12
Tecnologia e Medicina a f a v o r d a v i d a RIO SÃO FRANCISCO: água para 12 milhões de habitantes SELOS VERDES: um passo à frente a favor do planeta RODOANEL: melhorando o trânsito de São Paulo nº 012 | março-abril/2009 conexao

Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Tuv Conexão - Março/Abril - 2009 - Março/Abril - 2009

Citation preview

Page 1: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Tecnologia e Medicina

a favor da vida

RIO SÃO FRANCISCO: água para 12 milhões de habitantes

SELOS VERDES: um passo à frente a favor do planeta

RODOANEL: melhorando o trânsito de São Paulo

nº 012 | março-abril/2009

conexao

Page 2: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

TÜV Rheinland do Brasil Holding Ltda http://www.tuvbrasil.com.br

Tel.: 11 3638-5700 • Fax: 11 3638-5844 • End.: Avenida Paulista, 302 - 4º andar • 01310-000 • São Paulo • SP

Projeto gráfi co e editorial : Art On Line Comunicação Jornalista responsável: Milena Prado Neves - Mtb 54273

Sugestões e comentários: [email protected]

Esta é uma publicação de:

Antonio Carlos Caio da SilvaPresidente da TÜV Rheinland do Brasil

Palavra do Presidente

A Copa do Mundo é nossa!

Falando de:

Com 136 anos de história, o

Grupo TÜV Rheinland se man-

teve no mercado por todos estes

anos graças à sua fl exibilidade,

visão de futuro e capacidade de

alinhar-se às novas tendências

mundiais. Neste ano, através de

pesquisas desenvolvidas, inicia-

remos trabalhos baseados nas

novas possibilidades e necessi-

dades de nossos clientes. Plane-

jamos três conjuntos de ações

para 2009:

Desenvolvimento territorial:

nesta primeira frente de traba-

lho, a TÜV Rheinland do Brasil

estende seus serviços a clientes

de todo Brasil. O atendimento irá

além de auditorias, possibilitan-

do um contato mais próximo com

nossos clientes, abrindo novas

unidades regionais, principal-

mente nas regiões Sul, Central e

Nordeste. Com isto, nosso con-

tato será estreitado, os custos

com auditorias barateados e po-

deremos atender mais de perto

as necessidades de cada região.

Novos laboratórios e certifi ca-

ções: iniciamos análises para in-

vestimentos em novas áreas,

provendo soluções às necessi-

dades do mer-

cado, seja em

certifi cações já existentes, seja

no auxílio às entidades na cria-

ção de novas normas. Iniciamos

um trabalho junto à ABNT e fa-

bricantes de ferramentas manu-

ais, na criação de normas com-

pulsórias para este mercado.

Recentemente, fomos recomen-

dados pelo Inmetro ao Governo

do Equador, para certifi carmos

os calçados brasileiros exporta-

dos para este país, cuja certifi -

cação se tornou compulsória. Es-

ta é mais uma frente de negócios

em que estamos presentes.

Desenvolvimento de serviços,

soluções e facilidades: busca de

novos selos e certifi cações des-

vinculadas a órgãos governa-

mentais, oferecendo assim ser-

viços exclusivos com a marca

TÜV Rheinland, como o Eco-

Hotel, selo para a área de turis-

mo, lançado no fi nal do ano pas-

sado. Além disso, desde o

começo do ano, a TÜV Rheinland

do Brasil já aceita pagamentos

com cartões BNDES, tornando

seus serviços e produtos mais

facilmente acessíveis.

Através destas ações, espera-

mos superar as expectativas do

mercado, com produtos cada

vez mais adequados às neces-

sidades de cada área, promo-

vendo assim grande interativi-

dade entre a TÜV Rheinland do

Brasil e seus clientes

Alexandre Soares KozikSuperintendente de Desenvolvimento Comercial e Novos Produtos da TÜV Rheinland do Brasil

Antevemos grandes oportunidades de negócios para os próximos anos, com a perspectiva de sediarmos a Copa do

Mundo em 2014 e a Copa das Confederações, já em 2013.

