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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2 a Quinzena de Julho de 2009 Ano XXIX - No. 1067 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual 90 Anos a Servir de Vestíbulo para o Céu [email protected] • www.portuguesetribune.com • www.tribunaportuguesa.com Pelo S. Martinho prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano... pintura de Connie Bettencourt, no bar do FDES de Monterey As vindimas estão por aí... Portuguese Fraternal Society of America ANIVERSÁRIO “Uma igreja para todo o cristão deve ser o vestíbulo para o Céu, nenhum lugar na terra nos deve merecer maior venera- ção”. Foi assim que Monsenhor Henrique Augus- to Ribeiro, visionário fundador da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, se dirigiu aos paroquianos que a 13 de Julho de 1919 inauguraram aquela igreja. Parabéns à NOSSA Igreja! Quatro das cinco Sociedades Frater- nais Portuguesas com sede no Esta- do da California, IDES, SES, UPEC e UPPEC, estiveram reunidas numa Sessão Especial, no fim de semana de 20 e 21 de Junho de 2009, no Hilton Hotel, em Newark. Devido a ser uma sessão especial, só um tópico foi permitido para discus- são e o assunto era a fusão destas qua- tro sociedades. IDES e UPPEC encontraram-se no Sábado e a UPEC e SES no Domin- go. Em todas as quatro sessões esteve presente um representante do Califor- nia Department of Insurance, David Lagenbacher, que falou sobre os bene- fícios desta fusão. David Lagenbacher explicou com detalhe que as vanta- gens da fusão destas quatro socieda- des assegurará longevidade e sucesso no caminho do futuro. A SES e a UPPEC fizeram-se repre- sentar por Chris Nowatarki e na re- presentação da IDES e UPEC esteve Todd Martin, como seus advogados. Houve muita discussão sobre o assun- to em cada encontro, como seria nor- mal nestas circunstâncias, mas no fim prevaleceu a maioria, que aprovou a união das quatro sociedades. As emo- ções do momento foram compreendi- das por todos, pois cada uma destas sociedades tem mais de 100 anos de actividade. O nome escolhido para a nova orga- nização foi “Portuguese Fraternal Society of America” e a fusão terá lugar oficialmente no dia 1 de Janeiro de 2010.

Tribuna 07/15/09

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Page 1: Tribuna 07/15/09

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Julho de 2009Ano XXIX - No. 1067 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

90 Anos a Servir de Vestíbulo para o Céu

[email protected] • www.portuguesetribune.com • www.tribunaportuguesa.com

Pelo S. Martinho prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano...

pintura de Connie Bettencourt, no bar do FDES de Monterey

As v ind imas e s tão por a í . . .

Portuguese Fraternal Society of America

ANIVERSÁRIO

“Uma igreja para todo o cristão deve ser o vestíbulo para o Céu, nenhum lugar na terra nos deve merecer maior venera-ção”. Foi assim que Monsenhor Henrique Augus-to Ribeiro, visionário fundador da Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, se dirigiu aos paroquianos que a 13 de Julho de 1919 inauguraram aquela igreja.

Parabéns à NOSSA Igreja!

Quatro das cinco Sociedades Frater-nais Portuguesas com sede no Esta-do da California, IDES, SES, UPEC e UPPEC, estiveram reunidas numa Sessão Especial, no fim de semana de 20 e 21 de Junho de 2009, no Hilton Hotel, em Newark.Devido a ser uma sessão especial, só um tópico foi permitido para discus-

são e o assunto era a fusão destas qua-tro sociedades.IDES e UPPEC encontraram-se no Sábado e a UPEC e SES no Domin-go. Em todas as quatro sessões esteve presente um representante do Califor-nia Department of Insurance, David

Lagenbacher, que falou sobre os bene-fícios desta fusão. David Lagenbacher explicou com detalhe que as vanta-gens da fusão destas quatro socieda-des assegurará longevidade e sucesso no caminho do futuro.A SES e a UPPEC fizeram-se repre-sentar por Chris Nowatarki e na re-presentação da IDES e UPEC esteve Todd Martin, como seus advogados.Houve muita discussão sobre o assun-to em cada encontro, como seria nor-mal nestas circunstâncias, mas no fim prevaleceu a maioria, que aprovou a união das quatro sociedades. As emo-ções do momento foram compreendi-das por todos, pois cada uma destas sociedades tem mais de 100 anos de actividade.O nome escolhido para a nova orga-nização foi “Portuguese Fraternal Society of America” e a fusão terá lugar oficialmente no dia 1 de Janeiro de 2010.

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2 15 de Julho de 2009SEGUNDA PÁGINA

Year XXIX, Number 1067, July 15, 2009

Experiência única de vida

EDITORIAL

Hoje vou apresen-t a r - v o s um jo-vem pro-f e s s o r

assistente de filosofia, Marcelo Pi-mentel, que já foi professor do ano em Orange County em 2004-2005, ganhando um cheque de $15,000 do-lares, além de um troféu.

Já em 2004 tinha recebido o “Facul-ty Excellence Award” e em 2003 foi o “commencement speaker” do seu Colegio.Tem tido uma vida profissional ex-tremamente rica e goza no dia-a-dia aquilo que faz. Bom exemplo.Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, e seus pais são da Terceira.É muito envolvido na sua escola, Santiago Canyon College na Cidade

de Orange, California, com 11 mil alunos, e sempre que pode assiste às nossas festas tradicionais do Sul da California.Tem sido um professor altamente reconhecido pela sua Escola e muito em especial pelos seus alunos.* Aproveito também para mostrar-vos a foto da Filarmonica da Agualva de 1942, restaurada por José Enes.Conhecem alguém?

Há tanta coisa para escrever e o espaço está-se a tornar pequeno. Tantos assuntos que nos chegam às mãos e que valem a pena discutir com todos vós.Gostaria de falar-vos hoje da nossa experiência como jurado no Tribunal de Modesto.É uma experiência que todos deveríamos ter. Pela primei-ra vez, compreendemos que a justiça dos jurados é muito mais sábia e mais valiosa, do que a justiça de um juíz, muitas vezes desfasado do mundo, e que só conhece parte da vida através dos livros de Direito que leu.Doze pessoas, de diferentes experiências profissionais, exercitam o seu direito constitucional de punir ou mandar em liberdade, quem prevaricou, ou quem, acusado foi in-justamente. Convém dizer que hoje em dia com as provas do DNA, a justiça ficou mais justa, as deliberações mais científicas e racionais.Claro que há jurados e jurados. Toda a gente se lembra do que se passou com um célebre jogador de futebol ameri-cano. Quando um jurado age em razão da sua etnia e do nome do envolvido, então esses jurados estão a prestar um mau serviço à justica e deveriam ser punidos.Sinceramente aconselho todos a terem esta experiência de vida que é única.

Normalmente falamos de gripes no Inverno, não em ple-no verão. Infelizmente a nova gripe veio para ficar, e todo o cuidado é pouco.Ainda ontem lemos no Modesto Bee, o testemunho de uma senhora americana àcerca dos cuidados que recebeu ao chegar ao Aeroporto da Terceira. Ficou impressionada positivamente e perguntava porque é que não se faz a mesma coisa na America, sendo este País tão exposto à movimentação de pessoas de todo o mundo. Um bom exemplo vindo dos Açores. De aplaudir e de recomendar.

jose avila

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro Avila

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3COLABORAÇÃO

Lembranças de São JoãoTribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Vem já dos tempos an-tigos a tradição ates-tando que a água está benta no dia

de S. João, desde as ondas do mar embraçando as ilhas às gotinhas de orvalho do sereno enroupando a madrugada. Por isso, em pre-núncios de alegria esfuziante, a gente das ilhas ia banhar-se no mar e dispersava-se por ribeiras e nascentes, lagoas e fontanários, numa peregrinação feita de can-torias e ramalhetes de flores.Nos quintais, era costume deixar-se ao sereno um alguidar com água, cumprindo uma crendice de longa data que atributava a essa água grandes virtudes. Bebia-se, então, a água p’ra re-juvenescer a velhice e abater o quebranto. Era crença, igualmen-te observada, em amassar o fer-mento com essa água benta. Daí resultava um pão saborosíssi-mo, que não só nos regalava, mas também nos livrava das malditas doenças provocadas por maus olhados.

Em chegando o mês de Junho,Mês da minha devoção,Vou festejar o meu Santo,Meu querido S. João.

O vinte e quatro de JunhoP’ra muitos é tradição,Pois se celebram as festasEm louvor de S. João.

Não há dia mais bonitoQue o dia de S. João,É de todos o maiorQue consegue ter o Verão.

Pega lá nessa viola,Toca nela com paixão,Como tocava meu paiNas noites de S. João.

Neste momento estou a lembrar-me da folia criada à volta das fogueiras na noite de S. João, com os rapazes saltando numa algazarra, enquanto as raparigas mais afoitas davam pulos e griti-nhos semelhantes a guinchos de garajaus. A alegria desdobrava-se em ro-dos de gargalhadas sempre que o lume “pegava” no cú das calças dos rapazes e “pelava” as pernas das raparigas.

Em noite de S. JoãoJunto à fogueira te vi;O lume não me queimou,Mas ardi d’amor por ti.

Vamos saltar as fogueirasCom grande satisfação,P’ra vermos qual de nósÉ que abraça o S. João.

Dizer o sim certo diaFoi a minha perdição,Quando pulava contigoNa noite de S. João.

Vai de roda, vai de roda,Da fogueira ao luar,À procura da donzelaQue contigo irá casar.

Num testemunho do saudoso Manuel Inácio de Melo obtive a informação que, antigamen-te as famílias organizavam uma burricada p’ra ir ao mato apa-nhar louro verde p’ra queimar nas fogueiras. Assim, “era rara a casa que, à noite, não tinha à sua porta uma fogueira feita só com louro do mato e do macho (folha larga) que estala melhor. As fa-mílias saíam p’rà rua p’ra ver as fogueiras maiores ou menores e o rapazio a saltá-las. As ruas fi-cavam cheias de fumo cheiroso, que entrava nas casas de portas e janelas abertas, e servia p’ra as desinfectar das epidemias, da gripe, do sarampo, papeira, tosse convulsa, etc.” (Santos Tempos, Usos & Costumes Tradicionais, Edição 1993).

Vamos, raparigas, todas,Ao rosmaninho que cheira,Na noite de S. João,A fazer uma fogueira.

Donde vindes, S. João,Que vindes tão molhadinho?Venho de ver as fogueiras,De colher o rosmaninho.

Ó S. João, donde vindesP’las calmas, sem chapéu?

Venho de ver as fogueiras,Que se acenderam no céu.

Donde vindes S. João,Com uma capa de chita?Venho de ver as fogueirasDa Senhora Santa Rita.

Lá vem S. João abaixo,C’o’a capa cor de fogo;Que vem de ver as fogueirasDa Senhora do Socorro.

S. João é divertido,Amigo das brincadeiras,Abençoa as criancinhasQuando saltam as fogueiras.

Tempos de inocência, certamen-te, sem maldade nestes e tantos outros divertimentos típicos da quadra anual de S. João quan-do, por exemplo, a gente “tirava as sortes” com uns papelinhos onde estavam escritos os nomes de namorados e desejados, que as raparigas escondiam cuidadosa-mente lá fora nos quintais.

Na noite de S. JoãoPõe sortes à madrugada,P’ra ver que nome te saiNa sorte desenrolada.

Eu só vi nascer o SolNo dia de S. João,Quando recolhia as sortesQue tinha posto ao serão.

Era crença, então, que o sereno da

manhã encarregar-se-ia de abrir este ou aquele papelinho com o nome do futuro noivo. Acontecia, no entanto, que alguns rapazes malcriados tinham a “mania” de, encobertos pela noite, andarem p’los quintais abrindo os bilheti-nhos.

Botei sortes ao serenoNa noite de S. João;Aquele que m’as roubou,S. João secai-lhe a mão.

S. João não me deixesNa incerteza e na dor;Traz-me aquele que seráP’ra sempre o meu amor.

O extenso número e variedade de sortes revestia-se duma extraor-dinária curiosidade, perfazendo um rol de usos e costumes, tra-dições e superstições, revertendo em meiguice e garridice, desmo-tivando assim a monotonia das nossas ilhas de bruma e pacatez.

Lá do céu caiu um cravoNa manhã de S. João;Tu é que és o meu bem,Descansa o teu coração.

S. João era moreno,E moreno o seu amor;Anda ao sol, anda ao sereno,Nunca perde aquela cor.

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4 15 de Julho de 2009COLABORAÇÃO

Da Música e dos Sons

Nelson Ponta-Garç[email protected]

Recentemente tive de consultar o meu dentista de-vido a um abcesso num dente. Mas, antes disso, re-solvi clicar no google para obter mais informação. E, lá estava o que já suspeitava. Na maioria dos ab-cessos é necessário ser feito um canal radicular, ou seja, o malquisto “root canal”. Bem, não fiquei mui-to contente com a notícia mas podia ter sido pior.Ao visitar o dentista, e depois de tirarem uma radio-grafia, verificaram, de facto, que teria de sujeitar-me, pela primeira vez, ao “root canal.O meu dentista recomendou um especialista, e lá fui consultá-lo. Como a secretária me havia dito, pelo telefone, que seria apenas uma primeira con-sulta para averiguar o problema, fui sem muita pro-cupação. O dentista examinou o dente, explicou o processo, a assistente tirou mais uma radiogradia, que logo pude ver no computador ao lado, e ele perguntou-me se eu queria o trabalho feito naquela altura. Como já ouvi tantas estórias desagradáveis sobre o “root canal”, confesso que fiquei um bocado apreensiva, pois julgava ser apenas uma consulta naquele dia. Porém, em vez de regressar a casa e pensar mais no caso, resolvi, então, submeter-me à operação dental.O consultório tem o mais sofisticado e moderno equipamento e o dentista foi muito competente e amável. A não ser a reclinação da cadeira e o ba-rulho da broca, não senti nenhum desconforto nem dor durante o “root canal” que levou mais ou menos uma hora. Foi menos insuportável do que quando vou ao dentista só para limpar os dentes. Por isso, caros leitores, não se enervem se tiverem que fazer

um “root canal”.Enquanto o dentista procedia ao “root canal”, lem-brei-me da primeira vez que me tiraram um dente a “ferros” quando era criança.. Depois de passar um noite de dores de dentes horrí-veis, fui, logo pela manhã, ainda de “camona”, (kimono) o meu robe quentinho que tinha vindo da América, e, na companhia da minha madrinha San-tos, fui a casa do tio-avô António Joaquim, mais conhecido pelo “Ferreiro” por exercer aquela pro-fissão, para ele me arrancar o dente. Na cozinha que servia de ”consultório”, sentei-me num banqui-nho de madeira, o tio pegou, o que julgo ter sido um pequeno “alicate” e, mãos à obra... Quando ele começou a arrancar o dente, o meu corpo elevou-se, cairam algumas lágrimas, e, em poucos segundos, o trabalho ficou completo. Após algum derramamen-to de sangue e um certo desconforto aquele dente nunca mais me chateou...Não me recordo de como o tio António Joaquim co-meçou a trabalhar como “dentista” mas sei que ele aliviou a dor de dentes a muita gente com a ajuda do seu pequeno “alicate...” É que, além de não haver dentistas nas redondezas, a maioria das pessoas não tinham posses para os consultar.O primeiro dinheiro que os meus pais, manos e eu ganhámos na Califórnia foi para tratar dos dentes, pois, como diz a minha mãe, que já usa dentadura há anos, não há nada melhor do que tratar e conser-var os nossos próprios dentes.

