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TREINAMENTO PRÁTICO Ariê Carneiro / R2 - CG Referência – Manual de Suporte de Vida no Trauma para Médicos (Oitava Edição) ATLS – Colégio Americano de Cirurgiões

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TREINAMENTO PRÁTICO

Ariê Carneiro / R2 - CGReferência – Manual de Suporte de Vida no Trauma para Médicos (Oitava Edição)

ATLS – Colégio Americano de Cirurgiões

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VIAS AEREAS

Técnicas de manutenção de Via Aérea

• Elevação do Mento (“Chin Lift”): dedos de uma das mãos colocados sob a mandíbula e traciona gentilmente para cima anteriorizando o queixo. O dedo polegar da mesma mão afasta levemento o lábio inferior para abrir a boca.

• Tração da mandíbula (“Jaw Thrust”): colocar uma mão em cada ângulo da mandíbula, deslocamdo-a para frente

RNC Língua cai e obstrui hipofaringe

Via aerea definitiva

Tubo endotraqueal com balão insulflado, devidamente fixado e conectado ao sistema de ventilação assistida, com suplemento de O2

• IOT, TQT, Cricotireoidostomia cirúrgica

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VIAS AEREAS

Inserção de Tubo Orofaríngeo (Guedel)

• Tamanho adequado: canto da boca ao conduto auditivo externo

• Abrir a boca do doente com manobra de elevação do mento

• Inserir um abaixador de lingua sobre a lingua , o mais posterior possível (cuidado em provocar nausea)

• Inserir o tubo posteriormente deslizando-o gentilmente sobre a curvatura da lingua, realizar rotação de 180 graus, deixar a abas apoiada no labio

• Retirar abaixador de lingua

• Ventilar com o conjunto de balão máscara

Indicação: Ventilacao temporária de paciente insconsciente (enquanto se prepara para a IOT)

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VIAS AEREAS

Inserção de Tubo Nasofaríngeo

• Examinar as fossas nasais para afastar ‘qualquer obstrução aparente (pólipos, fraturas, hemorragia…)

• Selicionar canula de espessura adequada que passará facilmente pela narina.

• Lubrificar o tubo com o lubrificante hidrossolúvel ou com aguá.

• Colocar a ponta do tubo na narina e direcioná-la posteriormente em direção a orelha.

• Introduzir delicadamente o tubo pela narina até a hipofaringe, com discreto movimento de rotação, até que a aba se apóie à narina.

• Ventilar com dispositivo balão máscara

Indicação: Ventilação temporária de paciente que não tolera canula orofaríngea

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VIAS AEREAS

Ventilação com Dispositivo de Balão e Máscara com válvula unidirecional : técnica de 2 pessoas

• Selecionar máscara de tamanho adequado para ajustár-se à face do doente

• Conectar uma fonte de O2 e ajustar fluxo para 12l/min

• Certificár-se que a via aerea está pervia e estabilizada

• A primeira pessoa coloca máscara na face, assegurando vedação adequada com as duas mãos

• A segunda pessoa ventila apertando o balão com duas mãos

• Avaliar a eficiência da ventilação observando movimento torácico

• 1 ventilação a cada 5 segundos

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VIAS AEREAS

IOT

• Preparação• certificar da disponibilidade de aspirador com ponta rigida • Insulflar o balão do tubo endotraqueal para testá-lo e esvaziar em seguida.• Certificarse o laringoscópio esta com intensidade de luz adequada (com pilha ou fonte de energia)• Avaliar dificuldade de Intubação (LEMON)

• IOT• Um assistente estabiliza o pescoço e cabeça do paciente (impedir hiperextensão / hiperflexão)• Segurar Laringoscópio com mão esquerda• Segurar laringoscópio com mão esquerda• Inserir laringoscópio no lado direito da boca do doente , deslocando lingua para esquerda.• Identificar visualmente a epiglote e cordas vocais• Inserir delicadamente o tubo endotraqueal na traqueia sem aplicar pressao sobre os dentes e partes moles da boca•

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VIAS AEREAS IOT (continuação)

• Insulflar o balão com volume de ar suficiente para conseguir vedação adequada (não hiperinsulflar o balão)

• Checar posição do tubo ventilando:• Obsrvando os movimentos da caixa toracica• auscutar: epigastro e torax (4 pontos )