A TÜV Rheinland do Brasil vem atuando em diversos projetos visando a Copa do Mundo e está intimamente ligada aos refl exos positivos destes eventos em nossa economia. Serão ne-cessárias várias ações de planejamento, geren-ciamento, certifi cações de um sem-número de produtos e serviços, fortes investimentos em infraestrutura urbana, transportes e turismo. Estamos prontos a colaborar em todas as fren-tes. E este é o momento para começarmos a pla-nejar este conjunto de ações.

Além de nossa participação em grandes em-preendimentos no Brasil, especialmente na in-tegração das mais diversas áreas do conheci-mento humano, o Grupo TÜV Rheinland tem larga experiência no exterior com eventos dessa magnitude.

A hora é de mostrarmos ao mercado nossas capacidades como integrantes de um grupo multidisciplinar focado em qualidade, para jun-tos, marcarmos muitos gols!

Perspectivas e novidades para 2009

Página • 2 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009

Page 3: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Roberto Pedro Loyola

[email protected]

maior reserva petrolífera da Pla-

taforma Continental Brasileira.

Ela é responsável por aproxima-

damente 84% da produção nacio-

nal de petróleo, abrigando cerca

de 80% das reservas já descober-

tas no Brasil.

Técnicos são enviados para re-

alizar a inspeção dos produtos

comprados pela Petrobras direta-

mente no local de produção. “O

produto é inspecionado também

por meio de ensaios e o fabrican-

te fará a adequação dentro das

especifi cações, se necessário”, des-

creve o gerente técnico.

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIAOutro cliente do departamento

de Inspeção, o Grupo Abengoa,

tem forte atuação em linhas de

transmissão de energia elétrica

no Brasil. A TÜV Rheinland do

Brasil inspeciona os materiais uti-

lizados nas linhas de transmis-

são de energia de Londrina, Cam-

pos Novos, Foz do Iguaçu e São

Matheus, levando energia com

qualidade e segurança a milhões

de pessoas.

Todos os dias executamos ta-

refas sem nos dar conta do lon-

go caminho percorrido para que

várias formas de energia che-

guem ao nosso alcance: desper-

tamos com o rádio relógio, acen-

demos a luz e utilizamos outros

aparelhos elétricos muitas vezes

antes de sair de casa, de carro

ou metrô. Por trás de nossa roti-

na diária, especialistas em ins-

peção atuam não somente para

que tudo se torne realidade mas,

mais do que isso, para que as

ações possam se realizar de ma-

neira segura.

Este trabalho requer muita aten-

ção, dedicação e competência dos

profi ssionais. A busca é por qua-

lidade e pontualidade. E, para que

um bom resultado deixe de ser

um desafi o, a divisão de Inspeção

da TÜV Rheinland do Brasil resol-

ve esta equação.

Atuamos desde a avaliação do

fornecedor até a entrega do pro-

duto em seu destino fi nal, com

o objetivo de garantir a confor-

midade das compras com as es-

pecifi cações técnicas, acompa-

nhando os prazos de fabricação,

além de recomendar medidas

preventivas ou corretivas quan-

do necessário. “Trabalhamos

com inspeção nas seguintes áre-

as: ferroviária, petrolífera, gás

e distribuição de energia”, infor-

ma Alberto Furriel, gerente téc-

nico da divisão de Inspeção da

TÜV Rheinland do Brasil.

PETROLÍFERAUm importante cliente da

TÜV Rheinland do Brasil é a

Petrobras, onde é realizada inspe-

ção de materiais e equipamentos

da unidade da Bacia de Campos -

TRANSPORTESCom 23 estações e 32,8km de

extensão, o sistema metroviá-

rio de Recife (Metrorec) trans-

porta aproximadamente 190 mil

usuários/dia. E, desde 1999, a

TÜV Rheinland do Brasil realiza as

inspeções das constantes reformas

e reparos dos trens do Metrorec.