Joe Oliveira Quartet (conclusion)In the last article I described my visit to http://www.cafeborrone.com, where I found the Joe Oliveira Quartet playing great Jazz Tu-nes. Hereis a short Bio of the great musicians that accompanied him that night.

John ShifflettAcoustic & Electric BassJohn Shifflett almost received an M.A. in music from the University of Iowa, where he also taught Jazz Studies and directed big bands. He is currently an instructor at San Jose State University and The Jazz School Institute in Berkeley, teaching bass and small ensembles. He has done countless studio sessions ranging from radio and TV jingles to jazz and country and pop recordings. His show business experien-ce includes tours with Frankie Avalon and the Ringling-Barnum & Bailey circus, several seasons with the San Jose Civic Light Opera, and many engagements with stars such as Dinah Shore, Mel Torme, Jerry Lewis, Dionne Warwick, the Smothers Brothers, etc.His primary focus, however, has always been jazz. He has performed with the likes of Dave Liebman, Toshiko Akiyoshi, Red Holloway, Ernie Watts, John Zorn, Kim Richmond, Madeleine Peyroux, Kurt Elling, Norma Winstone, Tom Harrell, Bobby Hutcherson, John Sto-well, Harold Land, Kendra Shank, and others. In the Bay Area he can be heard with Boz Scaggs (and CD), Eric Crystal, the Mike Zilber/Steve Smith quartet (and CD), the Scott Amendola Band (and CD), the Taylor Eigsti Trio (and CD’s), the Paul Nagel Trio (and CD), the Dave MacNab Trio (and CD), Ann Dyer & No Good Time Fairies (and CD’s), the Will Bernard Quartet (and CD), Anton Schwartz (and CD’s), Ray Brown’s Great Big Band, Ben Goldberg, Tim Volpicella (and CD), and many others.

Scott Sorkin (Guitar)Is an active and sought-after guitarist and composer, Scott has beenrecording and touring since 1982. His expansive harmonic palette has been used to great effect writing and arranging for his current group Crossing Borders. He’s applied these skills as well to recording projects for diverse artists such as Paul Zarzyski, John Stowell,Renata Bratt, Gail Dobson, Don Stevenson (Moby Grape), Kristen Strom, and various feature and documentary film projects.Scott is a busy producer and engineer, working on various genre-bending projects in the fields of classical, pop, jazz, rock, country, bluegrass, and avant-garde.His performance and recording credits include Ed Johnson & Novo Tempo, Count Basie Orchestra, Steve Turre & Michael Turre, Kris-ten Strom, Smith Dobson, Nneena Freelon, Louie Bellson, Anton Schwartz, Brilliant Corners, Dmitri Matheny, Kim Nalley, Royal Society Jazz Orchestra of San Francisco, and the touring company of “Dreamgirls”.

Bons, Musicos, Boa Musica, Excelentes Pessoas! Assim dá gosto sair à noite...

Traços do Quotidiano

Margarida da [email protected]

Anjolie Cristine Marie Ban-deras, nasceu no Dia da Mãe, a 10 de Maio p.p., pesando 9 libras e 1 onça, e medindo 19 polegadas.Anjolie é filha de Christina Silveira e Malachi Banderas. Os avós maternos são Margie e Tony Silveira, de San José e paternos Robert e Maria Christina Vasquez.A avó da Anjolie, Margie Sil-veira, tem tido uma luta enor-me contra o cancro da mama

há cerca de 9 anos e sempre pediu a Benção de Deus para poder ver a sua primeita neta, o que aconteceu no Dia da Mãe deste ano, para alegria de toda a familia. A força de vontade, o nunca desistir e a fé, conse-guem mover moinhos, como se dizia nas nossas terras.

Tribuna Portuguesa felicita o casal bem como os avós da Anjolie.

Anjolie Cristine Banderas

Visita ao dentista

A Fadista de Perth Amboy, New Jersey, fiel intérprete da “Canção de Portugal” conta já com dez anos de carreira artística, e umálbum intitulado “Corre-me o Fado nas veias”, ao qual foi atri-buído o “Prémio Lusíada” dos Artistas Unidos da América, como o melhor álbum de Fado gravado no ano 2007.www.nathaliepires.com foi lan-çado no princípio do ano 2007. Este sítio no espaço cibernético tem a finalidade de melhor comu-nicar com as audiências, manter uma informação sempre actuali-zada, assim como dar a conhecer mais sobre a artista.Orgulhosa das suas raízes, e combinando esforços entre os es-tudos universitários e e sua gran-de paixão pelo Fado, tem levado a nossa cultura às comunidades portuguesas dos Estados Unidos da América e Canadá, actuando ainda para audiências de outrasnacionalidades e etnias, sempre com muita dignidade, obtendo assim grandes sucessos e reco-nhecimentos. A perseverança e

dedicação deram frutos quando concluiu o seu curso de contabili-dade, no passado mês de Maio.O convite para actuar na Áustria, surge à base do encontro entre a fadista e o saxofonista aquando de uma apresentação da nossa ar-tista em Manhattan, dando lugar ao envolvimento da fadista em projectos de Jazz e apresentações ao vivo com Tim Ries esua banda, como se verifica nas fotografias durante o ensaio e ac-tuação no Highline Ballroom em New York, no passado dia 26 deJunho.Por sua vez e neste inter-câmbio de talentos, o famoso ar-tista participará musicalmente na

gravação do próximo álbum da Fadista, já em processo de com-posição e alinhamento dos temas, originais na sua maioria.O artista TIM RIES é sem lugar a dúvidas um dos mais conceitu-ados saxofonistas e pianistas do mundo. Vencedor de um prémio“Grammy” e saxofonista da ban-da rock mais famosa de todos os tempos, os legendários “Rolling Stones”. Durante a sua carreiraprofissional gravou com mais de uma centena de artistas de todos os estilos musicais, actuando ainda em palcos com um imensoleque de artistas de grande cra-veira internacional.

Nathalie Pires na Austria

Page 5: Tribuna 07/15/09

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Muito Bons Somos Nós

Joel [email protected]

Pergunte a JuditeJudite [email protected]

Enquanto em Cascais se debate a eventual necessidade de construir uma nova praça de toiros, nos Açores a conversa gira em torno de algo bem mais radical do que isso: o possível regresso da lide picada – e, aliás, dos próprios toiros de morte.

COLABORAÇÃO

Olh’esse toir’aí!

No fim, é essa a pergun-ta que fica: “Quan-do?” Exactamente quando? Porque,

mudar, um homem muda muitas vezes – e parte delas (embora não todas) até é bom que mude. Mas quando mudou ele, verda-deiramente? Como se operou nele essa mudança? Que pessoas, que acontecimentos – que pe-dras da calçada testemunharam essa ocorrência? Aliás: porque ocorreu ela? E sobretudo: porque não se apercebeu ele de que ela ocorria – o que nele resistia tanto a reconhecer essa mudança que ocorria, apesar de tudo, debaixo do seu nariz? Eis, quanto a mim, o cerne da questão.Por exemplo, esta história – e o impacto que ela teve em mim.Enquanto em Cascais se debatia a eventual necessidade de cons-truir uma nova praça de toiros, nos Açores a conversa começou a girar em torno de algo bem mais radical: o possível regresso da lide picada – e, aliás, dos próprios toiros de morte. Aparentemente, e por ironia, o famigerado novo Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores vai tão longe quanto isso: o ini-maginavelmente distante ponto em que passa a depender da As-sembleia Legislativa Regional qualquer iniciativa destinada a aprovar o regresso ao arquipéla-go da chamada “sorte de varas”, há muito banida do ordenamento

jurídico nacional. E eu, de repen-te, dou por mim a resistir à ideia. Logo eu, a quem noutra altura ela teria parecido deliciosa.Mas porquê?Não, de certeza, por causa da previsível polémica nacional. Eu gosto de uma boa polémica, so-bretudo quando têm epicentro na minha terra – e, aliás, há-de saber-me bem que, pelo meio, fiquem claras as razões por que Cavaco Silva resistiu tanto ao dito Estatuto, o que sempre fará engolir em seco todos quantos chamaram às comunicações pre-sidenciais em torno do(s) veto(s) “uma manobra de dramatização a pretexto de uma questão me-nor”. Para além do mais, não nos enganemos: isto é coisa para irri-tar bastante os senhores do Bloco de Esquerda. Ora, quando eu não sei muito bem o que pensar sobre determinado assunto, vou ver o que pensam os senhores do Bloco de Esquerda, ponho-me a pensar exactamente o contrário – e, na esmagadora maioria das vezes, venho a verificar que tive razão. É divertido.Portanto: em princípio, eu estaria de acordo com uma iniciativa do género. Primeiro porque sou pela preservação das tradições – e, aliás, pela recuperação de tra-dições perdidas. Depois porque sou igualmente pelo desenvol-vimento económico das ilhas. Ora, embora não tenha sido essa a principal preocupação do anti-

go ministro dos Assuntos Parla-mentares Álvaro Monjardino, o primeiro a levantar a questão, a eventual reinstituição dos toiros de morte traria claros benefícios económicos às ilhas açorianas – principalmente à Terceira, centro da actividade taurina do arquipé-lago –, transformando-as num lo-cal de romaria para um segmento turístico que não é tão despicien-do quanto isso.Porque resisto eu à ideia, pois? E quando se operou em mim a mu-dança que me pôs, de repente, a resistir a ela?Não sei quando. E, portanto, não sei como, perante quem, perante o quê – e provavelmente não sei porquê também. Sei que no outro dia, estava eu de passagem pela ilha, o meu pai convidou-me, or-gulhoso, para comer uma galinha velha. Eu fui e comi com gosto. No dia seguinte, porém, precisei de ovos, fui à capoeira, encontrei outra galinha a pôr, peguei-lhe gentilmente pelo rabo, de forma a retirar os restantes ovos – e, de repente, estaquei. Lágrimas acor-riam-me subitamente aos olhos, ao sentir o corpo quente daquela galinha branca que agora espera-va, feliz, que eu lhe roubasse os ovos para continuar a sua tarefa. As mesmas lágrimas que no dia seguinte me acorreram ao repa-rar no bezerro castanho, a que chamamos Obama, e ao aperce-ber-me de que tinha o tornozelo levemente ferido pela corrente a

que está preso. As mesmas lágri-mas que me acorreram quando vi a cadela Twittie pegar na malga com a boca para pedir água. E as mesmas lágrimas que me acor-reram todos os dias a partir de então, ao sentar-me no sofá ver-melho que sacrifiquei ao jardim e ao olhar para os melros pretos que me visitam, para a araucária que cresce, até para aquele cravo que não chegou a nascer antes de

eu partir.Sim, eu talvez saiba porquê. Es-tou há demasiado tempo em Lis-boa – converti-me, enfim, a essa urbanidade tonta de quem vê um gatinho peludo e se desfaz em co-rações. O que eu não sei é quan-do ocorreu isso. Quando ocorreu isso – e quando eu podia tê-lo evitado ao ponto de poder agora a defender aqui os toiros de morte, como tanto me agradaria.

Precisa um trabalho? Sabe o seu número do seguro social?Com o verão, milhões de estu-dantes procuram empregos. A

primeira coisa que vão preguntar é pelo-seu numero do seguro social. Se você não pode achar o seu cartão do seguro social, não precisa pedir um novo. A coisa mais importante é que saiba o seu número do se-guro social. Tenha a certeza que sabe o seu numero correcto. Por lei, os empregadores tem que tirar 6.2% do que o empregado ganha para pagar as taxas do seguro so-cial. E o Medicare tem uma taxa de 1.45%. As taxas que paga e que beneficiao seguro social. Se alguém oferece para pagar “de-baixo da mesa” ou em “cash”, pense bem. Assim sendo não está pagando as taxas do FICA e Medicare, mas também não vai receber crédito quando precisar receber os seus beneficios. Um conselho - nunca

leve o cartão do seguro social na carteira. O cartão é muito importante e deve ficar guardado. Você deve guardar o cartão do seguro social com os outros documentos, como o certificado de nascimento, passa-porte, etc. Se precisar de um cartão, pode visitar www.socialsecurity.gov para a aplicação e levar consigo ao escritorio do seguro social, com a carta de condução e passaporte, cartão de emigração.

Não esqueça o Medicare Parte D.

Você pode poupar $3,900 por ano em des-pesas de medicamentos. Como? Se recebe menos de $16,245 por individuo ou $21,855 por casal e tem de valor menos de $12,510 por individuo ou $25,010 por um casal, tal vez possa qualificar-se para a parte D do Medicare. Preencha a aplicação no www.socialsecurity.gov/precriptionhelp, tele-

fone para 1-800-772-1213 ou visite o es-critorio do seguro social. Também pode saber mais sobre o Medicare Parte D, se chamar 1-800-633-4227 ou visitar www.medicare.gov

Vou reformar-me, mas tenho proprieda-de de renda. Como vai afectar os meus beneficios do seguro social?

O dinheiro da sua reforma não afecta os beneficios do seguro social. Só contamos com o que ganha do emprego para o segu-ro social.

Eu recebi uma carta dizendo que o meu caso foi negado do seguro social. Preci-so um advogado para apelar?

Se quer um advogado isso é comsigo. De facto, pode apelar a decisão pela internet:

www.socialsecurity.gov/disability/appe-al. Se prefere, pode telefonar para 1-800-772-1213 ou visitar um escritorio do seguro social. Tem 60 dias da data da carta para apelar da decisão.

A minha mãe recebe o SSI. Ela vai viver com o meu irmão. Será que ela precisa reportar isso ao seguro social?

Sim, ela deve reportar nos 10 dias da mu-dança. Pode telefonar ou visitar o escrito-rio do seguro social.

Não se esqueça do Medicare Parte D

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6 15 de Julho de 2009COMUNIDADE

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Dear Sirs,

I am an Italian American with no Portu-guese background, but work as a nurse in a busy San Jose, CA Emergency Room with a diverse population of patients. It is very difficult sometimes for the older Portuguse men and women or the newly arrived to the States to feel comfortable and at ease with their care during a stressful situation.I am proud to say that I am a student in Mr. Salvadors’ Conversational Portuguese Class in Morgan Hill, CA. I noticed it was mentioned in your fine newspaper to which I am a 2 year subscriber. I cannot express how good it makes me feel to be able to use what I have learned to help make the medical process more comforta-ble, as well as, using simple instructions to do the tasks that I need to do during my job as a nurse.I will be a continuing student as I would

like to become more fluent in your beauti-ful language. As it stands, I am confident that I would be able to travel to mainland Portugal and the Azores and make myself understood. I do make some very humo-rous mistakes, but use them as a learning opportunity, Your wonderful culture lets my patients laugh and correct my mistakes without bad feelings or embarrassment.Thank you very much for recognizing this fine class. As I learn and make new friends, it has become an important part of my life’s journey. Thank you for your time. Sincerely,Lori Duffy P.S. This is written in English as I do not yet know all the words needed to express myself. Hopefully some day I will write to you in Portuguese.

