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Relatório Trimestral de Conjuntura - IMF Informação de Mercados Financeiros
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Análise Trimestral
Análise Macroeconómica
Mercado Cambial
Monetário
Mercadorias
Evolução de Mercados
Abril 2011
China – Os próximos 10 anos
“Este documento destina-se a uso privado e a sua reprodução total ou parcial carece de
autorização prévia da IMF.
Este documento foi produzido com base
em informações de fontes credíveis, mas a IMF não garante que essas informações
estejam completas nem que sejam totalmente exactas.
As opiniões expressas neste documento podem ser alteradas sem aviso.”
IMF - Informação de Mercados Financeiros, SA
Edifício Mota Galiza, Rua Júlio Dinis 247 - 6º - Sala E94050-324 PortoTel. 22 609 58 88 - Fax: 22 609 59 33
Avenida da Liberdade, 245 - 5º B1250 - 143 LisboaTel. 21 324 12 04 - Fax: 21 355 80 76
www.imf.pt // m.imf.pt (versão mobile)
24Análise Técnica
31Quadro de Variações
18Commodities� Energia� Algodão
� Metais
� Alimentares
16Mercado Monetário e Obrigações
3Análise Macroeconómica� Economia mundial
� Indicadores avançados
� Barómetro� Tabelas
� Portugal
Índice
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
3 3
Análise Macroeconómica
China – Os próximos 10 anos
A espectacular performance da economia chinesa nos últimos anos levou a que a China seja já a
segunda maior economia mundial, a seguir aos Estados Unidos, reflexo de um crescimento médio
anual de 10% nos últimos 30 anos. A China é hoje, simultaneamente, o maior exportador mundial e
o segundo maior importador de mercadorias. Mais importante do que descrever todo o processo de
crescimento, vale a pena atentar no carácter planificado da economia chinesa e das alterações
previstas para os próximos 10 anos.
Os objectivos de longo prazo de transformação da economia chinesa foram definidos em 1978 num
plano estratégico de desenvolvimento de “três passos”. O primeiro passo, ou objectivo, consistia na
duplicação do produto a observar em 1980 e garantir que toda a população teria roupa e alimentação
em quantidade suficiente e foi atingido no final da década de 80. O segundo passo – quadruplicar o
produto de 1980 até ao final do século XX – foi atingido logo em 1995. Finalmente, o terceiro
objectivo – o actual – passa por elevar o produto per capita para o nível médio dos países
desenvolvidos até 2050. Nessa altura, os objectivos de modernização estarão cumpridos e o povo
chinês terá um nível de vida consistente com os padrões mundiais.
Dentro destes objectivos, há planificações de
prazo mais curto e é sobre estas que gostaríamos
de centrar a nossa intenção. Há a intenção de
alterar de forma dramática o padrão de
desenvolvimento do país e que se expressa em
termos de opções de politica. Consultamos várias
análises, mas escolhemos a que nos foi
apresentada num seminário da EGP-UPBS pela
fundadora da Asia Megatrends, Foong Wai Fong
há algumas semanas, e que se podem resumir a
seis pontos, todos interligados:
1. De PIB nominal para PIB per capita:
Esta alteração decorre do objectivo de fundo desde
o ano 2000 e significa que, se até agora era
importante trabalhar as contas do país, passa agora
a ser importante aumentar a distribuição do
rendimento, harmonizar o desenvolvimento
regional e melhorar as condições de vida em geral. É importante notar que este trabalho do PIB per
capita não se resume ao valor avaliado em dólares nominais, mas também (e talvez sobretudo) em
paridades de poder de compra.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
4
2. De Exportações para Procura Interna:
Este é um objectivo coerente com o anterior, mas pode ter um impacto muito importante na economia
mundial. Se resto, é algo que já se tem vindo a
fazer sentir nos últimos anos, nos quais o
excedente comercial chinês se tem vindo a
reduzir. Até recentemente, a principal
preocupação do governo era tornar a economia o
mais competitiva possível, com vista a exportar o
máximo e recolher divisas.
O objectivo é agora o de dinamizar a procura
interna, o que pode significar muito mais atenção
no desenvolvimento de mercados e menos ênfase
na competitividade via preço. Esta é uma
alteração relevante e passa também pela dotação
de infra-estruturas de todo o tipo.
3. De “Fábrica do Mundo” a “Fábrica da
China”:
Mais uma vez, trata-se de uma mudança relacionada com a ideia de uma China mais preocupada com
os chineses. Nas últimas décadas, a China tentou adaptar-se à procura mundial, construindo
competitividade-preço, produzindo em larga escala, imitando e, numa segunda fase, produzindo os
produtos do resto do globo ao gosto e à medida desses consumidores. Com o foco no mercado
interno, e sem esquecer que o país já conta com quase 5 milhões de famílias “ricas”, prevê-se que o
output chinês seja cada vez mais orientado internamente, nomeadamente em termos de design, R&D
e criação de mercados. Obviamente, a China não se fechará totalmente e continuará a olhar para o
resto do mundo como um mercado, mas a
mudança de “focus” levará a alterações
significativas nos processos produtivos e nos
próprios produtos.
4. De “Gato Preto” para “Gato Verde”:
A imagem que o mundo tem da China é o de um
país altamente poluente e com pouca
responsabilidade e sensibilidade ambientais. Não
é uma fama injusta dada a pouca eficiência
energética das suas indústrias, o recurso a
combustíveis fósseis e as notícias que vão
chegando de desastres ambientais. Seja por
consciência ecológica, seja por necessidade de
atingir patamares de maior sustentabilidade
ambiental e económica, a China está a promover uma “revolução energética”, em favor das
renováveis, que levará o país a produzir 25% da energia “verde” a nível mundial.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
5 5
5. De “Desempenhar papéis mais relevantes” a “Escrever novas regras”:
Trata-se da vontade de aumentar a influência da China no mundo. A frase em inglês é particularmente
feliz: “From bigger world roles to writing new rules”. Nas últimas décadas, a China tem tentado
conquistar o seu espaço e influência a nível mundial. Alguns exemplos dessa estratégia foram a
emergência do G20, a compra de dívida americana, os Jogos Olímpicos, a maior participação e
influência nas resoluções da ONU, entre outras. O país pretende agora saltar um degrau e afirmar-se
como uma verdadeira super potência. Não pretende apenas “mostrar-se”, mas moldar o mundo,
reescrevendo as suas regras.
6. De “Fábrica do Mundo” para “Escritório do Mundo”:
Trata-se de um objectivo difícil de concretizar no
curto prazo, mas já sabemos como o oriente encara
o tempo de outra forma. Pretende-se terciarizar a
economia, o que tem que ser entendido como um
viés, uma tendência. Há poucas décadas, a
agricultura era o principal sector da economia.
Actualmente, o sector representa 9.6% do produto,
acima da média dos países desenvolvidos, mas
ainda ocupa 39.5% da força de trabalho! A China
tem-se industrializado (46.8% do PIB), mas os
serviços estão a ganhar peso na economia (43.6%
do PIB para 33.2% do emprego). O objectivo é que
a China possa vir a prestar serviços ao resto do mundo com o mesmo sucesso que conseguiu ao nível
dos produtos industrializados. IMF com Foong Wai Fong (Megatrends Ásia)
Europa – Crise da dívida soberana não está resolvida
No início deste ano, o fim da União Económica e Monetária pairava nas mentes (e talvez desejos) de
muitos analistas, economistas e políticos. Passados três meses não se pode dizer que a situação esteja
resolvida, mas parece-nos que tem havido vontade política de debelar o problema.