“Temos uma equipe alocada na ofi -

cina do metrô, onde as reformas

são realizadas”, comenta Furriel.

UM POUCO SOBRE INSPEÇÃOPara muitos, essa palavra reme-

te a testes e ensaios, mas, muito

mais do que isso, inspecionar é

a atividade que garante a confor-

midade às normas dos produtos

ou serviços realizados em gran-

des companhias de engenharia

industrial.

Inspeção é uma das principais

técnicas de avaliação da qualidade

de materiais, equipamentos e pro-

ces sos, trazendo mais seguran ça

ao usuário fi nal, ou seja, você!

dia a diaFacilitando o

março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 3

Saiba mais

Page 4: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Uma onda verde vem crescen-

do em todo o mundo devido à

preocupação com o meio ambien-

te. Nunca conceitos como reci-

clagem, consumo consciente, uso

responsável da água e diminui-

ção de resíduos tiveram tanto

destaque. Consumidores atuais

exigem mais qualidade e cuida-

dos ambientais das empresas.

A conscientização da impor-

tância de ações a favor do meio

ambiente cresce e, mais que ati-

tudes ecologicamente corretas,

empresas modernas buscam

certifi cações “verdes”, como a

ISO 14001 e RoHS, ganhando

mercado para seus produtos

junto às novas gerações.

Certifi cada recentemente na

ISO 14001, a Musashi do Brasil,

empresa do grupo japonês fa-

bricante de componentes para

motocicletas, buscou a certifi -

cação para se alinhar à fi losofi a

da companhia. “O nosso compro-

misso e respeito pela natureza

são da cultura da empresa”,

explica Dagno Brito, supervisor

do Sistema de Gestão Integrada

da Musashi do Brasil, que já per-

cebe as primeiras mudanças.

“Iniciamos a coleta seletiva, ins-

tituímos ações de proteção con-

tra vazamento de óleos nos ma-

nanciais e já sentimos uma

melhor organização”, enumera

o supervisor.

a favor do PLANETAum passo à frente

Selos verdes:

Página • 4 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009

ISO 14001A ISO 14001 é uma norma de

aceitação internacional que

define os requisitos para esta-

belecimento e operação de um

Sistema de Gestão Ambiental

(SGA) na empresa, baseado em

política ambiental, planeja-

mento, implementação e ope-

ração, verificação e ação cor-

retiva, e análise crítica pela

administração.

A norma visa integrar em uma

organização a Gestão de Impac-

tos Ambientais com a lucrati-

vidade, através da redução de

custos, controle de riscos e me-

lhoria do desempenho. “A em-

presa que busca esta certifi cação

está alinhada com uma tendên-

cia mundial de preservação do

meio ambiente. Ela se desta-

ca no mer cado, atestando aos

consumidores que é uma com-

panhia ambientalmente respon-

sável”, afi rma Alexandre Kozik,

superintendente comercial da

TÜV Rheinland do Brasil.

Por um mundo mais verde

Page 5: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Perfi l Condutores Elétricos reali-

zou mudanças para que se ade-

quassem à norma. “Tivemos que

conscientizar nossos fornecedo-

res de matéria-prima, modifi -

camos e aprimoramos nossos

processos de fabricação, vi-

sando melhorar seu controle.

Mas a grande mudança foi a

conscientização de nossos co-

laboradores, realizada atra-

vés de cursos, palestras e no

dia a dia da empresa”, sa-

lienta Elvira Ros Pegini, di-

retora geral da Perfi l Con-

dutores Elétricos. Os frutos

da cer tifi cação já começam

a ser colhidos, através de

contratos com clientes ex-

portadores. “A certifi cação

RoHS já é uma realidade

lá fora, esperamos que um

dia essa norma também seja exi-

gida no Brasil e, quando isso acon-

tecer, já estaremos à frente da

concorrência”, diz Elvira.

