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Curso “Agentes químicos críticos” 24 e 25 de agosto de 2013 POEIRAS, HAP e FLUIDOS DE USINAGEM Gilmar da Cunha Trivelato Pesquisador Titular da FUNDACENTRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

Trivelato 2013 - Curso Agentes Quimicos Criticos ABHO

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Curso “Agentes químicos críticos”24 e 25 de agosto de 2013

POEIRAS, HAP e FLUIDOS DE USINAGEM

Gilmar da Cunha Trivelato Pesquisador Titular da FUNDACENTRO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

POEIRAS

Fração inalável, fração torácica, fração respirável

Poeira total

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Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 3

Material de apoio ou complementar

• ACGIH – TLVs e BEIs (publicação da ABHO)• FUNDACENTRO NHO 08 – Coleta de material particulado

suspenso no ar• OMS. Prevenção e controle de riscos no ambiente de trabalho:

poeira suspensa no ar (trad.SENAC)• Manual de métodos analíticos [NIOSH, OSHA, INSHT, etc.]• Software IHSTAT [AIHA]

Poeiras

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Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais

Que são poeiras?

Poeira é um termo genérico usado para descrever partículas finas [sólidas] que estão suspensas na atmosfera.

Nome alternativo:

Material particulado suspenso no ar (MP ou PM).

Poeiras – caracterização geral

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Poeiras – tamanho das partículas

O tamanho da partícula pode variar desde partículas pequenas de alguns poucos nanometros (nm ou 10-9 m) até partículas grandes de 100 micrometros ou micra ( 100 x 10-6 m ou 100 µm).

Nos ambientes de trabalho geralmente as poeiras são constituídas de partículas maiores que 1 µm e formadas apenas por processos de fragmentação mecânica de material sólido.

Poeiras – caracterização geral

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Classificação de Poeiras em função do tamanho das partículas (ambiente geral)

Matéria ou material depositado

Particulado total suspenso (<50 µm)

PM10 – partículas de 10 µm ou menores

PM2,5 – partículas de 2,5 µm ou menores

Poeiras – caracterização geral

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Região nasofaringeal (extratorácica)

Região traqueo- bronquial

Região Alveolar

(pulmonar)

Entrada Nariz e Boca

Fração Inalável<100 μm

Penetração além da laringe

Fração Torácica<25 μm

Penetração além dos

bronquíolos

Fração Respirável<10 μm

Em 1999 a ACGIH recomendou o critério de amostragem por seleção de tamanho de partículas

Poeira em ambiente de trabalho: classificação por tamanho da partícula (ACGIH-ISO-CEN)

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Classificação de Poeiras em função do tamanho das partículas no ambiente de trabalho – depende da região do trato respiratório alcançado e sistema de coleta

Particulado inalável [poeira inalável]

Particulado torácico [poeira torácica]

Particulado respirável [poeira respirável]

Particulado total [poeira total]

Poeira em ambiente de trabalho

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Fontes de poeiras em ambientes de trabalho

Ação mecânica sobre materiais sólidos [corte, esmagamento, trituração, polimento, etc.]

Movimentação de material na forma de pós ou particulado [ex. Transferências].

Ação do vento sobre material particulado depositado em superfícies ou roupas de trabalho.

Movimentação de veículos ou pessoas sobre pisos com material particulado depositado

Combustão (ex. diesel ou biomassa).

Poeira em ambiente de trabalho

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Fatores que podem afetar a geração e a dispersão de poeiras nos ambientes de trabalho

Intensidade da ação abrasiva Pulverulência do material em pó manuseado (tamanho das

partículas e umidade) Ação do vento e ventilação geral Intensidade da movimentação de veículos e pessoas Medidas de controle existentes (ex. Enclausuramento de

processos, métodos úmidos, ventilação local exaustora, etc.)

Poeira em ambiente de trabalho

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Principais fontes de poeiras na mineração

• remoção da vegetação e do solo• remoção de material estéril• operações de detonação e perfuração• operação de britagem e peneiramento• carregamento e descarregamento de material na ãrea de

mineração e transporte para fora• transporte de veículos nas estradas de acesso e vias de

circulação• ação do vento afetando pilhas de armazenamento e áreas

expostas no local de mineração• combustão (emissões de diesel)

Poeira em ambiente de trabalho

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Efeitos adversos à saúde

Ação sobre o sistema respiratório – depende do local de deposição• efeitos irritativos (químico ou ação mecânica) e bronquites• sensibilização respiratória • pneumoconioses

• fibrogênicas (ex. silicose, asbestose)• não fibrogênicas (ex. siderose)

• cancer• trato respiratório superior• do pulmão

Absorção pulmonar e toxicidade sistêmica (ex. metais)

Poeiras efeitos adversos à saúde

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Componentes relevantes das poeiras, do ponto de vista de efeitos adversos à saúde

• Silica cristalina

• Amianto

• Metais tóxicos (As, Pb, Mn, Cd, Be,etc.)

• Hidrocarbonetos aromáticos polinucleares (HAP)

• Poeiras com limites de exposição específicos.

Poeira em ambiente de trabalho

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Termos utilizados• AIHA: Occupational exposure limits (OEL) – Limites de exposição

ocupacional (LEO)• ACGIH: Threshold Limit Values (TLV) – valores limites • Quebec: Valores de referência para a exposição ocupacional• US OSHA: Permissible exposure levels (PEL) Limites de exposição

permitida • Alemanha: Concentração máxima permitida (MAK)• Austrália: Padrões de exposição a contaminantes atmosféricos

no local de trabalho• Brasil: Limite de Tolerância (LT) – proposta da nova NR 15 –

Valores de referência para exposição ocupacional (VREO)

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Termo genérico que representa a concentração ou intensidade que é permitida, baseada em dados sobre os efeitos à saúde, e o período no qual se calcula a média das concentrações no local de trabalho. É utilizado para julgar se as concentrações medidas são menores que o limite permitido.

Concentração• na zona respiratória do trabalhador (diâmetro de 30 cm em

torno do nariz) • T = 25 oC e P = 1 atm ou 101,3 kPa.

