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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Escola de Contas Alberto Veloso PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2016 - 2021 Resolução n. 18771, de 15/12/2015

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Escola de Contas ... · Planejamento Estratégico Institucional, o Plano de Gestão e o Plano Anual de Diretrizes do TCE/PA, considerando a necessidade

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TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DO PARÁ

Escola de Contas Alberto Veloso

PLANO DE

DESENVOLVIMENTO

INSTITUCIONAL

2016 - 2021

Resolução n. 18771, de 15/12/2015

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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“As organizações não são constituídas por aquilo que é discriminado

em sua planilha de balanço; as organizações são constituídas por

cérebros, motivações, conhecimento, caráter e emoções de todos os

seres humanos que estão por trás da planilha de balanço”.

Secretan H. K. Lance

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PÁRÁ

Presidente Conselheira Maria de Lourdes Lima de Oliveira

Vice-Presidente

Conselheiro André Teixeira Dias

Corregedor Conselheiro Odilon Inácio Teixeira

Conselheiros

Nelson Luiz Teixeira Chaves Luis da Cunha Teixeira

Cipriano Sabino de Oliveira Junior Rosa Egídia Calheiros Lopes

Conselheiro Substituto Julival Silva Rocha Conselheira Substituta Milene Dias Cunha

Conselheiro Substituto Daniel Mello Conselheiro Substituto Edvaldo Fernandes de Souza

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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CONSELHO CONSULTIVO DA ESCOLA DE CONTAS ALBERTO VELOSO

Conselheiro Luís da Cunha Teixeira Presidente

Milene Dias Cunha

Conselheira Substituta

Profª Karla Lessa Bengtson Diretora Geral da ECAV

Ana Maria da Motta Garcia

Secretária de Gestão de Pessoas

Francisco Rodrigues da Silva Filho Representante dos Servidores

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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ESCOLA DE CONTAS ALBERTO VELOSO

DIRETORA GERAL Karla Lessa Bengtson

COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Coordenador Marco Antonio Nobre Pontes

Equipe

Bethânia do Socorro Guimarães Bastos Cavalero de Macedo Ecleida Inocência Paes Carvalho

Eliana Ecila Gomes e Silva Gisela Sisnando da Costa Pontes

Maria Cristina Pina Galvão Maués Milka Gleides Bringel Leite

Patricya de Souza Barbosa Maciel Pedro Vitor Valadares Fernandes (Estagiário)

COORDENADORIA ACADÊMICA

Coordenadora Maria Theresa Calado Lopes

Equipe

Tatiana Farias dos Santos Gueiros Wantuil Estevão de Souza Filho

Doriane Correa Paixão (Estagiário)

GERÊNCIA DE EXPEDIENTE Coordenador Admir Pombo

Equipe

Célio Sampaio de Siqueira Lobo Nilzete Guimarães Barros

COORDENADORIA DE ACERVO TÉCNICO E INFORMAÇÃO

Coordenadora Rita Helena Alves Pessoa

Equipe

Alda Maciel Ana Izabel Neves Siqueira Márcia Figueiredo Meira

Oriana Bitar

Apoio Operacional João Roberto Morais da Silva

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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APRESENTAÇÃO

O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI da Escola de Contas Alberto Veloso

objetiva orientar a estratégia da instituição como escola de contas, para o período compreendido

entre 2016 a 2021, visando à especialização dos serviços da Corte de Contas, dos agentes públicos e

dos servidores de instituições públicas do Estado do Pará.

De acordo com o Ministério da Educação – MEC, o PDI é um “documento que

identifica a instituição no que diz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às

diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às atividades

acadêmicas que desenvolve e/ou que pretende desenvolver”.

O PDI está estruturado a partir dos eixos temáticos essenciais propostos pelo MEC,

divididos em capítulos e seções, contemplando: perfil institucional, que define o papel da ECAV no

contexto de sua instituição mantenedora, o TCE/PA, e trata do alinhamento estratégico, do público-

alvo e das relações institucionais, além de discorrer sobre a autonomia administrativa e pedagógica

da Escola de Contas; projeto pedagógico; corpo social; e uma seção dedicada ao Programa de Pós-

Graduação e Pesquisa, sendo resultado do planejamento integrado das diversas unidades que

compõem a Escola de Contas Alberto Veloso, a Secretaria de Controle Externo e a Secretaria de

Gestão de Pessoas do TCE/PA, refletindo o esforço conjunto das pessoas envolvidas em sua gestão,

constituindo‐se referência para um processo avaliativo, constantemente voltado para a evolução do

conjunto institucional.

É orientado pelos princípios da educação corporativa e a gestão por competências,

para o desenvolvimento de pessoas e alcance das metas organizacionais, alinhando o planejamento

educacional com a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, com o

Planejamento Estratégico Institucional, o Plano de Gestão e o Plano Anual de Diretrizes do TCE/PA,

considerando a necessidade de o Tribunal de Contas do Estado do Pará acompanhar o processo de

modernização institucional, frente às demandas da sociedade1.

1 Resolução n. 18.437, que dispõe sobre a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoas do

TCE/PA.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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SUMÁRIO

1 Perfil Institucional .................................................................................................................... 13

1.1 Sobre o Tribunal de Contas do Estado do Pará – TCE/PA ........................................................... 13

1.1.1 Estrutura Organizacional ................................................................................................... 13

1.2 Planejamento ............................................................................................................................... 14

1.2.1 Norteadores internos ......................................................................................................... 15

1.2.1.1 Mapa estratégico do TCE/PA ................................................................................ 15

1.2.1.1.1 Perspectiva de resultados ........................................................................ 16

1.2.1.1.2 Perspectiva de processos internos ........................................................... 16

1.2.1.1.3 Perspectiva de recursos ........................................................................... 16

1.2.2 Planejamento Estratégico .................................................................................................. 17

1.3 O TCE e a Sociedade ..................................................................................................................... 19

1.3.1 TCE Cidadão ........................................................................................................................ 19

1.4 Escola de Contas Alberto Veloso – ECAV ..................................................................................... 20

1.4.1 Histórico da Instituição ...................................................................................................... 20

1.4.2 Previsão do projeto pedagógico ....................................................................................... 23

1.4.3 Missão................................................................................................................................. 23

1.4.4 Visão ................................................................................................................................... 23

1.4.5 Valores ................................................................................................................................ 23

1.4.6 Objetivo Geral .................................................................................................................... 23

1.4.7 Objetivos Estratégicos ........................................................................................................ 23

1.4.8 Estrutura Organizacional ................................................................................................... 25

1.4.8.1 Infraestrutura ........................................................................................................ 26

1.4.8.2 Acessibilidade ....................................................................................................... 26

1.4.8.3 Biblioteca Ministro Benedito Frade ..................................................................... 26

1.4.8.4 Infraestrutura Tecnológica ................................................................................... 27

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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1.4.8.4.1 Recursos de rede ...................................................................................... 27

1.4.8.4.2 Recursos de áudio .................................................................................... 27

1.4.8.4.3 Plataforma de aprendizagem ................................................................... 27

1.4.9 Áreas de Atuação Acadêmica ............................................................................................ 27

1.4.10 Público-alvo ...................................................................................................................... 28

1.4.11 Recursos financeiros ......................................................................................................... 28

1.4.12 Integração com a Secretaria de Gestão de Pessoas e autonomia administrativa ........ 28

2 Projeto Político Pedagógico ...................................................................................................... 30

2.1 Inserção Regional ......................................................................................................................... 30

2.2 Princípios e Diretrizes da Educação Corporativa ......................................................................... 32

2.2.1 Princípios gerais ................................................................................................................. 32

2.2.2 Princípios Filosóficos .......................................................................................................... 33

2.2.3 Princípios Pedagógicos ....................................................................................................... 34

2.2.4 Princípio da Andragogia .................................................................................................... 34

2.2.5 Princípios da Educação Corporativa .................................................................................. 35

2.2.6 Diretrizes Educacionais ...................................................................................................... 36

2.2.6.1 Plano de Educação Corporativa ............................................................................ 36

2.2.6.1.1 Desenvolvimento de competências gerenciais ........................................ 36

2.2.6.1.2 Desenvolvimento de competências pessoais ........................................... 36

2.2.6.1.3 Desenvolvimento de competências técnicas ........................................... 36

2.2.6.2 Plano de Capacitação dos Jurisdicionados ........................................................... 37

2.2.6.2.1 Aperfeiçoamento da Governança e da Gestão Pública ............................ 37

2.2.6.2.2 Fomento ao Controle Social ..................................................................... 37

2.2.6.2.3 Orientação e Capacitação do Jurisdicionado ........................................... 38

2.3 Público-alvo das ações ................................................................................................................. 38

2.4 Universalização interna do desenvolvimento ............................................................................. 38

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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2.5 Oferta de vagas para público externo ......................................................................................... 38

2.6 Definições gerais das ações de desenvolvimento ....................................................................... 39

2.6.1 Quanto ao tema ................................................................................................................. 39

2.6.2 Quanto ao facilitador de aprendizagem ........................................................................... 39

2.6.3 Quanto ao número de participantes ................................................................................. 40

2.6.4 Quanto à modalidade ........................................................................................................ 40

2.7 Políticas de incentivos .................................................................................................................. 41

2.7.1 Política de gratificação de colaboradores ......................................................................... 41

2.7.2 Política de incentivos educacionais ................................................................................... 41

2.7.3 Políticas de reconhecimento .............................................................................................. 41

2.8 Organização Pedagógica .............................................................................................................. 42

2.8.1 Concepção de Currículo ...................................................................................................... 42

2.8.2 Concepção curricular e suas bases: gestão por competências ......................................... 42

2.8.3 Estrutura do currículo ......................................................................................................... 43

2.8.4 Currículo mínimo ................................................................................................................ 43

2.8.5 Competências emergentes ................................................................................................. 44

2.9 Programas educacionais .............................................................................................................. 44

2.9.1 Programa de pós-graduação ............................................................................................. 44

2.10 Perfil do egresso ......................................................................................................................... 45

2.11 Padrões de Qualidade ................................................................................................................ 45

2.12 Resultados educacionais esperados .......................................................................................... 46

2.13 Avaliação .................................................................................................................................... 47

2.13.1 Avaliação Institucional ..................................................................................................... 48

2.14 Organização pedagógica-administrativa ................................................................................... 49

2.14.1 Participação do Servidor nos Eventos Educacionais ....................................................... 49

2.14.2 Participação dos Jurisdicionados em Eventos Educacionais ........................................... 49

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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2.14.3 Corpo Social ...................................................................................................................... 49

2.14.3.1 Corpo Discente .................................................................................................... 49

2.14.3.2 Corpo Técnico-administrativo ............................................................................ 49

2.14.3.3 Corpo Docente .................................................................................................... 49

2.14.4 Contratação de Docentes ................................................................................................. 49

2.14.5 Organização departamental ............................................................................................ 50

2.14.5.1 Atribuições e papéis dos colaboradores ............................................................ 50

2.14.5.1.1 Coordenadores ....................................................................................... 50

2.14.5.1.2 Facilitadores ........................................................................................... 51

2.14.5.1.3 Articuladores .......................................................................................... 51

2.14.5.1.4 Participantes ........................................................................................... 52

2.14.5.2 Papéis específicos em pós-graduação ................................................................ 52

2.14.5.2.1 Coordenador acadêmico ........................................................................ 52

2.14.5.2.2 Orientador .............................................................................................. 53

2.14.5.2.3 Membro de banca examinadora ............................................................ 53

2.14.5.2.4 Corpo docente ........................................................................................ 54

2.14.5.2.5 Líder de grupo de pesquisa .................................................................... 54

2.15 Processos de trabalho ................................................................................................................ 54

2.16 Infraestrutura e sistemas ........................................................................................................... 55

2.17 Plano de desenvolvimento de pessoas ..................................................................................... 55

2.18 Diagnóstico de necessidades de desenvolvimento ................................................................... 55

2.19 Proposição de ações educacionais ............................................................................................ 55

2.20 Cursos de pós-graduação ........................................................................................................... 55

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 56

ANEXO I – Estrutura e competências definidas no Ato n. 67, que aprova o Regimento Interno da

ECAV .............................................................................................................................................................................. 60

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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PERFIL INSTITUCIONAL

Palácio "SERZEDELLO CORRÊA"

Atual edifício sede do Tribunal de Contas do Estado do Pará, situado à Tv. Quintino Bocaiúva, esquina com a Praça Infante D. Henrique, na Av. Nazaré, inaugurado no dia 21.10.1970.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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1 Perfil Institucional

1.1 Sobre o Tribunal de Contas do Estado do Pará – TCE/PA

O Tribunal de Contas do Estado do Pará foi criado pela Carta Política de 1947 e tem

como missão exercer o controle externo da gestão dos recursos públicos estaduais em benefício da

sociedade paraense.

A Lei Orgânica do TCE/PA (Lei Complementar n. 81/2012), em seus art. 1º e

seguintes, estabelece as competências desse órgão de controle externo, dentre as quais podemos

destacar a de apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador, mediante parecer prévio, e

a de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores

públicos das unidades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração Indireta, incluídas as

Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual e daqueles que derem

causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ou prejuízo ao erário.

Ademais, também compete ao TCE/PA apreciar, para fins de registro, a legalidade

dos atos de admissão de pessoal, das aposentadorias, reformas e pensões, a qualquer título, na

Administração Direta e Indireta, incluídas as Fundações instituídas pelo poder público, excetuadas as

nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como fiscalizar a aplicação dos recursos

públicos e aplicar aos responsáveis pelo mau uso dos recursos as sanções previstas em lei.

Com efeito, a Corte de Contas exerce o controle prévio, concomitante e a posteriori

da aplicação dos recursos públicos estaduais. Nesse sentido, é possível destacar três importantes

papéis desempenhados pelo órgão de controle externo: o papel orientador/pedagógico, o papel

fiscalizador e o papel repressivo.

No exercício de seu papel orientador/pedagógico, o TCE busca orientar e qualificar

seus jurisdicionados e servidores quanto às normas, jurisprudências e procedimentos relacionados

ao controle externo.

Ao exercer a fiscalização, o Tribunal busca garantir que a aplicação dos recursos

públicos siga os critérios da eficiência, eficácia, economicidade e efetividade das políticas públicas.

Por fim, o seu papel repressivo tem como função punir os responsáveis pelo mau uso

dos recursos públicos, condenando-os a devolverem os recursos mal geridos e aplicando-lhes multas

de caráter coercitivo e sancionador.

1.1.1 Estrutura Organizacional

O Tribunal de Contas do Estado tem em sua estrutura organizacional o Tribunal

Pleno, composto por 7 (sete) Conselheiros e 4 (quatro) Conselheiros Substitutos, a Presidência, a

Vice-Presidência, a Corregedoria, a Ouvidoria, a Escola de Contas e os Serviços Auxiliares.

