Tutela Penal

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    SOCIEDADE PERNAMBUCANA DE CULTURA E ENSINO-SOPECEFACULDADE DE CINCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO

    CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

    TUTELA PENAL DO AMBIENTE

    RHADAMS DIEGO DE LIMA SOBREIRA

    RECIFE2010

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    SOCIEDADE PERANMBUCANA DE ENSINO E CULTURA-SOPECEFACULDADE DE CINCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO

    CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

    TUTELA PENAL DO AMBIENTE

    Monografia apresentada a BancaExaminadora da SOPECEFACULDADE DE CICIAS!UMAAS DE PE"AMBUCO#Como exig$ncia parcia% paraO&ten'(o do gra) de Bac*are%em Direito# so& a orienta'(o doProfessor D+a%ma og)eira

    "ECIFE , PE2-.-

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    SOCIEDADE PERANMBUCANA DE ENSINO E CULTURA-SOPECEFACULDADE DE CINCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO

    CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

    A Monografia0TUTELA PENAL DO AMBIENTE e%a&orado por "!ADAM1S DIEODE LIMA SOB"EI"A apro3ada por todos os mem&ros da Banca Examinadora foiaceita pe%a Fac)%dade de Ci$ncias !)manas de Pernam&)co 4 C)rso de Direito#como re5)isito parcia% para a o&ten'(o do t6t)%o de BAC!A"EL EM DI"EI7O8

    Data: 15/12/2010

    BANCA EXAMINADORA

    Prof8 A%cides Fran'a

    Prof8 D+a%ma og)eira

    Prof8 Em6%io Lins

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    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente agrade'o ao Sen*or dos Ex:rcitos# DEUS! personificado na

    fig)ra se) fi%*o amado "ESUS 5)e sem o se) consentimento nada disso teria se

    tornado rea%idade# ainda a min*a 5)erida m(e;in*a# Maria e);a A%meida de Lima

    So&reira# respons

    min*a s@ 5)e est< por 3ir , min*as %);es8 Ainda# em especia% ao

    Exmos8 Srs8 )6;es de Direito D+a%ma og)eira e os: "o&erto Moreira# aos Exmos8

    Srs8 L)i; Andrade O%i3eira ?Promotor de )sti'a Aposentado@ e Ant=nio Ernando

    o3aes# este Defensor P&%ico do Estado de Pernam&)co# por serem exemp%os de

    dedica'(o# respeito e amor ao magist:rio# contri&)indo de maneira excepciona% ao

    aprendi;ado das presentes e f)t)ras gera'es de est)dantes )ni3ersit

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    O*J K)(o &om e 5)(o s)a3e : 5)e os irm(os 3i3am em)ni(oJ8 1 como o %eo precioso so&re a ca&e'a# 5)e desceso&re a &ar&a# a &ar&a de Ar(o# e 5)e desce > or%a de s)as3estes como o or3a%*o de !ermom# 5)e desce so&re osmontes de Si(o por5)e a%i o Sen*or ordena a &en'(o e a 3idapara sempreN8 ?Sa%mo .//@

    7odos t$m direito ao meio am&iente eco%ogicamentee5)i%i&rado# &em de )so com)m do po3o e essencia% > sadia

    5)a%idade de 3ida# impondo,se ao Poder P&%ico e >co%eti3idade o de3er de defend$,%o e preser3

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    RESUMO

    O presente tra&a%*o o&+eti3a rea%i;ar )ma &re3e an

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    ABSTRACT

    7*e present Yor aims at a &rief ana%Zsis of t*e neY En3ironmenta% Protection Act?LaY Q8-HQR@# Y*ic* reg)%ates &ot* t*e crimina% and administrati3e sanctionsderi3ed from cond)ct and acti3ities *armf)% to t*e en3ironment# in Y*ic* ultima ratiois in3o%3ed on%Z in cases Y*ere assa)%ts on f)ndamenta% 3a%)es of societZ to reac*t*e point of into%era&%e or t*eZ are t*e o&+ect of intense disappro3a% of societZ8 As ares)%t# it identifies t*e protected %ega% interest# t*e rea% need of assistance in crimina%eco%ogica% pro&%ems# neY tec*ni5)es adopted &Z %aY ?crimina% %aY to Y*ite@# t*ea)tonomZ of administrati3e pena%ties in re%ation to t*e crimina%# t*e possi&i%itZ to&%ame corporations and t*e app%ication of a%ternati3e sanctions8 [e come# t*en t*eeZ point of t*e monograp* aim# first# c*aracteri;e Y*at &ecomes of t*e pena%

    protection of t*e en3ironment and t*en define t*e str)ct)re according toen3ironmenta% crimina% %aY Q8-HQR# t*at noYn as LaY En3ironmenta% CrimesN87*e met*odo%ogZ )sed to identifZ t*e critica% s)ccess factors in imp%ementing t*eEn3ironmenta% Management SZstem is t*e Yor de3e%oped in t*e 9t* Batta%ion ofComm)nications of t*e ArmZ# in 3ieY of *is constit)encZ# *as a PermanentPreser3ation Area# so Ye adopted t*e fo%%oYing po%icies necessarZ to imp%ement t*esame and# t*)s# maing possi&%e t*e adaptation to t*e &onds of t*e LaY on t*escreen# a3oiding t*at Y*ic* inc)r t*e tZpica% State Organi;ation of t*e standards inforce *it*erto# as regards crimes ca)sed as a res)%t of en3ironmenta% damage8 In t*ese5)ence Ye see to address t*e contingencies necessarZ to a3oid non,comp%ianceYit* en3ironmenta% standards# maing )se of en3ironmenta% ed)cation as a

    met*odo%ogZ to &e adopted as a pre3enti3e in re%ation to t*e negati3e res)%ts t*atYo)%d pres)me t*e infraction of t*e %aY8 Fina%%Z# t*e Yor ends Yit* a conc%)sion ofc*aracter ana%Zsis8

