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Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro 1 Unidade Didática RESPONSABILIDADE DOS AUDITORES, ESTRUTURA DAS FIRMAS DE AUDITORIA, FASES DA AUDITORIA E DIREÇÃO DOS TESTES 02 1. Responsabilidade dos Auditores 2. Estrutura organizacional das firmas de auditoria 3. Fases da auditoria 3.1- Organograma 3.2- Roteiro sintético da realização da auditoria 3.3- Etapa da execução da auditoria 3.4- Etapa de conclusão da auditoria 3.5- Lançamentos de ajustes e reclassificação 3.6- Pontos de recomendação 4. Direção dos Testes 4.1- Estrutura 4.2- Testes para superavaliação 4.3- Testes para subavaliação 5. Bibliografia ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo : Atlas, 2010. ATTIE, William. Auditoria conceito e aplicações. 4. ed. São Paulo : Atlas, 2009. Instrução CVM nº 308 MARRA, Ernesto. FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil normas de auditoria. Procedimentos e papéis de trabalho. Programas de auditoria. Relatórios de auditoria . 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001. NBC PA 02 Independência. NBC P 4 Norma para Educação Profissional Continuada. NBC P 5 Norma sobre Exame de Qualificação Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria

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Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro1 Unidade Didtica RESPONSABILIDADE DOS AUDITORES, ESTRUTURA DAS FIRMAS DE AUDITORIA, FASES DA AUDITORIAE DIREO DOS TESTES 02 1.Responsabilidade dos Auditores 2.Estrutura organizacional das firmas de auditoria 3.Fases da auditoria 3.1- Organograma 3.2- Roteiro sinttico da realizao da auditoria 3.3- Etapa da execuo da auditoria 3.4- Etapa de concluso da auditoria 3.5- Lanamentos de ajustes e reclassificao 3.6- Pontos de recomendao 4.Direo dos Testes 4.1- Estrutura 4.2- Testes para superavaliao 4.3-Testes para subavaliao 5.Bibliografia ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria um curso moderno e completo. 7. ed. So Paulo : Atlas, 2010. ATTIE, William. Auditoria conceito e aplicaes. 4. ed. So Paulo : Atlas, 2009. Instruo CVM n 308 MARRA,Ernesto.FRANCO,Hilrio.AuditoriaContbilnormasdeauditoria. Procedimentos e papis de trabalho. Programas de auditoria. Relatrios de auditoria.4 ed. So Paulo: Atlas, 2001. NBC PA 02 Independncia. NBC P 4 Norma para Educao Profissional Continuada. NBC P 5 Norma sobre Exame de Qualificao Tcnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). NBCTA200-ObjetivosGeraisdoAuditorIndependenteeaConduodaAuditoriaem Conformidade com Normas de Auditoria Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro2 Responsabilidade dos Auditores Oauditortemumafunosocialderelevncia,emfacedesuaatuaona defesadeinteressescoletivosecomodefensordeequidadeejustia,naapuraode corretasprestaesdecontas.Daanecessidadedeconquistarconfianae respeitabilidade, que deve resguardar e manter a qualquer preo. Odesenvolvimentodomercadodecapitais,noBrasil,desencadeoua interfernciadoauditorindependenteparaopinarsobreasdemonstraescontbeisdas companhias que procedem emisso e colocao pblica de aes. Essafunopblica,cadavezmaisrelevante,traz,tambm,crescente responsabilidadeaoauditor,poisseutrabalhotemcomo principalfinalidadeprestarcontas aograndepblico,quesubscreverasaesdascompanhiasabertas.Poressarazo,a auditoriaassume,cadadiamais,grandeprojeoerelevo,aomesmotempoemquea funodeauditoravultaderesponsabilidade,poiseledeveserofielguardiodos interesses coletivos. Afunodeauditoriadeveserexercidaemcarterdeentendimentoequeo trabalhoexecutadotenhaemereatodaacredibilidadepossvel,nosendopermissvel existir qualquer sombra de dvida quanto honestidade e aos padres morais do auditor. A pessoa do auditor deve ser a de algum com profundo equilbrio e probidade, umavezquesuaopinioinfluenciaroutraspessoas,principalmenteemrelaoa interessesfinanceirosecomerciaisqueeventuaisacionistas,proprietrios,clientese fornecedores, dentre outros, possam ter. Aprofissodeauditoriaexigeassimaobedinciaaosprincpiosticos profissionais que fundamentalmente se apiam em: Independncia Integridade Objetividade Competncia e devido zelo profissional Confidencialidade Comportamento profissional Normas tcnicas Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro3 INDEPENDNCIA condio primordial ao trabalho de auditoria, para obteno de provaeexercciodeseujulgamento.Oauditordeveserabsolutamenteindependentee imparcialnainterpretaodetudoquelheforapresentado,atestandoacadadadoum pronunciamento conclusivo. ANBCPA02-Independncia,aprovadaatravsdaRESOLUOCFCN. 