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Concentração do contaminante no ar da zona respiratória do trabalhador exposto (25 oC e 1 atm)

• Instantânea (concentraçao máxima ou teto)• de curta duração (15 min)• média ponderada pelo tempo na jornada diária(MTP) – 8 horas /

dia e 40 h/semana • média de longa duração (LD) (ex. anual) – pouco comum

Unidades• ppm(v): gases e vapores• mg/m3: particulados / gases e vapores

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Relações entre duração da exposição, tipos de efeitos à saúde e LEOs

Duração / Efeito Tempo de medição

LEO Exemplo

Seg ou min /Efeitos agudos ou imediatos

Instantâneo / contínuo

TetoCurta duração

H2S

HCl

Min ou horas /Efeitos crônicos ou sub-crônicos

Curta duração ou toda jornada

Curta duraçãoMPT / 8 h

Solventes

Dias ou semanas / Efeitos crônicos ou sub-crônicos

MPT diária, semanal, mensal

MPT / 8 hLEO-LD

Chumbo

AnosEfeitos crônicos de longa duração

Exposição média anual

LEO – LD Cloreto de vinila

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Partículas (insolúveis ou de baixa solubilidade) não especificadas de outra maneira (PNOS)

• Baixa toxicidade, causa efeitos adversos não específicos

• Manter a exposição (CMPT) abaixo de– partículas respiráveis - 3 mg/m3

– partículas inaláveis – 10 mg/m3

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Material particulado disperso no ar

• TLVs são expressos em termos de particulado total

• Exceto quando sua ação tóxica está relacionada com o local em que se deposita no sistema respiratório

• Particulado inalável (I = fração Inalável)• Particulado torácico (T = fração toráxica)• Particulado respirável (R = fração respirável)

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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20

• Exercício – identifique no livreto da ACGIH os TLV de pelos menos dez tipos de poeiras

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Legislação brasileira

NR 15 – Anexo 11 – Chumbo (0,1 mg/m3)NR 15–– Anexo 12 – LT para poeiras minerais• Amianto• Manganês e seus compostos• Sílica livre cristalizada (poeira respirável e total

com teor de sílica > 1%)

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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NR 15–– Anexo 12 – LT Sílica Livre cristalizada• Poeira respirável:

LT = (8 / % de quartzo + 2) mg/m3 (poeira somente SiO2 LT ~ 0,078 mg SiO2/m3 )

• Poeira TotalLT = (24 / % de quartzo + 3) mg/m3

(poeira somente SiO2 LT ~ 0,23 mg SiO2/m3)

(poeira 1% SiO2 )LT ~ 8 mg/m3 )

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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NR 09 – Não existindo valores limites na NR 15, adotar os valores propostos pela ACGIH.

Ajustar ou não os valores para a jornada?

Opções: modelo IRSST (Quebec) e Brief-Scala

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

Ajustes dos valores dos limites em função de jornada diferenciada

Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000)

Paustenbach DJ: Pharmokinectics and Unusual Work Schedules. In: Patty’s Industrial Hygiene, 5th ed., V. 3, Part.VI, Law, Regulation and Management, Chap. 40, p.1787-1901, RL Harris, Ed. John Willey & Sons, New York (2000)

• Jornadas > 8 h dia• Jornadas > 40 h semana

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000)

LEO reduzido = FR x LEO

Jornadas diárias:Onde h = horas efetivamente trabalhadas por dia

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000)

LEO reduzido = FR x LEO

Jornada semana:Onde h = horas efetivamente trabalhadas na semana

Poeiras: Limites de exposição ocupacional

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Modelo do Quebec – IRSST : utiliza o modelo Harber (Broder et al, 2001)

Brodeur,J; Vyskocil A; Tardif R; et al. Adjustment of permissible exposure values to unusual work schedules. Am Ind Hyg Assoc J 62:584-594 (2001)

Ferramenta eletrônica http://www.irsst.qc.ca/en/-tool-utility-for-the-adjustment-of-twa.html

Poeiras: Limites de exposição ocupacional para exposições mistas

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• Fórmula da aditividade: tem-se que considerar a natureza do efeito toxicológico (mesmo tipo de efeito)

• Sugestão: aplicar a ferramenta do IRSST - Mixie

http://www.irsst.qc.ca/en/-tools-utilitaires-labo.html

Poeiras: Limites de exposição ocupacional para exposições mistas

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Objetivos

• Verificar a conformidade legal• Planejar medida de controle• Avaliar o desempenho de uma medida de controle• Estimar o risco à saúde e priorizar medidas de

controle

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Risco

QualitativoPerigo intríseco (nocividade) + Exposição

QuantitativoCombinação da probabilidade e severidade da possível

consequênciaR = f (P, C)

Quanto maior a relação Exposição/LEO maior é a probabilidade de ocorrer efeitos adversos.

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Variabilidade diária da exposição – desafio para estimar a exposição

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Variabilidade diária da exposição

CCD

CMPT

Concentração (ppm ou mg/m3)

Tempo (h)

Pico de exposição

Média de curta duração

Média ponderada pelo tempo (8 h - diária)

Valor de referência

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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C C

O perfil mensal de exposição do trabalhador não é assim É mais provável que seja assim...

Tempo (dias) Tempo (dias)

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Programas de Higiene Ocupacional

Sugestão:

Adotar como referência básica o manual da AIHA [American Industrial Hygiene Association].

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Diagrama da AIHA para a estratégia de avaliação e controle das exposições

ocupacionais

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Início

CaracterizaçãoBásica

Avaliação daExposição

Incerta

Controle

Reavaliação

Coleta de Mais Informações

ExposiçãoInaceitável

ExposiçãoAceitável

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Estabelecer Grupos de

Exposição Similar (GES)

Definição do Perfil de Exposição Selecionar/Definir LEOs

Comparação:

Perfil de exposiçãoe sua

Incerteza

LEO e suaIncerteza

Aceitável Incerta Inaceitável

AvaliaçãodaExposição

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Critério para julgamento das exposições (AIHA):

E(Perfil de exposição) / LEO (Limite de Exposição Ocupacional.

Perfil Exp.(E) Avaliação da exposição (risco)

< 0,1 LEO Irrelevante

0,1-0,5 LEO Baixa(o)

0,5-1,0 LEO Moderada(o)

> LEO Excessiva(Alto ou crítico)

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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B

B

B

B

M

M

M A

M M

A

A

A

C

C

C

M

C

B

A

C 5

5

4

4

3

3

2

211

A

M

A

P

cRisco aceitável: B= BAIXO M= MODERADO

Risco Inaceitável A= ALTO C= CRÍTICO

PROBABILI-DADE

SEVERIDADE

B

Exemplo de matriz de risco em função da probabilidade e severidade da consequência ou dano

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Avaliar a exposição a exposição• Caracterização básica• Identificar a exposição (agente, via de exposição)

e estabelecer grupos de exposição similar (GES)• Definir um critério de avaliação (ex. LEO – limite

de exposição ocupacional)• Definir o perfil de exposição (E) • Comparar o perfil de exposição com o critério

definido (ex. E / LEO)

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Caracterização Básica

Informações do Local de Trabalho

Processo Equipamento Controles Materiais

Informações da Força Trabalho

Cargos Funções Atribuições

Informações do Agente Agentes Agressivos à Saúde

(químicos, físicos, biológicos) Efeitos à Saúde Limites de Exposição

Ocupacional Monitoramento de

Resultados Informações de

Monitoramento Resultados de Amostra

Mesma operação Operação parecida

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Identificação ou reconhecimento das exposições e riscos

• Agente: identidade química, forma física (no caso, poeira), danos potenciais à saúde (agudos ou crônicos) e limites de exposição ocupacional

• Fontes e outros fatores determinantes da exposição

• Medidas de controle existentes

• População exposta / Perfil de Exposição qualitativo

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Qual é o agente (poeira)?