Cartas ao Editor

Associação de Professores promovem Encontro no MarA Associação de Professo-res de Português dos EUA e Canadá (APPEUC), pro-move de 10 a 17 de Julho, o XVII Encontro de Pro-fessores de Português dos EUA e Canadá. Subordi-nado ao tema : Cruzando os Mares com a Língua Portuguesa, este encontro visa reunir docentes, direc-tores escolares, comissões de pais e amigos da língua portuguesa no continente norte-americano. O encontro, que após 16 edições vira uma página importante da sua existên-cia, será realizado abordo do navio Spirit da NCL e no Clube Português Vasco da Gama das Bermudas. Ao longo de sete dias os pro-fessores das nossas escolas comunitárias, e do ensino oficial americano, terão oportunidade de convívio, de troca de experiências e metodologias, e de fre-quentarem várias sessões de trabalho sobre técnicas do ensino da língua portu-guesa como língua estran-geira e o papel da mesma nas nossas comunidades.António Oliveira, profes-sor na escola Infante Dom Henrique de Nova Ior-que e vice-presidente da APPEUC apresentará uma sessão sobre o acordo or-tográfico; Diniz Borges,

professor de português e director do departamento de línguas da escola Tu-lare Union High School e professor no College of the Sequoias, assim como presidente da APPEUC apresentará uma sessão su-bordinada ao tema: Poesia e Herança Cultural numa aula de Português como Língua Estrangeira. O professor Raul Rodrigues, da Durfee High School em Fall River, MA, apresenta-rá uma sessão sobre a mú-sica popular portuguesa. É que nas nossas aulas de lín-gua e cultura portuguesas a música e as actividades lúdicas são cada vez mais importantes.No Clube Português das Bermudas, Vasco da Gama, haverá uma sessão pela Professora de língua e cultura portuguesas da Universidade de Toronto, Manuela Marujo, subordi-nada ao tema: Ensinando a Cultura das Ilhas e pelo Leitor do Instituto Camões na mesma universidade José Abreu Ferreira inti-tulada: O Portinglês na Sala de Aula: Vocabulá-rio, Língua e Cultura. Nas Bermudas haverá ainda o tradicional debate sobre o ensino da língua e cultura portuguesas no continente norte-americano. Porque

se quer que este seja um de-bate alargado, pede-se aos directores escolares, pro-fessores e pais interessados em participarem o favor de mandarem qualquer de-poimento ou questão para a associação pelo e-mail: [email protected]. To-das as questões, depoimen-tos, opiniões terão de ser recebidas antes do dia 12 de Julho e todos serão tra-tados durante o debate.Ao longo dos sete dias te-remos ainda apresentações sobre o papel da imprensa comunitária no ensino da língua e cultura pelo di-rector do jornal Portuguese Times, Adelino Ferreira e do Conselho das Comuni-dades Portuguesas pelos conselheiros Manuel Car-relo e João Pacheco. O XVII Encontro terá ain-da uma sessão especial em que os professores, directo-res escolares e pais forma-rão grupos de trabalho para estudarem estratégias que motivem o ensino da lín-gua e cultura portuguesas nas nossas comunidades e no mundo norte-americano em geral.Mais, este Encontro/Cru-zeiro está inserido no Por-tuguese Festival at Sea da companhia NCL e terá a participação de artistas da nossa diáspora.

ComunicadoNo passado dias 20 e 21 de Junho, a UPEC, UPPEC, IDES e SES reuniram-se independente e no final desta históri-ca reunião, votaram para se juntarem e formarem uma nova organização a qual se chamará Portuguese Fraternal Society of America.A Luso American Life Insurance Society, felizes por este acontecimento não podia deixar de passar esta oportunidade sem enviar um abraço fraterno de felicitações e desejar a esta nova organização, muito sucesso.Desde há muito tempo, que a Luso Ame-rican Life Insurance Society tem vindo a promover a junção das nossas organi-zações fraternais para assim podermos oferecer um melhor serviço aos nossos membros. Este histórico acontecimento é bem vindo e digno do nosso apoio.Cientes que ao principio, estas junções acarretam momentos de uma certa insta-bilidade, a Luso American Life Insurance Society, oferece-se para ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance.

Saudamos assim, os nossos irmãos com os votos de muito successo.

On June 20 & 21st, 2009, UPEC, UPPEC, IDES & SES met independently and at the end of this historic meeting voted to all merge and form a new organization called Portuguese Fraternal Society of America.Luso-American Life Insurance Society is happy about this event and cannot let this opportunity pass by without sending our congratulations, wishing this new organi-zation lot’s of success in the future.Our Society has been promoting the idea of merging all benefit societies for a long time, thus forming capabilities to better serve our members. This historic event is welcome and certainly a foot in the right direction that we support fully.With every merger, there’s always a time of uncertainly and Luso-American Life Insurance Society offers itself to help anywhere we may be able to.We salute our brothers and wish them lot’s of success.Luso American Life Insurance Society

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7COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Nos nossos lindos Aço-res, chegado o Verão, o convivio aquece e as festas multiplicam-

se de ilha para ilha com cartazes aliciantes que o povo abraça e aproveita para se divertir à gran-de e à boa maneira portuguesa.Na ilha Terceira, festeira por excelência, como toda a gente sabe, e sem qualquer menos-prezo para as demais, as festas ganham sempre um colorido muito especial. Que o diga a pitoresca e mui notável Praia da Vitória.Em cada Agosto que passa, nor-malmente com a preciosa ajuda do bom tempo, a jovem cidade terceirense excede-se como excecional anfitriã duma festiva semana a não perder.De ano para ano a qualidade da oferta aumenta e quem lá vai não regressa desiludido, antes pelo contrário.Este ano, para alem do ambicio-so programa das festividades que decorrem de 31 de Julho a 9 de Agosto, paira nos ares saudosos cá da diáspora uma curiosidade imensa em ver e pisar a nova Avenida Marginal. Consta tratar-se mesmo duma obra magnifica que promete indubitavelmente emprestar aos festejos uma dimensão extra.Pouco a pouco, em múltiplas vertentes, a Praia tem vindo a

crescer com obra sòlidamente feita para a posteridade.

Integrada nesse pendular ritmo de crescimento aparece a aposta cultural da autarquia a merecer tambem o aplauso geral. Ainda recentemente foi inaugurada a impressionante Casa das Tias, um distinto marco local a associar para sempre o saudoso Vitorino Nemésio à rica reali-dade cultural do fabuloso Ramo Grande.Ciente disso, o atual vereador da Cultura do municipio praiense, Paulo Codorniz, como prelúdio às Festas, achou por bem promo-ver um oportuno Curso de Férias a realizar de 20 a 23 de Julho em continua homenagem ao eximio poeta/escritor e com a honrosa participação de consagrados aca-démicos como, Luiz Fagundes Duarte, António Machado Pires, Fernando Cristovão, Maria Lúcia Lepecki e Margarida Maia Gouveia.Filho legitimo do meio rural mas há muito radicado no ambien-te urbano, amplo conhecedor de ambas as realidades, Paulo Codorniz tem procurado imple-mentar hàbilmente no concelho uma politica cultural de subtil aproximação entre o erudito e o popular com o intento claro de não deixar ninguem atrás. Uma abordagem, diga-se desde já,

extremamente louvável. Nada menos louvável continua tambem a ser o seu contribu-to anual à Marcha Oficial dos festejos como inspirado autor da Letra que anda de boca em boca a animar a Praia nestes festivos dias de farra intensa. Em sua homenagem, aqui vai a deste ano:

“Praia da gente e do mar” Quando Agosto chega à cidade Rasga-se a vontade, Solta-se a alegria. A Praia abraça o mar, Amam-se ao luar Até vir o dia. Saltam-lhe beijos da boca, A Praia vem louca E isso contagia… O povo na rua Contente delira Diz que a Praia é sua Que ninguem a tira. Ela deita-se ao luar, Na areia que lhe faz cama, Diz que é de quem a amar: Que é nossa e do mar Que tambem a ama

A Praia animada de festaEntende que é destaQue vai ser diferente; Carrega o corpo de lumeE traz um perfumeDe amor indecente,

Praia da Gente e do Mar

Porque agora apesarDe nossa e do mar É de toda a gente. Que ninguem a mandeMudar ou parecer, Que ela é muito grandePara se prender. Deitado no seu calor Quando lhe digo, sorri: Oh Praia és o meu amor Seja como for Eu gosto de ti

Quando a Praia quer, Transforma-se, ainda, Naquela mulherQue temos, mais linda.Para encantar Torna-se sereia,Conchinda de marAberta n’areia.Búzio, cofre de aventura,Noite de loucuraQue o dia retira.

Espelho, pasmado, de águaOnde não há mágoaQue a Praia é mais gira.A Praia é uma cidade novaE que se renovaSempre que nos chamaDo Sol, do Mar e da Lua,É minha e é tua,E de quem a ama.

É esta a briosa Praia da Vitória, e de todos nós que jamais deixa-remos de a vitoriar.

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8 15 de Julho de 2009FESTAS

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9PATROCINADORES

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10 15 de Julho de 2009COMUNIDADE

Memorandum

João-Luís de [email protected]

A reforma da saudeReflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Começou o debate sobre a reforma do sistema de saúde nos EUA. Se é certo que o debate

está repleto de controvérsias, ne-nhuma das propostas está a ser mais polémica do que a possível criação dum plano nacional de saúde administrado pelo estado. A ideia, em termos simplistas, é criar um programa de saúde na-cional administrado pelo governo federal, semelhante ao já existen-te para os reformados, o Medi-care. Um plano nacional pelo qual o cidadão comum poderia optar, se não tiver seguro ou es-tiver satisfeito com o que possui. E embora estejamos apenas a dar os primeiros passos no debate so-bre a reforma do sistema de saúde nos EUA, os Democratas, parti-cularmente os mais progressistas dizem que um plano nacional tem que fazer parte da nova legisla-ção, enquanto os Republicanos utilizam tal possibilidade para venderem o seu tabu preferido: medicina nacionalizada e o fim da saúde no país. Na realidade 73% dos norte-ame-ricanos querem uma mudança significativa na saúde. O cidadão comum, quando bem informa-do, não tem nenhum receio dum programa nacional administrado pelo governo federal. Porém, a direita americana já começou a sua nefasta campanha com anún-

cios televisivos que tentam ame-drontar os americanos. Num repugnante anúncio televi-sivo, pago por organizações co-notadas com a direita americana, aplica-se o papão que o governo vai determinar o que se poderá ou não fazer em caso de doença. Que um burocrata qualquer irá decidir quando se visita o médico, que médico se consultará e que medicina tomar-se-á. Escusado será dizer que quem porventura conhece alguém no plano Medi-care sabe que isso é uma farsa. Mais, todo o mundo sabe que todos os dias as companhias de seguro colocam entraves. Ainda há tempos estive num consultório médico (duma clínica conceitua-da no sul da Califórnia) mais de duas horas enquanto a enfermeira e o médico tentavam convencer a companhia de seguro para um medicamento que um membro da minha família precisava. É mais do que sabido que as companhias de seguro empregam consultores cujo objectivo principal é recusar serviços. Na verdade, o objectivo da re-formulação anunciada pelo Pre-sidente Obama, aberta a vários planos, é melhorar as condições dos serviços de saúde no país mais rico do mundo, mas onde cerca de 20% dos seus cidadãos não possuem seguro de saúde. Há que caminhar, como disse re-

centemente o Presidente Barack Obama, para um plano em que todos os cidadãos deste país pos-sam conseguir serviços de saúde sem ficarem economicamente arruinados, sem a saúde ser um peso nos ombros das famílias e da sociedade. Um plano que me-lhore a qualidade do serviço, um plano que permita que os doen-tes melhorem e que enfoque na medicina preventiva. Os Repu-blicanos, e alguns Democratas (como o Senador Bem Nelson de Bebraska que recebeu mais de 2 milhões de dólares das industrias seguradoras e farmacêuticas) de-veriam preocupar-se mais com a saúde dos seus constituintes do que os donativos que recebem das grandes seguradoras. Mais do que ser o Partido Não, os Republicanos deveriam inves-tigar vários planos existentes em outros países que combinam a in-dustria privada com a função pú-blica. Se é verdade que os Repu-blicanos preferem atirar à cara de quem fala num plano nacional de saúde, alguns dos dilemas exis-tentes em países europeus com medicina nacionalizada, ou mes-mo no Canadá, não é menos ver-dade que a maioria dos cidadãos desses países dizem-se satisfei-tos com o plano equitativo que possuem. Mais, há dois países europeus, com planos nacionais administrados por seguradoras

privadas: a Suiça e a Holanda. Daí que chegou o momento para os Estados Unidos debaterem, se-riamente, e sem os papões da di-reita, a actual situação da saúde pública. Há que partir para um diálogo abrangente que envolva todos os parceiros, mas que aci-ma de tudo tenha como objectivo primordial criar condições para que todos os cidadãos tenham oportunidade de participar num plano justo, com qualidade e ino-vação. Há que libertar as famí-lias, e a sociedade em geral, do estrangulamento executado pelas grandes seguradoras. A demo-cracia americana tem que voltar ao serviço do povo soberano e não das grandes multinacionais. Recentemente tive o privilégio de visitar o estado de Alasca. Com familiares e amigos tive o grato prazer de ver algumas das belezas mais espantosas que a mãe-natureza nos oferece. Num pequeno povoado, onde estive cerca de 8 horas, denominado Icy Strait Point. Uma espécie de paraíso onde os deuses repou-sam e onde 900 pessoas coabi-tam com os ursos, os veados, as baleias (que nas suas águas vão passar o verão) e as águias entre outros animais, com uma fauna e flora riquíssima e uma tradição indígena com milhares de anos. Nesse pequeno canto do mundo,

quase no fim do mundo, tivemos como guia uma mulher, na casa dos seus cinquenta anos, que ao ser questionada por um elemen-to do “tour” sobre a super-estrela do Partido Republicano, a gover-nadora do estado onde está este pequeno povoamento, Sara Palin, disse uma das mais interessan-tes frases sobre a governadora: “Percebo pouco de política, e cada vez há menos a perceber. É que o Sr. pergunta-me que pen-so dela. Apenas posso dizer que não sei que faz como governado-ra deste estado, doutros talvez, deste não compreendo. É que ela (Sara Palin) não compreen-do os indígenas, não respeita os animais selvagens, nem estima o meio-ambiente. Agora pergunto: que faz ela como governadora deste estado. É que nós somos isso que ela não compreende, não estima, não respeita. O Alasca é, acima de tudo, o seu povo indí-gena, os seus animais o seu meio ambiente.” Acho que depois desta voz, de quem vive naquele espaço único, e com raízes milenares naquele mundo, está tudo dito sobre Sara Palin.

