1015
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro EE Escola de Engenharia DEL Departamento de Eletrˆ onica EEL-555 Sistemas Lineares II Prof. Ramon 1

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro EE Escola de ...eduardo/eel_555/slides.pdf · EEL-555 Sistemas Lineares II 24 Motivac¸˜ao ⋆ Controlar um sistema significa impor certas

Embed Size (px)

Citation preview

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Prof. Ramon

1

EEL-555 Sistemas Lineares II 2

Organizacao do curso

Sala de aula : H-211

Horario : 2a. feira 13:00 – 15:00

: 4a. feira 15:00 – 17:00

Atendimento : 6a. feira 10:00 – 12:00

Professor : Ramon R. Costa

Laboratorio : H-345

Telefone : 2562-8604

e-mail : [email protected]

Homepage : http://www.coep.ufrj.br/∼ramon: http://www.coep.ufrj.br/∼teleduc

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 3

Pre-requisitos

⋆ Sistemas Lineares I

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 4

Objetivos do curso

⋆ Estudo de ferramentas e metodos para analise de sistemas lineares

invariantes no tempo.

⋆ Enfase em sistemas discretos.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 5

Descricao do curso

Parte I - Sistemas contınuos

1. Revisao: Sistemas lineares

2. Representacao no espaco de estado

3. Realizacao de funcoes de transferencia

4. Modelagem de sistemas dinamicos lineares

5. Linearizacao

6. Solucao da equacao de estado

7. Revisao: Algebra linear

8. Analise

9. Solucao numerica de EDOs

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 6

Descricao do curso

Parte II - Sistemas discretos

9. Sinais e sistemas discretos no tempo

10. Amostragem de sinais contınuos

11. Transformada Z

12. Analise de sistemas lineares discretos

13. Transformada discreta de Fourier (DFT)

14. Fast Fourier Transform (FFT)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 7

Duracao do curso

Inıcio : 15/ago

Termino : 10/dez

⋆ 75 horas-aula

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 8

Plano de aulas simplificado

Parte I - Sistemas contınuos

1. Revisao: Sistemas Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 aulas

2. Representacao no espaco de estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

3. Realizacao de funcoes de transferencia . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

4. Revisao: Algebra Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 aulas

5. Solucao da equacao de estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

6. Analise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 aulas

7. Simulacao de sistemas dinamicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

TOTAL : 35 aulas

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 9

Plano de aulas simplificado

Parte II - Sistemas discretos

1. Sinais e sistemas discretos no tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

2. Equacoes a diferencas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

3. Transformada Z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

4. Analise de sistemas lineares discretos . . . . . . . . . . . . . . . . 10 aulas

5. Transformada de Fourier . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

6. Transformada discreta de Fourier (DFT) . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

7. Fast Fourier Transform (FFT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 aulas

TOTAL : 40 aulas

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 10

Em resumo ...

Pouco tempo pra brincadeira !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 11

Exercıcios & trabalhos

Durante o curso os alunos receberao:

• 9 ou mais listas de exercıcios

• 2 trabalhos/projetos

⋆ Poderao requerer a utilizacao do pacote MATLAB e seus toolboxes.

⋆ Nao serao considerados para avaliacao.

Os aluno serao poupados da tarefa de copia-los.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 12

Avaliacao

⋆ Serao aplicadas 4 provas .

⋆ Todas as provas sao sem consulta .

⋆ Para aprovacao no curso o aluno devera ter media final ≥ 5 .

⋆ Sera dada uma unica 2a. chamada no final do curso com toda a materia .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 13

Datas das provas

Prova Peso Data

1a. 1 05/set/2005

2a. 1 03/out/2005

3a. 1 07/nov/2005

4a. 1 05/dez/2005

2a. cham. 1 07/dez/2005

Perıodo letivo : 15/agosto a 10/dezembro

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 14

Livros textos

[ 1] C. T. Chen ,

Linear Systems Theory and Design ,

3rd Edition, Oxford , 1999.

[ 2] K. Ogata ,

Modern Control Engineering ,

3rd Edition, Prentice Hall , 1997.

[ 3] B. C. Kuo ,

Automatic Control Systems ,

7th Edition, Prentice Hall , 1995.

[ 4] A. Oppenheim & R. Schafer ,

Discrete Time Signal Processing ,

Prentice Hall , 1989.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 15

Bibliografia complementar

[ 1] Paulo S. R. Diniz & Eduardo A. B. da Silva & Sergio L. Netto ,

Digital signals processing: system analysis and design ,

Cambridge University Press , 2002.

[ 2] J. Proakis & D. Manolakis ,

Digital Signal Processing ,

Prentice Hall , 1996.

[ 3] Oppenheim & Willsky ,

Signals and Systems ,

2nd Edition, Prentice Hall , 1997.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 16

Bibliografia complementar

[ 4] Karl J. Astrom & Bjorn Wittenmark ,

Computer Controlled Systems ,

3nd Edition, Prentice–Hall , 1997.

[ 5] Gene Franklin & J. David Powell & Michael L. Workman ,

Digital Control of Dynamic Systems ,

Addison–Wesley , 1990.

[ 6] Charles L. Phillips & H. Troy Nagle ,

Digital Control Systems Analysis & Design ,

3rd Edition, Prentice–Hall , 1995.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 17

Bibliografia complementar

[ 7] B. C. Kuo ,

Digital Control Systems ,

Saunders , 1992.

[ 8] C. T. Chen ,

Analog & Digital Control System Design ,

Saunders , 1993.

[ 9] K. Ogata ,

Discrete Control Systems ,

2nd Edition, Prentice–Hall , 1995.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 19

1 Revisao: Sistemas Lineares

Conteudo

1. Introducao

2. Equacoes diferenciais ordinarias (EDOs)

3. Resposta ao impulso

4. Transformada de Laplace

5. Funcao de Transferencia

6. Diagrama de blocos

7. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 20

1.1 Introducao

Nossa visao de sistema : algo com terminais de entrada e saıda.

Sistema

yu

Entrada Saıda

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 21

Classificacao de sistemas :

Lineares Nao lineares

Contınuos Discretos

Invariantes Variantes no tempo

SISO MIMO

Determinısticos Estocasticos

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 22

Neste curso :

⋆ Sistemas lineares invariantes no tempo (SLIT) .

⋆ Sistemas discretos lineares invariantes no tempo (SDLIT) .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 23

Exemplo 1 Sistema discreto (ou melhor, digital)

A/Dy(k)

Micro

r(k)

u(k)D/A

u(t)Processo

y(t) y(k)

Figura 1: Sistema discreto.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 24

Motivacao

⋆ Controlar um sistema significa impor certas propriedades aos seus sinais

de saıda como, por exemplo, overshoot.

⋆ A entrada e o sinal que pode ser livremente manipulado.

⋆ E necessario um modelo do sistema para se poder calcular o sinal de con-

trole necessario para se impor as propriedade desejadas a saıda.

⋆ Estrategias adequadas de controle permitem obter bom desempenho

mesmo com um modelo impreciso do sistema.

⋆ ...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 25

Representacao

Um sistema e definido matematicamente como uma transformacao ou operador :

y(t) = T

x(t)

y(t)x(t)

T

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 26

Exemplo 2 Integrador

y(t) =

∫ t

0

x(ζ)dζ

y(t)x(t) ∫

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 27

Conside 2 sinais de entrada distintos :

y1(t) = T

x1(t)

y2(t) = T

x2(t)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 28

Propriedade (Aditividade)

T

x1(t) + x2(t)

= T

x1(t)

+ T

x2(t)

= y1(t) + y2(t)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 29

Propriedade (Homogeneidade)

T

a xi(t)

= aT

xi(t)

= a yi(t)

Combinando-se estas 2 propriedade, tem-se o ...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 30

Princıpio da superposicao

T

a x1(t) + b x2(t)

= a y1(t) + b y2(t)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 31

Propriedade (Linearidade)

A classe de sistemas que satisfaz o princıpio da superposicao e dito linear .

