TRÊS DÉCADAS DE HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO

UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Autor: Antônio Marcos Raimondi.

Diretor Adjunto – Sindicato dos Médicos – Regional de Ribeirão Preto.

Os homicídios são um problema social grave. Esta situação não é

exclusiva do Brasil, uma vez que ocorre em vários países diferentes,

variando apenas em amplitude.

Para conter o aumento dos homicídios foram aplicadas medidas

imediatistas, fundadas no medo, indignação e desejo de vingança.

Infelizmente, tais remédios se mostraram ineficazes, pois se baseiam

mais na comoção e voluntarismo do que na análise das

características do problema.

Desta forma, o objetivo deste estudo é analisar os

homicídios em Ribeirão Preto. São propostas três questões:

QUÃO ALTA É A TAXA DE HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO

PRETO, SE COMPARADA A OUTROS LOCAIS?

QUAL É A TENDÊNCIA, AO LONGO DO TEMPO, DA

TAXA DE HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO?

É POSSÍVEL REDUZIR AS TAXAS DE HOMICÍDIOS EM

RIBEIRAO PRETO?

Os dados anuais analisados são do período de 1980 a 2012 e foram

obtidos da fundação SEADE, IBGE, Banco Mundial e Secretaria de

Segurança Pública do Estado de São Paulo.

QUÃO ALTA É A TAXA DE HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO

PRETO, SE COMPARADA A OUTROS LOCAIS?

Em 2010, o PIB de Ribeirão Preto superou os dezessete bilhões

de reais. É a trigésima cidade mais rica do Brasil, neste aspecto.

Entretanto, as taxas de homicídios de Ribeirão Preto estão

distantes do Primeiro Mundo (GRÁFICO I, TABELAS I,II e III ). São mais

próximas dos países pobres:

A incidência anual de homicídios em Ribeirão Preto chega a ser

1693% maior que a média de países desenvolvidos .

Na América do Sul, Bolívia, Peru e Paraguai apresentaram

proporcionalmente menos homicídios que Ribeirão Preto (GRÁFICO II,

TABELA IV).

A comparação das taxas de homicídios de Ribeirão Preto com

outras cidades de tamanho semelhante indicou piora relativa ao longo

do tempo (GRÁFICO III, TABELAS V e VI):

Até o início da década de noventa, as taxas de homicídios de

Ribeirão Preto eram muito menores que as de Santo André, Osasco e

São José dos Campos. Nos dias atuais, a incidência de homicídios em

Ribeirão Preto praticamente se igualou a destes municípios.

Isto ocorreu a partir dos seguintes movimentos:

1. Durante as décadas de oitenta e noventa, o crescimento das

taxas de homicídios se acelerou em todas as cidades.

2. A partir do início do século XXI, houve um declínio das taxas

de homicídios nestes municípios.

3. A aceleração das taxas de homicídios foi elevada em

Ribeirão Preto. Posteriormente, a redução foi lenta.

4. Por fim, as diferenças entre as cidades, que eram maiores

no início dos anos oitenta, foram diminuindo ao longo do

tempo. Hoje, as taxas de homicídios praticamente se

equipararam entre as cidades.

AS TAXAS DE HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO SÃO

ELEVADAS. A CAPITAL DO AGRONEGÓCIO E DA CALIFÓRNIA

BRASILEIRA É UM LOCAL TÃO VIOLENTO QUANTO OUTROS

DO TERCEIRO MUNDO.

QUAL É A TENDÊNCIA, AO LONGO DO TEMPO, DA

TAXA DE HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO?

Entre 1980 e 2012 as taxas de homicídios em Ribeirão Preto

apresentaram evolução cíclica (TABELA VII, GRÁFICO V):

- Cada ciclo durou cerca de 26 anos. O ciclo foi composto de um

“vale” e uma “montanha”.

- A duração do “vale” foi de 13 anos, com taxas de homicídio se

mantendo menores que 15/100.000 habitantes.