... a geração que “tomou conta” da nossa freguesia, logo após a II Grande Guerra, faz parte do eco da nossa herança comum, ou seja, o ressonar do passado não acorda o presente. Poucos se recordam do famige-rado “chicote” do regedor Carvalho Valé-rio que deixou cicatrizes na memória ru-ral da época; depois, temos o testemunho singular do padre Jacinto Monteiro, cujo perfil varonil continua vivo na mente dos paroquianos mais idosos. Por outro lado, espero ainda exista meia dúzia de velhotes capazes de recordar o padre João Borges Amorim, apóstolo da homeopatia que, até finais da década de 30 do século XX, de-sempenhou as funções de “fiel de arma-zém” dos pecados cometidos na pacatez paroquial do seu tempo (ele e a dona “mar-garidinhas”, que na época não apreciava o azedume rasteiro de quem encontrava as fivelas de prata dos sapatos eclesiásticos esquecidas na proximidade do parapei-to da janelita clandestina que facilitava a afoiteza romântica da moquenca tia “Anto-nina da Teresa”). Enfim, ecos que existem calados no prateleiro do esquecimento... As considerações que acabo de alinhavar estão isentas de beliscadura da exemplari-dade cívica daqueles que foram promovi-dos a referências que o tempo não apaga. Uma dessas referências seria a do antigo reitor liceal, Dr. Eduardo de Andrade Pa-checo. Não conheço ninguém da minha geração capaz de trivializar o indiscutível talento da sua vocacão pedagógica ou du-vidar da solidez da ética do seu carácter: a serenidade cristã da sua humildade cívi-ca, sempre ao serviço da simplicidade do apostolado católico; a convicta (aliás, ele-gante) posição de neutralidade autonómica em relação à discutível fidelidade servidiça

da sua época... são valores que não se con-tentam com o preciosismo de cortesia pro-tocolar – porque são substantivos ditados pela autenticidade da natureza humana.

.../.../... Quando atrás referia à era e ao estilo do padre João Borges Amorim (que, em São Roque, precedeu o exercício do saudoso epicurista, padre Jacinto Monteiro), estive à beira de recordar o irrequietismo tempe-ramental de “ti” Antóne Roque... Quem ainda se lembrará dele? Isso mes-mo: um “gajo” de feitio ríspido, herdeiro do fervor anticlerical inaugurado na alvo-rada republicana. Nunca foi surpreendido a “embocar” quartilhos de vinho. Mas era capaz de despejar uma pipa, usando os “calzins” geralmente utilizados para sabo-rear aguardente...Consta que “ti” Roque, perante o cortejo fúnebre do padre João Borges de Amorim, não hesitou em vir à rua para ostentar a sua vistosa camisola encarnada, como expressão de desagravo pelas saborosas “petiscadas” de sabor sexual, supostamen-te atribuídas ao sacerdote que na circuns-tância ia a enterrar. Se conhecesse o latim, “ti” Roque teria porventura exclamado: ti-meo hominem unius libri (arreceio-me do homem de um só livro). Mas já que estamos a conversar, sem pre-tensões denegridas de escárneo, sobre o perfil do paroquialismo são-roquense (período1934-74), falta talvez fazer uma referência breve e prudente ao enigmáti-co padre Adriano, personalidade típica do feudalismo diocesano pré-concílio vatica-no II.

Não vamos cometer a ligeireza de asper-gir dúvidas éticas sobre o múnus sacerdo-tal do supracitado servo do catolicismo. O que os paroquianos da minha geracão reconhecem é que padre Adriano residia (sózinho?) numa das mais invejadas pro-priedades da freguesia – um prédio cerca de 20 alqueiros de terreno cultivado (entre a canada do Açougue e o Beco dos Diogos) encimado por uma soberba vivenda de si-lhueta feudal. Como mecenas endinhei-rado, embora sem paróquia designada, consta que o sacerdote mantinha alguns seminaristas micaelenses apoiados no seu “invisível” capital... Há anos, tive acesso a um testemunho muito curioso: em vésperas de Natal, um casal oriundo da Ribeira Grande viajara até à vivenda do famoso “benfeitor” para entregar a modesta oferta de uma galinha e uma dúzia de ovos frescos, em sinal de apreço pelo apoio oferecido ao seu filho seminarista.Consta que padre Adriano ficou “boquia-berto” perante a manifesta ingenuidade daquele casal. Convidou-os a dar uma vol-ta pelo prédio, onde todos viram os gali-nheiros com centenas de galinhas, patos, e dúzias de ovos frescos. Claro que o casal regressou à Ribeira Grande com a galinha e a dúzia de ovos que levara. Consta que, naquele Domingo, a família teve um janta-rinho mais acrescentadinho... .../.../...

Naquele tempo, a prática do bem-comum não era tarefa exclusiva de sacerdotes, de médicos, regentes escolares, de mulheres-parteiras. No Concelho de Ponta Delgada, havia alguns médicos (e não só) que eram

“bons-samaritanos”. Há gente que ainda se recorda do Dr. José Maria de Medei-ros, médico e humanista excelso, dedi-cado amador de violino, residente na rua d’Alegria, em Ponta Delgada. Vou interromper esta conversa, para narrar em poucas palavras um episódio tipico do quotidiano da vida do Dr. Filipe Álvares Cabral (médico micaelense digno da sua classe profissional). Consta que de certa vez, o Dr. Filipe foi chamado de urgên-cia, por pessoa dita “importante” de São Roque, para acudir uma das suas assala-riadas, na circunstância aflita em trabalho-de-parto. O médico não tardou em responder à cha-mada. Ao presenciar in loco a extrema po-breza daquele lar, e depois de cumprir a tarefa para que fora chamado, o Dr. Filipe deslocou-se à própria casa, para “retirar” às escondidas alguns lençóis e meia dúzia de toalhas, e assim minimizar o descon-forto da infeliz parturiente, residente algu-res na canada das Maricas... No dia seguinte, a esposa do Dr. Filipe, ao dar pela falta das tais peças retiradas na véspera, desconfiou da criada, expulsan-do-a de imediato, semi-afogada no estertor verbal, apelidando de “ladra desavergo-nhada” aquela que jamais falhara presença em doze anos de serviço...... claro que o carácter emocional do Dr. Filipe não se fez rogado para descortinar uma solução “fidalga” para devolver a honra devida à inocência da sua valorosa empregada.

em São Roque, o ressonardo passado não acorda o presente

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11COLABORAÇÃO

Junho foi “National Dairy Month 2009, um ano como nenhum outro na Indústria de Lactícinios

Tradicionalmente em anos anteriores dedi-camos este nosso espaço para homenagear esta prestigiosa industria no mês de Junho, em que a atenção nacional tem focado o prestigio e indiscutível sucesso da mesma. Este ano infelizmente, não há muitas ra-zões para celebrar, ou esperança de melho-res dias num futuro próximo, excepto que alguns peritos analistas nos dizem que os preços do leite devem ser 50% mais altos no quarto trimestre do ano cerrente. Me-lhores dias são esperados numa industria que por vezes parece não oferecer futuro. Oxalá, até porque a corrente situação pode ser desastrosa não só para a industria de lacticinios, mas sim para todas aquelas que directa ou indirectamente dependem desta.Aqueles que directamente estão em con-flito com os produtores de leite são os seus próprios parceiros, aqueles que directa-mente beneficiam dos baixos preços pagos à produção. Como pode isto acontecer? Vejamos os factos.O preço do leite para os produtores tem flutuado entre 50% e 75% menos de que era entre os ultimos 12 e 24 meses pas-sados. Preços do leite a retalho eram cer-tamente os mais altos da historia quando produtores estavam recebendo $18 e $ 20

por cada 100 libras do seu leite. Mas ago-ra, que o leite baixou para $9 por cada 100 libras, o preço de leite “ice Cream” Quei-jo, manteiga ou outros produtos do leite no mercado não estão, nem perto de reflectir os baixos preços pagos à producao. A ra-zão é simples - segue o dinheiro (follow the money)!Pensamos nós que os processadores ou retalhistas têm desejo de que os precos subam. Será esse o seu desejo? Necessá-riamente não. Quanto mais altos forem os preços a retalho e mais baixos a produção maior fatia fica no meio, e o meio é que está a pouco e pouco destruindo a industria de lactícinios e a agricultura em geral. Produtores Agrícolas têm por muitos anos depositado a sua confiança naqueles que abusam da sua boa fé, amassando grandes fortunas, levando a maior fatia dos dola-ers gastos na alimentação.A maior inquietação dos consumidores americanos deve ser pelas famílias, que são a fundação desta industria de $20 bi-liões de dolares, com um impacto total de $450 biliões nacionais nas industrias de suporte.Esta é uma industria que em parte sustenta e veste mais de 450.000 familias no Oeste dos Estados Unidos, Não há nada mais im-portante que encontrar uma solução ime-diata para esta crítica situação.A simples e infinda lei da oferta e procu-ra “Supply and Demand” deveria e pode-ria resolver os problemas da industria de

lacticinios, se o mercado é que fosse a força de condução. Se este mercado não estivesse a ser manipula-do, os precos de leite “Ice cream” e outros produtos do leite estariam hoje ao mais baixo nível dos ultimos 20 anos nas prateleiras dos supermer-cados. Em con-trapartida que temos nós?Nós temos os mais baixos preços à pro-dução e alguns dos mais altos preços experimentados a re-talho. É certo que os preços baixaram um pouco nos retalhistas, mas muito áquem dos sacrifícios exigidos à produção. Se nós pensamos que o consumidor, reta-lhista ou processador, vai alimentar, orde-nhar ou amamentar vitelos para o futuro, estamos enganados, especialmente quan-do perdendo $5 dolares por dia, por vaca. Os únicos que o têm feito por anos e anos são os produtores

“National Dairy Month 2009” devia ser um mês como nenhum outro, num ano como nenhum outro, mas para tal a in-dustria teria que, sinceramente tomar as rédeas do seu proprio destino, se quiser chegar a bom termo. Onde estão tantas organizações patrocinadas pela produção, que estão ficando burocratizadas e cujas promessas e resultados só chegam tarde e a más horas?

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

Sabores da VidaQuinzenalmente convidaremos uma pessoa a dar-nos a receita do seu prato favorito, com uma condição - que saibam cozinhá-lo.

A nossa convidada nesta quinzena é Isabel Castro, viuva, residen-te em Atwater, nascida na California.

Kookie Cookies1 pacote (10 1/2 onças) de “corn chips”1 copo de “corn syrup”, light1 copo de açucar1 copo de manteiga de amendoim em cre-me

Espalham-se os “chips” num tabuleiro untado. Num tacho, misturam-se o “corn syrup” e o açucar, até ferver.Tira-se do lume, mistura-se a manteiga de amendoim e mexe-se até ficar macio.Despeja-se o creme sobre os “chips”. Deixa-se arrefecer e parte-se aos bocados. Dà à volta de 3 dúzias.

Gozem bastante estes “kookitos” e até daqui a quinze dias.

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12 15 de Julho de 2009FESTAS

Integrado nas nossas come-morações do quinquagési-mo aniversário matrimonial, resolvemos apreciar um cru-

zeiro ao Alaska, via Vancouver - Canadá.Tantos anos a escrever “Férias em Portugal”, já era tempo de mudar o título. Muitos anos a ouvir fa-lar nos cruzeiros, normalmente ouve-se dizer, “fui num cruise”, metade dito em inglês e metade em português. A maioria opta pelos cruzeiros para o Mexico ou para as Caraíbas, todos são agradáveis, “mas realmente um cruzeiro ao Alaska é caso unico no mundo”, ouvi alguns que já tinham ido e agora posso confir-mar.Partindo de Los Angeles na Air Alaska até Vancouver, cerca de duas horas e meia, como é do co-nhecimento geral, com todos os inconvenientes, incluindo o tirar os sapatos, no entanto usando todas as precauções e mais uma, será tudo mais seguro para todos. O mais apreciado é a entrega das malas no aeroporto e ir encontrá-las dentro do nosso camarote. Do aeroporto de Vancouver para o navio, uma viagem num luxuoso autocarro, em que o condutor,com muita paciência, dá várias voltas pela cidade, explicando pormeno-rizadamente os pontos principais de uma das mais lindas cidades do Continente Americano.Depois de abandonarmos o “bus”, são cerca de duas horas até entrar no navio, tudo passado a pente fino, uma identificação com foto e o passaporte tem de estar sem-

pre presente, e à saída do Canada e entrada na America, porque o destino é o Alaska, de vez em quando - documentos, eu dizia... again, só me diziam - “cumprindo ordens”. Tem de ser assim porque os bandidos andam por todos os cantos e todos os cuidados nunca serão de mais.Uma vez dentro do navio, dá-nos a impressão de estarmos numa ilha, tudo uma maravilha, três mil e cem pessoas a bordo, in-cluindo a tripulação. Apenas à saida de Vancouver, sentiu-se uns pequenos balanços, depois, tanto na ida, como no regresso, tanto na costa Canadiana, como os dias à volta da costa do Alaska, julgá-vamos que andavamos dentro de um lago.Primeiro porto de paragem - Ca-pital do Estado - Juneau, uma cidade com cerca de trinta mil habitantes, o edificio mais boni-to é o Palácio do Governo, e uma capital com pouco aspectos de tal, tem um pouco de movimento em dia de navio - cruzeiro, como nos Açores antigamente, dia de são - vapor. Da capital existem algumas alternativas, com parti-das de autocarros para algumas localidades, uma é para o pri-meira glaciar, a bordo venderam os bilhetes, a quarenta dólares para aquela visita. Nós optámos por comprar em terra, assim foi e pagámos a catorze dolares por pessoa. Nestes casos e noutros é necessário muita calma e ob-servação, nada de precipitações, tudo muito lindo, mas quem se alargar, a carteira ficará mais leve

rápidamente. Como todos sabem, a bordo é tudo pago com cartão de crédito e o mais barato que se bebe, é uma garrafa de água que custa dois dólares e dezanove cêntimos.Da capital partimos para a Gla-ciar Bay - National Park. A cada hora que o navio navega vemos constantemente diferentes e iné-ditos panoramas, como dizem, caso no mundo, nesta baía, não há explicação, só visto, os montes de gelo que constantemente ra-cham e caem, causando enormes trovões que chegam a assustar.Saindo da baía, navegando por rios e canais, sempre chegados às inumeras ilhas e já no regres-so, parámos na ultima cidade do percurso, Ketchikan, cerca de sete mil habitantes. Os sistemas das cidades, negócios e maneiras de viver são idênticos. Embo-ra digam que no Alaska chove trezentos dias por ano, tivemos sorte porque fomos incluidos nos outros sessenta e cinco. No unico sítio onde choveu ali, foi apenas uma pequena ameaça de chuva ou a convidar-nos para ir-mos para bordo porque a hora da partida já se aproximava e como disse o responsavel de bordo, “é preferível chegar a bordo uma hora mais cedo que um minuto mais tarde...”

Mais uma noite e um dia com rumo a Vancouver. A bordo en-contramos entretenimentos por todos os lados, incluindo o casi-no. Quase todos queixavam-se das máquinas, incluindo os fami-liares. Por mim não posso dizer mal, a sorte esteve do meu lado, foi magnífico.Parte da tripulação, incluindo o comandante, todos nos deram congratulações, pela celebração do nosso quinquagésimo aniver-sário matrimonial e ofereceram o bolo e velas para a cerimónia na mesa do jantar, onde um gru-po cantou à volta da mesa, uma simpatia que jamais poderemos esquecer.Novamente no aeroporto de Vancouver e as mesmas praxes,

vindo de território americano, entrada em territorio canadiano e novamente para entrar em ter-ritorio americano, com destino a Los Angeles, passaportes e iden-tificações, tirar os sapatos e abrir a mala de mão e deitar no caixote do lixo varios artigos nomeada-mente higiénicos. Mesmo assim com as partes mais aborrecidas, valeu a pena e foram umas férias inesquecíveis.