• Fixar tubo (se pcte for transportado sempre reavaliar posicionamento)

• Se não conseguir a IOT em segundos, interromper as tentativas e proceder ventilação com dispositivo balao mascara e tentar novamente a IOT com GEB

• Após IOT colocar capnógrafo e VM para confirmar local

• conectar oximetro

• realizar Rx de torax para avaliar posicionamentro do tubo ( este nao da para avaliar ITO no esofago)

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VIAS AEREAS LEMON (avaliação de IOT difícil)

“L” (“Look Externally”) Procure externamente: procurar características que sabidamente encontram-se realcionadas à IOT dificil

“E” (“Evaluate”) Avalie regra 3-3-2: para alinhar o eixo da faringe, laringe e boca:• distancia entre os dentes incisivos deve ser ao menos 3 dedos• distancia entre o osso hioide e a mandibula deve ser ao menos 3 dedos distancia entre a proeminencia tireoidéia e o assoalho da boca deve ser ao menos 2 dedos.

“M” (“Mallampati”) : doente sentado e com boca aberta e protuir a língua• classe 1: palato mole, úvula, fauces e pilares visíveis• classe 2: palato mole, úvula e fauces visíveis• classe 3: palato mole e base da úvula visíveis• classe 4: apenas palato duro visível

“O” (“Obstruction”) obstrução: epiglotites, abcessos tonsilares, trauma

“N” (“Neck Mobility”) Mobilidade do pescoço: (o colar cervical impede a mobilidade)

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VIAS AEREAS Inserção de máscara laringea

• Preparação• certificar da disponibilidade de aspirador com ponta rigida • Insulflar o balão da máscara para certificár-se de que não há vazamento.• Certificarse o laringoscópio esta com intensidade de luz adequada (com pilha ou fonte de energia)

• Assistente imobiliza cabeça e pescoço• Escolher o tamanho correto: Mulheres pequenas (numero 3), mulheres grandes e homens pequenos (número 4), homens grandes (número 5)• Segurar a máscara laríngea com a mão dominante como uma caneta, com o dedo indicação na junção entre o balão e o cabo e a abertura da máscara orientada sobre a língua.• Passar a máscara por trás dos incisivos superiores com cabo paralelo ao tórax do doente e o indicador apontando para quem está intubando.• Impurrar a mascara lubrificada para a posicao, ao longo da curva palato-faringea com indicador mantendo pressão e guiando o tubo.• Insulflar o balao com volume indicado no cabo• checar posicionamento ventilando.

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VIAS AEREAS Cricotireoidostomia por Punção

• Preparação• Montar e preparar o tubo de O2 fazendo um furo em uma das extremidades e conectar a outra extremidade do tubo a uma fonte de O2.• Colocar paciente em posição supina• Montar cater agulhado de calibre número 12 ou 14 e uma seringa de 5 ou 10 ml.• Preparar o pescoço para cirurgia (anti-sepsia, campos…)

• Palpar membrana cricotireiodea anteriormente (entre a cartilagem cricóide e tireóide). Estabilizar traquéia com polegar e indicador de uma mão.• Puncionar a pele com a agulha conectada a seringa, diretamente sobre a cartilagem na linha media• Direcionar a agulha 45 graus caudalmente, aplicando pressão negativa na seringa.• Inserir cuidadosamente a agulha através da metade inferior da membrana cricotireoidea, aspirando na metida que a agulha avança.• Aspiração de ar significa penetração na traqueia.• Remover a seringa e a agulha inserindo o cateter• Conectar o tubo de O2 no cater e fixar o cateter no pescoço• Proceder ventilação intermitente tampando o orifício por 1 segundo e destampar por 4 segundos • Tentar sincronizar com a ventilação do pcte•Manter por no máximo 30 a 45 minutos (alta retenção de CO2)

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VIAS AEREAS Cricotireoidostomia por Punção

• Complicações

• Ventilação inadequada levando a hipóxia

• Aspiaração

• Perfuração esofágica

• Hematoma

• Perfuração da parede traqueal posterior

• Enfisema subcutâneo e/ou mediastinal

• Perfuração da tireóide

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VIAS AEREAS Cricotireoidostomia cirúrgica

• Preparação• Colocar paciente em posição supina• Montar equipamentos necessários.• Preparar o pescoço para cirurgia (anti-sepsia, campos…)

• Palpar membrana cricotireiodea anteriormente (entre a cartilagem cricóide e tireóide). Estabilizar traquéia com polegar e indicador de uma mão.• Anestesia local• Incisão transversa na pele sobre a menbrana cricotireoideana• Incisão transversa através da membrana• Inserir pinça hemostática e dilatar a o orifício para abrir a Via aérea• Inserir tuo endotraqueal ou tubo de traqueostomia de tamanho apropriado (5ou 6), com balão.• Insulflar o balão e ventilar• Checar posicionamento ( observar expansão torácica, auscuta, capnógrafo)• Fixar o tubo

CI: Menores de 12 anos.

