Proposed Clauses 18,19&20-1993

    ISA/SP50-1993-477 - TR1 : Technical Report for Low Speed Radio Medium PhysicalLayer Fieldbus-1993.

    ISA/SP50-1994-517A - Fieldbus Standard for Use in Industrial Control Systems, Part

    7: Fieldbus Management, Clause 1: Introduction, Scope, Definitions, Reference Model-

    1994

    ISA/SP50-1995-518A - Fieldbus Standard for Use in Industrial Control Systems, Part

    2: Physical Layer Specification and Service Definition, Amendment X: Medium

    Attachment Unit (MAU) Current Mode (1 Ampere),Wire Medium-1995

    IEC 65C/178/CDU IEC 61158-3 Data Link Layer DLL Service Part 3

    IEC 65C/179/CDU IEC 61158-4 Data Link Layer DLL Protocol Part 4A Norma ANSI/ISA-S50.02-1992, aprovada em 17 de Maio de 1994 - Fieldbus

    Standard for Use in Industrial Control Systems Part 2: Physical Layer Specification and

    Service Definition trata do meio fsico para a realizao das interligaes os principais

    tens so:

    transmisso de dados somente digital

    self-clocking

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 100/166

    comunicao bi-direcional

    cdigo Manchester

    modulao de voltagem (acoplamento paralelo)

    velocidades de transmisso de 31,25 kb/s, 100 Mb/s

    barramento sem energia, no intrinsecamente segurobarramento com energia, no intrinsecamente seguro

    barramento sem energia, intrinsecamente seguro

    barramento com energia, intrinsecamente seguro

    Regras

    Na velocidade de 31,25 kb/s a norma determina, dentre outras, as seguintes

    regras:

    1. um instrumento FIELDBUS deve ser capaz de se comunicar entre os seguintes

    nmeros de equipamentos: entre 2 e 32 instrumentos numa ligao sem segurana intrseca e alimentao

    separada da fiao de comunicao;

    entre 2 a 6 instrumentos alimentados pela mesma fiao de comunicao numa

    ligao com segurana intrnseca;

    entre 1 e 12 instrumentos alimentados pela mesma fiao de comunicao numa

    ligao sem segurana intrnseca.

    Obs.: Esta regra no impede a ligao de mais instrumentos do que o

    especificado, estes nmeros foram alcanados levando-se em considerao o consumo

    de 9 mA +/- 1 mA, com tenso de alimentao de 24 VDC e barreiras de seguranaintrnseca com 11 a 21 VDC de sada e 80 mA mximos de corrente para os

    instrumentos localizados na rea perigosa.

    2. um barramento carregado com o nmero mximo de instrumentos na velocidade de

    31,25 kb/s no deve ter entre a soma dos trechos do trunk e de todos os spurs um

    comprimento maior que 1.900 m (ver Figura );

    Obs.: esta regra no impede o uso de comprimentos maiores desde que sejam

    respeitadas as caractersticas eltricas dos equipamentos.

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 101/166

    PHYSICAL LAYER

    DISTANCE CAN BE INCREASED WITH REPEARTERSMAXIMUM = 4

    REP1 REP2 REP3 REP4

    1.900 M 1.900 M 1.900 M 1.900 M 1.900M

    Terminator

    Signal

    Isolation

    Circuit

    Fieldbus

    Power Supply

    Terminator

    -

    +Control or

    Monitoring

    Device

    Terminator

    Field Devices

    BUSFieldbus Segment

    1900M Max.

    Line Drawing Representation of Simple Fieldbus Segment

    Comprimento mximo de um segmento FIELDBUS

    3. nmero mximo de repetidores para a regenerao da forma de onda entre dois

    instrumentos no pode exceder a 4 (quatro) ( ver Figura );

    4. um sistema FIELDBUS deve ser capaz de continuar operando enquanto um

    instrumento est sendo conectado ou desconectado;

    5. as falhas de qualquer elemento de comunicao ou derivao (com exceo de curto-

    circuito ou baixa impedncia) no

    dever prejudicar a comunicao por

    mais de 1 ms;

    6. deve ser respeitada a polaridade em

    sistemas que utilizem pares tranados,

    seus condutores devem ser identificados

    e esta polarizao deve ser mantida em

    todos os pontos de conexo;

    7. para sistemas com meio fsico redundante:

    cada canal deve atender as regras de configurao de redes;

    no deve existir um segmento no redundante entre dois segmentos redundantes;

    os repetidores tambm devero ser redundantes;

    os nmeros dos canais devero ser mantidos no FIELDBUS, isto , os canais do

    FIELDBUS devem ter os mesmos nmeros dos canais fsicos.

