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SETEMBRO/OUTUBRO 2008 T.F. ANO 1 - NÚMERO 2 - SETEMBRO/OUTUBRO 2008 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GUARAREMA É A CASA DE SÃO LONGUINHO NO BRASIL Aventura natureza Aventura natureza e no Alto Tietê Alto Tietê ITAQUÁ INVESTE EM ROTEIROS HISTÓRICOS E mais: Torneios em Salesópolis e teatro em Suzano GUARAREMA É A CASA DE SÃO LONGUINHO NO BRASIL ITAQUÁ INVESTE EM ROTEIROS HISTÓRICOS

Turismo em Foco - nº 2

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Turismo em Foco - nº 2

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setembro/outubro 2008 T.F. �

ANO 1 - NÚMERO 2 - SETEMBRO/OUTUBRO 2008 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Guararema é a casa de

são LonGuinho no BrasiL

Aventura naturezaAventura naturezae

noAlto TietêAlto Tietê

itaquá inVeste em roteiros

histÓricos

e mais: torneios em salesópolis e teatro em suzano

Guararema é a casa de

são LonGuinho no BrasiL

itaquá inVeste em roteiros

histÓricos

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Visite oAlto Tietê

Visite oAlto Tietê

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setembro/outubro 2008 T.F. �

Edição E rEportagEm

Fábio mendesSandra Coutothaís Verona

patrícia maglio

Editoração

César ricardo Builcatti

artE Final

Sílvia megumi mizoguti

JornaliSta rESponSÁVEl

patrícia magliomtb 30.873/Sp

dEpartamEnto ComErCial

dagmar Simões7478-7151

imprESSão

ibep

tiragEm10 mil exemplares

[email protected]

2779-11658573-3677

A revista TURISMO EM

FOCO é uma publicação

da OPS COMUNICA

SUMÁRIO5 Acontece nA Região

13 igreja nossa Senhora da escada, em guararema, abriga a imagem de São Longuinho

10 Parque centenário em Mogi é a nova opção de turismo do Alto tietê

42 A estrada velha de São Paulo a Santos

18 guararema pode ganhar um cineclube para a exibição permanente de filmes nacionais

22 A cidade de guararema completa 109 anos

29 itaquaquecetuba investe em roteiros de turismo histórico para atrair maior número de visitantes

9 o município de itaquá completa 448 anos

cAPA Alto tietê tem opções para os fãs de esportes de aventura em duas rodas e para quem quer um passeio em contato com a natureza

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TURISMOem foco

33 Salesópolis terá provas de natação e caiaque

37 Suzano recebe Mostra de Referências teatrais

40 A vida de uma mogiana nos estados Unidos

45 PAnoRAMA: As notícias do mundo do turismo

Ney Sarm

ento/PMM

C

Vipc

omm

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EDITORIAL

Rumo às eleições muni-cipais, uma questão que vem à tona é: o que os

próximos prefeitos farão pelo desenvolvimento da região do Alto Tietê?

Muitas propostas são apre-sentadas neste período e mui-tas promessas são feitas. Mas pouco se ouve falar de turismo entre os candidatos, apesar de este ser um dos caminhos mais curtos rumo ao desenvolvimen-to sustentável.

A atividade turística também cria empregos, gera renda, pode formar e capacitar pessoas e ga-rantir uma nova oportunidade a jovens recém-formados, sem experiência no mercado.

O turismo tem de ser pauta de discussão de todos os ges-tores ou, no caso, daqueles que pleiteam as cadeiras de chefes das administrações em suas ci-

O turismo e os próximos prefeitos

dades. Isso tem de ser regra para todo e qualquer prefeito.

No caso do Alto Tietê, então, região com forte potencial tu-rístico, grande porcentagem de área protegida ambientalmente e riqueza cultural, isso tem de ser mais que uma regra. É uma obrigação.

A Turismo em Foco aposta no desenvolvimento turístico da região, em seu potencial e

enxerga no setor a chave para o desenvolvimento de municípios que hoje têm dificuldades em atrair investimentos (até mes-mo pela enorme área protegida ambientalmente) e possuem or-çamentos reduzidos. A torcida é para que o turismo passe a fazer parte da pauta dos candidatos e, a partir de janeiro de 2009, dos novos prefeitos eleitos.

E boa sorte à região!

Ney Sarm

ento/PMM

C

Participe da Turismo em FocoSe você já visitou algum ponto turístico do Alto Tietê e fotografou o momento,

ou tem fotos suas em algum lugar da região que considere especial, mande sua foto para a gente, pelo e-mail [email protected]. Você pode estar na próxima edição da revista Turismo em Foco.

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Quem gosta de apreciar flores e tem curio-sidade em aprender mais sobre os cui-dados com as plantas terá a oportuni-

dade, nos finais de semana de agosto e início de setembro, de visitar a 17ª Expo Aflord, realizada pela Associação dos Floricultores da região da Via Dutra, em Arujá.

A feira trará como carro-chefe as plantas de hibiscos gigantes, geneticamente melhoradas no Japão, que podem ser cultivadas em vasos e apresentam formato semelhante a um disco. Elas são apresentadas em três cores: branco, ver-melho e rosa. A variedade de hibisco que existe no Brasil é conhecida como Hibiscus gigante e geralmente é utilizada em cercas-vivas.

A Aflord é conhecida por antecipar tendências e por possuir a maior diversidade de produtos, cerca de 250 mil itens à venda, com mais de mil variedades de plantas, entre elas 120 tipos de flo-res. No total, participarão da feira 77 produtores das cidades de São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Guararema, Santa Isabel, Mogi das Cru-zes, Arujá, Itaquaquecetuba e Guarulhos. A ex-posição deve receber 35 mil pessoas e vender 80 mil itens e pretende, principalmente, incentivar o hábito de cultivar flores e plantas.

Aflord é conhecida pela diversidade de flores

Aflordem

Serviço

QuandoNos dias 30 e 31 de agosto e nos dias 6 e 7 de setembro

OndeSede da Aflord – Avenida PL do Brasil, km 4,5 – Fazenda Velha – Arujá

Quanto: O ingresso custa R$ 14 nas bilheterias. Estu-dantes com carteirinha e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Crianças de até 8 anos têm entrada franca

Site:www.expoaflord.com.br ou www.aflord.com.br

Mais informações:Pelos telefones (11) 4655-4227 ou 4655-1928.

Arujá

Acontece na região

Maurício Builcatti

Participe da Turismo em Foco

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T.F. setembro/outubro 2008 �

Serviço

QuandoSeg. a qui.: 9h às 11h Sextas: 9h às 11h Feriados: 9h às 16h

OndeEstrada Municipal do Itapema, 4.415, no bairro do Itapema

Outra dica para quem gosta de flores é a Orquidácea, em

GuararemaNa Estrada Municipal de Ita-

pema, fica um grande produtor de orquídeas e plantas ornamen-tais, a Orquidácea (foto abaixo). O horário de funcionamento de segunda a quinta-feira é das 9 às 11 horas e das 13 às 16 ho-ras. Às sextas-feiras, as visitas podem ser feitas das 9 às 11 ho-ras e das 13 horas às 15h30. Nos sábados, domingos e feriados, a Orquidácea fica aberta das 9 às 16 horas.

Div

ulga

ção

Em todas as edições, as apresentações artísticas atraem o público

Divulgação

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A novena da tradicional festa acontece a partir de 5 de setembro. Cada

dia, é celebrada por uma co-munidade, na paróquia Nossa Senhora D´Ajuda (rua Nossa Senhora D´Ajuda, 520).

