TRF 4ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO. A ULAS 05 E 06 R ECURSOS 1. Considerações preliminares...
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PROCESSO CIVIL TRF 4ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO
TRF 4ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO. A ULAS 05 E 06 R ECURSOS 1. Considerações preliminares Recurso é o mecanismo processual que visa a provocar um reexame
A ULAS 05 E 06 R ECURSOS 1. Consideraes preliminares Recurso o
mecanismo processual que visa a provocar um reexame da deciso
judicial, antes da coisa julgada formal, ou seja, antes do trnsito
em julgado da sentena. Os recursos fundamentam-se no princpio do
duplo grau de jurisdio, sendo aplicveis a todas as decises
interlocutrias e sentenas. De acordo com o art. 506, CPC, o prazo
para a interposio do recurso contar-se- da data: I - da leitura da
sentena em audincia; II -da intimao s partes, quando a sentena no
for proferida em audincia; III - da publicao da smula do acrdo no
rgo oficial.
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Em conformidade com o art. 508, CPC, na apelao, nos embargos
infringentes, no recurso ordinrio, no recurso especial, no recurso
extraordinrio e nos embargos de divergncia, o prazo para interpor e
para responder de 15 dias. No ato de interposio do recurso, o
recorrente comprovar, quando exigido pela legislao pertinente, o
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob
pena de desero. 2. Espcies de recursos So cabveis os seguintes
recursos: I - apelao; II -agravo; III - embargos infringentes; IV -
embargos de declarao; V - recurso ordinrio; VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinrio; VIII -embargos de divergncia em
recurso especial e em recurso extraordinrio.
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2.1. A apelao (arts. 513 ao 521, CPC) A apelao o recurso cabvel
contra as decises terminativas ou definitivas (sentena). A apelao
um recurso ordinrio, de primeiro grau, cuja petio de interposio
dirigida ao prprio juiz prolator da sentena recorrida. Possui os
dois efeitos, o devolutivo e o suspensivo, e seu prazo para
interposio e defesa de 15 dias. A apelao do interessado poder
versar sobre toda a deciso ou sobre apenas alguns de seus aspectos.
Da deciso que rejeita o recurso de apelao, caber agravo de
instrumento, atravs do qual o recorrente far com que o rgo recursal
reveja a deciso inferior e, se entender cabvel a apelao, d
provimento ao agravo, ordenando o processamento da apelao.
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2.2. O agravo (arts. 522 ao 529, CPC) Art. 522. Das decises
interlocutrias caber agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma
retida, salvo quando se tratar de deciso suscetvel de causar parte
leso grave e de difcil reparao, bem como nos casos de inadmisso da
apelao e nos relativos aos efeitos em que a apelao recebida, quando
ser admitida a sua interposio por instrumento. Pode ser interposto
por qualquer parte, MP ou terceiro interveniente, dentro do prazo
de 10 dias. O agravo retido fica nos autos, interposto no mesmo
grau de jurisdio, para ser julgado pelo mesmo juiz, o qual pode
julgar o agravo somente no final do processo. J o agravo de
instrumento interposto perante o tribunal. Embora a interposio do
recurso se d diretamente perante a instncia superior, a lei
conserva o juzo de retratao, inerente aos agravos, admitindo,
assim, que o juiz, prolator da deciso agravada, a reforme. O
preparo condio de admissibilidade do agravo de instrumento, mas no
do agravo retido.
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2.3. Os embargos infringentes (arts. 530 ao 534, CPC) Cabem
embargos infringentes quando no for unnime o julgado proferido em
apelao e em ao rescisria. Se o desacordo for parcial, os embargos
sero restritos matria objeto da divergncia. Os embargos
infringentes possuem efeito devolutivo e suspensivo. O prazo para
sua interposio de 15 dias, contados da intimao do acrdo no unnime.
Da deciso que no admitir os embargos caber agravo, em 5 dias, para
o rgo competente para o julgamento do recurso.
