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Trovadorismo Literatura – Professora Mônica Klen Colégio Nossa Senhora da Glória 1ª Série - Ensino Médio

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Trovadorismo

Literatura – Professora Mônica KlenColégio Nossa Senhora da Glória

1ª Série - Ensino Médio

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1° Série do Ens. Médio

Avião sem asa, fogueira sem brasaSou eu assim sem vocêFutebol sem bola,Piu-piu sem FrajolaSou eu assim sem vocêPor que é que tem que ser assimSe o meu desejo não tem fimEu te quero a todo instanteNem mil auto-falantesVão poder falar por mimAmor sem beijinhoBochecha sem ClaudinhoSou eu assim sem vocêCirco sem palhaço,Namoro sem amassoSou eu assim sem vocêTô louco pra te ver chegarTô loouco pra te ter nas mãosDeitar no teu abraço, retomar o pedaçoQue falta no meu coração

Fico assim sem vocêClaudinho e Buchecha

Eu não existo longe de vocêE a solidão é o meu pior castigoEu conto as horas Pra poder te verMas o relógio tá me mal comigoPor quê? Por quê?Neném sem chupetaRomeu sem JulietaSou eu assim sem vocêCarro sem estrada Queijo sem goiabadaSou eu assim sem vocêPor que é que tem que ser assimSe o meu desejo não tem fimEu te quero a todo instanteNem mil auto-falantesVão poder falar por mimEu não existo longe de vocêE a solidão é o meu pior cartigoEu conto as horas pra poder te verMas o relógio tá de mal comigoPor quê?

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• Qual é o tema da música “Fico assim sem você”?

• Que indícios indicam que é um texto atual?

• Quais são os sentimentos que o eu lírico expressa pela pessoa amada?

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Se em partir, senhora minhaMágoas haveis de deixarA quem firme em vos amarFoi desde a primeira hora,Se me abandonais agora,

Ó formosa, o que farei?

Que farei se nunca maisContemplar vossa beleza?Morto serei de tristeza.Se Deus me não acudir,Nem de vós conselho ouvir,

Ó formosa, o que farei?

A Nosso Senhor eu peço,Quando houver de vos perder,Se me quiser comprazer,Que a morte me queira dar.Mas se a vida me poupar,

Ó formosa, o que farei?

Vosso amor me leva a tanto!Se, partindo, provocaisQuebranto que não curaisA quem de amor desespera,De nós conselho quisera:

Ò formosa, o que farei?

Cantiga de amor(Nuno Fernandes Tornel)

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• Poderíamos dizer que essa cantiga desenvolve um tema semelhando ao da música “Fico assim sem você”?

• A relação entre o eu lírico e a pessoa amada se dá da mesma forma que na música?

• Que elementos formais e de conteúdo poderiam compará-la à música?

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• Exprimem paixão infeliz.

• O amor não correspondido que um trovador dedica a sua senhora;

• O eu-lírico é sempre masculino.

• Representa o trocador que dirige elogios a sua dama.

• O trovador se autodenomina coitado, aflito, sofredor, enlouquecido.

• A dama é identificada por termos que destacam suas qualidades físicas (de bem parecer) e sociais.

• Ao comparar sua dama às outras da corte, o eu lírico a apresenta como superior.

• A dor do trovador é maior do que dos outros e seus talentos superam os de seus rivais.

CANTIGAS DE AMOR

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Trovadorismo• Produção literária de Portugal durante o 1° século de sua

existência.

• Século XII ao XV.

• Poesia: Cantigas.

• Prosa: Novelas de Cavalaria.

• As cantigas são acompanhadas de instrumentos: flauta, viola, etc.

• Feitas por jograis ou trovadores, que deram origem do nome dessa época literária.

• As cantigas eram cantadas no idioma galego-português.

