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Secretaria de Estado de Fazenda
Estado do Rio de Janeiro
Manual do Contribuinte
Publicado em 16 de março de 2016
TUT – TAXA ÚNICA DE SERVIÇOS TRIBUTÁRIOS
2
TUT – Manual do Contribuinte
ÍNDICE
1. O que é a TUT 4
2. Quais taxas a TUT substitui? 4
3. Qual é o valor da TUT? 5
3.1 O que se entende por total de saídas e por total de documentos? 5
3.2 O que será considerada: a GIA-ICMS ou a EFD ICMS/IPI? 6
3.3 No caso dos documentos fiscais eletrôncios, quais serão considerados? 6
3.4 Os documentos fiscais eletrônicos cancelados serão considerados? 7
3.5 Os documentos fiscais eletrônicos denegados serão considerados? 7
3.6 Como será realizado o enquadramento do contribuinte nas faixas caso ele esteja desobrigado da entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, mas obrigado a emitir documentos fiscais eletrônicos?
7
3.7 Como será realizado o enquadramento do contribuinte nas faixas caso ele esteja obrigado à entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, mas desobrigado de emitir documentos fiscais eletrônicos?
7
3.8 Como será realizado o enquadramento do contribuinte nas faixas caso ele esteja desobrigado da entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI e também desobrigado de emitir documentos fiscais eletrônicos?
8
3.9 Como será realizado o enquadramento se o contribuinte estiver irregular (omisso) com a obrigação de entrega da GIA-ICMS e EFD ICMS/IPI?
8
3.10 Qual será o procedimento se o contribuinte não emitiu nenhum documento eletrônico fiscal?
8
4. Quem deve pagar a TUT? 9
4.1 Estabelecimentos dispensados de inscrição estadual pagam a TUT? 9
4.2 Contribuintes optantes pelo Simples Nacional têm desconto? Como será aplicado? 9
4.3 Estabelecimento novo paga TUT? Qual é o valor? Quando ela deve ser paga? 10
4.4 Contribuinte impedido, paralisado, suspenso ou baixado deve pagar a TUT? O valor será devolvido?
12
4.5 Como se dá a cobrança da TUT nos casos de incorporação, cisão e fusão? 14
5. Qual é a data de vencimento da TUT? 14
6. Como a TUT deve ser paga? 15
7. Em caso de erro no pagamento, a maior ou a menor, como ocorrerá a regularização? 18
8. Quais acréscimos moratórios serão devidos quando a TUT for paga após a data de vencimento?
19
9. Em que situações serão devidas as taxas avulsas, específicas para o serviço solicitado? 19
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TUT – Manual do Contribuinte
10. Que documento deve ser apresentado quando for solicitado algum serviço? 20
11. Se a TUT não for paga, será aceito para prestação do serviço solicitado o pagamento da taxa avulsa, específica para o serviço?
20
12. Se a TUT paga a menor, o contribuinte poderá ser autuado? Qual é o valor da multa? 20
13. Qual é o contato para dúvidas? 20
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TUT – Manual do Contribuinte
1. O QUE É A TUT?
A Taxa Única de Serviços Tributários da Receita Estadual (TUT) destina-se a custear a prestação, efetiva
ou potencial, dos serviços colocados à disposição dos contribuintes do ICMS ou das receitas não-tributárias.
Ela foi instituída pela Lei nº 7.176/15, que inseriu o art. 107-A no Decreto-lei nº 5/75 (Código Tributário
Estadual). Esse dispositivo trata das taxas de serviços tributários.
A TUT é compulsória e paga trimestralmente, antes do início do período (trimestre) em que os serviços
ficarão à disposição do contribuinte.
A taxa está disciplinada nos seguintes mandamentos legais:
- Decreto-lei nº 5/75 (art. 107-A), alterado pela Lei nº 7.176/15;
- Decreto nº 45.598/16.