Glacier Bay

Coisas da Vida

Maria das Dores Beirã[email protected]

O mês de Junho tem sido sempre um mês especial para nós. Foi na década dos se-

tenta, que depois duma ceia em honra do saudoso artista Tony de Matos, que teve lugar num restaurante português em San Pablo, alguns dos amigos que lá se encontravam, vieram até Napa para mais umas cantigas e salu-tar convivência. Quando a hora da partida se aproximava, um dos nossos amigos lembrou-se que era a noite de S. João, logo pediu ao nosso filho para trazer um fardo de palha para o terreiro e acender a fogueira. Foi um mo-mento inesquecível, alegria, tra-dição, euforia de ver e saltar pela primeira vez, uma fogueira de S. João, longe da ilha, no vale de Napa. Como tudo foi espontâneo e ninguém pensou em estabelecer regras, o iniciador da fogueira e

o nosso filho saltaram ao mes-mo tempo em sentido contrário e encontraram-se no ar, não poden-do evitar o encontro que crespou cabelos e sobrancelhas. Assim nasceram as fogueiras de S. João em Napa, iniciadas pelo amigo de então e de agora, Dr. Décio de Oliveira.Foi ainda a 23 de Junho de 1979, que a nossa ermida foi consagra-da pelo Rev. Padre Albano de Oli-veira, e como não podia deixar de ser a noite fechou com as foguei-ras e segundo as fotografias que existem dessa noite, pode ver-se a perícia e bravura dos amigos Isidro Espínola, Franklin de Oli-veira e Helder Castro, saltando sobre o fogo. Depois de tantos anos, foram as fogueiras de S. João que mais marcaram a juven-tude e as crianças daquele tempo, que eram os nossos, e os filhos dos nossos amigos.

Muitos Junhos se passaram, sem-pre marcados pelas festividades, pelas recordações e certamente pelas celebrações do Dia de Por-tugal, de Camões e das Comu-nidades. Este ano, pela primeira vez a comunidade de Sausalito celebrou o Dia de Portugal, com uma exposição de pintura, mu-sica, folclore, bordados e rendas antigas e os sabores da cozinha portuguesa. Foi uma tarefa ambi-ciosa e dificil, mas que penso eu, compensou, a ver pela presença notável da comunidade, local e não só. São estas surpresas que nos dão a certeza que a cultura está viva, mesmo quando a lín-gua tende a enfraquecer.Ainda dentro das comemorações, fomos até S. Leandro, à U.P.E.C. para o Symposium sobre a “ His-tória, Evolução e Globalização da Lingua Portuguesa” numa apresentação de alto nível, pelo

Dr Heraldo da Silva e pela Dra Virginia da Luz Tarver. Ainda a delicia de alguma poesia do poeta José Luis da Silva.No entanto foi no dia 13 de Junho que a comunidade celebrou em massa o seu dia. O dia estava lin-do e resolvemos ir até ao Kelly Park não apenas para celebrar o Dia de Portugal e das Comuni-dades, mas sobretudo para estar com a nossa gente, para ver pes-soas há muito ausentes do nosso convívio, devido às distâncias, enfim para estar presente, para celebrar a vida. E foi isso mesmo que aconteceu. Visitámos o Mu-seu, onde repousam memórias e vestígios do melhor que somos, numa harmonia que acolhe, deli-cia e informa. No Park deparamos com a neta dos nossos amigos Guiomar e Damasceno Leal, que num abra-ço de mel e num sorriso nublado

nos transmitiu a ausência forçada dos avós. Depois foram momen-tos de alegria, espanto e abraços sem medida, anos passados e agora o encontro desejado. Foi o passeio ameno pelas barracas, o cheiro dos petisco conhecidos, o som dos nossos artistas, o sorriso da nossa gente, o murmúrio da nossa lingua à mistura com ou-tras, enfim tudo o que dá prazer e nos faz sorrir. Foi dificil a es-colha do almoço, mas decidimos, pela raridade, por umas iscas de figado que estavam fabulosas, não sei quem as preparou, mas está de parabens. Enfim, foi um dia bonito e bem vivido. Viemos para casa com a certeza que cele-bramos o Dia de Portugal e das Comunidades, mas sobretudo ce-lebramos vida.Aos amigos que não vimos, um abraço do peito.Até à volta

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

... onde repousam memórias e vestígios do melhor que somos

Férias no Alaska

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13COLABORAÇÃO

No passado dia 15 de Maio, o sa-lão da Banda Portuguesa de São José enfeitou-se para receber con-dignamente os Finalistas do Clube Português da San Jose High Aca-demy, que festejaram o 12-º ano de fundação, com um suculento jantar, confeccionado por Mariana Flores, ao qual acudiram não só os pais e outros familiares dos estudantes, como muitos simpatizantes do Clu-be e antigos alunos daquela Escola, que aproveitaram para conviver de novo com seus professores também presentes e ao mesmo tempo pode-rem congratular o Professor José Luis da Silva, responsável pelo ensi-no de Português, por sinal no último ano de leccionador, antes de entrar na reforma.Neste evento, aos jovens finalistas foram entregues bolsas de estudo,

atribuídas em nome de algumas or-ganizações e também em memória do saudoso jóvem Jeffery Paz, que outrora fez parte da mesma escola. Houve ainda o reconhecimento de estudantes que apresentaram com orgulho, excertos de dança folclóri-ca, de carnaval e ainda uma rábula em diversos quadros hilariantes que dispuseram bem todos os presentes. Não faltaram os discursos da pra-xe e alguns já com uma mescla de saudade, palavras de admiração e apreço tanto dos colegas como dos seus mestres, cujos nomes ficaram imprimidos no pequeno livro de memórias, feito especialmente para a ocasião. Decididamente, houve ta-lento dos nossos jovens portugueses que é preciso ser aproveitado, a co-meçar por estes pequenos momen-tos e através da Rádio, neste caso na

KSQQ, no programa mensal, cujo principal responsável é o Dr. Ma-nuel Bettencourt, e muita emoção e alegria de que é feita a vida. Ao Pro-fessor José Luis da Silva foi dirigido um pequeno discurso por um antigo aluno, David Garcia e ainda pelos fi-nalistas foi-lhe entregue um quadro com fotografias para recordar.Jantares com momentos destes vale a pena serem repetidos, porque une a juventude à cultura Portuguesa pelo idioma, pelo conhecimento, pela amizade que se faz que é sem-pre saudável em termos de futuro.

Por tudo isso, foi muito bom ter es-tado aí a representar esta Tribuna.

Texto e fotos de Filomena Rocha

Agua Viva

Filomena [email protected]

Chamam-lhe O Portugal Pequenino, (The Little Portugal). Ainda vi quando lhe deram o nome e até lhe colocaram bandeirolas nesta área, com desenhos de hortências e ca-chos de uvas pintadas. Algumas o vento já levou.De resto, como tanta coisa que o tempo leva, quando o vento aqui, mesmo o de pouca feição que nunca vem na forma de tufão, graças a Deus, nos vai levando o que já pelo tempo de presença marcou espaço e fez história.Mas estas demarcações ainda não são nome de rua e não creio que algum dia o cheguem a ser. Pelos anos que nes-te lugar tenho vivido, já vi negócios começar e acabar, e outros ainda continuam, talvez por uma questão de Amor; amor-próprio, amor à profissão, amor à tradição, amor à camisola, amor à arte, e tanto outro amor desentendido, até por aqueles que sendo do mesmo país e raça, não se interessam nem contribuem para que todo esse amor te-nha futuro.Não sejamos tão bairristas que não possamos ou não quei-ramos ver que não é necessário ser-se Português de quatro costados para ter em conta que há pessoas no bairro que passam a fazer parte da nossa história de imigrantes. Al-gumas não vieram das Ilhas nem do Continente Português como a maioria de nós, mas vivem há tanto tempo entre nós que passam a fazer parte do nosso pequeno mundo, do nosso expólio. Conhecem os nossos usos, costumes e tra-dições e apreciam o nosso modo de viver, pacato, ordeiro, acanhado, muito conservador, ao mesmo tempo festeiro, muito cioso das suas raízes, e também por vezes muito egoísta, taiçoeiro e sobretudo invejoso. Ao ponto de tanta vez já ter ouvido dizer: quem ao pé do invejoso morou, unca cresceu nem medrou. Provérbios… Ditados do Povo que nasceram por algum motivo.Seja como for, enquanto o tempo consolida a história, pes-soas há, que pela sua constância, se agarraram a este lugar e que ficarão como um marco importante na memória da nossa vida diária, tornando nossa a sua própria história. Fazem parte do nosso itinerário de vida.Porque fui eu quem chegou quase por último, passei a ob-servar o presente pelo passado. Piso pedras da rua que outros com sacrifício aconchegaram para que ninguém resvalasse,,, (Algumas, já saíram do ladrilho, de gastas pelo tempo e cansaço de tanto serem pisadas…) Escutei histórias de vida que me cativaram, admirei a persistência do sonho tornar-se realidade, e enquanto houver tempo e Água Viva, contar-vos-ei algumas dessas histórias. As que valerem a pena serem contadas para matar a sede das caminhadas que já fiz..

1600 Colorado AvenueTurlock, CA 95382Telefone 209-634-9069

Clube Português - 10 anos

Little Portugal

Angra do Heroísmo é o melhor concelho do País para viverO Instituto de Tecnologia Comportamental (INTEC) realizou um estudo em que foi avaliada a qualidade de vida em 20 concelhos portugueses, em dez domínios diferentes.A cidade de Angra do Heroísmo foi considerada como o melhor município do País para viver. O prémio resul-tou de um estudo realizado pelo Instituto de Tecnolo-gia Comportamental (INTEC), em que foi avaliada a qualidade de vida em 20 concelhos em dez domínios diferentes.Os domínios analisados foram o ambiente, urbanismo e habitação, acessibilidades e transportes, ensino e formação, economia e emprego, saúde, cultura e lazer, turismo, felicidade e tolerância e segurança. Angra do Heroísmo obteve três primeiros lugares em áreas como a felicidade, cultura e lazer e tolerância e segurança.O prémio foi entregue em Lisboa, no Museu da Electri-cidade, pelo coordenador nacional do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, no âmbito da realização da I conferên-cia “Qualidade de Vida nos Municípios” subordinada ao tema “Estratégias para o Desenvolvimento”, organizada pelo Instituto de Tecnologia Comportamental.A distinção mereceu, no entanto, reparos por parte de um dirigente local do CDS/PP. “Angra é a cidade mais feliz e os angrenses são os mais optimistas do País, rezam as conclusões de um estudo feito à medida e que custou aos cofres da autarquia milhares de euros que poderiam e deveriam ter sido aplicados em prol da me-lhoria da qualidade de vida”.

parcial in expressodasnove

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14 15 de Julho de 2009FESTAS

U.P.E.C. 123RD ANNUAL CONVENTION

Wyndham Palm Springs Hotel, Palm Springs888 East Tahquitz Canyon Way, Palm Springs, CA 92262

AUGUST 1, 2009 - AUGUST 4, 2009

Saturday, August 1, 2009 Monday, August 3, 2009 7:30-8:30AM…….. Delegates Registration 5:00-6:30PM…..Delegates Registration 9:00AM………….. Business Session 12 Noon……..……..Lunch Break and 7:00PM………..Youth Testimonial Dinner and Youth Activities - Youth Variety Show “Shinning Stars” Hollywood Night 1:00PM…………….Business Session 7:00PM…………... Supreme President’s Reception “A Groovy Gala”

Sunday, August 2, 2009 Tuesday, August 4, 2009 7:30AM………....Past Supreme Presidents Meeting 7:30-9:15AM…. Delegates Registration 9:00AM…………... Business Session 10:00AM…….... Mass at Hotel 12 Noon…………....Youth Outing and Lunch Break 12PM-3PM…….Lunch/Visitors Hour 1:00PM………… ..Business Session 3:30PM……….. State Youth Meeting “Next generation” Meeting 6:00PM…………..Social Hour 4PM-6PM……..Delegates Registration 7:00PM…………...Installation Banquet and Dance Music by “Chico Avila” 7:30PM……….. Presentation of Supreme Officers, Queen Coronation, and Grand Ball.

Music by Chico Avila RESERVE UNDER UPEC GROUP: (760) 322-6000

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15PATROCINADORES

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16 15 de Julho de 2009FESTAS

I.E.S, a festa maior da Área da Baía

Aia Kylee Gonzalez, Rainha Grande Ashley Meneses, aia Frankie Crabtree, rodeadas por dois elementos de Knights of Columbus

Rainha Pequena April Marie de Rosa, acompanhada pelas aias Kali Ulick e Natalai FulgaEmbaixo: coroação da Rainha Pequena April Marie de Rosa

Rainha Junior Jessica Oliveira, aias Joclynn Souto e Alyssa TorresPadre Mancuzo dá a beijar o ceptro a Jessica Oliveira

A Festa da Irmandade de San José é co-nhecida pela sua grandeza e pela partici-pação de cerca de uma centena de outras organizações que nesse dia se deslocam a San José para partilharem o dia maior da Área da Baía.

Além da parada sempre muito bonita, um dos seus pontos altos é a Missa da Festa na Igreja Nacional das Cinco Chagas, sempre muito bem engalanada. É uma Igreja que merece ser visitada.

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17FESTAS

Dir/ Esq: Presidente Henrique e Elizabeth Oliveira, com toda a sua direcção

Aspectos da Igreja Nacional das Cinco Chagas.

Coroação do Presidente Henrique e Elizabeth Oliveira e da Rainha Grande Ashley Menezes

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18 15 de Julho de 2009FESTAS

Livingston no dia maior do ano Fotos de Jorge Avila “Yauca”

Rainha Grande Julie Silveira, aias Natalie Fagundes e Michelle Coelho

Realizou-se nos dias 4 e 5 de Julho a Festa do Espírito Santo em Livingston, que teve a comparência de organi-zações vindas de muitas cidades da California.

No dia 4, depois do Terço, houve baile com o Alcides Machado e apresentação das Rainhas e Oficiais. No Do-mingo, dia 5, Missa da Festa celebrada por Monsenhor

Harvey Fonseca na Igreja de São Judas Tadeu. Sopas e carne foram servidas e durante a tarde houve arremata-ções e à noite baile com Chico Avila.

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19FESTAS

Rainha Pequena Jocelyn Silveira, aias Sylvana Vieira e Mila Alves

Outside Guard Nelson e Cindy Costa; Secretária, Eunice Pinto; Vice P Carlos e Michelle Fagundes; Jocelyn e Mathew Mendonça, Presidente; Eldini e Antonio de Jesus, Tesoureiro.