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2.4. Os embargos de declarao (arts. 535 ao 538, CPC) Cabem
embargos de declarao quando: I - houver, na sentena ou no acrdo,
obscuridade ou contradio; II - for omitido ponto sobre o qual devia
pronunciar-se o juiz ou tribunal. Os embargos sero opostos, no
prazo de 5 dias, em petio dirigida ao juiz ou relator, com indicao
do ponto obscuro, contraditrio ou omisso, no estando sujeitos a
preparo. Os embargos de declarao interrompem o prazo para a
interposio de outros recursos, por qualquer das partes. Quando
manifestamente protelatrios os embargos, o juiz ou o tribunal,
declarando que o so, condenar o embargante a pagar ao embargado
multa no excedente de 1% sobre o valor da causa. Na reiterao de
embargos protelatrios, a multa elevada a at 10%, ficando
condicionada a interposio de qualquer outro recurso ao depsito do
valor respectivo.
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Os recursos para o STF e o STJ 2.5. Os recursos ordinrios
(arts. 539 e 540, CPC) O recurso ordinrio tem por finalidade
garantir o duplo grau de jurisdio em processos ajuizados
diretamente em instncias superiores. Sero julgados em recurso
ordinrio: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de
segurana, os habeas data e os mandados de injuno decididos em nica
instncia pelos Tribunais superiores, quando denegatria a deciso; II
- pelo Superior Tribunal de Justia: a) os mandados de segurana
decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territrios,
quando denegatria a deciso; b) as causas em que forem partes, de um
lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, do outro,
Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas.
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2.6. recurso extraordinrio e o recurso especial (arts. 541 ao
546, CPC) A condio fundamental para a interposio do recurso
extraordinrio e para o seu cabimento a existncia de controvrsia a
respeito de uma "questo federal", tratando-se de um recurso de
fundamentao vinculada, ao contrrio de outros recursos, como, por
exemplo, o de apelao. De acordo com o art. 541, CPC, o recurso
extraordinrio e o recurso especial, nos casos previstos na
Constituio Federal, sero interpostos perante o presidente ou o
vice-presidente do tribunal recorrido. Assim como o recurso
extraordinrio, o especial um recurso de fundamentao vinculada,
sendo que as regras procedimentais aplicveis a este so idnticas s
daquele.
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2.7. Efeitos do recurso extraordinrio e especial O recurso
extraordinrio no possui efeito suspensivo, devendo ser recebido
apenas no efeito devolutivo, e, assim sendo, sempre possvel a
execuo provisria da deciso recorrida. Somente as questes de
direito, ligadas aplicao de uma norma constitucional, podem ser
objeto de apreciao em sede de recurso extraordinrio, no se
admitindo que o tribunal desa at as questes de fato suscitadas na
causa e que tenham sido utilizadas pela deciso recorrida em seus
fundamentos. O recurso extraordinrio, ou o recurso especial, quando
interpostos contra deciso interlocutria em processo de
conhecimento, cautelar ou embargos execuo ficar retido nos autos e
somente ser processado se o reiterar a parte, no prazo para a
interposio do recurso contra a deciso final ou para as
contra-razes.
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FCC - 2012 - TRT - 11 Regio (AM) - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa Tcio ajuizou ao de cobrana contra Igor, julgada
procedente em primeira instncia. Tcio interps recurso de apelao,
recebido por deciso do Magistrado apenas no efeito devolutivo. Tcio
interps contra esta deciso embargos declaratrios por entender que
havia contradio, os quais foram rejeitados pelo Magistrado. Contra
a deciso que recebeu o recurso no efeito devolutivo caber a) agravo
de instrumento, no prazo de dez dias. b) mandado de segurana. c)
agravo retido, no prazo de dez dias. d) agravo de instrumento, no
prazo de quinze dias. e) agravo retido, no prazo de quinze
dias.
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FCC - 2011 - TRT - 20 REGIO (SE) - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa Na audincia de instruo e julgamento, o juiz
indeferiu requerimento de acareao de testemunhas formulado pelo
advogado do autor. Nesse caso, a) caber agravo na forma retida, no
prazo de dez dias, sendo que, ouvido o agravado, o juiz poder
reformar sua deciso. b) caber agravo de instrumento, dirigido
diretamente ao tribunal competente, no prazo de dez dias, atravs de
petio. c) no caber recurso, devendo o advogado do autor formular
protesto no termo da audincia, para poder posteriormente arguir
nulidade. d) caber apelao, interposta por petio, no prazo de quinze
dias, ao juiz prolator da deciso. e) caber agravo na forma retida,
devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do
respectivo termo, nele expostas sucintamente as razes do
agravante.