• Dividiam-se em dois tipos:

• Líricas: de amor e de amigo (apresentam maior potencial);

• Satíricas: de escárnio e de mal-dizer (tratavam de personalidades da época, em linguagem mais popular).

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CANTIGAS DE AMIGO• Falam de uma relação amorosa concreta.• Acontece entre pessoas simples.• O tema central é a saudade.• Sentimento e vida campesina (ambientação), às moças simples que

vivem nas aldeias e nos campos.• O eu lírico é sempre feminino.• Representa a voz de uma mulher (amiga), que manifesta a saudade pela

ausência do amigo (namorado, marido).• É a visão feminina da saudade e do amor.• Tom positivo e otimista, pois tratam de um amor real e que ocorre entre

pessoas de classes sociais semelhantes.• O uso de estruturas paralelísticas faz com que os versos das cantigas de

amigo variem muito pouco em relação ao vocabulário utilizado; o que torna a linguagem dessas composições mais simples que a das outras composições trovadorescas.

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Ergue-te amigo que dormes nas manhãs frias!Todas as aves do mundo, de amor, diziam:

Alegre eu ando!

Ergue-te, amigo que dorme nas manhãs claras!Todas as aves do mundo, de amor, cantavam:

Alegre eu ando!

Todas as aves do mundo, de amor diziam:Do meu amor e do teu se lembraria:

Alegre eu ando!

Todas as aves do mundo, de amor, cantavam:Do meu amor e do teu se recordavam:

Alegre eu ando!

Do meu amor e do teu se lembrariam:Tu lhes colheste os ramos em que eu as via:

Alegre eu ando!

Do meu amor e do teu se recordavam:Tu lhes colheste os ramos em que pousavam:

Alegre eu ando!

Tu lhes tolheste os ramos em que eu as via:E lhes secaste as fontes em que bebiam:

alegre eu ando!

Tu lhes tolheste os ramos em que pusavam:E lhes secaste as fontes que as refrescavam:

Alegre eu ando!

Cantiga de amigo (Alba)

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Trova do Rio Grande do Sul

Quando a carreta atolouNa estrada de Soledade

Fui ver o que vinha dentroVinha cheia de saudadeFui ver o que tinha dentroVinha cheia de saudade

Podes partir porque euNão vou seguir os teus passosCinhoca se arrependeuVoltou de novo a meus braçosChinoca se arrependeuVoltou de novo a meus braços

No rodeio de teus olhosNuma lançada caíAgora confesso e jutoSerei todito de tiAgora confesso e juroSerei todito de ti!

Quanta roseira cheirosaQuanta florzinha no chãoPor ti, gaúcha queridaVou morrendo de paixãoPot ti, gaúcha queridaVou morrendo de paixão!

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Características Cantigas de Amor Cantigas de Amigo

Tema/Sentimento Paixão infeliz Saudade do amigo

Eu lírico Masculino Feminino

Enunciador Trovador Moça simples

Ambiente Corte Campo

Classe social Senhora > Trovador Donzela = amigo

Sentimento Negativo/Pessimista Positivo/Otimista

Amor Utópico Real

Estrutura Paralelística Paralelística

Vocabulário Complicado Simples

CantigasAmor x Amigo

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Cantigas de Escárnio

• Cantigas de caráter satírico.

• Palavras de duplo sentido.

• Ironia, trocadilhos, jogos semânticos.

• Ridicularizam o comportamento de nobres ou denunciam as mulheres que não seguem o código do amor cortês.

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Cantigas de Maldizer

• Modo direto, explicito identificando as pessoas satirizadas.

• Linguagem direta, ofensiva, palavras de baixo calão.

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Ai, dona fea, foste-vos queixarQue vos nunca louv’em (o) meu cantar;

Mais ora quero fazer um cantarEm que vos loarei toda via;

E vedes cono vos quero loar:Dona fea, velha e sandia!

Dona fez, se Deus mi pardon,Pois avedes (a) tangran coraçonQue vos eu loe, em esta razon

Vos quero já loar toda via;E vedes qual será a loaçon:Dona fea, velha e sandia!