Alexandre Soares Kozik

[email protected]

ROHS - CERTIF ICAÇÃO AMBIENTAL PARA EXPORTAÇÕES

A RoHS é uma diretiva euro-

peia exigida para todos os pro-

dutos eletroeletrônicos exporta-

dos para a União Europeia, que

passam por um controle das subs-

tâncias nocivas ao meio ambien-

te e à saúde humana. “A certifi -

cação dá mais segurança ao

fornecedor e consumidor, por is-

so a TÜV Rheinland do Brasil criou

um selo verde RoHS, que leva em

conta as diretrizes da diretiva eu-

ropeia, onde é feito um processo

sistêmico que testa e garante a

conformidade de uma pequena

amostra de todos os lotes do pro-

duto”, explica Kozik.

Certifi cada na diretiva RoHS, a

Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) fornece estrutura

para o gerenciamento das responsabilidades ambientais,

tornando as operações das corporações mais efi cientes e

integradas, além de serem ecologicamente corretas.Os SGAs são baseados em normas que especifi cam

todos os processos, visando melhoria do desempenho

ambiental e conformidade com a legislação vigente.

O que é um SGA?

março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 5

Page 6: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Tecnologiae a favor

da vidamedicina

A cura das doenças sempre

foi um dos grandes desafi os da

humanidade. Antes do advento

da tecnologia e dos conheci-

mentos científi cos, curandeiros,

poções e cerimônias místicas

tentavam diminuir o sofrimen-

to do homem. Hoje, a cura para

muitos males, antes apenas uto-

pia, tornou-se realidade. E, dia

após dia, trabalhamos na des-

coberta de novos tratamentos

para novas doenças.

Mais do que isso, a ideia do

século XXI é de prevenção, ou,

como diz o ditado popular “me-

lhor prevenir do que remediar”.

No instante em que uma vida co-

meça, no ventre da mãe, é inicia-

da também a busca pela saúde.

E será assim a vida toda: exames

preventivos e procedimentos

curativos de alta tecnologia fa-

zem parte de nossa realidade,

do nascimento à terceira idade.

Em todo este caminho,

nos deparamos com os apare-

lhos eletromédicos, que tratam

do nosso bem mais precioso:

nossa saúde. Por este motivo

os exames e tratamentos devem

funcionar de maneira perfeita-

mente segura, pois confi amos a

nossa vida a diversos equipa-

mentos. São fi os, componentes

eletroeletrônicos e robôs, a per-

sonifi cação da tecnologia traba-

lhando a nosso favor. E para que

Certifi cação de Produtos Eletromédicos

Página • 6 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009

Matéria de Capa

Page 7: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Pacientes e médicos ganham com tantas tecnologias novas trazendo

mais qualidade, precisão e segurança nos diagnósticos e tratamentos.

Dr. Alfredo Tranjan Neto, chefe do serviço de oftalmologia do Hospital 9 de Julho

e diretor clínico do Centro Oftalmológico Tranjan, vê as novidades com bons

olhos. Ele destaca o grande salto de qualidade nos procedimentos de sua área

nos últimos 30 anos. “Através das novas tecnologias conseguimos hoje detectar

várias defi ciências visuais como retinopatia diabética, ceratocone, glaucoma em

fase inicial, dentre outros. E, a partir de um bom diagnóstico, podemos realizar

o melhor tratamento”, explica o doutor.

E os procedimentos hoje tornaram-se mais seguros. O que antes era realizado

através de incisões manuais, hoje é feito a laser ou com cortes minúsculos,

reduzindo quase a zero o índice de infecções. “No laser para cirurgia de miopia,

o computador calcula o grau do paciente e sabe com exatidão quanto deve

ser corrigido e como efetuar o trabalho com a máxima segurança. A cirurgia

de catarata, por exemplo, era muito diferente e complicada, pois fazia-se uma

grande incisão no globo ocular e, atualmente, apenas um pequeno corte de 2mm,

por onde o aparelho ajuda na retirada do cristalino, causador da doença. Tudo

isso nos dá uma precisão e controle maior nas cirurgias”, salienta Dr. Alfredo.

