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TUTORIAL GeoDa PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE: valoração, licenciamento, auditoria e educação ambiental Econometria Espacial Aplicada ao Meio Ambiente Luiz Henrique Paloschi Tomé 1 Maringá PR 2012 1 Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade Cidade Verde e pós-graduando em Economia do Meio Ambiente pela Faculdade Cidade Verde. [email protected].

Tutorial GeoDa

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TUTORIAL GeoDa

PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE:

valoração, licenciamento, auditoria e educação ambiental

Econometria Espacial Aplicada ao Meio Ambiente

Luiz Henrique Paloschi Tomé1

Maringá – PR

2012

1 Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade Cidade Verde e pós-graduando em Economia do Meio

Ambiente pela Faculdade Cidade Verde. [email protected].

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INTRODUÇÃO

GeoDa é um programa de software livre que serve como uma introdução à

análise de dados espaciais. OpenGeoDa é a multi-plataforma, versão open source

que roda em diferentes versões do Windows (incluindo o XP, Vista e 7), Mac OS e

Linux.

O presente tutorial não tem a pretensão de abordar todas as ferramentas e

funções do referido programa, nem esgotar todos os possíveis usos para o mesmo,

uma vez que isso levaria a um exaustivo processo demonstrativo. Além do mais, o

objetivo aqui não é fazer um manual de usuário e sim um tutorial introdutório e

prático, apresentando conceitos básicos que habilitem estudantes e pesquisadores a

dar os primeiros passos na econometria espacial com o uso do GeoDa.

Uma das vantagens do software é que não há a necessidade de instalação,

o programa pode ser executado a partir de qualquer computador de forma bem

simples. Ao executar o OpenGeoDa, surge uma barra de ferramentas que possibilita

trabalhar com dados espaciais de forma muito prática. Os arquivos de mapas devem

ser em formato shp e os arquivos de dados em formato dbf.

Para se aprofundar no tema, conhecer melhor o sistema e baixar o software

acesse https://geodacenter.asu.edu/.

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EXERCÍCIOS E DEMONSTRAÇÕES

Como foi dito, não é preciso instalar o software, e assim que é executado ele

exibe somente uma barra como a da imagem abaixo, com todas as opções e

ferramentas necessárias ao seu uso.

File (arquivo) – abrir arquivos, fechar todos, salvar e sair.

Tools (ferramentas) – criação de pesos e propriedades; criação de arquivos

shape; importação e exportação de arquivos csv.

Table (tabela) – opções de tabelas; conversão de arquivos; criação e

transformação de variáveis; adicionar variáveis. Trabalha apenas com

arquivos no formato dbf.

Map (mapa) – opções para gerar mapas.

Explore (explorar) – gráficos para análise; estatística descritiva.

Space (espaço) – cálculos (i de Moran); análise de autocorrelação espacial.

Methods (métodos) – análise de regressão; diagnósticos para efeitos

espaciais.

Options (opções) – funciona somente quando o mapa está aberto e dá

diversas opções de edição para o mesmo.

Help (ajuda) – exibe as informações da versão do software.

As demonstrações serão feitas através de exercícios práticos de forma

simples e apresentados passo a passo com o auxílio de imagens para melhor

visualização.

O primeiro passo é carregar o mapa que se deseja trabalhar, para abrir o

mapa deve-se usar os seguintes comandos:

File > Open Shapefile > escolha o arquivo shp na pasta onde salvou os

arquivos do mapa. Neste tutorial estamos trabalhando com o arquivo

aula_2012.shp. O arquivo contém o mapa do Paraná dividido por municípios.

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No exemplo utilizaremos o mapa do estado do Paraná como já foi

mencionado. O mapa é aberto ainda sem nenhuma informação (virgem) conforme a

imagem abaixo.

Após abrirmos o mapa, vamos abrir a tabela contendo os dados que serão

analisados. Para isso utilize o comando Open Table (abrir tabela) que se encontra

na barra de atalhos do software.

O comando Open Table abre um dos cinco arquivos que compõem o mapa,

contendo os dados e as variáveis e gera uma tabela para visualização, o arquivo

aberto deve ser o dbf.

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A tabela gerada será como a imagem a seguir, muito semelhante a uma

planilha de Excel, onde se pode visualizar os dados como: nome da localidade ou

região, identificação, observações, variáveis, entre outros.

A tabela pode ser usada para auxiliar no momento da análise, pois se você

selecionar com o mouse qualquer região no mapa, a linha correspondente a essa

região na tabela será destacada e será possível visualizar os dados individuais

dessa região.

Na sequência serão inseridos os dados no mapa para visualização e análise

descritiva. O software fornece várias opções de lançamento dos dados no mapa

como: Quantile Map, Percentile Map, Standard Deviation Map e outros.

Iniciaremos os exemplos práticos com um Quantile Map. Para cria-lo vá à

aba Map e utilize o comando Quantile Map.

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Após clicar em Quantile Map aparecerá uma nova tela onde é preciso

escolher qual variável você quer inserir no mapa. Escolha a variável que deseja

inserir no mapa clicando sobre a mesma e em seguida em OK. Nesse caso

trabalharemos com a variável chuva (CHU) que já está no arquivo aula_2012.shp.

O próximo passo é escolher o número de classes ou categorias que deseja

para os intervalos dos valores das variáveis. No presente exemplo usaremos seis.

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O número de categorias escolhidas aparecerá depois nas legendas do

mapa.

Após escolher o número de categorias e clicar em OK o mapa é gerado.

Para salvar o mapa como imagem e assim utilizá-lo em outros programas

(Word, Power Point, etc.) deve-se clicar com o botão direito do mouse sobre o mapa

e em seguida em Save Image As.