⋆ Nos sistemas dinamicos , a resposta a condicao inicial tambem deve

satisfaz o princıpio da superposicao.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 32

Exemplo 3 Duplo integrador.

y(t)u(t) ∫ ∫v(t)

v(0) y(0)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 33

E facil verificar que se para u1(t), v1(0) e y1(0) :

y1(t) =

∫ t

0

(∫ t

0

u1(τ)dτ + v1(0)

)

dζ + y1(0)

e para u2(t), v2(0) e y2(0) :

y2(t) =

∫ t

0

(∫ t

0

u2(τ)dτ + v2(0)

)

dζ + y2(0)

entao

y1(t) + y2(t) =

∫ t

0

(∫ t

0

[u1(τ) + u2(τ)

]dτ +

[v1(0) + v2(0)

])

dζ +[y1(0) + y2(0)

]

⋆ O sistema e linear.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 34

Exemplo 4 Sistema nao-linear.

Oscilador de Van der Pol :

y − y − θy3 + y = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 35

Propriedade (Invariancia no tempo)

Um sistema e dito invariante no tempo se, ∀τ ,

a entrada x1(t) = x(t− τ)

produz a saıda y1(t) = y(t− τ) .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 36

Exemplo 5 Sistema invariante.

0 1 0

u1(t)

τ τ

y1(t)

u(t) y(t)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 37

Propriedade (Causalidade)

Um sistema e dito causal se a sua saıda atual depende somente das entradas

atuais e passadas, i.e., nao depende das entradas futuras.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 38

Exemplo 6 Sistema nao causal.

Sistemayu

0 1 0 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 39

Exemplo 7 Sistema diferenciador.

y(t)x(t) d

dt

⋆ A diferenciacao (on line) nao e uma operacao causal.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 40

Exemplo 8 Sistema nao causal discreto.

y[k] = 0.2 y[k − 1] + 0.5 y[k − 2] + u[k]− u[k + 1]

⋆ Exemplo de uma equacao a diferencas (equacao recursiva).

⋆ A saıda atual depende do valor futuro do sinal de entrada u[k + 1].

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 41

Interpretacao de um SLIT

u(t) y(t)+ ·∫

d

dt

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 42

Interpretacao de um SDLIT

u(k) y(k)+ ·

>> <<

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 43

1.2 Equacoes diferenciais ordinarias (EDO)

Forma geral :

andny

dtn+ an−1

dn−1y

dtn−1+ · · ·+ a1

dy

dt+ a0y = bm

dmu

dtm+ · · ·+ b1

du

dt+ b0u

⋆ EDO linear de ordem n.

⋆ Causalidade ⇔ n ≥ m .

⋆ Modelo temporal .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 44

Operador diferencial

Definicao p =d

dt

Notacao simplificada :(

anpn + an−1pn−1 + · · ·+ a1p + a0

)

y(t) =(

bmpm + bm−1pm−1 + · · ·+ b1p + b0

)

u(t)

ou melhor,

A(p) y(t) = B(p) u(t)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 45

Exemplo 9 Sistema mecanico massa-mola-atrito.

mk

y

b

u

A posicao da massa m e descrita pela EDO de 2a. ordem

m y + b y + k y = u

onde : m = massa

b = coeficiente de atrito

k = constante de mola

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 46

Usando o operador diferencial :(

mp2 + b p + k)

y = u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 47

1.3 Resposta ao impulso

⋆ Modelo temporal : g(t) = resposta ao impulso.

SLITu(t)

c.i. = 0

y(t)

Figura 2: Resposta com condicoes iniciais nulas.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 48

A resposta a uma entrada u(t) e dada pela integral de convolucao :

y(t) =

∫ t

0

g(t− τ)u(τ)dτ

=

∫ t

0

u(t− τ)g(τ)dτ

⋆ g(t) = resposta do sistema com condicoes iniciais nulas a um impulso

aplicado em t = 0.

⋆ A convolucao e comutativa : y(t) = g(t) ∗ u(t) = u(t) ∗ g(t)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 49

Exemplo 10 Sistema mecanico massa-mola-atrito.

0 1 2 3 4 5 6 7 8−0.05

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

Figura 3: Resposta ao impulso. Simulacao usando Matlab. Script rimpulso.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 50

Convolucao aproximada

y = T

n=N∑

n=0

g(t− nT ) u(nT )

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 51

Script para calcular a convolucao aproximada ( convolucao.m ) :

num = [1];

den = [1 2 3];

G = tf(num,den); % Func~ao de transferencia

T = 0.1;

t = [0:T:8]’;

g = impulse(G,t); % Resposta ao impulso de G

r = ones(size(t)); % Degrau

y = T*conv(g,r); % Convoluc~ao aproximada

y = y(1:size(t));

plot(t,y,’b-’,’Linew’,2)

grid on

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 52

0 1 2 3 4 5 6 7 80

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

Figura 4: Resposta ao degrau aproximada.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 53

1.4 Transformada de Laplace

⋆ Util na solucao analıtica de equacoes diferenciais ordinarias (EDOs).

⋆ Reduz uma EDO (no domınio temporal) a uma equacao algebrica

(no domınio complexo).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 54

Definicao (Transformada de Laplace)

F (s) = L[

f(t)]

=

∫ ∞

0

f(t) e−st dt

⋆ s = variavel complexa .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 55

Exemplo 11 Funcao exponencial.

f(t) =

0 se t < 0

k e−at se t ≥ 0

Transformada de Laplace : F (s) = L[

k e−at]

=

∫ ∞

0

k e−at e−st dt

= k

∫ ∞

0

e−(s+a)t dt

=k

s + a

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 56

Propriedades

(1) L[

αf(t)]

= αL[

f(t)]

(2) L[

f1(t) + f2(t)]

= L[

f1(t)]

+ L[

f2(t)]

⋆ A Transformada de Laplace e linear .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 57

Teorema (Diferenciacao)

L[

d

dtf(t)

]

= sF (s)− f(0)

⋆ F (s) = L[

f(t)]

.

⋆ f(0) e a condicao inicial de f(t).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 58

Teorema (Integracao)

L[∫

f(t) dt

]

=F (s)

s+

f−1(0)

s

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 59

Teorema (Valor final)

limt→∞

f(t) = lims→0

sF (s)

⋆ So se aplica se limt→∞

f(t) existir .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 60

Teorema (Convolucao)

L[

f1(t) ∗ f2(t)]

= F1(s)F2(s)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 61

Transformada inversa

Metodologia :

1. Determinar a expansao em fracoes parciais

2. Consultar tabelas de transformadas

Metodologia alternativa :

1. Usar o MATLAB

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 62

Expansao em fracoes parciais

F (s) =B(s)

A(s)=

r1

s + p1+

r2

s + p2+ · · ·+ rn

s + pn

⋆ ri = resıduos .

⋆ pi = polos .

⋆ O caso geral envolve polos multiplos .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 63

Tabela

(Vide Ogata. pag. 22 e 23)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 64

Exemplo 12 Transformada de Laplace usando MATLAB.