    $E%&ORDS0 EI"OME7AL P"O7EC7IO# DIS"EA"D DOC7"IE#AL7E"A7IE SAC7IOS8

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    R

    SUM'RIO

    .8 I7"ODUVO .-

    28 A ALO"IWAVO DO MEIO AMBIE7E COMO BEM U"\DICO.2

    /8 A7"OPOCE7"ISMO E SEUS IMPAC7OS A A7U"EWA ./

    98 P"IC\PIOS DE DI"EI7O AMBIE7AL.H

    98.8 Princ6pio do Direito !)mano F)ndamenta% .H 9828 Princ6pio da E5)idade Intergeraciona% .H 98/8 Princ6pio da Preca)'(o .

    9898 Princ6pio da Pre3en'(o . 98H8 Princ6pio do Desen3o%3imento S)stent

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    ..898 Circ)nst_ncias agra3antes 92 ..8H8 Ca)sas de a)mento de pena 92 ..88 O princ6pio da insignific_ncia 9/

    .28 CAUSAS E`CLUDE7ES DE ILICI7UDE 99 ./8 O COMP"OMISSO DE AUS7AME7O DE CODU7A COMO CAUSASUP"ALEAL DE E`CLUSVO DA A7IU"ICIDADE 99

    .98 COSIDE"A^ES FIAIS 9

    .H8 "EFE"ECIAS 9X .H8.8 Bi&%iogr

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    1 INTRODU()O

    A esco%*a deste tema se +)stifica pe%a necessidade# cada 3e; mais )rgente#de o Poder P&%ico atentar >s determina'es insc)%pidas em nossa Carta Maior# de

    forma a o&ser3ar as cond)tas e ati3idades consideradas %esi3as ao meio am&iente#

    as 5)ais s)+eitar(o os infratores# se+am pessoas f6sicas o) +)r6dicas# a san'es

    penais e administrati3as# independentemente da o&riga'(o de reparar os danos

    ca)sados# conforme pre3$ o art8 22H# /# da CFRR8

    este diapas(o# o dano am&ienta% tem reperc)ss(o +)r6dica trip%a# em 3ista de

    5)e o infrator pode ser responsa&i%i;ado# de forma a%ternada o) c)m)%ada na esferapena%# administrati3a e ci3i%# em conformidade com o art8 Q/H do Cdigo Ci3i%2--2#

    art8 9 do Cdigo de Processo Pena% e art8 .9# .# da Lei 8Q/RR.8

    Importante ressa%3a se fa; 5)anto > ade5)a'(o da responsa&i%idade pena% e

    administrati3a# o 5)e foi preenc*ido com a incorpora'(o ao ordenamento +)r6dico da

    Lei Q8-HQR# 5)e discorre so&re san'es penais e administrati3as deri3adas de

    cond)tas e ati3idades %esi3as ao meio am&iente8

    Ainda# : importante %em&rar 5)e a responsa&i%idade ci3i% : independente da

    crimina%# %ogo# n(o se podendo 5)estionar mais so&re a exist$ncia do fato o) so&re

    5)em se+a o se) a)tor# 5)ando estas 5)estes se ac*arem decididas no +)6;o

    crimina%# conforme pre3is(o constante do art8 Q/H do o3o Cdigo Ci3i%8

    Ainda# referindo,se > rea'(o +)r6dica ao dano am&ienta%# ao fa%ar,se em %es(o

    aos rec)rsos am&ientais# a5)i n(o se restringe aos rec)rsos nat)rais# toda3ia a%arga,

    se a todos os e%ementos 5)e compem a &iosfera# desta feita# pode,se entender 5)e

    todo rec)rso nat)ra% : am&ienta% e# por conseg)inte# nem todo rec)rso am&ienta% :

    nat)ra%8 Ent(o# 3$,se 5)e o meio am&iente : rea%idade mais amp%a do 5)e os

    ecossistemas nat)rais8

    A distin'(o dos danos eco%gicos apresenta,se de d)as formas0 o dano

    eco%gico em sentido amp%o# o) me%*or# t)do a5)i%o degrada o meio am&iente e o

    dano eco%gico em sentido estrito# o) se+a# este sendo a degrada'(o dos e%ementos

    nat)rais8 O dano am&ienta% : de dif6ci% repara'(o e 3a%ora'(o# com isso o pape% da

    responsa&i%idade ci3i%# no 5)e se refere > indeni;a'(o : sempre ins)ficiente# pois por

    mais c)stosa 5)e se+a a repara'(o# n)nca se reconstit)ir< a integridade am&ienta%

    o) a 5)a%idade do meio 5)e for afetado# isto posto# indeni;a'es e compensa'es

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    ..