No dia 13, às 16 horas, acon-tece a tradicional cavalhada, apresentada por um grupo de Salesópolis e Santa Branca. Às 18 horas, como atividade religiosa da festa, está o le-vantamento do mastro com a celebração de uma missa pelo pároco local.

Depois, a partir das 20 horas, a festa continua com

quermesse, recheada de forró, bingo e barracas de comidas e bebidas típicas. No domin-go, a festa dura todo o dia. Às 11h30, há a missa e, ao meio-dia, é servido o afogado. Os visitantes devem levar pratos e talheres para saborear o tra-dicional prato, por R$ 2.

Durante os dois dias de fes-ta e quermesse, cerca de 5 mil pessoas visitam o local, entre moradores da cidade e turis-tas. A Nossa Senhora D´Ajuda é um patrimônio tombado e foi construída em 1682. A fes-ta acontece há, pelo menos, 200 anos.

Nossa Senhora D´Ajuda

Guararemaem

Durante a festa, visitante poderá ir a locais como a Ilha Grande

Maurício Builcatti

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No mês de setembro, Mogi das Cruzes, Guararema e Itaquaquecetuba celebram seus aniversários. Na comemoração, há

atividades como shows e festas religiosas. Em Mogi, que faz 448 anos em 1º de setembro, ha-verá shows com Alexandre Pires (30 de agosto), Marjorie Estiano (31 de agosto) e Titãs, em 1º de setembro. O local não havia sido definido até o fechamento da edição. Itaquá também fará 448 anos. No fim de semana de 5 a 8 de setembro, dia do aniversário, a cidade celebra o aniversário e a festa de Nossa Senhora D´Ajuda, bem como a Festa do Peão. Os eventos ocorrem na praça João Álvares. Guararema, por sua vez, fará 109 anos no dia 19 de setembro

Festa do Baruel

A tradicional Festa do Baruel, em Suzano, será diferente este ano. A organização busca resgatar as origens do evento e ele terá cunho religioso, sem shows e com quermesse mais intimista. As festividades começam em 31 de agosto, com ter-ço na capela São Benedito, no Jardim Ikeda, às 15 horas. Em 21 de setembro, sai a procissão da capela rumo à Igreja do Baruel. As missas serão nos dias 25, 26 e 27, na Igreja do Baruel. n

Aniversários

Ney Sarm

ento/PMM

CSecom

/Suzano

Festa do Baruel terá enfoque mais religioso este ano

Mogi terá shows de pop-rock e cantores românticos

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Itaquá

448Município completa

A cidade celebra aniversário dia 8 de setembro e se prepara

para receber visitantes

Itaquaquecetuba completa 448 anos no dia 8 de setembro. Para comemorar, os morado-res e visitantes poderão conferir um desfile

cívico, além da Festa do Peão e da tradicional Festa de Nossa Senhora D’Ajuda, que acontece na praça central Padre João Álvares.

O município está investindo no turismo cul-tural e histórico, abrindo as portas para agên-cias de turismo receptivo, para garantir que a cidade seja conhecida em todo o Estado pelos seus atrativos. n

anos com festa

Maurício Builcatti

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Parque Centenário é nova opção de

Uma réplica do navio Ka-sato Maru, que trouxe ao Brasil os primeiros

imigrantes japoneses. Um me-morial com fotos históricas das primeiras famílias que chega-ram a Mogi das Cruzes. Quatro lagos. Este é o cenário que pode ser encontrado pelos visitantes do Parque Centenário, em Mogi das Cruzes. Mas há muito mais a ser visto na nova atração tu-

rística do Alto Tietê. O parque é grande e conta com brinque-dos para as crianças, áreas para churrasco, espaço para as famí-lias descansar e uma lanchonete que tem yakissoba e tempurá, como pratos principais.

Instalado na avenida Francis-co Rodrigues Filho e inaugura-do no dia 28 de junho de 2008, o parque é a mais nova opção turística na região, com poten-

cial para ser o parque do Alto Tietê que mais atrai visitantes. A cada final de semana, cerca de 30 mil pessoas visitam o lo-cal, que recebeu R$ 5 milhões de investimento.

Ao entrar no parque, é possí-vel perceber a curiosidade que ele causa nas pessoas. O esta-cionamento está sempre cheio e muitos carros ficam do lado de fora, formando uma fila na

turismo na regiãoMogi das Cruzes

No local, há uma réplica do navio Kasato Maru, que trouxe os primeiros imigrantes japoneses ao País. Há ainda um memorial com fotos dos pioneiros em Mogi

Ney Sarm

ento/PMM

C

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própria avenida. Os pontos de ônibus ao lado do parque tam-bém ficam lotados aos finais de semana, prova do número de vi-sitantes que vêm de locais dis-tantes e de outros municípios. O movimento é tanto que é ne-cessária a presença de guardas de trânsito para organizar o flu-xo de veículos.

O parqueA Turismo em Foco foi con-

ferir, em um domingo, as atra-ções do Parque Centenário, que contou, na sua inaugura-ção, com visitantes ilustres da região e do Japão, orgulhosos em ganhar tal homenagem.

Logo na entrada do parque, está instalado o Memorial da Imigração Japonesa em Mogi Taro Konno. Este local divul-ga a imigração na cidade, que começou em 1919, com fotos, documentos e objetos perten-centes aos pioneiros orientais no município. O nome do me-

morial homenageia o primei-ro vereador nikkei (descen-dente de japoneses) de Mogi.

No parque, há quatro lagos e as placas com os respectivos no-mes ao lado deles, como Kobe-Japão e Brasilis. Todas as placas são bilíngües, com informações em português e japonês.

Quando os primeiros imi-grantes chegavam a Mogi das Cruzes, se instalavam em bair-ros rurais e construíam casas simples, rústicas. No Parque Centenário, há a réplica da casa construída pelos imigrantes no bairro Porteira Preta, em 1926, e que pertencia à família Taki-zawa. Era a típica moradia rural de quem deixava a Terra do Sol Nascente para tentar a vida do outro lado do mundo.

Próximo à réplica da mora-dia, há um abrigo de sino bu-dista. O abrigo hoje apenas en-feita o parque, mas foi usado no dia 18 de junho, na inaugura-ção do local.

O memorial do Kasato Maru é um dos pontos altos da visi-ta. A réplica do navio pode ser visitada e, em seu interior, os visitantes encontram registros fotográficos das famílias nipô-nicas pioneiras. Do lado de fora, em frente ao navio, há uma es-cultura metálica representando uma família brasileira receben-do de braços abertos aqueles que desembarcavam em terras tupiniquins.

Atravessando uma ponte flutu-ante em um dos lagos, o visitante chega ao Centro de Exposições Cidades-Irmãs, que contém um acervo mostrando as principais características das cidades-ir-mãs de Mogi das Cruzes – Seki e Toyama.

Logo à frente, o Pavilhão das Bandeiras conta com os exempla-res de todas as províncias japo-nesas e um exemplar de bandeira de cada Estado brasileiro. Desta forma, o pavilhão expressa a ami-zade entre as duas nações.