Ainda pelo art. 10 da LC n. 81/2012, o Tribunal Pleno poderá, pela maioria absoluta

dos membros efetivos, dividir-se em Câmaras.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

13

Criados pelo Ato n. 69/2014, os Serviços Auxiliares do TCE/PA compreendem o

conjunto de unidades de trabalho que têm por finalidade desempenhar atividades de apoio,

assessoramento e gestão necessárias ao pleno exercício das competências do Tribunal de Contas do

Estado do Pará, possuindo em seu corpo funcional aproximadamente 600 servidores. São compostos

pelas seguintes unidades:

Na atividade de apoio

Gabinete da Presidência

Gabinete da Vice-Presidência;

Gabinete da Corregedoria;

Gabinetes dos Conselheiros; e

Gabinetes dos Conselheiros Substitutos.

Na atividade de assessoramento

Procuradoria;

Secretaria de Planejamento e Gestão Estratégica; e

Secretaria de Controle Interno.

Na atividade de gestão

Secretaria Geral;

Secretaria de Controle Externo;

Secretaria de Tecnologia da Informação;

Secretaria de Administração; e

Secretaria de Gestão de Pessoas.

1.2 Planejamento

O Projeto Pedagógico, vinculado a este Plano de Desenvolvimento Institucional,

embasa-se em elementos estruturantes, que fundamentam a construção do modelo pedagógico, e

em princípios e diretrizes, que constituem a orientação pedagógica propriamente dita.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

14

Ensinar na sociedade hodierna envolve uma característica de ensino e aprendizagem

cada vez mais especializada, estimulando aspectos cognitivos no âmbito da produção coletiva de

conhecimento, habilidades e competências de solução de problemas, da pesquisa e disposição para o

risco, competência para interagir com as mudanças e para buscar o aperfeiçoamento permanente.

Isso exige que os facilitadores da ECAV planejem suas aulas considerando as competências da área

profissional em que estão atuando e ensinando. O aluno-servidor deverá mobilizar habilidades e

articular conhecimentos e conceitos específicos e alcançar competências necessárias para atuar no

seu lugar de trabalho e na sociedade.

Nessa direção, a Escola de Contas Alberto Veloso tem investido em práticas de

planejamento e discussão sobre a função dos Planos de Ensino e o planejamento das aulas, de forma

a articular objetivos voltados para a aprendizagem dos alunos nas dimensões conceituais de

habilidades e atitudes, com as estratégias de ensino e aprendizagem e os processos de avaliação

desses objetivos.

O planejamento obedece às seguintes etapas para a execução das capacitações:

Diagnóstico – realizado pela Secretaria de Gestão de Pessoas por meio do Levantamento de

Necessidades de Treinamentos – LNT, baseado nas necessidades ou identificação das lacunas de

desempenho ou de competências profissionais requeridas pelo TCE, passíveis de serem

desenvolvidas em ação educacional;

Planejamento – especificação do projeto pedagógico de ação educacional, que inclui o plano

instrucional e a elaboração de materiais didáticos e de apoio;

Execução – realização de evento especificado no projeto de ação educacional, incluindo

coordenação pedagógica e executiva, contratação de serviços, alocação de infraestrutura e recursos

de apoio, providências de logística e serviços de secretaria; e

Avaliação – análise crítica dos resultados da ação educacional quanto à reação, à aprendizagem

e ao impacto.

1.2.1 Norteadores internos

Os norteadores internos das ações educacionais no TCE/PA, cuja gestão é de

competência precípua da ECAV, encontram fundamento no referencial estratégico do Tribunal,

aprovado na Resolução n. 18.718/2015.

1.2.1.1 Mapa estratégico do TCE/PA

O mapa estratégico do TCE/PA (figura 1) traduz a missão, a visão e a estratégia da

organização em um conjunto abrangente de objetivos que direcionam o comportamento e o

desempenho institucionais.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

15

Os propósitos do mapa são definir e comunicar, de modo claro e transparente, a

todos os níveis gerenciais e aos servidores o foco e a estratégia de atuação escolhidos pelo Tribunal

de Contas do Estado e a forma como suas ações impactam o alcance dos resultados desejados, assim

como subsidiar a alocação de esforços e evitar a dispersão de ações e de recursos.

O mapa estratégico do TCE/PA está estruturado em três perspectivas:

a) Resultados;

b) Processos Internos; e

c) Recursos.

Essas perspectivas representam um encadeamento lógico da estratégia de atuação

do Tribunal de Contas do Estado. Cada atuação engloba um conjunto de objetivos estratégicos que

retratam os principais desafios a serem enfrentados pelo TCE/PA no alcance de sua visão de futuro e

no cumprimento de sua missão institucional.

1.2.1.1.1 Perspectiva de resultados

Define os resultados que o Tribunal deve gerar para maximizar o cumprimento de

sua missão institucional, para atender às expectativas do Estado, da sociedade, da Assembleia

Legislativa e dos gestores públicos e para alcançar a imagem desejada perante seus clientes.

1.2.1.1.2 Perspectiva de processos internos

Retrata os processos internos prioritários nos quais o TCE/PA deverá buscar

excelência e concentrar esforços a fim de maximizar os resultados. Define o modo de operação para

implementação da estratégia institucional.

1.2.1.1.3 Perspectiva de recursos

Identifica ações e inovações nas áreas de gestão de pessoas, de sistemas de

informação e de comportamento organizacional necessárias para assegurar o crescimento e o

aprimoramento contínuo do Tribunal. Descreve como pessoas, tecnologia e clima organizacional se

conjugam para dar suporte à estratégia.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

16

Figura 1: Mapa estratégico.

1.2.2 Planejamento Estratégico

O Plano Estratégico do Tribunal de Contas do Estado do Pará, para o período de

2016-2021, aprovado pela Resolução n. 18.722/2015, foi coordenado pela Secretaria de

Planejamento e Gestão Estratégica e desenvolvido com a participação dos servidores de todas as

unidades da estrutura organizacional do Tribunal. Trata-se de um processo contínuo e dinâmico, no

qual são definidos e revisados os objetivos e as ações, para a concretização da missão e visão de

futuro da instituição. Para evidenciar os desafios que devem ser suplantados para cumprir a missão e

alcançar a visão de futuro, foi elaborado o Mapa Estratégico, que representa graficamente a

estratégia definida pelo Tribunal para obter os resultados pretendidos, estruturados na forma de

objetivos estratégicos, com relação de causa e efeito entre si. Esses objetivos estratégicos estão

inseridos nas perspectivas de resultados esperados, de processos internos a serem desenvolvidos e

de recursos, englobando pessoas, tecnologia da informação, orçamento e logística. O planejamento

consolidado no Plano Estratégico 2016-2021 pressupõe uma dinâmica permanente de planejamento,

execução, monitoramento, avaliação e revisão.

A estrutura educacional da Escola de Contas Alberto Veloso está fundamentada no

referencial estratégico do TCE/PA, porém a missão, a visão, o objetivo geral e os objetivos

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

17

estratégicos são peculiares à sua atribuição educacional e foi desenvolvida pelo corpo gestor e

administrativo da ECAV.

Como unidade de Educação Corporativa do Tribunal de Contas do Estado, cabem à

ECAV, no período de 2016 a 2021, as seguintes perspectivas:

a) Perspectiva resultados

a.1) Objetivo Estratégico – Contribuir para o aprimoramento da gestão pública

Ação Estratégica

Contribuir para o aprimoramento da gestão pública – promover ações de capacitação e eventos

de interação e integração com os jurisdicionados.

a.2) Objetivo Estratégico – Fomentar a transparência e o controle social

Ação Estratégica

Intensificar ações do Projeto TCE Cidadão.

a.3) Objetivo Estratégico – Contribuir para a melhoria dos processos dos jurisdicionados

Ação Estratégica

Contribuir para a melhoria dos processos dos jurisdicionados – promover ações de capacitação

aos jurisdicionados.

b) Perspectiva processos internos

b.1) Objetivo Estratégico – Aperfeiçoar os processos internos de trabalho

Ação Estratégica

Revitalizar o acervo da Biblioteca Benedito Frade.

Implantar o sistema de Educação à Distância – EAD.

c) Perspectiva recursos

c.1) Objetivo Estratégico – Modernizar a Gestão de Pessoas

Ação Estratégica

Implementar ações de capacitação para membros do Tribunal.

Implementar ações de capacitação para servidores do Tribunal.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

18

A Escola de Contas elaborará o Plano Anual de Atividades do ano subsequente até o

mês de novembro, em consonância ao Plano Estratégico do Tribunal de Contas do Estado do Pará e

ao Plano de Gestão da Presidência. O Plano Anual de Atividades contemplará os: I - Plano de

Educação Corporativa; e II - Plano de Capacitação dos Jurisdicionados. O Plano Anual de Atividades

será submetido à aprovação do Conselho Consultivo e do Presidente do Tribunal e relacionará todos

os eventos educacionais programados para o ano subsequente.

1.3 O TCE e a Sociedade

No exercício do seu papel orientador/pedagógico, o TCE/PA realiza diversos eventos

com o objetivo de aproximar a sociedade e os jurisdicionados das atividades de controle externo

desenvolvidas pela Corte de Contas. Como exemplo, é possível citar o Fórum TCE/PA, Diálogo com o

Terceiro Setor e Sexta da Integração, eventos promovidos com a finalidade de interagir com a

sociedade e com os jurisdicionados e de esclarecer sobre a atuação e normativos do Tribunal.

Além dos eventos que buscam aproximar o Tribunal da sociedade, é importante

destacar um projeto com potencial de fortalecer o controle social e fomentar a cidadania: o TCE

Cidadão.

1.3.1 TCE Cidadão

O Pleno do TCE/PA, visando a efetivar o que determinou o Poder Constituinte de

1988 em relação ao controle social dos gastos públicos, estabeleceu, por proposição do Conselheiro

Nelson Chaves (Resolução n. 18.136/2011), um acordo de cooperação com a Secretaria de Estado de

Educação, assinado durante o V Fórum TCE/PA e jurisdicionados, em junho de 2012, e

posteriormente oficializado por meio da Resolução n. 18.169/2012.

Tal acordo teve como objetivo desenvolver o Projeto TCE Cidadão, cuja finalidade é

difundir informações aos docentes e discentes das escolas da rede pública de ensino estadual sobre

seus direitos constitucionais e legais para fiscalizar a Gestão dos Recursos Públicos, com vistas ao

fomento do controle social dos gastos públicos, bem como prestar esclarecimentos acerca dos

aspectos relevantes da atuação do Tribunal de Contas do Estado e o seu papel institucional no Estado

Democrático de Direito.

Para a execução do projeto, a ECAV realiza, sistematicamente, reuniões técnicas com

a Secretaria de Educação para levantamento de necessidades e planejamento da ação; e visitas

técnicas às Unidades SEDUC na Escola – USE, Unidade Regional de Educação – URE e Escolas

Estaduais de Ensino Médio para planejamento, elaboração do cronograma de atividades, divulgação

e logística dos eventos.

As palestras pedagógicas são ministradas pelos servidores do TCE/PA junto às

escolas, após a capacitação na Escola de Contas Alberto Veloso, utilizando como apoio didático a

cartilha, o vídeo institucional e a apresentação do projeto TCE Cidadão, desenvolvidos pela ECAV.

Em 2015, o TCE Cidadão foi ampliado para capacitar os gestores escolares, Conselhos

Escolares e demais Conselhos da Educação em 15 municípios, por meio do Pacto pela Educação,

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

19

realizado em parceria com o Tribunal de Contas do Município e a Secretaria da Fazenda e

coordenada pela SEDUC, envolvendo também os alunos da rede municipal e estadual de ensino;

atendendo 5602 (cinco mil, seiscentos e dois) alunos e mais de 2000 (dois mil) gestores e

conselheiros escolares, de 2013 a 2015.

1.4 Escola de Contas Alberto Veloso - ECAV

O TCE/PA criou a Escola de Contas Alberto Veloso como unidade administrativa do

TCE/PA, por meio da Lei Complementar n. 81, de 26 de abril de 2012, no Cap. VII, em seu art. 28.

A ECAV promove o desenvolvimento de competências profissionais e organizacionais

e a educação continuada dos servidores e jurisdicionados do TCE/PA e realiza ações educacionais

destinadas ao público externo para que contribuam efetivamente com o controle social e a

promoção da cidadania.

Administra, ainda, o centro de acervo técnico e informação - Biblioteca Benedito

Frade, mantendo atualizados o acervo bibliográfico e a documentação relacionados à área afeta ao

Tribunal, destinados ao público interno e externo, visando ao suporte metodológico à pesquisa,

produção, catalogação e disseminação do conhecimento.

É responsável pela ambientalização e capacitação de novos servidores e atua como

auxiliar na celebração, execução e acompanhamento de acordos de cooperação e convênios que

visem ao desenvolvimento e à capacitação de pessoas e áreas afins à Corte de Contas.

A sua regulamentação ocorreu pelo Ato n. 67, de 25 de abril de 2014 (Regimento

Interno da ECAV), no qual são apresentados a estrutura, a competência e o funcionamento da Escola.

1.4.1 Histórico da Instituição

A Constituição Estadual determina2 que a administração pública direta e indireta, de

qualquer dos Poderes do Estado, deve obediência aos princípios da legalidade, impessoalidade,

moralidade, eficiência, publicidade e participação popular. Isso porque esses princípios visam a

assegurar que os serviços públicos estejam a serviço da sociedade que o custeia, materializando o

conceito de que “o poder emana do povo e em seu nome será exercido”.

Acompanhando idêntico raciocínio, o legislador federal introduziu, por meio da Lei

Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), um novo

conceito de controle da Administração Pública, fundamentado no pressuposto de que, por meio de

ação preventiva e em tempo real, é possível impedir a concretização de desvios e prejuízos aos

cofres públicos. O texto constitucional estadual estabeleceu, ainda, a necessidade do controle

externo das ações do agente público, de modo a garantir que os princípios acima citados fossem

2 Constituição Estadual do Estado do Pará. Artigo 20.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

20

efetivamente obedecidos, definindo3 que o controle externo é de competência da Assembléia

Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

Desse modo, o Tribunal de Contas do Estado do Pará analisa, anualmente, as contas

do Governador e julga as dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores

públicos da administração direta e indireta, incluindo as fundações e sociedades instituídas e

mantidas pelo poder público estadual, bem como aprecia a legalidade dos atos de admissão de

pessoal e fiscaliza a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado, mediante convênio,

acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres.

No desempenho de sua atribuição, o TCE encontra duas motivações para as

irregularidades encontradas: a primeira, de caráter patrimonialista, que consiste no desvio dos bens

públicos para atender a interesses pessoais; a segunda repousa na qualificação deficitária do agente

público e na ausência de mecanismos de controle eficazes para bem cumprir as leis e normas

pertinentes.