- O vale foi seguido pela “montanha”. A montanha apresentou

uma fase de de seis anos de “subida” até o pico. O “pico” de homicídios

ocorreu cerca de 19 anos após o início do ciclo. Após o “pico”, houve

uma fase de “descida” de sete anos até “vale” e o ciclo recomeçar.

Caso as taxas de homicídios mantenham este padrão cíclico, é

esperado que permaneçam menores que 15/100.000 habitantes até

2017-2018 e, a partir de então, passem a subir.

NÃO HÁ TENDÊNCIA CONSISTENTE PARA A QUEDA DAS

TAXAS DE HOMICÍDIOS, NOS PRÓXIMOS 10 ANOS, EM

RIBEIRÃO PRETO. A EVOLUÇÃO DAS INCIDÊNCIA DE

HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO É CÍCLICA, COM PERÍODOS

DE AUMENTO INTENSO INTERCALADOS POR PERÍODOS DE

ESTAGNAÇÃO.

É POSSÍVEL REDUZIR AS TAXAS DE HOMICÍDIOS EM

RIBEIRAO PRETO?

Cinco fatores, que precedem em 17 anos a ocorrência do

homicídio , determinam a incidência de homicídios (TABELA VIII):

- Taxa de fecundidade.

- Índice de envelhecimento.

- Proporção homem/mulher.

- Taxa de nupcialidade.

- Taxa de mortalidade infantil.

Por exemplo, a taxa de homicídios de 2012 apresenta correlação

com os fatores do ano de 1995. As definições dos fatores são as

adotadas pela fundação SEADE.

Utilizando-se regressão multivariada, foi obtida equação que pode

estimar taxas de homicídios futuras (GRÁFICO VI). Basicamente, ele

coincide com o modelo cíclico, indicando aceleração das taxas de

homicídio em Ribeirão Preto a partir de 2015.

OS FATORES QUE DETERMINAM AS TAXAS DE HOMICÍDIOS

OCORREM CERCA DE 17 ANOS ANTES DAS MORTES.

ESTES FATORES ESTÃO RELACIONADOS COM A IDADE

REPRODUTIVA E CONDIÇÕES DE VIDA DURANTE O PRIMEIRO

ANO DE VIDA.

A REDUÇÃO CONSISTENTE E A LONGO PRAZO DAS TAXAS DE

HOMICÍDIOS DEPENDERÁ DA MELHORIA SIGNIFICATIVA DAS CONDIÇÕES

DE VIDA E SAÚDE DE DOIS GRUPOS:

- MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA.

- CRIANÇAS MENORES DE UM ANO.

CONCLUSÃO

OS HOMICÍDIOS SÃO UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. SABE-SE

QUE, EM RIBEIRÃO PRETO, HÁ INDICADORES DE SAÚDE QUE, EMBORA

MELHORES QUE NO RESTANTE DO BRASIL, TÊM PERMANECIDO

ESTACIONÁRIOS DESDE A ÚLTIMA DÉCADA. ISTO SE DEVE AO FATO DE

QUE HOUVE EXPANSÃO DOS SERVIÇOS, MAS A EFICÁCIA E QUALIDADE

CONTINUAM EM GERAL BAIXAS.

A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA EM RIBEIRÃO PRETO NÃO SERÁ

CAUSADA PELA APLICAÇÃO DE LEIS DRACONIANAS, MAIS POLICIAIS,

MAIS CÂMERAS DE SEGURANÇA, MAIS CADEIAS OU MAIS JUÍZES.

A DIMINUIÇÃO DA VIOLÊNCIA DEPENDERÁ, SIM, DE SERVIÇOS DE

SAÚDE E EDUCAÇÃO DE BOA QUALIDADE, ACESSÍVEIS AOS GRUPOS

MAIS VULNERÁVEIS – MULHERES E CRIANÇAS - NÃO APENAS POR

ALGUNS ANOS, MAS CONTÍNUOS POR AO MENOS UMA GERAÇÃO.