    ser(o sempre mais sim&%icas do 5)e reais# se comparadas ao 3a%or intr6nseco da

    &iodi3ersidade# do e5)i%6&rio eco%gico o) da 5)a%idade am&ienta% p%ena8

    A partir da "e3o%)'(o Ind)stria%# a 5)a% foi respons

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    .2

    2* A #ALORI+A()O DO MEIO AMBIENTE COMO BEM "UR,DICO

    Seg)ndo A%3in 7off%er.# pode,se di3idir a *istria da ci3i%i;a'(o em apenas tr$s

    fases *istricas0 a primeira onda refere,se > fase agr6co%a# *a3endo a *)manidade

    se dedicado > con5)ista de no3as fronteiras agropec)

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    ./

    * ANTROPOCENTRISMO E SEUS IMPACTOS NA NATURE+A

    Seg)ndo Bre%a;/# 3ir a considerar os seres *)manos como os nicos entes no

    m)ndo capa;es de amar# desco&rir a 3erdade e criar a &e%e;a# di;endo ainda ser a

    a)tonomia *)mana o moti3o para 5)e o *omem n(o encontre no m)ndo nen*)m ser

    5)e %*e se+a e5)i3a%ente# 3em corro&orar na id:ias de 5)e todos os demais seres

    3a%em apenas como meios para a p%ena rea%i;a'(o *)mana8 Entretanto# os fi%sofos

    gregos +< demonstra3am a arrog_ncia dos post)%ados antropoc$ntricos# 5)e foram

    aprof)ndados no processo *istrico com o Cristianismo8 esta re%igi(o# a

    s)premacia da esp:cie *)mana tem se)

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    .9

    &ens +)r6dicos estritamente antropoc$ntricos# n(o recon*ecendo como a)t=nomos os

    &ens +)r6dicos am&ientais o) eco%gicos# na5)e%es crimes cometidos contra o meio

    am&iente# onde o s)+eito passi3o ser< sempre o indi36d)o , tit)%ar de &ens +)r6dicos

    indi3id)ais o) a co%eti3idade , esta tit)%ar dos &ens +)r6dicos s)pra,indi3id)ais8

    Em contrapartida# )m no3o para%e%o contri&)i para a id:ia da in3ers(o da

    perspecti3a# onde o p%aneta n(o mais pertence ao *omem# mas o *omem 5)e passa

    a pertencer ao p%aneta# considerando,o )m mero integrante da nat)re;a8 Esse no3o

    sistema de pensamento# tam&:m c*amado de deep ecolog"## o 5)a% se a%imenta de

    )m mo3imento eco%gico e c)%t)ra%# o&+eti3a desfa;er a 3is(o antropoc$ntrica do

    m)ndo at)a%8

    Perce&e,se# ent(o# o in6cio dessa m)dan'a de pap:is nas preoc)pa'es do*omem em 3ista da 5)a%idade de 3ida e da prote'(o do meio am&iente# associada >

    constata'(o da deteriora'(o da 5)a%idade am&ienta% e da escasse; e %imita'(o do

    )so dos rec)rsos nat)rais8

    Ainda# ca&e ressa%tar a id:ia do antropocentrismo alargado# sendo esta )ma

    3is(o a&randada do antropocentrismo# entretanto mais g%o&a%i;ada e :tica# onde se

    3a%ori;a a interdepend$ncia entre os seres *)manos e os e%ementos da nat)re;a# o

    5)e deixa como exemp%o o artigo 22H e par

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    .H

    .* PRINC,PIOS DE DIREITO AMBIENTAL

    Por princ6pios# entendem,se como 3erdadeiros nascedo)ros 5)e norteiam o

    desen3o%3imento dos sistemas +)r6dicos8 Este ramo do Direito poss)i os se)s

    prprios princ6pios# os 5)ais s(o 3o%tados > prote'(o da 3ida# e com isso#

    asseg)rando,se a exist$ncia dos seres *)manos em condi'es dignas para a

    preser3a'(o do patrim=nio nat)ra% >s f)t)ras gera'es8

    98.8 Princ6pio do Direito !)mano F)ndamenta%

    Insc)%pido no pre_m&)%o da Dec%ara'(o de Estoco%mo do ano .QX2# S):cia# oPrinc6pio do Direito !)mano F)ndamenta% ao Meio Am&iente Sadio &)sco)

    asseg)rar como direito f)ndamenta% do ser *)mano# o desfr)te das condi'es de

    3ida ade5)adas# em )m meio am&iente de 5)a%idade s)ficiente para asseg)rar o

    &em estar8 Para a%g)ns do)trinadores# estes c%assificam como )m dos Princ6pios

    %o&ais do Direito Am&ienta%8 Importante ressa%tar 5)e# por tratar,se de )m

    s)stent

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    .

    descendentes# de forma 5)e tam&:m possam fa;er &om )so8 E# conforme se torno)

    p&%ica a Dec%ara'(o proferida na Confer$ncia da OU# ECO,Q2# no "io de aneiro#

    tam&:m n(o fico) a%*eia# esta&e%ecendo em se) Princ6pio /X0

    o direito ao desen3o%3imento de3e ser exercido de modo a permitir 5)ese+am atendidas e5hitati3amente as necessidades de desen3o%3imento edo meio am&iente das gera'es presentes e f)t)ras8N