Na impossibilidade de acompanhar todas as fases da gestão financeira dos

jurisdicionados, agindo preventivamente, busca o apoio dos servidores neles lotados, como

coadjuvantes, na verificação constante da correção e legalidade dos procedimentos adotados,

evitando ações punitivas no futuro. Ocorre que, pelo dinamismo da gestão pública e pela

rotatividade dos encarregados da gestão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos, esbarra o

TCE nas limitações técnicas de seu quadro funcional e dos quadros de seus jurisdicionados, além da

ausência de instrumentos que permitam fomentar e acompanhar melhorias da gestão pública.

Considerando a importância da atuação orientadora dos Tribunais de Contas, a

Escola de Contas surge como coadjuvante do TCE/PA na solução dessas pendências, pois o

investimento no aperfeiçoamento continuado do corpo técnico do TCE/PA, dos agentes públicos de

controle interno e dos responsáveis pela execução financeira do Estado proporcionará condições

para que se implantem meios de viabilizar a prática de atitudes éticas na Administração Pública.

Diante do exposto, o marco legal fundamental para a criação de escolas nas

instituições públicas foi a Emenda Constitucional n. 19, de 04 de junho de 1998, estabelecendo que:

Art. 39 - § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal

manterão escolas de governo para a formação e o

aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-

se a participação nos cursos um dos requisitos para a

promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração

de convênios ou contratos entre os entes federados.

(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de

1998).

3 Constituição Estadual do Estado do Pará. Artigo 116.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

21

A Lei n. 9394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), dispõe, na

alínea I do art. 12, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu

sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar a sua proposta pedagógica”.

Em relação às dimensões da educação profissional, a Emenda Constitucional n.

19/1998, estatuída no Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004, define que:

Art. 3º Os cursos e programas de formação inicial e

continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art.

1o, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a

especialização e a atualização, em todos os níveis de

escolaridade, poderão ser ofertados segundo itinerários

formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões

para a vida produtiva e social.

Visando a auxiliar aos Estados, o Governo Federal/Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão – MPOG, por meio do Programa de Modernização do Sistema de Controle

Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros – PROMOEX, realiza investimentos com

recursos oriundos de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e dos

próprios Tribunais de Contas, com o objetivo de fortalecer o sistema de controle externo, pela

integração nacional e modernização dos Tribunais de Contas, principalmente por meio da

capacitação de pessoal, introdução de novos procedimentos e sistemas organizacionais e

investimentos em tecnologia da informação, com vistas à melhoria dos níveis de eficiência e eficácia

das ações de fiscalização e controle, contribuindo para a efetiva e regular aplicação dos recursos

públicos, em benefício da sociedade.

Fruto da adesão do TCE/PA ao PROMOEX no ano de 2008, dentre as metas

estabelecidas no planejamento estratégico 2008-2011, foi considerada a implantação da Escola de

Contas, que se insere num projeto mais amplo de fortalecimento institucional, objetivando aumentar

a eficiência das ações de fiscalização e controle na aplicação dos recursos públicos.

A Escola de Contas nasce da necessidade de efetivamente consolidar as atribuições

do Tribunal de Contas do Estado perante seus servidores, agentes públicos, jurisdicionados e a

sociedade, no que se refere a sua missão constitucional como órgão de fiscalização contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos recursos do Estado; pela sua função de

orientação técnica aos agentes públicos em busca de prevenir condutas lesivas ao patrimônio

público; ou, ainda, pela consideração em orientar pedagógica e interpretativamente a lei, mediante a

promoção de cursos sistematizados.

Por sugestão do Conselheiro Nelson Chaves, referendada por unanimidade por seus

pares, na sessão plenária do dia 09 de setembro de 2010, foi aprovada a denominação da Escola de

Contas por meio da Resolução n. 17.893/2010 com nome “Alberto Veloso”, com o intuito de

homenagear ex-servidor do Tribunal, falecido no ano de 2010.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

22

A escolha da logomarca foi determinada por meio de concurso, coordenado pelo

então Vice-Presidente do TCE/PA, Conselheiro Cipriano Sabino, sendo vencedora a proposta

apresentada pelo servidor Clewerson Queiroz, lotado no PROMOEX, na Sessão Plenária – parte

Administrativa – do dia 29 de setembro de 2010.

1.4.2 Previsão do projeto pedagógico

Em consonância com princípios normativos, a construção do projeto pedagógico foi

um dos elementos previstos na Resolução n. 18.771, de 15 de dezembro de 2015, que dispõe sobre

os princípios, as diretrizes e as regras para elaboração e atualização do Plano de Desenvolvimento

Institucional, do Plano de Educação Corporativa e do Plano de Capacitação dos Jurisdicionados.

Essa previsão tem como objetivo principal orientar a estratégia educacional adotada

pela ECAV em termos de organização do processo educativo, delineamento metodológico e

levantamento de necessidades, para fundamentar e viabilizar ações educacionais alinhadas aos

objetivos do Tribunal de Contas do Estado do Pará.

1.4.3 Missão

Promover o desenvolvimento de competências, talentos e habilidades por meio da

educação permanente, objetivando o aperfeiçoamento dos serviços prestados pela Corte de Contas,

buscando ser referência regional e nacional.

1.4.4 Visão

Ser reconhecida como uma Unidade de Educação Corporativa de excelência no

âmbito dos Tribunais de Contas do Brasil.

1.4.5 Valores

Ética, efetividade, inovação, integração, independência, justiça, profissionalismo,

transparência, valorização, reconhecimento e universalização do conhecimento.

1.4.6 Objetivo Geral

Promover a formação continuada dos servidores e membros do TCE–PA e dos

jurisdicionados, visando ao fortalecimento do Tribunal de Contas do Estado, para que seja

reconhecido pela sociedade como instituição de excelência no controle externo e no

aperfeiçoamento da gestão pública estadual.

1.4.7 Objetivos Estratégicos

Os objetivos estratégicos foram extraídos do Ato n. 67, de 08 de abril de 2014, cujo

Regimento Interno apresenta as ações que serão desenvolvidas pela ECAV:

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

23

Promover ações de qualificação e capacitação profissional dos servidores do TCE/PA,

despertando nos talentos, a vocação para a aprendizagem e a responsabilidade por seu processo de

autodesenvolvimento;

Difundir conhecimentos aos gestores públicos;

Contribuir para a efetividade do exercício do controle externo;

Planejar, com base no diagnóstico e nas diretrizes formuladas pela área de Gestão de Pessoas,

no que tange ao corpo funcional do Tribunal;

Planejar, com base no diagnóstico e nas diretrizes formuladas pela ECAV, no que tange aos

jurisdicionados do Tribunal;

Gerenciar e avaliar as ações do Plano de Educação Corporativa e do Plano de Capacitação dos

Jurisdicionados do TCE/PA;

Planejar, promover, organizar, realizar e avaliar ciclos de conferências, seminários, cursos,

palestras, debates, estudos e pesquisas em torno do papel do Estado e de questões pertinentes à

administração pública, na área de interesse do Tribunal de Contas;

Planejar, promover, gerenciar e avaliar ações educacionais voltadas ao público externo que

contribuam com a efetividade do controle externo, a melhoria da gestão pública estadual e a

promoção da cidadania;

Planejar, promover, desenvolver e coordenar programas de graduação e pós-graduação lato

sensu e strictu sensu, por meio de convênios e acordos com instituições de ensino credenciadas;

Analisar e decidir quanto à demanda referente à participação de servidores do Tribunal em

cursos e/ou eventos de formação e capacitação interna ou externa, avaliando os seus resultados;

Coordenar, desenvolver, promover e incentivar as atividades de pesquisa e de extensão;

Incentivar, promover e disseminar a produção de material técnico-científico em matérias de

interesse da administração pública, bem como do conhecimento e das boas práticas acumuladas

pelo TCE/PA;

Fomentar e estabelecer convênios, acordos e parcerias com outras instituições públicas ou

privadas que tenham por objeto contribuir para o cumprimento de sua missão;

Dinamizar e integrar o trabalho cooperativo e colaborativo com outras instituições de ensino e

pesquisa, visando estruturar-se como uma organização em rede;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

24

Promover a seleção e gerenciamento do seu corpo docente; com objetivo de compor e manter

corpo docente;

Coordenar trabalho de editoração de publicações técnicas científicas do Tribunal;

Administrar e organizar a biblioteca e o acervo bibliográfico do TCE/PA; e

Desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade.

1.4.8 Estrutura Organizacional

O Ato n. 67, em seu art. 3º, apresenta, em sua estrutura para a Escola de Contas

Alberto Veloso, o Nível Consultivo, coordenado pelo Conselho Consultivo, e o Nível de Gestão, que

corresponde à Diretoria Geral da Escola.

Compete ao Conselho Consultivo propor linhas de ação, programas, estudos,

projetos, formas de atuação ou outras medidas, orientando para que a Escola de Contas atinja os

objetivos para os quais foi criada; opinar sobre as linhas gerais das políticas, diretrizes e estratégias,

orientando o Presidente e a Diretoria Geral no cumprimento de suas atribuições; assistir à Diretoria

Geral na formulação, implementação e avaliação das estratégias de ação; apreciar as propostas de

acordos e convênios de cooperação técnica, educacional e científica; e acompanhar e avaliar

periodicamente o desempenho da ECAV.

O Conselho Consultivo é constituído por um Conselheiro, membro efetivo do TCE/PA,

escolhido pelo Plenário; um Conselheiro Substituto, escolhido pelo Plenário; o Secretário de Gestão

de Pessoas; o Diretor Geral da Escola de Contas; e um servidor efetivo ocupante de cargo de nível

superior, escolhido pelo corpo funcional do Tribunal. O Conselho Consultivo será presidido pelo

Conselheiro e, em suas ausências e impedimentos eventuais, pelo Conselheiro Substituto.

Figura 2: Organograma da ECAV.

CONSELHO CONSULTIVO E DELIBERATIVO

DIRETORIA GERAL

COORDENADORIA DE ENSINO, PESQUISA E

EXTENSÃO

COORDENADORIA ACADÊMICA

GERÊNCIA DE EXPEDIENTE

COORDENADORIA DE ACERVO TÉCNICO E

INFORMAÇÃO

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

25

A Diretoria Geral (DIGE) é exercida por um Diretor, a quem compete planejar,

coordenar, organizar e executar atividades administrativas inerentes ao cumprimento das atribuições

da Escola de Contas, possuindo, para tanto, a seguinte composição: Gerência de Expediente – GE;

Coordenadoria Acadêmica – CA; Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE e

Coordenadoria de Acervo Técnico e Informação – CATI. As respectivas competências e atribuições e

funcionamento da ECAV estão descritas no Anexo I.

1.4.8.1 Infraestrutura

Para a realização das atividades educacionais, a ECAV possui estrutura física

administrativa e uma sala de treinamento para 20 (vinte) pessoas no 1º andar do Anexo II do Tribunal

de Contas do Estado; o auditório Ministro Elmiro Nogueira, localizado no 5º andar do Anexo IV, com

capacidade para 160 pessoas; uma sala de treinamento, localizada no 4º andar, com capacidade para

25 alunos, a qual pode ser utilizada para treinamento de sistemas de informática, uma vez que

dispõe também de 26 computadores; e a Biblioteca Benedito Frade, sendo todos os ambientes

climatizados e equipados com kit multimídia. A Escola de Contas utiliza, ainda, as instalações do TCE,

relativas aos banheiros, sistema de som, reprografia, lanchonete e restaurante, havendo a

possibilidade de utilização da estrutura física de instituições parceiras.

1.4.8.2 Acessibilidade

O Tribunal de Contas do Estado, em sua estrutura física, proporciona acessibilidade,

tanto externamente como internamente, garantindo a todos os cidadãos, inclusive pessoas com

deficiência e idosos, acesso pleno às instalações da Corte de Contas, por meio de elevadores, rampas

de acesso, corredores e portas amplas, dentre outros.

Em respeito aos dispositivos da Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, que instituiu a

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a

Controladoria de Obras, Patrimônio Público e Meio Ambiente, a Secretaria de Gestão de Pessoas e a

Escola de Contas Alberto Veloso desenvolverão um estudo para viabilização das adequações relativas

à deficiência visual e suportes necessários ao atendimento às pessoas com deficiência auditiva.

1.4.8.3 Biblioteca Ministro Benedito Frade

A Biblioteca Ministro Benedito Frade do Tribunal de Contas do Estado do Pará,

localizada no prédio da Rua Serzedelo Correia, é aberta ao público de segunda a sexta, de 8h às 14h.

O acesso ao acervo é disponível ao público interno e externo, com espaço para leitura e empréstimo

facultado apenas aos membros e servidores do Tribunal de Contas do Estado do Pará e está à

disposição para consulta e pesquisa dos alunos da ECAV por meio do sistema de controle de

bibliotecas – SIABI, no site da Escola de Contas, dispondo de artigos e periódicos, CD-Rom,

jurisprudência, legislação, livros, monografias, obras raras, periódico nacional, referências e revistas.

O site da Escola oportuniza, também, acesso online à biblioteca da Universidade

Federal do Pará e à Biblioteca Nacional de Brasília, visando à qualidade da pesquisa aos alunos

servidores, facilitadores e jurisdicionados.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

26

1.4.8.4 Infraestrutura Tecnológica

A ECAV conta com infraestrutura de soluções tecnológicas para suporte às ações que

desenvolve, tais como: recursos de rede, recursos de áudio e plataforma de aprendizagem.

1.4.8.4.1 Recursos de rede

A ECAV vale-se da infraestrutura de comunicação e informação do TCE/PA para a

gestão da Educação Corporativa, em que é possível conectar-se à rede interna e à Internet, com

acessos específicos para servidores e público externo.

Além disso, os servidores possuem computadores pessoais (desktops) em rede,

permitindo o acesso às pastas e aos documentos armazenados na referida rede.

A ECAV dispõe de projetores multimídia e notebooks para a realização de suas

atividades e eventos educacionais.

1.4.8.4.2 Recursos de áudio

A ECAV vale-se da infraestrutura de estúdio para gravação e produção de áudio do

TCE/PA.

1.4.8.4.3 Plataforma de aprendizagem

A plataforma de aprendizagem da ECAV é composta pelo conjunto de soluções de TI

descrito a seguir:

a) O site da ECAV, que pode ser encontrado no portal TCE, possibilita ao público interno e

externo consultar informações relativas às capacitações ofertadas pela Escola. É possível inscrever-se

eletronicamente nas ações educacionais e emitir os respectivos certificados de participação. Os

certificados são gerados com código de autenticação, para posterior validação diretamente no site.

b) A Coordenadoria de Sistemas da SETIN desenvolveu uma solução de gestão das ações

educacionais à distância, em fase de implantação.

c) O TCE/PA possui perfil oficial no Instagram, Facebook e Twitter, que são utilizados para

divulgação de ações de Educação Corporativa e de Capacitação dos Jurisdicionados.

1.4.9 Áreas de Atuação Acadêmica

A Escola de Contas Alberto Veloso é responsável pelos processos de:

Ambientalização e capacitação de novos servidores;

Educação Corporativa;

Capacitação dos Jurisdicionados; e

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

27

Formação e retenção de conhecimentos relacionados ao controle externo.