2. QUAIS TAXAS A TUT SUBSTITUI?
A TUT substitui as seguintes taxas arroladas no anexo I a que se refere o art. 107 do Decreto-lei nº 5/75
(art. 107-A do Decreto-Lei nº 5/75):
1. Pedido de Certidão de não existência de débito fiscal constituído, por certidão requerida;
2. Pedido de Certidão de pagamento do ITBI, por imóvel objeto de transmissão ou cessão de
direitos, relativamente a fatos geradores ocorridos até 28 de fevereiro de 1989;
3. Pedido de Certidão de pagamento do ITD, por imóvel objeto de doação ou de transmissão a
causa de morte, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 1989;
4. Pedido de Certidão de pagamento, parcial ou total, de qualquer tributo ou receita estadual;
5. Concessão de benefícios ou incentivos fiscais relativos à implantação, relocalização ou
ampliação de unidade industrial no Estado, previstos em legislação específica, ou que
demandem proposição de convênio;
6. Concessão de benefícios ou incentivos fiscais que, por não estarem previstos na legislação,
dependem da edição de convênio;
7. Concessão de benefícios ou incentivos fiscais relativos ao patrocínio de projetos culturais;
8. Parcelamento de débitos fiscais, a cada R$ 10.000,00 de dívida;
9. Inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS;
10. Baixa de inscrição estadual;
11. Autorização de impressão de documentos fiscais (AIDF), por pedido;
12. Uso, alteração ou cessação de uso de sistema eletrônico de processamento de dados;
13. Autorização para uso ou cessação de equipamento emissor de cupom fiscal;
14. Declaração ou certidão de situação de dados cadastrais e de arrecadação de contribuintes do
ICMS;
15. Correção de dados em documentos de arrecadação;
16. Estudos ou levantamentos estatísticos de contribuintes do ICMS, a cada 200 contribuintes
objeto da pesquisa;
17. Reconhecimento de direito à fruição de benefício ou incentivo fiscal previsto na legislação, que
não se refira à concessão de benefícios ou incentivos fiscais relativos à implantação,
relocalização ou ampliação de unidade industrial no Estado, previstos em legislação específica,
ou que demandem proposição de convênio;
18. Comunicação de extravio ou inutilização de livros e/ou documentos fiscais - por ocorrência;
19. Comunicação de aproveitamento de crédito a destempo;
20. Comunicação de paralisação temporária de atividades no Cadastro de Contribuintes do ICMS;
21. Comunicação de alteração de endereço no Cadastro de Contribuintes do ICMS;
22. Autenticação de livros fiscais, por livro;
5
TUT – Manual do Contribuinte
23. Julgamento do contencioso administrativo fiscal, quando o valor do crédito tributário for igual ou
superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) - impugnação em primeira instância administrativa;
24. Julgamento do contencioso administrativo fiscal, quando o valor do crédito tributário for igual ou
superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) - recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes;
25. Realização de perícia;
26. Autorização para cancelamento extemporâneo de documento fiscal eletrônico, por documento;
27. Autorização para retificação extemporânea de informação ou dado incorreto ou omitido,
relativos à apuração do ICMS, por documento, formulário ou arquivo.
Na TUT, não estão incluídas as taxas a seguir, que deverão ser pagas individualmente, quando da
solicitação do serviço (art. 107-A, § 2º, do Decreto-Lei nº 5/75):
1. análise de consulta formulada à Coordenação de Consultas Jurídico-Tributárias da Secretaria
de Estado de Fazenda;
2. pedido de concessão de regime especial para emissão e escrituração de documentos fiscais;
3. pedido de transferência de crédito acumulado ou saldo credores.
3. QUAL É O VALOR DA TUT?
O valor da TUT dependerá da faixa de enquadramento do contribuinte, conforme tabela abaixo (art. 107-A
da Lei nº 7.176/15):
3.1 O que se entende por total de saídas e por total de documentos?
Considera-se “Total de Saídas” o somatório dos valores relativos a operações e prestações de saída,
declarados pelo estabelecimento na coluna “Valor Contábil” da GIA-ICMS ou no campo “VL_OPR” (valor da
operação) da EFD ICMS/IPI, constante da base de dados da SEFAZ nos 12 (doze) meses anteriores ao
último mês que antecede o início do trimestre-base (art. 107-A, § 1º, II, a, do Decreto-Lei n° 5/75 e art. 5º,
incisos III e V “a”, do Decreto nº 45.598/16).
Faixa Total de Saídas Total de Documentos TUT(*)
01 De R$ 0,00 a R$
3.600.000,00
Até 6.000 R$ 2.101,61
02 De R$ 3.600.000,01 a
R$ 5 000.000,00
De 6.001 a 24.000 R$ 4.503,45
03 De R$ 5.000.000,01 a
R$ 10.000.000,00
De 24.001 a 120.000 R$ 9.006,90
04 De R$ 10.000.000,01 a
R$ 50.000.000,00
De 120.001 a 780.000 R$ 15.011,50
05 Acima de R$
50.000.000,00
Acima de 780.000 R$ 30.023,00
* Valores devidos em 2016
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TUT – Manual do Contribuinte
E por “Total de Documentos” o somatório da quantidade dos documentos fiscais eletrônicos emitidos pelo
estabelecimento, constantes da base de dados da SEFAZ nos 12 (doze) meses no mesmo período (art.
107-A, § 1º, II, b, do Decreto-Lei nº 5/75 e art. 5º, incisos IV e V “b”, do Decreto nº 45.598/16).
Em termos práticos, deve ser considerado o seguinte quadro:
Trimestre-base Meses de competência de GIA-ICMS ou EFD ICMS/IPI e de
emissão de documentos fiscais eletrônicos
Janeiro a Março Novembro do segundo ano anterior até outubro do ano anterior ao
do trimestre-base
Abril a Junho Fevereiro do ano anterior até janeiro do ano do trimestre-base
Julho a Setembro Maio do ano anterior até abril do ano do trimestre-base
Outubro a
Dezembro Agosto do ano anterior até julho do ano do trimestre-base
Exemplo considerando os trimestres de 2016:
Trimestre-base de
2016
Meses de competência de GIA-ICMS ou EFD ICMS/IPI e de
emissão de documentos fiscais eletrônicos
Janeiro a Março (*) Novembro de 2014 até outubro de 2015
Abril a Junho Fevereiro de 2015 até janeiro de 2016
Julho a Setembro Maio de 2015 até abril de 2016
Outubro a
Dezembro Agosto de 2015 até julho de 2016
(*) Apenas exemplificativo. Não há TUT devida no 1º trimestre de 2016.
3.2 O que será considerada: a GIA-ICMS ou a EFD ICMS/IPI?
A ordem estabelecida no Decreto nº 45.598/16 é GIA-ICMS e EFD ICMS/IPI.