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FCC - 2011 - TRT - 14 Regio (RO e AC) - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa O agravo retido a) ser conhecido mesmo se o vencido
no tiver requerido a sua apreciao pelo tribunal nas razes de
apelao. b) depende de preparo, que deve ser recolhido, atravs da
guia prpria, no prazo de interposio. c) contra decises
interlocutrias proferidas em audincia dever ser interposto oral e
imediatamente. d) ser conhecido mesmo se o vencedor no tiver
requerido a sua apreciao pelo tribunal na resposta da apelao. e)
devolve a matria para o tribunal, impedindo o juiz que proferiu a
deciso agravada de reform-la.
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FCC - 2010 - TRT - 9 REGIO (PR) - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa A respeito dos recursos, correto afirmar: a) A
insuficincia do valor do preparo implicar desero, no sendo admitido
em nenhuma hiptese que ocorra complementao. b) A parte poder
recorrer, mesmo se tiver aceitado expressa ou tacitamente a sentena
ou deciso. c) Nos embargos infringentes e nos embargos de
divergncia, o prazo para interpor e para responder de 10 dias. d) O
recorrente poder, a qualquer tempo, sem a anuncia do recorrido ou
dos litisconsortes, desistir do recurso. e) A sentena s pode ser
impugnada em sua totalidade, sendo inadmissvel a impugnao
parcial.
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FCC - 2009 - TJ-PI - Tcnico Judicirio - rea Administrativa
correto afirmar que a) o Cdigo de Processo Civil admite apenas os
recursos de apelao, agravo e embargos infringentes. b) o recurso de
embargos infringentes foi abolido do Cdigo de Processo Civil. c) o
recurso de apelao cabvel contra qualquer pronunciamento judicial.
d) deciso interlocutria comporta recurso de agravo. e) o direito de
recorrer assegurado apenas s partes.
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PROCESSO DE EXECUO Tem por fim satisfazer o direito que a
sentena condenatria tenha proclamado pertencer ao demandante
vitorioso, sempre que o condenado no o tenha voluntariamente
satisfeito. Na execuo, diferentemente do que ocorre no processo de
conhecimento, no h anlise do mrito da questo. Este j foi decidido
no processo de conhecimento. So requisitos da ao de execuo: o
inadimplemento do devedor e o ttulo executivo (judicial ou
extrajudicial).
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1. O ttulo executivo Na execuo no necessrio que se detalhe o
crdito. No necessrio detalhar a causa de pedir que est implcita na
prpria apresentao do ttulo executivo. Vale ressaltar que a lei que
determinar, taxativamente, quais so os ttulos dotados de fora
executiva. De acordo com o art. 475-N, CPC, so ttulos executivos
judiciais: I a sentena proferida no processo civil que reconhea a
existncia de obrigao de fazer, no fazer, entregar coisa ou pagar
quantia; II a sentena penal condenatria transitada em julgado; III
a sentena homologatria de conciliao ou de transao, ainda que inclua
matria no posta em juzo; IV a sentena arbitral; V o acordo
extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; VI a
sentena estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justia;
VII o formal e a certido de partilha, exclusivamente em relao ao
inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a ttulo singular ou
universal.
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So ttulos executivos extrajudiciais, de acordo com o art. 585,
CPC: I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a
debnture e o cheque; II - a escritura pblica ou outro documento
pblico assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo
devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transao
referendado pelo Ministrio Pblico, pela Defensoria Pblica ou pelos
advogados dos transatores; III - os contratos garantidos por
hipoteca, penhor, anticrese e cauo, bem como os de seguro de vida;
IV - o crdito decorrente de foro e laudmio; V - o crdito,
documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imvel, bem
como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de
condomnio; VI - o crdito de serventurio de justia, de perito, de
intrprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou
honorrios forem aprovados por deciso judicial; VII - a certido de
dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territrios e dos Municpios, correspondente aos crditos
inscritos na forma da lei; VIII - todos os demais ttulos a que, por
disposio expressa, a lei atribuir fora executiva.