1.4.10 Público-alvo

Servidores e membros do Tribunal de Contas do Estado do Pará;

Jurisdicionados; e

Sociedade.

1.4.11 Recursos financeiros

As atividades da Escola de Contas serão custeadas com recursos orçamentários

dotados ao Tribunal. Constituem, ainda, fontes de recursos da Escola de Contas as provenientes do

recolhimento feito à conta do Fundo de Reaparelhamento e Aperfeiçoamento do Tribunal de Contas

do Estado do Pará – FUNTCE/PA, de que trata a Lei n. 7.086, de 16 de janeiro de 2008,

regulamentado pela Resolução n. 17.492, de 17 de abril de 2008, assim como poderão ser obtidos

recursos por meio de parcerias ou cooperação com outros órgãos ou IES públicas e privadas.

1.4.12 Integração com a Secretaria de Gestão de Pessoas e autonomia administrativa

Compete à ECAV, com base no diagnóstico e nas diretrizes formuladas pela área de

Gestão de Pessoas, planejar, gerenciar e avaliar as ações do Plano de Educação Coorporativa do

TCE/PA, possuindo autonomia administrativa para elaborar e reformar seus normativos; firmar

contratos, acordos e convênios; conferir certificados; entre outros. Também possui autonomia

didático-pedagógica para formular seus programas de ensino; fixar os currículos de seus cursos e

programas; definir conteúdos, metodologias de ensino e formatos didático-pedagógicos; contratar

professores; entre outros.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

28

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

29

2 Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico - PPP é um importante instrumento teórico-

metodológico que define as políticas para a organização administrativa e pedagógica das instituições

que se propõem ao ensino, norteando as ações voltadas para a consecução da missão e dos

objetivos. Mais que um documento burocrático que atende às exigências legais, é constituído de

elementos de caráter político e filosófico que definem as condições de homem e de sociedade

almejados e estabelecem o conjunto de valores que a instituição assume.

O Projeto Político Pedagógico da Escola de Contas do TCE/PA parte,

necessariamente, da reflexão de que o indivíduo precisa alcançar um patamar de maturidade e

autoconhecimento que o sensibilize para a internalização do real sentido da aprendizagem e

desenvolvimento contínuos, para garantir as competências humanas fundamentais ao sucesso da

instituição que trabalha.

As práticas de educação corporativa da ECAV devem favorecer uma atuação

profissional impregnada de personalidade, criando condições para o desenvolvimento do

conhecimento criativo e da postura empreendedora, para o florescimento de líderes eficientes e

eficazes, tendo em vista que a postura voltada para o desenvolvimento contínuo é um estado de

espírito, um processo de permanente crescimento e fortalecimento dos servidores e demais

contemplados com as ações da Escola.

Cabe, então, à Escola de Contas Alberto Veloso estabelecer um ambiente

educacional favorável para a manifestação dos talentos e potencialidades inerentes ao seu público

sujeito, para o alcance do sucesso e da qualidade dos serviços prestados pelo Tribunal de Contas do

Estado do Pará à sociedade.

2.1 Inserção Regional

O Estado do Pará possui uma área 1.247.954.666 km², politicamente dividido em 144

municípios, agrupado em seis mesorregiões e 22 microrregiões. Alguns municípios possuem grandes

extensões territoriais, superando muitos estados brasileiros e até mesmo alguns países. Os 12

maiores municípios do Pará concentram aproximadamente 702,9 mil km², equivalendo a 56% de

toda a área estadual. Possui uma população estimada, em 2014, de 8.073.924 habitantes, sendo que,

em 2010, eram 7.581.054. A arrecadação própria do Estado em 2015 girou em torno de R$ 11,4

bilhões, de acordo com o Documento Mensagem do Governador à Assembleia Legislativa 20165. Já a

receita total do Estado no ano de 2015 foi de aproximadamente R$ 16,8 bilhões.

Esta dimensão territorial, somada às necessidades de arrecadação e investimentos,

constitui-se em verdadeiro desafio às novas características da gestão pública, em que se busca a

eficiente mobilização de recursos públicos para a satisfação dos anseios da população.

4 Fonte: IBGE.

5 Fonte: “Mensagem do Governador do Pará à Assembleia Legislativa 2016”. Governador Simão Jatene –

SEPOF.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

30

Os auditores de controle externo do Tribunal de Contas do Estado, quando dos seus

trabalhos de fiscalização aos jurisdicionados, encontram considerável grau de dificuldade dos

gestores públicos, em relação ao exercício de suas atribuições, dada a carência de formação técnica e

gerencial adequada e que, de acordo com a análise de Cunha6,

[...] dentro dessa gestão, os gastos públicos devem

promover os resultados almejados, resolvendo os

problemas sociais e econômicos para os quais se

destinam. Dessa forma, para uma gestão pública de

sucesso, é inevitável eliminar o desperdício; combater

eficazmente (e com rigor) a corrupção com controles

interno, externo e social mais efetivo, estabelecendo

punição mais firme para os infratores responsáveis pelo

desvio do dinheiro público e criando mecanismos para

avaliar e controlar de forma efetiva as ações

governamentais.

Considerando o exposto e tendo o conhecimento de que apreciar as contas anuais do

Governo do Estado do Pará é a principal missão do Tribunal de Contas do Estado, em cumprimento

aos preceitos elencados na Constituição Estadual, em seu art. 116, inciso I, a implantação da Escola

de Contas do Tribunal de Contas do Estado do Pará, no município de Belém, capital do Estado,

justifica-se pela visão de uma sociedade dinâmica de um mundo globalizado, em que as mudanças

constantes se refletem na legislação. Com isso, as pessoas precisam estar em permanente

atualização, pois o poder público vem sendo chamado, nos últimos anos, de maneira sempre

crescente, a oferecer respostas eficientes e eficazes às camadas básicas da população, quer pelo

natural crescimento demográfico, quer pela conscientização cada vez maior dos direitos sociais dos

cidadãos.

Contudo, é importante frisar que o processo educacional dos gestores e da sociedade

passa pela formação dos 600 (seiscentos) servidores da Corte de Contas, de forma a promover

constantes atualizações, alinhamento conceitual interno e padronização de procedimentos de

fiscalização, permitindo o fortalecimento das atividades desenvolvidas e a confiabilidade dos

resultados alcançados perante a sociedade. A qualificação dos servidores do TCE/PA, aliada a um

plano de capacitação dos agentes públicos – servidores públicos e jurisdicionados, operacionalizado

de maneira contínua e eficaz, certamente irá conferir ao seu desempenho diário uma qualificação à

altura das necessidades do cidadão, da sociedade paraense e nacional e dos reclamos da moderna

administração.

O TCE/PA, visando à descentralização de seus serviços e considerando a extensão

territorial do Estado do Pará, incluiu em seu Planejamento Estratégico o Programa de Interiorização e

tem promovido mutirões de capacitação para as regiões Nordeste, Oeste, Sudeste e Marajó,

capacitando mais de 1900 (um mil e novecentos) participantes de 90 (noventa) cidades.

6 CUNHA, Milene Dias da. Auditoria operacional realizada pelos Tribunais de Contas e sua contribuição para a

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

31

A primeira Representação do Tribunal de Contas do Estado do Oeste do Pará –

Unidade Regional I, foi inaugurada em 2014 em Santarém – a mais populosa cidade do oeste

estadual, facilitando o acesso dos jurisdicionados aos serviços desenvolvidos por este Tribunal, ou

seja, colocando à disposição dos municípios destas Regiões do Baixo Amazonas, Tapajós e Xingú uma

estrutura adequada para atender às necessidades e orientações no que tange aos aspectos técnicos

e legais dos processos de prestações de contas, bem como à correta e transparente aplicabilidade

dos recursos públicos estaduais, sendo a Escola de Contas Alberto Veloso responsável por ministrar

eventos de capacitação com temas relacionados à Gestão Pública, qualificando, diretamente,

Prefeitos Municipais, Secretários Municipais, assessores jurídicos, técnicos que atuam no controle

interno, consultoria jurídica, recursos humanos e finanças e órgãos da Administração Estadual Direta

e Indireta.

Visando à expansão das ações do TCE/PA para os pólos regionais e considerando os

desafios das dimensões geográficas do Estado, especialmente no que tange à acessibilidade e custos

com transporte, hospedagens, diárias e demais necessidades para a formação in loco, a Escola de

Contas Alberto Veloso deverá utilizar a Tecnologia de Comunicação que possibilitará a flexibilização

de tempo-espaço e a democratização do acesso para um maior número de jurisdicionados nos

processos de treinamento e capacitação da Corte de Contas, atendendo às demandas diretas de

ações de formação permanentes dos diferentes níveis, buscando ser o mais inclusiva possível.

A inserção regional das ações educacionais da Escola de Contas Alberto Veloso virá

cooperar, de forma efetiva, eficaz e eficiente, na prestação de serviços, tanto no julgamento das

contas públicas, como na execução da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial das unidades dos Poderes do Estado de relevância à sociedade, em busca da plena

cidadania, contribuindo para o aperfeiçoamento do sistema de controle interno dos Poderes do

Estado.

2.2 Princípios e Diretrizes da Educação Corporativa

2.2.1 Princípios gerais

A Escola de Contas Alberto Velosos, no desenvolvimento de suas competências, rege-

se pelos seguintes princípios gerais:

Parceria com as demais unidades organizacionais do TCE e com outras instituições de educação;

Vinculação das ações de educação aos objetivos e às estratégias do Tribunal;

Equidade de oportunidades de desenvolvimento profissional;

Incentivo ao autodesenvolvimento e ao desenvolvimento profissional contínuo;

Busca de melhoria contínua e inovação de processos educacionais;

nova gestão pública. Relatório de Gestão 2011 – 2013. Belém: TCE, 2014.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

32

Corresponsabilidade de gerentes com o processo de desenvolvimento do servidor e da equipe;

Avaliação de ações de educação com base na aprendizagem ou na mudança de comportamento

dos participantes e no impacto produzido por essas ações nos resultados do TCE;

Compartilhamento de conhecimentos, visando ao aperfeiçoamento profissional e institucional;

Estímulo à inovação de processos de trabalho, produtos e serviços;

Incentivo ao acesso e ao desenvolvimento de conhecimento de alto nível que contribua para a

aprendizagem organizacional;

Estímulo ao aprimoramento e melhoria dos mecanismos de governança e gestão pública; e

Incentivo à melhoria dos processos e procedimentos das prestações de contas e tomada de

contas especiais pelos jurisdicionados.

2.2.2 Princípios Filosóficos

A elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola de Contas Alberto Veloso é

fruto da reflexão acerca da concepção e das finalidades da educação corporativa, de sua relação com

a sociedade e do perfil do indivíduo que a ECAV pretende formar, considerando o contexto em que

vive a sociedade atual, marcada por crises de concepções e de paradigmas, fazendo emergir

expectativas, tanto nas áreas econômica, política, social e cultural, como na área educacional.

Estes desafios da atualidade instigam os espaços educacionais, especialmente

aqueles que têm a missão, como o TCE/PA de “Exercer o controle externo da gestão dos recursos

públicos estaduais em benefício da sociedade” em necessariamente adotarem novas habilidades

voltadas à assimilação e à construção de novos conceitos.

Os princípios éticos e filosóficos que balizam o Projeto Político Pedagógico da Escola

de Contas do Tribunal de Contas do Estado do Pará estão alicerçados na premissa de que não existe

neutralidade científica e filosófica - o ensino demanda uma filosofia da educação que exige valores,

técnicas, idéias e métodos que se orientam para um ideal de educação; e, influenciando cada escolha

que se faz, está uma concepção de vida, de mundo e do ser humano, que, por fim, irá determinar o

método. Paulo Freire (2008) também aponta a impossibilidade da neutralidade, afirmando que todo

processo educacional é também um momento de intervenção. Isso implica na compreensão de que o

desenvolvimento cognitivo, desde a filosofia particular de vida dos servidores do TCE/PA,

jurisdicionados e comunidade em geral, perpassando pela sua concepção a respeito da natureza do

ensino, do facilitador, da aprendizagem e do papel do aluno, está envolvido no processo educacional

e, de maneira específica, na teoria de aprendizagem que carrega os traços da filosofia escolhida

como fundamento.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

33

2.2.3 Princípios Pedagógicos

Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Ser, constituídos

como Os Quatro Pilares da Educação em 1996, no Relatório da Comissão Internacional para a

Educação do Século XXI; desenvolvidos pela Escola de Contas em todo o processo de ensino e

aprendizagem.

A compreensão de que a Educação Corporativa e a Gestão do Conhecimento são baseadas no

desenvolvimento de competências, em que ambas possuem como foco o mesmo fenômeno

organizacional – a aprendizagem; e o mesmo produto desse fenômeno – o conhecimento.

Portanto, relacionando os Quatro Pilares da Educação, com a definição de

competência, de acordo com Scott Parry (1996): Conhecimentos relacionam-se à compreensão de

conceitos e técnicas – é o saber fazer; as Habilidades representam aptidões e capacidades de realizar

e estão associadas à experiência e ao aprimoramento progressivo – é o poder fazer; e as Atitudes

referem-se à postura e ao modo como as pessoas agem e procedem em relação a fatos, objetos e

outras pessoas de seu ambiente – é o querer fazer.

O foco de atuação de uma escola corporativa é o desenvolvimento da cadeia de valor, em todos

os temas e situações mais relevantes para o contexto da organização, procurando sempre alinhar as

ações de desenvolvimento às estratégias da organização, no caso o Planejamento Estratégico do

Tribunal de Contas do Estado do Pará; visando ao sucesso da instituição por meio das orientações

que promove aos seus servidores e jurisdicionados.

2.2.4 Princípio da Andragogia7

A andragogia baseia-se nas seguintes premissas, segundo Malcolm Knowles (1972):

Necessidade de saber – os adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o

ganho que terão no processo;

Autoconceito do aprendiz – os adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida,

portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir;

Papel das experiências – para os adultos, suas experiências são a base de seu aprendizado. Os

métodos de aprendizagem que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais

eficazes;

Prontidão para aprender – os adultos ficam dispostos a aprender quando a ocasião exige algum

tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia a dia;

Orientação para aprendizagem – os adultos aprendem melhor quando os conceitos

apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade; e

7 PDI ISC 2015-2019.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

34

Motivação – os adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima,

qualidade de vida e desenvolvimento.

Os princípios filosóficos e pedagógicos serão alcançados por uma postura docente

que suscite desafios, que promova o diálogo e a experiência construtiva e que valorize a pesquisa

como modo de obtenção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades. O aluno-servidor, por

sua vez, deverá estar motivado a aprender a conhecer, fazer conviver e ser, a partir do trabalho em

grupo, da troca de experiência nos espaços em que se opera o processo educacional, para que, no

exercício da atividade profissional, seja como servidor do TCE/PA, seja como jurisdicionado, possa ele

demonstrar ética, competência, criatividade, disciplina, dedicação e disposição para o trabalho. A

Escola de Contas Alberto Veloso deve estar focada em promover a educação de qualidade, sendo

capaz de organizar e dirigir situações de aprendizagem, de promover prática reflexiva e de fortalecer

o processo de ensino e aprendizagem em suas múltiplas dimensões – ética, estética, cognitiva,

afetiva, criativa, linguística, etc., mobilizando a ciência e tecnologia disponível.