• Qual é a composição do material/mineral que dá origem à poeira?

• Há estudos toxicológicos e LEO específico para o material como um todo?

• Quais são os componentes de relevância toxicológica?Se não houver LEO específico e componentes com efeitos

toxicológicos específicos e a poeira for insolúvel ou pouco solúvel: Particulado não especificado de outra forma (PNOS)

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Qual é o agente (poeira)?

Critério de exclusão de contaminantes em baixas concentrações

Se a concentração (% m/m) na poeira total for inferior a 0,1 x (LEO/10 mg/m3 x 100%) ou menor que a concentração de corte do GHS.

Ex. Pb – LEO = 0,05 mg/m3 , desconsiderar sua presença se a concentração for < 0,05 %

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

Definição de GES – Grupo de Exposição similar

Grupo de trabalhadores que experimentam situações de exposição semelhantes, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse grupo seja representativo da exposição dos demais trabalhadores.

Nota 1. Um GES não deve ser confundido com função ou cargo similar.

Nota 2. Um GES pode ser constituído por trabalhadores de um mesmo processo, área, setor, função ou que executam uma determinada atividade.

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Definição de Grupos de Exposição Similar (GES) – por agente ambiental / tipo de efeito ou LEO – Classificar por:

a) Processo/área e agente ambientalb) Processo/área, grupo funcional e agente ambientalc) Processo/área, grupo funcional, atividade e agente

ambientald) Processo/área, atividade e agente ambientale) Grupo funcional e agente ambientalf) Grupo funcional, atividade e agente ambientalg) Atividade e agente ambientalh) Equipe de trabalho e agente ambientali) Atividades ou função não repetitiva e agente ambiental.“azul” – aplicável a exposição a poeira com TLV-TW

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Perfil de exposição

Magnitude e variabilidade de exposições para um GES (Grupo de exposição similar) ou trabalhador.

Inclui a compreensão da medida da tendência central das exposições (tais como a média da exposição) e a compreensão da amplitude ou variabilidade das exposições, tais como a faixa das exposições (valor mínimo-valor máximo) ou a frequência com que as exposições excedem o LEO.

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Determinação do perfil de exposição

• Qualitativa• Semi-quantitativa• Quantitativa

– intencional– aleatória, com tratamento estatístico

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Médias geométricas - Para uma média artimética = 10

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Perfil de Exposição

95%il

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

0.012

0.014

0 50 100 150 200 250 300Concentração

LS

LE

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Exemplos de perfil de exposiçãoDados para particulado contendo Pb inorgânico

Exposição não detectada: < 0,002 mg/m3

Semi-quantitativo:Faixa de exposição: 0,05 – 0,022 mg/m3

QuantitativoExposição máxima (com base no pior cenário): < 0,5 mg/m3

Percentil 95% - 0,091 mg/m3

Média (aritmética) = 0,072 mg/m3 e LSC = 0,088 mg/m3

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Exemplos de perfil de exposiçãoDados para particulado contendo Pb inorgânico

Exposição não detectada: < 0,002 mg/m3

Qualitativo: Exposição diária a altas/moderadas/baixas concentrações, durante toda a jornada

Semi-quantitativo:Faixa de exposição: 0,05 – 0,022 mg/m3 (por extrapolação)

QuantitativoExposição máxima (com base no pior cenário): < 0,5 mg/m3

Percentil 95% - 0,091 mg/m3

Média (aritmética) = 0,072 mg/m3 e LSC = 0,088 mg/m3

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Estimativa do perfil de exposição (E):• Qualitativo e semi-quantitativo (por faixas)• Quantitativo (exploratório, estatístico)

Tratamento do risco

Avaliação inicial

Avaliação aprofundada“tiers”

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Estratégias para determinação do perfil de exposição- (Tiers approach ou abordagem gradual)

• Adoção direta de medidas de controle• Determinação do perfil de exposição

– Qualitativa / Semi-quantitativa (1º. Nível)– Quantitativa Exploratória (2º. Nível)– Quantitativa / estatística simplificada (3º. Nível)– Quantitativa / abordagem estatística (4º. Nivel)

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Abordagens para definir o perfil de exposição Abordagem exploratória – : • poucas amostras por GES ou área• amostragem com viés ou sistemática, isto é, a escolha dos

trabalhadores ou pontos avaliados não é aleatória: escolhe-se a situação de maior exposição (GES potencialmente mais exposto, ou atividade de maior exposição) ou onde a concentração ambiental é maior

Obs. Recomendável apenas quando a exposição (E) esperada é baixa (E menor que 0,1 LEO) ou muito alta (provavelmente E acima do LEO) ou quando a variabilidade esperada da exposição é baixa, ou ainda para fins de adoção de medidas de controle.

Estratégia de avaliação da exposição

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Abordagens para definir o perfil de exposição Abordagem estatística• Trabalhadores escolhidos aleatoriamente (para um

mesmo GES).• Duração da coleta ou medição representativa da

jornada.• Número de amostras:

• simplificada (3 amostras)• Completa: maior ou igual a seis (6) para cada GES

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Efeito do tamanho da amostra sobre a estimativa da média e desvio padrão

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Tratamento e dos dados para cada GES

• Amostras únicas para trabalhadores de maiores riscos: interpretar os dados considerando as informações qualitativas.

• Amostragem aleatória simplificada (três amostras) – calcular a média geométrica

• Amostragem aleatória com seis amostras ou mais – Usar a planilha IHSTAT

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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DPG NA – nível de ação ? 1,3 0,5 x LEO 1,5 0,25 x LEO 2,0 0,1 x LEO ? 3 Processo descontrolado ou grupo pobremente

definido. Adotar medidas de controle

Nível de ação

DPG = desvio padrão geométrioFonte: NIOSH / AIHA

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Abordagem exploratória (baseado na norma européia)

• Estimar a faixa de exposição (valor mínimo-valor máximo)

• Interpretar os resultados combinando-se com informações quantitativas e qualitativas.