Os aparelhos eletromédicos para os profissionais de saúde

tudo funcione perfeitamente,

os aparelhos eletromédicos de-

vem ser checados e inspeciona-

dos, certifi cando sua qualidade

e segurança. Por este motivo, a

certifi cação dos aparelhos ele-

tromédicos no Brasil é compul-

sória. “Adequamos produtos

para proteger todos os usuários

envolvidos: paciente, médico e

enfermeiro, pois qualidade é

sempre fundamental, principal-

mente quando falamos de vi-

das”, afi rma Marisol Dias Pan-

nellini, auditora de produto da

TÜV Rheinland do Brasil.

CUIDANDO DE VIDASLançado recentemente no

Brasil, o Sistema de Radiocirur-

gia Robótica CyberKnife é o

mais novo equipamento para

tratamento do câncer, que con-

centra altas doses de radiação

com altíssima precisão no local

exato do tumor. O equipamento,

trazido ao Brasil pela empresa

REM, acaba de receber os certi-

fi cados pela TÜV Rheinland do

Brasil nas normas NBR IEC

60601-1, NBR IEC 60601-1-2,

NBR 60601-1-1 e NBR IEC 60601-

1-3, exigidas pela Anvisa para

sua comercialização no País. “Es-

tas certifi cações atestam a segu-

rança elétrica, a proteção contra

radiação, a compatibilidade ele-

tromagnética e a comunicação

entre computador e equipamento,

já que, no caso deste produto, é

um robô que realiza a cirurgia”,

explica Marisol.

O CyberKnife foi desen-

volvido para tratar tumores e

lesões em qualquer região do

corpo, com precisão submili-

métrica. Rastreia continua-

damente o alvo, detectando a

sua movimentação e a do pa-

ciente, com correção auto-

mática durante todo o procedi-

mento. Trata-se de um sistema

de radio cirurgia guiada por

ima gens obtidas em tempo

real antes da liberação de cada

feixe de radiação emitido, sem

a necessidade de fi xação por

frames, que prendem o pa-

ciente através de incisões, cau-

sando demasiada dor e in-

cômodo. “O sistema pode tratar

qualquer local do corpo: pân-

creas, fígado, próstata, lesões

na medula, e cânceres de

cabeça e pescoço, tumores be-

nignos, más formações arte rio-

venosas e distúrbios funcionais

neurológicos estão entre as

principais indicações”, explica

Dalila Luzia Toreti, super-

visora de sistemas em radiote-

rapia da REM.

Atualmente, mais de 50

mil pacientes ao redor do mun-

do já foram tratados com esse

Sistema Robótico. Mais de 155

destes equipamentos estão ins-

talados em 16 países, salvando

vidas ao toque de um botão.

março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 7

Marcos Zevzikovas

[email protected]

Page 8: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Sergio Fellauer

[email protected]

Os novos valores da sociedade

moderna baseiam-se cada vez

mais no crescimento humano.

Ainda mais importante que má-

quinas e demais bens materiais

de uma empresa, são os seus co-

laboradores. Eles devem ter con-

dições adequadas de trabalho e

um ambiente corporativo sau-

dável, para que consigam exe-

cutar suas tarefas da melhor ma-

neira. Atitudes que visam um

melhor ambiente de trabalho re-

sultam na qualidade dos pro-

dutos e serviços oferecidos pelas

corporações.

O Grupo TÜV Rheinland acre-

dita nas pessoas e na interação

entre homem, tecnologia e am-

biente, oferecendo aos seus

clientes a certifi cação SA 8000,

norma de responsabili dade so-

cial baseada em diretrizes da

Organização das Nações Unidas

(ONU). A norma foi desenvol-

vida pela Agência de Acredita-

ção do Conselho de Prioridades

Econômicas (CEPAA), entida de

ligada à ONU, reunindo orga-

nizações não-governamen tais,

empresas e sindicatos.