Monsenhor Harvey Fonseca e alguns seminaristas que o ajudaram na MissaO princípio da Coroação com o guião de Livingston e as Bandeiras Nacionais

Caras lindas

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20 15 de Julho de 2009COLABORAÇÃO

Festas juninas: origens e “guerras de espadas”

Sabor Tropical

Elen de [email protected]

As festas juninas fa-zem parte do legado que nos deixou Por-tugal, país de crença

reconhecidamente católica. Com grande facilidade as incorpora-mos, com suas tradições religio-sas e seu folclore.Há várias hipóteses para suas ori-gens. Umas dão conta que elas já existiam no Egito, antes do Cris-tianismo: por ocasião da colheita os deuses do sol e da fertilidade eram cultuados e com o domí-nio do Império Romano sobre os egípcios, a tradição foi trazida para a Europa.Outras fundamentam o seu co-meço ao culto à deusa Juno, da mitologia romana. Os festejos em sua homenagem eram chamados “junônias”. No entanto, alguns historiadores afirmam que elas tiveram origem na França, no sé-culo XII quando o povo festejava com fogueira, dança e cantoria, o solstício de verão, véspera do iní-cio das colheitas. Uma festa pagã importante para muitos povos e que a Igreja Católica, inteligen-temente, ao invés de condenar, deu-lhe sentido religioso, asso-ciando-a ao aniversário de São João Batista. No século XIII os portugueses incorporaram ao calendário da “festa joanina” os Santos Anto-nio e Pedro. No Brasil recebeu o nome de “festa junina” por acon-tecer no mês de junho.Como é notório, tais festas che-garam-nos com os portugueses,

na época da colonização, mas só em 1603 temos as primeiras referencias, quando um frade Je-suíta, Vicente do Salvador, escre-veu: “os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque são ami-gos de novidades, como no dia de São João Batista, por causa das fogueiras e capelas”. Dançar em torno da fogueira tinha muito a ver, para os índios, com suas dan-ças sagradas que também eram realizadas em volta do fogo.No Brasil, na véspera de Santo Antonio comemora-se o dia dos namorados por ser o Santo con-siderado casamenteiro e temos hábito de trocar presentes nessa época. É uma festa mais caseira. Os devotos vão à Missa prestar suas homenagens, pedir e agra-decer as bênçãos e levar os pães que simbolizam fé e garantem fartura à mesa. Pelo lado da cren-dice popular, quem quer se casar faz simpatias e neste ano, uns dias antes dos festejos, tivemos até uma passeata de solteiros pro-testando pelo motivo de estarem sozinhas. Brincadeira, claro.São João é festejado com fogos de artifícios, tiros, balões e bandei-ras coloridas. Erguem fogueiras, dançam, servem comidas típicas e entoam louvores ao Santo. Subir no pau de sebo com o obje-tivo de pegar os presentes amar-rados no topo é a brincadeira que diferencia as comemorações de São Pedro. O Santo também é o protetor dos pescadores e por isso

no seu dia são feitas procissões marítimas em sua homenagem.As comidas servidas nas fes-tas são uma gostosa mescla dos quitutes portugueses, da cozinha africana e indígena: sopa, bolo, pão doce, canjica de milho, arroz doce, broa de milho, batata doce assada, milho cozido, paçoca, pé-de-moleque, cocada, aipim frito, etc. e dependendo da região tam-bém são servidos pratos típicos e até “hot dog”.A quadrilha era a dança típica da festa. Hoje em dia está restrita a apresentações e premiações e para dançá-la, roupas bonitas e até dispendiosas são confeccio-nadas no melhor estilo “caipi-ra”. De origem francesa, chegou ao Brasil com a Família Real no século XIX e era dançada nos salões da corte e da aristocracia. Com o passar do tempo foi assi-milada e incorporada aos festejos populares. As festas juninas são importantes no calendário das festas brasilei-ras, principalmente para os Esta-dos do norte e nordeste. Algumas Prefeituras organizam-nas e dão aos turistas uma ótima infra-ins-trutura. Contratam artistas famo-sos para animá-las e os conjuntos de “forrós” dão o toque especial aos bailes. Alguns lugares criaram suas pró-prias atrações, como é o caso da “guerra de espadas” da festa de São João em Cruz das Almas, cidade do interior do Estado da Bahia. Lá, como nos conta Jor-

ge Ferreira Silveira (Jota), Dire-tor do Departamento de Eventos Populares, a “guerra” nasceu da vontade do povo, por essa vonta-de ainda permanece e é conheci-da mundo afora.As espadas são pedaços de bam-bus cozidos, de uns 30 cm, amar-rados com barbantes encerados, recheados com pólvora, barro e limalha de ferro, material que confere efeito brilhante às fa-íscas, dando um espetáculo de luzes fascinantes. Quando soltas das mãos, desenham movimentos de rara beleza e de grande perigo para quem assiste aos duelos sem a proteção recomendada ou para quem dele participa sem experi-ência e a devida prudência. Os duelistas, atualmente, têm local demarcado pela prefeitura para seus espetáculos e são expressa-mente proibidos fora dessa área. Porém, de acordo com Reinadi Sampaio, outra moradora da ci-dade, que desenvolveu o trabalho “O conflito: sua natureza e suas manifestações”, para sua Uni-

versidade, mostrando os efeitos maléficos da brincadeira com as espadas, o numero de duelistas acidentados é elevado e alguns não resistem aos ferimentos. Sem falar do barulho ensurdecedor e do prejuízo que sofrem as casas riscadas pelo fogo das espadas. Ainda segundo Jota, “guerra” é um nome inadequado porque não há brigas e tudo não passa de uma competição para ver quem tem maior destreza no manejo das es-padas e a rivalidade fica por conta da coragem de lançá-las e depois persegui-las e devolvê-las acesas para o lado oposto, entretanto ele estuda alternativas para por fim à inegável violência gerada pelos duelos e para que se mantenha a tradição da bonita festa da “guer-ra das espadas”.

Pesquisa:CARVALHO, Hernani de – No Mundo Maravilhoso do FolcloreLIRA, Mariza – Migalhas Fol-clóricas

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

Dia de Portugal em Sausalito? Sim!Foi há poucos meses atrás que o Sr. Cônsul Geral de Portugal

em São Francisco me telefonou para saber as possibilidades de fazer uma exposição de pintura em Sausalito. As pinturas seriam obras do Padre Manuel Bernardo, Helia Sousa, Goretti Carvalho e Fernanda Simões. Infelizmente o Padre Manuel Bernardo faleceu antes de ver as suas obras expostas. Os Directores da Ir-mandade apoiaram e aprovaram a ideia do Sr. Consul e o que era para ser só uma ex-posição de pintura, tornou-se numa festa e celebração do dia de Portugal. Depois das eloquentes palavras de boas vindas do Sr. Consul, em que enalteceu a I.D.E.S.S.T. e o esforço de todos os seus Directores, o grupo coral jovem da Igreja

das Cinco Chagas actuou e todos ficaram impressionados com as bonitas vozes dos participantes. O grupo Folclórico Tradi-ções da Nossa Terra, com as suas cores garridas e os seus cantares populares, ani-mou muito bem a festa.O meu amigo Hélio Beirão, a Julia e David Borba mostraram, mais uma vez, a perfei-ção com que sabem tocar os seus instru-mentos e o número Trindades fez-me lem-brar o badalar dos sinos da minha aldeia. A Hilda Maria mostrou que sabe cantar bem tanto em Português como Inglês. O espectáculo fechou com o grupo Sete co-linas e se bem que o Helder Carvalheira é um mestre na guitarra Portuguesa, o Manuel Escobar no seu violão e o João Cardadeiro, no baixo fazem uma completa harmonia digna de ser escutada em qual-quer parte.

Além destes ar-tistas que muito bem tocaram e dos pintores cujas obras são excelentes na minha maneira de ver, também houve uma ex-posição de arte-sanato onde não faltou toalhas, mantas, vesti-dos e bordados de várias espé-cies, alguns de-les com mais de 100 anos. Foi uma festa que

contou com a colaboração de muita gente. Não posso deixar de mencionar mi-nha cunhada Margarida e a ajuda que a I.D.E.S.I., de Novato, deu para usarmos a máquina para amassar as malassadas e o uso do salão para as preparar. O Presi-dente de Novato, Sr. Bill Teixeira, sua es-posa e uma grande parte de Directores e membros, muito nos têm ajudado. A Fáti-ma Freitas, a Eduarda Nunes, minha irmã Luisa e minha mulherf, contribuíram com a organização dos bordados. Eu sei que me vou esquecer de mencionar alguém, por-tanto, para os esquecidos, vai também o meu reconhecimento. A padaria Nove Ilhas, o restaurante La Sallete, o H.G.C. Imports, Viños Unicos, Matos Cheese Factory, Morey Winery, prestaram grande contribuição e a todos estamos muito gratos. Fiquei agradavelmente surpreendido ao ver o meu amigo Décio e a Helena, sua es-posa, assim como o Tony Goulart e Judy e mais uns quantos amigos da área de San José que provaram que conhecem o cami-nho para Sausalito. Foi com satisfação que recebemos o Sr. Osvaldo Palhinha, da R.T.P.i, que embora desconhecesse que havia um Salão Portu-guês em Sausalito, conseguiu cá chegar e assim os Portugueses espalhados pelos quatro cantos do mundo terão oportunida-de de fazer contacto, pelo menos visual, com os seus irmãos desta cidade banhada pelas águas da baía do Golden Gate. Em 1922, 20% da população de Sausalito era Portuguesa ou de descendência Por-tuguesa. Com o decorrer dos tempos e o aumento exorbitante do valor das proprie-

dades, aos poucos venderam o que tinham e foram-se mudando para outros lugares mais acessíveis. Não sei se neste momento teremos dez Portugueses a viver em Sau-salito. O novo grupo de Directores da I.D.E.S.S.T. tem feito todo possível para que a organi-zação cresça e neste momento até temos pessoas de várias nacionalidades que par-ticipam das nossas festas, o que acho que é um orgulho para todos nós. Na página que a organização tem na inter-net houve um senhor de Portugal que nos criticou por celebramos o dia de Portugal no dia 6 de Junho, quando em Portugal é celebrado no dia 10. O que essa pessoa não sabe nem nunca saberá é que para nós imi-grantes, que saímos de Portugal com o “E” da esperança e entramos nesta terra com o “I” da incerteza, todos os dias são dias de Portugal. Enquanto que o dia 10 de Junho é feriado nacional em Portugal, aqui mesmo que calhe num Domingo é dia de trabalho para muita gente. Não há um só dia que não nos lembramos da terra onde nasce-mos, quer tenhamos vindo dos Açores, da Madeira, das serras ou cidades entre Mon-ção e Albufeira ou das lezírias, entre Cabo da Roca e Campo Maior, estamos todos metidos dentro do barco da saudade.Foi pena que o José Ávila, Director des-ta Tribuna Portuguesa, não pudesse estar presente, pois ele faria uma narrativa mui-to melhor do que a minha. Mas, para o ano que vem, tenho a certeza que ele virá, nem que para isso tenhamos que fazer uma tou-rada em Sausalito e então será um dia de Portugal em cheio..

“Um Dia de Portugal em cheio

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21COLABORAÇÃO

Clientes do Comcast Digital Voice® Economizam com Carefree Minutes™ Worl-dwide 300

Filadélfia, 25 de junho de 2009 – Comcast Corporation (Nasdaq: CMCSA, CMCSK), a maior pro-vedora de produtos e serviços de entretenimento, informações e comunicações do país anunciou hoje o lançamento do Carefree Minutes Worldwide™ 300 que oferece tarifas ainda mais com-petitivas para localidades popu-lares ao redor do mundo.

O plano Carefree Minutes Worl-dwide™ 300 proporciona 300 minutos de chamadas para 100 países, em qualquer horário, por $14,95 por mês.

“Nosso objetivo é fornecer aos nossos clientes planos que per-mitem a fácil comunicação com a família e os amigos em qualquer lugar do mundo, por um custo baixo e através de chamadas de alta qualidade,” afirma Cathy Avgiris, Vice Presidente Sênior e Gerente Geral, Serviços de Voz da Comcast. “Nosso plano de ligações internacionais é outro exemplo de como continuamos a reinventar o serviço de telefonia, oferecendo ao mesmo tempo uma redução de custo competitiva”.

O Plano de Ligações Care-free Minutes Worldwide™ 300 inclui:

41 países na EuropaAlbânia, Andorra, Armênia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Cro-ácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Cazaquistão, Latvia, Liechtens-tein, Lituânia, Luxemburgo, Mô-naco, Holanda, Noruega, Polô-nia, Portugal, România, Rússia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquemenistão, Ucrânia, Reino Unido, Uzbequis-tão, Vaticano

26 países no Caribe e nas Amé-ricas Central e do SulAntígua, Argentina, Bahamas, Barbados, Bermuda, Brasil, Ilhas Caimã, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guadalupe, Haiti, Ja-maica, México, Panamá, Peru, Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, Saint Vincent, Uruguai, Vene-zuela

20 países na Ásia e no PacíficoAustrália, Bangladesh, Cambo-ja, China, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Quirguistão, Macau, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Sri Lanka, Taiwan, Tailândia, Vietnam

8 países no Oriente MédioBahrain, Brunei, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Arábia Saudita, Turquia

5 países na ÁfricaRepública de Camarões, Malawi,

África do Sul, Zâmbia, Zimbá-bue

Além das opções do plano de chamadas e das tarifas interna-cionais competitivas, os clientes do Comcast Digital Voice se be-neficiarão de uma variedade de produtos e recursos novos e ino-vadores para telefones residen-ciais como:

•Identificador de Chamadas Uni-versal – Os clientes do Triple Play Comcast podem ver a informação de quem está ligando na televisão ou no computador enquanto as-sistem a um filme ou navegam na Web.•Centro de Comunicações Smart-Zone™ – esta aplicação online oferece simplicidade e comodi-dade, permitindo aos clientes ge-renciar email, mensagens de voz e o livro universal de endereços em um só lugar.•Qualidade Aprimorada de Tele-fone Sem Fio – telefone residen-cial com múltiplos recursos que oferece todas as funções popu-lares do Comcast Digital Voice além de serviços integrados e funcionalidade avançada como a possibilidade de visualizar emails, visualizar/encaminhar/gerenciar o correio de voz através do telefone ou computador, ler notícias, esportes e horóscopo, acessar o livro universal de en-dereços e fazer buscas através da ajuda do diretório online.Para melhor complementar os re-cursos oferecidos pelo Comcast Digital Voice, um estudo reali-zado pela empresa de consultoria

econômica Microeconomic Con-sulting and Research Associates (MiCRA) constatou que consu-midores já economizaram $23.5 bilhões, inclusive $13 bilhões apenas no ano de 2007, devido à concorrência no setor de telefonia de companhias como a Comcast. Usuários podem economizar de 20 a 30 por cento, ou acima, com o Comcast Digital Voice, o que prova o sucesso das políticas pró-competitivas que garantem opções para o consumidor.