Encontrar a transformada de :

f(t) =

0 se t < 0

k e−at se t ≥ 0

Solucao : >> syms t s a k

>> f = k*exp(-a*t);

>> F = laplace(f)

F =

k/(s+a)

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 65

Exemplo 13 Anti-transformada de Laplace usando MATLAB.

Encontrar a anti-transformada de :

F (s) =k

(s + a)2

Solucao : >> syms t s a k

>> F = k/(s+a)^2;

>> f = ilaplace(F)

f =

k*t*exp(-a*t)

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 66

1.5 Funcao de transferencia

Considere uma EDO :

dny

dtn+ · · ·+ a1

dy

dt+ a0y = bm

dmu

dtm+ · · ·+ b1

du

dt+ b0u

Hipotese : Todas as condicoes iniciais sao nulas.

Aplicando-se a Transformacao de Laplace em ambos os lados,[

sn + · · ·+ a1s + a0

]

Y (s) =[

bmsm + · · ·+ b1s + b0

]

U(s)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 67

Defini-se a Funcao de Transferencia como :

G(s) =Y (s)

U(s)=

bmsm + bm−1sm−1 + · · ·+ b1s + b0

sn + an−1sn−1 + · · ·+ a1s + a0

⋆ Ordem n.

⋆ Causalidade ⇔ n ≥ m .

⋆ Modelo frequencial .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 68

Notacao simplificada :

Y (s)

U(s)=

B(s)

A(s)

Y (s)U(s) B(s)

A(s)

Figura 5: Funcao de transferencia.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 69

Notacao mista

y(t)u(t) B(s)

A(s)

⋆ Pode ser encontrada na literatura.

⋆ A variavel s deve ser interpretada como o operador diferenciald

dt.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 70

⋆ Funcao racional em s.

⋆ G(s) so depende do sistema.

⋆ G(s) so e definida para SLITs.

⋆ O conhecimento de G(s) permite calcular y(t) para qualquer sinal u(t).

⋆ G(s) pode ser determinada experimentalmente .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 71

Exemplo 14 Sistema massa-mola-atrito.

y + 2y + 3y = u

Aplicando Laplace :

s2Y + 2sY + 3Y = U

Portanto,

G(s) =Y (s)

U(s)=

1

s2 + 2s + 3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 72

Exemplo 15 Funcoes de transferencia usando MATLAB.

>> num = [1]; % polinomio numerador

>> den = [ 1 2 3 ]; % polinomio denominador

>>

>> G = tf(num,den)

Transfer function:

1

-------------

s^2 + 2 s + 3

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 73

1.6 Diagramas de blocos

Servem para :

⋆ Visualizacao de sistemas complexos .

⋆ Visualizacao de conexoes e fluxos de sinais .

Elementos : Setas/sinais

Somadores

Ganhos/FTs

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 74

Somador

+

u

y

e = u− y

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 75

Ganho/FT

y(s)u(s)

G(s)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 76

Exemplo 16 Sistema em malha fechada.

+

u eG(s)

H(s)

y

Figura 6: Diagrama de blocos de sistema em malha fechada.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 77

Determinacao da FT em malha fechada :

Do diagrama tiramos :

y = G e

e = u−H y

Eliminando o erro e :

y = G(

u−H y)

= G u−GH y

Portanto :

(

1 + GH)

y = G u ⇒ y(s)

u(s)=

G

1 + GH

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 78

Exemplo 17 Sistema em malha fechada.

+−

u e

H1(s)

yG1(s) +

G2(s) G3(s)

H2(s)

x

⋆ x = G1 e−H2 y

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 79

Determinacao da FT em malha fechada :

+−

u e

H1(s)

yG1(s)+

G2(s) G3(s)

H2(s)

G1(s)

x

⋆ x = G1

(

e− H2

G1y

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 80

Determinacao da FT em malha fechada :

u yG1(s)G2(s)

1 + G1(s)G2(s)H1(s)+

G3(s)

H2(s)

G1(s)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 81

Determinacao da FT em malha fechada :

y(s)

u(s)=

G1(s) G2(s) G3(s)

1 + G1(s) G2(s) H1(s) + G2(s) G3(s) H2(s)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 82

Exemplo 18 Usando MATLAB/Simulink.

1

y

1

s+4

H2(s)

1

s+5

H1(s)

1

s+3

G3(s)

1

s+2

G2(s)

1

s+1

G1(s)

1

r

Figura 7: Diagrama de blocos em Simulink. Model dblocos.mdl .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 83

Script para obter a FT em malha fechada ( diag blocos.m ) :

%----------------------------------------

%

% Exemplo: Diagramas de blocos

%

%----------------------------------------

open_system(’dblocos’);

[A,B,C,D] = linmod(’dblocos’); % retorna o modelo de estado

g = ss(A,B,C,D);

h = tf(g)

close_system(’dblocos’);

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 84

Resultado :

>> diag_blocos

Transfer function:

s^2 + 9 s + 20

---------------------------------------------

s^5 + 15 s^4 + 85 s^3 + 227 s^2 + 287 s + 137

>>

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 85

Verificacao : Script ( verifica.m )

g1 = tf(1,[1 1]);

g2 = tf(1,[1 2]);

g3 = tf(1,[1 3]);

h1 = tf(1,[1 5]);

h2 = tf(1,[1 4]);

H = (g1*g2*g3)/(1 + g1*g2*h1 + g2*g3*h2);

G = minreal(H) % soluc~ao apos todos os cancelamentos

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 86

Resultado :

>> verifica

Transfer function:

s^2 + 9 s + 20

---------------------------------------------

s^5 + 15 s^4 + 85 s^3 + 227 s^2 + 287 s + 137

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 88

2 Representacao no espaco de estado

Conteudo

1. Introducao

2. Exemplo preliminar

3. Exemplo preliminar 2

4. Diagrama de blocos

5. Exemplos com Matlab/Simulink

6. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 89

2.1 Introducao

Hipotese: O aluno esta familiarizado com as representacoes matematicas

⋆ Resposta ao impulso (ja visto em SL-I)

⋆ Equacao diferencial ordinaria (EDO)

⋆ Funcao de transferencia

Novidade: Vamos introduzir a representacao de SLIT’s por

⋆ Variaveis de estado

Metodologia: Obtencao da representacao de estado a partir da EDO.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 90

2.2 Exemplo preliminar

Exemplo 1 Sistema mecanico tipo massa-mola-atrito.

mk

y

b

u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 91

Modelo : EDO de 2a. ordem

y + 2y + 3y = u

y(s)u(s)EDO

Sistema mecanico : y = aceleracao

y = velocidade e

y = posicao da massa

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 92

Manipulacao :

1 EDO de 2a. ordem ⇒

EDO de 1a. ordem

EDO de 1a. ordem

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 93

Introduzimos novas variaveis :

x1 = y

x2 = y

Neste caso : x1 = posicao

x2 = velocidade da massa

Derivando-se x1 e x2 :

x1 = y = x2

x2 = y

= −3y − 2y + u

= −3x1 − 2x2 + u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 94

Portanto, a EDO de 2a. ordem pode ser reescrita como

x1 = x2

x2 = −3x1 − 2x2 + u

y = x1

⋆ As equacoes acima formam uma representacao de estado .

⋆ As variaveis x1 e x2 sao os estados .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 95

O sistema de equacoes

x1 = x2

x2 = −3x1 − 2x2 + u

y = x1

pode ser escrito na forma matricial

x =

0 1

−3 −2

x +

0

1

u

y =[

1 0]

x +[

0]

u

onde

x =

x1

x2

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 96

Introduzindo as matrizes

A =

0 1

−3 −2

B =

0

1

C =[

1 0]

D =[

0]

tem-se a forma matricial para a representacao de estado

x = Ax + Bu

y = Cx + Du

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 97

Importante :

⋆ A representacao de estado de um SLIT nao e unica .

