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lamhanh
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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Ata da Reunio dos Presidentes do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais
A Justia Eleitoral do Brasil, sempre preparada e
pronta para cumprir as suas atribuies constitucionais e
legais com presteza e eficincia, atende o que for
determinado juridicamente em benefcio dos cidados
brasileiros, quer quanto s eleies regularmente definidas
pelo sistema constitucional, quer quanto s consultas
populares, convocadas nos termos da Constituio da
Repblica.
o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais
Eleitorais no convocam nem opinam sobre as convocaes que
venham a ser feitas, plebiscitos ou referendos, formas de
consultas ao povo constitucionalmente previstas (art. 14 da
Constituio) . J
Tido como o Tribunal da Democracia, o TSE e tambm os
Tribunais Regionais receberam da Constituio a tarefa de e.......1.-- dar vez voz do povo, garantindo os meios para que a fala
popular seja formalmente apurada, vinculando, assim, a
atuao dos agentes pblicos segundo o que afirmado pelos
cidados.
Convocado o eleitorado para se manifestar nas urnas,
'afirmando o que reclama, informalmente, em todos os cantos
e recantos do Pas, como seu direi to e seu modo de
identificar-se e exercer plenamente a cidadania, cabe
ustia Eleitoral, se vier a ser feita aquela convoc~ I \ r
pel
I
\
/
venha a convocar consulta popular, seja plebiscito, seja referendo.
H tambm limites materiais ao exerccio dos Poderes
Polticos, pois a Constituio do Brasil no pode ser
modificada em seu ncleo de identidade (apelidado de
conjunto de clusulas ptreas, dentre as quais se tem o
perodo de mudana vlida para pleito eleitoral, que haver
de ocorrer no mnimo um ano antes de cada eleio), pelo
que a Justia Eleitoral no est autorizada constitucional
e legalmente a submeter ao eleitorado consulta sobre cujo
tema ele no possa responder ou sobre a qual no esteja
prvia e suficientemente esclarecido, ou que da resposta
formalmente apurada no haver efeitos, no pleito eleitoral
subsequente, o que pode ser fator de deslegi timao da
chamada popular.
Reitere-se: a Justia Eleitoral dispe de competncia
e cumpre, historicamente, a sua atribuio de promover e
garantir as operaes materiais e de sistema do processo
eleitoral, da logstica e da prestao dos servios para
que o eleitor exera o seu direito de ir s urnas, em
eleio regular ou em consulta popular (plebiscito ou
referendo) e que venha a ser legalmente convocado, pelos
~os competentes para fazer a escolha do momento para tal
convocao.
No lhe compete manifestar-se sobre a convocao, mas
atentar a que os termos em que ela se d estejam conformes
Constituio e s leis da Repblica e que seja
materialmente exequvel (sobre prazos e contedo).
o exitoso processo eleitoral brasileiro faz-se por
meio de sistema e urnas eletr8nicas, pelo que h tempo
mnimo para a sua preparao. Mais de meio milho de urnas
so utilizadas no processo e devem ser distribudas em mais
de cinco mil e quinhentos municpios brasileiros. ~o
demanda tempo, logstica precisa e gastos de monta. \\,.. \
'\... \ j
Principalmente, h tempo legalmente necessrio para '\~ / os cidados sejam informados sobre o objeto da conSUlta, ~'/~
popular que lhe feita, o contedo e as consequncias de! -~ J)I sua manifestao. Ela vincula o que vir, necessariamente,
~~ ser prOd,uzidO como lei pelos rgos legislativos
jmpetentes bi ~~.
. \ 7ft ~r /~~I
~~ ~lY
GUSTAVORealce
GUSTAVORealce
,/ \ parati/
maneira do que poetava Carlos Drummond de Andrade: por onde andas, pois
O sonho do povo
escolha, , "Cuid
/repita-se,
Da porque, consultada esta Justia Eleitoral pela
Presidncia da Repblica, em l de julho de 2013, sobre o
tempo mnimo necessrio para se levar a efeito consulta
popular, se vier a ser convocada pelo Congresso Nacional,
responde-se, com base nos estudos preliminares, feitos
pelos rgos internos dos Tribunais Eleitorais, em regime
de urgncia e sujeitas essas anlises a adaptaes
necessrias, a partir da superven1encia da convocao
formal que venha a ser feita, definiu-se como prazo mnimo
para se garantir a informao do eleitorado sobre o que
venha a lhe ser questionado o prazo de setenta dias,
adaptado que ficaria, a contar do dia l de julho de 2013,
ao segundo domingo de setembro (8 de setembro de 2013), se
tivessem incio imediato as providncias no sentido da
realizao da consulta. Atrasos na definio de tal
consulta tero consequncia bvia e inevitvel sobre esse
calendrio, porque no possvel se ter o incio de
providncias, com dispndio de esforos humanos e de
dinheiros pblicos, seno quando a especfica finalidade
est prvia e legalmente estabelecida.
Os ingentes esforos dos servidores da Justia
Eleitoral e os insuperveis gastos de dinheiro pblico a
serem feitos para o exerccio da democracia direta (direito
de os cidados serem ouvidos) tm como base nica a escolha
que venha a ser feita pelos Poderes competentes e que,
no est a cargo do Poder Judicirio, o qual, como certo, no deixar de cumprir sua responsabilidade constitucional de tornar vivel e eficiente o processo de ouvir o eleitorado, para que a sua fala se transforme em lei e servios que lhe sejam necessrios e teis, segundo o }
/{ seu desejo formalmente manifestado e apurado. \
j A Justia Eleitoral tem processos formais a cumprir . dar conta de suas tarefas constitucionais e legais. (\
Por isso depende do tempo prprio a que tanto se possa 1 )' exercer. ! \
A lei define os caminhos legais que no se pode d~ I de seguir I por isso h que andar com cuid.ado. Atenta o j~.... /7 eleitoral aos seus passos, que no so de sua
sobre meus sonhos que caminhas".
brasileiro a demo acia pl juiz ~arantir o c- inho do el
L,'{
para que o sonho venha a ser contado para virar a sua realidade. O juiz no se descuida do poeta. a sua forma de atentar ao eleitor, nica razo de ser da Justia Eleitoral.
Braslia, 2 de julho de 2013. ~ /. ~.1 ~~. hM1n~a Carmen LUC1a Antunes Roc a
/ ,/1' \
~reside~t! Tribunal Superior Eleitoral
~RIBUNA( AL ELEITORAL DO ACRE
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TRIBUNAL REGIOJ~ RAL DO A N~
TRIBUNAL REGIO AHI:;iRA~ }jJ ~tb(4.0\
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~L.;._ l;o~ EGIONAL ELEITORAL DO CEAR
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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
TRIBUNAL REGIONAL [l','.,J
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE RORAIMA
AL {REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL
NAl ElEITORAL DE SERGIPE
TRIBUNAL REGI~ITORAL DE SO PAU[ ~~~
TRIBUNAL REGIOVI'FORAl DE TOCANTINS