    98/8 Princ6pio da Preca)'(o

    7am&:m con*ecido por pr)d$ncia o) ca)te%a# in d$bio pro securitate# o)

    ainda# in d$bio pr% natura,o&+eti3a 5)e se e3ite a prod)'(o de inter3en'es no meio

    am&iente antes de se ter a certe;a de 5)e estas n(o ser(o ad3ersas8 O princ6pio emte%a n(o poss)i o cond(o de imo&i%i;ar as ati3idades *)manas# entretanto# se n(o

    *o)3er certe;a cient6fica acerca dos efeitos am&ientais# de3e,se adotar )ma posi'(o

    de ca)te%a# de modo a n(o consentir o desen3o%3imento da ati3idade# pe%o menos

    em esca%a comercia%8 Ainda# cite,se o Princ6pio .HRproferido na ECO,Q2# conforme

    seg)e0

    para proteger o meio am&iente# medidas de preca)'(o de3em ser

    %argamente ap%icadas pe%os estados# seg)ndo s)as capacidades8 Emcaso de risco de danos gra3es o) irre3ers63eis# a a)s$ncia de certe;acient6fica a&so%)ta n(o de3e ser3ir de pretexto para procrastinar aado'(o de medidas 3isando a pre3enir a degrada'(o am&ienta%8N

    9898 Princ6pio da Pre3en'(o

    Este princ6pio est< restrito ao com&ate dos danos am&ientais pre3is63eis#

    por:m e3its presentes e f)t)ras gera'es8

    98H8 Princ6pio do Desen3o%3imento S)stent

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    .X

    C*amado de Princ6pio do Acesso E5)itati3o aos "ec)rsos at)rais se

    encontra destacado na Dec%ara'(o de Estoco%mo de .QX2# a 5)a% dispe em se)

    Princ6pio HQ0

    Os rec)rsos n(o reno3

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    .R

    Pe%o princ6pio em te%a# tem,se o recon*ecimento da %i&erdade como direito

    f)ndamenta% do *omem e 3a%or s)premo para a 3ida em sociedade# a 5)a% :

    essencia% no Estado Democr

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    .Q

    intit)%ada por A +)panso do &ireito enal Aspectos da po%6tica crimina% nas

    sociedades ps,ind)striaisN8 Portanto# o 5)e n(o se 5)er : aceitar o) con3i3er com

    o Direito Pena% Sim&%ico# o 5)a% n(o se 3o%ta > prote'(o de &ens +)r6dicos# mas

    somente 3isa fornecer respostas pacificadoras > opini(o p&%ica# de forma a

    o&edecer a propsitos de p)ra +act_ncia da c%asse po%6tica o)# me%*or di;endo#

    arrog_ncia# a%ti3e; da5)e%a c%asse 5)e pode proc%amar > opini(o p&%ica# a se) &e%

    pra;er# 5)e est< atenta aos pro&%emas do m)ndo moderno e# mais ainda# 5)e at: se

    compromete com a tomada de medidas dr

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    2-

    m)ndo dos fatos# *o)3er ind6cios da ocorr$ncia de determinada cond)ta# 5)e o

    Direito Pena% 5)a%ifica como criminosa# o *ermene)ta# > %); do princ6pio da

    inter3en'(o m6nima# de3er< a3a%iar as circ)nst_ncias do caso concreto e a efeti3a

    peric)%osidade da sit)a'(o 5)e se %*e apresenta# antes de pretender simp%esmente

    en5)adr

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    2.

    moderni;armos o Direito Pena% 7radiciona%# 5)e seg)ndo o Professor L)is racia

    Martin# 3ai marcar diferen'as s)&stanciais entre o ontem e o *o+e# importando n)ma

    consci$ncia de )ma r)pt)ra com a contin)idade *istrica0 o 5)e foi +< n(o : 3i3em,

    se no3os tempos.28

    Esse mo3imento de expans(o do Direito Pena% : creditado por Martin ./# em

    decorr$ncia do desen3o%3imento e do progresso cient6fico# tecno%gico# ind)stria% e

    econ=mico# na sociedade moderna# os 5)ais geram )ma p%)ra%idade de ati3idades

    5)e originam )ma di3ersidade de no3os riscos# gera%mente com efeitos e

    conse5)$ncias n(o dese+adas# os 5)ais podem# nos %e3ar at: a extin'(o da 3ida na

    face da 7erra8

    o 5)e refere ao o&+eto# o Direito Pena% Sec)nd 5)a% n(o fica p%enamente garantida#

    .2 MA"7I# L)is racia8 Pro%eg=menos para a %)ta pe%a moderni;a'(o e expans(o do direito pena% acr6tica do disc)rso de resist$ncia8 Porto A%egre0 Sergio Ant=nio Fa&ris Editor8 2--H# p8 /X8./Idem# p8 9Q8

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    exceto pe%o definido no Cdigo Pena%8 E a seg)nda# : 3erificada pe%a menor efic rea%i;a'(o da

    persona%idade com)nit

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    2/

    exist$ncia de )ma amp%a %egis%a'(o protecionista 3igente no Brasi%# porem n(o era

    s)ficiente para se ter )ma t)te%a a)t$ntica# seg)ndo [ainer.9# fr)to da an

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    conser3a'(o dos rec)rsos f%orestais# +< entendido como &ens de interesse p&%ico8

