45
Tuberculose Prof. Orlando A. Pereira Pediatria e Puericultura FCM - UNIFENAS

Tuberculose Na Infancia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Tuberculose Na Infancia

Tuberculose

Prof. Orlando A. Pereira

Pediatria e Puericultura

FCM - UNIFENAS

Page 2: Tuberculose Na Infancia
Page 3: Tuberculose Na Infancia

I

N

D

I

C

A

D

O

R

E

S

E

P

I

D

E

M

I

O

L

Ó

G

I

C

O

S

Page 4: Tuberculose Na Infancia

INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

Page 5: Tuberculose Na Infancia

INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

Page 6: Tuberculose Na Infancia

INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

Page 7: Tuberculose Na Infancia

AGENTE ETIOLÓGICO

Mycobacterium tuberculosis

(bacilo de Koch ou baar)

Page 8: Tuberculose Na Infancia

Estrutura bacilar: fracamente gram (+), imóvel, não esporulado e

não encapsulado

Álcool-ácido resistência: identificação em laboratório

Lento crescimento em meio de cultura: 3 a 6 semanas

Conteúdo lipídico em sua parede celular: formação do granuloma

Aeróbio: necessita de O2 para crescer e multiplicar

Parasito intracelular facultativo: sobrevive e se multiplica no interior

de células fagocitárias

Podem ficar em estado de dormência por longos períodos:

responsável pela reativação

Resistente a agentes químicos: alcalis, ácidos

Resistente à dessecação e ao ambiente escuro - podem sobreviver anos

no ambiente externo

Sensível ao calor e radiação ultravioleta - sensível à luz solar

Características e comportamento do M. tuberculosis:

Page 9: Tuberculose Na Infancia

FATORES PREDISPONENTES

hospedeiro

meio

Page 10: Tuberculose Na Infancia

Imunidade celular são mediadas pelos linfócitos T CD4+ que

sintetizam e excretam as citocinas na região infectada. As citocinas

TNF-α e o gama-interferon (IFN-γ) atraem para o local monócitos

da circulação e os ativam com a determinação de matar o bacilo.

A imunidade celular inibe o crescimento bacteriano pela ativação dos

macrófagos.

Hipersensibilidade do tipo tardia é parte da resposta imune celular,

estando envolvidas as células T CD4+, as T CD8+ e as T killer que

destroem os macrófagos locais, o tecido circunjacente e causa

necrose caseosa. A hipersensibilidade inibe a multiplicação bacteriana

pela destruição dos macrófagos não ativados, impedindo sua

disseminação e tendendo a mantê-los em estado de latência.

IMUNOPATOGÊNESE

Esse processo forma-se um tubérculo constituído de macrófagos e

bacilos juntamente com as células epitelióides, de Langerhans e os

linfócitos T. O tubérculo transforma em um granuloma.

Page 11: Tuberculose Na Infancia

Caso não haja resposta imune celular eficiente, novas lesões vão

aparecendo, até a formação de uma área necrótica, cujo tamanho

dependerá do número de bacilos, da sua virulência e das reações

do hospedeiro.

Em pacientes imunocompetentes, o granuloma torna-se inativo e é

enclausurado em uma cápsula fibrosa, que pode calcificar-se, e a

infecção fica sob controle.

Os bacilos que se encontram dentro dessas lesões, apesar de

poderem ser recuperados durante muitos anos, estão em estado de

latência, crescem muito lentamente, e os poucos que escapam do

controle são rapidamente destruídos.

IMUNOPAGOGÊNESE

Page 12: Tuberculose Na Infancia

Nos indivíduos com imunodepressão, devido à falha da resposta

imune, o processo caseoso é circundado por uma camada de

macrófagos pouco ativados, o que permite o crescimento da

população bacteriana intracelular. A reação de hipersensibilidade

tardia destrói esses macrófagos, liberando os bacilos, com

expansão e disseminação da doença.

Mesmo nos imunocompetentes, a doença pode progredir quando

ocorre liquefação e formação de cavidade.

O recém-nascido e a criança pequena têm maior probabilidade de

desenvolver a doença disseminada devido à imaturidade dos

sistemas imune celular, humoral e local pulmonar.

IMUNOPAGOGÊNESE

Page 13: Tuberculose Na Infancia
Page 14: Tuberculose Na Infancia

Estágios da tuberculose na criança:

exposição

infecção

doença

Page 15: Tuberculose Na Infancia

Tuberculose Primária

Tuberculose pós - primária - Tipo adulto

Outras formas de tuberculose: cutânea,

peritonite, urinária, sistema osteoarticular,

etc.