1.267/09, que revogou a NBC P 1.2 CONCEITOS 9. A condio de independncia fundamental e bvia para o exerccio da atividade deauditoriaindependente.Entende-secomoindependnciaoestadonoqualas obrigaes ou os interesses da entidade de auditoria so, suficientemente, isentos dos interesses das entidades auditadas para permitir que os servios sejam prestados com objetividade.Emsuma,acapacidadequeaentidadedeauditoriatemdejulgare atuarcomintegridadeeobjetividade,permitindoaemissoderelatriosou pareceresimparciaisem relao entidade auditada, aos acionistas, aos scios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho. 10. A independncia exige: (a) independncia de pensamento- postura que permite expressar uma opinio sem serafetadoporinflunciasquecomprometemojulgamentoprofissional, permitindo pessoa agir com integridade, objetividade e ceticismo profissional; (b) aparncia deindependncia- evitarfatos e circunstncias significativos a ponto deumterceirobeminformado,tendoconhecimentodetodasasinformaes pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razovel que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos. INTEGRIDADEoauditorindependentedeveserntegroemtodososseus compromissos que envolvam: a.a empresa auditada quanto as suas exposies e opinies, exerccio de seu trabalho e os servios e honorrios profissionais; b.opblicoemgeralepessoasinteressadasnaopinioemitidapeloauditor independente,transmitindovalidadeecertificandoaveracidadedas informaescontidasnasdemonstraesfinanceirasoudeexposies quando no refletidas a realidade em tais demonstraes; c.aentidadedeclasseaqualpertena,sendolealquantoconcorrnciade serviosjuntoaterceiros,noconcessodebenefciosfinanceirosou aviltamento de honorrios, colocando em risco os objetivos do trabalho. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro4 Oauditorserculpadoematodedescrditoquando,nodesempenhodesuas funes: 1)omitirumfatoimportantequeconhea,noexpostonasdemonstraes financeiras, mas cuja exposio seja indispensvel; 2)deixardeinformaracercadeumaexposioerrneaimportanteque conhea; 3)for culpado de negligencia importante em seu exame ou relatrio; 4)no reunir evidncias suficientes para justificar a expresso de sua opinio; 5)norelatarqualquerdesvioimportante,ounoexporqualqueromisso importante dos princpios contbeis. OBJETIVIDADEtodootrabalhodeauditoriaindependentedeveterclarezae objetividade.Oauditoraocoletarevidnciasnoseutrabalho,necessitaobterabrangncia razovel,quelhepermitaexpressarumaopinio.Estasevidnciassoosuportesua opinio. COMPETNCIA E ZELO PROFISSIONAL o auditor assume inteira responsabilidade tcnicapelosserviosexecutados.Oserviodeauditoriaindependenteprecisaser estabelecidomedianteumaabrangnciatcnicaadequada,estimando-se,dentrodo possvel,perspectivasdesuaconcretizaoquantoaprazos,extensoemomentode obteno das provas. A Instruo CVM n 308, quanto a esse aspecto determina: Art. 3 Para fins de registro na categoria de Auditor Independente - Pessoa Fsica, dever o interessado atender s seguintes condies: I... II -haver exercido atividade de auditoria de demonstraes contbeis, dentro do territrio nacional,porperodonoinferioracincoanos,consecutivosouno,contadosapartirda datadoregistroemConselhoRegionaldeContabilidade,nacategoriadecontador,nos termos do art.III... IV-possuirconhecimentopermanentementeatualizadosobreoramodeatividade,os negcios e as prticas contbeis e operacionais de seus clientes, bem como possuir estrutura operacional adequada ao seu nmero e porte; e Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro5 DO EXAME DE QUALIFICAO TCNICAArt. 