    8. shield dos cabos no devero ser utilizados como condutores de energia.

    Distribuio de energia

    A alimentao de equipamentos FIELDBUS pode ser feita opcionalmente

    atravs dos mesmos condutores de comunicao ou separadamente; um instrumento

    com alimentao separada pode ser conectado a um outro instrumento com alimentao

    e comunicao no mesmo par de fios.

    Na seqncia algumas especificaes eltricas para sistemas FIELDBUS :

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 102/166

    Um equipamento pode opcionalmente receber energia por condutores de sinal ou por

    condutores separados;

    Um equipamento pode ser certificado como intrinsecamente seguro recebendo

    energia tanto pelos condutores de sinal quanto por condutores separados;

    Um equipamento energizado separadamente pode ser conectado a um equipamentoenergizado pelo mesmo condutor de sinal.

    Caractersticas dos equipamentos energizados emrede

    Limites para 31,25 Kbit/s

    Voltagem de operao 9,0 a 32,0 V DC

    Mxima voltagem 35 V

    Mxima taxa de mudana de corrente de repouso (notransmitindo); este requisito no aplicado nos primeiros10 ms aps a conexo do equipamento em uma rede em

    operao ou nos primeiros 10 ms aps a energinzao darede.

    1,0 mA/ms

    Mxima corrente; este requisito ajustado durante ointervalo de 100 s at 10 ms aps a conexo doequipamento a uma rede em operao ou 100 s at 10ms aps a energizao da rede.

    Corrente de repouso mais 10mA

    Requisitos para a alimentao de redes Limites para 31,25 Kbit/s

    Voltagem de sada, no intrinsecamente seguro 32 V DC

    Voltagem de sada, intrinsecamente seguro (I.S.) depende da faixa da barreira

    Impedncia de sada no intrinsecamente segura, medidadentro da faixa de frequncia 0,25 fr 1,25 fr

    3 K

    Impedncia de sada, intrinsicamente segura, medidadentro da faixa de frequncia 0,25 fr 1,25 fr

    400 K (A alimentaointrinsecamente segura incluiuma barreira intrinsecamentesegura).

    Um equipamento FIELDBUS que inclui o modo de voltagem de 31,25 Kbit/s ser

    capaz de operar dentro de um intervalo de voltagem de 9 V 32 V DC entre os dois

    condutores incluindo o ripple. O equipamento poder ser submetido a mxima voltagem

    de 35 V DC sem causar danos.

    NOTA: Para sistemas intrinsecamente seguros a voltagem de operao pode ser

    limitada pelos requisitos de certificao. Neste caso a fonte de energia estar localizada

    na rea segura e sua voltagem de sada ser atenuada por uma barreira de segurana

    ou um componente equivalente.

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 103/166

    Um equipamento FIELDBUS que inclui o modo de voltagem de 31,25 Kbit/s

    obedecer os requisitos da norma ISA-S50.02 quando energizada por uma fonte com as

    seguintes especificaes:

    A tenso de sada da fonte de alimentao para redes no intrinsecamente

    seguras ser no mximo de 32 V DC incluindo o ripple;A impedncia de sada da fonte de alimentao para redes no intrinsecamente

    seguras ser 3 K dentro da faixa de frequncia 0,25 fr 1,25 fr(7,8 KHz 39 KHz).