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2. Requisitos do ttulo executivo De acordo com o art. 586, CPC,
o ttulo, hbil execuo, deve ser lquido, certo, exigvel. Quando o
ttulo executivo for sentena, que contenha condenao genrica,
proceder-se- primeiro sua liquidao. Quando na sentena h uma parte
lquida e outra ilquida, ao credor lcito promover simultaneamente a
execuo daquela e a liquidao desta.
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3. A competncia A execuo, fundada em ttulo judicial,
processar-se- perante o juzo que proferiu a sentena, objeto da
execuo. A competncia, neste caso, absoluta. Nesse sentido, o art.
575 determina que a execuo processar-se- perante: I - os tribunais
superiores, nas causas de sua competncia originria; II - o juzo que
decidiu a causa no primeiro grau de jurisdio; IV - o juzo cvel
competente, quando o ttulo executivo for a sentena penal
condenatria.
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A execuo, fundada em ttulo extrajudicial, ser processada
perante o juzo competente. A competncia, neste caso, relativa. O
foro da praa de pagamento do ttulo competente, se outro no tiver
sido eleito pelas partes. No foro do domiclio do devedor ser
ajuizada a execuo, caso o ttulo executivo extrajudicial no indicar
a praa de pagamento.
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4. A liquidao da sentena O CPC indica duas hipteses em que a
liquidao de sentena ter cabimento: I - quando a sentena no
determinar o valor ou II - no individuar o objeto da condenao.
Portanto, procede-se liquidao, quando a sentena no determinar o
valor da condenao, ou seja, quando o ttulo judicial for ilquido.
Trs so as espcies de liquidao de sentena permitidas: a) liquidao
por clculos; b) a liquidao por artigos, e; c) a por
arbitramento.
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a) Liquidao por clculos do credor Quando a determinao do valor
da condenao depender apenas de clculo aritmtico, o credor requerer
o cumprimento da sentena, na forma do art. 475-B desta Lei,
instruindo o pedido com a memria discriminada e atualizada do
clculo. b) Liquidao por arbitramento De acordo com o art. 475-C,
CPC, far-se- a liquidao por arbitramento quando: I - determinado
pela sentena ou convencionado pelas partes; II - o exigir a
natureza do objeto da liquidao. c) Liquidao por artigos A liquidao
por artigos ser feita quando, para determinar o valor da condenao,
houver necessidade de alegar e provar fato novo, segundo o art.
475-E, CPC.
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5. AS DIVERSAS ESPCIES DE EXECUO So espcies de execuo, de
acordo com o CPC: I - execuo para entrega de coisa certa; II -
execuo para entrega de coisa incerta; III - execuo das obrigaes de
fazer e de no fazer; IV - execuo das obrigaes por quantia certa
contra devedor solvente; V - execuo das obrigaes por quantia certa
contra devedor insolvente; VI - execuo contra a Fazenda Pblica; VII
-execuo de prestao alimentcia.
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De acordo com o art. 621, CPC, o devedor de obrigao de entrega
de coisa certa, constante de ttulo executivo (judicial ou
extrajudicial), ser citado para, dentro de 10 dias, satisfazer a
obrigao, ou, seguro o juzo (art. 737, II, CPC), apresentar
embargos. Em conformidade com o art. 629, quando a execuo recair
sobre coisas determinadas pelo gnero e quantidade (art. 874, CC), o
devedor ser citado para entreg-las individualizadas, se lhe couber
a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicar na petio
inicial. Em conformidade com o art. 632, quando o objeto da execuo
for obrigao de fazer, o devedor ser citado para satisfaz-la no
prazo que o juiz lhe assinar (se omisso o prazo em ttulo executivo,
devendo, o prazo determinado pelo juiz, ser razovel), se outro no
estiver determinado no ttulo executivo (judicial ou
extrajudicial).
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Se o devedor praticou o ato, a cuja absteno estava obrigado
pela lei ou pelo contrato, o credor requerer ao juiz que lhe assine
prazo para desfaz-lo. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor
requerer ao juiz que mande desfazer o ato sua custa, respondendo o
devedor por perdas e danos. No sendo possvel desfazer-se o ato, a
obrigao resolve-se em perdas e danos. Em se tratando de processo de
execuo por quantia, somente ser admitida a citao por oficial de
justia e a por edital. O executado ser citado para, no prazo de 3
(trs) dias, efetuar o pagamento da dvida. No efetuado o pagamento,
munido da segunda via do mandado, o oficial de justia proceder de
imediato penhora de bens e a sua avaliao, lavrando-se o respectivo
auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o
executado.