Ney Sarm

ento/PMM

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Instalações trazem informações sobre os imigrantes

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ConsciênciaTalvez pela carência de áre-

as de lazer na região, alguns vi-sitantes não estão preparados para cuidar do patrimônio pú-blico e o destroem sem remorso. Apesar de haver pessoas ido-sas e casais com crianças, até

mesmo de colo, atravessando a ponte flutuante, alguns garo-tos e homens balançam a pon-te, quase a ponto de derrubar todos na água. O guarda mu-nicipal apenas assiste à cena. Aos finais de semana, há de 8 a dez guardas no local.

Além da brincadeira de mau-gosto, muitas pessoas ignoram as lixeiras existentes em todo o parque e atiram saquinhos de pipoca e embalagens de sorvete no chão ou em um dos lagos. A fiscalização não dá conta de conscientizar os visitantes. n

Ney Sarm

ento/PMM

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Pavilhão reúne bandeiras dos Estados brasileiros e das províncias do Japão

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Igreja que guarda a única imagem do santo no Brasil vem sendo restaurada.

Local guarda histórias preciosas

Embora não tenha sido ca-nonizado oficialmente pelo Vaticano, São Longuinho

é um dos mais famosos santos brasileiros. Presente na televisão e ajudando a todos a encontrar objetos perdidos, é símbolo de fé e devoção. E é justamente na primeira capela de Guararema, que nasceu de um aldeamento indígena em meados do século XVII, que está a única imagem de São Longuinho do País.

Cuidada com carinho por Luí-za Leme de Almeida, de 85 anos, a imagem recebe visitas de fiéis de todo o País e até mesmo do

exterior. Cercado por lendas e histórias, São Longuinho con-tinua atendendo às promessas

de quem vai até ele na Igreja Nossa Senhora Da Escada, na Freguesia da Escada, em Gua-

rarema. “Um caso de que me lembro foi o de um senhor que perdeu a carteira dele dentro da água do mar, em Caraguatatu-ba. Ele pediu a São Longuinho e, na manhã seguinte, encontrou a carteira no local onde havia perdido e ela estava sequinha, com tudo dentro. Ele nem foi pra casa, veio direto pra cá pa-gar a promessa”, disse.

Luíza enfrentou dificulda-des com os padres para con-seguir um lugar para São Lon-guinho, no altar. “Nem gosto de me lembrar do que passei, foi difícil”, recorda-se. Depois de ti-

à espera dos fiéis

N em g o sto d e lembrar do que passei. Hoje as

visitas que a igreja recebe são

para São Longuinho

Guararema

São Longuinho,São Longuinho,M

aurício Builcatti

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rar o santo de dentro de uma gaveta, ela buscou um local para a imagem. Sem a apro-vação do padre, no entanto, onde ela a colocava, tinha de tirar. Mas ela venceu a briga. “Hoje as visitas que a igreja recebe são para São Longui-nho”, comemora. Ela é deten-tora da chave da igreja, dada pelo bispo Dom Paulo Rolim Loureiro, em 1958.

Para quem vive na Freguesia da Escada, a matriz e a igreja são bens preciosos. “Isso aqui é a vida deles”, disse Larissa Leme, membro da comunida-de e estagiária em artes plás-ticas. Envolvida com a igreja, Larissa passou a estudar ar-tes para acompanhar todo o projeto de restauração.

Mesmo em processo de re-vitalização, a igreja se mantém aberta aos fiéis durante a se-mana e também tem missas, no primeiro domingo e no ter-ceiro sábado do mês.

A imagem de São Longui-nho ficou conhecida Brasil afora em 2001, quando canais de televisão passaram a fazer reportagens sobre sua exis-tência. Com isso, o turismo na pacata Freguesia da Escada, de mil habitantes, começou a crescer. Moradores da região e de fora começaram a investir em restaurantes e empreen-dimentos turísticos no local. Atualmente, a igreja recebe 200 pessoas por final de se-mana, entre fiéis e curiosos. Ao longo da semana, grupos de terceira idade também pas-sam pela Freguesia da Esca-da, movimentando a região. A freguesia já é um dos pó-los de turismo gastronômico mais importantes da região.

São Longuinho também ficou tão famoso que a Câ-mara de Guararema aprovou recentemente a celebração de seu dia, que será comemora-do em 15 de março.

Maurício Builcatti

Dona Luíza é a guardiã da imagem de São Longuinho há 50 anos

Page 15: Turismo em Foco - nº 2

setembro/outubro 2008 T.F. �� setembro/outubro 2008 T.F. ��História

O pesquisador João Augusto da Silva, che-fe do setor de formação e eventos culturais da prefeitura, estuda a his-tória do santo e conta que São Longuinho era um centurião que viveu na época de Cristo. Na crucificação de Jesus, re-solveu encurtar seu so-frimento e lhe abriu as chagas, para que morres-se mais rapidamente. O sangue de suas chagas, misturado ao vinagre que haviam lhe aplicado ao corpo (para que sofresse mais), caiu no olho do centurião. O problema de visão que ele tinha foi curado e ele se tor-nou cristão.

A fé de São Longuinho, no entanto, fez com que fosse perseguido, morto e esquartejado. n

Maurício Builcatti

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RestauRação busca

originaise paredesprimeiras pinturas

Maurício Builcatti

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A capela, fruto do primei-ro aldeamento indígena da região, em meados do

século XVII, foi ampliada com os franciscanos, em 1734, mas guarda muito de sua primeira constru-ção. As paredes foram construídas em taipa de mão e pilão, vistas sob o cimento, e suas obras de arte guardam as pinturas, sob as atuais, da época indígena.

Para levar a fé cristã aos in-dígenas, os jesuítas colocavam uma escada sobre as sepulturas dizendo que, por ela, a santa le-varia as almas ao céu. Com isso, os indígenas passaram a ter fé em Nossa Senhora da Escada.

O telhado, o coro e a nave da

igreja foram substituídos, com o processo de restauração. A ma-deira também foi toda refeita e as telhas, presas com presilhas. Mas ainda falta a recuperação das obras de arte, o que pode levar anos.

No total, a restauração deve custar cerca de R$ 2 milhões. Não há prazo para o seu térmi-no devido ao trabalho minucio-so. A última restauração feita na igreja levou nove anos, de 1947 a 1958.

Para auxiliar na restauração da igreja, moradores de Guara-rema estão participando de cur-sos de restauração de madeira, pintura e outras técnicas. n Restauração tem apoio popular

Maurício Builcatti

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CINEMAParadiso

No embalo do 3º Festival de Cinema e Meio Ambiente, a cidade tenta criar circuito

permanente de exibição

A pequena cidade de Guararema começa, aos poucos, a colher os

frutos de uma das mais inte-ressantes iniciativas culturais do Estado. A terceira edição do Festival de Cinema e Meio Ambiente de Guararema mal havia começado e um gran-de projeto começou a ser ar-ticulado: produtores, atores e diretores, além dos ideali-zadores e patrocinadores do festival, se unirão para criar novas iniciativas. A criação de um cinema ou cineclube em Guararema, com a inclusão da cidade em um circuito na-cional de exibição de filmes

brasileiros, estão entre os pro-jetos mais interessantes.

A idéia nasceu na coleti-va que marcou a abertura do festival, no dia 2 de agosto. O evento contou com a presença, entre outros, dos atores To-nico Pereira e João Acaiabe, o ator e diretor Paulo Betti, o roteirista Cláudio Yoshida e a produtora Assunção Hernan-des, da Raiz Produções.