2.2.5 Princípios da Educação Corporativa

Conceitualmente, a Educação Corporativa consiste em um projeto de formação

desenvolvido pelas empresas e tem como objetivo “institucionalizar uma cultura de aprendizagem

contínua, proporcionando a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias empresariais”

(QUARTIERO; CERNY, 2005). De acordo com Jeanne Meister (1999), “a Educação Corporativa é um

guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e

comunidade, a fim de cumprir as estratégias da organização”.

Segundo Parry (1996), competência é um conjunto de conhecimentos, habilidades e

atitudes correlacionados que afeta parte considerável das atividades de alguém; que se relaciona

com o desempenho; que pode ser medido por padrões estabelecidos e que pode ser melhorado por

meio de treinamento e desenvolvimento. Dutra, Hipólito e Silva (1998) conceituam competências

como a capacidade da pessoa de gerar resultados dentro dos objetivos estratégicos e organizacionais

da empresa.

Peter Senge (2009) descreve cinco disciplinas que explicam como desenvolver a

organização que aprende: domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada, aprendizagem

em equipe e pensamento sistêmico.

Ao instituir sua Escola de Contas, o Tribunal de Contas do Estado do Pará busca

fomentar e viabilizar programas de capacitação e qualificação, voltados para o aprimoramento e o

desenvolvimento das atividades profissionais e técnicas e para a difusão de competências

comportamentais, de gestão pública, a fim de assegurar o atendimento das necessidades do

Tribunal, bem como dos órgãos do poder público estadual, em benefício da sociedade paraense e

brasileira.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

35

2.2.6 Diretrizes Educacionais

As diretrizes educacionais devem reger a realização de ações de desenvolvimento em

seus aspectos básicos. Nesse sentido, ações e eventos educacionais serão divididos em dois planos: o

Plano de Educação Corporativa e o Plano de Capacitação dos Jurisdicionados.

2.2.6.1 Plano de Educação Corporativa

O Plano de Educação Corporativa busca promover as ações educacionais pautadas

em três eixos de desenvolvimento de competências – gerenciais, técnicas e genéricas – dos

servidores e membros do TCE/PA, a partir do levantamento de necessidades de treinamento anual

efetuado pela Secretaria de Gestão de Pessoas, com foco em atingir os objetivos e resultados

estratégicos esperados pelo Tribunal.

Dessa forma, o Plano de Educação Corporativa segue os princípios da educação

corporativa abordando os aspectos comportamentais, atitudinais e técnicos necessários para o

desempenho das atividades dos servidores, conforme seu local de trabalho.

Os princípios, as diretrizes e as regras para elaboração e atualização do Plano de

Educação Corporativa foram definidos na Resolução n. 18.771/2015 e constam do Processo n.

2015/51987-2.

2.2.6.1.1 Desenvolvimento de competências gerenciais

O desenvolvimento de competências gerenciais tem por objetivo apoiar os gestores

no desempenho no papel de líderes de equipes na implantação das estratégias organizacionais. O

aprimoramento da liderança e gestão no TCE/PA é estimulado por meio do Programa de

Desenvolvimento de Competências Gerenciais e de Liderança, que busca desenvolver, em especial,

as competências de liderança e gestão priorizadas pelo corpo diretivo, para atingir o sincronismo

organizacional, desenvolver equipes e melhorar o desempenho.

2.2.6.1.2 Desenvolvimento de competências pessoais

A ECAV busca atuar no aprimoramento das competências pessoais dos servidores por

meio do Programa de Desenvolvimento de Competências Pessoais, que é promovido em parceria

com os gestores do TCE/PA. O programa busca melhorar a compreensão do corpo funcional do

TCE/PA sobre o significado do seu trabalho, o comportamento e as atitudes adequados no ambiente

organizacional, visando à otimização de resultados sustentáveis no Tribunal.

2.2.6.1.3 Desenvolvimento de competências técnicas

O desenvolvimento das competências técnicas tem por objetivo capacitar servidores

e membros do TCE/PA e abrange, principalmente, o desenvolvimento de conhecimentos e

habilidades referentes à execução técnica das atividades de cada área do Tribunal.

Compõe, atualmente, ações para as áreas de controle externo, apoio técnico

administrativo e órgãos deliberativos e possui os seguintes programas:

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

36

a) Programa de Desenvolvimento de Competências Técnicas;

b) Programa de Desenvolvimento de Membros;

c) Programa de Ambientação de Novos Servidores;

d) Programa de Incentivo à Educação Continuada; e

e) Programa de Pós-Graduação e Pesquisa.

2.2.6.2 Plano de Capacitação dos Jurisdicionados

O Plano de Capacitação dos Jurisdicionados busca promover as ações educacionais

pautadas em três eixos de atuação, quais sejam, aperfeiçoamento da governança e da gestão

pública, fomento ao controle social e orientação e capacitação do jurisdicionado, com foco em

promover o aumento da transparência, da probidade administrativa e de boas práticas no uso dos

recursos públicos, desempenhando, assim, seu papel pedagógico e preventivo do controle externo.

Os princípios, as diretrizes e as regras para elaboração e atualização do Plano de

Capacitação dos Jurisdicionados foram definidos na Resolução n. 18.771/2015 e constam do

Processo n. 2015/51988-3.

2.2.6.2.1 Aperfeiçoamento da Governança e da Gestão Pública

Visa ao desenvolvimento de ações e eventos educacionais que promovam a

integração e interação entre o Tribunal de Contas do Estado, os Poderes, os demais órgãos de

controle e entidades que utilizem, guardem, gerenciem e/ou administrem recursos públicos, a fim de

contribuir para a melhoria qualitativa da governança e gestão pública estadual. Possui os seguintes

programas:

a) Programa Fórum TCE/PA;

b) Programa Encontro com os Poderes e Entes;

c) Programa Conversando com o Controle Interno;

d) Programa Sexta da Integração; e

e) Programa Diálogo com o Terceiro Setor.

2.2.6.2.2 Fomento ao Controle Social

Visa ao desenvolvimento de ações e de eventos educacionais que fomentem e

incentivem o controle social quanto à efetivação das políticas públicas com recursos estaduais, de

modo a permitir o exercício da cidadania e a interação dos atores do controle social com o controle

externo exercido pelo Tribunal de Contas do Estado. Possui os seguintes programas:

a) Programa TCE Cidadão; e

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

37

b) Programa Capacitação dos Conselhos.

2.2.6.2.3 Orientação e Capacitação do Jurisdicionado

Visa ao desenvolvimento de ações e de eventos educacionais que promovam a

capacitação, o esclarecimento e o aperfeiçoamento dos órgãos da Administração Pública Estadual

quanto aos aspectos jurídicos, legais e contábeis da aplicação dos recursos públicos, bem como nos

processos de prestação e tomada de constas especial a ser submetido para julgamento no Tribunal.

Possui os seguintes programas:

a) Programa de Aperfeiçoamento da Prestação de Contas e Tomada de Contas Especial; e

b) Programa de Orientação à Aplicação da Legislação e da Jurisprudência relacionadas à atuação

do TCE/PA.

2.3 Público-alvo das ações

O público-alvo deve ser definido em conformidade com as necessidades de

desenvolvimento das competências das unidades do Tribunal e das funções especificamente

exercidas pelos potenciais participantes externos.

2.4 Universalização interna do desenvolvimento

A educação corporativa do TCE/PA deve garantir o acesso de todos os servidores e

membros a oportunidades de desenvolvimento, considerando-se que o desenvolvimento é condição

para a manutenção e o aperfeiçoamento do nível de qualidade das atividades do Tribunal e que o

aprendizado contínuo é necessidade inerente ao ser humano.

A ECAV, como unidade gestora da educação corporativa, deve promover o

desenvolvimento dos servidores, formalmente, em quantitativo mínimo de horas por ano, como um

dos mecanismos promotores da universalização e da continuidade do desenvolvimento.

2.5 Oferta de vagas para público externo

A ECAV deve promover parceria com outros órgãos da Administração Pública com o

objetivo de formar conhecimento para o aperfeiçoamento da gestão pública e da rede de controle da

gestão pública e social. Essa relação tem como instrumento regulamentar acordos de cooperação

técnica que legitimam a atuação conjunta dos órgãos.

Nesse sentido, a ECAV tem uma visão pedagógica do controle, no qual se busca

prevenir erros ou falhas na execução, planejamento e prestação de contas dos programas de

governos por meio da formação de servidores públicos de outros órgãos, numa relação de parceria.

Além disso, entendido o controle da Administração como direito-dever de todo

cidadão, sempre que possível a sociedade em geral deve ser atendida com ações de capacitação, nas

áreas afins à atividade de controle e de melhoria da atuação do Estado, em especial aqueles que

atuam no controle social.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

38

2.6 Definições gerais das ações de desenvolvimento

As ações educacionais para atendimento das necessidades de desenvolvimento do

Tribunal devem abarcar as diversas possibilidades de métodos de aprendizagem com o objetivo de

assegurar a melhor maneira de atingir aos objetivos de aprendizagem. A definição do tipo,

modalidade, estratégias, etc., deverá ser realizada pelo ECAV, em conformidade com os princípios

operacionais estabelecidos no Plano de Educação Corporativa e no Plano de Capacitação dos

Jurisdicionados.

Contudo, para definição da melhor solução dentre as opções que se apresentam, as

seguintes diretrizes devem ser observadas, considerados o custo e a perspectiva de alinhamento à

realidade do Tribunal.

2.6.1 Quanto ao tema

O conteúdo das ações educacionais do Plano de Educação Corporativa deve estar

alinhado às necessidades de desenvolvimento de competências do Tribunal. Quanto aos temas

específicos, priorizam-se os definidos:

a) pelo Tribunal, em suas instâncias decisórias;

b) pelas unidades (Secretarias) do Tribunal; e

c) pelo servidor.

O conteúdo das ações educacionais do Plano de Capacitação dos Jurisdicionados

também deve estar alinhado à atuação do Tribunal, em que se priorizam os seguintes temas

definidos:

a) pelo Tribunal, em suas instâncias decisórias; e

b) pelos jurisdicionados, a partir das demandas efetuadas.

Nesse sentido, os esforços de planejamento de ações devem concentrar-se nos

temas de maior significado para o Tribunal, e de maior alcance de público. Por outro lado, não se

exclui a possibilidade de proposição de participação pelos servidores, no sentido da ampliação e

diversificação da área de conhecimentos do corpo de servidores e da abertura a novos

conhecimentos.

2.6.2 Quanto ao facilitador de aprendizagem

Quanto ao facilitador de aprendizagem nas ações de capacitação, em regra se

preferirá:

a) servidor do TCE/PA;

b) servidor público estadual; e

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

39

c) terceiros.

A preferência justifica-se pela necessidade de valorização da expertise interna, pela

economicidade e pela possibilidade de maior alinhamento do conteúdo da ação à realidade do

Tribunal.

Nesse sentido, o ECAV deverá restringir as contratações externas a casos de

indisponibilidade de servidor do TCE/PA ou de servidor estadual para a finalidade almejada, ou de

existência de profissional externo ou empresa mais qualificado.

2.6.3 Quanto ao número de participantes

Quanto aos participantes, busca-se priorizar ações que comportem maior número de

participantes, observando a economicidade. Nesse sentido, a realização de ações em turmas, grupos

ou equipes é preferível em relação às ações individuais.

A participação de pessoas em eventos externos, tipicamente individuais, deve

apresentar contrapesos a seu custo mais elevado e menor abrangência, dentre eles:

a) a limitação do número de participações, para minimizar impactos na realização de eventos mais

amplos;

b) a proposta de disseminação do conhecimento; e

c) a perspectiva de aplicação direta dos conhecimentos ou habilidades adquiridos.

A definição do número de participantes comportado pelas ações de desenvolvimento

internas e externas da ECAV deverá basear-se na eficiência, no caso, considerando o maior número

de pessoas atendidas, para maior economicidade, e o número que permita o atendimento das

necessidades particulares participantes pelo facilitador, para melhor qualidade.

2.6.4 Quanto à modalidade

Por modalidade de ações de desenvolvimento entende-se, aqui, presencial ou à

distância (ou modalidades híbridas). Como diretriz geral em relação a modalidades, deve-se firmar a

necessidade de ênfase na educação à distância, por três possibilidades principais a ela associadas:

a) maior alcance de público (universalização), uma vez que distâncias e limitações de tempo dos

participantes são mais facilmente superadas;

b) menor custo (economicidade), já que não implica deslocamentos e infraestrutura onerosa, além

de, em alguns casos, permitir maior número de participantes por facilitador;

c) maior registro de conhecimento (externalização), necessidade imposta pela limitação da relação

pessoal direta entre facilitador e participantes (diálogo, exposição).

Ressalte-se, contudo, que o último fator citado, além de outros que eventualmente

se verifiquem, aponta para a necessidade de avaliação da melhor modalidade de ensino em cada

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

40

caso e, em última instância, da necessidade da existência e desenvolvimento do ensino presencial.

Além disso, a ECAV poderá sugerir ações educacionais não formais, mais relacionadas a práticas de

gestão do conhecimento ou de aprendizagem no ambiente de trabalho, quando forem mais

apropriadas em relação às necessidades de desenvolvimento identificadas ou ainda outros tipos de

métodos que favoreçam o alcance dos resultados ou produtos advindos das necessidades

institucionais.

2.7 Políticas de incentivos

Considerando que o Tribunal deve promover o desenvolvimento das pessoas de

forma eficiente e contínua, devem-se estabelecer políticas de incentivo para que as pessoas se

desenvolvam ou promovam o desenvolvimento de outras pessoas.

Assim, os incentivos principais devem ser direcionados a potenciais facilitadores e

aos servidores em geral.

2.7.1 Política de gratificação de colaboradores

A atuação de servidor do Tribunal ou de servidor público estadual deve, em regra, ser

estimulada por pagamento de gratificação por encargo de curso e concurso, nos termos da legislação

e regulamentação vigente.

2.7.2 Política de incentivos educacionais

Pela diversidade das matérias de sua competência, o Tribunal, por si só, não é capaz

de prover o desenvolvimento das pessoas nas diversas áreas. Em adição, desenvolvimento não se

limita a treinamento e capacitação para tarefas e funções específicas, mas alcança todas as formas

de melhoria do modo de pensar e agir das pessoas. Assim, é necessário haver abertura suficiente

para que as pessoas se desenvolvam de forma diversificada e em atendimento à sua perspectiva

pessoal de evolução como trabalhador e como indivíduo.

Portanto, deverá haver políticas de incentivo ao desenvolvimento individual e

contínuo dos servidores do TCE, respeitando-se prioridades, metas e objetivos finais da atuação do

Tribunal.