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A execuo de prestao alimentcia (arts. 732 ao 735, CPC) De
acordo com o art. 732, CPC, a execuo de sentena, que condena ao
pagamento de prestao alimentcia, far-se- conforme o disposto para
as execues por quantia certa contra devedor solvente. Porm, neste
tipo de execuo existe uma particularidade que a diferencia das
demais. De acordo com o art. 733, CPC, o juiz mandar citar o
devedor para, em 3 dias, pagar, provar que pagou ou justificar a
impossibilidade de faz-lo. Caso ele no pague, no prove que pagou,
nem justifique sua atitude, o juiz decretar sua priso civil, que
ter prazo mximo de 60 dias.
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Execuo contra a Fazenda Pblica (art. 730 e 731 CPC) Na execuo
contra a Fazenda Pblica a Fazenda Pblica, ou seja, a Unio, Estados,
Municpios, Distrito Federal, autarquias e fundaes pblicas, figura
no polo passivo. Aqui no haver expropriao de bens, haja visto que
os bens pblicos so impenhorveis. Diferentemente do que ocorre nas
demais execues, a Fazenda no citada para pagar em 24 horas ou
nomear bens a penhora, mas sim para opor embargos no prazo de 10
dias. Caso no sejam opostos os embargos, ou sendo estes julgados
improcedentes, ser expedido precatrio (que ser pago segundo a ordem
de apresentao) e o juiz requisitar o pagamento por intermdio do
presidente do Tribunal competente.
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FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa Quando a liquidao da sentena depender apenas de
clculo aritmtico, a) o credor requerer a prvia remessa dos autos ao
contador do juzo, para elaborao do clculo. b) a liquidao da sentena
por arbitramento. c) o cumprimento da sentena, instruindo o pedido
com a memria discriminada e atualizada do clculo. d) a liquidao da
sentena por artigos. e) a nomeao de perito contbil, s expensas do
executado, para elaborao do clculo.
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FCC - 2011 - TRT - 20 REGIO (SE) - Tcnico Judicirio - rea
Administrativa NO ttulo executivo extrajudicial: a) o instrumento
de transao referendado pelo Ministrio Pblico. b) a debnture. c)
documento particular assinado somente pelo devedor. d) os contratos
de seguro de vida. e) o crdito decorrente de foro e laudmio.
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FCC - 2006 - TRT-20R - Tcnico Judicirio - rea Administrativa
Considere os seguintes documentos: I. Sentena penal condenatria
transitada em julgado. II. Sentena estrangeira definitiva
traduzida, mas no homologada pela Justia brasileira. III. Sentena
homologatria de transao, ainda que verse sobre matria no posta em
juzo. IV. Documento particular assinado pelo devedor, mas no
subscrito por testemunhas. So ttulos executivos judiciais APENAS os
indicados em: a) I, II e III. b) I e III. c) II e III. d) II, III e
IV. e) II e IV.
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EXECUO FISCAL A execuo fiscal tem um processo especial e as
normas desse processo esto previstas na Lei 6.830/80, aplicando-se
subsidiariamente o CPC. Trata-se de medida executiva praticada pela
Fazenda Pblica, aps expedida a chamada Certido de Dvida Ativa, que
constitui, por sua vez, o ttulo executivo extrajudicial a embasar
essa execuo fiscal. No so quaisquer dbitos que podem ser inscritos
em dvida ativa, mas aqueles previstos na Lei 4.320/64.
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2. PROCEDIMENTO 2.1. Petio Inicial A petio inicial ser
acompanhada da CDA. Alis, a petio inicial a prpria CDA com uma
folha a mais. O valor da causa ser o valor da dvida. Essa petio
inicial pode ser, inclusive, por meio eletrnico. 2.2. Citao do
Executado Uma vez ajuizada essa execuo fiscal ns teremos a citao do
executado para que ele, no prazo de 5 dias ou pague o dbito ou
garanta o juzo.