3.3 No caso dos documentos fiscais eletrônicos, quais serão considerados?
Serão considerados, para apuração do Total de Documentos, os seguintes documentos eletrônicos (art. 5º,
inciso IV, do Decreto nº 45.598/16):
- NF-e (Nota Fiscal Eletrônica);
- NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica); e
- CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico).
Cupons fiscais e demais documentos fiscais não indicados acima não devem ser considerados para apuração do Total de Documentos.
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TUT – Manual do Contribuinte
3.4 Os documentos fiscais eletrônicos cancelados serão considerados?
Sim, os documentos fiscais eletrônicos cancelados serão considerados. Embora não tenham validade,
foram emitidos pelo estabelecimento e, portanto, devem ser computados no total de documentos fiscais
emitidos.
3.5 Os documentos fiscais eletrônicos denegados serão considerados?
Sim, os documentos fiscais eletrônicos denegados serão considerados. Embora não tenham validade,
foram emitidos pelo estabelecimento e, portanto, devem ser computados no total de documentos fiscais
emitidos.
3.6 Como será realizado o enquadramento do contribuinte nas faixas caso ele esteja desobrigado da
entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, mas obrigado a emitir documentos fiscais eletrônicos?
O contribuinte ficará enquadrado na faixa 01 se, em todos os meses de competência considerados para
enquadramento nas faixas (vide quadro item 3.1), estiver dispensado de entrega da GIA-ICMS e da EFD
ICMS/IPI, ainda que esteja obrigado à emissão de documento fiscal eletrônico (art. 107-A, § 5º, do Decreto-
Lei nº 5/75).
No entanto, caso em pelo menos um dos meses considerados para enquadramento das faixas o
contribuinte não estiver dispensado da entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, ficará enquadrado na
regra geral, ou seja, a taxa será devida conforme a faixa do seu enquadramaneto pelo total de saídas e dos
documentos fiscais.
3.7 Como será realizado o enquadramento do contribuinte nas faixas caso ele esteja obrigado à
entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, mas desobrigado de emitir documentos fiscais eletrônicos?
O contribuinte ficará enquadrado na faixa 01 se, em todos os meses de competência considerados para
enquadramento nas faixas (vide quadro item 3.1), estiver desobrigado de emissão de documento fiscal
eletrônico, ainda que obrigado à entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI (art. 107-A, § 5º, do Decreto-Lei
nº 5/75).
Faixa Total de Saídas Total de Documentos TUT (*)
01 De R$ 0,00 a R$
3.600.000,00
Até 6.000 R$ 2.101,61
* Valores devidos em 2016
Faixa Total de Saídas Total de Documentos TUT (*)
01 De R$ 0,00 a R$
3.600.000,00
Até 6.000 R$ 2.101,61
* Valores devidos em 2016
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TUT – Manual do Contribuinte
No entanto, caso em pelo menos um dos meses considerados para enquadramento das faixas o
contribuinte não estiver dispensado da entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, ficará enquadrado na
regra geral, ou seja, a Taxa será devida conforme a faixa do seu enquadramaneto pelo total de saídas e dos
documentos fiscais.
3.8 Como será realizado o enquadramento do contribuinte nas faixas caso ele esteja desobrigado da
entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI e também desobrigado de emitir documentos fiscais
eletrônicos?
O contribuinte ficará enquadrado na faixa 01 se, em todos os meses de competência considerados para
enquadramento nas faixas (vide quadro item 3.1), estiver dispensado de entrega da GIA-ICMS e da EFD
ICMS/IPI e desobrigado de emissão de documento fiscal eletrônico (art. 107-A, § 5º, do Decreto-Lei nº
5/75).
No entanto, caso em pelo menos um dos meses considerados para enquadramento das faixas o
contribuinte não estiver dispensado da entrega da GIA-ICMS e da EFD ICMS/IPI, ficará enquadrado na
regra geral, ou seja, a Taxa será devida conforme a faixa do seu enquadramaneto pelo total de saídas e dos
documentos fiscais.
3.9 Como será realizado o enquadramento se o contribuinte estiver irregular (omisso) com a
obrigação de entrega da GIA-ICMS e EFD ICMS/IPI?
O contribuinte deve se regularizar apresentando a GIA-ICMS e a EFD ICMS/IPI omissa, pois caso se
enquadre em faixa indevida, efetuando pagamento a menor, as diferenças serão cobradas com todos os
encargos devidos.
3.10 Qual será o procedimento se o contribuinte não emitiu nenhum documento eletrônico fiscal?
Preliminarmente, vale ressaltar que a “desobrigatoriedade” de emitir documento fiscal eletrônico de que
trata o art. 107-A, § 5º, do Decreto-Lei nº 5/75 não se confunde com a eventualidade de não emiti-lo. Ou
seja, o contribuinte pode estar obrigado a emitir documentos fiscais eletrônicos, mas, em razão de suas
atividades, como transporte rodoviário de passageiros ou varejistas ainda usuários de ECF, o emite com
pouca frequência (ex.: para acobertar devoluções de mercadorias, transferência de ativo, casos em que
deve ser utilizada a NF-e, modelo 55).
Assim, há diferença entre o contribuinte desobrigado de emitir documentos fiscais eletrônicos e o que
eventualmente não o emitiu. O desobrigado será enquadrado no art. 107-A, § 5º, do Decreto-Lei nº 5/75
(veja os itens 3.7 e 3.8 deste manual). Já o obrigado, mas que eventualmente não emitiu, será normalmente
enquadrado nas faixas da tabela da TUT, considerando o valor total de saídas (veja item 3.1 deste manual).