30. O exame de qualificao tcnica ser realizado, no mnimo no primeiro semestre de cada ano, com vistas habilitao do auditor independente para o exerccio da atividade de auditoria de demonstraes contbeis para todas as entidades integrantes do mercado de valores mobilirios.Pargrafo nico. O exame de qualificao tcnica ser aplicado pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC em conjunto com o Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON ou por instituio indicada pela CVM, nos moldes a serem definidos em ato prprio.DO PROGRAMA DE EDUCAO CONTINUADA Art.34.Osauditoresindependentesdeveromanterumapolticadeeducaocontinuada detodooseuquadrofuncionaledesiprprio,conformeocaso,segundoasdiretrizes aprovadaspeloConselhoFederaldeContabilidade-CFCepeloInstitutoBrasileirode Contadores-IBRACON,comvistasagarantiraqualidadeeoplenoatendimentodas normas que regem o exerccio da atividade de auditoria de demonstraes contbeis.ANBCP4/2006,comnovaredaodadapelaResoluoCFCn1.146de 12/dez/2008regulamentouaobrigatoriedadedosauditoresindependentescumprirem96 pontosdeEducao Continuadaportriniocalendrio,estabelecendoo primeirotriniode 2009 a 2011. Definiu tambm, que obrigatria a comprovao de no mnimo 20 pontos em cada ano do trinio. CONFIDENCIALIDADE o trabalho de auditoria permite que a pessoa do auditor e osassistentesdesignadosparaotrabalhotenhamlivreeirrestritoacessosinformaes estratgicas importantes. Isto possibilita conhecer a organizao como um todo. Em virtude disso,aconfidencialidadetorna-seelementarnaatividadedaauditoriaeasinformaes obtidassomentepodemserusadasnaexecuodoservioparaoqualoauditorfoi contratado. A respeito do sigilo, a NBC P 1.6 refere-se: 1.6 SIGILO 1.6.1 O sigilo profissional deve ser observado nas seguintes circunstncias: a)na relao entre o auditore a entidade auditada; b)na relao entre os auditores; c)na relao entre os auditores e os organismos reguladores e fiscalizadores; e d)na relao entre o auditore demais terceiros. 1.6.2 Oauditordeverespeitareassegurarosigilorelativamentesinformaes obtidasduranteoseutrabalhonaentidadeauditada,noasdivulgando,sobnenhuma circunstncia,semautorizaoexpressadaentidade,salvoquandohouverobrigaolegal de faz-lo. 1.6.3 Oauditorsomentedeverdivulgaraterceirosinformaessobreaentidade auditadaousobreotrabalhoporelerealizado,casosejaautorizado,porescrito,pela administrao da entidade, com poderes para tanto, quecontenha de forma clara e objetiva os limites das informaes a serem fornecidas, sob pena de infringir o sigilo profissional. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro6 Perspiccia + Discernimento 1.6.4 O auditor, quando previamente autorizado, por escrito, pela entidade auditada, deverfornecerasinformaesqueforemjulgadasnecessriasaotrabalhodoauditor independentequeosuceder,asquaisserviramdebaseparaemissodoltimoparecerde auditoria por ele emitido. 1.6.5 Oauditor,desdequeautorizadopelaadministraodaentidadeauditada, quandosolicitado,porescritoefundamentadamente,peloConselhoFederalde ContabilidadeeConselhosRegionaisdeContabilidade,bemcomopelosrgos reguladoresefiscalizadoresdeatividadesespecficas,quandootrabalhoforrealizadoem entidadessujeitasaocontroledaquelesorganismos,deveexibirasinformaesobtidas duranteoseutrabalho,incluindoafasedepr-contrataodosservios,adocumentao, papisdetrabalho,relatriosepareceres,demodoademonstrarqueotrabalhofoi realizadodeacordocomasNormasdeAuditoriaIndependentedasDemonstraes Contbeis, das presentes normas e demais normas legais aplicveis. 1.6.5.1OscontadoresdesignadospeloConselhoFederaldeContabilidadeeConselhos Regionais de Contabilidade para efetuarem a fiscalizao do exerccio profissional devero tercompetnciatcnico-profissionalsimilarrequeridaaoauditorindependenteparao trabalho por ele realizado e assumiro compromisso de sigilo profissional semelhante. 1.6.5.2Osorganismosprofissionaisassumiroaresponsabilidadecivilporperdase danos que vierem a ser causados em decorrncia da quebra de sigilo pelosprofissionais por eles designadospara o exame dos trabalhos desenvolvidos pelos auditores. 