GRÁFICOS

GRÁFICO I – HOMICÍDIOS* POR 100.000 HABITANTES – COMPARAÇÃO

PAÍSES COM AS MENORES TAXAS MUNDIAIS NO ANO DE 2010 COM O

ESTADO DE SÃO PAULO (2012) E RIBEIRÃO PRETO (2012).

FONTES: BANCO MUNDIAL, FUNDAÇÃO SEADE E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO (2012).

*HOMICÍDIOS INTENCIONAIS.

GRÁFICO II – HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES – COMPARAÇÃO

ENTRE ALGUNS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL, ESTADO DE SÃO PAULO E

RIBEIRÃO PRETO.

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE, SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO E

BANCO MUNDIAL.

GRÁFICO III – MUNICÍPIOS DE SÃO PAULO COM POPULAÇÃO ENTRE

600 E 700 MIL HABITANTES – 2012.

FONTE: FUNDAÇÃO SEADE.

GRÁFICO IV – HOMICÍDIOS NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO

PAULO COM POPULAÇÃO ENTRE 600 E 700 MIL

HABITANTES – MÉDIA TRIENAL – 1980-2012.

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE (1980-2011) E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO (2012).

*MÉDIA TRIENAL DA TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES:

M = (A-1+A+A+1)/3

M= MÉDIA TRIENAL

A-1 = TAXA DE HOMICÍDIOS NO ANO (A-1)

A = TAXA DE HOMICÍDIOS NO ANO A

A+1 = TAXA DE HOMICÍDIOS NO ANO (A+1)

POR EXEMPLO, A TAXA DE HOMICÍDIOS DE 1981 CORRESPONDE A MÉDIA TRIENAL DE

1980,1981 E 1982.

GRÁFICO V – TAXAS DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES –

TAXA REAL X TAXA PREVISTA - RIBEIRÃO PRETO – 1980-2012.

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO.

A TAXA FOI PREVISTA POR FÓRMULA DE POLINÔMIO TRIGONOMÉTRICO:

F(t) = MÓDULO( 17,69+(26,89*(COS(0,24*(ANO-1999)))))

Onde:

t = Ano.

MÓDULO = valor absoluto da expressão 17,69+(26,89*(COS(0,24*(ANO-1999)))).

GRÁFICO VI – TAXAS DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES –

TAXA REAL X TAXAS PREVISTAS POR REGRESSÃO MULTIVARIADA E

POLINÔMIO TRIGONOMÉTRICO - RIBEIRÃO PRETO – 1980-2012.

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO.

A TAXA PREVISTA PELO POLINÔMIO TRIGONOMÉTRICO FOI CALCULADA PELA FÓRMULA:

F(t) = MÓDULO( 17,69+(26,89*(COS(0,24*(ANO-1999)))))

Onde:

t = Ano.

MÓDULO = valor absoluto da expressão 17,69+(26,89*(COS(0,24*(ANO-1999)))).

A TAXA PREVISTA POR REGRESSÃO MULTIVARIADA FOI CALCULADA ATRAVÉS DA SEGUINTE

FÓRMULA:

F(X) = [ (6,45 + 2,77*A + 18,06*B + 0,5*C + 8,31*D – 1,95*E) * 11,64] + 17,69

Onde:

F(x) – Taxa de homicídios por 100.000 habitantes no ano X.

A – Taxa de fecundidade no ano X-17, expressa em desvio-padrão da média.

B – Índice de envelhecimento no ano X-17, expressa em desvio-padrão da média.

C – Mortalidade infantil no ano X-17, expressa em desvio-padrão da média.

D – Relação homem:mulher no ano X-17, expressa em desvio-padrão da média.

E – Taxa de nupcialidade, expressa em desvio-padrão da média.

TABELAS

TABELA I – HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO – 1980-2012:

RESUMO ESTATÍSTICO.