⋆ A escolha das variaveis de estado x1 e x2 foi arbitraria .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 98

Exemplo 2 Mesmo sistema massa-mola-atrito.

Escolhemos : x1 = −y

x2 = y + y

Derivando-se x1 e x2 :

˙x1 = −y

= y − x2

= −x1 − x2

˙x2 = y + y

= y + (−3y − 2y + u) = −2y − (y + y) + u

= 2x1 − x2 + u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 99

A representacao do sistema passa para

˙x =

−1 −1

2 −1

x +

0

1

u

y =[

−1 0]

x

onde

x =

x1

x2

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 100

Interpretacao. O estado x e obtido a partir de uma transformacao linear sobre x :

x1 = −y = −x1

x2 = y + y = x1 + x2

Usando notacao matricial, tem-se

x = Tx =

−1 0

1 1

x .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 101

Condicoes iniciais

A solucao da EDO

y + 2y + 3y = u

requer o conhecimento das condicoes iniciais y(t0) e y(t0).

Para a solucao das equacoes de estado (em x) e necessario o conhecimento de

x1(t0) = y(t0)

x2(t0) = y(t0)

Para a representacao equivalente (em x), a condicao inicial e

x1(t0) = −y(t0)

x2(t0) = y(t0) + y(t0)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 102

Definicao

Definicao. (Estado)

O estado em t = t0 de um sistema de ordem n e o conjunto de n

valores x1(t0), · · · , xn(t0), que juntamente com o sinal de entrada

para t ≥ t0, e suficiente para determinar todo o comportamento do

sistema para t ≥ t0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 103

2.3 Exemplo preliminar 2

Exemplo 3 Vamos considerar agora um SLIT descrito por

y + 2y + 3y = u + u

⋆ u nao deve aparecer na representacao de estado

Escolhemos as seguintes variaveis :

x1 = y

x2 = y − u (!!)

⋆ Essas variaveis podem nao ter significado fısico.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 104

Derivando-se x1 e x2, obtemos

x1 = y = x2 + u

x2 = y − u

= −3y − 2y + u

= −3x1 − 2(x2 + u) + u

⋆ x2 foi escolhida de modo que x2 = y − u ⇒ elimina u.

Resultado :

x =

0 1

−3 −2

x +

1

−1

u

y =[

1 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 105

2.4 Diagrama de blocos

Representacao de estado :

x = Ax + Bu

y = Cx + Du

++

++

A

B C

D

x yxu

Figura 8: Diagrama de blocos.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 106

Observacoes :

⋆ O diagrama de blocos utiliza somente as operacoes permitidas.

u(t) y(t)+ ·∫

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 107

2.5 Exemplos com Matlab/Simulink

Exemplo 4 Equacoes de estado usando MATLAB/Simulink.

Sistema massa-mola-atrito :

x =

0 1

−3 −2

x +

0

1

u

y =[

1 0]

x +[

0]

u

Sistema massa-mola-atrito :

˙x =

−1 −1

2 −1

x +

0

1

u

y =[

−1 0]

x +[

0]

u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 108

yu1

y

u

return1

y

return

Scope1 Scope

x’ = Ax+Bu y = Cx+Du

Planta

1

u

Figura 9: Diagrama de blocos em Simulink. Model modelo.mdl .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 109

Script simu1.m

% Resposta do sistema massa-mola-atrito a uma condic~ao inicial

A = [0 1; -3 -2]; % matrizes

B = [0; 1];

C = [ 1 0];

D = 0;

x0 = [1 0]; % condic~ao inicial

tfinal = 8;

sim(’modelo’,tfinal)

plot(y,’Linew’,2.5); grid on; shg

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 110

Resultado

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

Figura 10: Resposta a condicao inicial. Script simu1.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 111

Script simu2.m

% Resposta do sistema massa-mola-atrito a uma condic~ao inicial

A = [-1 -1; 2 -1]; % matrizes do sistema transformado

B = [0; 1];

C = [-1 0];

D = 0;

x0 = [-1 1]; % condic~ao inicial

tfinal = 8;

sim(’modelo’,tfinal)

plot(y,’Linew’,2.5); grid on; shg

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 112

Resultado

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

Figura 11: Resposta a condicao inicial. Script simu2.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 113

Exemplo 5 Equacoes de estado usando MATLAB/Simulink.

Sistema massa-mola-atrito :

x =

0 1

−3 −2

x +

0

1

u

y =[

1 0]

x +[

0]

u

⋆ Simulacao alternativa do mesmo sistema utilizando bloco integrador.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 114

u dx x y1

y

x

To Workspace2

y

To Workspace1

t

To Workspace 3

u

To Workspace

1s

Integrator

B* u

Gain3

C* u

Gain2

D* u

Gain1

A* u

GainClock

1

u

Figura 12: Diagrama de blocos em Simulink. Model modelo1.mdl .

⋆ Note a utilizacao do bloco Clock para obter a variavel tempo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 115

Vantagens :

⋆ Maior controle sobre a integracao numerica.

⋆ Acesso ao estado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 116

Script simu3.m

% Resposta do sistema massa-mola-atrito a uma condic~ao inicial

A = [0 1; -3 -2]; % matrizes

B = [0; 1];

C = [ 1 0];

D = [0];

x0 = [1 0]; % condic~ao inicial

open_system(’modelo1’);

set_param(’modelo1’,’MaxStep’,’0.01’)

tfinal = 10;

sim(’modelo1’,tfinal)

plot(t,x,’Linew’,2); grid on; shg

close_system(’modelo1’);

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 117

Resultado

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

Figura 13: Resposta a condicao inicial. Script simu3.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 118

Importante :

⋆ Para SLITs de ordem elevada o procedimento descrito pode resultar bastante

trabalhoso.

⋆ Metodo sistematico : utilizacao de formas canonicas .

Proximo passo :

⋆ Vamos determinar a Funcao de Transferencia de um SLIT dado por uma

representacao de estado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 119

Resumo da metodologia

EDO

L[ · ]FT

Estado

FormasCanonicas

L[ · ]de x

Escolha

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 121

3 Realizacao de funcoes de transferencia

Conteudo

1. Funcao de transferencia (FT)

2. Formas canonicas

• Forma canonica controlavel

• Forma canonica observavel

3. Transformacao de coordenadas

4. Exemplos

5. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 122

3.1 Funcao de transferencia (FT)

Considere novamente a representacao de estado

x = Ax + Bu

y = Cx + Du

Estamos interessados em determinar a FT

g(s) =Y (s)

U(s)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 123

Aplicando Transformada de Laplace :

sX(s) = AX(s) + BU(s)

Y (s) = CX(s) + DU(s)

Portanto,

sX(s)−AX(s) = BU(s)

(sI −A)X(s) = BU(s) ⇒ X(s) = (sI −A)−1BU(s)

Y (s) = CX(s) + DU(s) ⇒ Y (s) = C(sI −A)−1BU(s) + DU(s)

A FT procurada e : g(s) =Y (s)

U(s)= C(sI −A)−1B + D

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 124

Exemplo 1 Seja o modelo de estado (vide Exemplo preliminar 2)

x =

0 1

−3 −2

x +

1

−1

u

y =[

1 0]

x

A FT correspondente a esse sistema e

g(s) =[

1 0]

1 0

0 1

s−

0 1

−3 −2

−1

1

−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 125

Lembrete. Inversa de uma matriz 2× 2

a b

c d

−1

=1

d −b

−c a

∆ = det

a b

c d

= ad− bc

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 126

Calculos :

g(s) =[

1 0]

1 0

0 1

s−

0 1

−3 −2

−1

1

−1

=[

1 0]

s −1

3 s + 2

−1

1

−1

=1

s2 + 2s + 3

[

1 0]

s + 2 1

−3 s

1

−1

=1

s2 + 2s + 3

[

s + 2 1]

1

−1

=s + 1

s2 + 2s + 3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 127

Exemplo 2 Usando Matlab.