1.6.6 O dever de manter o sigilo prevalece: a) para os auditores, mesmo aps terminados os compromissos contratuais;b)para os contadores designados pelos organismos referidos no item 1.6.5, mesmo aps o trmino do vnculo empregatcio ou funcional; e c)para os Conselheiros do Conselho Federal de Contabilidade e dos Conselhos Regionais de Contabilidade, mesmo aps o trmino dos respectivos mandatos. COMPORTAMENTOPROFISSIONAL-oauditor,qualificadocomoprofissionalde elevadacapacidadetcnica,devemanterumcomportamentoprofissionalquelhepermite transitardeformasegura,nosnaempresaauditadacomonosrgoseassociaes relacionadas com a auditoria. O auditor na execuo do seu trabalho procura: Desentulhar a verdade Identificar a mentira NORMASTCNICASoauditortemnasNormasBrasileirasdeContabilidadeo grandecabedalderegramentoparaaexecuodaatividadedeauditoria.Tambma Comisso de Valores Mobilirios CVM emite normas que devem ser seguidas por todos os auditores independentes na auditoria das sociedades por aes de capital aberto. Alm das normas especficas, o auditor deve observar ainda, a legislao fiscal e comercial na concretizao de seu trabalho. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro7 A NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria de 27/11/2009, revogou a NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis (CFC) e respectivas Interpretaes Tcnicas (IT) e, juntamente com as NBCs PAspassam a corresponderem asnormasquedisciplinamasatividadesdeauditoriaemconvergnciaasnormas internacionais. A NBC TA 200 quanto ao alcance define: 1.EstaNormadeAuditoriatratadasresponsabilidadesgeraisdoauditor independentenaconduodaauditoriadedemonstraescontbeisem conformidadecomasnormasbrasileiraseinternacionaisdeauditoria.Nesta Normaeemoutrasnormaselasestosubstancialmenteapresentadaspelasua siglaNBCTA.Especificamente,elaexpeosobjetivosgeraisdoauditor independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditorindependenteocumprimentodessesobjetivos.Elatambmexplicao alcance,aautoridadeeaestruturadasNBCTAseincluirequisitos estabelecendoasresponsabilidadesgeraisdoauditorindependenteaplicveis emtodasasauditorias,inclusiveaobrigaodeatendertodasasNBCTAs. Doravante, o auditor independente denominado o auditor. 2.As NBC TAs so escritas no contexto da auditoria de demonstraes contbeis executadaporumauditor.Elasdevemseradaptadasconformenecessrios circunstncias,quandoaplicadasaauditoriasdeoutrasinformaescontbeis histricas.AsNBCTAsnoendereamasresponsabilidadesdoauditorque possamexistirnumalegislao,regulamentaooudeoutraforma,por exemplo,comoemconexocomumaofertapblicadettulos.Essas responsabilidades podem ser diferentes daquelas estabelecidas pelas NBC TAs. Dessa forma, enquanto o auditor pode encontrar aspectos nas NBC TAs que o apoiemnessascircunstncias,responsabilidadedoauditorgarantir cumprimento de todas as obrigaes legais, regulatrias e profissionais. AInstruoCVMn308,dispesobreoregistroeoexercciodaatividadede auditoria independente no mbito do mercado de valores mobilirios, define os deveres e as responsabilidadesdosadministradoresdasentidades auditadasnorelacionamentocomos auditores independentes. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro8 Estrutura organizacional das firmas de auditoria Cadaempresadeauditoriadefinesuaestruturaorganizacional,medianteas necessidades e porte adequado ao desempenho das auditorias e carteira de clientes.De uma forma geral, a escala funcional das empresas de auditoria independente tem as seguintes caractersticas: Auditor Junior tambm conhecido como trainee ou pica-pau, possui de 0 a 2 anosdeexperinciaetemaresponsabilidadedeexecutaraauditoria detalhada de contas determinadas. AuditorSniorexperinciaentre2a6anos,respondepelotrabalhode campo, contato dirio com clientes e auditoria detalhada de contas. AuditorGerenteexperinciade6a12anos,coordenavriasauditoria simultneas,executaarevisodospapisdetrabalhoerespondena resoluo dos problemas tcnicos juntos aos clientes. AuditorScionormalmentepossuimaisde12anosdeexperinciaeo responsvelpeloparecerdoauditor(assinatura).quemfazarelaocom os clientes para elaborao de propostas e fixao dos honorrios. Executa a reviso dos principais papis de trabalho para a formao da opinio. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro9 PLANEJA O TRABALHO Fasesda auditoria AUDITOR AVALIA O CONTROLE INTERNO EFETUA AREVISO ANALTICA EXECUTA OS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA COLHE ASEVIDNCIAS AVALIA ASEVIDNCIAS EMITE OPARECER Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro10 3.2 - Roteiro sinttico da realizao da auditoria Oobjetodaauditoriaoexamedasdemonstraesfinanceiras,asquaisno existem por si s, mas dependem de uma multiplicidade de fatores internos e externos e de um fluxo de informaes que as canalizem por meio de sistemas de controles internos. Osserviosdeauditoriasonormalmentesolicitadospelaadministrao daempresa,peloconselhodeadministrao,peladiretoriaexecutivaoupelo conselhofiscal,nohavendocompulsoriamenteaobrigaodetodasasempresas seremauditadas,excetoaquelasquepordeterminaolegal,estatutriaoupor fora de contratos ou de emprstimos sejam compelidas a faz-lo. Osauditoresiniciamsuasverificaespeloconhecimentodosprocedimentos internosepelossistemasdecontrolesinternosutilizadospelasempresas,parapoderem avaliarograude confianaque estesinspiram.Ograudeconfianadependeda maiorou menor possibilidade que as operaes tm de serem executadas e no serem escrituradas nos registros contbeis. Estabelecido o grau de confiana dos controles internos, a aplicao da auditoria sefazportestes,provasseletivas,amostragensestatsticasqueobjetivamaobtenode provaseevidnciasnecessriasparaaformaodaopiniodoauditoracercadas demonstraes financeiras. Todos os trabalhos executados, testes efetuados, provas e evidncias so, a seu turno, registrados em papis de trabalho que sero os elementos de prova da execuo do trabalhodoauditoreabaseparaaemissodeseuparecerdeacordocomnormasde auditoria. Paraqueissosecumpra,humasriadeetapasaseremvencidaspela auditoria que podem ser assim resumidas: Etapa inicial de auditoria: Solicitao dos servios de auditoria por empresa interessada; Dimensionamento dos trabalhos de auditoria; Carta-proposta dos servios de auditoria. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro11 Etapa da execuo da auditoria: Planejamento do trabalho; Estudo e avaliao dos sistemas de controles internos; Testes de procedimentos de controles internos; Seleo e programa de trabalho da auditoria; Aplicao dos procedimentos de auditoria; Evidenciao dos exames efetuados. Etapas de concluso da auditoria: Avaliao das evidncias obtidas; Emisso do parecer de auditoria; Elaborao dos relatrios de auditoria. 3.2.1 -Etapa inicial da auditoria 3.2.1.1. - Solicitao dos servios de auditoria por empresa interessada Os auditores no dever de manter a soberania de sua independncia no podem angariarnemaliciaracontrataodeclientes.Assim,quemnormalmentesolicitaa execuo de auditoria a empresa interessada. 3.2.1.2.- Dimensionamento dos trabalhos de auditoria Consiste na identificao do volume de trabalho de auditoria a ser realizado em razodosprocedimentosdeauditoriaaseremaplicadosparaadeterminaodos honorrios a serem propostos. Odimensionamentonormalmenterealizadocombasenosdadose informaes fornecidos pela empresa, por ocasio de visita dos auditores, que, entre outros, podem ser: Tipo e dimenso da empresa; Ramo de atividades e linha de produtos; Quantidade de funcionrios; Locais existentes e armazenamento de inventrios; Volume de faturamento e de clientes existentes; Estatuto social e organogramas; Volume de lanamentos contbeis e das principais operaes; Sistema contbil existente; Principais aspectos de controle internos mantidos. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro12 3.2.1.3.- Carta-proposta dos servios de auditoria Umavezidentificadoodimensionamentodostrabalhosdeauditoria,traduzido emvolumesdehoras,oauditorencaminhacarta-propostaespecificandoaprestaode servios.Aceitasascondiesdacarta-proposta,configuradoocontratodeservios determinando direitos e obrigaes das partes. 3.3.