POR UM AMBIENTE DE TRABALHO SAUDÁVEL

A SA 8000 é uma norma inter-

nacional de avaliação da res-

ponsabilidade social, aplicável

a empresas das áreas de ser-

viços e produtos. “Temos um

am biente de trabalho muito sau-

dável e gostoso, quem nos visita

pode perceber esta diferença”,

afi rma Denise Domiciano, ana-

lista de Gestão da Qualidade da

Dräger Safety, empresa certi-

fi cada na norma SA 8000 pela

TÜV Rheinland do Brasil.

A norma se relaciona em muitos

aspectos às normas ISO 9001 e

ISO 14001, principalmente no

que se refere a ações preventivas

e corretivas, revisão gerencial,

planejamento e efi cácia na im-

plementação e avaliação, con-

trole de fornecedores, registros,

além da necessidade de provas

objetivas e constatáveis. “As em-

presas devem se certifi car, afi nal

os colaboradores representam o

bem mais valioso de uma com-

panhia, muito mais do que má-

quinas e equipamentos. Por isso,

devemos manter um ambiente

de trabalho saudável”, aconselha

a analista.

A certifi cação SA 8000 de-

monstra o comprometimento

da empresa com seus colabo-

radores, reforçando a motiva-

ção e o comprometimento dos

trabalhadores, o que causa um

impacto positivo na qualidade

de seus serviços e produtos.

“Achamos toda essa questão

social muito interessante para

as companhias. Ter certifi cado

nos sa empresa nesta norma faz

com que tenhamos um grande

diferencial no mercado em que

atuamos, junto a órgãos gover-

namentais e importantes empre-

sas”, salienta Denise.

SA 8000

A certifi cação SA 8000 traz todos os requisitos e metodologias

de auditoria para avaliação das condições do local de traba-

lho, que incluem:

a erradicação do trabalho infantil e do trabalho forçado;

boas condições de saúde e segurança no trabalho;

liberdade de associação;

ausência de discriminação;

práticas disciplinares;

adequação da carga horária e benefícios.

Dentre os benefícios das empresas certifi cadas nesta

norma estão a maior disposição dos colaboradores para o

trabalho e a melhoria da imagem da companhia.

QUALIDADE de vida CORPORATIVA

Página • 8 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009

Notas & Mercado

Page 9: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Trecho de obras do Rodoanel: ponte sobre a represa Billings.

O tempo livre das pessoas nas

grandes cidades brasileiras tem

sido cada vez menor, com precio-

sas horas perdidas em congestio-

namentos. Reduzir o tempo que

perdemos no trânsito signifi caria

mais qualidade de vida, já que as

longas fi las de veículos causam

estresse, mais gastos com gaso-

lina e manutenção com o carro,

mais emissão de gases nocivos à

nossa saúde e enormes prejuízos

à economia.

Somente a cidade de São Paulo

possui uma frota de aproximada-

mente 6,5 milhões de veículos.

Desses, calcula-se que 3,5 milhões

saiam às ruas diariamente. Por is-

so, medidas preventivas e solu-

cionadoras têm sido tomadas pe-

lo Estado, dentre elas a construção

do Rodoanel Mario Covas, proje-

to que visa reduzir o tráfego de

caminhões nas duas vias margi-

nais da cidade, Pinheiros e Tietê.

A ideia de uma via de contorno

da cidade de São Paulo tem mais

de 50 anos e, na última década,

esta necessidade foi crescendo.

“O objetivo do Rodoanel é tirar da

malha urbana os caminhões que

passam por São Paulo a caminho

de outras cidades, fazendo com

que eles circulem em volta da me-

trópole”, explica Alvaro Rossetto,

diretor executivo da Ductor.

