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Tumores & Transplantes

Tumores & Transplantes. Histologia Tumoral Célula Tumoral-Célula Tumoral- aquela na qual há um desiquilíbrio na proliferação e diferenciação. Segundo

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Tumores & Transplantes

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Histologia Tumoral

• Célula Tumoral-Célula Tumoral- aquela na qual há um desiquilíbrio na proliferação e diferenciação.

• Segundo Burnet ( 1970/71) sabemos que o sistema imune tem um papel preponderante ontra o crescimento de células neoplásicas

– teoria da imunovigilância-teoria da imunovigilância-

pressupõem que as células tumorais possuem antigénios que não estão presentes nas células

normais, sendo reconhecidas.

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Histologia Tumoral

• Tumores sólidos removidos cirurgicamente são frequentemente caracterizados por um infiltrado celular heterogéneo de fagócitos mononucleares linfócitos, plasmócitos e mastócitos sugere uma resposta imunológica específica.

• Em individuos portadores de tumor encontram-se imunoglobulinas com capacidade antitumoral e linfócitos T citotóxicos, sensibilizados para o mesmo

• Provas contrárias á Teoria de Vigilância do SI- caso de ratinhos Nude que apesar de não terem células

T, não tem uma alta incidência de tumores.

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Tipos de Tumores

Tumores podem ser induzidos experimentalmente por exposição a

viroses oncogénicas, substâncias tóxicas ou espontâneamente em pessoas de

idade.

• Patogenia Víral - Patogenia Víral - cancrocancro

HBV carcinoma hepatocelular

CMV Sindroma de Kaposi HTLV leucemias T HPV carcinoma cervical

• Propriedades da célula tumoralPropriedades da célula tumoralantigenicidadevelocidade de crescimentoresposta a hormonasresposta a drogas citotóxicasanormalidades cariotípicascapacidade de invasão-metastases

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Tipos de Tumores

• Tumor ou neoplasmaTumor ou neoplasma

• benignobenigno • malignomaligno

• Os tumores malignos são classificados conforme a sua origem:

carcinomas Leucemias,linfomas, mielomas

sarcomas

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Tipos de Tumores

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Tumores e genética

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Tumores e genética

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Tumores e diagnóstico• O cancro necessita de ser diagnosticado, estadiado e

monitorizado pós tratamento. O diagnóstico é feito por exames histológicos ou citológicos (aspiração ou biópsia).

• O seu estadiamento- e consequente agressividade pode ser feito através de exame radiológico ou cirurgia; actualmente as características histológicas também são usadas.

• Cada vez máis se recorre a marcadores tumorais (Ag) para se passar do estadiamento ao tipo de “follow-up”: CA-125 no cancro ovárico ou proteína α-FP nas células germinais.

• A idade, actividade e funções fisiológicas do indivíduo, também são determinantes no tratamento.

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Antigénios Tumorais

• Um grande número de propriedades distinguem as células tumorais das normais, como a capacidade invasiva, perda de crescimento por inibição de contacto e também diferenças qualitativas e quantitativas nos seus antigénios.

• Estes antigénios podem ser divididos em:

• TSATSA ( “Tumor specific antigens”) - únicos á célula tumoral e possuem os chamados neoepítopes, capazes de reconhecimento pelas CTLs.

• TAAsTAAs ( “Tumor associated transplantation antigens”) - aqueles também encontrados em células normais

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Antigénios Tumorais

• Antigénios oncofetais Antigénios oncofetais - Associados á superfície celular tumoral estes antigénios não são únicos ás células tumorais; são também encontrados em células durante o desenvolvimento embriogénico e no soro normal humano a níveis muito baixos. São genes “silenciosos” que sofrem reativação durante a transformação tumoral:– CEACEA ( carcinoembryonic antigen)– AFPAFP ( alpha-fetoprotein)

– Estes antigénios oncofetais não são considerados TSA uma vez que altos níveis na sua concentração podem resultar de doenças não- neoplásicas, incluindo doença inflamatória crónica intestinal ou cirrose hepática.