Faixa Total de Saídas Total de Documentos TUT (*)
01 De R$ 0,00 a R$
3.600.000,00
Até 6.000 R$ 2.101,61
* Valores devidos em 2016
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TUT – Manual do Contribuinte
4. QUEM DEVE PAGAR A TUT?
A TUT somente se aplica aos estabelecimentos inscritos no segmento de “inscrição obrigatória” do CAD-
ICMS. Aplica-se, inclusive, às unidades auxiliares – depósito fechado ou escritório administrativo –, em
razão de estarem sujeitas à entrega de GIA-ICMS e EFD ICMS/IPI e à emissão de documentos fiscais
eletrônicos sob gestão deste Estado (art.3º do Decreto nº 45.598/16).
Os estabelecimentos inscritos no segmento de “inscrição especial” do CAD-ICMS não pagam a TUT.
Dentre os inscritos no segmento de “inscrição obrigatória”, não pagam a TUT (art.3º, § 1º e inciso I do § 2º,
do Decreto nº 45.598/16):
- Produtor rural pessoal pessoa física: dispensado em razão do disposto no parágrafo único do art.
5º da Lei nº 5.147/07;
- Leiloeiro: dispensado em razão do disposto no parágrafo único do art. 5º da Lei nº 5.147/07;
- Estabelecimentos localizados em outra unidade da Federação, inscritos no CAD-ICMS
apenas para fins de recolhimento de ICMS em operações e prestações destinadas ao Estado
do Rio de Janeiro (substituição tributária e DIFAL da EC 87/15): em razão de não estarem
obrigados à entrega de GIA-ICMS ou EFD ICMS/IPI nem à emissão de documentos fiscais
eletrônicos sob gestão deste Estado, não lhes sendo aplicável, dessa forma, os critérios
estabelecidos no inciso I do § 1º do art. 107-A do Decreto-lei nº 5/75.
Em relação aos estabelecimentos localizados em outra unidade da Federação, vale lembrar que a dispensa
não se aplica às empresas prestadoras de serviço de comunicação de que trata o Convênio ICMS nº 113/04
e a Resolução SEFAZ nº 70/07. Embora localizados em outra UF, esses estabelecimentos exercem suas
atividades no Estado como se aqui estivessem estabelecidos. Assim sendo, por prestarem serviços no
âmbito do Estado do Rio de Janeiro e estarem sujeitos à entrega de GIA-ICMS e EFD ICMS/IPI e à emissão
de documentos fiscais eletrônicos sob gestão deste Estado, estão obrigados ao pagamento da TUT (art.3º,
inciso II do § 2º, do Decreto nº 45.598/16).
Também não pagam a TUT os MEIs (microempresários individuais), em razão do disposto no § 8º do art.
107-A do Decreto-lei nº 5/75.
Vale ressaltar que os dispensados do pagamento da TUT não estão dispensados do pagamento avulso das
taxas previstas na tabela a que se refere o art. 107 do Decreto-lei nº 5/75, salvo no caso do produtor rural
pessoal física e leiloeiro, que estão dispensados do pagamento de quaisquer taxas tributárias por força do
disposto no parágrafo único do art. 5º da Lei nº 5.147/07.
4.1 Estabelecimentos dispensados de inscrição estadual pagam a TUT?
Não é devida a TUT por estabelecimentos dispensados de inscrição estadual. Assim, a empresa que, nos
casos autorizados pela legislação, possuir inscrição estadual centralizadora, pagará uma taxa pelo
estabelecimento centralizador.
4.2 Contribuintes optantes pelo Simples Nacional têm desconto? Como será aplicado?
Sim, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional terão desconto de 70% no valor da taxa. Assim, o
contribuinte enquadrado na faixa 01 pagará trimestralmente, em 2016, R$ 630,48 (art. 107-A, § 7º, do
Decreto-Lei nº 5/75).
Para aplicação do desconto, será considerado o regime tributário do contribuinte na data de vencimento da
taxa. Por exemplo, no 2º trimestre (abril a junho), será verificado o regime tributário do contribuinte em 31
de março, data prevista para vencimento da TUT (art. 6º do Decreto nº 45.598/16).
10
TUT – Manual do Contribuinte
A regra acima somente não se aplica aos novos estabelecimentos inscritos no CAD-ICMS, para os quais
será concedido o prazo de 90 dias para comprovação do ingresso no Simples Nacional.
4.3 Estabelecimento novo paga TUT? Qual é o valor? Quando ela deve ser paga?
Sim, no caso de estabelecimento novo a TUT é devida antes da concessão da inscrição. Entretanto, seu
pagamento foi diferido para 10 dias após a concessão da inscrição (art. 12, inciso III, do Decreto nº
45.598/16).
O novo estabelecimento será enquadrado na faixa 01, mas seu valor será determinado em razão da:
- quantidade de meses decorridos entre o de entrada do pedido de inscrição e o de término do
trimestre-base em que ela foi concedida (art. 107-A, § 3º, I, do Decreto-Lei nº 5/75); e
- quantidade de dias decorridos entre a data de concessão da inscrição até o último dia do trimestre-
base (art. 107-A, § 4º, do Decreto-Lei nº 5/75).