Com Portugal a recorrer agora a ajuda externa oficial – mesmo que já antes fosse apoiado através do
BCE – é natural que as atenções se voltem então para Espanha, mesmo que nesta altura o país vizinho
se esteja a financiar de forma muito satisfatória. Suspeitamos que essa questão esteja bem presente no
espírito dos responsáveis europeus, que devem tornar claro o que vai acontecer até 2013, caso algum
país tenha dificuldades de financiamento. O mercado espera que o Fundo Especial de Estabilização
Financeira possa ser alargado, e efectivamente financiado, de forma a desencorajar algum movimento
especulativo.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
6
De uma forma geral, a Europa tem mostrado vontade em defender o euro e em encontrar soluções,
mas que são sempre demoradas e por vezes tardias. Compreende-se que não deve ser fácil chegar a
entendimentos entre os vários países, mantendo a soberania dos países, num sistema de equilíbrios
frágeis. Mesmo assim, alguns consensos parecem ter emergido até agora e que serão, em princípio,
para se manter, nomeadamente:
� A defesa do euro.
� A salvaguarda de depósitos (obrigacionistas e accionistas de bancos e empresas podem
correr riscos).
� O garantir a não insolvência de países da zona euro.
� O não fomentar de especulação em torno de CDS de países, evitando-se a existência de
eventos de crédito como a reestruturação de dívida soberana, o que tem até agora sido
conseguido, mas já se discute o caso grego.
� Tentar deixar o BCE à margem da resolução dos problemas – o que não tem sido
conseguido.
No último Conselho Europeu foi apresentado o ESM – European Stability Mechanism – que pretende
começar a enquadrar os mecanismos de ajuda a países em dificuldades apartir de 2013, mas é
provável que possa sofrer algumas alterações. Ainda por conseguir, mas igualmente importante, seria
um regulamento mais específico para cumprimento de metas macroeconómicas ou um outro modelo
de governo que torne claras as responsabilidade de cada
país em fazer parte da zona euro.
Finalmente, gostaríamos de deixar algumas ideias
adicionais e que reiteram o que já fomos escrevendo há
alguns meses atrás. Em primeiro lugar, a nossa perspectiva
é que o euro se confunde com o projecto europeu e não
é do interesse dos europeus em geral e da a Alemanha em
particular arriscar nem um nem outro. Por outro lado,
continuamos com a opinião que a posição alemã sairá reforçada desta crise, surgindo como o único e
verdadeiro líder da União Europeia. Finalmente, esta crise mostra que a actual solução de governo da
União Europeia não é sustentável no longo prazo. A questão de fundo é que os europeus têm que
decidir se querem mais ou menos união, sendo nesta altura mais provável que se caminhe para uma
solução federalista. (IMF)
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
7 7
Ciclo Económico
INDICADORES AVANÇADOS APONTAM PARA EXPANSÃO ESTÁVEL
Os Composite Leading Indicators (CLI) para Janeiro de 2011, publicados em 14 de Março, continuam
apontar para uma expansão na maioria dos países da OCDE.
Os CLIs para a Alemanha, Japão e EUA, continuam a apontar para uma robusta expansão. Sinais de
recomeço do momentum de crescimento caracterizaram os CLIs da França e Canadá. O CLI para o
Reino Unido sugere um lento mas estável ritmo de expansão, enquanto que para a Itália os
indicadores apontam para uma moderada desaceleração.
Os CLIs para as outras principais economias pouco modificaram face à análise do mês anterior. O CLI
para a China continua a indicar a possibilidade de uma moderada desaceleração. Para o Brasil os
indicadores permanecem neutrais, enquanto que para a Índia estes indicam um abrandamento do
ciclo. Para a Rússia, os CLIs continua apontar para uma forte expansão.
Composite Leading Indicators
Os CLI da OCDE são calculados para fornecer precocemente sinais dos pontos de viragem dos ciclos
económicos. Quatro fases cíclicas constituem a base desta abordagem qualitativa: Expansão – CLI
crescente e acima dos 100; Desaceleração – CLI decrescente e acima dos 100; Abrandamento – CLI
decrescente e inferior a 100; Recuperação – CLI crescente e abaixo dos 100.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
8
Composite Leading Indicators
Rácio de tendência, amplitude ajustada (Média
de longo prazo = 100) Variação face ao último mês (pontos)
Variação year-on-
year (pontos)
Outlook para o clico económico2
2010 2011 2010 2011 Último mês Outubro Novembro Dezembro Janeiro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
OCDE 102.1 102.4 102.8 103.1 0.2 0.3 0.3 0.4 2.1 Expansão Zona Euro 102.9 103.1 103.3 103.4 0.1 0.2 0.2 0.2 1.4 Expansão 5 Maiores economias da Ásia1
101.5 101.6 101.7 101.8 0.2 0.1 0.1 0.1 -0.4 Desaceleração
G7 102.1 102.5 102.9 103.4 0.2 0.4 0.4 0.5 2.5 Expansão
Canadá 101.2 101.3 101.6 101.9 0.0 0.1 0.2 0.3 -0.3 Expansão França 102.0 102.2 102.4 102.6 0.2 0.2 0.2 0.2 -1.3 Expansão Japão 102.5 103.2 103.9 104.7 0.5 0.6 0.7 0.8 5.0 Expansão
Alemanha 104.4 104.5 104.7 105.0 0.1 0.2 0.2 0.3 4.1 Expansão Itália 102.5 102.4 102.3 102.2 -0.1 -0.1 -0.1 -0.1 -1.6 Desaceleração
Reino Unido 102.0 102.0 101.9 101.9 -0.1 0.0 0.0 0.0 -1.8 Expansão EUA 101.5 101.9 102.5 103.2 0.3 0.5 0.6 0.6 3.3 Expansão
Brasil 99.6 99.8 100.0 99.9 0.2 0.2 0.2 0.0 -0.5 Neutral China 101.6 101.7 101.7 101.6 0.2 0.1 0.0 -0.1 -1.9 Desaceleração Índia 100.3 100.0 99.7 99.3 -0.2 -0.3 -0.3 -0.4 -2.2 Abrandamento Rússia 104.0 104.6 105.0 105.4 0.6 0.6 0.5 0.3 6.8 Expansão
1. China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia 2. As fases cíclicas do CLI são definidas da seguinte forma: expansão (crescente acima dos 100 pontos); desaceleração (decrescente acima dos 100 pontos); abrandamento (decrescente abaixo dos 100 pontos), recuperação (crescente abaixo dos 100 pontos)
Fonte: OCDE