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VIAS AEREAS Cricotireoidostomia cirúrgica

• Complicações

• Aspiração• Criação de falsos trajetos• Estenose/ edema subglótico•Estenose de laringe• Hemorragia ou formação de hematoma• Ferimento do esôfago, traquéia• Enfisema de mediastino• Paralisia de cordas vocais, rouquidão

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Acesso venoso Punção de Veia Femoral pela Técnica de Seldinger

• Pcte em posição supina• Anti-sepsia local + colocação de campos esterelizados• Localizar a veia femoral pela palpação da artéria (veia se localiza imediatamente medial a arteria – NAV). • Um dedo deve ser mantido sobre a artéria para orientação da punção• Anestesia local• Introduzir uma agulha grande encaixada em uma serigna de 10ml com 0,5 a 1ml de solução salina. A agulha direcionada para a cabeça do doente, deve perfurar a pele diretamente sobre a veia. a seringa deve manter paralela ao plano frontal.• Dirigir a agulha cranialmente e posteriormente, avançando-o lentamente ao mesmo tempo que se traciona delicadamente o êmbolo da seringa.• quando o sangue fluir, remover a seringa e ocluir a agulha com o dedo (evitar embolia gasosa) • Inserir fio guia e remover a agulha• Inserir dilatador e em seguida retirá-lo• Introduzir o cater e em seguida retirar o fio guia• Conectar o caterer ao equipo de soro• Fixar o cateter• fixar equipo de soro• Solicitar Rx de tórax e abdome para identificar posição

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Acesso venoso Punção de Veia Femoral pela Técnica de Seldinger

• Complicações • TVP • Lesao arterial ou nervo

• Infecção

• Fístula artério-venosa

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Acesso venoso Punção de Veia Subclávia via infraclavicular

• Separar e checar os materiais necessários • Monitorização cardiaca e oximetria• Pcte em DDH em Trendelemburg (15 graus), rodar a cabeça para o lado oposto • Anti-sepsia local rigorosa + colocação de campos esterelizados• Anestesia local (se doente acordado)• Introduzir agulha grande na pele com o bisel para cima o conectada a uma seringa de 10 ml com 0,5 a 1ml de soro, 1 cm abaixo do centro do terço médio da clavícula• Dirigir a agulha medialmente, em direção levemente cranial, para trás da clavicula e em direção ao ângulo posterosuperior da extremidade external da clavícula. Manter seringa e agulha em plano frontal.• Introduzir a agulha lentamente, ao mesmo tempo tracionando gentilmente o êmbolo da seringa.• Quando fluir livremente sangue, girar o bisel para baixo, e ocluir a agulha com o dedo , para evitar embolia gasosa.• Inserir fio guia (checar monitor para observar arritmias)• Remover agulha• Introduzir cateter sobre o fio guia ate uma profundidade pré-determinada ( a ponta do cateter deve estar acima do atrio direito)• Conectar cateter a equipo de soro• Colocar soro abaixo do nivel do paciente e observar refluxo de sangue• Fixar o cateter• Fixar equipo• Proceder auscuta pulmonar• Solicitar Rx de tórax (identificar posição do cateter e um possível pneumotórax) e Rx coluna cervical

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Acesso venoso Punção de Veia Jugular Interna via Medial ou Central