CONTORNANDO A CIDADEUma vez concluído, o Rodoanel

Mario Covas, obra do Governo do

Estado de São Paulo, interligará

dez rodovias que chegam à cida-

de de São Paulo: Régis Bittencourt,

Raposo Tavares, Castello Branco,

Bandeirantes, Anhanguera, Fer-

não Dias, Dutra, Ayrton Senna,

Imigrantes e Anchieta. “O primei-

ro trecho da obra, o Oeste, come-

çou a ser construído em 1998, e

foi fi nalizado em 2002. A Ductor

foi responsável, em consórcio com

outras duas empresas, pela super-

visão de implantação de um lote

deste trecho”, comenta Rossetto.

A construção do segundo tre-

cho, o Sul, com 61,4km de ex-

tensão, foi iniciada em 2006,

com investimentos da ordem de

R$ 3,5 bilhões, entre construção,

desapropriações, reassentamen-

tos e compensações ambientais.

“Neste novo trecho, a Ductor par-

ticipou da elaboração do projeto

executivo de um dos lotes, estu-

dando inclusive as alternativas

de implantação de um Ferroanel

paralelo ao Rodoanel. Atualmen-

te, fazemos o gerenciamento ge-

ral da obra, atividade que envol-

ve o planejamento e controle de

todas as ações necessárias para

sua consecução”, explica o dire-

tor executivo.

Com a conclusão do trecho Sul,

prevista para abril de 2010, es-

tima-se uma redução de cerca de

43% no movimento de caminhões

na Marginal Pinheiros e de 37%

na Avenida dos Bandeirantes. “Pa-

ra antever possíveis atrasos nos

cumprimentos de prazos, intro-

duzimos nessa obra um trabalho

pioneiro da Ductor: Análise de

Riscos de Prazos para cada tre-

cho do Rodoanel. Através de si-

mulações baseadas em estimati-

vas de durações futuras prováveis

de cada atividade, analisamos as

probabilidades de prazos de con-

clusão das obras, identifi cando

as atividades críticas e, funda-

mentalmente, fornecendo subsí-

dios para as tomadas de decisões”,

explica Alvaro.

Com estas ações, somadas ao

uso racional de veículos, melho-

ria no transporte público e imple-

mentação de ciclovias, o paulis-

tano terá mais qualidade de vida,

mais horas livres e menos polui-

ção no ar que respira!

Alvaro Rossetto

[email protected]

TRÂNSITOAliviando o

de SÃO PAULO

março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 9

Vox Ductor

Page 10: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Clássico da literatura brasileira,

o livro Vidas Secas, de Graciliano

Ramos, conta a história de uma

família fi ctícia, que vive os pro-

blemas do nosso interior nordes-

tino. Outro clássico, obra-prima

de Euclides da Cunha, Os Sertões,

trata da mesma temática, mas do-

cumentando fatos reais, como a

Guerra dos Canudos. Ambos nar-

ram um problema que faz o povo

nordestino sofrer: a seca. Os per-

sonagens dos livros sobrevivem

e vivem no ciclo da seca da região

árida e semiárida, onde a caatin-

ga é o único sinal de vida.

O sertão nordestino é um local

de gente forte e guerreira, que

ainda vive os mesmos confl itos

dos personagens de Graciliano

Ramos e Euclides da Cunha: su-

peram a seca e sobrevivem ano a

ano. A frase proferida por Anto-

nio Conselheiro, líder da Guerra

de Canudos, parece ecoar pelo

sertão: o sertão vai virar mar e o

mar vai virar sertão. Mas, há um

ano e meio, homens trabalham

para que o sertão vire rio, através

da transposição do Rio São Fran-

cisco, para levar água para cerca

de 12 milhões de habitantes de

pequenas, médias e grandes ci-

dades da região semiárida dos

estados de Pernambuco, Ceará,

Paraíba e Rio Grande do Norte.

A GRANDE OBRA O Projeto de Integração do Rio

São Francisco com as Bacias Hi-

drográfi cas do Nordeste Seten-

trional é uma das obras prioritá-

rias do Governo Federal. O prazo

máximo para conclusão dos 620km

de canais , obras de captações e

estações elevatórias é de 40 me-

ses, iniciados há um ano e meio,

com recursos do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC)

estimados em R$ 5 bilhões.