Performance histórica do CLI e pontos recentes de viragem cíclica Performance histórica CLI Pontos de viragem confirmados nas séries de referência
Ano de início
Mediana Desvio Padrão
Fundo Topo Fundo Topo Fundo Topo
OCDE 1961 6 3.5 Janeiro 02 Fevereiro 08 Maio 09 P
Zona Euro 1963 7 3.1 Julho 03 Março 08 Maio 09 P
5 Maiores economias
da Ásia1 1983 8 5.8 Dezembro 01 Maio 04 Junho 05 Janeiro 08 Março 09 P Abril 10 P
G7 1959 6 3.7 Janeiro 02 Março 08 Maio 09 P
Canadá 1956 8 3.7 Novembro 01 Agosto 07 Junho 09 P
França 1962 7 4.9 Julho 03 Fevereiro 08 Abril 09 P
Japão 1959 6 4.5 Dezembro 01 Março 08 Abril 09 P Junho 10 P
Alemanha 1961 5 4.0 Julho 03 Março 08 Maio 09 P
Itália 1973 7 5.8 Fevereiro 05 Março 08 Maio 09 P
Reino Unido
1958 7 5.2 Abril 03 Abril 04 Agosto 05 Fevereiro 08 Junho 09 P
EUA 1955 5 3.4 Dezembro 01 Fevereiro 08 Maio 09 P
Brasil 1989 5 2.3 Junho 03 Outubro 04 Agosto 06 Maio 08 Abril 09 P Abril 10 P
China 1990 6 4.9 Janeiro 02 Janeiro 08 Fevereiro 09 P Janeiro 10 P
Índia 1994 4 2.7 Abril 03 Março 07 Fevereiro 09 P Fevereiro 10 P
Rússia 1993 3 2.3 Julho 02 Junho 04 Setembro 05 Abril 08 Maio 09 P
1. China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia P – Provisório
Fonte: OCDE
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
9 9
Tendência em vigor
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
10
PIB (Variação % face ao ano anterior)
Estimativa Projecções
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Alemanha 0.9 3.6 2.8 0.7 -4.7 3.4 2.2 2.4
Austrália 3.5 2.4 5.0 2.1 1.2 3.3 3.7 3.0
Áustria 2.8 3.5 3.7 1.9 -3.8 1.8 2.0 2.1
Bélgica 2.0 2.7 2.8 0.8 -2.7 2.0 1.0 1.6
Brasil 3.1 3.9 6.1 5.1 -0.6 7.6 4.5 5.2
Canadá 3.0 2.8 2.2 0.5 -2.5 2.9 2.5 3.1
Chile 5.6 4.8 4.7 3.4 -1.4 5.0 6.0 4.5
Índia 9.2 9.7 9.9 6.4 5.7 8.4 8.2 8.4
China 11.3 12.7 14.2 9.6 9.1 10.1 8.9 9.0
Coreia 4.0 5.2 5.1 2.3 0.2 6.2 4.5 4.7
Dinamarca 2.4 3.4 1.7 -0.9 -4.7 1.4 1.8 2.0
Eslovénia 4.5 5.9 6.9 3.7 -8.1 0.6 2.4 3.1
Espanha 3.6 4.0 3.6 0.9 -3.7 -0.7 0.4 1.0
Finlândia 3.0 4.4 5.3 1.0 -8.1 2.6 3.0 2.5
França 2.0 2.4 2.3 0.1 -2.5 1.6 1.2 1.3
Grécia 2.3 4.5 4.3 1.3 -2.3 -4.8 -3.6 0.1
Holanda 2.0 3.4 3.9 1.9 -3.9 1.8 1.5 2.4
Hungria 3.2 3.6 0.8 0.8 -6.7 0.8 2.5 3.5
Irlanda 6.0 5.3 5.6 -3.6 -7.6 -1.0 -0.9 1.5
Islândia 7.5 4.6 6.0 1.0 -6.8 -3.4 0.5 0.5
Itália 0.8 2.1 1.4 -1.3 -5.1 1.3 1.1 1.2
Japão 1.9 2.0 2.4 -1.2 -5.2 2.7 1.1 1.4
Luxemburgo 5.4 5.0 6.6 1.4 -3.7 3.2 2.0 2.6
México 3.2 4.9 3.3 1.5 -6.1 5.0 3.4 3.5
Noruega 2.7 2.3 2.7 0.8 -1.4 1.0 2.4 2.2
Nova Zelândia 3.1 2.3 3.1 -0.5 -0.4 2.7 2.4 3.0
Polónia 3.6 6.2 6.8 5.0 1.7 3.6 4.2 5.5
Portugal 0.8 1.4 2.4 0.0 -2.5 0.8 -0.9 0.2
Reino Unido 2.2 2.8 2.7 -0.1 -5.0 1.8 2.1 2.6
Rép. Checa 6.4 7.0 6.1 2.3 -4.0 2.0 2.0 3.0
Rép. Eslovaca 6.7 8.5 10.6 6.2 -4.7 3.8 3.5 4.0
Rússia 6.4 8.2 8.5 5.2 -7.9 3.9 3.7 3.9
Suécia 3.1 4.6 3.4 -0.6 -5.1 4.3 3.4 3.0
Suíça 2.6 3.6 3.6 1.9 -1.9 1.8 1.9 2.2
Turquia 8.7 6.8 4.9 0.5 -4.8 7.4 4.6 5.0
EUA 3.1 2.7 1.9 0.0 -2.6 2.6 2.2 2.8
Fonte: Nações Unidas – World Economic Situation and Prospects– Publicado em 18 de Janeiro de 2011
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
11 11
Inflação (Variação % face ao ano anterior)
Estimativa Projecções
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Alemanha 1.9 1.8 2.3 2.8 0.2 1.1 1.4 1.5
Austrália 2.7 3.5 2.3 4.4 1.8 1.3 1.4 1.6
Áustria 2.1 1.7 2.2 3.2 0.4 1.7 1.8 1.7
Bélgica 2.5 2.3 1.8 4.5 0.0 2.3 2.7 2.4
Brasil 6.9 4.2 3.6 5.7 4.9 5.0 4.6 4.5
Canadá 2.2 2.0 2.1 2.4 0.3 1.8 2.3 2.2
Chile 3.1 3.4 4.4 8.7 1.5 2.0 3.0 3.0
Índia 4.2 5.8 6.4 8.4 10.9 11.4 7.4 6.7
China 1.8 1.5 4.8 5.9 -0.7 3.3 3.2 3.0
Coreia 2.8 2.2 2.5 4.7 2.8 3.1 3.0 3.1
Dinamarca 1.7 1.9 1.7 3.6 1.1 2.3 1.9 1.0
Eslovénia 2.5 2.5 3.6 5.7 0.9 1.2 1.5 2.3
Espanha 3.4 3.6 2.8 4.1 -0.2 1.7 1.6 1.8
Finlândia 0.8 1.3 1.6 3.9 1.6 1.6 1.9 2.0
França 1.9 1.9 1.6 3.2 0.1 1.7 1.4 2.0
Grécia 3.5 3.3 3.0 4.2 1.4 4.7 1.2 -0.6
Holanda 1.5 1.7 1.6 2.2 1.0 0.8 1.5 2.0
Hungria 3.6 3.9 7.9 6.1 4.2 4.5 3.6 2.5
Irlanda 2.2 2.7 2.9 3.1 -1.7 -1.0 0.6 0.9
Islândia 1.4 4.6 3.7 12.7 16.3 5.5 5.5 4.0
Itália 2.2 2.2 2.0 3.5 0.8 1.6 1.6 1.4
Japão -0.3 0.2 0.1 1.4 -1.4 0.3 0.1 1.0
Luxemburgo 3.8 3.0 2.7 4.1 0.0 2.1 2.0 2.0
México 4.0 3.6 4.0 5.1 5.3 4.3 3.5 3.5
Noruega 1.5 2.5 0.7 3.4 2.3 1.7 2.3 2.6
Nova Zelândia 3.0 3.4 2.4 4.0 2.1 2.5 4.0 2.4
Polónia 2.1 1.1 2.4 4.3 3.8 2.6 2.5 2.5
Portugal 2.1 3.0 2.4 2.7 -0.9 1.0 1.2 0.9
Reino Unido 2.1 2.3 2.3 3.6 2.2 3.1 2.7 1.8
Rép. Checa 1.8 2.5 2.9 6.4 1.0 1.5 1.9 2.0
Rép. Eslovaca 2.7 4.5 2.8 4.6 1.6 1.0 1.8 1.8
Rússia 12.7 9.7 9.0 14.1 11.7 6.8 8.4 6.4
Suécia 0.8 1.5 1.7 3.4 1.9 1.8 0.9 1.2
Suíça 1.2 1.1 0.7 2.4 -0.5 0.7 0.8 1.0
Turquia 10.1 10.5 8.8 10.4 6.3 7.9 6.5 5.4
EUA 3.4 3.2 2.9 3.8 -0.4 1.4 1.4 1.6
Fonte: Nações Unidas – World Economic Situation and Prospects– Publicado em 18 de Janeiro de 2011
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
12
PORTUGAL
Desde o início da crise soberana que temos vindo a insistir numa ideia que tem sido algo difícil de
passar, mas que ganha cada vez mais força. O ano de 2011 pode ser positivo para as empresas,
nomeadamente as empresas exportadoras, dado que o ciclo económico mundial continua a ser
positivo. Deste modo, insistimos que, apesar dos vasos
comunicantes entre as empresas e o Estado e as maiores
dificuldades de financiamento para as empresas, não se deve
confundir a crise de dívida do Estado com a saúde das
empresas portuguesas. É evidente que se esperam
dificuldades, nomeadamente no acesso e preço ao crédito
(algo que já acontece nesta altura), aumento da carga fiscal e
dotação orçamental nas empresas públicas, mas o pedido de
ajuda externa ajudará a estabilizar o quadro económico. Por
outro lado, do lado mais importante da actividade das
empresas exportadoras – as vendas – o cenário continua a ser
positivo. Claro está, a procura interna estará condicionada.