    S foi ent(o 5)e# a partir de .8Q/9# s)rgi) o primeiro Cdigo F%oresta% com a

    prom)%ga'(o do Decreto 2/8XQ//9# t)te%ando +)ridicamente o meio am&iente#

    tipificando as ofensas cometidas na m< )ti%i;a'(o das f%orestas# c%assificando,as com

    crimes e contra3en'es penais8 essa d:cada# s)rgi) tam&:m a no3a Constit)i'(o

    Federa%# contendo a%g)ns dispositi3os am&ienta%istas.H# o Cdigo de Tg)as com o

    Decreto 2989//9 e o Cdigo de Ca'a pe%o Decreto 2989H/98

    Mais tarde# na d:cada de - do s:c)%o passado , :poca onde *o)3e )ma

    intensa e%a&ora'(o %egis%ati3a na s no3as exig$ncias e > no3a 3is(o da prote'(o am&ienta%#

    partindo# ent(o dos efeitos 5)e as degrada'es da 5)a%idade am&ienta% podem

    ca)sar nas condi'es est:ticas o) sanit

    necessidade de prote'(o > camada de o;=nio# a reg)%amenta'(o do )so de

    agrotxicos# comercia%i;a'(o e )ti%i;a'(o da moto,serra# &em como a

    reg)%amenta'(o das ati3idades n)c%eares# em 3ista do acidente 5)e ocorre) no dia

    2 de a&ri% de .QR na Usina )c%ear de C*erno&i%% , esta origina%mente c*amada de

    %adimir Lenin 4 %oca%i;ada na Ucr_nia# antiga "ep&%ica da extinta Uni(o So3i:tica.

    81 importante ressa%tar# ainda no contexto *istrico# a%g)ns dos dip%omas %egais

    5)e contri&)6ram para )ma me%*or conscienti;a'(o da 5)est(o am&ienta%# tais como

    seg)em0

    , Da prote'(o a fa)na ?Lei X8H/# de .2,-2,.QRR@

    .H FE""EI"A# I3ete Senise# 7)te%a Pena% do Patrim=nio C)%t)ra% , Bi&%ioteca de Direito Am&ienta%#3o%8/8 S(o Pa)%o0 Ed8 "e3ista dos 7ri&)nais# .QQH# p8 R28 Para%e%amente# a Constit)i'(o Federa%# 5)econtin*a a%g)ns dispositi3os am&ienta%istas# da3a maior $nfase > prote'(o do patrim=nio c)%t)ra%

    naciona%# esta&e%ecendo# no se) art8 .-# a compet$ncia concorrente da Uni(o e dos Estados paraproteger as &e%e;as nat)rais ?888@N8

    . [IkIP1DIA 4 A encic%op:dia %i3re 4 acesso em 2-.-2-.-8

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    2H

    , Da responsa&i%idade por atos re%acionados com ati3idades n)c%eares ?Lei

    89H/# de .X,.-,.QXX@

    , Da Po%6tica aciona% do Meio Am&iente ?Lei 8Q/R# de /.,-R,.QR.@

    , Da proi&i'(o da pesca de esp:cies em per6odos de reprod)'(o ?Lei X8XQ#

    de 2/,..,.QRR@

    , Da proi&i'(o da pesca de cet

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    2

    o&+eto de intensa repro3a'(o socia%.X8 Preser3ar e resta&e%ecer o e5)i%6&rio eco%gico

    s(o cr)ciais# pois o fen=meno &io%gico e s)as manifesta'es so&re o P%aneta 7erra

    est(o sendo prof)ndamente a%terados# e com isso %imita,se o processo e3o%)ti3o# o

    5)a% compromete a 3ia&i%idade da so&re3i3$ncia de grandes contingentes

    pop)%acionais da esp:cie *)mana8 o entanto# importante a indaga'(o a respeito

    de0 Como de3e ser efeti3ada a prote'(o pena% desses interesses dif)sos Como

    constr)ir )m sistema 5)e se *armoni;e com os consagrados princ6pios do Direito

    Pena% Como constr)ir tipos 5)e compreendam t(o 3ariadas formas de danos

    Como pre3er a responsa&i%idade pena% de pessoas +)r6dicas# n)m sistema em 5)e

    3igora o princ6pio da nat)re;a persona%ista da responsa&i%idade pena%

    Um dos primeiros desafios 5)e se co%oca : o da constr)'(o de tipos taxati3os#por5)e os fen=menos reg)%amentados poss)em )m car

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    2X

    7oda3ia# como &em e3idencia Ferreira.R0

    )ma tend$ncia para a descrimina%i;a'(o de certas cond)tas tipificadas

    na %ei pena%# de fato insta%a,se na do)trina contempor_nea# so&ret)dope%a fa%$ncia das penas pri3ati3as de %i&erdade e s)a impossi&i%idade dee3itar a ocorr$ncia de crimes e conseg)ir a reperc)ss(o dos criminosos#sendo moti3ada tam&:m pe%a descren'a na administra'(o da +)sti'apena% para reso%3er o pro&%ema da 3io%$ncia e da crimina%idade nasociedade modernaN8