Para mais informações sobre o Carefree Minutes Worldwide™ 300, visite: http://www.comcast.com/internationalcalling/ e para mais detalhes sobre o Comcast Digital Voice, visite: www.com-cast.com/comcastdigitalvoice/

Nota: 300 minutos por mês, em qualquer horário, para 100 países determinados. Não pode ser usa-do em combinação com nenhum outro plano Carefree Minutes. Disponível apenas para clientes do Comcast Digital Voice. Não há transferência de minutos – mi-nutos devem ser usados em cada ciclo de cobrança e para ligações feitas apenas para telefone fixo, excluindo-se serviços de opera-dora e de assistência de guia te-lefônico. Se o número de minutos permitido for excedido, o cliente pagará as tarifas internacionais padrão de ligações feitas para telefone fixo. Equipamentos, impostos, sobretaxas e outros en-cargos telefônicos são cobrados adicionalmente.

Sobre a Comcast Corporation

A Comcast Corporation (Nasdaq: CMCSA, CMCSK) (www.com-cast.com) é a maior provedora de produtos e serviços de entreteni-mento, informações e comunica-ções do país. Com 24.1 milhões de clientes de serviços por cabo, 15.3 milhões de clientes de servi-ços de Internet de alta velocida-de e 6.8 milhões de clientes do Comcast Digital Voice, a Com-cast dedica-se principalmente ao desenvolvimento, gerenciamento e operação de sistemas de cabo e ao suprimento de conteúdo de programação.

As redes de conteúdo e investi-mentos da Comcast incluem E! Entertainment Television, Style Network, Golf Channel, VER-SUS, G4, PBS KIDS Sprout, TV One, dez redes dedicadas a es-portes e operadas por Comcast Sports Group e Comcast Inte-ractive Media, que desenvolve e opera os negócios da área de Internet, inclusive Comcast.net (www.comcast.net). Além disso, a Comcast é também proprietária majoritária da Comcast-Specta-cor, cujos maiores investimentos incluem o Philadelphia Flyers, time de hockey da NHL (Natio-nal Hockey League), o Philadel-phia 76ers, time de basquetebol da NBA (National Baskteball Association) e dois grandes está-dios usados para várias finalida-des em Filadélfia.

“Gripe Suina” nos Açores

COMCAST lança novo plano de ligações internacionais

Lufada de Ar Fresco

Paul [email protected]

A confirmação do primeiro caso da tão falada Gripe Suína nos Estados Unidos pelos laborató-rios do Center for Disease and

Control(CDC) remonta ao dia 15 de Abril de 2009. Os casos foram-se multiplicando e no dia 3 de Junho de 2009, cada Estado dos Estados Unidos já tinha confirmado a existência de pelo menos um caso da Gri-pe A (vírus H1N1). Devido ao alastrar da gripe e do rápido crescimento no número de casos a nível mundial, a Organização Mundial de Saúde elevou de 5 para 6 o nível de alerta de pandemia no dia 11 de Junho de 2009. Até à data da elaboração deste artigo (6 de Julho), o número de ca-sos a nível mundial já se encontrava acima dos 94,500, com particular destaque para os Estados Unidos com cerca de 33,900, o México com 10,200, e o Canadá com mais de 7,900. Até ao momento, o número de casos da Gripe A (vírus H1N1) em Portu-gal é de 71. A chegada desta Gripe ao ar-quipélago dos Açores tinha uma probabi-lidade “muito reduzida” como fez questão de afirmar o secretário regional da Saúde, Miguel Correia e tal apenas aconteceria “via Continente e não Base das Lajes”, como frisou o mesmo ao Diário dos Aço-res no dia 28 de Abril de 2009. No entanto, no passado dia 1 de Julho de 2009, deu-se a confirmação do primeiro caso da Gripe A (vírus H1N1) no arquipélago dos Aço-res.

De acordo com o Diário dos Açores, o primeiro caso da Gripe A foi encontrado numa menina de três anos, que viajou no dia 29 de Junho do Canadá para a ilha Ter-ceira e acabou por ser internada no Hos-pital do Santo Espírito de Angra do Hero-ísmo. As várias análises que foram feitas confirmaram de que se tratava de um caso da Gripe Suína. O Secretário Regional da Saúde fez questão de afirmar que a menina se encontra numa situação de saúde está-vel.No dia 3 de Julho, surgiu a confirmação de mais dois casos da Gripe, desta vez nas ilhas de São Miguel e Graciosa. Na Gra-ciosa, um homem de oitenta e quatro anos de idade está a ser observado de perto no Centro de Saúde de Santa Cruz. De acordo com o Diário dos Açores, este senhor tam-bém estava abordo do avião proveniente do Canadá. O caso de São Miguel refere-se a uma mulher de vinte e nove anos de idade, que também viajou no mesmo voo do Canadá e que presentemente está a ser observada de perto no Hospital Divino Es-pírito Santo em Ponta Delgada. Até ao dia 3 de Julho, foram confirmados um total de cinco casos da Gripe A nos Açores, quatro dos quais a corresponde-rem a pessoas que viajaram no mesmo voo proveniente do Canadá e, segundo o Diário dos Açores, este número poderá aumentar caso se confirmem outros tantos casos suspeitos. O Secretário Regional da

Saúde, Miguel Correia afirmou que “não há uma evidência de que exista transmis-são na comunidade local” e que “o vírus é de baixa virulência o que tem permitido que pessoas que possuem outras patolo-gias reajam bem aos tratamentos e fiquem curadas”. Mas afinal, o que é o novo vírus da Gripe A(H1N1)? Trata-se de um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos e que apresenta uma combinação de variantes genéticas humanas, aviárias e suínas. A novidade prende-se no facto deste vírus ser transmissível entre seres humanos. Um dos grandes problemas encontra-se na dificuldade de distinção entre a Gripe A H1N1 e a gripe sazonal, pois os sinto-mas de ambas são muito semelhantes. Sintomas como a febre, tosse, dores de garganta, dificuldades respiratórias, dores corporais ou musculares, dores de cabeça, fadiga, arrepios, vómitos ou diarreia têm sido observados na maioria dos casos da Gripe A H1N1. Para além da semelhança de sintomas, a Gripe A (H1N1) e a gripe sazonal também partilham o modo de transmissão. Para que o vírus seja transmitido basta uma pessoa infectada falar, tossir, ou espirrar junto de outra. O perigo também prende-se na capacidade que o vírus tem de sobre-viver durante várias horas em superfícies como por exemplo nas maçanetas de por-tas, corrimãos ou teclados das caixas de

Multibanco e daí que seja necessário man-ter essas superfícies desinfectadas.Pese embora ainda não existir uma vacina para proteger o ser humano contra o novo vírus da Gripe A (H1N1), existem medi-camentos que têm sido extremamente efi-cazes no combate ao vírus e como prova disso, dos cerca de 94,500 casos mundiais, apenas 429 até ao momento resultaram na morte do portador, resultando numa percentagem de sobrevivência superior a 99%.Numa altura em que muitos emigrantes estão a fazer as malas par viajarem para o paraíso Açoriano, convém andar infor-mado relativamente a este vírus. A Or-ganização Mundial da Saúde recomenda aos viajantes para evitarem contacto com pessoas doentes; lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com toalhetes com solução de álcool; evitar tocar com as mãos nos olhos, nariz e boca; cobrir a boca quando espirrar ou tossir, utilizando um lenço de papel sempre que possível; lim-par superfícies sujeitas a contacto manual. Enfim, façam como se estivessem a tentar evitar a gripe sazonal, mas não deixem de gozar as suas férias e também não deixem de comer uns torresmos de porco, pois ao contrário do que muitos julgam, o vírus não é transmitido através do consumo da carne suína.

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24 15 de Julho de 2009TAUROMAQUIA

Esta gravata preta ficará aqui até que as nossas organizações taurinas aprendam a devolver os bilhetes dos toiros depois dos porteiros os cortarem.O que acontece na California desde há anos, é que os patrocinadores pagam para que os seus serviços sejam publicitados nos bilhetes de toiros e depois mal se compram entrega-se ao porteiro, este fica com ele e no fim da corrida vai tudo para o lixo. Alguém pode compreender isto?Por lei, todo o cidadão, em qualquer país do mundo, tem direito a ter o seu recibo, mesmo que o bilhete seja oferecido.

Nao faremos mais críticas de Corridas de Toiros até que a nossa Comunidade Taurina acorde deste sonho mau que tem tido. Já estou a ficar farto desta brincadeira.

Grupo de Forcados de Turlock vai a Portugal

Tiro o meu chapéu a todos aqueles que aficio-nadamente tem dado o rosto na defesa da nossa festa, partici-pando em encontros para a constituição de uma organização que nos defenda dos ataques fundamentalistas anti-qualquer coisa.

Tiro o meu chapéu à Tertulia Tau-romáquica Terceirense por continuar a publicar a unica revista taurina açoriana. A Festa na Ilha deve estar a chegar à California. Mais uma vez poderemos ler bons artigos sobre toiros, além de ter a oportunidade de apreciar fotografias antigas da nossa festa brava da Terceira. A não perder nunca. Comprar sempre.

Esta fotografia ficará na história da festa brava da California. Os dois Grupos de Forcados de Turlock pegaram juntos pela primeira vez na I Cor-rida da Feira da Festa de Stevinson e Paulo Ferreira ofereceu a lide a Jorge Martins e a Tony Machado, cabos de forcados. Bonito.

Quarto Tércio

José Á[email protected]

O Grupo de Forcados de Turlock, que há pouco tempo comemorou os seus 33 anos de actividade taurina, recebeu um convite para pegar toiros em duas corridas em Portugal - no dia 20 de Agosto na Praça do Campo Pequeno em Lisboa e no dia 26 do mesmo mês em Albufeira, Algarve.

Recordemos que este grupo já pegou toiros nos seguintes lugares:

1988 - Terceira (Sanjoaninas) e Albufeira (Algar-ve)1995 - Canadá1996 - Terceira (Sanjoaninas)2007 - Feira de São Jorge2008 - Feira da Graciosa

Queremos crer que o Grupo de Forcados de Turlock será mais uma vez um bom representante da nossa Festa Brava, como sempre tem sido em todas as suas digressões fora do País.Para aqueles que não andam a par do mundo dos toiros, podemos dizer que o grupo está em forma e conta com uma mão cheia de bons pegadores e boas ajudas. Fará figura, concerteza.Deixo-vos, neste espaço taurino, algumas das boas pegas que este ano efectuaram em diversas corri-das onde actuaram.

Donald Mota na Corrida de Patterson Gary Rocha na I Corrida de Stevinson

Anthony Martins na II Corrida de Stevinson

Kyle Parker na Corrida de Santo Antão

Michael Lopes na Corrida de Santo Antão

Grupo de Forcados de Turlock na Corrida do seu 33° Aniversário

ÚLTIMA HORANo final da reunião havida em Thornton no dia 10 de Julho, para discussão da necessidade de se constituir uma organização para defesa e preservação da nossa cultura e tradições, ficou aprovado o seguinte:a. Aceitação por unanimidade da constituição da orga - nização em causa.b. Escolha de um comité de 5 pessoas para avançar com o projecto em termos jurídicos. Mais notícias na próxima edição.

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26 15 de Julho de 2009ARTES & LETRAS

O bando da burra – humor, crónica e sátira social

Na Piedade (ilha do Pico), a 3.ª feira de Entrudo é dia de ban-do. A freguesia converge para o Curral da Pedra, onde a par-

tir do Coreto (muito antes, era do muro do Manuel Gonçalves) se procede à leitura do testamento de cada burra ou burro fa-lecido na freguesia no decurso do último ano. Testamento burlesco, bem se vê, que parodia o texto jurídico formal num voca-bulário desbragado e solto, e ao longo do qual cada animal se “desfaz” das suas pe-ças ou membros, deixados em herança a testamentários escolhidos de acordo com um propósito cómico e satírico.A tradição do bando perde-se no tempo. Agora, três jovens da Piedade, Carlos Frei-tas, Fábio Vieira e Filipe Costa, lançaram mãos ao trabalho e recolheram alguns desses testamentos, que reuniram em li-vro, com o apoio da Junta de Freguesia da Piedade e da Câmara Municipal das Lajes do Pico: O Bando da Burra é o título do li-vro, a que Fábio Vieira deu ainda um con-tributo suplementar com algumas ilustra-ções perfeitamente integradas no espírito dos textos, entre a (falsa) ingenuidade e a perversidade.Um livro como O Bando da Burra levan-ta questões de vária natureza. Em primeiro lugar, o modo de ser do ritu-al que está na origem dos materiais nele recolhidos e que ano após ano se repete, ou seja, o acto de botar o bando, de apre-sentar perante um auditório espontâneo um texto que acaba por «contemplar» alguns dos espectadores e não nos termos mais delicados, como se sabe (que os es-pectadores se prestem a entrar nesse jogo é ainda um outro elemento a considerar). Em segundo lugar, a natureza dos próprios textos ou bandos: a sua organização inter-na, de anúncio e relato de um aconteci-mento, a morte da burra com todas as suas peripécias e, de imediato, a leitura do suposto testamento deixado pelo bicho. O mais particular, no entanto, é a linguagem em que isso se faz, uma linguagem liberta de peias e amarras e sem medo de sujar as mãos (ou a língua) naquela zona que o recato e o pudor desaconselham durante os restantes dias do ano. Um ponto relativamente pacífico e consen-sual quanto a estas manifestações da cul-tura popular prende-se com a sua origem remota. Admite-se que práticas como esta do testamento da burra possam representar a sobrevivência de rituais comuns na Ida-de Média e ainda nalguns séculos imedia-tos – práticas não limitadas aos chamados três dias chamados do Carnaval, mas que decorriam ao longo de todo o ano. Tinham em comum o facto de pretenderem provo-car o riso e a diversão, pondo a ridículo determinadas práticas sociais e religiosas. É assim possível encontrar manifestações como a festa dos loucos (aos quais tudo era permitido dizer) ou a festa dos burros. Em que consistia esta? Paramentava-se um burro com as vestes de padre e depois fazia-se perante ele uma paródia da litur-gia católica ( e nem é bom pensar no que aconteceria hoje se alguém se lembrasse de recuperar esse ritual). Outras formas con-

sistiam em imitar de forma cómica certos textos sérios, como os sermões, hinos, ora-ções, salmos ou decretos e testamentos.O propósito de tudo isso era provocar o riso, já se disse. Essas manifestações ti-nham ainda em comum o facto de se de-senvolverem totalmente à margem das instituições e dos poderosos. Constituíam uma espécie de “mundo de pernas para o ar”, em que os pobres e “os de baixo” se apoderavam da palavra e do espaço públi-co e impunham a sua ordem e em que, em-bora de forma breve e ilusória, anulavam as diferenças sociais entre ricos e pobres, entre poderosos e súbditos, derrubavam as barreiras entre o sagrado e o profano. Era uma espécie de momento de liberta-ção, nivelado pela visão do mundo dos de baixo e numa linguagem também ela baixa e insultuosa que era ainda uma forma de afirmação de liberdade e de poder perante os outros, os de cima, os poderosos.O testamento da burra é um modelo de texto (e prática) que talvez possa enten-der-se como vago parente desses rituais, que deixaram algum rasto no Cancionei-ro Geral (de 1516), e a que poderíamos associar também a festa dos cornos, ainda em vigor nalgumas zonas do Pico e de que possuímos descrições pormenorizadas que atestam a sua natureza de paródia de práticas religiosas.Um bom exemplo da existência destes testamentos no século XIX nos Açores é-nos trazido por um livrinho da autoria do Padre Camões, natural das Flores. O livro intitula-se Testamento de D. Burro, pai dos asnos e consiste precisamente num texto que segue rigorosamente todos os passos de um autêntico testamento, mas que antes disso conta toda a vida de mi-séria e de pancada que foi a do testador

(à maneira do “pranto” ou “lamentação” medieval). Lá estão, preto no branco, os nomes reais, e conhecidos à época, dos di-ferentes beneficiários do testamento com a indicação daquilo que a cada um cabe e na linguagem muito própria do género, mas imprópria do autor do livro e do seu es-tatuto. E outros testemunhos desse século falam-nos ainda do testamento do galo.

