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1 ANALISE ESPACIAL A PARTIR DE JUNÇÃO DE TABELAS NO QGIS. Daniel B. S. Triumpho - [email protected] Para a realização desta prática vamos utilizar o software QGIS, este é um sistema de informação geográfica (SIG) de licença livre que tem se apresentado atualmente uma ótima alternativa aos softwares pagos, realizando diversas funções que eram exclusivamente dos softwares pagos. Nossa prática pretende realizar o calculo da taxa de homicídios e morte em acidente de transito e apresentar estes dados de forma especializada, ou seja, em um mapa. Os resultados serão os mesmos que em softwares que geram gráficos, no entanto, o mapa é uma variável visual mais chamativa que um gráfico, entretanto a presença não exclui a necessidade do outro, na verdade a presença dos dois garante a um trabalho um aspecto mais refinado. Iniciando: Primeiramente adquirimos os dados de homicídios, população e de acidentes de transito para o estado de Minas Gerais junto ao site dos SUS no endereço: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02 Figura 1: Tela de dados DATASUS Os arquivos foram baixados no formato CSV separados por vírgulas, por ser um dos formatos de tabela que o programa entende, apesar de que o arquivo de tabela padrão para SIG é o DBF.

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ANALISE ESPACIAL A PARTIR DE JUNÇÃO DE TABELAS NO QGIS.

Daniel B. S. Triumpho - [email protected]

Para a realização desta prática vamos utilizar o software QGIS, este é um

sistema de informação geográfica (SIG) de licença livre que tem se apresentado

atualmente uma ótima alternativa aos softwares pagos, realizando diversas funções que

eram exclusivamente dos softwares pagos.

Nossa prática pretende realizar o calculo da taxa de homicídios e morte em

acidente de transito e apresentar estes dados de forma especializada, ou seja, em um

mapa. Os resultados serão os mesmos que em softwares que geram gráficos, no

entanto, o mapa é uma variável visual mais chamativa que um gráfico, entretanto a

presença não exclui a necessidade do outro, na verdade a presença dos dois garante a

um trabalho um aspecto mais refinado.

Iniciando:

Primeiramente adquirimos os dados de homicídios, população e de acidentes de

transito para o estado de Minas Gerais junto ao site dos SUS no endereço:

http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02

Figura 1: Tela de dados DATASUS

Os arquivos foram baixados no formato CSV separados por vírgulas, por ser um

dos formatos de tabela que o programa entende, apesar de que o arquivo de tabela

padrão para SIG é o DBF.

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Posteriormente Adquirimos, de forma gratuita, junto o site do IBGE a base

cartográfica da dos municípios de Minas Gerais, no endereço:

ftp://geoftp.ibge.gov.br/malhas_digitais/municipio_2010/

Figura 2: Pagina do IBGE que contêm as malhas digitais dos estados brasileiros,

divididos em estado, mesorregião, microrregião e municípios que são baixados em um

pacote ZIP.

De posse das bases de dados vamos editá-la para que atenda nosso objetivo, para

isso vamos abrir nossos dados no ambiente QGIS, para tal vamos iniciar o programa no

ícone na área de trabalho.

Note que existem dos ícones

idênticos, no entanto para nossas

análises vamos utilizar o QGIS Desktop

Após aberto vamos navegar pela opção

“add Vector layer” ou adicionar camada

vetorial.

Figura 3: ícones do programa.

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Figura 4: Tela inicial do programa

Após aberto vamos até a pasta onde os arquivos foram salvos, como eles estão em

formatos diferentes precisamos selecionar na caixa ao lado de nome a opção All Files,

para que todos os arquivos sejam apresentados.

Figura 5: navegação pelo menu Add Vector Layer

Após adicionarmos os dados devemos observar que a tabela de atributos dos

municípios apresenta um campo chamado CD_GEOCODM esse campo representa os

códigos de identificação dos municípios elaborados pelo IBGE e que é utilizado por

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todos os órgãos públicos, se observarmos agora as tabelas do DATASUS, notaremos

que esses mesmos dados estão presentes, entretanto percebe-se que nestas tabelas existe

um número a menos e a presença dos nomes dos municípios em um único campo, essas

informações adicionais poderão atrapalhar nosso trabalho, sendo assim necessários suas

retiradas e o isolamento dos códigos idênticos à tabela do IBGE.