MEDIDA

VALOR*

Média 17,69

Mediana 12,30

Desvio padrão 11,64

Mínimo (2008) 5,99

Máximo (1999) 44,58

*TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES.

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE (1980-2011) E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO

PAULO (2012).

TABELA II – HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO – 1980-2012.

ANO

TAXA DE HOMICÍDIOS*

ANO

TAXA DE HOMICÍDIOS*

1980 9,15 1997 36,12

1981 9,50 1998 34,27

1982 12,49 1999 44,58

1983 11,26 2000 43,84

1984 11,78 2001 34,21

1985 11,99 2002 32,97

1986 6,89 2003 16,27

1987 10,81 2004 12,30

1988 8,51 2005 11,17

1989 11,68 2006 10,09

1990 13,02 2007 9,23

1991 15,89 2008 5,99

1992 13,10 2009 8,42

1993 21,54 2010 10,43

1994 18,27 2011 8,33

1995 26,79 2012 12,70

1996 40,33

*TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES.

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE (1980-2011) E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO

PAULO (2012).

TABELA III – HOMICÍDIOS* POR 100.000 HABITANTES – COMPARAÇÃO

PAÍSES COM AS MENORES TAXAS NO ANO DE 2010, ESTADO DE SÃO

PAULO (2012) E RIBEIRÃO PRETO (2012).

PAÍS

HOMICÍDIOS POR 100.000

HABITANTES

CINGAPURA 0,37

NORUEGA 0,59

ÁUSTRIA 0,63

SUÍÇA 0,68

ESLOVÊNIA 0,74

ALEMANHA 0,84

ESPANHA 0,85

ITÁLIA 0,87

MALTA 0,96

SUÉCIA 0,97

ESTADO DE SÃO PAULO 11,53

RIBEIRÃO PRETO 12,7

FONTES: BANCO MUNDIAL, FUNDAÇÃO SEADE E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO (2012).

*HOMICÍDIOS INTENCIONAIS.

TABELA IV – HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES – COMPARAÇÃO

ENTRE ALGUNS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL, ESTADO DE SÃO PAULO E

RIBEIRÃO PRETO:

LOCAL

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100.000

HABITANTES

ANO

ARGENTINA 3,39 2009

CHILE 3,68 2011

BOLÍVIA 8,9 2010

PERU 10,32 2009

PARAGUAI 11,48 2010

ESTADO DE SÃO PAULO 11,53 2012

RIBEIRÃO PRETO 12,7 2012

BRASIL 21,02 2010

COLÔMBIA 31,42 2011

VENEZUELA 45,13 2010

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE, SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO E

BANCO MUNDIAL.

TABELA V – MUNICÍPIOS DE SÃO PAULO COM POPULAÇÃO ENTRE

600 E 700 MIL HABITANTES - 2012:

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

SOROCABA

600.678

RIBEIRÃO PRETO

621.038

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

646.139

OSASCO

669.148

SANTO ANDRÉ

679.933

FONTE: FUNDAÇÃO SEADE.

TABELA VI – HOMICÍDIOS* NOS MUNICÍPIOS DE SÃO PAULO COM

POPULAÇÃO ENTRE 600 E 700 MIL HABITANTES – MÉDIA TRIENAL – 1980-2012:

ANO

MÉDIO DO

TRIÊNIO*

SOROCABA

RIBEIRÃO

PRETO

SÃO JOSÉ DOS

CAMPOS

OSASCO

SANTO ANDRÉ

1981 7,45 10,38 19,89 37,40 9,31

1984 15,91 11,68 19,12 46,72 19,27

1987 14,95 8,74 16,52 47,29 20,33

1990 17,47 13,53 22,23 57,76 30,85

1993 16,17 17,64 31,37 54,30 29,11

1996 18,43 34,41 43,43 60,89 45,06

1999 22,50 40,90 52,67 66,36 50,27

2002 28,02 27,82 45,86 72,00 45,04

2005 21,02 11,19 23,18 32,25 27,72

2008 13,22 7,88 11,90 26,66 14,69

2011 13,00 10,49 11,35 16,42 11,80

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE (1980-2011) E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO (2012).