Considere o mesmo sistema do exemplo anterior :

x =

0 1

−3 −2

x +

1

−1

u

y =[

1 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 128

Script calcula ft.m

% Determinac~ao de func~ao de transferencia

A = [0 1; -3 -2]; % matrizes

B = [0; 1];

C = [1 0];

D = 0;

s1 = ss(A,B,C,D) % cria o sistema s1 (representac~ao de estado)

g = tf(s1) % determina a Func~ao de Transferencia de s1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 129

Resultado

>> calcula_ft

Transfer function:

s + 1

-------------

s^2 + 2 s + 3

>>

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 130

Exemplo 3 Usando Matlab/symbolic.

Ainda utilizando o mesmo sistema :

x =

0 1

−3 −2

x +

1

−1

u

y =[

1 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 131

Script calcula ft sym.m

A = [0 1; -3 -2]; % matrizes

B = [1; -1];

C = [1 0];

D = 0;

syms s; % cria variaveis simbolicas

I = eye(2); % cria matriz identidade

g = C*inv(s*I - A)*B + D; % calcula a Func~ao de Transferencia

g = simple(g); % determina a forma mais simples

g

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 132

Resultado

>> calcula_ft_sym

s + 1

------------

2

s + 2 s + 3

>>

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 133

3.2 Formas canonicas

⋆ Uteis para a obtencao de uma representacao de estado de um SLIT.

Neste contexto, duas formas canonicas sao de particular interesse:

1. Forma canonica controlavel (FC Co)

2. Forma canonica observavel (FC Ob)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 134

Forma canonica controlavel

x =

0 1 0 · · · 0

0 0 1 · · · 0

0 0 0 · · · 0...

......

...

0 0 0 · · · 1

−a0 −a1 −a2 · · · −an−1

x +

0

0

0...

0

1

u

y =[

b0 b1 b2 · · · bn−1

]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 135

Forma canonica controlavel ( forma compacta )

x =

0 I

−a0 −a1 · · · −an−1

x +

0

1

u

y =[

b0 b1 · · · bn−1

]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 136

Forma canonica observavel

x =

−an−1 1 0 · · · 0

−an−2 0 1 · · · 0...

......

...

−a1 0 0 · · · 1

−a0 0 0 · · · 0

x +

bn−1

bn−2

...

b1

b0

u

y =[

1 0 0 · · · 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 137

Forma canonica observavel ( forma compacta )

x =

−an−1... I

−a1

——

−a0 0

x +

bn−1

...

b1

b0

u

y =[

1 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 138

Exemplo 4 Seja o seguinte SLIT de 2a. ordem na FC Co

x =

0 1

−a0 −a1

x +

0

1

u

y =[

b0 b1

]

x

A FT correspondente e dada por

g(s) =[

b0 b1

]

1 0

0 1

s−

0 1

−a0 −a1

−1

0

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 139

Calculos :

g(s) =[

b0 b1

]

1 0

0 1

s−

0 1

−a0 −a1

−1

0

1

=[

b0 b1

]

s −1

a0 s + a1

−1

0

1

=1

s2 + a1s + a0

[

b0 b1

]

s + a1 1

−a0 s

0

1

=1

s2 + a1s + a0

[

b0 b1

]

1

s

=b1s + b0

s2 + a1s + a0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 140

Propriedade :

⋆ Os coeficientes bi e ai sao os mesmos que aparecem no numerador e deno-

minador da FT.

⋆ Para se obter uma representacao de estado a partir de uma FT, basta o

conhecimento desses coeficientes.

⋆ A FC Ob tambem tem essa propriedade.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 141

Exemplo 5 Seja o seguinte SLIT de 2a. ordem na FC Ob

x =

−a1 1

−a0 0

x +

b1

b0

u

y =[

1 0]

x

A FT correspondente e dada por

g(s) =[

1 0]

1 0

0 1

s−

−a1 1

−a0 0

−1

b1

b0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 142

Calculos :

g(s) =[

1 0]

1 0

0 1

s−

−a1 1

−a0 0

−1

b1

b0

=[

1 0]

s + a1 −1

a0 s

−1

b1

b0

=1

s2 + a1s + a0

[

1 0]

s 1

−a0 s + a1

b1

b0

=1

s2 + a1s + a0

[

s 1]

b1

b0

=b1s + b0

s2 + a1s + a0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 143

Exemplo 6 Encontrar um modelo de estado para o SLIT de 3a. ordem

g(s) =2s2 + 4s + 7

s3 + 6s2 + 11s + 6

Representacao na FC Co :

x =

0 1 0

0 0 1

−6 −11 −6

x +

0

0

1

u

y =[

7 4 2]

x

Representacao na FC Ob :

x =

−6 1 0

−11 0 1

−6 0 0

x +

2

4

7

u

y =[

1 0 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 144

3.3 Transformacao de coordenadas

Modelo de estado :

x = Ax + Bu

y = Cx + Du

Podemos definir estados zi a partir de uma combinacao linear dos estados xi.

Isso pode ser representado por uma transformacao linear

z = Tx

onde T e uma matriz nao singular .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 145

Representacao de estado transformado

Multiplicando a 1a. equacao por T :

T x = TAx + TBu

Porem,

z = T x

x = T−1z

Eliminando a variavel x, tem-se

z = TAT−1z + TBu

y = CT−1z + Du

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 146

Apos definir as matrizes

A = TAT−1 B = TB

C = CT−1 D = D

obtemos a seguinte representacao do sistema com estado z

z = Az + Bu

y = Cz + Du

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 147

Exemplo 7

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 149

4 Modelagem de sistemas dinamicos lineares

Conteudo 1. Analogia forca–corrente

2. Modelos de sistemas mecanicos de translacao

3. Modelos de sistemas mecanicos de rotacao

4. Modelos de sistemas eletricos

5. Modelos de sistemas fluidos

6. Modelos de sistemas termicos

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 150

Analogia forca–corrente

⋆ Metodo sistematico para obtencao das equacoes de estado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 151

Potencia

Sistema Potencia

Mecanico de translacao P = F v

Mecanico de rotacao P = T ω

Eletrico P = i v

Fluido P = q p

Termico −

P = variavel sequenciada × variavel referenciada

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 152

P = variavel sequenciada × variavel referenciada

⋆ Caracterıstica da variavel sequenciada :

o sensor deve ser instalado em serie.

⋆ Caracterıstica da variavel referenciada :

em todos os sistemas, e medida em relacao a alguma referencia.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 153

Elementos

Sistema Resistencia Indutancia Capacitancia

Mec. de translacao Atrito Mola Massa

Mec. de rotacao Atrito Mola torsional Inercia

Fluido Restricao Inertancia fluida Capacitancia fluida

Termico Isolamento — Capacitancia termica

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 154

Modelos de sistemas mecanicos de translacao

Variavel sequenciada : Forca[

F]

Variavel referenciada : Velocidade[

v]

Variaveis integradas : Γ =

∫ t

0

F dτ + Γ(0)Quantidade de

movimento

x =

∫ t

0

v dτ + x(0) Deslocamento linear

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 155

Relacoes elementares :

Massa : mdvm

dt= Fm

Mola : k vk =dFk

dt

Atrito : b vb = Fb

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 156

Exemplo 1 Sistema mecanico de translacao

Vamos comecar utilizando nosso velho conhecido, sistema massa-mola-atrito

mk

y

b

F

Sinal de entrada : F (Forca)

Sinal de saıda : y (Posicao da massa m em relacao a um referencial inercial)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 157

Representacao alternativa

mF

v

k

b

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 158

Grafo

m b kF

vm

Figura 14: Grafo orientado.