• Para exposições estimadas entre 0,1 e 1,0 LEO recomenda-se abordagem estatística para definir os perfis de exposição se essas exposições não puderem ser facilmente reduzidas ou eliminadas.

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Análise e interpretação dos resultados (baseado na norma européia)

Abordagem estatística simplificada• Calcular a média geométrica (MG)• Comparar a média geométrica com o LEO (exposição

aceitável se a MG < 0,5 LEO, se 0,5 LEO < MG < 1,0 LE) – deve-se fazer abordagem completa.

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Análise e interpretação dos resultados

Abordagem estatística completa

• Fazer tratamento estatístico dos dados (estatística paramétrica n <50)

• Na maioria dos casos, principalmente para verificar conformidade com LEO, deve-se comparar o percentil 95% com o LEO. (Usar a média apenas para agentes que tenham limites de exposição para longa duração – efeito crônico)

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Abordagem estatística

Utilizar o modelo IHSTAT proposto pela AIHA (digitar no Google IHSTAT)

Ex. http://ohshub.com/ihstat-statistical-analysis-of-health-safety-data/

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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NH 08 - Recomenda-se que, no relatório técnico, sejam abordados, no mínimo, os aspectos a seguir : - introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datasou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas;− materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo debombas e dispositivos de coleta);− procedimentos utilizados (estratégia de coleta, métodos de coleta emétodos analíticos);− descrição das situações de exposição avaliadas;− resultados obtidos;− conclusões e recomendações;− referências bibliográficas.

Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição

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Métodos analíticos [determinação da concentração de material particulado[

• Método tradicional: • Coleta ativa de amostras de ar em filtros de

membrana, utilizando-se bombas de amostragem• Análise laboratorial para determinação

• Equipamento de leitura direta

• Análise de amostras sedimentadas (wipe samples)

Poeiras: Métodos analíticos

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Objetivo dos métodos analíticos

Determinar a concentração do agente [X] no AR: VX/Var ou mX/Var, onde X é o agente químico ou contaminante disperso no ar.

• Gás e vapor- ppm(v) ou mg/m3

• Particulados - só mg/m3

• Poeira [dust] –• Fumo [fume]• Névoa [mist]

• Mistos - mg/m3

Poeiras: Métodos analíticos

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Consultar:

• NIOSH• OSHA (Salt Lake City)• GESTIS (base de dados alemã relaciona todos os métodos disponíveis.• INSHT• IRSST• Informativo da ENVIRON (Brasil)

Poeiras: Métodos analíticos

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Amostragem:• Dispositivo de coleta • Fluxo de amostragem• Volume mínimo e máximo @ LEO• Estabilidade da amostra

Determinação da massa • Técnica analítica• Analito (espécie quimica)• Faixa de trabalho• Desempenho: limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ) e precisão

Poeiras: Métodos analíticos

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Tipos de filtro para particulados sólidos

• Membrana de éster de celulose (25 e 37 mm de diâmetro, porosidade 0,8 µm)

• Asbestos, fibras (quadriculado) – 25 mm• Metais – 37 mm• Névoa de óleo mineral – 37 mm

• Membrana de PVC• particulado total (análise gravimétrica – indicação da massa,

sem determinação qualitativa), 25 ou 37 mm• sílica cristalina (análise por difração de Raio X ou

espectrofometria) – 37 mm, 5 µm) • Membrana de Teflon (PTFE)

Poeiras: Métodos analíticos

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Dispositivo de coleta com filtro

• cassete tradicional (3 peças) – • particulado total (sem separador de partículas)• particulado respirável (com separador de partículas)

• Amostrador tipo IOM (particulado inalável, torácico e respirável)

• Porta filtro para fibras de amianto

Poeiras: Métodos analíticos

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Sistema de coleta

• Porta-filtro com o filtro adequado

• Separador de partículas (ciclones)

• Bomba de amostragem

• Mangueiras

• Cinto e presilhas/garras para fixar o sistema no trabalhador ou materiais para montagem de sistema de coleta de amostras de área.

Poeiras: Métodos analíticos

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Coleta de amostras de arTexto Dispositivo de coleta para

particulado total (cassete).

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Coleta de amostras de arDispositivo de coleta para particulado respirável – ciclone de nylon.

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Coleta de amostras de arTexto Dispositivo de coleta para

particulado respirável – ciclone de alumínio.

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Coletas de amostra de arTexto

Dispositivo de coleta para particulado respirável.

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Texto

Dispositivo de coleta para particulado torácico e respirável.

Coletas de amostra de ar

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Coleta de amostras de ar

Dispositivo de coleta tipo IOM para particulado inalável

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Coleta de amostras de ar

Dispositivo de coleta tipo BOTTON para particulado inalável

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Coleta de amostras de ar

Bombas de amostragem de baixo fluxo

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Coleta de amostras de ar

Sistemas de calibração das bombas de amostragem – método com bureta

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Coleta de amostras de ar

Sistemas de calibração das bombas de amostragem – método com calibrador eletrônico

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Coleta de amostra de arPosicionamento do sistema de coleta: coleta de amostra individual (pessoal)

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Coleta de amostras de arMontagem do sistema de coleta para de amostra de área (estática)

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Acondicionamento de amostras para transporteTexto

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Acondicionamento de amostras para transporteTexto

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Importante: Tempo de coleta mínimo de cada amostra para se detectar exposições relevantes Parâmetros de cálculo• LD e LQ indicado pelo laboratório• LEO selecionado• concentração que se quer detectar ( >10% do LEO) Vol. Mínimo (m3) = LD / 0,1 LEO (adequar unidades)

Tempo de coleta (mínimo) = Vmin / Q (fluxo)

Poeiras: Métodos analíticos

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Tempo de coleta mínimo de cada amostra para se detectar exposições relevantes Exemplo de cálculo para poeira contendo Chumbo• LD indicado pelo laboratório = 2 µg/amostra• LEO (Pb) = 0,05 mg/m3 (TLV-TWA da ACGIH)• concentração a ser detectada (10% do LEO = 0,005 mg/m3) Vol. Mínimo (m3) = 2 µg / 0,005 mg/m3 = 0,4 m3 = 400 litros

Tempo de coleta (mínimo) = Vmin / Q (fluxo) = 200 min se o fluxo utilizado for 2 litros/min

Poeiras: Métodos analíticos

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Exercício Calcule o tempo mínimo para duração da coleta de amostra de ar para particulado inalável (PNOS) para se detectar exposições acima de 10% do LEO. O laboratório informou que o limite de detecção de seu método é de 0,05 µg/amostra. Suponha um fluxo de amostragem igual a 2 L/min.