A coletiva girou em torno das dificuldades existentes para divulgar País afora a produ-ção cinematográfica nacio-nal e também dos sonhos e projetos dos presentes para contornar estes problemas.

Guararema

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“Percebi que todo mundo tinha um objetivo em comum ali. E me perguntei: ‘porque algo que todo mundo quer não dá certo?’ Vamos tocar este projeto”, disse Maria José Zakia, a Zezé, da Votorantim Celulose e Papel (VCP), principal apoiadora do festival.

Foi assim que Zezé se tornou a catalisadora

de um processo que está ainda em seu estágio inicial, mas que tem tudo para criar um ambien-te de transformação na vida dos habitantes de Guararema e, conseqüentemente, dos muitos turistas que visitam a cidade. “Resolvemos con-versar uns com os outros sobre o desejo comum de aproximar o cinema das pessoas”, disse ela.

Em Guararema, artistas discutiram os rumos do cinema

Tonico Pereira, Ricardo Magalhães, João Acaiabe e Paulo Betti

Fotos: Divulgação

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A expectativa é que os pla-nos de criar locais de exi-bição permanente de fil-

mes ganhem força e sigam os passos do próprio festival, que já dá sinais de ser um grande sucesso não só como propaga-dor de cultura para a cidade, mas também como impulsio-nador da vocação turística do município.

Este ano, a meta dos organi-zadores é receber, em dez dias de atividades, pelo menos dez mil pessoas, um número consi-deravelmente maior que do ano passado. E o festival ainda está na terceira edição. Um exemplo do poder transfor-mador do cinema está nos pró-prios idealizadores do festival, como Ricardo Magalhães.

“Quando decidimos criar o festival, queríamos saber mais, conhecer mais sobre o cinema, e, logo no início, nós vimos que era preciso dar um passo a mais, que foi dado com as primeiras edições. Hoje, eu me interesso muito mais por cinema do que antes. E me encantei com ini-ciativas como a do Festival de Paulínia”. n

Turismo e cultura competitiva

Como no cinemaOutras idéias também devem

ser colocadas em pauta futu-ramente, todas com o mesmo objetivo: transformar a alma de Guararema por meio do cine-ma, assim como aconteceu com a pequena e simpática aldeia de Giancaldo, no filme “Cine-ma Paradiso” (1988). Na pelí-cula de Giuseppe Tornatore, a grande sala de exibição move o pequeno vilarejo e torna mais bela e interessante a vida de seus moradores. Embora ninguém

na coletiva do festival cite no-minalmente o filme, é possível perceber que a meta deste novo

projeto é gerar para a cidade do Alto Tietê um clima muito se-melhante ao de Giancaldo.

Produtores, administradores e empresários criarão cineclube

Divulgação

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competitiva A rota de crescimento do Festival de Ci-

nema e Meio Ambiente de Guararema tem sido reconhecida pelos profissio-

nais da produção cinematográfica nacional e isso ficou perceptível na coletiva realizada no dia 2 de agosto. O desejo de ver o festival crescer e se tornar uma referência cultural do Estado de São Paulo passa, quase que inevi-tavelmente, por uma questão: o festival pode vir a se tornar uma mostra competitiva?

Os próprios idealizadores admitem a in-tenção, embora façam questão de frisar a necessidade de, antes de tudo, fortalecer o evento como uma mostra não-competitiva. Outra meta é fazer com que Guararema pos-sa receber filmes inéditos no circuito comer-cial de cinemas.

Estas possibilidades abrem margens de

comparações com dois festivais: o tradicio-nalíssimo Festival de Cinema de Gramado e o recém-criado Festival Paulínia de Cinema, cuja primeira edição ocorreu em julho, na ci-dade do interior de São Paulo.

“Eu imagino Guararema neste nível. Com mais apoios, poderemos tornar nosso festi-val maior e trazer mais novidades”, comenta Ricardo Magalhães.

O presidente do Conselho dos Gestores de Turismo em Guararema (GETur), João Pau-lo Cavalieri, explica que o festival já vem tra-zendo reflexos no setor turístico da cidade. “Tivemos um crescimento na procura pelos estabelecimentos. Ainda pode crescer mais e o festival será muito importante nesse pro-cesso. Ele traz os artistas e, onde está o artista, tem gente interessada em cultura”. n

Ofuturoestá namostra

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Guararema

109Cidade comemora

anos

O município é um dos mais prósperos do Alto Tietê e se firma cada vez

mais como pólo turístico

da região

No dia 19 de setembro, a cidade de Guarare-ma comemora seus 109

anos. O novo município locali-zado na região do Alto Tietê e próximo ao Vale do Paraíba é um dos mais prósperos da região, com cerca de 25 mil habitantes, sendo mais de 50% moradores da área rural.

A pequena e agradável cidade se destaca como um dos gran-des pólos turísticos do Alto Tie-tê, atraindo visitantes de todos os cantos, como de cidades do Vale do Paraíba e também da capital paulista. Entre os pon-tos turísticos mais visitados es-tão o Parque da Pedra Monta-da, a praça Pau D´Alho e a Ilha

Grande, além da Orquidácea e da Freguesia da Escada.

A gastronomia é um ponto forte do município e um dos pólos é a Freguesia da Escada. Além de bons restaurantes, o bairro também é muito visita-do em razão de abrigar a única imagem de São Longuinho do País, guardada na Igreja Nossa

Mau

ríci

o Bu

ilcat

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Mau

ríci

o Bu

ilcat

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Senhora da Escada. (confira re-portagem na página 13). Gua-rarema também é conhecida por ser considerada a cidade com o terceiro melhor clima do Estado.

O Parque Municipal da Pedra Montada fica na Estrada Muni-cipal Hércules Campagnoli, km 08, no Putim.

A praça Pau D´Alho e a Ilha Grande ficam na área central do município. A Igreja Nossa Se-nhora da Escada fica no bairro Freguesia da Escada. n Ar pacato em plena Grande São Paulo atrai visitantes de vários locais

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T.F. setembro/outubro 2008 ��

As cidades do Alto Tietê mer-gulharam de cabeça no universo do off-road sobre

duas rodas. Perfeito palco natural para aventuras, a região tem re-cebido visitas cada vez mais fre-qüentes dos fãs de motocross e enduro, tanto para a disputa de competições de alto nível quanto para animados e descompromis-sados passeios. Já passaram pela região pilotos de primeiro nível do circuito nacional, como o mi-neiro Felipe Zanol, mas também grupos de turistas e pilotos de

final de semana, todos em busca de aventura, lazer e um contato intenso com a natureza.

Todo esse potencial, eviden-temente, não fica restrito ape-nas às motos. Vários grupos de ciclistas têm realizado anima-dos passeios por trilhas de va-riados níveis de dificuldade e já anunciam planos para fortale-cer a imagem da região como ideal para a atividade.

CompetiçõesMogi das Cruzes, Guararema

e Suzano estão na ponta-de-lan-ça deste crescente processo de valorização do Alto Tietê, graças às competições que vêm sendo realizadas nestas cidades, tanto no motocross (em pistas cons-truídas especialmente para as provas) quanto no enduro (em trilhas criadas em ambientes na-turais).