⋆ As orientacoes sao adotadas arbitrariamente.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 159

Equacoes do grafo

Equacoes dos Nos : Fm + Fb + Fk = F

Equacoes das Malhas : vm = vb = vk

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 160

Obtencao da EDO

Substituindo as relacoes elementares na equacao dos nos :

mdvm

dt+ bvb + k

∫ t

0

vk dτ = F

Utilizando as equacoes das malhas :

mdvm

dt+ b vm + k

∫ t

0

vm dτ = F

Utilizando a definicao de deslocamento y (variavel integrada), temos :

m y + b y + k y = F

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 161

Obtencao da equacao de estado

Passo 1 : Escolher as variaveis de estado

x1 = vm (Velocidade da massa)

x2 = Fk (Forca na mola)

Passo 2 : Escrever as equacoes dos elementos armazenadores de energia

em funcao dos estados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 162

Para a massa escrevemos :

mdvm

dt= Fm (Nos : Fm + Fb + Fk = F )

= −Fb − Fk + F (Atrito : Fb = b vb)

= −b vb − Fk + F (Malhas : vm = vb = vk)

= −b vm − Fk + F

Introduzindo as variaveis x1 e x2 :

mx1 = −b x1 − x2 + F

Portanto :

x1 = − b

mx1 −

1

mx2 +

1

mF

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 163

Para a mola escrevemos :

dFk

dt= k vk (Malhas : vm = vb = vk)

= k vm

Introduzindo as variaveis x1 e x2 :

x2 = k x1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 164

Equacao de saıda

Sinal de saıda : y (Posicao da massa m em relacao a um referencial inercial)

Utilizando a equacao para a mola :

Fk = k

∫ t

0

vkdτ

= k

∫ t

0

vmdτ

= k(y(t)− y(0)

)= k y ⇒ y =

1

kFk

Portanto,y =

1

kx2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 165

Resultado :

x1 = − b

mx1 −

1

mx2 +

1

mF

x2 = k x1

y =1

kx2

Usando notacao matricial :

x =

[

− bm − 1

m

k 0

]

x +

[1m

0

]

F

y =[

0 1k

]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 166

Exemplo 2 Sistema mecanico de translacao

m1

F

v1

m2

v2

k2

b2

k1

b1

Sinal de entrada : F (Forca)

Sinal de saıda : y1 (Posicao da massa m1)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 167

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 168

Grafo

m2

k2

F

vm2

m1 k1

vm1

b1

b2

Figura 15: Grafo orientado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 169

m2

k2

F

vm2

m1 k1

vm1

b1

b2

Equacoes dos Nos : Fm2 + Fb2 + Fk2 = F

Fk2 + Fb2 = Fm1 + Fb1 + Fk1

Equacoes das Malhas : vk2 = vb2

vk2 + vm1 − vm2 = 0

vm1 = vb1 = vk1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 170

Obtencao da equacao de estado

Passo 1 : Escolher as variaveis de estado

x1 = vm1 (Velocidade da massa 1)

x2 = vm2 (Velocidade da massa 2)

x3 = Fk1 (Forca na mola 1)

x4 = Fk2 (Forca na mola 2)

Passo 2 : Escrever as equacoes dos elementos armazenadores de energia

em funcao dos estados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 171

Para a massa 1 escrevemos :

m1dvm1

dt= Fm1 (equacoes dos Nos)

= Fk2 + Fb2 − Fb1 − Fk1 (equacoes dos atrito)

= Fk2 + b2 vb2 − b1 vb1 − Fk1 (equacoes das Malhas)

= Fk2 + b2

(− vm1 + vm2

)− b1 vm1 − Fk1

Introduzindo as variaveis xi :

m1x1 = x4 + b2

(− x1 + x2

)− b1 x1 − x3

Portanto :

x1 = −b1 + b2

m1x1 +

b2

m1x2 −

1

m1x3 +

1

m1x4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 172

Para a massa 2 escrevemos :

m2dvm2

dt= Fm2 (equacoes dos Nos)

= −Fb2 − Fk2 + F (equacoes dos atrito)

= −b2 vb2 − Fk2 + F (equacoes das Malhas)

= −b2

(− vm1 + vm2

)− Fk2 + F

Introduzindo as variaveis xi :

m2x2 = b2 x1 − b2 x2 − x4 + F

Portanto :

x2 =b2

m2x1 −

b2

m2x2 −

1

m2x4 +

1

m2F

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 173

Para a mola 1 escrevemos :

dFk1

dt= k1 vk1 (equacoes das Malhas)

= k1 vm1

Introduzindo as variaveis xi :

x3 = k1 x1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 174

Para a mola 2 escrevemos :

dFk2

dt= k2 vk2 (equacoes das Malhas)

= k2

(− vm1 + vm2

)

Introduzindo as variaveis xi :

x4 = −k2 x1 + k2 x2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 175

Equacao de saıda

Sinal de saıda : y = y1 (Posicao da massa m1)

Utilizando a equacao para a mola 1 :

Fk1 = k1

∫ t

0

vk1dτ

= k1

∫ t

0

vm1dτ

= k1

(y1(t)− y1(0)

)= k1 y1 ⇒ y1 =

1

k1Fk1

Portanto,

y = y1 =1

k1x3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 176

Resultado :

x1 = −b1 + b2

m1x1 +

b2

m1x2 −

1

m1x3 +

1

m1x4

x2 =b2

m2x1 −

b2

m2x2 −

1

m2x4 +

1

m2F

x3 = k1 x1

x4 = −k2 x1 + k2 x2

y =1

k1x3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 177

Usando notacao matricial :

x =

− b1+b2m1

b2m1

− 1m1

1m1

b2m2

− b2m2

0 − 1m2

k1 0 0 0

−k2 k2 0 0

x +

0

1m2

0

0

F

y =[

0 0 1k1

0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 178

Modelos de sistemas mecanicos de rotacao

Variavel sequenciada : Torque[

T]

Variavel referenciada : Velocidade angular[

ω]

Variaveis integradas : h =

∫ t

0

T dτ + h(0)Quantidade de

movimento angular

θ =

∫ t

0

ω dτ + θ(0) Deslocamento angular

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 179

Relacoes elementares :

Inercia : JdωJ

dt= TJ

Mola torsional : k ωk =dTk

dt

Atrito : b ωb = Tb

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 180

Exemplo 3 Sistema mecanico de rotacao

JT ωbk

Sinal de entrada : T (Torque)

Sinal de saıda : y = θJ (Posicao angular da inercia J)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 181

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 182

Grafo

J b kT

ωJ

Figura 16: Grafo orientado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 183

Equacoes do grafo

Equacoes dos Nos : TJ + Tb + Tk = T

Equacoes das Malhas : ωJ = ωb = ωk

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 184

Obtencao da equacao de estado

Passo 1 : Escolher as variaveis de estado

x1 = ωJ (Velocidade angular da inercia)

x2 = Tk (Torque na mola)

Passo 2 : Escrever as equacoes dos elementos armazenadores de energia

em funcao dos estados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 185

Para a inercia escrevemos :