Poeiras: Métodos analíticos

90

Condições necessárias para planejar a coleta das amostras •Agente identificado (tipo de poeira) e respectivo LEO• Objetivo e estratégia de avaliação definidos• Métodos analíticos selecionados, incluindo desempenho do laboratório• Estimativas da concentração provável (ou medições exploratórias)• Tempo de duração de cada amostra (volume de ar adequado para obter a quantidade de material particulado dentro da faixa de trabalho do método analítico, considerando o limite de exposição ocupacional)

Poeiras: Métodos analíticos

91

Tipos de amostras em função da duração da coleta

92

Procedimento de coletaCalibração da bomba de amostragem antes da coleta, com dispositivo de coleta em linha (não o que será utilizado)Montagem do sistema de coleta (bomba + dispositivo de coleta)Colocação da bomba no trabalhador selecionado ou montar

sistema de amostragem de áreaLigar e desligar a bomba, anotando o horário.Acompanhar a coleta, fazendo anotações relevantes do ambiente

de trabalho e atividades do trabalhador Retirar o sistema do trabalhador e calibrar novamente a bomba de

amostragemRegistrar todos os dados na folha de campo, acondicionar amostras

e enviar para laboratório.

Poeiras: Métodos analíticos

93

Cálculo do volume de ar amostrado

O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte expressão:

V = Qm x t / 1000

sendo:V = volume de ar amostrado em m3Qm = vazão média em L/mint = tempo total de coleta em minutos

Poeiras: Métodos analíticos

94

Cálculo da concentração do agente na amostra de ar

A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra de acordo com a seguinte expressão:

C = m / V

sendo:C = concentração da amostra em mg/m3

m = massa da amostra em mgV = volume de ar amostrado em m3

Poeiras: Métodos analíticos

95

HAP

Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos [ou Polinucleados]

96

95

HAP

Benzo[a]pireno(usado como indicador de

HAPs)

Estruturas moleculares dos principais HAPs

97

HAP – Propriedades físico-químicasBenzo[a]antraceno Benzo[a]pireno

No. CAS 56-55-3 50-32-8

Fórmula molecular C18H12 C20H12

Massa molecular 228,30 252,31

Ponto de fusão (oC) 158 179

Ponto de ebulição (oC) 438 435

Solubilidade (mg/L) 0,0094 0,0002 a 0,0062

Log Kow 5,76 6,04

Pressão de vapor(mmHg) 2,1 x 10-7 desprezível

Constante da Lei de Henry (atm-m³/mole) (25°C)

1,2 x 10-5 nd

Ponto de fulgor (oC) 209,1 nd

Fonte: International Chemical Safety Card – INCHEM e Wikipedia

Benzo[b]fluoranteno

205-99-2

C20H12

252,31

168

228,6

desprezível

nd

nd

98

Propriedades físico-químicas indicam• Sólidos nas condições ambientes e

apresentam baixa pressão de vapor• Pouco solúvel em água, mas altamente

lipofílico• Tendem a acumular em tecidos lipídicos de

plantas e animais

HAP – Propriedades físico-químicas

99

HAP – exposição humana

Exposição (ocupacional e não ocupacional)

• Inalação de aerossóis [particulados]

• Contato com a pele e absorção cutânea

• Ingestão [de alimentos contendo HAPs]

100

HAP – Efeitos adversos à saúde humana

Os HAPs podem• ser cancerígenos para humanos (pele,

pulmão)• causar efeitos mutagênicos• causar efeitos adversos para a reprodução

humana• causar dermatites por sensibilização

101

HAP – Efeitos adversos à saúde humana

Consultar informações sobre compostos

• ICSC - Fichas Internacionais de Segurança Química [sites do INCHEM ou NIOSH]

• Base de dados GESTIS• Base de dados da ECHA• Echemportal

102

GHS - Perigos à saúde humanaCLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda 1 2 3 4 5

Corrosão / Irritação à pele 1 2 3

Lesões oculares graves / Irritação ocular

1 2A 2B

Sensibilização respiratória 1AB

Sensibilização à pele 1AB

Mutagenicidade em células germinativas

1AB 2

Carcinogenicidade 1AB 2

Toxicidade à reprodução 1AB 2 Lactação103

CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição única

1 2 3

Toxicidade para órgãos-alvo específicos – Exposição repetida

1 2 2B

Perigo por aspiração 1 2

GHS - Perigos à saúde humana

104

Limites de concentração de contaminantes para classes de perigo à saúde [cut off values]Classe de perigo Concentração

Toxicidade aguda ≥ 1 %

Corrosão / irritação da pele ≥ 1 %

Lesões oculares grave s/ irritação ocular ≥ 1 %

Sensibilizante respiratório ≥ 0,1 %

Sensibilizante da pele ≥ 0,1 %

Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 1

≥ 0,1 %

Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 2

≥ 1 %

Carcinogenicidade ≥ 0,1 %

Toxicidade à reprodução ≥ 0,1 %

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição única

≥ 1 %

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição repetida

≥ 1 % 105

Fonte: GESTIS

106

Classificação de produtos derivados do Petróleo segundo o GHS

Fonte: www.ipieca.org

107

108

HAP – fontes de exposição

Fontes de exposição a HAPs (antropogênicas, nos ambientes de trabalho)

• Uso de produtos derivados de petróleo e do carvão

• Combustão incompleta de combustíveis fósseis e biomassa

• Formação de HAPs durante processos industriais109

HAP – fontes de exposição

Principais fontes ocupacionais • Fornos de coque• Produção de eletrodos de grafite• Produção de alumínio (metal primário)• Pavimentação de rodovias com asfalto (piche)• Impermealização de telhados • Fabricação e manuseio de creosoto• Tratamento e manuseio de dormentes de ferrovias

tratados com creosoto109-B

109

HAP

Critérios para avaliação da exposição

Norma Regulamentadora 15 (NR 15)– Os HPAs não constam do anexo 11– Enquadramento legal: são consideradas insalubres as

atividades mencionadas no anexo 13.• Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono: Insalubridade

grau máximo: Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.

• Operações diversas: Insalubridade grau máximo – operações com benzopireno.