Um bom exemplo está nas provas de enduro promovidas pelo Adrenatrilha Trail Clube, de Mauá. A entidade dedica espaço especial para a região em seu

Capa

Natureza e

aventuraNatureza

eaventuraDUASRODASDUASRODAS

em

De moto ou mountain bike, fãs do off-road de todo o País vêm ao Alto Tietê para disputar competições ou apenas curtir belos passeios

Adrenatrilha

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setembro/outubro 2008 T.F. ��

calendário: a tradicional Copa Pakato e a Copa Adrenatrilha de Cross Country possuem várias etapas nas três cidades. O suces-so é tão grande que uma com-petição foi criada apenas para a região: a Copa Alto Tietê de Enduro de Regularidade, cuja última etapa acontecerá no dia 23 de novembro, em Suzano.

Para os fãs do motocross, o principal ponto de convergência é o ASW Off-Road Park, no bairro do Botujuru, em Mogi das Cru-zes. De propriedade da família Mattos, o local abriga eventos e competições de todos os tipos. Recentemente, uma animada festa off-road contou com a par-ticipação de alguns dos melhores pilotos de enduro do País, como Felipe Zanol, campeão brasileiro e nome certo entre os melhores do circuito mundial.

Nos últimos anos, o ASW Off-

Road Park tem sediado as pri-meiras etapas do Campeonato Brasileiro de Minicross, voltado a pilotos de 4 a 9 anos de ida-de. Reformulada, a pista trouxe mais segurança aos competido-res, sem prejudicar o desempe-nho. A infra-estrutura do local permite ao público assistir às disputas bem de perto.

E há muito a ver. Os pi-lotos mirins mostram

que não devem nada aos adultos e conse-

guem, em pontos de acrobacia, levar

suas pequenas motos de 50cc e 65cc a vários metros acima do solo.

A novidade da etapa realizada este ano foi a inclusão da cate-goria Pitbike, com minimotos para pilotos acima de 15 anos de idade. A classe é válidas como corridas de incentivo e não con-tam pontos para o Brasileiro de Minicross.

PasseiosAlgumas das mais interessan-

tes trilhas da região estão locali-zadas em Salesópolis, próximas às represas de Paraitinga e Pon-te Nova. Outro grande atrativo está nas festas, já que muitos passeios coincidem com a re-alização de eventos religiosos na zona rural. “Um dos roteiros que fazemos passa pelo Bairro Capelinha. Quando tem festa, os

Municípios têm trilhas com vários níveis de dificuldade

Foto

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Trilhas com cascalho, cheias de lama ou estreitas, com mato alto: percursos de todo o tipo atraem os fanáticos por aventura

Fotos: Adrenatrilha

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organizadores nos chamam. É uma diversão a mais”, explica o comerciante Syrio Félix Júnior, que há mais de 20 anos passeia pelas trilhas da região.

Este trajeto passa por outros bairros, como o de Remedinhos, e é de dificuldade moderada, se-gundo Félix: “É um trajeto gosto-so, ideal para passeio. Levamos, no máximo, três horas fazendo este percurso, sempre em estra-da de terra”.

Um trajeto bem menor, mas tão interessante quanto este, é o da estrada da Petrobras. “Nós caminhamos até uma das ca-choeiras, num percurso de 25 quilômetros. Mas há roteiros se-

cundários que os mais familia-rizados costumam pegar”, ex-plica Félix.

A trilha mais longa é a que passa pelo aterrado da represa

de Paraitinga e chega até Biritiba Mirim. São 40 quilômetros de passeio. “É um trajeto mais lon-go e complexo, mas interessan-te”, completa o motociclista. n

Suzano e Salesópolis têm as trilhas mais procuradas da região

Mogi das Cruzes abriga provas de minicross e de enduro

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As trilhas de Salesópolis estão entre as melho-res para quem anda de

mountain bike, por possuírem vários níveis de dificuldade. Mas os grandes atrativos são mesmo as belezas naturais. Pensando nisso , os bikers locais criaram roteiros turísticos especiais.

“Hoje há vários grupos que participam. Nós recebemos al-guns e mostramos o caminho. Mas queremos estruturar essa recepção, inclusive com carro de apoio”, explica o comerciante José Gastão Cursino. A criação do grupo Verde Trilha, Eventos e Aventura é o primeiro passo.

A idéia é oferecer opções de

Mountainbikepode movimentar

hospedagem e alimentação para os visitantes, que che-

gam de todas as partes do Es-tado. “Recentemente veio um

grupo de Araraquara. Em breve, virá uma turma de

São Paulo para percorrer a estrada da Petrobras”. Se-gundo Cursino, este é o “trecho clássico, não só de Salesópolis, mas de

todo o Estado”. “Tem vi-suais belíssimos e inusita-

dos, como a ponte de uma rodovia abandonada”.

Esta é a trilha mais difícil. São 74 km, percorrendo a Serra do Mar até São Sebastião. Mas há caminhos mais moderados, como o que leva até a nascen-te do rio Tietê (35 km) ou o que passa pela Usina Parque. Este é o passeio mais maleável, pois é possível dividi-lo em três par-tes. Uma delas só é possível fa-zer com autorização da Sabesp, por cortar uma das represas da companhia. “Mas vale a pena, porque é possível chegar a áreas muito bem preservadas”, com-pleta. Os interessados nos pas-seios podem obter informações pelo telefone 9597-7865. n

turismo

Fotos: Arquivo Pessoal

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setembro/outubro 2008 T.F. �� setembro/outubro 2008 T.F.

Itaquá

históricosroteirosO Brasil conta atual-mente com apenas 30 casas que pertence-ram a bandeiran-tes. E uma delas está no Alto Tietê, em Itaquaquecetuba. O município, ma-joritariamente industrial, está abrindo as por-tas para o tu-rismo, buscan-do nele seu desenvolvi-mento. Para isso, aposta no turismo histórico e cultural.

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emCidade investepode movimentar

Maurício Builcatti

Imagem de Nossa Senhora D’Ajuda data do século XVII

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T.F. setembro/outubro 2008 �0

A Prefeitura de Itaquaque-cetuba vem catalogan-do os produtos turísti-

cos existentes no município e já identificou pontos de interesse que devem formar um roteiro. O projeto está sendo formatado e depende, principalmente, do interesse de agências de turis-mo receptivo para que come-ce a funcionar. O roteiro deverá atrair cerca de 30 turistas e visi-tantes por semana, um total de 120 por mês, segundo estimativa da própria administração.

O roteiro de um dia será reple-to de história, verificada in loco em alguns pontos do município. Os visitantes conhecerão o pro-cesso de fundação da cidade e poderão verificar construções

do século XVII, como a igreja Nossa Senhora D´Ajuda.

A igreja é tombada como patri-mônio histórico pelo município e está em processo de tomba-mento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Con-dephaat). O processo inicial da construção da igreja se deu em 1624, com seu altar construído por indígenas e escravos. A ca-pela inicial foi reconstruída em 1905 e a torre, em 1917. O Con-dephaat deve agendar a decapa-gem da pintura da igreja para, então, garantir o tombamento definitivo. A igreja conta com uma imagem de Nossa Senhora D´Ajuda em seu acervo, data-da do início do funcionamento da capela.