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Antigénios Tumorais

• Antigénios de diferenciaçãoAntigénios de diferenciação- alguns antigénios normais são expressos em estados específicos de diferenciação celular; estes antigénios podem também ser encontrados em células tumorais e detectados com o uso de mAbs. Uma vez que a maior parte dos tumores resultam da expansão de uma única célula que a certa altura pára de se diferenciar, os mAbs são também usados para determinar o estado aproximado de diferenciação em que a malignidade ocorreu:+ apropriada classificação e terapia

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Proteínas Oncogénicas

• Os produtos de oncogenes ou genes mutados podem também constituir antigénios específicos do tumor:

• -p53• -ras• P210 BCR-ABL

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Reconhecimento dos Tumorespelo SI

• O sistema imune reconhece os antigénios através dos TRA (Tumor TRA (Tumor rejection rejection antigens)antigens)

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Resposta do SI a Tumores• Anticorpos monoclonais contra subsets T,

monocitos/macrófagos e células NK podem determinar subpopulações no local do tumor e a sua distribuição micro-anatómica;

• O nosso SI vigia constantemente o aparecimento de células neoplásicas e destroi-as e para tal conta com as células NK e reconhecimento do MHC: por um lado alguns tumores não expressam MHC Classe I enquanto que outros expressam antigénios Classe II - o SI no 1º caso não pode recorrer ás células citotóxicas TCD8+ , mas pelo menos usar as T helper CD4+. A resposta do SI pode ser de 2 tipos:

CELULAR HUMORALCELULAR HUMORAL

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Resposta celular• A activação Tactivação T inclui a geração de linfócitos

Th, Tc e Ts; os linfócitos T citotóxicos reconhecem os antigénios tumorais em associação com MHC Classe I. A activação também leva á produção de citoquinas pelas Th das quais se destacam:– IL-2 (divisão T e diferenciação B em células

plasmáticas;» NK)– MIF -migration inhibition factor- (activação de

macrófagos)– “Macrophage activating factor”– Factores quimiotáticos– Factores mitogénicos (MFs)– Linfotoxina ( lise tumoral celular in situ)– IFNs

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Resposta celular

A resposta adaptativa celular Tcelular T pode ser detectada através de 2 tipos

“major” de testes: proliferação e função efectora.

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Resposta celular

• Para além da resposta linfocitária T consideram-se aínda 2 tipos de células com acção anti-

tumoral:• NKNK – Matam as células tumorais que não

expressam MHC Classe I- o reconhecimento NK não é específico, é feito por receptores Fc á sua superfície ( são as máis importantes células de vigilância do SI.

• Macrófagos Macrófagos - Células tumorais opsonizadas podem ser mortas por macrófagos e PMNs, mediante fagocitose ( receptores Fc) e/ou por ADCC ( implica activação de complemento)

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Tumores e imunidade

inata

• Os tumores mesmo

perdendo a capacidade de expressão de MHC I ficam

susceptíveis ao ataque das células NK

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Resposta humoral• A produção de anticorpos contra antigénios

tumorais pode ser demonstrada por técnicas de imunofluorescência e embora as reacções celulares sejam mais significativas, detecta-se a produção de anticorpos que podem aderir á superfície tumoral e lisar as células por:– activação de complemento– activação de ADCC – formação de imunocomplexos– fagocitose pelos macrófagos e PMNs, mediada

por eles

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Citoquinas

• Havendo ou não resposta celular e humoral é determinante a produção de citoquinas, nomeadamente de TNF-TNF-αα, pelos fagócitos com actividade directa anti-tumoral.

• No processo dessa activação fagocitária e também das NK, a citoquina-chave é o IFN-IFN-γγ, que para além desta acção potencia o efeito dos fagócitos e NK e activa os linfócitos T citotóxicos.

• A IL-2IL-2, produzida pelos Linfócitos T helper activa paracrinamente os linfócitos T citotóxicos.– Para além disso já foi observado que a administração de

altas doses de IL-2 em pacientes com cancro renal ou melanoma maligno avançado, levava á remissão parcial ou completa.

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Mecanismos Tumorais de Escape ao SI

1 -fraca imunogenicidade tumoral

2-modulação da expressão antigénica HLA

3-imunossupressão tumoral

a) Lib.Ag tumoraisb) Lib. TGF-βc) Ab não

citotóxicosd) Altr.estrutural e

funcional do TCRe) Promv. anergia

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Mecanismos Tumorais de Escape ao SI

A capacidade do tumor escapar ao controlo imunológico pode depender do balanço entre a eficácia do SI e os factores que promovem o seu

escape

destruição tumoraldestruição tumoral crescimento crescimento tumoraltumoral

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Imunoterapia Tumoral

• As formas habituais e clássicas de tratamento: radioterapia, quimioterapia e mesmo cirurgia são muitas vezes insuficientes para combater o avanço de metástases.