110

HAP

Critérios para avaliação da exposição

ACGIH– Consta do livre TLVs e BEIs apenas os compostos:

benzo[a]antraceno, benzo[b]fluoranteno e benzo[a] pireno– Não há indicação de TLVs, mas recomenda que as

exposições por todas as vias devem ser contraladas a níveis o mais baixo possíveis.

– Notações: • A2 (suspeito de cancerígeno para humanos) • BEI (hidropireno na urina, amostra coletada no final da jornada)

111

HAP

Critérios para avaliação da exposiçãoEstados Unidos

Agente OSHA NIOSHAntraceno 0.2 mg/m3 -Benzo[a]pireno 0.2 mg/m3 -Criseno 0.2 mg/m3 Cancerígeno humano

potencialFenantreno 0.2 mg/m3 -Pireno 0.2 mg/m3 -

112

HAP

Critérios para avaliação da exposição de outros países –benzo[a]pireno

Pais LEO – 8h LEO curta duração

Alemanha 0.0007 mg/m3

0,00007 mg/m3 (*)Holanda 0,0005507 mg/m3

Suécia 0,002 mg/m3 0,02 mg/m3

Suiça 0,002 mg/m3

Canadá - Ontário Mesma orientação da ACGIH

Fonte: GESTIS (*) como indicador chave na mistura de vários HAPs

113

HAP – Métodos de análise

Métodos analíticos desenvolvidos pelo NIOSH

• NIOSH 5800 – PAH total

• NIOSH 5506 – PAH por HPLC

• NIOSH 5515 - PAH por CG

114

Método NIOSH 55800 – PAH total

Coleta das amostras de ar• Dispositivos de coleta

– Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg)

• Fluxo de amostragem: 1 a 2L/min

• Volume da ar recomendado– Min: 5 L @ 0.01 mg/m3 Max: 1000 L

• Transporte da amostra: enviar @ 0 oC ( mas deve-se transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os tubos com folhas de Al)

• Estabilidade da amostra: pelo menos 30 dias, @ 5 C

HAP – Métodos de análise

115

Método NIOSH 5800 PAH total

Determinação da massa [laboratório]• Técnica analítica

– FIA (Flow Injection Analysis) Análise por injeção de fluxo e detector de fluorescência (dois em série)

• Analito: HPAs totais (não há especiação)

• Limite de detecção– 0,012 µg por amostra)

• Aplicabilidade: – Este método é aplicável para a comparação de ambientes que utilizam a mesma fonte de

fumos. A especiação dos HAP como uma classe química é realizada por extracção de fase sólida, seguido por extracção líquido-líquido.

HAP – Métodos de análise

116

Método NIOSH 5506 – PAH por HPLC

Coleta das amostras de ar• Dispositivos de coleta

– Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg)

• Fluxo de amostragem: 2L/min

• Volume da ar recomendado– Min: 200 L Max: 1000 L

• Transporte da amostra: transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os tubos com folhas de Al; enviar @ 0 oC

• Estabilidade da amostra: desconhecida, proteger a amostra de calor e luz ultravioleta

HAP – Métodos de análise

117

Método NIOSH 5515 PAH por HPLC

Determinação da massa [laboratório]• Técnica analítica

– HPLC, detector de fluorescência e UV

• Analito: vários HPAs (listados no método)

• Limite de detecção– Varia conforme o analito (na faixa de 0,005 a 2 µg por amostra)

• Aplicabilidade: – este método de aplica a amostras que possam ser extraídas com acetonitrila. Este método

não se aplica a amostras que exigem extração com outros solventes ou que contenham grandes quantidades de material particulado altamente adsorvente. - e.g. cinzas volantes ou de fuligem de diesel, este método também não é aplicável a amostras de fumos de asfalto

HAP – Métodos de análise

118

Método NIOSH 5515 PAH por CG

Coleta das amostras de ar• Dispositivos de coleta

– Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg)

• Fluxo de amostragem: 2L/min

• Volume da ar recomendado– Min: 200 L Max: 1000 L

• Transporte da amostra: transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os tubos com folhas de Al; enviar @ 0 oC

• Estabilidade da amostra: desconhecida, proteger a amostra de calor e luz ultravioleta

HAP – Métodos de análise

119

Método NIOSH 5515 PAH por CG

Determinação da massa [laboratório]• Técnica analítica

– Cromatografia Gasosa (CG), com coluna capilar, Detector de fotoionização (FID)

• Analito: vários HPAs (listados no método)

• Limite de detecção– 0,3 a 2 µg por amostra

• Aplicabilidade: – A faixa de trabalho de B [a] P é 3 a 150 mg / m 3 para uma amostra de ar de 400-L.

Conjuntos de amostras específicas podem requerer modificação na extração do filtro com solvente, a escolha do método de medição, e condições de medição.

HAP – Métodos de análise

120

Estratégia de avaliação da exposição• Identificação das exposições

– Verificar se o material ou produto que constitui a fonte tem teor de HAP > 0,1% em peso ou teor solúvel em DMSO > 3% ( Método IP 346) = considerar como cancerígeno 1B (GHS)

– Coletar uma amostra “bulk” e determinar o teor de HAPs totais ou usar o benzo[a]pireno como indicador

HAP – Avaliação da exposição

121

HAP

Estratégia de avaliação da exposição• Avaliação das exposições

– Qualitativa – analisar cuidadosamente como ocorre as exposições e a efetividade das medidas de controle (menor exposição possível)

– Quantitativa: • 1º. Coletar amostras para as situações de maior risco (observando o

volume mínimo / limite de deteção do método) • 2º. Coletar amostras representativas para demais grupos de

exposição similar.• Analisar os dados de forma qualitativa.

122

HAP

Controle das exposições

• Reduzir as exposições ao mínimo possível

– Evitar o contato com a pele (processos automatizados)

– Se possível adotar sistemas fechados. Caso contrário usar ventilação local exaustora.

– Completar a proteção com uso de EPI (proteção da pele e proteção respiratória)

123

HAP

Procedimento para descaracterizar a condição insalubre

• No caso de produtos químicos que potencialmente pode conter HAPs, demonstrar que não se trata de produto classificado como cancerígeno.

• Se não for detectada a presença de HAP em amostras representativas, não reconhecer as exposições

124

HAP

ExercícioFaça o planejamento detalhado para realizar a

avaliação da exposição a HAP na atividade de mineração subterrânea, onde se usa vários equipamentos com motor usando óleo diesel como combustível. Indique no mínimo:– critério de avaliação– estratégia de avaliação– procedimentos a serem usados (coleta e análise)

Fluidos de Usinagem

126

Fluidos de usinagem

Objetivo

• Relacionar e analisar os principais riscos ocupacionais e os sistemas de controle desses riscos no uso de fluidos de usinagem.