Em termos práticos, deve ser considerado o seguinte quadro:
Quantidade de meses(*)
decorridos entre o de
entrada do pedido de
inscrição e o de término do
trimestre-base
Quantidade de dias
decorridos entre a data
de concessão da
inscrição até o último dia
do trimestre-base
Taxa Única de Serviços
Tributários da Receita
Estadual devida (**)
01 mês Até 19 dias Não aplicável
20 dias ou mais R$ 233,51
02 meses
Até 19 dias Não aplicável
De 20 a 45 dias R$ 467,02
46 dias ou mais R$ 934,05
03 meses ou mais
Até 19 dias Não aplicável
De 20 a 45 dias R$ 700,54
De 46 a 75 dias R$ 1.401,07
76 dias ou mais R$ 2.101,61
(*) Considera-se quantidade de meses o número de meses inteiros ou fração;
(**) Valores devidos em 2016. O estabelecimento de empresa que, na data de vencimento da Taxa, seja
optante pelo Simples Nacional, terá desconto de 70%.
Exemplos:
1) SEFAZ recepciona pedido de inscrição (transmissão do DOCAD – Documento de Cadastro) em 5
de abril de 2016. O pedido é deferido e o registro processado no CAD-ICMS em 15 de abril.
Data do pedido: 5/04
Data da concessão: 15/04
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TUT – Manual do Contribuinte
Quantidade de meses decorridos entre o de entrada do pedido de inscrição e o de término do
trimestre-base: abril (entrada do pedido) a junho (fim do 2º trimestre-base) = 3 meses
Quantidade de dias decorridos entre a data de concessão da inscrição até o último dia do
trimestre-base: 77 dias (de 15/04 a 30/06)
Valor devido da TUT: R$ 2.101,61
Data de vencimento: 25/04
2) SEFAZ recepciona pedido de inscrição (transmissão do DOCAD – Documento de Cadastro) em 9
de maio de 2016. O pedido é deferido e o registro processado no CAD-ICMS em 19 de maio.
Data do pedido: 9/05
Data da concessão: 19/05
Quantidade de meses decorridos entre o de entrada do pedido de inscrição e o de término do
trimestre-base: maio (entrada do pedido) e junho (fim do 2º trimestre-base) = 2 meses
Quantidade de dias decorridos entre a data de concessão da inscrição até o último dia do
trimestre-base: 43 dias (de 19/05 a 30/06)
Valor devido da TUT: R$ 467,02
Data de vencimento: 29/05 (como é domingo, o vencimento fica prorrogado automaticamente para
o 1º dia útil seguinte, dia 30/05)
3) SEFAZ recepciona pedido de inscrição (transmissão do DOCAD – Documento de Cadastro) em 21
de junho de 2016. O pedido é deferido e o registro processado no CAD-ICMS em 27 de junho.
Data do pedido: 21/06
Data da concessão: 27/06
Quantidade de meses decorridos entre o de entrada do pedido de inscrição e o de término do
trimestre-base: junho (entrada do pedido e fim do 2º trimestre-base) = 1 mês
Quantidade de dias decorridos entre a data de concessão da inscrição até o último dia do
trimestre-base: 4 dias (de 27/06 a 30/06)
Valor devido da TUT: Não aplicável em relação ao 2º trimestre-base de 2016
Data de vencimento: Não aplicável
Importante: A inaplicabilidade da TUT em relação ao 2º trimestre-base não exclui o pagamento
da TUT relativa ao 3º trimestre-base, que teria vencimento em 30 de junho. Entretanto, como a
concessão da inscrição ocorreu nos 10 dias finais do trimestre, o pagamento da TUT relativa ao
trimestre-base subsequente poderá ser realizado até 10 dias após o registro do deferimento do
pedido no CAD-ICMS, ou seja, ate 07/07, no caso do exemplo em que a concessão ocorreu em
27/06.
4) SEFAZ recepciona pedido de inscrição (transmissão do DOCAD – Documento de Cadastro) em 23
de junho de 2016. O pedido é deferido e o registro processado no CAD-ICMS em 3 de julho. Como
a concessão da inscrição ocorreu em julho, não será devida a taxa relativa ao trimestre encerrado
em junho.
Data do pedido: 23/06
Data da concessão: 03/07
Quantidade de meses decorridos entre o de entrada do pedido de inscrição e o de término do
trimestre-base: junho (data do pedido), julho a setembro (fim do 3º trimestre-base) = 4 meses
12
TUT – Manual do Contribuinte
Quantidade de dias decorridos entre a data de concessão da inscrição até o último dia do
trimestre-base: 90 dias (de 03/07 a 30/09)
Valor devido da TUT: R$ 2.101,61
Data de vencimento: 13/07
4.4 Contribuinte impedido, paralisado ou suspenso deve pagar a TUT? O valor será devolvido?
A TUT somente é devida por estabelecimentos habilitados no CAD-ICMS. Deste modo, estabelecimentos
com inscrição desativada – impedida, paralisada, suspensa – não pagam a taxa. Entretanto, uma vez
reativada a inscrição, a TUT será devida proporcionalmente aos dias restantes do trimestre-base (art. 107-
A, § 4º, do Decreto-Lei nº 5/75).