2.7.3 Políticas de reconhecimento

O reconhecimento dos méritos das pessoas é fundamental para uma política de

gestão de pessoas e tangencia o desenvolvimento de pessoas. Nesse sentido, a educação corporativa

do TCE/PA deve alinhar-se à política de reconhecimento, sempre que possível e com razoabilidade,

nos seguintes aspectos:

a) na oferta de oportunidades de desenvolvimento, devem ser consideradas, além da necessidade

das pessoas, as entregas das pessoas à organização, no sentido em que essas entregas são, em certa

medida, preditoras de melhores entregas, a partir do desenvolvimento; e

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

41

b) em sentido contrário, os esforços das pessoas para seu desenvolvimento devem ser

reconhecidos, já que é atitude favorável ao desenvolvimento do Tribunal.

Além disso, é necessário que haja mecanismos de convalidação de conhecimentos,

habilidades e atitudes desenvolvidas pelo servidor, ainda que em ações não geridas formalmente, ou

seja, em ações informais de desenvolvimento.

2.8 Organização Pedagógica

A organização pedagógica da educação no TCE/PA obedece às linhas gerais

estabelecidas quanto aos currículos e aos programas educacionais, conforme a seguir tratado.

2.8.1 Concepção de Currículo

A visão do problema anteriormente exposto, sobre o grau de dificuldade dos

gestores públicos no exercício de suas atribuições, em consequência da carência de formação técnica

e gerencial adequadas, provoca as seguintes perguntas: Como dimensionar criticamente o

conhecimento acumulado historicamente e, ao mesmo tempo, propor estratégias e dinâmicas que

promovam a melhoria da qualidade de vida da população? O que o gestor público está se propondo

a fazer é o que a população realmente necessita? Como formar e desenvolver os talentos para a

gestão do controle externo dos recursos públicos estaduais, promovendo a gestão do conhecimento

organizacional, por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua? Como fomentar o

controle social?

Diante dessa problemática, a Escola de Contas Alberto Veloso construiu um currículo

alinhado com o planejamento estratégico, com os objetivos e modelo de competências do Tribunal

de Contas, valorizando a participação e experiência de todos os envolvidos no processo educacional,

em que membros, gestores, servidores, facilitadores e alunos colaboram com o programa de

desenvolvimento educacional da ECAV, a partir das experiências de aprendizagens acumuladas. A

organização dos princípios pedagógicos tem a preocupação com o incremento de processos

curriculares que qualifiquem os servidores e agentes públicos ligados ao Tribunal de Contas do Pará

de maneira diferenciada e mais abrangente, voltado não apenas para o exercício de tarefas

localizadas, mas também para a compreensão dos contextos sociais, políticos, econômicos e culturais

nos quais todos nós estamos inseridos, especialmente por considerar-se a dimensão territorial do

Estado do Pará.

O currículo, assim, é uma ferramenta pedagógica dinâmica, que, no âmbito da

educação corporativa, fundamentada pelo modelo de competências, permite a organização estável

de cursos que reflitam as competências básicas para a efetiva atuação profissional do servidor do

TCE/PA.

2.8.2 Concepção curricular e suas bases: gestão por competências

Em afinidade com a Administração Pública Federal, o TCE/PA adota como modelo de

gestão de pessoas a gestão por competências. Esse modelo orienta todas as ações ligadas ao pleno

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

42

desenvolvimento dos servidores no Tribunal. O Plano de Educação Corporativa é um processo

importante que é impactado por esse modelo.

Além disso, dentro de uma política de alinhamento mais ampla com as demais

Entidades de Fiscalização Superior, na área de gestão de pessoas, a Intosai, por meio do guia Human

Resource Management, indica a gestão de pessoas por competências como um modelo vantajoso a

ser adotados pelas Supreme Audit Institutions (SAI). O documento cita as vantagens da estruturação

de um modelo de gestão por competências:

a) determina qualificações requeridas em um processo de recrutamento, seleção e promoção;

b) estabelece o padrão de desempenho esperado de cada membro da equipe;

c) identifica pontos fortes e áreas de desenvolvimento de pessoal;

d) define objetivos de desenvolvimento de pessoal e monitora o progresso; e

e) permite avaliar o desempenho.

A identificação das competências organizacionais e pessoais deve fundamentar a

composição de um currículo e dos programas da educação corporativa do TCE/PA.

Ademais, ao ofertar cursos e promover eventos para os jurisdicionados, a ECAV terá

como norte o desenvolvimento das macrocompetências relacionadas ao controle externo e

necessárias para o exercício regular e efetivo das ações sujeitas à jurisdição do TCE/PA e/ou ao

controle interno e ao controle social.

2.8.3 Estrutura do currículo

Há, no TCE/PA, a necessidade de desenvolvimento de competências gerais e básicas

e, por outro lado, não há competências estáveis, em especial numa época de grande velocidade de

transformações tecnológicas e de trânsito de informações. Assim, um currículo que objetive

desenvolver competências deve ser aberto às competências emergentes, a novas perspectivas, à

experimentação responsável e à diversidade. Além disso, os ajustes devem realizar-se de forma

rápida, o que pressupõe ausência de estrutura formal e regulamentar rígida.

Entender o currículo como elemento dinâmico é construir uma estratégia de

aprendizagem institucional contínua. Essa visão de currículo permite à ECAV estar atenta às

novidades no cenário político-administrativo no seio do Tribunal e, de forma ampla, na

Administração Pública e na sociedade brasileira.

2.8.4 Currículo mínimo

Um currículo influenciado pelo modelo de competências ou pelas necessidades dos

jurisdicionados deve conter na sua estrutura um conjunto estável de cursos, que refletem as

competências básicas para efetiva atuação profissional dos servidores do Tribunal e dos

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

43

jurisdicionados. Esses cursos devem ser revisitados periodicamente devido à necessidade de

atualização dos conhecimentos na área.

2.8.5 Competências emergentes

No currículo, deve haver também um conjunto de cursos e outras ações para

possibilitar a aquisição de competências emergentes advindas de mudanças tecnológicas, edição de

normas com impacto imediato nas atribuições do Tribunal, ou da própria dinâmica organizacional,

com o objetivo de implementar ou aperfeiçoar processos de trabalho ou de gestão.

2.9 Programas educacionais

Para o desempenho de suas funções, a ECAV deverá manter programas regulares.

Esses programas não serão de cumprimento integral obrigatório, mas organizarão as ações

educacionais conforme finalidade precípua, público-alvo preferencial e outras características cuja

identificação colabore com sua gestão e com a melhor compreensão de seu escopo pelos potenciais

participantes.

A visão de currículo na ECAV, entretanto, tem um caráter dinâmico, uma vez que a

composição de programas e o desenvolvimento de ações sofrem impacto da dinâmica do trabalho no

Tribunal e das necessidades emergentes traduzidas em desenvolvimento de competências

profissionais.

Assim, sem prejuízo dos programas definidos como regulares, sempre que julgar

conveniente, a direção da ECAV pode propor a realização de outros, de cunho complementar ou

inovador.

Dentro de um processo de parceria interna, essas necessidades eventuais de

capacitação podem ser identificadas a partir de demandas das unidades técnicas. Esse movimento

deve permitir à ECAV:

a) o planejamento anual de cursos, que contemple, na medida do possível, as demandas por

desenvolvimento das diversas unidades do Tribunal; e

b) a partir da consolidação e constância de cursos, a construção de um Catálogo de Ações

Educacionais.

2.9.1 Programa de pós-graduação

A ECAV deverá manter programa de pós-graduação entre os programas regulares de

capacitação. A pós-graduação de servidores deverá ser favorecida por:

a) cursos de pós-graduação internos;

b) cursos de pós-graduação contratados e oferecidos aos servidores do TCE/PA (in company);

c) concessão de bolsas de estudo parciais ou integrais; ou

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

44

d) outros incentivos educacionais, conforme regulamento.

O currículo da pós-graduação deve obedecer às especificidades e necessidades de

geração de conhecimento nas áreas do conhecimento que têm reflexo no controle externo da

Administração Pública.

Constitucionalmente, o TCE/PA, na posição de auxílio à Assembleia Legislativa, exerce

a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. Essas áreas, além dos

normativos específicos de fiscalização, formam o conjunto de temas a serem explorados nos cursos

de pós-graduação oferecidos pelo ECAV.

As disciplinas nos cursos de pós-graduação devem abarcar o aprofundamento

teórico, como base para a produção de novos conhecimentos, mas também conhecimentos,

habilidades e atitudes que apoiam diretamente a atuação do servidor no âmbito do trabalho.

Além da promoção de cursos internos de pós-graduação, devem-se definir outras

áreas nas quais devem ser incentivadas ações de pós-graduação, como áreas de interesse

complementares, objetivando a ampliação do leque de especialização do corpo de servidores

efetivos do TCE/PA.

2.10 Perfil do egresso

A ECAV desenvolve seu negócio com o objetivo de contribuir para o alcance dos

objetivos do TCE/PA. O resultado de todos os programas oferecidos pela Escola, tanto os que visam

ao desenvolvimento de competências técnicas quanto pessoais, ou ao próprio aperfeiçoamento

profissional em áreas de interesse institucional e/ou social, concretiza-se na evolução do

participante. Essa transformação, prevista nos planos de curso, pode ser de caráter comportamental

ou na utilização de novas habilidades técnicas ou processuais.

O egresso dos programas educacionais deve retornar às suas atividades voltadas ao

controle da gestão pública com uma maior capacidade de contribuir, seja para a realização dos

objetivos do Tribunal, no caso do servidor, seja para uma aplicação correta dos recursos públicos, no

caso dos jurisdicionados.

Espera-se também que esse processo no qual o egresso da ECAV cresce em sua

capacidade de produzir profissionalmente o motive a buscar a continuidade de seu processo de

desenvolvimento e crescimento profissional ou a investir no seu autodesenvolvimento.

2.11 Padrões de Qualidade

No contexto avaliativo, a ECAV entende a importância e a oportunidade da definição

de parâmetros de qualidade no contexto de sua atuação como desenvolvedor e provedor de ações

educacionais.

As recomendações em relação à qualidade de educação proveniente do ambiente de

educação formal também podem ser buscadas quando se trata de educação corporativa. Nesse

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

45

sentido, são necessárias construção e explicitação de dimensões, fatores e indicadores de qualidade

que expressem a complexidade do fenômeno educativo. Isso deve mobilizar o conjunto das pessoas

interessadas no processo educacional.

A qualidade dos serviços educacionais prestados comporta a utilização de

indicadores para verificar em que medida as ações atenderam aos propósitos para os quais foram

desenvolvidas. A construção dos indicadores passa pela definição das dimensões às quais eles

corresponderão e dos elementos a serem utilizados na forma de perguntas que serão utilizados para

compor o indicador. Além disso, é recomendável a utilização de sistema informatizado para receber

os dados e gerar relatórios gerenciais.

A qualidade dos serviços educacionais prestados pela ECAV deve fundamentar-se na

gestão de qualidade baseada na Norma NBR ISO 10015 de 2001 – Gestão da Qualidade – Diretrizes

para Treinamento. Segundo a norma, pessoas de todos os níveis da organização devem ser treinadas

de modo a atender ao compromisso da organização. A norma fornece as diretrizes que orientam as

organizações e seu pessoal quando apontam questões relacionadas a treinamento e é aplicável

sempre que se necessitar de orientações quanto a treinamento e educação.

A NBR ISO 10015 auxilia ainda na identificação e análise das necessidades de

treinamento, na projeção e planejamento do treinamento, em sua execução e na avaliação dos

resultados do treinamento, monitoramento e melhoria do processo de treinamento, de modo a

atingir seus objetivos. Enfatiza a contribuição do treinamento para a melhoria contínua e tem como

objetivo ajudar as organizações a tornar seu treinamento um investimento mais eficaz.

Para selecionar e programar o treinamento, que objetiva reduzir as lacunas entre as

competências requeridas e as existentes, recomenda-se monitorar os seguintes estágios:

a) definição das necessidades de treinamento;

b) planejamento do treinamento;

c) execução do treinamento; e

d) avaliação dos resultados do treinamento.

Esses elementos orientam a construção de indicadores para monitorar a qualidade

na ECAV.

2.12 Resultados educacionais esperados

Na avaliação dos resultados educacionais, devem ser considerados dois aspectos:

a) o perfil esperado do egresso de ações e programas, como finalidade do processo; e

b) os padrões de qualidade do processo educacional em si.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

46

2.13 Avaliação

A avaliação é também um processo de formação de perfil do aluno. A ECAV objetiva

formar o aluno visando a sua autonomia em relação aos seus posicionamentos diante da sociedade e

da instituição a qual é vinculado, assumindo responsabilidades diante dos resultados de suas ações,

pautando‐se sobre conteúdos pertinentes à sua área de atuação. Assim, a Escola de Contas do

TCE/PA entende ser importante adotar processos de avaliação da aprendizagem que promovam o

pensamento crítico e independente e que estimulem a autoavaliação permanente no decorrer da

prática profissional.

O Plano de Educação Corporativa e o Plano de Capacitação dos Jurisdicionados

contemplam três níveis de avaliação: Avaliação de Reação, Avaliação de Aprendizagem e Avaliação

de Impacto.

Avaliação de reação caracteriza-se pela mensuração do grau de satisfação dos participantes e o

instrumento de avaliação será aplicado ao final de cada evento educacional.

Avaliação de aprendizagem é definida a partir da especificidade e natureza das ações

educacionais, bem como dos objetivos que deseja atingir. A coordenação e o facilitador definirão a

metodologia de avaliação a ser utilizada na turma.

Avaliação de impacto é um instrumento que avaliará as mudanças de comportamento e/ou

desempenho dos participantes em seu ambiente de trabalho após sua participação nos cursos e

eventos, a ser realizada em conjunto com a Divisão de Recursos Humanos.

Em relação aos jurisdicionados, a Avaliação de Impacto será efetuada por meio das

atividades de fiscalização e do acompanhamento do percentual de diligências efetuadas para sanear

o processo, bem como pelo percentual de julgamento de contas irregulares ou regulares com

ressalvas num determinado período de tempo.

As avaliações de conteúdo serão detalhadas em cada projeto pedagógico, de acordo

com o nível do curso. No caso dos cursos ministrados por instituições parceiras, será respeitada a

autonomia da Instituição.

Com vistas ao contínuo aperfeiçoamento e aprimoramento dos cursos oferecidos, a

Direção e a Coordenação de Ensino, Pesquisa e Extensão, juntamente com a Coordenadoria

Acadêmica, deverão reunir-se bimestralmente para a avaliação e acompanhamento das ações

desenvolvidas no período, assim como para elaborar e acompanhar a implantação dos projetos

pedagógicos dos cursos pretendidos neste PDI. Os projetos deverão ser avaliados periodicamente

para permanecerem adequados às diretrizes do Planejamento Estratégico do TCE/PA e PDI da ECAV,

ao perfil profissional desejado e às características e necessidades locais, regionais e nacionais.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

47

LEVANTAMENTO DE NECESSIDADE

DE TREINAMENTO

PLANEJAMENTO DE ACOES

EDUCACIONAIS

EXECUCAO DAS ACOES

EDUCACIONAIS

AVALIACAO DOS RESULTADOS DAS ACOES

Figura 3: Ciclo da avaliação.