• Separar e checar os materiais necessários • Monitorização cardiaca e oximetria• Pcte em DDH em Trendelemburg (15 graus), rodar a cabeça para o lado oposto • Anti-sepsia local rigorosa + colocação de campos esterelizados• Anestesia local (se doente acordado)• Introduzir agulha grande na pele com o bisel para cima o conectada a uma seringa de 10 ml com 0,5 a 1ml de soro, no centro do ângulo formado pelos dois feixes do músculo esternocleidomastoideo e pela clavícula.• Dirigir a agulha caudalmente, paralelamente ao plano sagital , em um ângulo de 30 graus em relação ao plano frontal.• Introduzir a agulha lentamente, ao mesmo tempo tracionando gentilmente o êmbolo da seringa.• Quando fluir livremente sangue, girar o bisel para baixo, retirar a seringa e ocluir a agulha com o dedo , para evitar embolia gasosa.• Inserir fio guia (checar monitor para observar arritmias)• Remover agulha• Introduzir cateter sobre o fio guia ate uma profundidade pré-determinada ( a ponta do cateter deve estar acima do atrio direito)• Conectar cateter a equipo de soro• Colocar soro abaixo do nivel do paciente e observar refluxo de sangue• Fixar o cateter• Fixar equipo• Proceder auscuta pulmonar• Solicitar Rx de tórax (identificar posição do cateter e um possível pneumotórax), Rx coluna cervical

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Acesso venoso Punção de Veia Jugular Interna via posterior

1. Mesmo posicionamento da punção medial 2. Escolher local de punção: cruzamento da jugular externa com o

esterno-cleidocciptomastoideo ou 5 cm acima da clavícula no bordo posterior do esternocleidocciptomastoideo. Palpar carótida

3. Preparar pele e colocar campo estéril. 4. Anestesia da pele com lidocaina. 5. Introduzir agulha do cateter no ponto escolhido no passo 2.

Introduzir com ângulo de 30 grau e orientando para a fúrcula esternal. Manter aspiração contínua ate que ocorra refluxo de sangue, quando deverá ser retirada a seringa e introduzido o cateter.

6. Conectar sistema de infusão e verificar refluxo sanguíneo. 7. Fixar cateter à pele com sutura e realizar curativo.   

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Acesso venoso Punção de Veia Jugular Interna via Medial ou Central

• Complicações

• Pneumo ou hemotórax •Trombose venosa

• Lesão arterial ou neurológica

• Quilotórax

• Infecção

• Embolia Gasosa

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Acesso venoso Punção / Infusão Intraóssea pela Tíbia proximal

Indicações: < 6 anos, sem possibilidade de acesso venoso

• Checar e separar os materiais necessários •Paciente em DDH, extremidade inferior sem lesões, colocar sob o joelho um coxim de altura suficiente para dobrar o joelho e, ângulo aproximado de 30 graus. Identificar local da punção – superfície anteromedial proximal da tíbia, aproximadamente a um dedo (1 a 3 cm) abaixo da tuberosidade tibial.• Anti-sepsia rigorosa• Anestesia local• Introduzir agulha de aspiração de medula óssea curta (com rosca ou lisa) e de grande calibre (ou agulha de punção peridural, curta, de calibre 18, e com mandril)• Punção a princípio em angulo de 90 graus com a superfície a superfície da tíbia e evitando a placa epifisária• Depois que alcançar o osso direcionar a agulha para um angulo de 45 – 60 graus. Avançar através da córtex e para dentro da medula óssea, fazendo movimento de rotação ou pressionando firme.• Remover o mandril e conectar a agulha a uma seringa de 10 ml com 5 ml de soro. Tracionar suavemente o embolo. Aspiracao de medula indica bom posicionamento.•Injetar solução salina para desobstruir. Se solucao salina fluir facilmente e sem formar edema local: bem posicionada. •Conectar a agulha em equipo.•Fixar a agulha• Retirar a agulha o mais rápido possível , assim que consiga outro acesso

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Acesso venoso Punção / Infusão Intraóssea pela Tíbia proximal

Complicações

• Infecção

• Transfixação do osso

• Infiltração subcutânea ou subperiostal

• Necrose da pele por pressão

• Lesão da placa epifisária

• Hematoma

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Acesso venoso Disseccao venosa (Basilica)

•Escolher local de punção: Dissecação da veia basílica no 1/3 proximal do braço. No sulco bicipital injeta–se anestésico ao longo dos planos, em todo trajeto da dissecação.•Rebate-se a fáscia longitudinalmente com o afastador. Neste momento é possível visualizar a veia basílica e o nervo cutâneo medial do antebraço (ramos).•Identifica-se a veia basílica.•Isola-se a veia com um fio de algodão e providencia-se a sua ligadura proximal•É passado um outro fio de algodão desta vez distal ao primeiro, identificado-os como fios de reparo. Este momento da dissecação venosa é•extremamente importante, com os fios e reparos iremos identificar o sentido do fluxo sangüíneo dentro do vaso, desta forma corroboremos a estrutura dissecada como veia.