JdωJ

dt= TJ (Nos : TJ + Tb + Tk = T )

= −Tb − Tk + T (Atrito : Tb = b ωb)

= −b ωb − Tk + T (Malhas : ωJ = ωb = ωk)

= −b ωJ − Tk + T

Introduzindo as variaveis x1 e x2 :

Jx1 = −b x1 − x2 + T

Portanto :

x1 = − b

Jx1 −

1

Jx2 +

1

JT

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 186

Para a mola torsional escrevemos :

dTk

dt= k ωk (Malhas : ωJ = ωb = ωk)

= k ωJ

Introduzindo as variaveis x1 e x2 :

x2 = k x1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 187

Equacao de saıda

Sinal de saıda : y = θJ (Posicao angular da inercia J)

Utilizando a equacao para a mola :

Fk = k

∫ t

0

ωkdτ

= k

∫ t

0

ωJdτ

= k(θJ(t)− θJ(0)

)= k θJ ⇒ θJ =

1

kFk

Portanto,y =

1

kx2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 188

Resultado :

x1 = − b

Jx1 −

1

Jx2 +

1

JT

x2 = k x1

y =1

kx2

Usando notacao matricial :

x =

[

− bJ − 1

J

k 0

]

x +

[1J

0

]

T

y =[

0 1k

]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 189

Exemplo 4 Maquina fresadora

JωJ

b2kb1

Motor DC

Sinal de entrada : T (Torque do motor)

Sinal de saıda : ωJ (Velocidade do rotor J)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 190

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 191

Grafo

b1

k

T

ω1

J

ω2

b2Tc

Figura 17: Grafo orientado.

⋆ Note que a carga foi modelada por uma fonte de torque.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 192

Obtencao das equacoes de estado

Fica como exercıcio ...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 193

Modelos de sistemas eletricos

Variavel sequenciada : Corrente[

i]

Variavel referenciada : Tensao[

v]

Variaveis integradas : q =

∫ t

0

i dτ + q(0) Carga eletrica

λ =

∫ t

0

v dτ + λ(0)Fluxo magnetico

concatenado

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 194

Relacoes elementares :

Capacitor : CdvC

dt= iC

Indutor : vL = LdiLdt

Resistencia: vR = R iR

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 195

Exemplo 5

C1 = 1F

+ −

R1 = 1Ω

x1

C2 = 1F

+ −

R2 = 1Ω

x2

u 2Ω y

+

R1 = 1Ω (em paralelo com C1)

R2 = 1Ω (em paralelo com C2)

iR1, vR1 = corrente e tensao em R1

iR2, vR2 = corrente e tensao em R2

Lei dos nos :

iR1+ iC1

= u

iR2+ iC2

= 0Lei das malhas :

vR1+ x1 = 0

vR2+ x2 = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 196

Nos :

iC1= u− iR1

iC2= −iR2

Malhas :

vR1= −x1

vR2= −x2

Tensao em R1 :

vR1= R1iR1

⇒ vR1= iR1

Tensao em C1 :

x1 =1

C1iC1

=1

C1

(u− iR1

)=

1

C1

(u− vR1

) ⇒ x1 =1

C1

(u + x1

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 197

Nos :

iC1= u− iR1

iC2= −iR2

Malhas :

vR1= −x1

vR2= −x2

Tensao em R2 :

vR2= R2iR2

⇒ vR2= iR2

Tensao em C2 :

x2 =1

C2iC2

=1

C2

(− iR2

)=

1

C2

(− vR2

) ⇒ x2 =1

C2x2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 198

Nos :

iC1= u− iR1

iC2= −iR2

Malhas :

vR1= −x1

vR2= −x2

Tensao de saıda :

y = 2u− vR2⇒ y = x2 + 2u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 199

Equacao de estado para o circuito :

x =

[

1/C1 0

0 1/C2

]

x +

[

1/C1

0

]

u

y =[

0 1]

x +[

2]

u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 200

1/C2

0 1x2x2

++

++

+

1/C1

1/C1

x1 yx1u

2

++

0

Figura 18: Diagrama de blocos do exemplo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 201

Diagrama geral

Co Ob

Co Ob

Co Ob

Co Ob

Figura 19: Decomposicao canonica de Kalman.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 202

Exemplo 6

C = 1F

+ −x

u

y

+

−1Ω

1Ω+

⋆ A corrente da fonte i nao circula pelo capacitor.

A fonte enxerga somente 2 resistores de 2Ω em paralelo.

Portanto : u =2 · 22 + 2

i ⇒ i = u

Componente de corrente devido a tensao u : i1 =1

2u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 203

C = 1F

+ −x

u

y

+

−1Ω

1Ω+

⋆ A corrente do capacitor iC nao circula pela fonte.

O capacitor enxerga somente 2 resistores de 2Ω em paralelo.

Portanto : x =2 · 22 + 2

iC ⇒ iC = x

Componente de corrente devido a tensao x : i2 =1

2x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 204

Corrente total : i = i1 + i2 ⇒ i =1

2

(u + x

)

Tensao de saıda : y = Ri ⇒ y =1

2

(u + x

)

Tensao no capacitor :

x =1

CiC ⇒ x =

1

Cx

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 205

Equacao de estado para o circuito :

x =[

1/C]

x +[

0]

u

y =[

1/2]

x +[

1/2]

u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 206

Exemplo 7 Circuito eletrico

C R2

R1

LV

Sinal de entrada : V (Tensao)

Sinal de saıda : y = vC (Tensao no capacitor C)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 207

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 208

Grafo

R1

R2

C

v1

L

v2

+

−V

Figura 20: Grafo orientado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 209

Equacoes do grafo

Equacoes dos Nos : ...

Equacoes das Malhas : ...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 210

Obtencao da equacao de estado

Passo 1 : Escolher as variaveis de estado

x1 = vC (Tensao no capacitor)

x2 = iL (Corrente no indutor)

Passo 2 : Escrever as equacoes dos elementos armazenadores de energia

em funcao dos estados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 211

Para o capacitor escrevemos :

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 212

Modelos de sistemas fluidos

Variavel sequenciada : Vazao[

q]

Variavel referenciada : Pressao[

p]

Variaveis integradas : V =

∫ t

0

q dτ + V (0) Volume

Γp =

∫ t

0

p dτ + Γp(0)Quantidade de

movimento de pressao

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 213

Relacoes elementares :

Capacitancia fluida : CFdpC

dt= qC

Inertancia fluida : pI = IFdqI

dt

Resistencia fluida : pR = RF qR

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 214

Exemplo 8 Capacitancia fluida.

A

h

ρ

p

⋆ Capacitancia CF =A

ρ g(Proporcional a area A)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 215

Definicao : V = CF p

Pressao no fundo do tanque : p = ρ g h ⇒ h =p

ρ g

onde : ρ = densidade do fluido

g = aceleracao da gravidade

Portanto :

V = Ah = Ap

ρg⇒ CF =

A

ρ g

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 216

Exemplo 9 Inertancia fluida.