    Este requisito no aplicado dentro dos 10 ms da conexo nem na remoo de um

    equipamento do campo;

    A impedncia de sada de uma fonte de alimentao intrinsecamente segura ser

    400 K dentro da faixa de frequncia 0,25 fr 1,25 fr (7,8 KHz 39 KHz);

    Os requisitos de isolao do circuito de sinal e do circuito de distribuio de

    energia em relao ao terra e entre ambos devem estar de acordo com a IEC 61158-2

    (1993).

    Barramento de comunicao energizado

    Isolao eltrica

    Todos os equipamentos FIELDBUS que usam fios condutores, seja na

    energizao separada ou na energizao atravs dos condutores de sinal de

    comunicao, devero fornecer isolao para baixas frequncias entre o terra, o cabo do

    barramento e o equipamento. Isto deve ser feito pela isolao de todo o equipamento do

    terra ou pelo uso de um transformador, opto-acoplador, ou qualquer outro componente

    isolador entre o trunk e o equipamento.Uma fonte de alimentao combinada com um elemento de comunicao no

    necessitar de isolao eltrica.

    Para cabos blindados, a impedncia de isolao medida entre a blindagem do

    cabo FIELDBUS e o terra do equipamento FIELDBUS dever ser maior que 250 K em

    todas as frequncias abaixo de 63 Hz.

    AAA

    1

    Power

    to BUS

    T Single Twisted Pair

    (Terminator)

    Field Devices and Control Devices

    Simple Fieldbus Topology Representation

    T

    (Terminator)

    I/O

    Multi-conductor Cable

    (Only one pair required)

  • 8/14/2019 Treinamento Em Redes de Automacao - Petrobras - Parte 2

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    Redes de Automao Treinamento Petrobras

    SENAI-SP 104/166

    A mxima capacitncia no balanceada para o terra de ambos terminais de

    entrada de um equipamento no dever exceder 250 pF.

    Especificao do meio condutor

    Conectores para os cabos, se utilizados, podero ser do tipo engate rpido ouconectores tradicionais. Terminaes no campo, nao devem ser feitas diretamente nos

    terminais dos instrumentos e sim atravs de conectores em caixas de terminao.

    Cabos

    De acordo com os requisitos da norma ISA-S50.02, o cabo utilizado para ligar

    equipamentos FIELDBUS com o modo de voltagem de 31,25 Kbit/s pode ser um simples

    par de fios tranados com a sua blindagem atendendo os seguintes requisitos mnimos

    (a 25 C):

    Z0 em fr (31,25 KHz) = 100 20%;

    Atenuao mxima em 1,25 fr(39 KHz) = 3.0 dB/Km;

    Mxima capacitncia no balanceada da blindagem = 2 nF/Km;

    Resistncia DC mxima (por condutor) = 22 /Km;

    Atraso mximo de propagao entre 0,25 fre 1,25 fr= 1.7 s/Km;

    rea seccional do condutor (bitola) = nominal 0,8 mm2 (#18 AWG);

    Cobertura mnima da blindagem dever ser maior ou igual a 90%.

    Para novas instalaes devemos especificar cabos de par tranado com

    blindagem do tipo A, outros cabos podem ser usados mas respeitando as limitaes da

    tabela abaixo como por exemplo os cabos mltiplos com pares tranados com uma

    blindagem geral (denominado cabo tipo B).

    O tipo de cabo de menos indicao o cabo de par tranado simples ou multiplo

    sem qualquer blindagem (denominado cabo tipo C).

    O tipo de cabo de menor indicao o cabo de mltiplos condutores sem pares

    tranados (denominado cabo tipo D) e blindagem geral.

    A seguir a tabela de especificaes dos tipos de cabos (a 25 C):

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    SENAI-SP 105/166

    Parmetros Condies Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D

    Impednciacaracterstica, Z0,

    fr(31,25 KHz) 100 20 100 30 ** **

    Resistncia DC

    mxima, /km

    por condutor 22 56 132 20

    Atenuao mxima,

    dB/km

    1,25 fr (39

    kHz)

    3.0 5.0 8.0 8.0

    rea seccional

    nominal do condutor

    (bitola), mm2

    0.8

    (#18

    AWG)

    0.32

    (#22

    AWG)

    0.13

    (#26

    AWG)