Se observarmos os mais recentes dados e projecções do Banco de Portugal, verifica-se que desde
2009 que são as exportações que estão a “puxar” pelo crescimento do PIB, o que deverá continuar a
acontecer – um indicador saudável para a economia. Analisando um pouco mais em pormenor,
percebe-se que não só 2011 será um bom ano para o crescimento das exportações, como será ainda
melhor em 2012. Sem querer mascarar a realidade em que o país vive, há que reconhecer diferenças
em como o actual contexto impacto nas diferentes empresas, rejeitando as leituras meramente
negativistas. (IMF)
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
13 13
ESTATÍSTICAS DE BOLSO – GABINETE DE ESTRATÉGIA E ESTUDOS
Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento
Publicado em 5 de Abril de 2011
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
14
ESTATÍSTICAS DE BOLSO – GABINETE DE ESTRATÉGIA E ESTUDOS
Publicado em 05 de Abril de 2011
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Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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Mercado Monetário O ano de 2011 começou com uma redução significativa na liquidez do sistema interbancário
europeu. Como resultado, os volumes transaccionados diariamente à taxa de absorção de 0.25%
foram-se reduzindo, levando a uma maior aproximação dos prazos curtos à taxa de referência de 1%.
Começaram a surgir sinais de inflação, com a subida dos preços da energia nos mercados
internacionais a fazer sentir-se nas economias europeias. Os preços no consumidor registaram uma
subida anual de 2.4% em Fevereiro. Na Alemanha, único país com o emprego em alta e com a
economia dinâmica, os sindicatos começaram a exigir aumentos de salários acima de 3%. Esta
situação levou o BCE a alertar para a necessidade de um ajustamento nas taxas de referência. Ao
mesmo tempo foi sensível à difícil situação da banca nos países da periferia, adiando por mais 3
meses a limitação do montante a ceder nos seus leilões.
As perspectivas quanto à evolução da taxa de referência do BCE alteraram-se significativamente nos
últimos meses. Em Janeiro debatia-se se, no final do ano, a taxa ficaria estável em 1% ou subiria para
1.25%, enquanto nesta altura se discute se a mesma ficará pelos 1.50% ou subirá para 1.75%. Alguns
membros do BCE quando confrontados com a hipótese de 1.75% afirmaram que tal não é um cenário
irrealista e após a subida de 8 de Abril, é o cenário mais provável. As Euribor começaram a antecipar
o movimento, fechando o trimestre acima dos 1.20% a 3 meses e dos 1.50% a 6 meses. A primeira
subida de taxas em Abril, a evolução nos próximos tempos do custo da energia e de outras matérias-
primas, e as negociações salariais na Alemanha, são alguns dos aspectos mais importantes a ter em
conta nos próximos 6 meses em matéria taxas de mercado monetário.
Nos EUA, a Fed adoptou um discurso que não sugere qualquer subida da taxa de referência este ano.
As pressões inflacionistas neste país são apenas as associadas às matérias-primas, uma vez que o
emprego, o imobiliário e mesmo o consumo interno se mantêm deprimidos. A maior preocupação em
estimular o crescimento face ao controlo da inflação, leva a que não se estranhe esta postura por
parte da Fed, e possivelmente resultará numa taxa de referência inalterada. (IMF)
ESTIMATIVA IMF PARA TAXAS DE JURO EM 2011
BCE Euribor 3m Fed BoE BoJ
Taxas Actuais
1.00% 1.20% 0.25% 0.50% 0.10%
2º Trim. 2011 1.25% 1.35% 0.25% 0.75% 0.10%
3º Trim. 2011 1.50% 1.65% 0.25% 0.75% 0.10%
4º Trim. 2011 1.75% 1.90% 0.50% 1.00% 0.10%
1º Trim. 2012 2.00% 2.15% 1.00% 1.25% 0.10%
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Mercado de Obrigações e de Taxa Fixa A clara alteração de postura do BCE face às taxas de curto prazo, levou a que toda a curva de
rendimentos se deslocasse em alta, em especial os prazos mais curtos. O trimestre termina com a
referência alemã a 2 anos nos 1.75% e a de 10 anos a 3.30%, acentuando a tendência de alta iniciada
no último trimestre de 2010. Algumas situações pontuais, como o terramoto do Japão ou os receios
associados à situação no Médio Oriente e Norte de África, originaram uma fuga de capitais para
títulos do tesouro alemão, provocando oscilações nesta tendência, mas foram sempre situações que
duraram poucos dias. Em Portugal e nos demais países europeus em dificuldades, os diferenciais face
à Alemanha continuaram a subir. Há a destacar o facto de a Espanha ter melhorado
significativamente as condições de financiamento no mercado obrigacionista, dando a entender que
estará já fora da necessidade de qualquer plano de ajuda. Nos EUA, a queda dos títulos foi menos
evidente. A vontade demonstrada pela Fed em manter as taxas de referência perto de 0% levou a que
a taxa a 2 anos se mantivesse abaixo dos 2%, com os 10 anos praticamente ao nível da Alemanha.
A forma como o BCE irá continuar a conduzir a sua política monetária, será o factor mais importante
na determinação da evolução das taxas de longo prazo. Os títulos de dívida pública alemães deverão
continuar a beneficiar de um estatuto de refúgio. Para a Grécia, Irlanda e Portugal, não antevemos
uma melhoria significativamente das condições de acesso ao mercado. A Irlanda continua a braços
com um grave problema no seu sistema financeiro, conseguindo neste final do mês mais um
mecanismo de ajuda promovido pelo BCE para que a situação não se deteriore ainda mais. Para
Portugal e Grécia, será determinante a forma como os governos irão lidar com o controlo do défice
público, no meio de ondas de contestação popular. O facto de a Espanha e a Itália estarem agora
numa melhor situação, deixa os responsáveis da UE numa posição mais cómoda para lidar com os
problemas dos 3 países em crise. Os fundos disponibilizados para ajuda serão mais que suficientes
para lidar com a situação, contrariamente ao que sucederia se espanhóis ou italianos necessitassem de
recorrer aos mecanismos de apoio.
Nos EUA, a situação é bem menos clara. Por um lado a postura da Fed incentiva a que os títulos entre
os 2 e os 4 anos se mantenham com rendimentos baixos. Por outro, e olhando para o programa de
financiamento do Estado norte-americano este ano, será de esperar a possibilidade de subida dos
rendimentos nos prazos mais longos. Até Junho o Tesouro dos EUA tem ao seu dispor o programa de
recompra de títulos até um total de $600 mil milhões por parte da Reserva Federal. A partir de então,
se não se entrar noutro programa do género, as emissões ficarão dependentes do interesse dos
investidores. Sabendo-se que os japoneses são tradicionalmente os maiores compradores externos
desta dívida, questiona-se a sua presença, dado a necessidade de fundos para reconstrução dos
estragos provocados pelo terramoto e maremoto. Caso tal se confirme, as taxas dos prazos mais longos
terão que subir para atrair interesse externo. (IMF)
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Commodities
MATÉRIAS - PRIMAS
� PETRÓLEO
O sismo no Japão, que resultou depois numa crise nuclear, afectou
significativamente o mercado de crude. A perda de procura devido ao
encerramento de refinarias e unidades petroquímicas, pressionou os preços.
Estima-se que tenham sido perdidos entre 1.4 – 1.7 milhões barris por dia
de capacidade de refinação no Japão.