Em termos práticos, deve ser considerado o seguinte quadro:
Faixa Total de Saídas Total de
Documentos
Quantidade de dias
em que a inscrição
esteve ativa no
trimestre-base
Taxa Única de
Serviços Tributários
da Receita Estadual
devida (*)
01 De R$ 0,00 a
R$ 3.600.000,00 Até 6.000
De 20 a 45 dias R$ 700,54
De 46 a 75 dias R$ 1.401,07
Mais de 75 dias R$ 2.101,61
02 De R$ 3.600.000,01 a
R$ 5 000.000,00
De 6.001 a
24.000
De 20 a 45 dias R$ 1.501,15
De 46 a 75 dias R$ 3.002,30
Mais de 75 dias R$ 4.503,45
03 De R$ 5.000.000,01 a
R$ 10.000.000,00
De 24.001 a
120.000
De 20 a 45 dias R$ 3.002,30
De 46 a 75 dias R$ 6.004,60
Mais de 75 dias R$ 9.006,90
04 De R$ 10.000.000,01 a
R$ 50.000.000,00
De 120.001 a
780.000
De 20 a 45 dias R$ 5.003,83
De 46 a 75 dias R$ 10.007,67
Mais de 75 dias R$ 15.011,50
05 Acima de
R$ 50.000.000,00
Acima de
780.000
De 20 a 45 dias R$ 10.007,67
De 46 a 75 dias R$ 20.015,33
Mais de 75 dias R$ 30.023,00
(*) O estabelecimento de empresa que, na data de vencimento da Taxa, seja optante pelo Simples Nacional, terá
desconto de 70%
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TUT – Manual do Contribuinte
Quando do retorno da inscrição do contribuinte à situação de habilitado, o valor pago referente aos dias de
inatividade do trimestre-base em que ocorreu o impedimento ou a paralisação será deduzido da próxima
TUT devida (art. 8º do Decreto nº 45.598/16).
No caso de desistência de pedido de baixa (contribuinte com inscrição suspensa), o mesmo procedimento
será adotado. Já nos casos de baixa, o interessado deverá solicitar restituição, observado os procedimentos
previstos na Resolução SEEF nº 2.455/94.
Importante ressaltar que, embora não obrigados a TUT, caso esses contribuintes venham solicitar algum
serviço, para o qual se exige taxa, inclusive pedido de reativação da inscrição ou comunicação de reinício
de atividades, será devida a taxa avulsa, espefífica para o serviço solicitado (art. 16, inciso III do parágrafo
único, do Decreto nº 45.598/16).
Exemplos:
1. Em 10 de maio de 2016 é deferido o pedido de reativação de inscrição de contribuinte impedido
em 5 de março do mesmo ano. O Total de Saídas e o Total de Documentos Fiscais, apurados
conforme o item 3.1 deste manual, enquadra o contribuinte na faixa 1. A TUT referente ao 2º
trimestre-base, devida em 31 de março de 2016, não foi paga, haja vista a inscrição do
contribuinte estar impedida.
Data do impedimento: 5/03
Data da reativação: 10/05
Tempo restante para o final do trimestre-base: 52 dias (de 10/05 a 30/06)
Faixa de enquadramento: 1
TUT do 2º trimestre-base: não foi paga já que a inscrição estava impedida
Taxas devidas:
- Taxa avulsa: quando do pedido de reativação, será devida a taxa avulsa referente ao pedido
de reativação da inscrição.
- TUT: será devido o valor de R$ 1.401,07 – 2/3 do valor da faixa 1, considerando a quantidade
de dias em que a inscrição permanecerá ativa no restante do trimestre-base (46 a 75 dias).
Data de vencimento: 20/05
2. Em 2 de junho de 2016 é deferido o pedido de reativação de inscrição de contribuinte impedido
em 22 de abril do mesmo ano. O Total de Saídas e o Total de Documentos Fiscais, apurados
conforme o item 3.1 deste manual, enquadra o contribuinte na faixa 2. A TUT referente ao 2º
trimestre-base, devida em 31 de março de 2016, foi integralmente paga, haja vista a inscrição
do contribuinte não estar impedida à época.
Data do impedimento: 22/04
Data da reativação: 02/06
Faixa de enquadramento: 2
TUT do 2º trimestre-base: paga integralmente (R$ 4.503,45)
Taxas devidas:
- Quando do pedido de reativação: taxa avulsa referente ao pedido de reativação da inscrição.
- Quando do vencimento da TUT devida para o 3º trimestre-base (julho a setembro), em 30 de
junho de 2016: R$ 3.002,30 (conforme cálculo demonstrado a seguir)
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TUT – Manual do Contribuinte
Cálculo do valor devido no 3º trimestre-base, tendo em vista o pagamento de R$
4.503,45 no 2º trimestre-base:
a) Valor pago a mais no 2º trimestre-base em razão de o estabelecimento ter sido
impedido: R$ 1.501,15 (considerando que o contribuinte ficou ativo 50 dias no 2º
trimestre-base – de 01/04 a 21/04 e de 02/06 a 30/06 –, ele deveria ter pago R$
3.002,30).
b) Valor integral da TUT relativa ao 3º trimestre-base: R$ 4.503,45
c) Diferença a pagar no 3º trimestre-base (b - a): R$ 4.503,45 - R$ 1.501,15 = R$
3.002,30 (vencimento: 30/06/16)
4.5 Como se dá a cobrança da TUT nos casos de incorporação, cisão e fusão?
No caso de reorganização societária – incorporação, fusão ou cisão – aplica-se a regra geral. O
estabelecimento baixado deverá solicitar restituição e o novo estabelecimento deverá pagar a TUT devida
quando do pedido de inscrição.