• Apresentar os métodos de avaliação da exposição ocupacional

Foco: prática convencional de usinagem de metal.

127

Fluidos de usinagem

Bibliografia básica

BURGESS, William A. - Usinagem de metais Identificação de possíveis riscos à saúde do trabalhador nos diversos processos industriais. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1997. Capítulo, 9p.141-166

NIOSH. What do you need to know about occupational exposure to metalworking fluids. Cincinnati: NIOSH, 1998 (dísponível no site www.cdc.gov/niosh - ver publicações)

Health Effects of Mineral oil mist and metalworking fluids symposium. Applied Occupational and Environmental Hygiene, vol. 18. m; 11. nov. 2003.

128

Fluidos de usinagem

As principais questões de doenças ocupacionais associadas com operações de usinagem de metais são atribuíveis ao contato dérmico e exposições à inalação de névoas de fluidos de usinagem usados na operação.

129

Fluidos de usinagem

130

Fluidos de usinagem

Fluidos de usinagem são projetados para

• Resfriar e lubrificar as superfícies ou pontos de contatos entre a ferramenta de corte e a peça de matéria prima

• Remoção de cavacos

• Se escolhido adequadamente aumenta a vida útil da ferramenta, melhora o acabamento da superfície e a estabilidade dimensional da peça durante a usinagem.

131

Fluidos de usinagem

Nome preferido Sinônimos

ÓLEO PURO Óleo mineralÓleo de petróleoÓleo de corte

ÓLEO EMULSIONADO Óleo solúvelFluido à base de águaÁgua de sabãoEmulsões

FLUIDO SINTÉTICO Fluido de corte

FLUIDO DE USINAGEM RefrigerantesFluidos para trabalho em metal

Nomenclatura de fluidos de usinagem

132

Fluidos de usinagem

Histórico

• Sec. XIX – associação entre o contato da pele com os fluidos de usinagem à base de óleo mineral e o carcinoma de células escamosas foi descrita no Reino Unido.

• 1987 - O óleo mineral foi classificado como carcinogênico pela IARC.

133

Fluidos de usinagem

Histórico

• Anos 1960 em diante: uso de fluidos emulsionados e óleos refinados

• Anos 1980– Evidência de ocorrência em dobro de câncer na laringe em operadores de máquinas de usinagem (fluidos à base de óleo mineral).Outros distúrbios respiratórios (bronquite, asma)Dermatoses ocupacionais (1 em cada 3 trabalhadores é afetado).

134

Fluidos de usinagem

Histórico

• Anos 1990 em diante: aumento do uso de fluido à base de água e fluído químico.

Surgimento de surtos de Pneumonite [Pneumonia] por Hipersensibilidade (PH)

Preocupação: Carcinogenicidade dos fluidos de usinagem em geral.

135

Fluidos de usinagem

Composição dos fluidos de usinagem

• Óleos minerais – contêm mais de 80% de óleo mineral balanceado com vários aditivos

• Óleos emulsionados – 3-10% de óleo mineral, emulsionadores, outros aditivos e água.

• Fluidos de usinagem sintéticos – ingredientes químicos ativos em solução aquosa.

136

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem

• Conhecer a composição

• Identificar componentes classificados como perigosos (segundo o GHS)

• Excluir componentes em concentração abaixo do valor da concentração de corte (cut-off) proposta pelo sistema de classficação.

137

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem

Componentes perigosos

• Identificar o no. CAS do componentes potencialmente perigosos (excluir água, sabão e outros tensoativos)

• Consultar bases de dados revisadas por pares – ex. ECHA , GESTIS ou echemportal

• Usar a tabela de valores de concentração de corte do GHS.

• Recomenda-se rever o conteúdo das fichas de dados de segurança (FDS ou FISPQ)

138

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem (agentes químicos ou biológicos?)

Vias de exposição• Contato com a pele• Inalação de névoas (todos os componentes do fluido)

Efeitos adversos reconhecidos • Carcinogenicidade (associada ao óleo mineral)• Dermatoses• Doenças respiratórias – Bronquite, asma, pneumonite por

hipersensibilidade• Outros efeitos adversos de vias aéreas superiores

139

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem – carcinogenicidade

- Óleo mineral – HPA – hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são os agentes responsáveis pela carcinogenicidade

- Ex. Benzo[a]pireno

140

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem

Carcinogenicidade do Óleo mineral – depende do grau de refino

• Óleos pobre ou moderadamente refinados : carcinogênico humano suspeito (GHS – 1B, IARC – 2, ACGIH – A2)

• Óleos altamente ou severamente refinados : não classificado como carcinogênico humano

• Critério: Teste IP 346 < 3% de HAP no extrato em dimetil sulfóxido – DMSO) – ver: Concawe

141

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem - Dermatites

Irritação – associada a • pH• Etanolaminas• biocidasSensibilização• Formaldeído e agentes de liberação que

contém formaldeído

142

Fluidos de usinagem

Nocividade dos fluidos de usinagem – Contaminação por microorganismos

• Óleo emulsionado e fluidos de usinagem oferecem água, nutrientes e condições de temperatura necessárias ao crescimento de microorganismos.– Bactérias anaeróbicas (redução de sulfatos, produzindo sulfetos)– Bactérias aeróbicas (causam queda do pH)

• Pesquisas sugerem que os microorganismos e/ou seus produtos tais como endotoxinas podem ser a causa dos efeitos repiratórios adversos

143

Pneumonite por hipersensibilidade (PH) associada a fluidos de corte

• A partir dos anos 1990 há inúmeros artigos relacionando a utilização de fluidos de corte à base de água com a ocorrência de HP

• Os fluidos podem estar contaminados com diversos tipos de microorganismos , inclusive presença de micobactérias

• Os biocidas não são ativos em relação a micobactérias. Os casos de PH aumentaram com o uso de biocidas

• Foi estabelecido que um grupo de micobactérias é o agente mais relacionado ao aparecimento de PH. (Roosmoore, 2004; Rosenman, 2009; Moore, 2000; Weiss, 2001; Beckett, 2001; Kreiss e Cox-Gransser, 1997; Shelton, 1999; Roussel et al. 2012 )

Fluidos de usinagem

144

Fluidos de usinagem

Critérios legais brasileiros

• Não estão relacionados no anexo 11 da NR 15• Enquadramento legal: são consideradas insalubres

as atividades mencionadas no anexo 13.– Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono:

Insalubridade grau máximo: Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.