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Escolha o tipo de arquivo de imagem (SVG, PNG ou BMP) que você quer

gerar e o local onde deseja salvar. Será salva uma imagem como a seguir:

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Para copiar a legenda clique com o botão direito do mouse sobre as

legendas e escolha a opção Copy Legend To Clipboard.

Depois de copiar a imagem, ela deverá ser colada no documento (Word,

Power Point, Excel, etc.) que desejar. A imagem gerada será como a seguinte:

Vamos repetir o exercício anterior com algumas mudanças.

Trabalharemos agora com a variável Índice Ipardes de Desenvolvimento

Municipal (IPDM) e a legenda dividida em quatro categorias. Mais uma vez

utilizaremos o comando Quantile Map.

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Escolha a variável IPDM.

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O mapa gerado será o seguinte:

Para mudar a cor da categoria clique com o botão direito do mouse sobre o

quadrado que representa a cor da categoria desejada e em seguida clique em Color

for Category: [intervalo] (quantidade).

Uma nova janela será aberta onde é possível fazer a escolha da cor

desejada. Se desejar fazer a mudança, escolha a nova cor e de OK, se não, escolha

a opção cancelar.

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No próximo exemplo usaremos o Percentile Map. Nesse mapa o programa

organiza os dados de forma crescente com base na variável selecionada e divide em

percentis. Para cria-lo vá à aba Map e utilize o comando Percentile Map.

Escolha a variável que deseja inserir no mapa. O Percentile Map não

permite definir o número de categorias da legenda, apresentando seis categorias

como padrão.

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E o mapa será gerado.

No próximo exemplo usaremos o Standard Deviation Map (Mapa de Desvio

Padrão). Para cria-lo vá à aba Map e utilize o comando Standard Deviation Map.

Nesse método, o software calcula a média da variável, todos os municípios que

estão abaixo da média ficam azuis e todos os que estão acima da média ficam

vermelhos. A escala é dividida de acordo com o desvio padrão abaixo ou acima da

média (0 a 1 desvio padrão, 1 a 2 desvios padrão e acima de 2 desvios padrão).

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Assim como o Quantile Map, o Standard Deviation Map também não permite definir

o número de categorias da legenda, apresentando seis categorias como padrão.

O mapa será gerado com as informações de desvio padrão da variável

escolhida.

No próximo exemplo usaremos o Cartogram. Para cria-lo vá à aba Map e

utilize o comando Cartogram. Em seguida selecione a variável que deseja aplicar

ao mapa. No cartograma as categorias são divididas em: Normal, High outliers

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(discrepantes altas), Low outliers (discrepantes baixas), Zeros e Negatives. O mapa

é formado por círculos, e o tamanho destes representa a dimensão da variável.

O mapa será gerado.

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Até o momento trabalhamos somente com os dados já presentes no arquivo

dbf, sem adicionar nenhum novo ou de nosso interesse. Portanto, agora será

apresentada a forma de como inserir outra variável no arquivo dbf para poder ser

usada no mapa.

Abra o arquivo aula_2012.dbf (ou qualquer outro arquivo dbf que esteja

trabalhando) no Excel. Você deve fazer isso abrindo primeiro o Excel > Arquivo >

Abrir, na janela que abrir para escolha do arquivo a ser aberto mude a opção “Todos

os Arquivos do Excel” para “Todos os arquivos”, e escolha o arquivo aula_2012.dbf.

Salve aula_2012 como extensão xls (formato normal do Excel).

Adicione os dados coletados na tabela, verificando a ordem dos municípios

que estão na mesma, com os municípios dos dados coletados, de acordo com o

arquivo aula2012.dbf. Salve o arquivo normalmente em xls.

O Excel não dá a opção de salvar os arquivos em dbf, dessa forma,

devemos utilizar o programa OpenOffice.org que é uma alternativa open source

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para abrir arquivos do pacote Office. Abra o arquivo salvo anteriormente no

OpenOffice.org.

Exclua a primeira linha (1) da planilha (com os dados de identificação das

colunas), e salve o arquivo com a extensão “dbf (dBASE)”, aparecerá duas janelas,

clique na opção que o sistema sugerir e na próxima janela clique em OK.

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Abra novamente o GeoDa, abra o mapa File > Open Shapefile >

aula_2012.shp. Abrira um mapa sem dados (virgem). Para inserir a variável clique

em Table > Merge Table Data.

Abrirá uma nova tela onde se deve abrir o arquivo salvo em dbf com as

novas variáveis que foram inseridas. Para isso utilize o desenho da pasta no canto

superior direito indicado pela seta vermelha na próxima imagem. Após escolher o

arquivo contendo as variáveis que você incluiu, no campo Exclude aparecerá o

número de colunas presentes no arquivo, onde cada N representa uma coluna.

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Clique na opção Merge by record order, no campo Exclude escolha a

coluna onde estão as variáveis que foram inseridas no arquivo, clique na seta que

aponta para o campo Include e em seguida em Merge.

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Uma mensagem será exibida confirmando a inclusão da variável.

Com a variável inserida a mesma pode ser usada em todos os mapas que

desejar para análise. A variável aparecerá com o mesmo nome com que ela

apareceu nas caixas Exclude e Include, nesse caso N11.

Com essa última demonstração da inclusão das variáveis chega ao fim esse

tutorial básico de utilização do GeoDa, agora o leitor já é capaz de inserir as

variáveis de seu interesse no arquivo de dados do mapa e trabalhar com essas

variáveis em quatro diferentes tipos de mapas muito úteis. Espera-se que mais

pessoas tomem a iniciativa de descrever outros processos dentro do GeoDa, pois se

trata de um programa muito útil e de utilização livre, que infelizmente não têm muitas

informações em português.