    Ainda# *< 5)e se %em&rar 5)e a responsa&i%idade pena% das pessoas +)r6dicas

    n(o exc%)ir< a das pessoas f6sicas 5)e integram se) rg(o de dire'(o# 5)e poder(o

    tam&:m responder pena%mente como a)toras# co,a)toras o) part6cipes do mesmo

    fato , sistema de d)p%a imp)ta'(o , art8 /# cap)t e par

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    2R

    meio am&iente8

    3* ASPECTOS DA LEI 3*05/3

    1 )m dip%oma normati3o moderno com regras a3an'adas# onde se firmam

    5)ase todas as cond)tas administrati3as e criminais %esi3as ao meio am&iente# sem

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    2Q

    pre+)6;o das san'es ci3is# +< existentes em o)tras %eis espec6ficas8

    em# em &oa *ora# ap%icar a no'(o de responsa&i%idade pena%# pois as

    infra'es praticadas contra o meio am&iente s(o sing)%ares# o) se+a# s(o prprias

    em re%a'(o > maioria das pr

    fixa'(o da m)%ta administrati3a# dependendo do i%6cito cometido pe%o infrator8 Ainda#

    a &oa no3a nascida com a Lei em te%a : a responsa&i%idade pena% das pessoas

    +)r6dicas# esta&e%ecendo,se para e%as tipos e san'es e &em definidos8

    o entanto# : de se o&ser3ar 5)e o tipo a&erto pode %e3ar > incerte;a

    +)r6dica# pois somente )ma parte da cond)ta est< %ega%mente descrita# toda3iade3endo a o)tra parte ser constr)6da pe%o +)i; para a comp%ementa'(o do tipo pena%8

    Ainda# os tipos penais am&ientais s(o# de regra# do%osos e po)cos s(o os

    casos nos 5)ais se encontram tais tipos na forma c)%posa8 Com isso# 5)ando

    expressamente pre3ista na config)ra'(o do tipo# a forma c)%posa dos crimes

    am&ientais de3e poss)ir os seg)intes re5)isitos0 a omiss(o do c)idado

    o&+eti3amente exig63e% e a pre3isi&i%idade do res)%tado# 5)e de3er(o c)%minar na

    ap%ica'(o da pena# +)ntamente com os 5)esitos neg%ig$ncia# impr)d$ncia e imper6cia?art8 .R do Cdigo Pena%@8

    o ordenamento +)r6dico at)a%# o gra) de c)%pa&i%idade de%imita a p)ni&i%idade#

    ana%isando se o agente poss)6a capacidade de entender o car

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    /-

    O Direito Pena% de3e definir# de modo a)t=nomo# os componentes de s)as

    normas# e3itando remiss(o a o)tras regras do ordenamento +)r6dico8 o 5)e refere

    ao meio am&iente# tem,se )ti%i;ado a t:cnica %egis%ati3a denominada norma penal

    em branco# o) me%*or# nos casos em 5)e ocorra o preceito %ac)noso o) incomp%eto#

    necessitando de comp%ementa'(o de o)tros dispositi3os %egais# os 5)ais podem ser

    extra,penais8 Ocorre 5)ando a descri'(o da cond)ta p)n63e% se mostra incomp%eta

    o) %ac)nosa# necessitando da comp%ementa'(o de o)tro dispositi3o %ega%# %ogo#

    pre3a%ecendo,se dessa t:cnica8

    Ainda# tendo em conta a p%)ra%idade e di3ersidade de agresses de 5)e pode

    ser o&+eto o &em +)r6dico meio am&iente , assim como a constante ino3a'(o

    tecno%gica com )sos potencia%mente %esi3os , a )ti%i;a'(o desta t:cnica deremiss(o >s normas extra,penais est< p%enamente +)stificada8

    Com isso# : aceit

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    /.

    s)&+eti3os8

    Seg)ndo o pena%ista Cesar "o&erto Bitenco)rt.Q# depreende,se 5)e &em +)r6dico

    : todo 3a%or considerado digno de t)te%a pena%# isto posto 5)e# apresentando,se

    como o ponto de partida da estr)t)ra do de%ito 5)e : o tipo pena%# e%e representa a

    %es(o o) perigo de %es(o do &em +)ridicamente protegido8

    os crimes am&ientais# o &em +)r6dico protegido : o meio am&iente em toda a

    s)a amp%it)de# se+a em termos de 5)a%idade am&ienta% o) em s)a dimens(o g%o&a%8

    Da6 ser )m con+)nto de e%ementos nat)rais# c)%t)rais e artificiais# de modo 5)e

    possi&i%ite o seg)inte deta%*amento0 meio ambiente natural?constit)6do pe%o so%o# a

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    /2

    o) exercido ta% o) 5)a% ati3idade considerada danosa ao meio am&iente# mas sim

    por n(o ter o&tido a a)tori;a'(o o) %icen'a para tanto o) mesmo 5)ando

    de3idamente *a&i%itado# com a a)tori;a'(o o) %icen'a# por n(o ter o&ser3ado s)as

    condicionantes eo) as determina'es %egais o) reg)%amentares8 A citar )m

    exemp%o# temos o caso da pesca0 pode ser )m i%6cito pena% o) )m fato at6pico#

    dependendo o) n(o de estar o agente a)tori;ado para ta% e de ter o&edecido >s

    disposi'es reg)%amentares respecti3as8 Assim# tam&:m# podem estar o) n(o

    a)tori;ados o desmatamento o) corte de

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    //

    o %egis%ador )ti%i;a no tipo pena% a express(o perigoN# e s)a cons)ma'(o exige a

    compro3a'(o da proximidade e da capacidade %esi3a do perigo ao &em +)r6dico8

    A do)trina ma+orit pro3a em tais

    crimes# para tanto# co%ima com o mesmo pensamento o Professor Pa)%o os: da

    Costa )nior2.#conforme se expe0

    em 3erdade# encontramo,nos diante de )ma impossi&i%idade pr determinada cond)ta# o) ent(o# 5)ando menos# ra;es3