2.13.1 Avaliação Institucional

A Avaliação Institucional é instrumento de gestão que permite levantar informações

sobre a atuação da ECAV no desenvolvimento dos programas educacionais e no alcance das suas

metas institucionais.

Essa avaliação é realizada diretamente pela ECAV, com o apoio da Secretaria de

Planejamento do TCE/PA, ou indiretamente, por meio da avaliação do TCE para formulação do seu

Planejamento Estratégico ou ainda na aferição do desempenho da ECAV para efeito de balizar a

avaliação de desempenho de seus servidores.

A avaliação referente ao desempenho do ECAV é realizada a partir dos indicadores de

desempenho e das ações estabelecidas no Plano de Gestão, elaborado anualmente pela Presidência.

Esse plano define diretrizes para cada unidade, a partir das quais são determinados os indicadores de

desempenho e as ações a serem desenvolvidas.

De acordo com a legislação vigente, a ECAV deve compor Comissão Própria de

Avaliação (CPA), no âmbito de sua atuação em pós-graduação, que será responsável pela

coordenação dos processos internos de avaliação.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

48

2.14 Organização pedagógica-administrativa

2.14.1 Participação do Servidor nos Eventos Educacionais

A participação do servidor nas ações de capacitação do TCE/PA obedecerá ao

principio da igualdade de oportunidades e proporcionalidade entre os servidores, suas funções e as

unidades administrativas, atentando para os critérios apontados no Plano de Educação Corporativa.

Ressalta-se que a participação do servidor em cursos externos de capacitação, em

qualquer modalidade, promovidos por outras instituições, poderá ser autorizada desde que:

apresentem correlação direta com a área de atuação do servidor, tenha a anuência de sua chefia

imediata e haja disponibilidade orçamentária, quando for o caso.

2.14.2 Participação dos Jurisdicionados em Eventos Educacionais

A participação do jurisdicionado no programa de capacitação do TCE/ PA obedecerá

ao principio da igualdade de oportunidades e proporcionalidade entre os jurisdicionados, suas

funções e os órgãos jurisdicionados, atentando para os critérios apontados no Plano de Capacitação

dos Jurisdicionados.

2.14.3 Corpo Social

2.14.3.1 Corpo Discente

O corpo discente da Escola de Contas é composto por todos os que usufruem das

ações educacionais ofertadas pela Escola, abrangendo os servidores e membros do TCE,

jurisdicionados e cidadãos.

O programa de pós-graduação e pesquisa é destinado somente aos servidores

concursados do TCE/PA.

2.14.3.2 Corpo Técnico-administrativo

Para o devido cumprimento dos objetivos estratégicos, a ECAV possui em seu quadro

técnico-administrativo 16 (dezesseis) servidores efetivos estaduais, alguns cedidos de outros órgãos

da administração pública estadual e 2 (dois) estagiários.

2.14.3.3 Corpo Docente

O corpo docente da ECAV é composto de servidores do Tribunal de Contas do Estado;

servidores de órgãos da administração pública e docentes das instituições de ensino superior; além

de servidores de outras Escolas e Tribunais de Contas do país.

2.14.4 Contratação de Docentes

A contratação de docentes é feita tendo por base a formação de um banco de

talentos, composto por servidores do TCE/PA e profissionais externos, após um processo seletivo

simplificado.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

49

2.14.5 Organização departamental

A organização administrativa da ECAV busca possibilitar o desenvolvimento das ações

educacionais que são fruto da atuação articulada das diversas instâncias decisórias do TCE/PA. Essas

ações devem ser implementadas de acordo com a escolha da estratégia adequada para atingir os

objetivos a que se propõe, com a opção de realização por meio de cursos presenciais ou à distância,

programa de pós-graduação, participação em eventos externos, programa de desenvolvimento de

competências gerenciais, de liderança e de competências técnicas, por meio de incentivos ao

autodesenvolvimento. Essa diversidade deve ser atendida pela organização departamental. Sua

definição, porém, observará as instâncias e mecanismos institucionais.

2.14.5.1 Atribuições e papéis dos colaboradores

São considerados colaboradores, em sentido amplo:

a) coordenadores, servidor responsável pelo planejamento, apoio à execução e avaliação do

evento educacional, excetuando-se professor e coordenador de pós-graduação;

b) facilitadores, entendidos como instrutores, tutores, conteudistas ou docentes de cursos;

c) professores, docentes de cursos de pós-graduação, que lecionam ou atuam como coordenador

acadêmico ou orientador de trabalho de conclusão de curso de pós-graduação;

d) articuladores, definidos como servidores de qualquer unidade, responsáveis por alguma etapa

ou função na efetivação de uma ação educacional, tais como definição de datas, de conteúdos, de

objetivos, de instrutor apropriado, público-alvo, etc.

e) participantes das ações educacionais.

Cada colaborador tem papel, direitos e deveres previamente definidos, para a

melhor realização das ações de desenvolvimento, conforme Portaria n. 28.743/2014.

2.14.5.1.1 Coordenadores

Os coordenadores devem ter competências especialmente definidas em

conformidade com as necessidades do processo de realização de ações educacionais. Em especial,

devem ter autonomia nos limites necessários para realizar as atribuições da ECAV,

regulamentarmente estabelecidos, referentes a:

a) diagnósticos de necessidades de desenvolvimento e análise de demandas por desenvolvimento;

b) planejamento educacional;

c) padrões de qualidade, adequação aos formatos e a processos de trabalho instituídos;

d) logística e procedimentos operacionais de realização de eventos;

e) procedimentos formais de contratação;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

50

f) acompanhamento do cumprimento das normas e deveres de todos os colaboradores das ações

educacionais;

g) atestação de prestação de serviços; e

h) avaliação da ação educacional.

A autonomia dos coordenadores poderá, em qualquer caso e na medida em que se

mostre necessário, ser superada pelas instâncias hierárquicas instituídas.

Os coordenadores devem, sempre que não implique prejuízo ao atendimento da

necessidade de capacitação, ter vaga, como participante ou ouvinte (não sujeito a registro e

avaliação), em cursos de outras áreas que não a sua própria de atuação, com vistas ao melhor

conhecimento dos objetos e da clientela das ações governamentais.

2.14.5.1.2 Facilitadores

Os facilitadores devem ter os seguintes direitos:

a) engajamento, no sentido da não obrigatoriedade de atuar em papel que não seja do seu

interesse ou expertise, ressalvadas as atribuições de seu cargo e responsabilidades a ele inerente;

b) pensamento e expressão, em especial na definição da amplitude e profundidade de abordagem

de temas;

c) organização do trabalho, no que diz respeito à forma de condução de turmas e grupos,

proposição de atividades didáticas, entre outros, sem contrapor aos princípios pedagógicos inseridos

nesse projeto; e

d) incentivos, inclusive financeiros, nos limites da legislação vigente e conforme regulamentação

específica.

Contudo, as ações dos facilitadores são limitadas pelas normas e princípios que

regem os servidores do Tribunal e os servidores públicos em geral e, ainda, pelo padrão de conduta

socialmente estabelecido para educadores e para equipes de trabalho. Além disso, haverá deveres,

padrões e procedimentos estabelecidos pelos coordenadores, nos limites de atuação desses

coordenadores, conforme regulamentação.

Os facilitadores deverão, sempre que possível, realizar a avaliação de aprendizagem

dos participantes.

2.14.5.1.3 Articuladores

Os articuladores deverão realizar as atividades para as quais foram designados pelo

responsável pela unidade envolvida na ação ou projeto educacional, conforme demanda da ECAV.

Ele, juntamente com o coordenador designado pela ECAV, é responsável pelo alinhamento da prática

do facilitador, explicitada em seu plano de ensino, às necessidades de desenvolvimento dos

participantes.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

51

Em se tratando de ação com público-alvo restrito, por questão de temática,

profundidade, abordagem do tema, etc., o articulador também é responsável pela caracterização

desse público ou, em caso de extrema particularidade da ação, da indicação dos participantes ou

potenciais participantes.

2.14.5.1.4 Participantes

Os participantes de ações educacionais deverão apresentar padrão de conduta

socialmente estabelecido para educandos e para equipes de trabalho.

Específica e formalmente, em relação às ações promovidas ou patrocinadas pela

ECAV, o participante deverá:

a) fazer-se presente pontualmente, quando necessário, e realizar as atividades propostas;

b) avaliar a ação educacional, conforme procedimentos da ECAV, no que diz respeito à sua

percepção; e

c) realizar os procedimentos formais regulamentarmente sob sua responsabilidade.

Os participantes sujeitam-se, ainda, a normas específicas instituídas para programas

e ações de desenvolvimento. No caso de pós-graduação, os participantes devem estar de acordo com

as normas aplicáveis a essa etapa de ensino, comprometendo-se ao cumprimento da carga horária e

aos requesitos para aprovação e certificação.

2.14.5.2 Papéis específicos em pós-graduação

Nos cursos de pós-graduação oferecidos pela ECAV, são estabelecidas as funções a

seguir detalhadas, em relação aos envolvidos no processo educativo, além daquelas definidas para as

ações educacionais em geral.

2.14.5.2.1 Coordenador acadêmico

Essa função é designada a servidor do TCE/PA com reconhecida experiência na área

objeto do curso. O coordenador acadêmico exerce as seguintes atribuições:

a) auxiliar o coordenador da ECAV no desenvolvimento do projeto pedagógico do curso;

b) garantir a coerência do currículo e do projeto pedagógico do curso com as diretrizes

estabelecidas pela direção da ECAV;

c) avaliar os plano de curso de cada disciplina e emitir sugestões para que o conteúdo ministrado

apresente os pontos relevantes em termos de aprendizado acadêmico e possibilidades de aplicação

na área profissional;

d) participar das reuniões de coordenação e assistir os alunos e professores, em relação à

implantação de soluções no âmbito do processo de ensino e aprendizagem no caso de sugestões

apresentadas no decorrer do processo;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

52

e) supervisionar a escolha dos temas a serem abordados nos Trabalhos de Conclusão de Curso

(TCC) visando a ampliação dos conhecimentos em áreas de interesse para o TCE/PA.

f) promover discussão de temas para pesquisa;

g) apoiar a coordenação pedagógica no acompanhamento da elaboração dos TCC; e

h) ter a prerrogativa de ministrar aulas no curso que coordena.

O coordenador acadêmico não se confunde com o coordenador da ECAV,

responsável pelo apoio no desenvolvimento e execução do curso.

2.14.5.2.2 Orientador

O orientador de trabalhos de conclusão de cursos de pós-graduação é servidor ou

docente designado para acompanhar o desenvolvimento do trabalho em todas as fases de

elaboração, presidir a banca examinadora e sugerir, à Comissão de Coordenação, sua composição.

Deverá ter conhecimento ou experiência no tema de pesquisa, além da titulação exigida.

Além dessas atribuições, cabe ainda ao orientador:

a) verificar a pertinência do projeto de pesquisa apresentado pelo aluno;

b) sugerir referências bibliográficas concernentes ao tema apresentado pelo orientando;

c) auxiliar o orientando nas principais linhas teóricas e metodológicas aplicadas ao tema do TCC;

d) estimular a autonomia intelectual do orientando;

e) discutir a proposta de pesquisa e apontar os aspectos que precisam ser melhorados;

f) acompanhar a evolução do trabalho de conclusão do curso no decorrer de sua elaboração;

g) encaminhar à coordenação do curso relatório sobre atividade de orientação;

h) informar no relatório sobre o atendimento, por parte do(s) aluno(s) orientando(s), das

recomendações de modificações e do cumprimento dos prazos; e

i) presidir a banca examinadora.

2.14.5.2.3 Membro de banca examinadora

Os membros da banca examinadora têm a função de avaliar sob os aspectos de

forma e conteúdo o trabalho de conclusão de curso desenvolvido pelo aluno sob uma ótica de

apontar sugestões, corrigir vícios e verificar a adesão do trabalho aos objetivos propostos. A

avaliação deve ocorrer num ambiente de respeito e profissionalismo.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

53

2.14.5.2.4 Corpo docente

O docente é o responsável pela condução do processo de ensino-aprendizagem e

execução do plano de curso afeto a sua disciplina. O corpo docente é constituído por servidores

pertencentes ao quadro do TCE/PA, que possuem formação compatível, experiência pedagógica e

conhecimento profissional na área do curso.

Também podem compor o corpo docente especialistas externos ao TCE/PA,

servidores públicos de outros órgãos ou entidades da administração pública ou da iniciativa privada,

com reconhecido conhecimento e experiência nas áreas do curso.

São funções de cada docente:

a) apresentar plano de curso compatível com o projeto pedagógico da pós-graduação, a ser

submetido à coordenação acadêmica e pedagógica do curso;

b) preparar material didático necessário para ministrar sua disciplina e encaminhá-lo à

coordenação com antecedência necessária para sua disponibilização aos discentes;

c) exercer as atividades de ensino;

d) avaliar o desempenho dos alunos na disciplina;

e) responder sobre recursos às suas avaliações de aprendizagem no prazo estipulado pela

Comissão de Coordenação;

f) encaminhar à Comissão de Coordenação, ao término da disciplina, relatório de notas relativo ao

desempenho dos alunos;

g) participar da avaliação da disciplina; e

h) participar da avaliação do curso.

2.14.5.2.5 Líder de grupo de pesquisa

É o servidor designado em processo seletivo para formação de grupos de pesquisa

em temas de interesse institucional, com a responsabilidade de coordenar as atividades do grupo,

zelar pela execução do cronograma de trabalho proposto e fazer as entregar dos produtos

desenvolvidos no âmbito do grupo de pesquisa.

2.15 Processos de trabalho

Para maior eficiência da educação corporativa, os processos de trabalho afins

deverão ser mapeados, modelados e periodicamente atualizados. Os processos deverão ser

comunicados a todos os colaboradores, no que lhes disser respeito.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

54

2.16 Infraestrutura e sistemas

Para gerenciar os seus programas educacionais, a ECAV deve dispor de recursos

tecnológicos para gerenciar as etapas de planejamento, execução e avaliação, além de permitir a

obtenção de relatórios para orientar a retroalimentação do processo.

Os recursos próprios para gerenciamento da educação corporativa devem, sempre

que possível, integrar-se aos demais sistemas do Tribunal.

2.17 Plano de desenvolvimento de pessoas

As ações educacionais do Plano de Educação Corporativa devem ter como origem o

plano de desenvolvimento de pessoas, a partir da definição de necessidades de treinamento e

desenvolvimento.