- Etapa da execuo da auditoria 3.3.1- Planejamento do trabalho Oplanejamentodotrabalhopartepreponderanteparaquesedetermineo momentodarealizaodecadaumadastarefasdeauditoria.Constituiaprevisodos trabalhos a serem executados e o momento da aplicao dessas provas, para atingir-se os objetivos, sendo, na medida do possvel, indicados os principais procedimentos de auditoria por rea de atuao. Duranteafasedeplanejamentodaauditoria,necessriopreverapocada execuodostrabalhos,poisempresasquepossuemumadequadosistemadecontroles internos permitem a realizao dos trabalhos de auditoria em mltiplas datas, considerando-se, principalmente: a.Examepreliminar,queapocaqueantecedeoencerramentodo exerccio social e das demonstraes financeiras, para efetuar determinados procedimentos de auditoria que, entre outros, podem ser: * conhecimento dos controles internos institudos; * realizao de testes de procedimentos; * contagens fsicas de estoques e outras necessrias; * inspeo fsica de bens do imobilizado; * seleo de contas a serem confirmadas; * exames de auditoria de determinadas contas patrimoniais e de resultado. b.Examefinal,queapocasubsequenteaoencerramentodo exercciosociale,porconsequncia,quandoasdemonstraesfinanceiras esto praticamente finalizadas para: * complementao de exames iniciados na fase preliminar; * exame de variaes de saldos e pesquisa de transaes incomuns; * acompanhamento e exame das confirmaes selecionadas e respondidas; Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro13 * acompanhamento das contagens fsicas realizadas e a correspondncia nas demonstraes financeiras; * concluso dos trabalhos. 3.3.2.- Estudo e avaliao dos sistemas de controles internos Analogicamentepodemosconsiderarqueosistemadecontrolesinternos constituio"sistemanervoso"deumaorganizaoeosistemadeinformaescontbeis, constitui a "memria" da empresa. O"sistemanervoso",traduzidoporumadequadosistemadecontroleinterno, permiteodesenvolvimentodasatividadesdaempresacomfluidezenostemposdevidos. Na "memria", entendida pelo sistema de informaes contbeis, ficam registrados os dados das operaes realizadas cumulativamente. Mantido um eficiente "sistema nervoso", de se pressupor que haver boa "memria". O estudo e a avaliao dos sistemas de controles internos imprescindvel para que o auditor possa constatar: asistemticapelaqualasinformaespassampelosdiversos compartimentos; a regularidade das operaes ; a adequao dos registros contbeis e de controles. 3.3.3.- Testes de procedimentos de controles internos Ostestesdeprocedimentosdecontrolesinternossoexecutadospara determinar que as informaes obtidas pelo estudo e avaliao dos controles internos esto vigentes, so reais e permitem que todas as transaes de igual natureza tenham idnticos processos e registros. 3.3.4.- Seleo e programa de trabalho da auditoria Aindicaodaefetividadedoscontrolesinternosporintermdiodostestes procedimentais passo seguinte de determinao dos procedimentos de auditoria a serem aplicadosparaaobtenodarazoabilidadedasoperaeseseusreflexosnas demonstraes financeiras. o momento em que se determinam, por meio de um programa detalhado de trabalho por rea a ser coberta, os procedimentos de auditoria, considerando-se: Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro14 a.a natureza, entendida como o tipo ou espcie de procedimento de auditoria a aplicar; b.a extenso correspondente quantidade de itens de uma mesma operao a examinar; c.aprofundidade,compreendidacomoaquantidadededadosdeumitema serem examinados. A aplicao dos procedimentos precisa levar em conta o processo de avaliao das provas, que depende da fonte e da forma de obteno. Nesse caso, a prova obtida de fonte externa tem mais validade do que aquela obtida internamente. Quando as provas so conseguidasdiretaepessoalmentepelaauditor,temmaiorvalidadedoqueaquelas recebidas indiretamente. 3.3.5.- Evidenciao dos exames efetuados As evidncias conseguidas so aquelas oriundas dos procedimentos de auditoria queiropermitiraformaoeafundamentaodaopiniodoauditor.Taistrabalhos precisam ser claramente expostos e registrados nos papis de trabalho que iro se constituir em elementos de prova de sua concluso. 3.4.- Etapa de concluso da auditoria 3.4.1.- Avaliao das evidncias obtidas Porintermdiodasinformaesobtidasedocumentadasemseuspapisde trabalho,oauditor,comaaplicaoeoexercciodeseujulgamentoprofissional,realizaa avaliao das provas e da validade dos dados submetidos a julgamento. 