O turista também terá a opor-tunidade de conferir a histórica Capela do Sino, na estrada de São Bento, Jardim Amazonas. A Capela do Sino foi construída em 1886, também por escravos. O sino original é mantido até hoje no local. Ela foi concebida como um ponto de parada e descanso dos escravos, que faziam o cor-tejo de seus mortos. Devido à distância que tinham de percor-rer até o cemitério, construíram a igreja como ponto de parada e ponto de revezamento entre aqueles que carregavam o corpo. Uma lenda conta que a capela ficava em um local seco e árido. Portanto, aqueles que paravam ali padeciam da falta de água. Devido a pedidos e promessas,

Maurício Builcatti

Igreja começou a ser construída em 1624

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setembro/outubro 2008 T.F. ��Fotos: M

aurício Builcatti

Prédio guarda trechos de sua construção, ocorrida no período colonial

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Fábio M

endes

uma mina d´água surgiu no local. O roteiro continua pela fazenda Casa Grande

Velha, que conta com uma das últimas 30 ca-sas bandeiristas do País. O local foi visitado por conselheiros do Instituto do Patrimônio Histó-rico e Artístico Nacional (Iphan), que garanti-ram que o local era um posto policial na época dos bandeirantes.

E a história não termina por aí. Itaquaquece-tuba conta ainda com o Museu Municipal Ângelo Guglielmo, com peças e retratos que narram a fundação da cidade. No museu, há um bloco de taipa de pilão da igreja matriz, que demonstra como se deu a construção da principal igreja da cidade. Há também quadros de artistas da cidade e uma sala repleta de troféus e premiações que a banda marcial de Itaquá ganhou na década de 80, quando estava em seu auge. Além das salas rural, industrial e dos troféus, um espaço guarda relíquias do início da comunicação na cidade,

com rádios-vitrolas expostos, um projetor que funcionava no cine-teatro e a primeira televisão da cidade, que ficava em um armazém na região central onde os vizinho se reuniam para assistir aos programas. n

Serviço

A Igreja Matriz Nossa Senhora D´Ajuda e o Museu Ângelo Guglielmo ficam na praça Padre João Álvares, no centro. Em setem-bro, a cidade comemora a festa Nossa Se-nhora D´Ajuda, seu aniversário de 448 anos e a Festa do Peão.

Museu conta com telas e objetos doados por dezenas de famílias do município

Prêmios recebidos pela Banda Marcial da cidade são expostos no Museu Municipal

Projetor do antigo cine-teatro está entre as preciosidades históricas mantidas em Itaquaquecetuba

Fotos: Maurício Builcatti

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Fábio M

endes

Curtir um dia de descanso ouvindo música, provando comida da melhor qua-

lidade e conferindo (ou partici-pando de) animadas provas de natação e remo. Esta divertida combinação poderá ser conferi-da em 14 de setembro, a partir das 8h30, quando Salesópolis será sede do 2º Evento Amigos da Natureza - Encontro Polies-portivo e Educação Ambiental. O foco é conciliar atividades es-portivas e de lazer com a preser-vação à natureza e com outras atividades sendo realizadas na bela represa de Paraitinga.

Os números impressionam: a prova de natação contará com 800 atletas. Ao todo, mais de três mil pessoas devem estar presentes no evento, que estará concen-trado no Rancho Canarinho, às margens da represa e da rodovia Mogi-Salesópolis (SP-66).

Os números superam os da primeira edição, no ano passado. Na ocasião, 234 atletas partici-param das provas de natação. A corrida de caiaque atraiu 60 competidores e a meta é que este ano esse número seja su-perado por uma larga margem. A novidade fica por conta dos

passeios de vela. Apenas de Ilha-bela devem chegar 12 embarca-ções. Competidores de todo o Alto Tietê e também de outras regiões marcarão presença.

“Nosso objetivo é realizar uma atividade de lazer, mas também mostrar a importância de se pre-servar o meio ambiente”, comen-tou Luiz de Campos, idealizador do evento. “Temos uma represa linda aqui, com grande poten-cial turístico e de lazer, que não é bem explorado e que precisa ser preservado. Afinal, estamos em uma estância turística.”

A iniciativa recebe apoio de

Salesópolis

O esporte vai agitar

ParaitingaEm setembro, represa

sediará competições de natação e regatas, com ênfase na

preservação do meio ambiente

Represa de Paraitinga voltará a receber eventos esportivos

Fale com a Turismo em Foco

E-mail: [email protected]

Telefone:2779-1165

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várias frentes, como da Gai-votas Eventos Esportivos e do Jeep Club de Mogi, além de grupos de escoteiros e, claro, dos comerciantes locais, que abraçaram a iniciativa.

A represa de Paraitinga, como a de Ponte Nova, é um exem-plo do grande potencial turís-tico de Salesópolis, que ainda inclui a nascente do Tietê, o maior rio do Estado.

Várias entidades têm trabalhado para receber o evento na Paraitinga

Fábio Mendes

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CompetiçõesAs disputas na natação pro-

metem ser animadas. O espor-te vive um momento de eufo-ria após o Brasil conquistar sua

primeira medalha de ouro na modalidade em uma Olimpí-ada, com César Cielo.

Serão três as provas de nata-ção realizadas no evento: 500m,

1000m e 3000m, todas de nado livre. Cada uma delas contará com 20 categorias de faixa etária, a partir dos oito anos. Para par-ticipar, o nadador precisa estar

Plantio de mudas voltará a acontecer durante competição em setembro

Fábi

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T.F. setembro/outubro 2008 ��

vinculado a alguma associação, como clubes, equipes de prefei-turas, universidades ou institui-ções militares (como Marinha ou Corpo de Bombeiros).

“Vamos preparar um ótimo evento. Aprendemos muito com

a primeira edição e vamos nos aprimorar na organização”, ga-rante Issamo Nishioka, diretor geral da Gaivotas Eventos Es-portivos. As inscrições podem ser feitas até o dia do evento, quando será possível fazer o re-

gistro no local do torneio. Mais informações podem ser forne-cidas pelo telefone 5575-4958. O Rancho Canarinho está loca-lizado à Rodovia Mogi-Salesó-polis, km 90+250, Bairro Capela Nova, em Salesópolis. n

Cachoeiras estão entre outros atrativos turísticos encontrados na cidade

Fábio Mendes

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SuzanoCidade tem a 3ª MostraReferências TeatraisMunicípio terá peças de companhias

conceituadas em todo o Estado

A terceira edição da Mos-tra de Referências Tea-trais de Suzano acontece

este ano de 1º a 30 de setembro. O festival já conceituado conta com o patrocínio da Petrobras. Nas edições passadas, a mos-tra trouxe para Suzano mais de dez mil pessoas, entre gente da cidade e visitantes da região e de outros municípios. Este ano, além das peças provocativas e ousadas, os visitantes também poderão conferir palestras, ofi-cinas e espetáculos de rua.

O objetivo da mostra é exer-citar o olhar. Segundo Cleiton Pereira, coordenador de teatro da Secretaria de Cultura de Su-zano e responsável pela cura-doria e produção da Mostra de Referências Teatrais, a cidade possui um projeto sério de for-mação cênica. Há uma série de ações, projetos e um histórico de grupos preocupados com suas pesquisas. Há núcleos de dire-ção, dramaturgia e interpreta-ção. “Paralelo ao projeto de for-mação, desenvolvemos alguns eventos que são relacionados à circulação e ao olhar dos pen-

samentos contemporâneos. O mais importante deles é uma mostra em que estamos na ter-ceira edição”, disse.

A Mostra de Referências Te-atrais de Suzano é hoje consi-derada um dos principais fes-tivais para grupos e artistas de teatro do Brasil. Os grupos são convidados por sua excelência artística, identidade cultural, pes-quisas desenvolvidas e capaci-dade de organização. A Mostra de Suzano é, para Pereira, um ponto de encontro da ousadia e da provocação.