A preocupação com a consequente diminuição da actividade económica é
outro factor de pressão nos preços no curto/médio prazo. Entretanto, o
escalar de tensões no Médio Oriente e a preocupação com possíveis
interrupções de produção e fornecimento de petróleo a partir de países
produtores da região, continuam a ser sustentadores. No entanto, no longo prazo, a procura por
petróleo deverá beneficiar com a perda de capacidade nuclear de geração de electricidade e a
crescente preocupação com a energia nuclear. Na ausência de uma recessão, o impacto desta perda
de capacidade poderá levar mesmo a um aumento adicional da procura por petróleo. Apesar do clima
de incerteza, não vemos uma queda significativa no preço do petróleo a não ser que se observe o
estabilizar da situação geopolítica.
� GÁS NATURAL
Apesar do frio intenso que se fez sentir em muitos países europeus
nos primeiros 2 meses de 2011, os stocks de gás nunca caíram a
níveis preocupantes, pelo que os preços não indexados ao petróleo se
mantiveram estáveis durante grande parte do trimestre. A subida do
Brent, resultante das tensões do Médio Oriente determinou desde já
valores de gás indexados ao semestre anterior, com ganhos de 15% a
20% para o segundo e terceiro trimestre deste ano.
O terramoto do Japão levou a que também os preços não indexados subissem significativamente em
Março. Por um lado há a ideia que a paralisação das centrais nucleares levará a um consumo
acrescido de gás liquefeito (GNL) para suprimir o défice de produção de energia. Para os próximos
meses será determinante a forma como o Japão irá lidar com a sua situação energética. Para já os
preços do gás naquela região pouco subiram, uma vez que existe oferta global mais que suficiente
para as necessidades adicionais que se estimam naquele país. No que respeita aos preços indexados
ao Brent, estão praticamente determinados até ao final do Verão, pelo que uma baixa só poderá vir a
registar-se no último trimestre. Para tal será decisivo que a situação no Médio Oriente se não deteriore
e que o consumo de petróleo global abrande para os níveis recorde em 2008.
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� ALGODÃO
Os preços do algodão tiveram um primeiro trimestre de 2011 atribulado.
Apesar da fibra ter iniciado o ano em alta, alcançando inclusivamente um
novo recorde de 2,27$/lb, alguns acontecimentos mundiais,
nomeadamente tensões políticas no Médio Oriente e Norte de África e um
sismo e crise nuclear no Japão, alteraram o panorama do mercado. Tem
sido assim visível uma grande volatilidade de preços, o que tem ocorrido
devido à possibilidade das circunstâncias mundiais comprometerem o
crescimento económico global. Apesar disso, desde Janeiro que o algodão
em NY valorizou mais de 40%. Esta evolução de preços deverá ter um efeito incentivador num
aumento da área destinada ao cultivo da fibra nos EUA, este ano. As estimativas de analistas privados
apontam a maior área dos últimos cinco anos.
No que diz respeito à relação entre oferta/procura desta matéria-prima, as últimas estimativas do
USDA, relativas a 2010/11, divulgadas no início deste mês, indicam uma produção global de 115MMf
e um consumo global de 116,6MMf. Apesar da instabilidade actual, os preços do algodão deverão
continuar a negociar em alta nos próximos meses, uma vez que é esperada uma continuação de um
consumo robusto.
METAIS
Ao contrário do que se tinha assistido em 2010, os diferentes metais tiveram comportamentos
díspares. A subida dos stocks em grande parte dos casos travou os intuitos de se levar preços para
valores recorde. A China tem comprado menos que o esperado, mas mantêm-se intactas as
expectativas da maioria dos analistas no aumento do consumo global de metais em 2011. O terramoto
do Japão trouxe sentimentos contraditórios. Num primeiro momento os preços caíram, reagindo à
paragem de parte da indústria do país. Numa segunda fase, assumiu-se que a reconstrução das infra-
estruturas afectadas poderá implicar um aumento no consumo de alguns metais, contribuindo para
uma recuperação do preço dos mesmos.
� COBRE
O cobre manteve no início a tendência altista que vinha do
ano anterior, atingindo novo máximo histórico nos $10200,
indiferente à subida dos stocks e a sinais de abrandamento
do consumo chinês. Para este ano o mercado cota com um
défice de produção de 400.000 toneladas, mas o facto é que
desde o fim de 2010 os stocks no LME já subiram 16.5%
para 440.000 toneladas.
O consumo na China tem andado abaixo do esperado, não
se sabendo até que ponto esta situação é ou não passageira. O terramoto do Japão levou a uma
liquidação de posições de investimento que precipitou um recuo até aos $9000, mas desde então os
preços recuperaram para perto dos $9500 com que fecharam 2010.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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A instabilidade no Médio Oriente, a subida de stocks e a ameaça de nova subida de taxas por parte da
China, que poderá condicionar a economia do país, são alguns dos factores que limitam a subida do
cobre. Se a situação se mantiver nestas três vertentes, aumentará a probabilidade de mais uma onda
de liquidação de posições de investimento, que poderão levar os preços para baixo dos $9000. Se
pelo contrário os stocks pararem de subir, ou houver sinais de um aumento global do consumo,
podemos assistir a nova tentativa de levar as cotações a novos máximos.
� ALUMÍNIO
O alumínio foi dos poucos metais do LME que não só subiu, como fechou
o trimestre perto dos máximos de 2 anos e meio nos $2650. Curiosamente
isto sucede numa altura em que os stocks do LME passaram novamente às
4.6 milhões de toneladas, estando muito perto do recorde acumulado em
Janeiro de 2010. A subida dos stocks verificada neste trimestre em 7.5%
reflectiu o aumento de produção e a atractividade para os produtores de
depositarem metal nestes armazéns. Segundo o International Aluminium
Institute, a produção global anualizada de alumínio atingiu em Fevereiro
um novo recorde de 42.41 milhões de toneladas.
Os fundamentais parecem-nos cada vez piores para este metal, com os preços em alta, o incentivo
para os produtores reduzirem a produção é mínimo. A subida dos custos de energia poderá de alguma
forma compensar, reduzindo a atractividade, mas também não será benéfica para o consumo de
produto final. Nesta conjuntura, é possível que se assista a um teste a $2700, mas se nada se alterar
em termos de stocks e produção, mais tarde ou mais cedo os preços terão que recuar para o intervalo
$2100-$2300.
� ZINCO
Os preços do zinco oscilaram entre os $2250-$2600 ao longo do trimestre,
fechando muito perto dos valores com que havia iniciado, ou seja no intervalo
$2400-$2450. Neste período os stocks subiram mais 7% até 735.000
toneladas, volume não acumulado desde 2004. O facto de os preços se
manterem elevados não incentiva a que produtores fechem ou reduzam as
suas operações.
Este é um dos casos em que os fundamentais apontam claramente para uma
descida de preço, sendo praticamente unânime que o mercado acredita num
novo excedente de produção em 2011. A China continua a aumentar a sua capacidade de exploração
mineira neste metal, não dando mostras de abrandamento. Seriam necessários valores próximos de
$2000 para que se começasse a assistir a alguma contenção na oferta. Em circunstâncias normais,
consideramos que não há condições para subidas sustentadas acima de $2600 e que mais tarde ou
mais cedo a acumulação de excedentes irá forçar a um recuo para perto de $2000.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� NÍQUEL
Depois de uma subida em Fevereiro a máximos de 34 meses de $29500, o níquel recuou para
$27000. Ao contrário do sucedido noutros metais, os stocks no LME caíram 8% para 124.000
toneladas, mas existe expectativa de um grande aumento de produção, tendo em conta o número de
projectos que estão prestes a entrar em actividade. Este é mais um caso em que apenas a convicção de
um crescimento económico elevado impede que os preços recuem significativamente. Os stocks,
apesar de mais baixos estão ainda bastante elevados, esperando-se para este ano um aumento da
produção de 10% face a 2010.
A indústria de aço inox continua a recorrer a “pig iron” como substituto, condicionando a capacidade
de aumento da procura de níquel. Os $30000 constituem uma barreira que em princípio só será
passada num contexto de forte subida de todos os metais. Atendendo aos actuais fundamentais,
parece-nos provável uma descida nos próximos meses para o intervalo $20000-$25000.