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    /9

    Com isso# a c)%pa : a pr

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    /H

    a)ditor# gerente# preposto o) mandat responsa&i%idade n(o : poss63e% atri&)6,%a >s pessoas

    +)r6dicas de direito p&%ico# por certo 5)e o cometimento de )m crime +amais poderia

    &enefici

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    /

    , Proc)re,se a repara'(o do dano na esfera c63e% pe%a pessoa +)r6dica de direito

    p&%ico# &em como a s)&se5)ente recomposi'(o do patrim=nio p&%ico com o

    a+)i;amento de a'(o regressi3a em face dos agentes p&%icos responss san'es penais e

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    /X

    administrati3as# independentemente da o&riga'(o de reparar os danos ca)sados422

    ?art8 22H# /@ , expressamente atri&)i) responsa&i%idade pena% > pessoa +)r6dica#

    pacificando assim a disc)ss(o do)trins teorias do Direito Pena% 7radiciona%8 Em

    contrapartida# a proposta do Direito Pena% Sec)nd

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    /R

    pec)ni sociedade )m d)p%o castigo0 s)portar

    o dano e pagar a conta do pres6dio8

    ..8.8.8 Pena pri3ati3a de %i&erdade

    As penas pri3ati3as de %i&erdade para os i%6citos penais praticados pe%as

    pessoas f6sicas s(o as tradicionais recluso e deten'o# para os crimes# epriso

    simples# para as contra3en'es8

    Com isso# : importante %em&rar 5)e a maiorias das no3as infra'es penais#pe%a 5)antidade da pena cominada# ense+a a ap%ica'(o dos instit)tos da transa'(o

    pena%# s)spens(o do processo e s)spens(o condiciona% da pena# o 5)e 3em a ser o

    sursis am&ienta%8

    ..8.828 Penas restriti3as de direitos

    o perfi% do de%in5)ente am&ienta%# a ap%ica'(o de penas restriti3as de direitosem s)&stit)i'(o >s pri3ati3as s(o poss63eis por tratar,se diferentemente do criminoso

    com)m8 Estas penas s(o a)t=nomas e s)&stit)em as penas pri3ati3as de %i&erdade

    nos casos em 5)e se tratar de crime c)%poso for ap%icada pena pri3ati3a de

    %i&erdade inferiora 5)atro anos &em como# a c)%pa&i%idade# os antecedentes# a

    cond)ta socia% e a persona%idade do condenado# &em como os moti3os e as

    circ)nst_ncias do crime indicarem 5)e a s)&stit)i'(o se+a eficiente para efeitos de

    repro3a'(o e pre3en'(o do crime# conforme pre3$ o art8 X# incisos I e II8 Com aa%tera'(o da Lei Q8X.9QR# te3e amp%iado para at: 5)atro anos o %imite da pena

    a)tori;adora de s)&stit)i'(o# reperc)tindo na Lei Am&ienta% Pena%# n(o pe%o fato de

    tratar,se de %ei no3a mais &enigna# mas tam&:m %e3ando em considera'(o o

    princ6pio da s)&sidiariedade8 Assim# as penas a%ternati3as passaram a constit)ir a

    regra# ficando reser3adas as penas pri3ati3as de %i&erdade para casos excepcionais8

    o entanto# apenas os tipos descritos nos artigos /H# 9-# H9# 2 e /# e H# 2#

    n(o admitiriam a s)&stit)i'(o da pena de pris(o pe%a restriti3a de direitos8

    Assim# pe%o exposto acima# as penas restriti3as de direitos 5)e ter(o a

    mesma d)ra'(o da pena pri3ati3a de %i&erdade s)&stit)6da# compreendem0

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    /Q

    , Presta'(o de ser3i'os > com)nidade# consistindo na atri&)i'(o ao

    condenado a rea%i;ar tarefas grat)itas +)nto a par5)es e +ardins p&%icos e )nidades

    de conser3a'(o e# em caso de dano da coisa partic)%ar# p&%ica o) tom&ada# nas

    resta)ra'(o desta# se poss63e% ?art8 R# Inciso I# e art8 Q@

    , Interdi'(o tempor

    entidade p&%ica o) pri3ada com fim socia%# de import_ncia# fixada pe%o +)i;# n(o

    inferior a )m sa%

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    9-

    Ainda# esta&e%ece o Cdigo Pena% Brasi%eiro# em se) art8 9Q# 5)e a pena de

    m)%ta 3em a ser o pagamento ao f)ndo penitenci com)nidade# conforme art8 .R da Lei Q8-HQR8 1 importante ressa%tar 5)e

    a %tima san'(o# esta : esp:cie do g$nero restriti3a de direitosN8

    ..828.8 Penas de m)%ta

    o 5)e refere a esta san'(o# em&ora se de3a ter em conta a sit)a'(o

    econ=mica do infrator# n(o foi adotado )m crit:rio espec6fico para as empresas# n(ose e5)acionando )ma regra prpria para a pessoa +)r6dica pagar se) prprio dia,

    m)%taN8 Com isso# o %egis%ador n(o o&ser3o) 5)e# da mesma maneira# )ma grande

    empresa poder< ter )ma pena pec)nis pessoas +)r6dicas# temos0

    , S)spens(o parcia% o) tota% de ati3idades# ap%ics prescri'es %egais o) reg)%amentares# re%ati3as > prote'(o

    do meio am&iente# conforme pre3$ o art8 22# inciso I# 2

    , Interdi'(o tempor

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    9.