• O objectivo da imunoterapia tumoral é a remoção das células malignas sem danificar as células do hospedeiro• Actualmente recorre-se a métodos não clássicos de

terapia, alguns dos quais, aínda em investigação

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Imunoterapia Tumoral

• com anticorpos• Ab monoclonais

contra Ag tumorais

• Imunotoxinas

• Ab acoplados a radioisotopos

• Ab acoplados a drogas quimioterapêuticas

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Imunoterapia TumoralCom citoquinasCom citoquinas

• Imunoestimulação não específica induzida por citoquinas produz células efectoras embora seja necessária a conjução com outro tipo de imunoterapia

• Activação das LAK após cultura in vitro com IL-2 e infusão no paciente

• Activação MAK, isolando monócitos do sangue periférico do doente com o tumor, cultivando-os in vitro e reinjectando-os após activação

Com vacinasCom vacinas

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Imunoterapia Tumoral

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Tumores

• Ratinho A - estirpe C57BL6 Ko NK• Ratinho B - estirpe BalB C Ko B2-microglobulina• Ratinho C - estirpe Nude

Qual o ratinho que melhor se defende de um tumorno baço que para escapar ao SI

“escondeu” o seu MHC I?

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TRANSPLANTES

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Transplantes• Transplante- termo usado em imunologia referente ao acto de

transferir células, tecidos ou orgãos de um individuo saudável (dador) para o necessitado ( recipiente).

• Especificidade e memória da rejeição do transplante- a rejeição do “graft” pode demorar maior ou menor tempo dependendo do tecido, sendo que a reacção desenvolvida começa por um infiltrado linfocitário, de monócitos e neutrófilos no tecido vascularizado, para além de outras células inflamatórias; as imunoglobulinas depositam-se nos pequenos vasos e formam trombos; a vascularização do transplante vai diminuindo até se atingir necrose e rejeição completa- rejeição primária ( 7-8 dias)

• A memória imunológica é demonstrada na tentativa de um segundo transplante; a rejeição é mais rápida e seguindo o mesmo padrão- rejeição secundária ( 2-3 dias)

• Locais de transplante “imunologicamente priviligiados”- olhos, cerebro,testículos e útero - ausência de tecido linfático

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Transplantes

• Dependendo do tempo a rejeição do transplante pode ser– a) hiperaguda, b)

aguda ou c) crónica.

• A compatibilidade dador-recipiente depende de:– Sistema ABO– Sistema HLA– Anticorpos citotóxicos

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TransplantesMecanismos envolvidos na Mecanismos envolvidos na

rejeiçãorejeição

• A rejeição do “graft” é mediada na sua maioria por uma resposta celular a aloantigénios ( primariamente moléculas MHC) expressos nas células do “graft”; são também implicadas reacções DTH e de citotoxicidade. O processo divide-se em 2 fases:

1- Fase de sensitização1- Fase de sensitização

2- Fase efectora2- Fase efectora

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TransplantesImunossupressão pré e pós-Imunossupressão pré e pós-

operatóriaoperatória• Para evitar a rejeição recorre-se à terapia de

imunossupressão com o objectivo de diminuir a proliferação ou activação linfocitária. Como são afectadas todas as células do SI as complicações podem ocorrer a longo - termo, com » risco de cancro, hipertensão e « de metabolismo ósseo.

• Terapia imunossupressora geralTerapia imunossupressora geral– ciclosporina– aziotropina– Corticóides

– irradiação linfocitária• Imunossupr. específicaImunossupr. específica

– mAb contra células T– mAb contra citoquinas– bloqueadores de co-

estimulação

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Transplantes• Actualmente em uso diário existem

transplantes:• de rim• do fígado• do pâncreas• de coração• Pulmões/coração• de medula……..

• Para além da rejeição do recipiente ao transplante podemos aínda ter o caso em que o “graft” rejeita o recipienteGVHDGVHD – Graft versus host diseaseGraft versus host disease,