Page 16: Tuberculose Na Infancia

Vias de penetração do bacilo

gotículas de Pflugge

núcleos de Wells

Page 17: Tuberculose Na Infancia

Complexo Primário

Cancro de inoculação

(nódulo de Ghon)

Linfangite intermediária

Reação ganglionar satélite

Page 18: Tuberculose Na Infancia

Evolução do Complexo Primário

Cura

Progressão para a doença

Page 19: Tuberculose Na Infancia

Progressão local

Infiltração primária

Pneumonia caseosa

Page 20: Tuberculose Na Infancia
Page 21: Tuberculose Na Infancia
Page 22: Tuberculose Na Infancia
Page 23: Tuberculose Na Infancia

Progressão via broncogênica:

Tuberculose endobrônquica

Broncopneumonia tuberculosa

Derrame pleural

Page 24: Tuberculose Na Infancia
Page 25: Tuberculose Na Infancia
Page 26: Tuberculose Na Infancia
Page 27: Tuberculose Na Infancia
Page 28: Tuberculose Na Infancia

Disseminação hematogênica

e linfo-hematogênica

Disseminação generalizada:

Tuberculose miliar

Meningite tuberculosa

Page 29: Tuberculose Na Infancia
Page 30: Tuberculose Na Infancia

Prova Tuberculínica

(2 UT de PPD RT-23)

0 a 4 mm - não reator

5 a 9 mm - reator fraco

Acima de 10 mm - reator forte

DIAGNÓSTICO

Page 31: Tuberculose Na Infancia
Page 32: Tuberculose Na Infancia
Page 33: Tuberculose Na Infancia
Page 34: Tuberculose Na Infancia
Page 35: Tuberculose Na Infancia

Pesquisa do Agente Etiológico (baar)

Cultura no meio de Lowenstein-Jensen (6-8 sem.)

Biópsias

DIAGNÓSTICO

Novas técnicas laboratoriais:

Cultura rápida pelo Bactec ® (1-3 sem.)

PCR

Exames imunológicos: ELISA, aglutinação do

látex, radioimunoensaio, imunoblot

ADA

Níveis de linfócitos CD4+, imunoglobulinas e

fribrinocectina no material de lavado alveolar

Page 36: Tuberculose Na Infancia

Interpretação diagnóstica:

História Clínica e epidemiológica de contato

com foco domiciliar ou extra domiciliar

Exame Físico compatível

Raios X de Tórax sugestivo

Positividade da Reação Tuberculínica

DIAGNÓSTICO

Page 37: Tuberculose Na Infancia

Considerar a possibilidade de TB em crianças que:

não ganham bem peso;

não se recuperam completamente de doenças comuns;

apresentam febre prolongada ou intermitente,

adenomegalia de etiologia não esclarecida,

infecções respiratórias com evolução incomum

ou arrastada com “qualquer apresentação clínica

ou radiológica”;

sejam contactantes domiciliares de TB diagnosticada

ou de tossidores crônicos.

DIAGNÓSTICO

Page 38: Tuberculose Na Infancia
Page 39: Tuberculose Na Infancia

PROFILAXIA:

Vacinação BCG

Quimioprofilaxia

Page 40: Tuberculose Na Infancia

Quimioprofilaxia:

Dose: 10 mg/kg/dia de Isoniazida

Duração: 6 meses

Page 41: Tuberculose Na Infancia

Quimioprofilaxia primária:

Indivíduos não infectados previamente

pelo M. tuberculosis.

A maior indicação é para recém nascidos

comunicantes de bacilíferos.

Dar a INH durante 3 meses, e realizar o

teste tuberculínico no terceiro mês.

Teste reator: manter a INH até 6 meses;

Não reator: suspender a INH e vacinar BCG.

Page 42: Tuberculose Na Infancia

Quimioprofilaxia secundária:

Indicada nos indivíduos previamente infectados:

crianças menores de cinco anos, não vacinadas

com BCG, assintomáticas, com Rx de tórax normal,

reatoras fracas ou fortes ao teste tuberculínico,

comunicantes de bacilíferos;

situações clínicas especiais, em indivíduos com maior

risco de adoecer, como nas doenças com depressão

do sistema imunológico, durante o uso de

imunossupressor ou na corticoterapia prolongada em

comunicantes intradomiciliares de bacilíferos, sob

criteriosa decisão médica.

Page 43: Tuberculose Na Infancia

TRATAMENTO

Esquema I – Todas as formas de tbc - pulmonar e

extrapulmonar (exceto meningite)

1ª fase (2 meses)

Rifampicina (RMP)

(10mg/kg)

Isoniazida (INH)

(10mg/kg)

Pirazinamida (PZA)

(35mg/kg)

2ª fase (4 meses)

Rifampicina (RMP)

(10mg/kg)

Isoniazida (INH)

(10mg/kg)

Page 44: Tuberculose Na Infancia

TRATAMENTO

Esquema II – Meningite tuberculosa

1ª fase (2 meses)

Rifampicina (RMP)

(20mg/kg)

Isoniazida (INH)

(20mg/kg)

Pirazinamida (PZA)

(35mg/kg)

2ª fase (7 meses)

Rifampicina (RMP)

(20mg/kg)

Isoniazida (INH)

(20mg/kg)

Page 45: Tuberculose Na Infancia

F i m