*MÉDIA TRIENAL DA TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES:

M = (A-1+A+A+1)/3

M= MÉDIA TRIENAL

A-1 = TAXA DE HOMICÍDIOS NO ANO (A-1)

A = TAXA DE HOMICÍDIOS NO ANO A

A+1 = TAXA DE HOMICÍDIOS NO ANO (A+1)

POR EXEMPLO, A TAXA DE HOMICÍDIOS DE 1981 CORRESPONDE A MÉDIA TRIENAL DE 1980,1981 E 1982.

. TABELA VII – HOMICÍDIOS EM RIBEIRÃO PRETO – 1980-2012:

TAXAS NORMALIZADAS.

ANO

TAXA DE HOMICÍDIOS*

ANO

TAXA DE HOMICÍDIOS*

1980 -0,73 1997 1,58

1981 -0,70 1998 1,42

1982 -0,45 1999 2,31

1983 -0,55 2000 2,25

1984 -0,51 2001 1,42

1985 -0,49 2002 1,31

1986 -0,93 2003 -0,12

1987 -0,59 2004 -0,46

1988 -0,79 2005 -0,56

1989 -0,52 2006 -0,65

1990 -0,40 2007 -0,73

1991 -0,16 2008 -1,01

1992 -0,39 2009 -0,80

1993 0,33 2010 -0,62

1994 0,05 2011 -0,80

1995 0,78 2012 -0,43

1996 1,94

*TAXA NORMALIZADA DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES:

y = (x- m)/s

y = taxa normalizada

x = taxa anual de homicídios

m = média do período (17,69)

s = desvio padrão (11,64)

FONTES: FUNDAÇÃO SEADE (1980-2011) E SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO

PAULO (2012).

TABELA VIII – COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO - r - ENTRE

TAXAS DE INDICADORES POPULACIONAIS(1980-1994) E A

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES (1997 -2011),

EXPRESSOS EM DESVIO-PADRÃO DAS RESPECTIVAS MÉDIAS.

INDICADOR

FECUND.

(1980-1994)

ENVELHEC. (1980-1994)

MORT. INF. (1980-1994)

HOMEM/MULHER

(1980-1994)

NUPC. (1980-1994)

HOMICÍDIOS (1997-2011)

FECUNDIDADE (1980-1994)

1,00

ENVELHECIMENTO (1980-1994)

-0,93 1,00

MORTALIDADE INFANTIL

(1980-1994) 0,76 -0,84 1,00

RELAÇÃO HOMEM:MULHER

(1980-1994) 0,95 -0,99 0,84 1,00

NUPCIALIDADE (1980-1994)

0,98 -0,93 0,78 0,96 1,00

HOMICÍDIOS (1997-2011)

0,90 -0,81 0,74 0,86 0,85 1,00

FONTE: FUNDAÇÃO SEADE.

BIBLIOGRAFIA:

1. IBGE http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2010/default_xls.s

htm

2. Banco Mundial

http://databank.worldbank.org/data/home.aspx

3. Secretaria de Segurança Pública – Estado de São Paulo:

http://www.ssp.sp.gov.br/estatistica/dados.aspx?id=E

4. Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE:

http://www.seade.gov.br/produtos/imp/

5. BRUNET, JFG; BERTÉ, AMA; BORGES CB. O Gasto Público no Brasil. 1.ed. Rio de

Janeiro: Elsevier , 2012.184p.

6. LATTIN, J; CARROLL, JD; GREEN, PE. Análise de Dados Multivariados. São Paulo:

Cengage, 2011. 455p.

7. RAIMONDI, A M . Dicionário Fundamental de Bioestatística. 1. ed. São Paulo: Edição do autor, 2002. v. 1. 64p .

8. BATSCHELET, E. Introdução à Matemática para Biocientistas. 1. Ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1978. 596p.