Mostra está em sua 3ª edição

Divulgação

Anuncie na Turismo em Foco

Telefones:(11) 2779-1165 / 8573-3677

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“Essa Mostra colaborou para o início de uma circulação artística em Suzano, além de projetá-la em outros eixos culturais. Com-posta por uma Mostra Parale-la, com os grupos locais, e uma Mostra Oficial constituída por espetáculos em espaço fechado, espetáculos de rua, palestras, oficinas, debates e workshops, a mostra trouxe polêmica, dis-cussão, reflexão, voltadas a um público efervescente que lotou todas as apresentações”, afirmou. Mais informações podem ser ob-tidas na Secretaria de Cultura, pelo telefone 4747-4180. n

Fotos: Divulgação

Sugestões, críticas e elogiosE-mail:[email protected]

“Cadela de Vison”, protagonizada por Renato Borgui, e “Arrufus”, montada pelo Grupo XIX (no destaque) estão entre as peças incluídas na programação

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T.F. setembro/outubro 2008 �0

A partir desta edição da Turismo em Foco, você vai poder conferir um pouco como é esta tão sonhada vida, o que é diferen-

te do que o brasileiro vive aqui, quais os pontos positivos e negativos, quais as curiosidades e a forma de viver dos americanos.

Quem vai nos levar nesta viagem é a jornalista Sandra Couto, uma mogiana que resolveu deixar por alguns anos a região do Alto Tietê para conhecer de perto como vivem aqueles que estão à frente da economia do mundo. Confira as peripécias desta mogiana na terra do Tio Sam.

Tio Sam

“American way of life”. Pessoas do mundo inteiro sonham em ter a oportunidade de ir aos Estados

Unidos e experimentar a vida na terra do consumo

American Way of life

A vida de uma mogiana naTerra do

Sandra Couto

Foto

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uivo Pessoal

Fotos: Arquivo Pessoal

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Primeiras impressõesCheguei aqui um dia após os

americanos comemorarem o tão famoso 4 de julho, o “Indepen-dence Day”. Nesta data, em 1776, as Treze Colônias Britânicas da América do Norte fizeram a de-claração de Independência, re-jeitando a autoridade britânica. Por ser um dos poucos feriados do País, as ruas ficam vazias. O aeroporto, lotado.

Assim que passei pela imi-gração…que alívio! O visto, que você demora pelo menos três meses para tirar, no Brasil, não garante sua entrada aqui. Ele é uma permissão pra você “pe-dir” a entrada aos Estados Uni-dos. Esta permissão é dada aqui mesmo.

Para chegar ao carro no esta-cionamento, tive de pegar um ônibus dentro do aeroporto. Den-tro dele, uma figura simpática me

ofereceu água. Descobri que isto é muito comum por aqui.

A caminho da casa onde moro, a primeira impressão de quem nunca tinha saído do Brasil, foi a de estar “no futuro”. As vias são largas, os carros modernos e até os prédios têm a estrutura espe-lhada diferente.

HistóriaOs Estados Unidos da Amé-

rica são uma república federal presidencialista, composta por cinqüenta Estados e um Distrito Federal. O país adotou sua atu-al Constituição em 1789. Desde então, a nação se desenvolveu e virou uma superpotência após o fim da Segunda Guerra. Exerce hoje grande influência econô-mica, política, científica, militar e cultural no mundo. Para alguns especialistas, os EUA são uma nação que passam por um sutil

declínio. Para outros, o país ainda está em primei-

ro lugar em setores diversos.

Nas primei-ras horas, pude sentir que os americanos estão sim à

frente de nós. Como nos ba-nheiros dos locais públicos, por exemplo: eles têm a descarga automática; assim, a chance de ficarem sem condições de uso, como acontece no Brasil, diminui.

No supermercado, a própria caixa, quando registra os produ-tos, os coloca direto na sacolinha, aberta ao lado do caixa, dentro de um equipamento de ferro.

Outro caso chama a atenção: você encontra pessoas de apa-rência e idades variadas, traba-lhando nos mesmos cargos em um mesmo local. Um exemplo: um senhor de aproximadamente 65 anos me atendeu no caixa de um supermercado. Ao que pa-rece, pelo menos em relação à contratação, o preconceito é me-nor do que o existente no Brasil. Isso, para mim, é evolução.

O atendimento em restau-rantes à la carte também é ‘ diferente do encontrado no Bra-sil. Primeiro, raramente você vai precisar chamar o garçom. Ele está sempre passando na mesa e perguntando se está tudo bem, se o cliente deseja algo mais. Afinal, os garçons fazem dinheiro por meio da “tip”, a famosa gorjeta, que tem de ser entre 10 e 20% do valor da conta. Mas o aten-dimento americano não tem só pontos positivos não. Em outros aspectos, ele deixa a desejar. Mas este é assunto para a próxima edição. Até lá. n

Foto

s: Arq

uivo Pessoal

Pequenas diferenças chamam a atenção

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T.F. setembro/outubro 2008 ��

A primeira estrada que li-gava a região do Alto Tie-tê e São Paulo a Santos

foi desativada na década de 80. Mas sua natureza abundante, parte preservada da Mata Atlân-tica, e seus monumentos em homenagem ao centenário da Independência brasileira ain-da podem ser apreciados, no pólo ecoturístico Caminhos do Mar, cujos portais ficam nas ci-dades de São Bernardo do Cam-po e Cubatão.

Atualmente, o percurso é feito

a pé. São oito quilômetros rumo a Cubatão, distância que se tor-na árdua na volta, subindo para São Bernardo do Campo.

Mas o cansaço e o esforço fí-sico (o caminho é considerado de nível moderado e exige bom condicionamento) são recom-pensados pela vista e pela histó-ria aprendida durante a cami-nhada. São seis monumentos históricos ao longo do passeio. Em cada um deles, há dois mo-nitores, prestativos e dispostos a conceder todas as informações

T.F. setembro/outubro 2008 ��

Caminhos do Mar

O antigo caminho entre a capital

paulista e a Baixada Santista

foi desativado para o tráfego nos anos

80, mas se tornou um

interessante pólo ecoturístico

A Estrada Velha de Santos

Maurício Builcatti

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requeridas pelos visitantes. As visitas podem ser feitas em

grupos, por casais ou por quem prefira a caminhada sozinho. Para isso, basta ligar e agendar. Durante a semana, o parque é visitado por grupos escolares e de terceira idade especialmente. Cerca de 200 pessoas passam pelo parque durante a semana. Aos sábados e domingos, o nú-mero dobra. Em um mês, de 1,1 mil a 1,5 mil pessoas conhecem o parque Caminhos do Mar.

A equipe da Turismo em Foco visitou o parque em uma ma-nhã de sábado e conferiu a mata atlântica preservada e os monu-mentos históricos em homena-gem à Independência brasileira. Acompanhe-nos neste passeio, tome fôlego e, na próxima vez, coloque a mochila nas costas e visite o parque.

No início do passeio, um to-tem tem o mapa de todo o per-curso. Ali, um monitor explica como será o passeio.

O primeiro monumento visi-

setembro/outubro 2008 T.F. ��

tado é o Pouso Paranapiacaba, construído, como todos os outros do parque, em 1922. Ele home-nageia a era automobilística e é todo feito de pedra. A palavra Paranapiacaba significa “local de onde se vê o mar”.