Dona fez, nunca eu loeiEm meu trobar, pero muito trobei;Mais ora já um bom cantar farei,

Em que vos loarei toda via;E direi-vos como vos loarei:Dona fea, velha e sandia!

In: GUILHADE, Garcia (1978)

Escárnio ou Maldizer?

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Novelas de Cavalaria

• Surgidas no século XII.

• Primeiros romances.

• Longas narrativas em versos.

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Classicismo

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Classicismo

• Surge em 1527;• Renovação literária;• Francisco de Sá de Miranda (1481-1558). Escreveu poemas na medida

nova e na medida velha. Escreveu, ainda, a tragédia Cleópatra, as comédias Os Estrangeiros e Vilhalpandos.

• Antônio Ferreira (1528-1569). Discípulo de Sá de Miranda, escreveu Poemas Lusitanos, Castro, Bristo e Cioso.João de Barros (1496?-1570), autor de As décadas da Ásia.

• O cristianismo continua imperando, mas o homem renascentista já não é tão angustiado com as questões religiosas como o era o homem medieval.

• Razão x Sentimentos• O período encerra em 1580, morte de Vás Camões.

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Luís Vaz de Camões (1524 - 1580)

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A Poesia Épica de Camões

Como tema para o seu poema épico, Luís de Camões escolheu a história de Portugal, intenção explicitada no título do poema: Os lusíadas. O cerne da ação desenvolve-se em torno da viagem de Vasco da Gama às Índias.

A palavra “lusíada” é um neologismo inventado por André de Resende para designar os portugueses como descendentes de Luso (filho ou companheiro do deus Baco).

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A Estrutura

Os lusíadas apresenta 1102 estrofes, todas em oitava-rima (esquema ABABABCC), organizadas em dez cantos.

Divisão dos Cantos

1ª parte: IntroduçãoEstende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:

Ø Proposição: é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói (constituem as três primeiras estrofes do canto I).Ø Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.Ø Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.

2ª parte: NarraçãoNa narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.

3ª parte: EpílogoÉ a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.

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Renascimento

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Renascimento

• Surgiu por volta de 1450, na Europa.

• Oposto ao teocentrismo.

• O ser humano começa a se vangloriar por sua razão, por sua capacidade de raciocínio, por seu cientificismo.

• Abrangia praticamente todas as Artes, como a Arquitetura, a Pintura, a Música e a Literatura.

• O homem era o centro dos interesses, caracterizando esse período como cultura humanista.

• Fusão de valores novos e antigos.

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Renascimento

• Surgimento das grandes navegações – ampliação do conhecimento de mundo de mundo.

• Surgimento da bússola:

Contribuiu para as navegações.

Revolucionou o comércio mediterrâneo.

• A prensa permitiu a divulgação das novas descobertas de forma rápida.

• Impressão de cartilhas que aumentaram a alfabetização e a leitura.

• Divino x Humano

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Renascimento

• A nova realidade econômica, com a decadência do feudalismo e ascensão do capitalismo, por si só, exigiu uma reformulação na arte. Afinal, os burgueses começavam a frequentar universidades e as grandes navegações aceleravam ainda mais o processo cultural através do comércio.

• A literatura tenta recuperar a Antiguidade Clássica através da retomada de seus modelos artísticos. Assim, a busca pela perfeição estética e a pureza das formas, trazem de volta os sonetos, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia, inspirados em Homero, Platão e Virgílio.

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Renascimento

• Pintura e Escultura:

• Michelangelo:

Capela Sistina

Vaticano

1508 a 1512

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Renascimento

• Leonardo Da Vinci

Monalisa

Paris – Museu do Louvre

1503

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Renascimento

• Leonardo Da Vinci

O Homem Vitruviano

Veneza, Itália.