    1.25

    (#16

    AWG)

    Capacitncia mx.

    no balanceada, pF

    1 metro de

    comprimento

    2 2 ** **

    ** no especificado

    Observaes:

    Outros tipos de cabo que atendam ou suplantem as especificaes podem ser

    utilizados. Cabos com especificaes melhoradas podem habilitar barramentos com

    comprimentos maiores e/ou com imunidade superior interferncia. Reciprocamente,

    cabos com especificaes inferiores podem provocar limitaes de comprimento para

    ambos, barramentos (trunk) e derivaes (spurs) mais nao sao aceitos cabos que no

    atendam a conformidade com os requisitos RFI/EMI.

    Para aplicaes de segurana intrnseca, a razo indutncia/resistncia (L/R)

    deve ser menor que o limite especificado pela agncia regulamentadora local.

    Trunk Junctionbox

    Spurs

    Cable Length = Trunk Lenght + All Spur LengthsMaximum Length = 1900 metres with Type ACable

    CONTROL ROOMEQUIPMENT

    FOUNDATION TECHNOLOGY

    31.25 kbit/s FIELDBUS WIRING

    COMMUNICATIONSTACK

    USERLAYER

    PHYSICAL LAYER

    Cabos utilizados no FIELDBUS

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    SENAI-SP 106/166

    Cabo tipo Distncia (m)

    A 1900

    B 1200

    C 400D 200

    Comprimentos tpicos de barramento e derivaes

    Acopladores

    O acoplador pode prover um ou muitos pontos de conexo para o barramento.

    Pode ser integrado ao equipamento FIELDBUS caso no haja nenhuma derivao. Caso

    contrrio, dever ter pelo menos 3 pontos de acesso um para o spur e um para cada

    lado do trunk.

    Um acoplador passivo deve conter qualquer um ou todos os elementos opcionaisdescritos abaixo:

    Um transformador para fornecer isolao galvnica e um transformador de

    impedncia entre trunk e spur;

    Conectores, para fornecer conexes fceis de spur e/ou trunk;

    Resistores de proteo como visto na figura abaixo, para proteger o barramento do

    trfego entre outras estaes dos efeitos de um spur em curto-circuito num trunk

    desenergizado, no intrinsecamente seguro.

    Acopladores ativos, que requerem alimentaes externas, podem conter

    componentes para amplificao do sinal e retransmisso.Atravs das ligaes internas dos acopladores pode-se construir vrias

    topologias.

    Ligaes internas de uma caixa de campo

    BUS TERMINATOR

    Inside Junction BoxMAIN TRUCKCABLE

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    SENAI-SP 107/166

    Splices

    Um splice qualquer parte da rede na qual as caractersticas de impedncia do

    cabo da rede no so preservadas. Isto possivelmente oportuno para operao dos

    condutores de cabos, remoo da blindagem do cabo, troca do dimetro do fio ou seu

    tipo, conexo spurs, conexo em terminais nus, etc. Uma definio prtica para splice, portanto, qualquer parte da rede que no tem um comprimento contnuo de um meio

    condutor especificado.

    Para redes que tm um comprimento total de cabos (trunk e spurs) maior que 400

    m, a soma de todos os comprimentos de todos os splices no deve exceder 2,0 % do

    comprimento do cabo. Para comprimento de cabos de 400 m ou menos, a soma dos

    comprimentos de todos splices no deve exceder 8 m. O motivo para esta especificao

    preservar a qualidade de transmisso requerendo que a rede seja construda quase

    totalmente com o meio condutor especificado.A continuidade de todos os condutores do

    cabo deve ser mantida em um splice.

    Terminadores

    Um terminador deve estar em ambas pontas do cabo de trunk, conectado de um

    condutor de sinal para o outro. Nenhuma conexo deve ser feita entre o terminador e a

    blindagem do cabo.

    Pode-se ter o terminador implementado internamente uma caixa de campo

    (Junction Box).