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A citao pode ser feita pelo correio. Apesar de ser um processo
de execuo, trata-se de exceo ao art. 228, do CPC. Pode ser feita
tambm por edital (ru em local desconhecido ou no estrangeiro) ou
por oficial de justia. STJ Smula 414 A citao por edital na execuo
fiscal cabvel quando frustradas as demais modalidades. Uma vez
garantido o juzo abre-se oportunidade para o executado embargar a
execuo fiscal. Porm, se o executado, citado, no paga nem nomeia
bens penhora (e nem so encontrados bens), a Fazenda Pblica pode
requerer a indisponibilidade desses bens, conforme previso no art.
185-A, do CTN. Essa indisponibilidade ( uma medida cautelar
deferida no prprio processo de execuo) pode ser objeto ou de um
pedido no prprio processo de execuo ou ento ser objeto de uma ao
autnoma, denominada de medida cautelar fiscal.
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Uma vez realizada a penhora sobre um bem, possvel que ocorra a
substituio da penhora, do bem. E esse pedido de substituio do bem
est no art. 15, da LEF: Art. 15 - Em qualquer fase do processo, ser
deferida pelo Juiz: I - ao executado, a substituio da penhora por
depsito em dinheiro ou fiana bancria; e II - Fazenda Pblica, a
substituio dos bens penhorados por outros, independentemente da
ordem enumerada no artigo 11, bem como o reforo da penhora
insuficiente.
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Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecer seguinte ordem:
I - dinheiro; II - ttulo da dvida pblica, bem como ttulo de crdito,
que tenham cotao em bolsa; III - pedras e metais preciosos; IV -
imveis; V - navios e aeronaves; VI - veculos; VII - mveis ou
semoventes; e VIII - direitos e aes. (precatrios)
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Pergunta: a penhora em dinheiro pode ser substituda por fiana
bancria ou precatrios a pedido do executado e independentemente de
concordncia da Fazenda Pblica? matria extremamente controvertida no
STJ. No entanto, aplica-se aqui a smula 406 do STJ: Smula 406 STJ -
"A Fazenda Pblica pode recusar a substituio do bem penhorado por
precatrios".
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2.3. Defesa do Executado: Uma vez garantido o juzo, o executado
pode apresentar os seus embargos como defesa incidental, que
exercida por meio de ao no prazo de 30 dias contados: da intimao da
penhora (no da juntada do mandado de intimao aos autos; tratando-se
de depsito, contado da formalizao do depsito (intimao do
executado); e, tratando-se de fiana bancria, o prazo se conta da
apresentao da fiana para o ajuizamento dos embargos.
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Art. 16 - O executado oferecer embargos, no prazo de 30
(trinta) dias, contados: I - do depsito; II - da juntada da prova
da fiana bancria; III - da intimao da penhora. 1 - No so admissveis
embargos do executado antes de garantida a execuo. 2 - No prazo dos
embargos, o executado dever alegar toda matria til defesa, requerer
provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, at
trs, ou, a critrio do juiz, at o dobro desse limite. 3 - No ser
admitida reconveno, nem compensao, e as excees, salvo as de
suspeio, incompetncia e impedimentos, sero argidas como matria
preliminar e sero processadas e julgadas com os embargos.
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Esses embargos no suspendem o andamento da execuo fiscal. Como
na lei no h essa previso (suspenso da execuo fiscal em razo do
ajuizamento dos embargos), utiliza-se a regra subsidiria prevista
no CPC. Sendo assim, a suspenso da execuo fiscal s acontecer se
preenchidos os requisitos do art. 739-A do CPC. E quais so esses
requisitos: garantia do juzo; presena de relevantes fundamentos
(fumus boni iuris); possibilidade de dano de difcil reparao
(periculum in mora). Presentes, concomitantemente esses trs
requisitos, temos a possibilidade de concesso de efeito suspensivo.
Fora isso, esse efeito no automtico, como acontece com o CPC na
execuo por quantia certa.