� AÇO
O mercado global de aço continua a enfrentar os mesmos problemas
que há meses têm condicionado uma potencial evolução ascendente de
preços, pois a procura pelo metal continua deficitária, o que elimina as
tentativas de aumentos de preços por parte dos principais produtores.
Acima de tudo, a forte produção chinesa não tem sido benéfica para o
mercado. Depois de no final do ano passado os produtores chineses
terem sido obrigados a conter a sua produção, devido a restrições
energéticas, o país voltou aos níveis de produção excessivos. É sob estes
fundamentais que os preços têm permanecido estáveis ou com ligeiras subidas.
Mais recentemente, o desastre que atingiu o Japão causou alguma volatilidade, porém menor do que
o esperado. O impacto que a situação do país poderá ter neste mercado é por enquanto incerto,
embora não se espere que seja significativo. Para o próximo trimestre, não são previsíveis melhorias
acentuadas nos preços do metal havendo uma forte probabilidade de os preços do primeiro trimestre
se manterem.
ALIMENTARES Em grande parte das matérias-primas agrícolas, os preços iniciaram o ano com ganhos significativos,
impulsionados por forte interesse investidor juntamente com fundamentais sustentadores, como os
inventários de variadíssimos produtos em níveis baixos, e riscos que condições de tempo adversas
venham a afectar negativamente a produção.
Contudo, os preços estabilizaram, tendo em alguns casos anulado parte dos ganhos iniciais,
pressionados por novos receios com o ritmo de crescimento da economia global. Tensões geopolíticas
no Médio Oriente, a crise de dívida na UE e a devastação causada pelo sismo no Japão e a
consequente crise nuclear, levaram os investidores a reduzir a exposição a activos de risco.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� SOJA
As matérias-primas agrícolas tiveram um excelente desempenho no segundo semestre de 2010,
sustentadas por fortes fundamentais e problemas relacionados com condições de tempo. Com o
aumento de procura e diminuição de inventários nos cereais, a
competição por área de plantação em 2011/12 deverá ser
enorme.
Nos EUA, a área de soja deverá estabilizar ou mesmo ser
inferior à da época passada em detrimento de outras culturas,
como o milho e o algodão, que aos actuais preços trazem maior
rendibilidade aos produtores. Apesar de se esperar produções
recorde na América do Sul, um crescimento sustentado da procura e a ameaça de condições de tempo
adversas, deverão manter os inventários globais em níveis reduzidos durante 2011/12 e sustentar os
preços da soja. Apesar de poder ser difícil ver novamente o preço em máximos de 2008 na ordem dos
$16.60/bushel, pensamos ser realístico um movimento com o objectivo de $15.50/bushel.
� ÓLEOS VEGETAIS
Os óleos vegetais continuam a encontrar suporte na ideia de maior procura
global, em parte devido aos elevados preços no complexo de energia que levam a
expectativas de uma subida significativa na produção global de biodiesel. Apesar
de grandes produções sul-americanas, recentemente têm-se verificado condições
de tempo adversas, o que juntamente com problemas nas culturas de colza em
vários pontos do globo e uma redução na produção de girassol, fornecem suporte
adicional ao mercado de óleos vegetais Relativamente ao óleo de soja, estima-se
um aumento de 34%/ano nas exportações globais do óleo nesta época para
máximos de três anos de 5.1 milhões de toneladas. O óleo de soja aumentou a sua quota de mercado
na primeira metade desta campanha, que iniciou em Setembro, beneficiando de menores produção e
exportações no óleo de palma. A incerteza com as áreas de plantação em 2011 e a actual
instabilidade politica continuam a influenciar o mercado.
� MILHO
O preço do milho iniciou o ano com uma tendência de subida a predominar, batendo inclusivamente
novos recordes. Todavia, no início de Março, várias questões mundiais despoletaram um processo de
correcção. Neste momento, o mercado começa a estabilizar e a restaurar a propensão de subida dos
preços. O principal factor responsável pela elevada valorização do cereal foi o forte consumo, e as
perspectivas de stocks reduzidos para os EUA em 2010/11, que segundo o USDA serão os mais baixos
dos últimos 15 anos.
Apesar da queda recente dos preços, os investidores no próximo trimestre deverão direccionar
novamente as suas atenções para fundamentais respeitantes à oferta e procura do cereal, podendo
levar a novas subidas dos preços. Os últimos dados do USDA, reportados no início de Março,
apontam para uma produção global de 813,78MMT e para um consumo de 835,18MMT.
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� TRIGO
Desde meados de Fevereiro que o preço do trigo tem estado sob
pressão de baixa, anulando os ganhos significativos conseguidos
nos dois meses anteriores. Os stocks globais de trigo diminuíram
significativamente em 2010, muito devido a condições
meteorológicas adversas em várias regiões de produção.
O foco de mercado vira-se agora para o ano comercial de
2011/12, havendo ainda um elevado grau de incerteza
relativamente à produção de trigo e à possibilidade de restabelecer os volumes de exportação,
nomeadamente na Rússia e Ucrânia, depois da enorme queda de 2010. Devido a condições de tempo
favoráveis, é esperada uma recuperação. No entanto, pode acontecer algum desapontamento,
sobretudo vindo dos EUA, onde algumas das projecções de área de plantação são bastante optimistas.
Ainda que os preços estejam abaixo dos $7,6/bu, o potencial de subida é elevado.
� AÇÚCAR
Um forte ciclone na região de produção de açúcar na
Austrália, levou os preços deste produto em NY a novos
máximos das últimas 3 décadas atingindo 36 cents/lb. A
International Sugar Association voltou a rever em baixa a
produção da campanha de 10/11, apontando para um
pequeno excedente de produção de 200.000 toneladas,
insuficiente para inverter a forte redução dos stocks observada nas duas campanhas anteriores.
Actualmente o rácio entre stocks e consumo global está no mínimo dos últimos 20 anos, tornando o
mercado muito susceptível a problemas na campanha 11/12. A antecipação de uma enorme colheita
brasileira, a autorização de exportações por parte da Índia e uma elevada produção na Tailândia,
levaram a uma redução no consumo nas últimas semanas, implicando um recuo das cotações em NY
para os 27 cents/lb.
Nos próximos meses será determinante a dimensão da produção brasileira e a forma como irá
decorrer a estação das monções na Índia. O Brasil já iniciou a sua colheita, estando a sofrer um
problema de execesso de chuva que poderá prejudicar o rendimento da cana. Se tudo correr dentro
do normal há expectativas que se atinja novo recorde, quer por uma subida do rendimento quer pelo
facto de uma maior percentagem de cana ser destinada ao açúcar em detrimento do etanol, face ao
ano anterior. Ainda assim haverá que contar com os estrangulamentos nos portos brasileiros que em
2010 dificultaram o escoamento do produto e levaram a uma subida acentuada dos preços no Verão.
Mesmo que tudo decorra dentro do normal no capítulo da oferta, a actual situação de stocks não
deverá dar espaço a quedas em NY abaixo dos 20 cents/lb. (IMF)
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Análise Técnica
CENÁRIO TÉCNICO CAMBIAL – ABRIL DE 2011
� EURO/DÓLAR (EUR/USD)
O Euro continua a beneficiar de um cenário técnico
positivo de médio/longo prazo, consolidando nas
últimas semanas pouco abaixo dos 1.4250 dólares. O
facto deste valor não ter sido ainda rejeitado
demonstra que o interesse comprador está presente, o
que suporta a continuidade do movimento de alta.
Objectivos técnicos encontram-se na zona dos 1.4550
dólares e a seguir os 1.4800 dólares. Enquanto o euro
estiver suportado acima dos 1.3980 dólares, o cenário é positivo.