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Acesso venoso Dissecção venosa (Basilica)

•Um botão anestésico é providenciado distal a ferida cirúrgica, para que se realize a contra-abertura e saída do cateter. •Flebotomia transversa, e dilatação da incisão venosa.•Biselamento da ponta do cateter.•Progressão do cateter, ja colocado pela contra abertura , seccao diatal da veia apos ligadura,•Ligadura proximal da veia com o cateter•Teste com soro•Hemostasia, fechamento da pele e fixacao do cateter pela contra abertura com bailarina •Curativo

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Acesso venoso Dissecção venosa (Safena)

• Separar e checar material necessário• Anti-sepsia com colocação de campos esterelizados• Anestesia local• Incisão cutânea transversa de extensão de 2,5 cm anterior ao maleolo medial• Dissecção romba com identificação e isolamento da veia• Liberar aproximadante 2 cm de veia do leito •Ligar a veia distalmente, deixando o fio sem cortar de modo que ele possa ser utilizado para tracionar a veia• Passar um fio em torno da veia , proximalmente• Fazer uma pequena venotomia transversa e dilatá-la gentilmente com a pinça hemostática fechada• Introduzir cateter plástico através da venotomia e fixá-lo amarrandoo fio proximal.• conectar o cateter ao equipo• fixacao do cateter• Sintese da pele•curativo

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Acesso venoso Dissecção venosa (Safena)

• Celulite

• Hematoma

• Flebite

• Perfuração da parede posterior da veia

• Trombose venosa

• Secçàào do nervo

• Secção arterial

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Tórax Toracocentese com Agulha

Pcte em situação crítica, com deterioração rápida com pneumotórax!

• Avaliar estado respiratório• Admnistrar oxigênio 12l/min com mascara e ventilar se necessário• Identificar 2 EIC na linha medioclavicular do lado do pneumotórax• Anti-sepsia rigorosa + colocação de campos esterelizados• Anestesia local se pcte consciente• Puncionar a pele com cateter agulhado de 5 cm de comprimento, tampado, imediatamente superior a costela inferior.• Introduzir agulha em angulo de 90 graus• Remover a tampado cateter e observar escape súbito de ar• Remover a agulha e recolocar a tampa no cateter. Deixar o cateter e fazer curativo• Proceder a drenagem de tórax com selo d’água.• Solicitar Rx Tórax

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Tórax Toracocentese com Agulha

• Complicações

• Hematoma local

• Pneumotórax

• Laceração Pulmonar

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Tórax Drenagem torácica• Separar e checar material necessário• Monitorização e oximetria•Máscara de O2 21l/min• Anti-sepsia + colocação campos esterelizados• Escolher o local de drenagem ( geralmente no 5 EIC logo anteriormente a linha axilar media do lado afetado)• Anestesiar o local• Incisão transversa de 2 a 3cm,no local pré-determinado, e dissecar as partes moles de forma romba junto a borda superior da costela inferior• Perfurar a pleura parietal com a pinça hemostática e introduzir o dedopara dilatar, remover aderencias, coagulos e checar o local que sera drenado.• Pinçar a extremidade proximal do dreno e introduzi-lo postero-superiormente junto a parede toracica interna, na extensão desejada.• Observar o embaçamento do tubo torácico•Conectar a extremidade do dreno de toracostomia a um sistema de selo d’água• Fixar o dreno no local com fio de sutura• Aplicar curativo local• Fixar com esparadrapo o dreno ao tórax• Auscuta pulmonar, checar melhora MV• Fazer Rx Tórax

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Tórax Drenagem Tórax

Complicações

• Laceração ou perfuração de orgaos intratorácicos e/ou intra-abdominais • Contaminacao da pleura