3.4.2.- Emisso do parecer de auditoria Considerada a avaliao, o auditor determina o tipo de parecer de auditoria a ser emitidoemrelao ao conjuntodasdemonstraesfinanceiraseasnotasexplicativasque as acompanham. A redao do parecer de auditoria obedece a um padro institudo pelas normas de auditoria e normalmente contm trs pargrafos: o1pargrafoindicaasdemonstraesfinanceirasexaminadasea responsabilidade assumida pelo auditor; Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro15 o 2 pargrafo indica como os trabalhos de auditoria foram conduzidos; e o 3 pargrafo indica a opinio do auditor em relao ao objeto do exame. 3.4.3.- Elaborao dos relatrios de auditoria Orelatriodeauditoria,emrelaoaoexamedasdemonstraesfinanceiras, contempla as mesmas, suas notas explicativas e o parecer do auditor. Podemexistirrelatriosdeauditoriacomplementares,indicandoexames realizadosporreadetrabalho,revisesedetalhamentodeinformaesteis administrao e de melhorias de controles internos. 3.5.- Lanamento de ajuste e reclassificao O objetivo da auditoria verificar a propriedade das demonstraes financeiras e suapreparaoemconsonnciacomosprincpiosfundamentaisdecontabilidadeeregras vigentes. Contudo, preciso reconhecer que os informativos contbeis e financeiros podem conterimprecises,pordiversasrazes,edagerarinadequadassituaespatrimoniaise exposioacontingnciaspeladesobedinciaacritrioslegaiseregulamentares institudos. Podemexistirdiversassituaespropositaisounoquequebramoritmoea flunciadasinformaes.Podemexistircasosconhecidosdeeventosquealterama adequao da situao patrimonial em exame e, em virtude disso, a administrao pode no quererreconhece-los.Podemexistirsituaesregulamentarestotalmentedesconhecidas pelosresponsveiscontbeiseoutroscasosque,dealgumaforma,comprometamo equilbrio das demonstraes financeiras em exame. Nomomentodadescobertadetaiseventos,oauditorprecisaindicaremseus papisdetrabalhosuaorigemeseuvalor,mesmoquecalculveldeformaglobal,para levaraoconhecimentodaadministraosuadescoberta.Geralmente,aofinaldotrabalho daauditoria,soidentificadososignificadoearepresentatividadedessasdescobertasem relaosdemonstraesfinanceirasemsuatotalidadeediscutidocomaempresaa quem cumpre registr-las ou no. Hqueselevaremconsideraoqueasdemonstraesfinanceirassode propriedadedaempresa.Oauditorprecisafazerumaavaliaoconsistentedos lanamentosdeajustesdemonstraesfinanceirase,seconsideradorelevanteoefeito Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro16 decorrente dos lanamentos de ajuste e reclassificao apurados pelo auditor, uma vez que aAdministraonopretendaajustarasdemonstraesfinanceirasquesodesua responsabilidade, o auditor deve faze-los constar de seu parecer de auditoria,indicando os impactos e efeitos destes em relao s demonstraes financeiras. Porlanamentosde ajustesentendem-seaqueleselementosnorefletidosnas demonstraes financeiras e que afetam a situao patrimonial e financeira e o resultado de suasoperaes.Porlanamentodereclassificao,entendem-seaqueleselementosque esto refletidos nas demonstraes financeiras porm em lugares inadequados. 3.6.- Pontos de recomendao Emboranosejamosobjetivosprecpuosdaauditoria,podemserdegrande valia,comoinstrumentoadministrativo,recomendaesdemelhoriasdecontrolesinternos queoauditorvenhaaapresentar.Osistemadecontrolesinternosoprimeiroitempelo qualoauditoriniciaseutrabalhoecombaseneledeterminaaquantidadedeexamesa realizar.Bonscontrolesinternossugeremreduodetrabalhose,portanto,oauditordeve considerarcomoelementosacessriosaseutrabalhoquaisquerformulaesquepossa fazer. Naexecuodeseutrabalho,oumesmonarevisodocontroleinterno,o auditorpodedeterminaraexistnciadefraquezasdeprocedimentos,oumesmode aprimoramentosdecontrolesqueporsuaexperinciasejamdegrandevaliaparao fortalecimento do controle interno. Nomomentodadescobertadasfraquezas,oauditorpreparaumpapelde trabalho,emqueconstamasdeficinciasexistentesequaisseriam,emsuaopinio,as possveis sugestes de melhorias para os pontos encontrados. Esses itens so denominados pontos de recomendao, e serviro de base para a formulao de um relatrio formal, ateno da empresa auditada. Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro17 Direo dos Testes ATIVO super RECEITA super PASSIVO super DESPESA sub ATIVO sub DESPESA super RECEITA super PASSIVO super DESPESA sub ATIVO sub RECEITA sub RECEITA super PASSIVO super DESPESA sub ATIVO sub PASSIVO sub RECEITA super PASSIVO super DESPESA sub ATIVO sub Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro18 ContasdoBPoudaDREsotestadasparamais(superavaliao)oupara menos (subavaliao ). NormalmenteostestedesuperavaliaosoaplicadosscontasdeAtivoe Despesase os de subavaliao para as contas de Passivo e Receitas. Sendoacontabilidadeescrituradapelosistemadaspartidasdobradas,quando setestamascontasdevedorasparasuperavaliao,ascontascredorastambmesto sendo testadas indiretamente para superavaliao. Damesmaforma,quandosetestamascontascredorasparasubavaliao,as contas devedoras esto sendo testadas secundariamente nessa mesma direo. TESTE PARA SUPERAVALIAO O objetivo dos procedimentos supracitados detectar superavaliao de dbitos. Essa superavaliao poderia ser feita verificando-se o seguinte: Falta de documentao ou documentao invlida; Soma a maior dos registros ou razo geral; Transporte a maior do valor do documento para o registro inicial e do valor de um registro para outro ou para o razo geral. RAZO GERAL REGISTRO FINAL REGISTRO INTERMEDIRIO REGISTRO INICIAL DOCUMENTO Os procedimentos bsicos de auditoria: Conferir a soma da cta. do razo geral; Selecionar dbito e conferir seu vlr. com ovlr. total do registro final; Conferir a soma do registro final; Selecionarparceladoregistrofinale conferirseuvlr.comovlr.totaldo registro intermedirio; Conferirasomadoregistro intermedirio; Selecionarparceladoregistro intermedirioeconferirseuvlr.como vlr. total do registro inicial; Conferir a soma do registro inicial; Selecionarparceladoregistroiniciale conferiroseuvlr.comadocumentao comprobatria Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro19 Os procedimentos bsicos de auditoria: Selecionareinspecionarodocumento-suporte; Verificarainclusodovalordodoc.No registro inicial; Conferir a soma do registro inicial; Verificarainclusodovlr.totaldoregistro inicial no registro intermedirio; Conferir a soma do registro intermedirio; Verificarainclusodovlr.totaldoregistro intermedirio no registro final; Conferir a soma do registro final; Verificar aincluso do vlr. do registro final no razo geral; Conferir a soma do razo geral. TESTE PARA SUBAVALIAO

O objetivo dos procedimentos relatados identificar subavaliao de crditosOs crditos poderiam ser subavaliados da seguinte forma: No incluso do documento no registro inicial; Soma a menor dos registrosou do razo geral; Transporteamenordovalordodocumentoparaoregistroinicialedovalor de um registro para o outro ou para o razo geral. RAZO GERAL REGISTRO FINAL REGISTRO INTERMEDIRIO REGISTRO INICIAL DOCUMENTO Disciplina Auditoria Prof. MSc. Walter Nunes Oleiro20 Teste para Superavaliao Teste para Sub avaliao Dbito Crdito Saldo8.050.700 DIA VALORJan. 800.300 750.0008.101.000 2 39000Fev. 995.000 745.0008.351.000 3 25000Mar. 900.000 970.0008.281.000 8 31000Abr. 700.000 840.0008.141.000 15 40000Maio 1.000.000910.0008.231.000 21 28000Jun. 980.000 890.0008.321.000 26 33000196000FILIAL VALOR NOTA FISCAL VALORA 196000 3415 10000B 200000 9701 3000C154000 3717 15000D 105000 1003 11000E 245000 Soma 39000F95000Soma 995000MATRIA-PRIMA FILIAL ACOMPRAS - FEV - 19X0REGISTRO INTERMEDIRIO RAZO GERALREGISTRO INICIAL REGISTRO FINALCOMPRAS - FEV - 19X0 FILIAL ANOTA FISCAL VALOR FILIAL VALORA 210.000 301 8.000B 250.000 302 7.000C 350.000 303 10.000D 130.000 304 6.000E 110.000 305 5.000F 180.000 36.0001.230.000DIA VALOR Ms Dbito Crdito Saldo1 25.000 5 36.000Jan 1.010.000 1.010.00017 40.000Fev 1.000.100 2.010.10021 59.000Mar 1.230.000 3.240.10025 30.000Abr 1.330.000 4.570.10030 20.000Maio 1.250.000 5.820.100210.000 VENDAS - MARO19X0RAZO GERALVENDASREGISTRO FINALVENDAS - MARO/19X0REGISTRO INTERMEDIRIOFILIAL AFILIALAREGISTRO INICIALVENDAS - 5/03/19X0