� DÓLAR/IENE (USD/JPY)
As últimas semanas mostram níveis de volatilidade
extremos no Usd/Jpy, com novos mínimos abaixo dos
78 ienes por dólar a serem rejeitados. A quebra da
linha de tendência descendente de longo prazo que se
seguiu, abriu espaço para uma apreciação do dólar
para os próximos meses. Consideramos que o Usd/Jpy
deverá caminhar para a resistência dos 87/90 ienes por
dólar. Enquanto acima dos 80 ienes , o Usd/Jpy deverá
manter um cenário positivo.
� EURO/IENE (EUR/JPY)
Após a consolidação entre os 114.50 e os 105 ienes
por euro, o Eur/Jpy conseguiu finalmente quebrar esta
zona de congestão. Encontrando-se a testar a
importante resistência dos 120 ienes, consideramos
que o cenário de médio prazo do Eur-Jpy é construtivo,
sendo possível a progressão em alta até à zona de
resistência dos 127 ienes. Apenas a rejeição dos
actuais níveis e um fecho do gráfico semanal abaixo
dos 114 ienes invalida o actual cenário de alta no Eur/Jpy.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� EURO/LIBRA (EUR/GBP)
Após várias tentativas, o Eur/Gbp conseguiu finalmente
ultrapassar a barreira imposta pela linha de tendência
descendente de longo prazo, transaccionando já acima
das 0.88 libras por euro. A importância desta quebra
em alta poderá ter implicações mais significativas a
longo prazo, contudo para os próximos meses será
expectável a visita à importante resistência das 0.8980
libras por euro. A prazo, esperamos a progressão deste
movimento de alta, com objectivos potenciais na zona das 0.9180 libras por euro. No sentido
descendente o suporte é óbvio na casa das 0.86 libras por euro.
� EURO/REAL (EUR/BRL)
O Eur/Brl consolida entre os 2.40 e os 2.20 reais há
praticamente um ano, mostrando níveis de volatilidade
invulgarmente baixos.
Do ponto de vista de tendência nada se altera,
continuando a ser esperado que lenta, mas
ordeiramente, o euro perca terreno até ao suporte de
muito longo prazo na casa dos 2.00 reais por euro.
� DÓLAR/KWANZA (USD/AOA)
A tendência de alta do Usd/Aoa permanece intacta,
com novos máximos de 10 anos acima das 95 kwanzas
a serem registados no início de 2011. O cenário
técnico de longo prazo permanece desta forma
inalterado, com a barreira psicológica dos 100
kwanzas por euro a representarem ainda o nosso
objectivo. Apenas a perda das 75 kwanzas, algo que
nos parece improvável, poderá sinalizar a quebra da
tendência ascendente de muito longo prazo.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� EURO/RAND – ÁFRICA DO SUL (EUR/ZAR)
A zona de suporte psicológico dos 9 rands, conseguiu
absorver a pressão vendedora de euros e o euro
acabou por conseguir recuperar a zona de
consolidação dos 9.27/10 rands. A forma como este
movimento se concretizou traça no gráfico mensal um
possível padrão de “Head&Shoulders” invertido, que
caso seja activado pela quebra dos 10 rands, projecta
uma apreciação do euro até aos 11 rands por euro.
Contudo, é provável a consolidação do câmbio com os 9.50 rands a representarem a zona de
equilíbrio.
� EURO/FRANCO SUÍÇO – (EUR/CHF)
A tendência descendente no Eur/Chf continua a
mostrar níveis de “momentum” muito acentuados,
com qualquer tentativa de recuperação a ser
rapidamente rejeitada. Mantemos um cenário negativo
para o Eur/Chf, sendo provável novos mínimos abaixo
dos históricos 1.24 francos suíços por euro. Apenas a
recuperação acima dos 1.35 francos suíços neutraliza
o actual cenário negativo, mas não o suficiente para
estabelecer uma nova tendência de alta.
� EURO/COROA NORUEGUESA – (EUR/NOK)
O Eur/Nok estabeleceu um importante suporte na cada
das 7.70 coroas, valor que voltou a servir de suporte
no início deste ano. Como se pode verificar no gráfico
semanal, as linhas de tendência encontram-se de tal
forma próximas que será inevitável a quebra deste
padrão de congestão. Na nossa opinião o sentido
descendente continua a ser o sentido mais provável
para o médio/longo prazo, com as 7.40/7.45 coroas a
representarem o nosso objectivo.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� EURO/COROA SUECA – (EUR/SEK)
A linha de tendência descendente de longo prazo no
Eur/Sek continua a controlar as movimentações no
câmbio, mantendo uma tendência descendente
tecnicamente perfeita. Continuamos negativos no
Eur/Sek, esperando que o suporte de curto prazo dos
8.80 acabe por ceder ao longo dos próximos meses.
Apenas um fecho mensal acima dos 9.10 invalida a
actual tendência de queda, abrindo espaço a uma
rápida recuperação do euro até aos 9.60.
� EURO/ZLOTY – (EUR/PLN)
O Eur/Pln encontra-se num movimento de
consolidação com os 4.00 zlotys como ponto de
equilíbrio, tendo para já mantido os máximos e
mínimos de 2010 intactos.
O Eur/Pln continua num claro cenário técnico neutral,
sendo necessária a quebra em alta dos 4.22 ou a
quebra em baixa dos 3.80 zlotys para que este cenário
se altere. Em alta a quebra dos 4.22 zlotys inicia uma
tendência de alta com objectivos nos 4.60 zlotys. No sentido descendente, e embora seja um cenário
menos provável, a quebra dos 3.80 zlotyz abre espaço a uma queda acentuada do Eur/Pln até aos
mínimos de 2008 nos 3.20 zlotys.
� EURO/DÓLAR CANADIANO – (EUR/CAD)
O Eur/Cad continua a utilizar o importante suporte dos
1.26 dólares canadianos para estabelecer um fundo de
longo prazo. De momento será necessária a quebra em
alta dos 1.4480 dólares canadianos para que este
padrão de inversão se confirme, algo que a acontecer
estabelece os 1.52 dólares canadianos como objectivo
imediato. Enquanto abaixo dos 1.4480 dólares e acima
dos 1.2600, o cenário técnico de médio prazo é
neutral, sendo esperada a consolidação de preços em torno dos 1.3500 dólares canadianos.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
28
� CRUDE OIL ($)
O crude renovou máximos do ano acima dos 108$,
mostrando finalmente algum incremento nos níveis de
“momentum” de longo prazo. A quebra da resistência
psicológica dos 100$ é significativa, abrindo espaço
para a progressão do movimento de alta até junto do
limite superior do canal ascendente, de momento nos
118$. Enquanto acima dos 98$ por barril, o cenário
técnico do crude permanece positivo, sendo no
entanto provável um incremento ainda mais significativo dos níveis de volatilidade.
� OURO ($) – GRÁFICO MENSAL
Nada de novo no ouro do ponto de vista técnico, com
o metal precioso a renovar máximos históricos, já
acima dos 1450$. No gráfico mensal, que nos permite
analisar o movimento num prazo mais largo, verifica-
se que a tendência de alta é muito consistente.
Enquanto as cotações se mantiverem dentro desta
figura, nada muda em termos técnicos, mesmo que se
considere que a evolução dos preços está a acontecer
a um ritmo demasiadamente rápido e por isso insustentável no longo prazo.
� PSI 20
O Psi-20 é de momento um dos índices europeus com
o gráfico menos positivo. A zona dos 8000 pontos tem
vindo a travar todas as tentativas de retoma da
tendência de alta enquanto em baixa todos os
movimentos abaixo dos 7500 pontos foram rejeitados.
Tendo em conta este facto, fica claro que o Psi-20 se
encontra de momento “preso”, sendo necessária a
quebra de um dos limites acima referidos para que se
possa considerar um novo cenário técnico de médio prazo. Até que tal suceda, o cenário do Psi-20
permanece neutral para o médio/longo prazo.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� DAX 30
O índice alemão acelerou ainda mais a tendência de
alta de 2010, transaccionando já acima dos 7250
pontos. Tendo em conta as figuras técnicas efectuadas
ao longo do movimento de alta, consideramos haver
ainda espaço para mais movimentos de alta no DAX.