A integração dessas bacias se-

rá possível com a retirada contí-

nua de 26,4m3/s de água do Rio

São Francisco e que, nos anos em

que o reservatório de Sobradinho

O sertão vai virar

Página • 10 conexao TÜV Rheinland | nº 12 • março-abril/2009

Vox Ductor

Page 11: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

TÜV Rheinland Notícias | nºXI • janeiro-fevereiro/2009 Página • 9

O Velho Chico

O rio São Francisco liga o Sudeste e Centro-Oeste do

Brasil com o Nordeste. Percorre cinco estados brasileiros

em 2.700km, desde a nascente, na Serra da Canastra

- MG, até a foz, na divisa de Sergipe e Alagoas. O rio se

divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai

da cabeceira até Pirapora - MG; o Médio, de Pirapora

até Remanso - BA; o Submédio, de Remanso até Paulo

Afonso - BA; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.

Possui pluviometria média de 1.900 milímetros na

área da Serra da Canastra e de 350 milímetros no semi-

árido nordestino. A represa de Sobradinho garante a

regularidade de vazão do São Francisco, mesmo durante

a estação seca, de maio a outubro. Essa barragem,

conhecida como o pulmão do rio, foi planejada para

garantir o fl uxo de água regular e contínuo à geração

de energia elétrica da sequência de usinas operadas pela

Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf): Paulo

Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho.

O Velho Chicoestiver vertendo, poderá ser am-

pliado para 127m3/s. “Esta obra

tem o objetivo de minimizar os

problemas de seca, abastecendo

açudes nas regiões áridas e pere-

nizando rios que cortam o sertão,

para que o povo da região tenha

água para consumo e irrigação

de plantações o ano todo”, expli-

ca Alvaro Rossetto, diretor exe-

cutivo da Ductor.

RUMO AO NORTE E LESTE O projeto prevê a construção

de dois canais: o Eixo Norte, que

levará água para os sertões de

Pernambuco, Ceará, Paraíba e

Rio Grande do Norte, e o Eixo

Leste, que benefi ciará parte do

sertão e o agreste de Pernambu-

co e da Paraíba.

O Eixo Norte, a partir da cap-

tação no rio São Francisco pró-

ximo à cidade de Cabrobó – PE,

percorrerá cerca de 400km. O Ei-

xo Leste terá sua captação no la-

go da represa de Itaparica/PE, e

se desenvolverá por 220km.

SUPERANDO DESAFIOS Para vencer os desníveis ao

longo dos percursos desses dois

canais, estão sendo implantadas

nove estações elevatórias (de bom-

beamento), com obras supervisio-

nadas pela Ductor. “O nosso tra-

balho compreende não só a

supervisão da obra, mas também

de todos os equipamentos utiliza-

dos nas estações, como as bombas,

por exemplo, que são inspeciona-

das desde sua fabricação até a sua

montagem, testes e funcionamento

nas estações”, afi rma Álvaro.Tudo

é inspecionado pela Ductor, para

que tenha um funcionamento ade-

quado. “Fazemos também o pla-

nejamento da obra, o controle geo-

métrico, o controle da qualidade

dos materiais empregados e, espe-

cialmente, o controle ambiental”,

complementa Rossetto.

Alvaro Rossetto

[email protected]

rio

março-abril/2009 • nº 12 | conexao TÜV Rheinland Página • 11

Page 12: Tuv Conexão - Março/Abril - 2009

Por isso, a partir de agora, sua empresa pode obter certifi cações com pagamento facilitado através dos cartões BNDES Visa ou Mastercard. (*)

Se sua empresa tem faturamento bruto anual de até R$ 60 milhões, fale com a gente. Você vai ver que investir em qualidade é mais fácil do que você imagina!

Para mais informações, acesse www.tuvbrasil.com.br.

* Válido para certifi cações homologadas pelo Inmetro e Anatel

documentoTA

MA

NH

O não é

A TÜV Rheinland do Brasil acredita no potencial das pequenas e médias empresas.