5. QUAL É A DATA DE VENCIMENTO DA TUT?
Estabelecimentos inscritos e habilitados:
No caso de estabelecimentos inscritos no CAD-ICMS e habilitados, a TUT deve ser paga até o último dia útil
do trimestre civil imediatamente anterior ao respectivo trimestre-base. Assim, em 2016, teremos as
seguintes datas (art. 9º do Decreto nº 45.598/16):
Estabelecimentos novos:
No caso de novos estabelecimentos, a TUT deve ser paga em até 10 dias após a data da concessão da
inscrição estadual (art. 12, inciso III, do Decreto nº 45.598/16).
Estabelecimentos impedidos ou paralisados:
No caso de estabelecimentos impedidos ou paralisados, a TUT deve ser paga em até 10 dias após a data
da reativação da inscrição (art. 10, inciso III, do Decreto nº 45.598/16).
Desistência do pedido de baixa:
No caso de o estabelecimento já suspenso desistir da baixa, a TUT também deverá ser paga em até 10 dias
após a data da reativação da inscrição.
Trimestre-base Data de vencimento
Abril a Junho de 2016 31 de março de 2016
Julho a Setembro de 2016 30 de junho de 2016
Outubro a Dezembro de
2016 30 de setembro de 2016
Janeiro a Março de 2017 30 de dezembro de 2016
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TUT – Manual do Contribuinte
6. COMO A TUT DEVE SER PAGA?
A TUT deverá ser paga por meio de DARJ gerado no Portal de Pagamentos da SEFAZ.
Para acessar o Portal, bastar digitar www.fazenda.rj.gov.br/portaldepagamentos ou, na página inicial do
Portal da SEFAZ, clicar em “Portal de Pagamentos”, e, em seguida, respectivamente, “ICMS, ITD, Taxas e
Outras Receitas” > “Emitir documento de arrecadação - DARJ e GNRE” > “Taxas > Taxa Única de Serviços
Tributários da Receita Estadual”.
Exemplos:
1) Estabelecimentos inscritos e habilitados:
Em 28 de março, o estabelecimento 0001 gera DARJ para pagamento da TUT com vencimento em
31 de março. O estabelecimento se enquadra na Faixa 02 da tabela.
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TUT – Manual do Contribuinte
2) Estabelecimentos novos:
Em 19 de maio de 2016, o pedido de inscrição apresentado em 9 de maio, é deferido e registrado
no CAD-ICMS. O contribuinte tem até 29/05 para efetuar o pagamento (veja no item 4.3 deste
manual mais exemplos).
Data do pedido: 9/05
Data da concessão: 19/05
Quantidade de meses decorridos entre o de entrada do pedido de inscrição e o de término do
trimestre-base: maio (entrada do pedido) e junho (fim do 2º trimestre-base) = 2 meses;
Quantidade de dias decorridos entre a data de concessão da inscrição até o último dia do
trimestre-base: 43 dias (de 19/05 a 30/06)
Valor devido da TUT: R$ 467,02
Data de vencimento: 29/05 (como é domingo, o vencimento fica prorrogado automaticamente para
o 1º dia útil seguinte, dia 30/05)
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TUT – Manual do Contribuinte
3) Estabelecimentos impedidos ou paralisados:
3. Em 2 de junho de 2016 é deferido o pedido de reativação de inscrição de contribuinte impedido
em 22 de abril do mesmo ano. O Total de Saídas e o Total de Documentos Fiscais, apurados
conforme o item 3.1 deste manual, enquadra o contribuinte na faixa 2. A TUT referente ao 2º
trimestre-base, devida em 31 de março de 2016, foi integralmente paga.
Data do impedimento: 22/04
Data da reativação: 02/06
Faixa de enquadramento: 2
TUT do 2º trimestre-base: paga integralmente (R$ 4.503,45)
Taxas devidas:
- Quando do pedido de reativação: taxa avulsa referente ao pedido de reativação da inscrição.
- Quando do vencimento da TUT devida para o 3º trimestre-base (julho a setembro), em 30 de
junho de 2016: R$ 3.002,30 (conforme cálculo demonstrado a seguir)
Cálculo do valor considerando o pagamento de R$ 4.503,45 no 2º trimestre-base:
a) Valor pago a mais no 2º trimestre-base em razão de o estabelecimento ter sido
impedido: R$ 1.501,15 (considerando que o contribuinte ficou ativo 50 dias no 2º
trimestre-base – de 01/04 a 21/04 e de 02/06 a 30/06 –, ele deveria ter pago R$
3.002,30).
b) Valor integral da TUT relativa ao 3º trimestre-base: R$ 4.503,45
c) Diferença (b - a): R$ 4.503,45 – R$ 1.501,15 = R$ 3.002,30
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TUT – Manual do Contribuinte
7. EM CASO DE ERRO NO PAGAMENTO, A MAIOR OU A MENOR, COMO OCORRERÁ A
REGULARIZAÇÃO?
Pagamento a menor:
Em caso de pagamento a menor por qualquer motivo, como enquadramento em faixa incorreta, o
contribuinte deverá recolher a diferença, por meio de DARJ gerado no Portal de Pagamentos. O contribuinte
deverá selecionar a opção “Outras situações”.
Importante: Os juros e multa de mora porventura devidos são calculados automaticamente pelo
sistema.
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TUT – Manual do Contribuinte
Pagamento a maior:
Em caso de pagamento a maior, o valor será deduzido da próxima TUT, adotando o mesmo procedimento
explicado no item 6 deste manual, exemplo 3.