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Como os embargos no suspendem a execuo fiscal, a continuidade
da execuo importar: Na adjudicao do bem pela Fazenda Pblica E essa
adjudicao feita pelo valor da avaliao; ou No leilo ou praa dos bens
penhorados 1 leilo: tem que ser alienado pelo valor da avaliao 2
leilo: pode ser valor inferior ao da avaliao desde que no seja preo
vil Mesmo que o bem seja arrematado em leilo ou hasta pblica, a
fazenda pblica ainda ter o prazo de 30 dias para adjudic- lo. Isso
funciona da seguinte maneira: Aps a arrematao do bem por terceiro,
a Fazenda Pblica ser intimada para que no prazo de 30 dias possa
exercer o seu direito adjudicao desse bem. Se no o fizer, o bem est
liberado para a formalizao da arrematao, atravs do termo de
arrematao.
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PROCESSO CAUTELAR O processo cautelar um processo acessrio, que
serve para a obteno de medidas urgentes, necessrias ao bom
desenvolvimento de um outro processo, de conhecimento ou de execuo,
chamado de principal. Embora o processo cautelar seja utilizado
para assegurar o no "perecimento" de uma ao principal, o processo
cautelar tem individualidade prpria. A medida cautelar pode ser
requerida de modo preparatrio, antes do processo principal (sendo
que neste caso o autor tem o prazo de 30 dias para ingressar com a
ao principal), ou de modo incidente, ou seja, durante o curso do
processo principal. Nesse sentido, dispe o art. 796, CPC: "o
procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do
processo principal e sempre dependente deste."
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Dois so os pressupostos bsicos do processo cautelar: a) uma
pretenso razovel, com probabilidade de xito em juzo (fumus boni
juris), b) o perigo de dano iminente e irreparvel (periculum in
mora). O juiz pode determinar medidas cautelares sem a audincia das
partes, mas to somente em casos excepcionais, expressamente
autorizados por lei. lcito ao juiz conceder liminarmente ou aps
justificao prvia a medida cautelar, sem ouvir o ru, quando
verificar que este, sendo citado, poder torn-la ineficaz; caso em
que poder determinar que o requerente preste cauo real ou
fidejussria de ressarcir os danos que o requerido possa vir a
sofrer. O Ru no processo cautelar ser citado para opor sua defesa
no prazo de 5 dias.
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Art. 798. Alm dos procedimentos cautelares especficos, que este
Cdigo regula no Captulo II deste Livro, poder o juiz determinar as
medidas provisrias que julgar adequadas, quando houver fundado
receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao
direito da outra leso grave e de difcil reparao. Trata-se do
chamado PODER GERAL DE CAUTELA DO JUIZ Nesse sentido, o juiz poder,
para evitar o dano, autorizar ou impedir a prtica de determinados
atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depsito de bens e
impor a prestao de cauo. As medidas cautelares sero requeridas ao
juiz da causa (incidentais); e, quando preparatrias, ao juiz
competente para conhecer da ao principal. Interposto o recurso, a
medida cautelar ser requerida diretamente ao tribunal.
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De acordo com o art. 806, CPC, cabe parte propor a ao, no prazo
de 30 dias, contados da data da efetivao da medida cautelar, quando
esta for concedida em procedimento preparatrio. Deve-se ressaltar
que as medidas cautelares conservam a sua eficcia no prazo de 30
dias, contados da data da efetivao da medida cautelar e na pendncia
do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas
ou modificadas. A eficcia da medida cautelar, de acordo com o art.
808, CPC, cessa: I - se a parte no intentar a ao no prazo de 30
dias, contados da data da efetivao da medida cautelar; II - se no
for executada dentro de 30 dias; III - se o juiz declarar extinto o
processo principal, com ou sem julgamento do mrito.
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Se por qualquer motivo cessar a medida, defeso parte repetir o
pedido, salvo por novo fundamento. Os autos do procedimento
cautelar sero apensados aos do processo principal (distribuio por
dependncia). ATENO: O indeferimento da medida no obsta a que a
parte intente a ao, nem influi no julgamento desta, salvo se o
juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegao de decadncia ou de
prescrio do direito do autor.
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Recursos no processo cautelar As mesmas espcies de recursos
cabveis no processo de conhecimento so aplicveis ao processo
cautelar. Da mesma forma que ocorre no processo de conhecimento, os
provimentos no processo cautelar so classificados em decises
interlocutrias e sentenas.