    s)&3en'es o) doa'es# pe%o pra;o de at: de; anos# em caso de desc)mprimento

    de normas# crit:rios e padres am&ientais# conforme art8 22# inciso III e /# e

    , Presta'(o de ser3i'os > com)nidade# no 5)e se refere ao c)steio de

    programas e de pro+etos am&ientais# &em como rea%i;ando a exec)'(o de o&ras de

    rec)pera'(o de

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    o) expor a perigo 4 de maneira gra3e 4 a sade p&%ica o) o meio am&iente e# por

    fim# podendo concorrer para danos > propriedade a%*eia

    , em f%ora o) ao meio

    am&iente em gera%

    , de )m ter'o at: a metade# se res)%ta %es(o corpora% de nat)re;a gra3e em

    o)trem, at: o do&ro# se res)%tar a morte de o)trem8

    1 importante 5)e se diga 5)e tais ca)sas somente ser(o ap%ic

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    9/

    conforme pre3$ o art8 H9 da Lei Q8-HQR8

    ..8 O princ6pio da insignific_ncia

    Este princ6pio re%aciona,se com a s)&sidiariedade do Direito Pena% em re%a'(o

    >s demais esferas de responsa&i%i;a'(o8 O princ6pio em te%a pode ser definido como

    instr)mento de interpreta'(o restriti3a# f)ndado na concep'(o materia% do tipo pena%#

    por interm:dio do 5)a% : poss63e% a%can'ar# pe%a 3ia +)dicia% e sem mac)%ar a

    seg)ran'a +)r6dica do pensamento sistem

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    de animais para saciar a fome do agente o) de s)a fam6%ia# para proteger %a3o)ras

    o) re&an*os o) 5)ando forem a5)e%es noci3os8 Lem&rando ainda# 5)e o referido

    artigo impedi) a pre3is(o de %eg6tima defesa contra ata5)es de animais fero;es8

    1* O COMPROMISSO DE A"USTAMENTO DE CONDUTA COMO CAUSA

    SUPRALEGAL DE EXCLUS)O DA ANTI"URICIDADE

    Para a caracteri;a'(o de )m fato como anti+)r6dico n(o &asta a s)a mera

    s)&s)n'(o > norma# atra3:s de )ma an norma# ao ser feito )m +)6;o de tipicidade

    penal# a5)e%a cond)ta aparentemente proi&ida restar< at6pica# 3e; 5)e a ordem

    normati3a n(o 5)er proi&ir8 Com isso# estar< exercendo )ma f)n'(o de %imita'(o da

    tipicidade %ega% dentro de nosso ordenamento +)r6dico# ca&endo ao +)%gador extrairdo caso f

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    9H

    s)stents %egis%a'es

    antecessoras# seg)i) as tend$ncias modernas do Direito Pena%# &)scando )m at)ar

    pre3enti3o em face ao meio am&iente# )ti%i;o) modernas t:cnicas %egis%ati3as para

    e%a&ora'(o de s)as constr)'es t6picas# as 5)ais exigem certa f%exi&i%i;a'(o de

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    garantias do Direito Pena% 7radiciona%# e n(o *< mais como negs at)ais e f)t)ras gera'es# pois tra&a%*ar a consci$ncia :

    a%go demanda de m)ita ref%ex(o e &oa 3ontade8

    15* REFERENCIAS

    15*1 B67869;a?

    A"IEL DO77I# "en:8 As &ases constit)cionais do direito pena% democr

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    BI7ECOU"7# Ce;ar "o&erto8 1eoria 2eral do &elito8 S(o Pa)%o0 "e3ista dos7ri&)nais# .QQX8

    COS7A "8# Pa)%o os: da8 &ireito penal ecol%gico8 "io de aneiro0 ForenseUni3ersit

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    9R

    SAC!EW# ess Maria Si%3a8 A +)panso do &ireito enal Aspectos da po%6ticacrimina% nas sociedades ps,ind)striais8 S(o Pa)%o0 "e3ista dos 7ri&)nais8 2--28

    SEISE FE""EI"A# I3ete8 1utela penal do patrim6nio cultural8 7ese# S(o Pa)%o#.QQ/8

    7OFFLE"# A%3in8A 1erceira :nda."io de aneiro0 Editora "ecord8 .QQX8

    15*2 A;t69?

    BA"BOSA# Sandra Pires8 Pensando *o+e o meio am&iente de aman*(8 "e3ista

    Ad3ocat)s# p89.# 2-.-8

    BAS7OS# Ce%so8 A t)te%a dos interesses dif)sos no direito constit)ciona% &rasi%eiro8o) Legis# ano `III# 38 .H2# .QR.8

    F"ACO# A%&erto Si%3a8 Do Princ6pio da Inter3en'(o M6nima ao Princ6pio daM