2.18 Diagnóstico de necessidades de desenvolvimento

A definição de necessidades passa pela articulação da ECAV com as unidades do

TCE/PA e com os jurisdicionados. Também se insere nessa etapa a análise da relação de

competências mapeadas no TCE/PA, sejam elas competências técnicas, competências pessoais ou

competências gerenciais e de liderança, bem como das necessidades de aperfeiçoamento na gestão

de recursos públicos em relação aos jurisdicionados.

2.19 Proposição de ações educacionais

As ações educacionais, quando realizadas por meio de cursos à distância ou

presenciais, são submetidas a processo de desenvolvimento que inclui a elaboração de plano

instrucional ou plano de curso, que representa o elemento principal do fazer pedagógico na ECAV,

seguindo as perspectivas do modelo pedagógico.

Nos planos instrucionais e planos de curso, devem figurar os elementos necessários

para que a ação educativa tenha êxito e se alinhe aos objetivos estratégicos do TCE/PA. Cada plano

instrucional abarca solução educacional própria no entorno de cada modalidade educacional

ofertada pela ECAV.

2.20 Cursos de pós-graduação

Os planos de curso da pós-graduação são elaborados por disciplina, numa

perspectiva de complementaridade lógica dos temas e conteúdos abordados no conjunto dos

componentes curriculares, o que configura o programa do curso.

Como ações de longa duração, os planos de curso devem ser flexíveis para comportar

adequações necessárias à sua execução, advindas do perfil da turma, da redefinição de estratégias

ou métodos de ensino, dos ajustes de expectativas para alcançar os objetivos propostos, da

contribuição relativa à experiência profissional dos servidores ou da eventual solicitação de avaliação

de disciplina ocorrida durante o curso.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

55

REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, Léa das Graças; ALVES, Leonir Pessate (Orgs.). Processos de Ensinagem na Universidade. Pressupostos para estratégias de trabalho em aula. Joinville: UNIVILLE, 2004. BRASIL. CNE. Resolução CNE/CP n. 3, de 18/12/2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o funcionamento dos cursos superiores de tecnologia. Conselho Nacional de Educação. Brasília, DF: MEC, 2002. BRASIL. CONAE. Documento de referência para a Conferência Nacional de Educação. Brasília, DF: MEC, 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Princípios da administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. CUNHA, Milene Dias da. Auditoria operacional realizada pelos Tribunais de Contas e sua contribuição para a nova gestão pública. Relatório de Gestão 2011 – 2013. Belém: TCE, 2014. DAMIS, O. T. Didática e sociedade: o conteúdo implícito do ato de ensinar. Campinas: Papirus, 2012. DELORS, Jacques. Educação: um Tesouro a Descobrir. UNESCO. MEC. São Paulo: Cortez, 1996. DUTRA, J. S.; HIPÓLITO, J. M.; SILVA, C. M. Gestão de pessoas por competências. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 22., 1998, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Anpad, 1998. FREIRE, Paulo. A pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2008. HARGREAVES, Andy. O Ensino na Sociedade do Conhecimento: a educação na era da insegurança. Porto Alegre: Artmed, (2004). KNOWLES, Malcon. Andragogia no Pedagogia. Centro Regional de Educacion de Adultos, ano 1, n. 2. Caracas, Venezuela, (1972). LOWAMAN, Joseph. Dominando as técnicas de ensino. São Paulo: Atlas, 2004. MEISTER, Jeanne. Educação Corporativa: a gestão do capital intelectual através das universidades corporativas. São Paulo: Makron Books, 1999. MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação à distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning, 2007. PARRY, S. B. The quest for competencies. Training, July 1996. p. 48-54. PERRENOUD, Philip. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

56

QUARTIERO, Elisa Maria; CERNY, Roseli Zen. Universidade Corporativa: uma nova face da relação entre mundo do trabalho e mundo da educação. In: QUARTIERO, E. M.; BIANCHETTI, L. (Orgs.). Educação Corporativa, mundo do trabalho e do conhecimento: aproximações. Santa Cruz do Sul: EDUNISC; São Paulo: Cortez, 2005, p. 23-49. SENGE, Peter M. A Quinta Disciplina. 25. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2009. STEWART, Thomas. Capital Intelectual – a nova vantagem competitiva das empresas. São Paulo: Campus, 1998. VYGOSTSKY, Levi S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1993. VYGOSTSKY, Levi S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. Sites: <www.dicionarioaurelio.com.br>. Acesso em: 10 out. 2015. <www.tce.pa.gov.br>. Acesso em: 15 dez. 2015. Legislação: Diário Oficial do Estado do Pará. Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto Serzedelo Correa – PDI/ISC 2015-2019.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

57

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ

Travessa Quintino Bocaiúva, 1585.

Belém - Pará – Brasil - CEP: 66.035-903

Fone: (91) 3210-0844 / 0845 / 0846

[email protected]

www.tce.pa.gov/escoladecontas

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

58

ANEXO

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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ANEXO I – Estrutura e competências definidas no Ato n. 67, que aprova o Regimento

Interno da ECAV

Art. 4º Compete ao Conselho Consultivo:

I - propor linhas de ação, programas, estudos, projetos, formas de atuação ou outras medidas,

orientando para que a Escola de Contas atinja os objetivos para a qual foi criada;

II - opinar sobre as linhas gerais das políticas, diretrizes e estratégias da Escola de Contas, orientando

o Presidente e a Diretoria Geral no cumprimento de suas atribuições;

III - assistir à Diretoria Geral na formulação, implementação e avaliação das estratégias de ação da

Escola de Contas;

VI - apreciar as propostas de Acordos e Convênios de Cooperação Técnica, Educacional e Científica

com a Escola de Contas;

V - acompanhar e avaliar periodicamente o desempenho da Escola de Contas.

§ 1º O Conselho Consultivo será constituído por:

I - 1 (um) Conselheiro, membro efetivo do Tribunal, escolhido pelo Plenário;

II - 1 (um) Auditor, escolhido pelo Plenário;

III - Diretor de Gestão de Pessoas;

IV - Diretor Geral da Escola de Contas;

VI - 1 (um) Servidor efetivo ocupante de cargo de nível superior, escolhido pelo corpo funcional do

Tribunal.

§ 1º O Conselho Consultivo será presidido pelo Conselheiro membro.

§ 2º Nos impedimentos eventuais e ausências do Presidente do Conselho Consultivo da Escola de

Contas, o mesmo será presidido pelo Auditor membro.

Art. 5º São competências comuns da unidade e das sub-unidades da Escola de Contas:

I - implementar as ações de gestão com vista à consecução dos objetivos e metas estabelecidos pelo

Presidente ou pelo Tribunal Pleno;

II - executar metas em consonância com o Planejamento Estratégico;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

60

III - controlar e avaliar os resultados dos trabalhos na sua área de atuação, promovendo os ajustes

necessários;

IV - fornecer subsídios para a elaboração de indicadores de desempenho de sua área de atuação,

bem como avaliar e monitorar o cumprimento desses indicadores;

V - estabelecer rotinas e procedimentos de trabalho, propor normas e manuais referentes à sua área

de atuação;

VI - requisitar, coordenar e controlar seus recursos humanos, materiais e patrimoniais;

VII - recepcionar, tramitar, controlar, acompanhar, dar baixa e arquivar processos e demais

documentos expedidos e recebidos, de âmbito interno e externo de interesse da unidade;

VIII - acompanhar e monitorar o cumprimento das decisões do Tribunal, na sua área de atuação;

IX - acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos administrativos e convênios firmados pelo

Tribunal, cuja gestão esteja a cargo da unidade, com o apoio da Assessoria Técnica da Secretaria de

Administração do TCE/PA;

X - propor à Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria de Administração cursos e seminários para

aprimoramento dos trabalhos;

XI - apresentar ao Presidente relatórios trimestrais e anual de suas atividades;

XII - desempenhar outras funções que lhe forem atribuídas por determinação do Presidente, por

deliberação do Tribunal Pleno ou pela Chefia imediata.

Art. 6º Compete à Diretoria Geral (DIGE):

I - planejar, coordenar, organizar e executar atividades administrativas inerentes ao cumprimento

das atribuições da Escola de Contas;

II - planejar, coordenar e supervisionar ações educacionais (ensino, pesquisa e extensão) de

competência da Escola de Contas;

III - planejar e coordenar a elaboração e a execução do Plano Anual de Atividades da Escola de

Contas;

IV - definir, em conjunto com as unidades de trabalho do Tribunal de Contas do Estado do Pará,

diretrizes para o Plano Anual de Capacitação dos Jurisdicionados;

V - representar a Escola de Contas em solenidades e eventos, em sua área de atuação;

VI - supervisionar junto a Coordenadoria de Acervo Técnico e Informação os trabalhos de editoração

de publicações técnicas-científicas do TCE/PA;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

61

VII - submeter à apreciação do Conselho Consultivo assuntos de sua competência;

VIII - promover medidas destinadas à obtenção de recursos com vistas à implantação de programas

que atendam aos interesses da Escola de Contas e do Tribunal;

IX - participar, sob a coordenação da Diretoria de Gestão de Pessoas, da proposição de políticas de

gestão de pessoas do TCE/PA;

X - planejar, coordenar e supervisionar a execução do programa de desenvolvimento das

competências profissionais e organizacionais e ações de educação continuada dos servidores do

TCE/PA;

XI - planejar, coordenar e decidir sobre o processo de seleção de facilitadores, professores e

pesquisadores.

§ 1º A DIGE será dirigida por um Diretor, competindo-lhe as atividades da Diretoria referidas neste

Regimento, e conta com as funções gratificadas constantes do Anexo I.

§ 2º Compete ao Coordenador de Ensino substituir o titular da Diretoria Geral no exercício de suas

atribuições em caso de suas ausências ou impedimentos.

Art. 7º A Diretoria Geral possui a seguinte composição:

I - Gerência de Expediente;

II - Coordenadoria Acadêmica;

III - Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Extensão;

IV - Coordenadoria de Acervo Técnico e Informação.

Das Competências das Unidades da Diretoria Geral

Art. 8º Compete à Gerência de Expediente:

I - prestar apoio a Diretoria Geral e suas unidades;

II - elaborar e encaminhar as correspondências e demais documentos de interesses da Diretoria

Geral;

III - desempenhar no âmbito da Diretoria Geral as competências relacionadas nos incisos VI, VII do

art. 5º, bem como consolidar as informações da Escola de Contas para o relatório previsto no inciso

XI do referido artigo.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

62

Art. 9º Compete à Coordenadoria Acadêmica (CAC):

I - responsabilizar-se pela integridade e completude dos dados registrados no Sistema de Gestão

Acadêmica da Escola de Contas;

II - manter atualizado e organizado o cadastro de alunos, pesquisadores, professores, facilitadores e

prestadores de serviços que possam ser recrutados pela Escola de Contas;

III - programar, coordenar e controlar a utilização do espaço físico do Tribunal ou da Escola de Contas

destinado às atividades educacionais;

IV - programar, coordenar e controlar o pedido de inscrição dos candidatos aos cursos e demais

eventos educacionais promovidos pela Escola de Contas;

V - controlar e acompanhar a frequência dos alunos nas ações educacionais promovidas pela Escola

de Contas;

VI - acompanhar e elaborar demonstrativos de desempenho e de frequência dos alunos nas ações

educacionais promovidas pela Escola de Contas;

VII - coordenar a expedição de certificados e declarações de participação nas diversas atividades da

Escola de Contas.

Art. 10. Compete à Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP):

I - executar o desenvolvimento de competências profissionais e organizacionais e a educação

continuada de servidores do TCE/PA, por meio da realização de cursos de formação continuada,

treinamentos, atualizações, pós-graduações e outros assemelhados, promovidos pela própria Escola

de Contas ou por intermédio de outras instituições de ensino;

II - estimular a produção científica dos servidores do Tribunal, por meio da divulgação dos trabalhos

realizados nos diversos cursos, promovendo concurso de monografias, objetivando a publicação de

artigos, revistas e periódicos institucionais de áreas afins;

III - selecionar e avaliar pesquisadores, facilitadores e professores e submeter à decisão superior;

IV - coordenar e acompanhar a equipe de facilitadores e professores no desenvolvimento das ações

de capacitação;

V - estruturar o processo de avaliação das ações de capacitação e desenvolvimento profissional, bem

como àquele relativo ao desempenho dos facilitadores e professores;

VI - emitir parecer técnico sobre:

a) critérios de seleção de candidatos (facilitadores, professores, pesquisadores), acompanhamento,

avaliação e redirecionamento dos programas de capacitação;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

63

b) estrutura do corpo docente da Escola de Contas;

c) estrutura do corpo discente da Escola de Contas.

VII - fornecer suporte metodológico e logístico à pesquisa, produção e disseminação de

conhecimento, visando ao aprimoramento da atuação do TCEPA;

VIII - definir instrumentos de avaliação de aprendizagem, reação e de impacto;

IX - estabelecer critérios de seleção de candidatos (alunos), acompanhamento, avaliação e

redirecionamento dos programas de capacitação;

X - estruturar o corpo docente da Escola de Contas, em conjunto com a Diretoria Geral da Escola;

XI - administrar projetos de estudos e pesquisas voltados, preferencialmente, para o

desenvolvimento organizacional do Tribunal e desenvolvimento profissional dos seus membros e

servidores;

XII - estimular o debate sobre assuntos de natureza administrativa, econômico, financeira e jurídica,

relacionados, essencialmente, com as atividades desenvolvidas pelo Tribunal, por meio de grupos de

estudos, mesa redonda e fóruns e a realização de eventos de caráter cultural, educacional, técnico e

didático-pedagógico;

XIII - elaborar e aplicar instrumentos avaliadores de graus de satisfação dos docentes, discentes e

institucionais, incluindo os relativos à capacitação externa;

XIV - organizar provas, trabalhos e outras avaliações para controle dos conceitos atribuídos pelos

professores;

XV - responsabilizar-se pelo recebimento, guarda, distribuição e controle de material didático;

XVI - Implementar e manter programa de formação, integração e ambientação de novos servidores;

XVII - executar o programa de formação de docentes internos.

Art. 11. Compete à Coordenadoria de Acervo Técnico e Informação (CAT):

I - administrar e organizar a biblioteca Ministro Benedito Frade;

II - registrar, classificar, catalogar, conservar e controlar o acervo bibliográfico do TCE/PA;

III - elaborar, mantendo-o atualizado dentro de seus respectivos prazos, ementário compreendendo

legislações federal, estadual e municipal, bem como um ementário sobre jurisprudência e demais

publicações que interessem ao Tribunal;

IV - atender e controlar pesquisas, consultas e empréstimos referentes ao acervo bibliográfico;

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

64

V - manter intercâmbio com órgãos e entidades congêneres;

VI - selecionar, arquivar e conservar documentos de valor histórico;

VII - identificar a necessidade, junto às unidades do Tribunal, e planejar a aquisição de acervo

bibliográfico;

VIII - reunir e sistematizar documentos, bibliografias, iconografias, cine-vídeofotografias e outros

materiais e processos relacionados com a atividade desempenhada por este Tribunal de Contas.