1490

Proporções do corpo humano:

Considerado uma das grandes realizações que conduzem ao Renascimento italiano.

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Renascimento Inglês

• William Shakespeare, 1564.

• A Megera Domada.

• Romeu e Julieta.

• Sonho de uma Noite de Verão.

• Otelo.

• Macbeth.

• Hamlet.

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Humanismo Português

• Influenciado pelo movimento italiano, o humanismo surgiu em Portugal com os nomes de Gil Vicente, Cristóvão Falcão e Bernardim Ribeiro.

• As obras de Gil Vicente tinham como assunto cenas religiosas, passagens bíblicas, vidas de santos e ensinamentos católicos.

• Logo, passou a representar os costumes do povo satirizando algumas instituições sociais, denunciando a corrupção e a falsidade da vida burguesa.

• Com linguagem popular, retrata a língua portuguesa usada na época.

• Entre as suas inúmeras obras destacam-se a Trilogia das barcas, o Auto da Alma, a Farsa de Inês Pereira e o Auto da Lusitãnia.

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Ninguém: Que andas tu aí buscando?Todo o Mundo: Mil cousas ando a buscar:                         delas não posso achar,

                         porém ando porfiando                         por quão bom é porfiar. Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo                         e meu tempo todo inteiro                         sempre é buscar dinheiro                         e sempre nisto me fundo.Ninguém: Eu hei nome Ninguém,               e busco a consciência.Belzebu: Esta é boa experiência:             Dinato, escreve isto bem.Dinato: Que escreverei, companheiro? Belzebu: Que Ninguém busca consciência.              e Todo o Mundo dinheiro.Ninguém: E agora que buscas lá? Todo o Mundo: Busco honra muito grande.Ninguém: E eu virtude, que Deus mande               que tope com ela já.

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Humanismo Português

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1° Série do Ens. Médio

Belzebu: Outra adição nos acude:              escreve logo aí, a fundo,              que busca honra Todo o Mundo              e Ninguém busca virtude.Ninguém: Buscas outro mor bem qu'esse?Todo o Mundo: Busco mais quem me louvasse                         tudo quanto eu fizesse.Ninguém: E eu quem me repreendesse               em cada cousa que errasse.Belzebu: Escreve mais.Dinato: Que tens sabido? Belzebu: Que quer em extremo grado              Todo o Mundo ser louvado,              e Ninguém ser repreendido.Ninguém: Buscas mais, amigo meu? Todo o Mundo: Busco a vida a quem ma dê.Ninguém: A vida não sei que é,               a morte conheço eu.Belzebu: Escreve lá outra sorte.Dinato: Que sorte?

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1° Série do Ens. Médio

Belzebu: Muito garrida:              Todo o Mundo busca a vida              e Ninguém conhece a morte.Todo o Mundo: E mais queria o paraíso,                         sem mo Ninguém estorvar.Ninguém: E eu ponho-me a pagar               quanto devo para isso.Belzebu: Escreve com muito aviso.Dinato: Que escreverei?Belzebu: Escreve              que Todo o Mundo quer paraíso              e Ninguém paga o que deve.Todo o Mundo: Folgo muito d'enganar,                         e mentir nasceu comigo.Ninguém: Eu sempre verdade digo               sem nunca me desviar.Belzebu: Ora escreve lá, compadre,              não sejas tu preguiçoso.Dinato: Quê?Belzebu: Que Todo o Mundo é mentiroso,              E Ninguém diz a verdade.

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AUTOS - Religiosos - Normalizantes

FARSAS - Profanas e irônicas - Reformadoras Os autos mais conhecidos de Gil Vicente foram uma trilogia formada pelo "Auto da Barca do Inferno", "Auto da Barca da Glória" e "Auto da Barca do Purgatório". A farsa mais conhecida foi a "Farsa de Inês Pereira", que retratou esta idéia: "Mais vale um asno que me carregue, do que um cavalo que me derrube"