Serve isto para dizer que O Bando da Bur-ra recolhe e guarda para leitura futura um conjunto de textos que têm atrás de si uma longa tradição – longa e saudável, porque afirma a nossa condição humana, o facto de sermos o único animal que ri.A questão mais complexa, no entanto, prende-se com outro aspecto: o de explicar como a tradição se tenha mantido apenas neste espaço da Piedade, constituindo ao longo dos anos um acontecimento único e capaz mesmo de motivar a curiosidade e a deslocação de pessoas de outros lados, como o atestam alguns livros de Dias de Melo. Não tenho resposta para isso, por isso não posso dá-la. Mas gostaria apenas de deixar uma pequena anotação lateral, que talvez possa constituir, um dia, uma achega para quem quiser ocupar-se destas coisas com mais tempo. A minha colega e amiga Ângela Furtado-Brum publicou há cinco anos um livro intitulado Contos Tradicionais Açorianos, onde reuniu 91 histórias populares ouvidas nas diversas ilhas. Encontramos lá um conjunto de his-tórias recolhidas na Piedade cujo tom se poderá aproximar daquele que caracteriza os bandos de carnaval: histórias marcadas por um humor anti-clerical que não poupa a beatice nem a religião nas suas miopias e numa linguagem que não conhece cons-trangimentos; esses contos efectuam uma banalização do divino, dos seus símbolos e agentes, e acabam por dar-nos a imagem de um mundo dessacralizado, mais iguali-tário e mais humano, enfim. O Bando da Burra reúne 15 bandos/testa-mentos ditos e ouvidos na Piedade entre 1982 e 2008; vai buscar ainda um bando recolhido na Ribeirinha em 1936 e editado por Manuel Dionísio em Costumes Aço-rianos ; no final, apresenta excertos de ou-tros bandos e alguma poesia popular. Não é caso para me deter aqui no esque-ma e nos moldes destes bandos, pois isso é matéria por demais conhecida. O que a lei-tura destes textos permite detectar de ime-diato é a actividade recorrente da dupla António Macedo/Ilídio Areias, que assina a maior parte dos textos, ao lado de um de autoria anónima, outro de Manuel Perei-ra Vargas, um de Rui Fontes e ainda outro de António Macedo em parceria com Ana Machado. Numa outra perspectiva, a lei-tura deixa ainda ver um aspecto relevante destes textos, muito para lá da sua natu-reza satírica e da sua dimensão de diver-timento: enquanto textos muito próximos do quotidiano e de alguns acontecimentos locais que são trazidos à memória pública em jeito de balanço, os bandos constituem (e particularmente agora no seu registo es-crito) uma certa forma de crónica social,

Urbano BettencourtApós um breve interrupção, preenchida graças ao editor deste jornal, José Ávila, aqui estamos em pleno verão de 2009 com mais uma Maré Cheia. É um tra-balho do nosso amigo e colaborador o poeta Urbano Bettencourt. É um texto magnífico, como só o Urbano o podia escrever.Abraços, com votos que continuem a ter um bom verão, recheado de boas leitu-ras e bons passeios.

diniz

onde é possível recuperar situações, figu-ras, episódios de um determinado tempo, o descontentamento e algum mal-estar social, mesmo sabendo nós que tudo isso é visto através do filtro deformador da sátira e do exagero – mas o exagero e o excesso não deixam de ser uma estratégia de pressão e de chamada de atenção. Atra-vés destes bandos torna-se possível inven-tariar diversos alvos de crítica ou temas, de natureza habitual ou tradicional, cha-memos-lhe assim: a inevitável política e os políticos, o pessoal do Matos Souto e o do Ambiente, os trabalhadores do furo da água, os calhetas (repisando velhas tricas de vizinhança), a rádio, a televisão. Mas outros temas atravessam ainda estes ban-dos: termos como a Sida, o preservativo, o aborto, a pedofilia, o stress, a NASA, situações como as das máquinas de lavar roupa que despejam a água para a rua, os cultivadores de liamba, entre outros – marcam o texto dos bandos, traduzindo a atenção a uma contemporaneidade que se vai introduzindo no tecido social não ne-cessariamente pelas melhores razões. Por todas estas razões, e seguramente por várias outras, eu gostaria de felicitar mais uma vez o Filipe Costa, ao Carlos Freitas e ao Fábio Vieira por nos trazerem este livro, que constitui a parte importante de um facto social pertencente à história da Piedade, ao seu património simbólico. É pena, no entanto, que eles não tenham conseguido recuperar textos mais antigos, que nos permitiriam hoje ter uma ima-gem mais precisa do passado e até mesmo confrontar a linguagem actual dos ban-dos com a dos tempos do Estado Novo, e ver até que ponto a censura política e a auto-censura dos autores actuava sobre a palavra. Bem sei que a culpa dessa lacuna não lhes pertence, antes deve ser atribuí-da àqueles que, como eu, nunca tiveram a ideia de recolher os textos que em cada ano iam sendo produzidos. A partir de agora, está aberto o caminho para que se dê mais atenção a esses textos no sentido de resguardá-los, por aquilo que represen-tam de manifestação social e simbólica da vida de uma comunidade.

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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Tribuna Portuguesa 27FESTAS

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28 15 de Julho de 2009ENGLIH SECTION

portugueses e r v i n g t h e p o r t u g u e s e – a m e r i c a n c o m m u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9 • e n g L i s h s e c t i o n

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Who is Scott-Vincent Borba? Where were you born, raised, educated? What is your educational and pro-fessional background?

I’m the youngest of five children in a very close, very Ca-tholic family from a small farming town in Central Ca-lifornia, Visalia. I was raised in Central California, and worked as a model to put myself through school. I did runway shows for designers like Calvin Klein and Ver-sace and used the money to go to Santa Clara University where I earned my B.S.

How and when did you start working in the beauty and skincare industry? How supportive was your family of your career choice?

I’ve always had a philosophy of building beauty from the inside-out. That treating skin and health at the same time would be so much more beneficial and rewarding that just practicing either individually. My family was very sup-portive in helping me create a niche that didn’t exist prior

to my launching the BORBA nutraceuticals and topical skin care products. How did you go from being raised in a small town in Central California to building your own company and supplying products to Hollywood stars?

I have a very strong work ethnic; I really enjoy what I do and therefore it pretty much consumes all of my time. I never sit around waiting for thin-gs to happen – whether I need to make cold calls to potential partners, answer questions from my loyal consumer following, or fly across the coun-try for a personal appearance I’m always up for the task at hand.

Having worked in multiple cosmetic compa-nies, why did you decided to start your own company? Why did you call it BORBA?

I come from a family that always looked to natural ingredients in all that we do – I grew up on a farm! I wanted to share the wonders of natural things like exotic fruits and put them in efficacious pro-ducts that offer amazing results. When my father was diagnosed with pancreatic cancer I realized I needed to stop procrastinating and start my com-pany NOW. He’s an entrepreneur with a dream, and I wanted to follow in his footsteps.

What are the biggest risks you face in your business? What are your biggest ambitions in life?

My biggest risk is that BORBA is my namesake, it could never be something I could see fail since I’m so connected to it. I also aim to launch pro-ducts that no one’s ever seen before – I’d never do a copy cat product. So sometimes being a visiona-

ry can make me vulnerable until consumers realize, “oh, that is something I want to try!” My biggest ambition is to change the way people feel about themselves – for the better.

Why did you get involved in non-profit organizations?

I’ve always been a child advocate and I’ve always donated to charities I felt gave back the most. When I developed BORBA, my voice wasn’t just heard on the local level, but the global level. BORBA was my opportunity to support Covenant House California and to act as their spokesper-son on both the grassroots and global levels to help gain awareness of their many initiatives and programs.

What are your fondest memories of growing up in a Portuguese-American household?

The warmth of growing up in a Portuguese-American hou-sehold is something I cherish most. There was always lots

of love and the result was a family that will do anything for each other. We are a very tight-knit Catholic family who will go to great lengths to be with each other all the time (not just during Christmas when we eat bolo rei). Also the food… my favorite dish of all time is homemade cozido! Sometimes we all gather in the kitchen and cook together. Those are the memories I cherish most.

Do you ever connect to your Portuguese-American roots? If so, how?

All the time! I am a proud Portuguese-American! I’ve been to Portugal a few times (even visited the town of Borba), and eventually would love to retire in Portugal. Eu falo um pouco Português, but that’s something I’m working on.

What type of questions do you get on your “Ask Scott-Vincent Borba Anything” page (http://www.borba.com/ask_scott_vincent)?

This has really been a great way to connect to all of the women and men who love the products. The questions are usually centered around very specific skin care and health concerns. Based on my long history in beauty and with my healthy skin from within approach, I am able to first let them know that they are not alone then provide solutions that will not conceal but really treat the nature of their concern. I also offer very broad advice too – not just related to the BORBA products and I think consumer appreciate that so they can learn to practice a healthy “in-side out” approach for themselves at home.

What would you say to a Portuguese-American youth who dreams of being a successful entrepreneur?

Don’t give up on yourself – confidence is key! Portugal is a small country that has accomplished a lot. But it didn’t happen overnight. It took hard work and perseverance. The best advice I can give it to try your best and work hard. And if at first you don’t succeed…keep trying! Não magoa nada ser Português.

For more information on Scott-Vincent Borba and the BORBA products, go to www.borba.com.

Don’t give up on yourself - confidence is key“Grande Entrevista” with Cosmetic Entrepreneur Scott-Vincent Borba:

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29FESTAS

O Grupo “Voz da Saudade” de Quebec, Canada, actuará pela primeira vez em terras da California, na Festa de Nossa Senhora da Assunção. Grupo “Voz da Saudade” estreou-se em Outubro de 1998, por ocasião da Festa do Imigrante, que é realizada anualmente no Centro Comunitário Português “Amigos Unidos”, na cidade de Hull, província de Québec, perto da cidade de Ottawa, capital federal do Canadá.

O Grupo é composto por trinta elementos, incluíndo músi-cos, vozes femininas e masculinas. O seu reportório é todo ele revestido de uma originalidade surpreendente, com mú-sicas e letras da autoria do seu director, António Fernando Ázera da Silva, músico, compositor e intérprete.

Sejam bem-vindos.

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30 15 de Julho de 2009

The morning after,she swallowed her heartand combed the stars from her hair.The morning after,everything was different.

The house surrendered to the rising temperature of saudade.Water ran hot then cold then hot again

cafezinho was bitter, no matter how much sugar was added,and she drowned in waves of fado.

Staring at the kitchen table,her heavy gaze discerneda ship leaving port never to return-the one boat she was meant to be onborne away by deep currents.

The weeping was born softly in one corner of her soulthen grew moaning, heaving, echoingand sailing:the constant tears of those left behind.

Lisabeth Castro-Smyth

The Morning After Marissa Sousa, Scholar-Athlete

Marissa Sousa is a 4.0 GPA student at Santa Cla-ra High School, where she maintained a 4.0 GPA all throughout freshmen and sophomore years.She played on the varsity volleyball team as a mi-ddle blocker. Her team was the league champions of SCVAL, went to CCS playoffs, but lost in the first round.Marissa played on the varsity basketball team as a forward and guard. She played on the varsity softball team as the right fielder. Her team was the SCVAL league champs, went to the CCS playoffs, won first round against Los Gatos Club Volleyball.Marissa played for Precision Sports as an outside hitter in Club Volleyball.She played on the The Blaze Team as a short stop and pitcher in PAL Softbal.She also played centerfield and is the captain in the PAL Softball Tournament Team — the Santa Clara PAL Sparks. The team took first place at the Davis/Di-xon softball tournament and is going to the Nationals in Lancaster at the end of July.Congratulations to Marissa Sousa, a great example that a student-athlete can also be a scholar-athlete.

From top to bottom: Santa Clara PAL Sparks, ready for the Nationals (Marissa is #14); Santa Clara High School Bruins Varsity Basketball (Marissa #11); Santa Clara Club Voleyball (Marissa spiking); Santa Clara Bruins Softball.

4th of July brings out Rose G ParadeFor the second year in a row, San Jose’s The Alameda Business Association sponsored the Rose, White, and Blue Parade. About twice as long as its predecessor, this year’s parade started from West San Carlos at Shasta

Avenue weaving through the Rose Garden and Shasta-Hanchett neighborhoods to end in a festival atmosphere at The Alameda.

Five Wounds Portu-guese National Church 90 years being a vestibule to Heaven

Five Wounds Portuguese National Church had its grand opening on Sunday, July 13, 1919.In his sermon, Monsignor Henrique Augusto Ribeiro, a native of Cedros, Faial Island, stated that “the church must be a vestibule to Heaven.” 90 years later, this chur-ch celebrates its dedication.Even though the parish was approved by the Archdiocese of San Francisco on November 8, 1914, the land for the church had been bought the previous year on November 16, 1913 with the great assistance of Mr. Manuel Teixeira de Freitas of San Rafael, CA. On November 15, 1914, Monsignor Henrique A. Ribeiro celebrated the first Mass as Pastor of the new parish in the Holy Spirit chapel. On October 1, 1916, Archbishop Edward Hanna of San Fran-cisco blessed the first stone. On Assumption Day1917, there was an “abundant” lunch served to celebrate the first shingles in the church’s roof.On June 29, 1918, the first Mass was celebrated in thenew church. The official dedication would take place on July 13, 1919 of the new Church of the Five Wounds of Our Lord Jesus Christ (as described in the official booklet).In the “Lembrança,” Msgr. Ribeiro describes the stru-ggles and attitude of the Portuguese community of the early 20th century. How much things have changed, but how much they have remained the same.Monsignor Ribeiro further stated that “a church for ALL Christians is a vestibule to Heaven.”

May it continue like this for many more years.

ENGLISH SECTION

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31FESTAS

Hayward novamente em Festa

IDES, Hayward - Aia Simone Allenbach, Rainha Grande Emily Garcia, aia Sierra Loura

Presidente do Conselho Hayward N° 14 I.D.E.S. , Manuel & Fatima Costa,

Esq/dir: Séquito da Rainha Pequena - Aia Breanna Da Rosa, Rainha Pequena Melissa Da Rosa, Aia Shayla Da Rosa. À direita pode-se ver a Rainha Santa Isabel, Jessica Meneses

Rainhas, Presidente e Directores, numa festa sempre bonita nos dias 20 e 21 de Junho

Padre Antonio Reis coroando a Rainha Emily Garcia

Photos by Ray JD Photographye Lidiana Pereira

Coroação do Presidente Manuel Costa e Vice-Presidente Roger Brum, e respectivas esposas

Page 32: Tribuna 07/15/09

32 15 de Julho de 2009ÚLTIMA PÁGINA