    Terminador interno uma caixa de campo

    O valor da impedncia do terminador deve ser 100 20% dentro da faixa de

    frequncia 0,25 fr 1,25 fr (7,8 KHz a 39 KHz). Este valor aproximadamente o valor

    mdio da impedncia caracterstica do cabo nas frequncias de trabalho e escolhido

    para minimizar as reflexes na linha de transmisso.

    Inside Junction Box

    FieldbusTerminator

    To ControlBuilding

    (Single orMulti-Pair)

    Twisted Pair(Shielded)

    Field Wiring andField Devices

    Shields not shown

    Terminal Block in Field Mounted Junction Box

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    SENAI-SP 108/166

    O vazamento de corrente direta pelo terminador no deve exceder 100 A. O

    terminador deve ser no polarizado.

    Todos os terminadores usados em aplicaes intrinsecamente seguras devem

    atender as necessidades de isolao e distanciamento (necessrias para a aprovao

    I.S.). aceito para as funes de fonte de alimentao, barreiras de segurana e

    terminadores a combinao de vrias maneiras (desde que a impedncia equivalente

    atenda os requisitos da norma ISA-S50.02).

    Esquema da linha de transmisso balanceada

    Regras de Blindagem

    Para atender os requisitos de imunidade a rudos necessrio assegurar a

    continuidade da blindagem atravs do cabeamento, conectores e acopladores,atendendo as seguintes regras:

    A cobertura da blindagem do cabo dever ser maior do que 90% do comprimento

    total do cabo;

    A blindagem dever cobrir completamente os circuitos eltricos atravs tambm

    dos conectores, acopladores e splices.

    Nota: O no atendimento das regras de blindagem pode degradar a imunidade a rudo.

    Regras de Aterramento

    O aterramento para um sistema FOUNDATION FIELDBUS deve estarpermanentemente conectado terra atravs de uma impedncia suficientemente baixa e

    com capacidade suficiente de conduo de corrente para prevenir picos de voltagem, os

    quais podero resultar em perigo aos equipamentos conectados ou pessoas, a linha

    comum (zero volts) pode ser conectada terra onde eles so galvanicamente isolados

    do barramento FIELDBUS.

    Signal

    Isolation

    Circuit

    Fieldbus

    Power

    Suply

    20 V

    Nom

    +

    -

    100

    1 F

    100

    1 F

    Near-End

    TerminatorFar-End

    Terminator

    Field Devices

    1900M Max.

    Schematic Representation of Balanced Transmission Line

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    SENAI-SP 109/166

    Equipamentos FIELDBUS devem funcionar com o ponto central de um terminador

    ou de um acoplador indutivo conectado diretamente para a terra.

    Equipamentos FIELDBUS no podem conectar nenhum condutor do par tranado

    ao terra em nenhum ponto da rede. Sinais podem ser aplicados e preservados

    diferencialmente atravs da rede. uma prtica padro para uma blindagem de um cabo do barramento FIELDBUS

    (se aplicvel) ser efetivamente aterrado em um ponto nico ao longo do comprimento do

    cabo. Por esta razo equipamentos FIELDBUS devem ter isolao DC da blindagem do

    cabo ao terra. tambm uma prtica padro conectar os condutores de sinal ao terra de

    forma balanceada ao mesmo ponto, por exemplo, usando o tap central de um terminador

    ou um transformador acoplador. Para sistemas com barramento energizado, o

    aterramento da blindagem e dos condutores de sinal devero estar pertos da fonte de

    alimentao. Para sistemas intrinsecamente seguros o aterramento dever ser na

    conexo de terra da barreira de segurana.Segurana Intrnseca

    As barreiras de segurana intrnsecas devem ter impedncia maior do que 400

    em qualquer frequncia no intervalo de 7,8 KHz a 39 KHz, essa especificao vale para

    barreiras de segurana intrnsecas do tipo equipamento separado ou incorporadas

    internamente em fontes de alimentao.

    Dentro do intervalo de voltagem de funcionamento da barreira de segurana

    intrnseca (dentro do intervalo 7,8-39 KHz) a capacitncia medida do terminal positivo

    (lado perigoso) para a terra no dever ser maior do que 250 pF da capacitncia medida

    do ter