Contudo, considerando a relevância dos actuais níveis
– os níveis máximos de 2008 – é expectável alguma
“luta” e consolidação de preços. Objectivos potenciais
no Dax para o longo prazo encontram-se nos máximos de 2007, bem acima dos 8000 pontos.
� DOW JONES
Tendência de alta perfeita do ponto de vista técnico
no índice norte-americano Dow Jones, com a zona
dos 12 mil pontos a não conseguir travar o elevando
interesse comprador. Apenas a zona dos 13 000
pontos pode vir a gerar alguma resistência ao Dow
Jones, valores que remontam a 2008. Caso este valor
seja quebrado, não nos parece provável que o índice
venha a registar máximos recorde, acima dos 14 mil
pontos. Apenas a quebra dos 11 mil pontos invalida a tendência de alta do Dow Jones.
� GRÃO DE SOJA
A anterior zona de resistência dos 13$ mostra-se
agrora uma importante zona de suporte, gerando
sustentabilidade à forte tendência de alta de médio
prazo. Enquanto acima deste suporte, mantemos um
cenário positivo para ao grão de soja, sendo provável
a visita à barreira dos $14.9/$15 durante o segundo
trimestre de 2011. Acima deste valor, é possível a
renovação de máximos históricos acima dos $16,
contudo tendo em conta o padrão técnico de longo prazo, parece-nos menos provável uma
aceleração dos preços do grão de soja sem que antes se verifique um longo período de consolidação.
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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� FARINHA DE SOJA
A farinha de soja continua a transaccionar balizada por
importantes linhas de tendência de longo prazo, com a
zona dos 320$ a representarem um ponto de
equilíbrio. Enquanto entre os 380$ e os 250$,
mantemos um cenário neutral de longo prazo para a
farinha de soja. Numa visão de mais curto prazo,
esperamos um teste à linha de tendência descendente,
que se encontra de momento nos 365$.
� TRIGO
O trigo conseguiu quebra a linha de tendência
descendente de longo prazo no início do deste ano,
contudo ao contrário do que se verifica no restante
complexo de grãos, o momentum ascendente no Trigo
é menos significativo. A zona dos $7.40 representa um
importante suporte e enquanto acima deste valores
continuamos a considerar os $9.62/65 como o
objectivo para a primeira metade de 2011. Apenas a
quebra e fecho mensal abaixo dos $6.60 invalida este cenário positivo.
� MILHO
O Milho mostra um ângulo e velocidade de subida de
preços que é impressionante mesmo para uma
commoditie, com os preços a testar os anteriores
máximos de 2008. No Outlook anterior tínhamos
estabelecido novos máximos como objectivo, contudo
considerando o incremento de momentum no Milho,
consideramos que os preços podem vir a acelerar ainda
mais para valores acima dos $10 durante 2011. O Milho
perderá momentum ascendente na quebra dos $6.1, contudo este não é um movimento que nos
pareça provável para os próximos meses. (IMF)
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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Quadro Variações
1 Mês 3 Mes es 6 Mes es Minimo Máximo
PS I 20 7753.5 -2.77 0.64 2.89 6624.3 8344.3
XE TR A DAX 7041.3 -1.95 0.74 14.79 5670.0 7426.8
IB E X 35 10576.5 -0.63 6.96 1.86 8669.8 11523.5
CAC 40 3989.2 -1.12 2.26 9.30 3331.3 4157.1
ATHE NS GE NE RAL 1535.2 -2.21 8.14 3.12 1354.6 2095.0
DOW J ONE S 12319.7 2.10 5.56 14.59 9686.5 12391.3
S &P 500 1325.8 1.33 4.24 16.60 1022.6 1343.0
BOVE S PA INDE X 68586.7 1.94 -1.97 -2.55 58192.1 72995.7
NIK KE I 9755.1 -7.03 -6.18 3.99 8605.2 11339.3
AS X 200 4837.9 0.72 2.01 4.60 4222.1 5001.9
S HANGHAI S E COMPOS ITE 2928.1 0.49 2.65 6.91 2363.9 3166.2
1 Mês 3 Mes es 6 Mes es Minimo Máximo
E UR/US D 1.4207 2.88 6.44 3.66 1.1942 1.4244
E UR /CHF 1.3005 1.61 4.33 -2.42 1.2459 1.4408
E UR/J PY 117.61 3.78 8.20 3.08 106.19 127.42
E UR/GBP 0.8837 4.23 2.60 2.09 0.8104 0.8926
E UR /S E K 8.9329 2.29 -0.05 -3.32 8.7090 9.8310
E UR /NOK 7.8330 1.70 0.68 -2.45 7.7020 8.2080
E UR/CAD 1.3785 2.46 4.18 -1.52 1.2486 1.4300
E UR /B RL 2.3058 0.47 4.49 -0.09 2.1749 2.3971
E UR/AUD 1.3736 0.86 4.98 -2.95 1.2975 1.5135
E UR/CNY 9.3036 2.51 5.77 1.45 8.1558 9.4915
E UR /PL N 4.0106 0.66 1.33 1.58 3.8349 4.1950
US D/CNY 6.5564 -0.26 -0.98 -1.89 6.5564 6.8284
*Fixing do BCE
1 Mês 3 Mes es 6 Mes es Minimo Máximo
Pe tró leo 106.79 4.46 16.65 31.08 68.01 106.79
Gás natural 4.39 14.96 -5.61 17.76 3.29 5.19
Alg odão 200.23 -2.06 40.81 100.67 77.06 215.15
S oja 1410.25 1.66 2.92 33.80 930.50 1451.00
Óleo de S oja 58.78 0.88 2.96 36.38 35.84 59.74
Milho 693.25 -2.91 11.72 47.03 325.00 729.75
Trigo 763.25 -1.74 -5.25 17.92 428.00 886.00
Açúcar 27.11 -10.76 -12.55 17.92 13.67 35.31
Cobre 9428.00 -4.67 -1.59 16.91 6101.00 10160.00
Alumínio 2648.00 1.73 6.60 12.06 1867.50 2648.00
Zinco 2362.00 -4.76 -4.37 5.92 1628.00 2615.00
Níquel 26095.00 -8.76 3.74 8.10 17950.00 29300.00
Aço 38.12 1.17 -4.29 6.09 27.43 43.62
1 Mês 3 Mes es 6 Mes es Minimo Máximo
E uribor 3 mes es 1.239 0.144 0.238 0.286 0.635 1.210
E uribor 6 mes es 1.546 0.165 0.322 0.355 0.945 1.521
E uribor 1 ano 1.996 0.221 0.492 0.528 1.214 1.953
1 Mês 3 Mes es 6 Mes es Minimo Máximo
L ibor 3 mes es 0.303 -0.007 0.000 0.012 0.284 0.539
L ibor 6 mes es 0.460 -0.002 0.004 -0.004 0.442 0.761
L ibor 1 ano 0.783 -0.004 0.002 0.005 0.755 1.224
Taxas de J uro - Dólar31-Mar-11
Variação (Pontos percentuais ) 52 S emanas
Taxas de J uro - E uro31-Mar-11
Variação (Pontos percentuais ) 52 S emanas
Commodities31-Mar-11
Variação % 52 S emanas
Mercado Cambial*31-Mar-11
Variação % 52 S emanas
Índices31-Mar-11
Variação % 52 S emanas
Análise Trimestral p IMF p Abril de 2011
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Mercados IMF e Contactos
Equipa IMF Carlos Balula
Filipe Garcia
Gil Araújo
Hugo Lima
Ricardo Marques
Sónia Mota
Sónia Rodrigues
Contactos Tlf. Porto: +351 226 095 888
Fax Porto: + 351 226 095 933
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MERCADOS IMFMERCADOS IMFMERCADOS IMFMERCADOS IMF
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Taxas de Juro e Monetário FRA, IRS, Cap, Floor, Papel Comercial
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