• Lesão de nervo ou arteria intercostal

• Pneumotórax persistente

• Enfisema subcutâneo

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Tórax Pericardiocentese• Monitorização cardíaca, oximetria de pulso, ECG prévio• Máscara de O2 12l/min• Checar e separar o material a ser utilizado• Anti-sepsia da região xifóidea e subxifóidea (se tempo permite)• Anestesiar ponto de punção se pcte acordado• Adaptar seringa vazia de 50ml com uma torneirinha de 3 vias, a um cateter agulhado de 15 cm ou mais, calibre 16 a 18 G.• Auscuta cardiaca para avaliar se não houve grande deslocamento mediastinal• Puncionar a pele 1 a 2 cm abaixo e a esquerda da junção xifocondral, com uma angulação de 45 graus em relação a pele.• Avançar a agulha com cuidado, em sentido cranial, apontando-a para a ponta da escápula esquerda• Se a agulha avançar excessivamente, para dentro do musculo ventricular, aparece no monitor uma padrao conhecido como “corrente de lesão”, ou ate extra-sistoles. Com esse sinai a agulha deve ser recuada ate desaparecer as alteracoes do ECG.• Qdo a ponta da agulha penetra no pericardio, retirar todo o volume possível• Durante a aspiracao o epicardio reaproxima da superfície com isso a ponta pode voltar a entrar em contato com miocardio e reaparecer os sinais no ECG. Com isso deve-se recuar a agulha ou ate retirar se persisti com ECG alterado• Após aspiração, conectar adaptar a torneirinha e mantê-la fechada.• Fixar cateter no local• Se persistir sinais de tamponamento , reabrir a torneirinha e aspirar novamente• Encaminhar para tto definitivo

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Tórax Pericardiocentese

• Complicações

• Aspiração de sangue ventricular em vez de pericárdico

• Laceracao do epicardio / miocardio ventricular

• Laceração da artéria ou veia coronária

• Novo hemopericardio secundário a lesões

• Fibrilaçao ventricular

• Pneumotórax

• Punção de grandes vasos

• Punção do esôfago

• Punção do peritoneo

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Abdome Lavado Peritoneal Diagnóstico: Técnica Aberta• Checar e separar materiais necessários• Descomprimir a bexiga com sonda vesical• Descomprimir estômago inserindo uma sonda gástrica• Anti-sepsia (da borda costal à area suprapúbica e de flanco a flanco, anteriormente)• Colocação de campos esterelizados• Anestesia local na linha media dois dedos abaixo do umbigo (utilizar xilocaína com epinefrina para evitar sangramento da parede)• Incisão vertical na pele e TCS até aponeurose• Prender margens da aponeurose (com de nylon zero) e tracioná-la.• Fazer uma sutura em bolsa no peritoneo e perfurá-lo introduzir cateter de diálise • Avança-lo em direção a pelve e FSD E.• Conectar uma seringa ao cateter e aspirar• Caso não aspire sangue vivo ou conteudo fecaloide:• Injetar 1 litro de SF aquecido ou 10ml /kg através de equipo de soro conectado ao cateter• Agitação suave do abdome• Drenagem: colocar o frasco de soro no chão e deixar refluir ( o frasco deve ter respiro). Deve-se conseguir ao menos 30 % do líquido infundido• Análise: coloração gram, contagem de eritrócitos e leucócitos. Teste positivo se:>100000 hemácias /ml ou > 500 leucócitos/ ml ou exame pela coloração Gram positivo para fibras vegetais ou bactérias.• Se positivo indicado cirurgia

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Abdome Lavado Peritoneal Diagnóstico: Técnica Aberta

• Complicações

• Hemorragia (pele e TCS)

• Peritonite devido a perfuracao de alca

• Ferimento de bexiga

• Infecção de FO

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Sondagem Vesical Homem • Checar e separar materiais necessários• Anti-sepsia ampla com PVPI ou Clorexedini aquoso• Abaixamento do prepúcio com exposiçào da glande com limpeza local• Elevação e retificação do penis• Colocacao de 10 ml de xilocaina•

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TCE Retirada de Capacete• Um assistente estabiliza a cabeça e o pescoço, colocando uma mão de cada lado do capacete com os dedos na mandíbula do paciente• A segunda pessoa corta ou solta a presilha do capacete• A segunda pessoa com uma mão posiciona o polegar sobre o angulo da mandibula e os demais dedos na outra mandibula, a outra mão é apoiada com firmeza por baixo da cabeça, na região occipital ( transferindo a responsabilidade de estabilizacao para a segunda pessoa.• A primeira pessoa abre o capacete lateralmentee retira-o com cuidado• Colocacao do colar cervical• raio x coluna cervical