145

Fluidos de usinagem

Métodos analíticos desenvolvidos pelo NIOSH

• NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES

• NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL

146

Fluidos de usinagem

Método NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES

Coleta das amostras de ar• Particulado torácico

– Filtro PTFE pré-pesado (37 mm, 2 µm) + ciclone para material para fração torácia

• Particulado torácico– Filtro PTFE pré-pesado (37 mm, 2 µm)

• Fluxo de amostragem: fração torácica – 1,6 L/min particulado total – 2 L/min

• Volume da ar recomendado– Min1000 L @ 0.4 mg/m3 ou 0.5 mg/m3 Max: não determinado

• Transporte da amostra: rotina• Estabilidade da amostra: Manter na geladeira após o recebimento no

laboratório, analisar dentro de 2 semanas após a coleta

147

Fluidos de usinagem

Método NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES

Determinação da massa [laboratório]• Técnica analítica – Gravimetria

• Analito: fluido de usinagem disperso no ar

• Limite de detecção– Massa total: 0,03 mg por amostra)

• Aplicabilidade: – A faixa trabalho é de 0,050-2 mg / amostra para uma amostra de ar de 1000-L.

148

Fluidos de usinagem

NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL

Coleta das amostras de ar

• Filtro 37 mm – MCE (membrana de éster de celulose, 0,8 µm), PVC 5µm ou PTFE 2 µm

• Fluxo de amostragem: 1 a 3 L/min

• Volume da ar recomendado– Min 20 L @ 5 mg/m3 – Max: 500 L

• Transporte da amostra: rotina• Estabilidade da amostra: estável

149

Fluidos de usinagem

NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL

Determinação da massa [laboratório]• Técnica analítica – Espectrofotometria Infravermelho

• Analito: óleo mineral

• Limite de detecção– Massa total: 0,05 mg por amostra

• Aplicabilidade: – A faixa de trabalho é de 1 a 20 mg/m3 para 100 L de amostra de ar. Este

método é aplicável a todas as névoas de óleo mineral solúveis em triclorofluoroetano, mas não a fluidos de corte semi-sintético ou sintético.

150

Fluidos de usinagem

Limites de exposição a névoas de óleos minerais segundo a ACGIH, excluindo os fluidos de usinagem

• Puro, altamente ou severamente refinado – 5mg/m3 (fração inalável)

• Moderadamente ou pobremente refinado –exposições por todas as vias de devem ser cuidadosamente controladas a níveis o mais baixo possíveis.

151

Fluidos de usinagem

Controle das exposições aos fluidos de Usinagem – Projeto de usinagem (prevenção antecipada)

• redução da geração da névoa e contaminação ambiental.– sistemas com alimentação independente (contaminantes

crescem rapidamente e a manutenção é crítica)– sistemas de alimentação central (protege melhor a qualidade

dos fluidos)• Enclausuramento total, com ventilação exaustora é o

controle mais efetivo para a névoa.• Controle da temperatura no ponte de corte (aumento da

vazão do fluxo de fluidos de usinagem)• Barreiras de proteção para evitar respingos

152

Fluidos de usinagem

Controle das exposições aos fluidos de Usinagem – Seleção do fluido de usinagem

- Fluidos à base de óleo mineral – utilizar aqueles com óleo altamente refinado (não classificado como carcinogênico)

- Formulações que não contenham ou evitem a geração de formaldeídos (sensibilizantes, cancerígenos)

- Substituição de componentes – aditivos menos irritantes e não alergênicos

- Formulações que favorecem o controle do pH e reduzam o crescimento de microorganismos patogênicos

153

Fluidos de usinagem

Controle das exposições aos fluidos de Usinagem – Controle da contaminação biológica

- Uso de biocidas - Não evita o crescimento de micobactérias e

pode inclusive favorecer

- Controle biológico

155

Fluidos de usinagem

Controle biológico do crescimento de bactérias patogênicas

Princípio:

As formulações para as emulsões destinam-se a tolerar uma população significativa de Bactérias Pseudomonas – espécies sempre presentes, não-patogênicas.

A pseudomonas restringem o crescimento de todos os outros microrganismos sob condições normais de funcionamento, incluindo os indesejáveis .

156

Fluidos de usinagem

Prevenção de doenças relacionadas a fluidos de usinagem

• Formação em SST (adequada para identificar, avaliar e controlar os riscos)

• Avaliação dos riscos nos locais de trabalho

• Prevenção e controle dos riscos

157

Fluidos de usinagem

Prevenção e controle dos riscos – foco nas fontes de risco

• Seleção do fluido• Controle no uso e aplicação do fluido• Manutenção do fluido e controle de

microorganismos• Isolamento e sistemas de ventilação• Roupa de proteção e outros EPIs• Limpeza e higiene pessoal

158

Fluidos de usinagem

Monitoração

• Avaliação da exposição a névoas (agentes químicos e biológicos)

• Vigilância da saúde dos trabalhadores (foco nas doenças do sistema respiratório e dematoses)

159

Referências bibliográficas

Bagatin, E.; Pereira, C.A.C.; Afiune, J. B. Doenças granulomatosas ocupacionais. J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 1):S69-S84

Rosenman, KD. (2009) Asthma, hypersensitivity pneumonitis and other respiratory diseases caused by metalworking fluids. Curr Opin Allerg Clin Immunol. 9, 97-102

Rossmoore, H.; Basset, D. (2004) Oil mist exposures and the development of hypersensitivity pneumonitis.

Presented at the American Conference of Governmental Industrial Hygienists, Cincinnati, OH, USA

Roussel, S. et al. Immuno-reactive proteins from Mycobacterium immunogenum useful for serodiagnosis of metal working fluid hypersensitivity pneumonitis. International Journal of Microbiology, 2012 (article in press)

Moore, JS; Christensen, M; Wilson, RW; Wallace, RJ; Zhang, Y; Nash, DR; Shelton, B. (2000) Mycobacterial

contamination of metalworking fluids: Involvement of a possible new taxon of rapidly growing mycobacteria. Am Ind Hyg Assoc. 61, 205-213

Weiss, LPC; Lewis, R; Rossmoore, H; Fink, J; Harney, J; Trout, D. (2001) Respiratory illness in workers

exposed to metal working fluid contaminated with nontuberculous mycobacteria. Ohio. Morb Mortal Wkly Rep. 51, 349-352

Kreiss, K. and Cox-Ganser, J. (1997), Metalworking fluid-associated hypersensitivity pneumonitis: A

workshop summary. American Journal of Industrial Medicine, 32: 423–432.