O local é conhecido como Casa da Marquesa de Santos. Há, no entanto, um equívoco nes-ta comparação, pois a marquesa morreu em 1867, anos antes da construção do monumento. O que há de verdade nesta história é que dom Pedro II realmente utilizava a calçada do Lorena,

que fazia a ligação a Santos, para chegar ao litoral.

O caminho do mar pelos quais os visitantes passeiam a pé foi fechado em 1985. De 85 a 89, no entanto, ainda era utilizado esporadicamente, apenas em um sentido, para desafogar o trânsito da Anchieta.

No Pouso do Paranapiaca-ba, um mapa mostra a rota de São Paulo a Santos, em azule-jos. Dentro do prédio, há uma loja e uma maquete do parque, além de uma sacada, cuja vis-ta é de tirar o fôlego. Seguindo o caminho do mar, os visitan-tes se deparam com as ruínas de uma grande casa de pedra. Acredita-se que ela tenha sido construída nos anos 20 e te-nha abrigado e trabalhadores que trabalharam na constru-ção da via.

O caminho é margeado por espécies diversas da Mata Atlân-tica. Da estrada, quando o tempo está aberto, é possível enxergar Cubatão e suas fábricas. Rancho da maioridade homenageia os 18 anos de Dom Pedro II

Pouso de Paranapiacaba foi construído em 1922

Foto

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cio

Builc

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T.F. setembro/outubro 2008 ��

Calçada do LorenaO terceiro monumento é o

belvedere circular, construído como ponto de parada. Em frente ao monumento, há um caminho preservado da Calçada do Lo-rena, a primeira via aberta para o litoral, em 1792. Por ali, pas-savam apenas tropas de mulas, rumo ao porto de Cubatão.

Após o belvedere e mais algu-ma caminhada, o visitante chega ao Rancho da Maioridade, em homenagem à maioridade de dom Pedro, alcançada em 1846. O local era um ponto de descan-

so e reabastecimento. Na curva da estrada que o rodeia há vestí-gios do pavimento de macadame original da estrada, de 1913. O padrão do Lorena, 200 metros à frente, foi construído como ponto de parada e descanso. De pedra e azulejos, é atualmente uma ótima parada para os visi-tantes exaustos, especialmente na volta de Cubatão.

Depois dos monumentos, nos últimos dois quilômetros, os vi-sitantes terão a oportunidade de ver quedas d´água. Neste trecho, o caminho é mais íngreme. n

Serviço

Finais de semana: R$ 15Durante a semana: R$ 10 Grupos escolares pagam: R$ 5

O passeio custa:

Às quintas-feiras, o parque abre para instituições e cobra:

R$ 1

A entrada do parque fica no quilômetro 42 da estrada Cami-nhos do Mar. Quem sai da região do Alto Tietê, pega toda a Índio Tibiriçá, em Suzano, chegando à Anchieta, em São Ber-nardo do Campo, com acesso à estrada Caminho do Mar.

Horário

Terça a domingo das 8h30 às 16h30

O roteiro requer agendamento prévio, que pode ser feito pelo telefone (13) 3372-3307. Visitantes devem ir de tênis e roupas confortáveis, levar lan-che, pois não há nenhuma lanchonete dentro do parque, e garrafa para água – há fontes de água potável no caminho. Para garantir a preservação do parque, recomenda-se que os visitantes carreguem sacolas para guardar o lixo e as le-vem de volta.

T.F. setembro/outubro 2008 ��

Fotos: Maurício Builcatti

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CPTM vai lançar A Secretaria de Estado dos

Transportes Metropolitanos, por intermédio da Companhia Pau-lista de Trens Metropolitanos (CPTM), deve lançar neste se-gundo semestre de 2008 o Ex-presso Lazer, um trem turístico que fará a ligação da Estação da Luz à vila histórica de Parana-piacaba, com parada no muni-

cípio de Santo André, na região do Grande ABC.

Candidata ao título de Patri-mônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco, a vila de Paranapiacaba foi constru-ída pelos ingleses na segunda metade do século XIX e é ad-ministrada pela Prefeitura de Santo André. n

Brasil

CPTM oferecerá passeio de trem para a vila histórica de Paranapiacaba

Panorama

trem turístico ganha novo

A capoeira é o mais novo patrimônio cultural bra-sileiro, votado pelo Institu-to de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, em Salvador.

Para que o novo patrimô-nio seja preservado, são ne-cessárias algumas iniciativas, como a criação de um Cen-tro Nacional de Referência da Capoeira e o plano de manejo da biriba, utilizada na fabri-cação do berimbau.

A capoeira também será registrada no Livro de Registro dos Saberes, para os conhe-cimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades e no Livro de Registros das Formas de Ex-pressão, para as manifestações artísticas em geral.n

A maior capital da América Latina está inovando na sinali-zação turística para atender me-lhor turistas e moradores.

Mais de 60 pontos vão ganhar novas placas até o final de outubro. Outros 33 também serão sinali-

São Paulorecebe sinalização

zados até dezembro. As placas têm padrão internacional, são marrons, com o nome do ponto turístico, a seta mostrando a di-reção e um ícone indicativo. Ao todo, serão mais de 600 placas em locais estratégicos escolhidos em pesquisa da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) – 97 delas no centro.n

patrimôniocultural

Fotos: Divulgação

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Um estudo chamado Conta Satélite do Turismo aponta o Brasil como o 14º no ranking da economia do turismo no mundo. Em 2007, o País ocu-pava o 18º lugar na lista que conta com 176 países.

A pesquisa tem o objetivo de quantificar os diversos aspectos de viagens e turismo nos pa-íses e perceber de que forma eles influem na economia, comparando-os com outras indús-trias dentro do setor econômico.

O estudo coloca ainda o Brasil como o país do mundo que cresce mais rápido no setor de turismo de negócios em 2008. n

Brasil tem nova

economia forte,

companhia aéreaA companhia do empresário americano David

Neeleman no Brasil já ganhou um nome: Azul Li-nhas Aéreas. Quem escolheu como deve se cha-mar a empresa foram os internautas, por meio de votação pela Internet. O nome brasileiro faz alusão ao nome da empresa JetBlue, fundada por Neeleman nos Estados Unidos e que revo-lucionou o mercado no início da década, já que oferecia passagens de baixo custo e serviços di-ferenciados.

O nome Azul ficou em uma lista de dez no-mes mais sugeridos pelos internautas. Concor-reu com Samba, Abraço, Alegria, Brasileira, Céu, Mais, Nossa, Pátria e Viva numa segunda etapa de votações, com a participação de 27 mil pes-soas. A Azul Linhas Aéreas será a primeira com-panhia a voar com os jatos regionais da Embra-er no País. Foram encomendados 76 jatos E-195 e a previsão é de que todos estejam voando no prazo de cinco anos. n

País tem

segundo rankingAgentes federaisamericanos apreendem

Os agentes federais dos Estados Unidos poderão apreender laptops de tu-ristas e outros aparelhos

eletrônicos em suas fron-teiras, mantendo-os por tempo indeterminado. A apreensão pode ser feita mesmo que não haja suspeita de crime, segundo informações do Departamento de Segurança Interna. Os agentes poderão com-partilhar o conteúdo dos computadores apre-endidos com outras agências e entidades pri-vadas. A política se aplica a qualquer pessoa que entrar no país, mesmo americanos, e tem o objetivo de prevenir o terrorismo. n

computadores

Divulgação

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setembro/outubro 2008 T.F. ��

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