8. QUAIS ACRÉSCIMOS MORATÓRIOS SERÃO DEVIDOS QUANDO A TUT FOR PAGA APÓS A DATA
DE VENCIMENTO?
Se a TUT for paga, integral ou parcialmente, após as datas de vencimento serão acrescidos os encargos
moratórios previstos no art. 173 do Decreto-lei nº 5/75:
“Art. 173. O crédito tributário, quando não integralmente pago no prazo, sem prejuízo da imposição
de penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação,
será acrescido dos seguintes acréscimos moratórios:
I - juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia - SELIC -
para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês
subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1%
(um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado;
II - multa de mora equivalente à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso,
calculada a partir do primeiro dia subsequente ao vencimento do prazo até o dia em que ocorrer seu
efetivo pagamento, limitada a 20% (vinte por cento).
[...]”
9. EM QUE SITUAÇÕES SERÃO DEVIDAS AS TAXAS AVULSAS, ESPECÍFICAS PARA O SERVIÇO
SOLICITADO?
As taxas avulsas, listadas na tabela a que se refere o inciso I do art. 107 do Decreto-lei nº 5/75, serão
devidas nas seguintes situações (art. 16, parágrafo único, do Decreto nº 45.598/16):
1. quando referentes a serviços não contemplados pela TUT:
a. análise de consulta formulada à Coordenação de Consultas Jurídico-Tributárias da
Secretaria de Estado de Fazenda;
b. pedido de concessão de regime especial para emissão e escrituração de documentos
fiscais;
c. pedido de transferência de crédito acumulado ou saldo credores;
2. quando o serviço for solicitado por estabelecimento não obrigado à TUT:
a. MEI;
b. Contribuintes localizados em outra UF inscritos no CAD-ICMS para pagamento de imposto
devido em razão da substituição tributária ou do diferencial de alíquota;
c. inscrito no segmento “especial” ou “facultativo”;
3. quando o serviço sujeito a taxa for solicitado por contribuinte com inscrição desativada – impedida,
paralisada, suspensa ou baixada;
4. quando o estabelecimento com inscrição desativada voltar a ter sua inscrição habilitada no CAD-
ICMS faltando menos de vinte dias para término do trimestre-base;
5. quando o estabelecimento obtiver inscrição estadual faltando menos de vinte dias para término do
trimestre-base.
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TUT – Manual do Contribuinte
10. QUE DOCUMENTO DEVE SER APRESENTADO QUANDO FOR SOLICITADO ALGUM SERVIÇO?
Quando o contribuinte for solicitar algum serviço (excetos os que não são contemplados pela TUT), além
dos documentos necessários para a referida solicitação, como identificação do contribuinte, deverá
apresentar a cópia do DARJ de pagamento da TUT relativo ao trimestre-base em que o serviço será
solicitado.
Na hipótese de o contribuinte não ter pago integralmente a TUT devida no trimestre-base em razão de valor
pago a maior em trimestre anterior (veja, neste manual, os itens 4.4 e 7), deverá ser apresentada a
declaração prevista no art. 8º, parágrafo único, do Decreto nº 45.598/16.
11. SE A TUT NÃO FOR PAGA, SERÁ ACEITO PARA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO SOLICITADO O
PAGAMENTO DA TAXA AVULSA, ESPECÍFICA PARA O SERVIÇO?
Se a TUT for devida, ou seja, caso não se trate de contribuinte não sujeito a ela, o serviço não poderá ser
prestado enquanto não for realizado seu pagamento, não sendo aceito pagamento de taxa avulsa.
12. SE A TUT FOR PAGA A MENOR, O CONTRIBUINTE PODERÁ SER AUTUADO? QUAL É O VALOR
DA MULTA?
Sim, se forem identificadas, no curso de fiscalização, diferenças nos valores informados na GIA-ICMS ou
EFD ICMS/IPI que tiverem causado enquadramento em faixa menor que a devida, será aplicada multa de
30% sobre a diferença da TUT não recolhida (art. 107-A, §§ 11 a 13, do Decreto-Lei nº 5/75).
13. QUAL O CONTATO PARA DÚVIDAS?
Caso tenha dúvida sobre o valor da taxa devida, utilize o simulador disponível na seção de informações da
TUT no Portal da SEFAZ (www.fazenda.rj.gov.br/tut).
Para outras dúvidas, acesse, no Portal da SEFAZ (www.fazenda.rj.gov.br), “Fale Conosco” e selecione a
opção:
- Legislação Tributária: em caso de dúvidas relacionadas com a legislação;
- Cadastro: em caso de dúvidas relacionadas com as informações constantes do CAD-ICMS;
- GIA-ICMS: em caso de dúvidas relacionadas com as informações constantes deste documento;
- EFD ICMS/IPI: em caso de dúvidas relacionadas com as informações constantes deste documento;
- NF-e: em caso de dúvidas relacionadas com as informações relativas a este documento;
- NFC-e: em caso de dúvidas relacionadas com as informações relativas a este documento;
- CT-e: em caso de dúvidas relacionadas com as informações relativas a este documento;
- Portal de Pagamentos: em caso de dúvidas relacionadas com a utilização do Portal e emissão do
DARJ.
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TUT – Manual do Contribuinte
CONTROLE DE VERSÕES
DATA ALTERAÇÕES
16/03/2016 1ª Publicação
Secretaria de Estado de Fazenda
Estado do Rio de Janeiro
SEFAZ www.fazenda.rj.gov.br