Figura 6: Tabelas contendo os códigos.

Sendo assim, necessitamos retirar um numero da tabela do IBGE e o nome da tabela do

DATASUS, para isso, utilizará uma função, a qual todos devem estar familiarizados, o

Substring, clique com botão direito no nome do arquivo, inicie a edição, navegue até

propriedades, navegue posteriormente a tabela do arquivo do IBGE, clique na

calculadora de campo .

Dentro desta selecione a caixa para atualizar um campo existente, selecione o campo

contendo o código dos municípios, em seguida vá à opção String, Substrig e digite a

seguinte formula (substr( "CD_GEOCODM" ,1,6).

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Figura 7: tabela do IBGE

Note a mudança na tabela, após o processo finalizado.

Figura 8: Campo limpo

Faça o mesmo processo para a tabela do DATASUS, eliminando o nome dos

municípios, pois esses foram já obtidos na tabela do IBGE.

Posteriormnete para poupar tempo, vamos primeiramente unir as tabelas de homicídios

e população. Para isso clicamos na tabela de crimes – propriedades – união (Join).

O resultado é uma tabela o aumento dos atributos na tabela de crimes acoplando

também os atributos da tabela de população.

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Figura 9: atributos unidos em uma única tabela

Agora podemos unir as tabelas do arquivo Shapefile e do DATASUS, o processo

é similar o anterior, o resultado esperado deve ser aproximadamente igual a esse.

De posse dessa tabela agora conseguimos visualizar os atributos do DATASUS

espacialmente como a imagem abaixo:

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Figura 10: distribuição dos acidentes de transito

Para conseguirmos tal resultado temos de clicar com botão direito – propriedades –

estilos (Style) abrirá a seguinte janela:

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No campo onde se encontra a Símbolo simples (Single symbol), podemos mudar para

outras formas de apresentação, sendo que nessa opção os municípios são representados

igualmente, para visualizarmos a diferença em cada cidade utilizamos a opção categoria

e se quisermos visualizar agrupamentos utilizamos a opção graduação.

Agora que visualizamos a possibilidade de inserção de atributos externos a uma base de

dado, vamos calcular os índices de mortalidade para cada município do estado através

da calculadora de campo. Para tal, é necessário criar novos campos onde serão

calculados os índices, para isso iniciamos a edição da tabela através do ícone de um

lápis, como apresenta a figura a seguir

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Com a edição iniciada clique no ícone, Nova coluna , ou digite o atalho Ctrl+W,

escolha o tipo inteiro e digite uma amplitude do campo para 10 números ou mais.

Repita esse passo colocando os nomes Ind_Hom e Ind_trans.

Agora com os campos já criados vamos calcular os índices, para o de transporte vamos

utilizar a formula de transporte/ população* 100000 e para homicídios vamos utilizar

homicídio/ população* 100000. Entretanto para esse cálculo vamos utilizar a

calculadora de campo da tabela de atributos , que pode ser acessada pelo atalho

Ctrl +L.

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Os campos calculados ficam aproximadamente desta forma:

Agora o próximo passo é finalizar e salvar a edição. Depois amostrar os resultados das

equações no mapa.

Representação do Ind_trans

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Representação do Ind_trans

Conclusões:

O método de trabalho com sistema de informação geográfica se mostra uma ferramenta

com grandes possibilidades no ramo de segurança publica, pois a possibilidade de

observar os dados distribuídos no espaço contribui efetivamente para a tomada de

decisão, alem de podermos trabalhar em diferentes escalas dimensionais e temporais.

Toda via, percebe-se a necessidade de tem um domínio de algumas noções para o

trabalho com a ferramenta, atualmente existem diversos sites e blogs que tratam do

assunto disponibilizado diversos materiais e exercícios, particularmente recomendamos

os seguintes:

Anderson Medeiros (ClickGeo) - http://andersonmedeiros.com

Jorge Santos (Processamento Digital) - http://www.processamentodigital.com.br

Comunidade brasileira sobre o QGIS - http://qgisbrasil.org

GeoSaber - http://www.geosaber.com.br

Esse processo apresentado pode ser realizado em outros softwares de GIS ou SIG livres

que estão disponíveis na internet. A seguir segue um link para uma lista com esses e

outros softwares: http://www.geosaber.com.br/2008/06/lista-de-programas-de-sig-gis-

software.html