L

p1 p2

⋆ Inertancia IF =ρ L

A(Proporcional ao comprimento L)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 217

Exemplo 10 Sistema fluido.

q

p1 p2

valvula

valvula

R1F IF

R2FC2FC1F

Sinal de entrada : q (Vazao)

Sinal de saıda : h2 (Nıvel do fluido no tanque 2)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 218

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 219

Grafo

C1

IF

q

p1

C2

p2

R2F

R1F

Figura 21: Grafo orientado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 220

C1

IF

q

p1

C2

p2

R2F

R1F

Equacoes dos Nos : q = qC1 + qI

qR1 = qC2 + qR2

Equacoes das Malhas : pI + pR1 + pC2 − pC1 = 0

pC2 = pR2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 221

Obtencao da equacao de estado

Passo 1 : Escolher as variaveis de estado

x1 = pC1 (Pressao no tanque 1)

x2 = pC2 (Pressao no tanque 2)

x3 = qI (Vazao na inertancia)

Passo 2 : Escrever as equacoes dos elementos armazenadores de energia

em funcao dos estados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 222

Obtencao da equacao de estado

Para o tanque 1 escrevemos :

C1dpC1

dt= qC1 (equacoes dos Nos)

= q − qI

Introduzindo as variaveis xi :

C1x1 = −x3 + q

Portanto :

x1 = − 1

C1x3 +

1

C1q

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 223

Para o tanque 2 escrevemos :

C2dpC2

dt= qC2 (equacoes dos Nos)

= qR1 − qR2 (equacoes dos atrito)

=1

R1pR1 −

1

R2pR2 (equacoes das Malhas)

=1

R1(pC1 − pC2 − pI)−

1

R2pC2 (equacao da inertancia)

=1

R1

(

pC1 − pC2 − IFdqI

dt

)

− 1

R2pC2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 224

Introduzindo as variaveis xi :

C2x2 =1

R1

(

x1 − x2 − x3dqI

dt

)

− 1

R2x2

Portanto :

x2 =b2

m2x1 −

b2

m2x2 −

1

m2x4 +

1

m2F

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 225

Para a mola 1 escrevemos :

dFk1

dt= k1 vk1 (equacoes das Malhas)

= k1 vm1

Introduzindo as variaveis xi :

x3 = k1 x1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 226

Para a mola 2 escrevemos :

dFk2

dt= k2 vk2 (equacoes das Malhas)

= k2

(− vm1 + vm2

)

Introduzindo as variaveis xi :

x4 = −k2 x1 + k2 x2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 227

Equacao de saıda

Sinal de saıda : h2 (Nıvel no tanque 2)

Utilizando a equacao para a pressao no tanque 2 :

pC2 = ρ g h2 ⇒ y = h2 =1

ρgpC2

Portanto,y =

1

ρgx2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 228

Resultado :

x1 = −b1 + b2

m1x1 +

b2

m1x2 −

1

m1x3 +

1

m1x4

x2 =b2

m2x1 −

b2

m2x2 −

1

m2x4 +

1

m2F

x3 = k1 x1

x4 = −k2 x1 + k2 x2

y =1

k1x3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 229

Usando notacao matricial :

x =

− b1+b2m1

b2m1

− 1m1

1m1

b2m2

− b2m2

0 − 1m2

k1 0 0 0

−k2 k2 0 0

x +

0

1m2

0

0

F

y =[

0 0 1k1

0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 230

Modelos de sistemas termicos

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 231

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 232

Elementos de 2 acessos

Tipos :

• Transformadores

• Inversores

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 233

Quadro de emprego de elementos de multiplos acessos

Mecanicotranslacao

(Alavanca)

Mecanicorotacao

(Redutor)(Bombas)

(Turbinas)Fluido

( )

Eletrico

(Transformadores)

(Solenoides)

(Motores)

(Geradores)

(Motores) (Embolos)

(Eletrohidrodinamica)

(Magnetohidrodinamica)

(Cremalheiras)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 234

Transformadorv1 v2

T

[

v1

i1

]

=

[

T 0

0 −1/T

][

v2

i2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 235

Inversoresv1 i2

G

[

v1

i1

]

=

[

0 G

−1/G 0

][

v2

i2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 236

Exemplo 11 Atuador hidraulico.

BombaRF IF

CF

A

pCF

b

k

m

y

pB

Sinal de entrada : pB (Pressao da bomba)

Sinal de saıda : ym (Posicao da massa)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 237

Ordem do sistema = Numero de elementos armazenadores de energia

independentes.

Neste exemplo : n = 4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 238

Grafo

IF

pB

pB

CF

pCRF

+

f2

G m b k

vmq1

Figura 22: Grafo orientado.

Equacoes dos Nos : qI = qR

qR = qC + q1

−F2 = Fm+Fb+Fk

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 239

Grafo

IF

pB

pB

CF

pCRF

+

f2

G m b k

vmq1

Equacoes das Malhas : pB = pI + pR + pC

pC = p1

vm = vb = vk

vm = v2

Inversor :

[

p1

q1

]

=

[

0 1/A

−A 0

][

v2

F2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 240

Obtencao da equacao de estado

Passo 1 : Escolher as variaveis de estado

x1 = pC (Pressao no embolo)

x2 = qI (Vazao na inertancia)

x3 = vm (Velocidade da massa)

x4 = Fk (Forca na mola)

Passo 2 : Escrever as equacoes dos elementos armazenadores de energia

em funcao dos estados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 241

Obtencao da equacao de estado

Fica como exercıcio...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 5

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 243

5 Linearizacao

Conteudo

1. Introducao

2. Exemplos

3. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 244

5.1 Introducao

Problema. A grande maioria dos sistemas/processos sao nao lineares .

⋆ Os sistemas NL sao de difıcil analise.

⋆ Existem muitas ferramentas (eficientes) para a analise de sistemas lineares.

Uma solucao : Linearizacao .

⋆ E o processo de se encontrar uma aproximacao linear para o comporta-

mento do sistema NL.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 245

Resultado chave :

Lyapunov mostrou (∼ 1890) que

se um modelo linear e valido e estavel nas vizinhancas de um ponto de equilıbrio,

entao ∃ uma regiao contendo esse equilıbrio em que o sistema NL e estavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 246

Fato.

Modelo linearestavel

Sistema NLestavel

Cuidado! Estabilidade local (dentro de uma vizinhanca).

A linearizacao pode eliminar amortecimento nao linear .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 247

Uma representacao geral para sistemas NL :

x = f(x, u)

Uma classe de sistema NLs de particular interesse e caracterizada pelo seguinte

modelo :

x = f(x) + g(x)u

⋆ Essa classe e dita affine em u .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 248

Definicao. Um sistema e dito autonomo se f(·) nao depende explicitamente

de t, i.e., se a dinamica do sistema e dada por

x = f(x)

Em outras palavras, u ≡ 0 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 249

Definicao. Um estado x e dito equilıbrio (ou ponto de equilıbrio)

do sistema sse

f(x) = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 250

Exemplo 1 Pendulo.

m

l

θ

EDO : Jθ + mlg sin θ = 0

Estado :

x1 = θ

x2 = θ

Eq. de estado :

x1 = x2

x2 = − 1

Jmlg sin(x1)

Equilıbrio :

x2 = 0

sin(x1) = 0 ⇒ x1 = ±nπ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 251

Metodo para linearizacao : Expansao em serie de Taylor em torno de x.

x = f(x) = f(x) +∂f

∂x

∣∣∣x=x

(x− x) +1

2!

∂2f

∂x2

∣∣∣x=x

(x− x)2 + · · ·

Truncando a expressao,

x = f(x) ∼= ∂f

∂x

∣∣∣x=x

(x− x)

Nota. Lembre-se que f(x) = 0 !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 252

Definindo-se

v = x− x ⇒ v = x

A =∂f

∂x

∣∣∣x=x

podemos escrever a equacao linearizada como

v = Av

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 253

Resultado mais geral

Dado o sistema NL : x = f(x, u)

Modelo linearizado : v = Av + Bw

onde

v = x− xA =

∂f

∂x

∣∣∣x=x,u=u

w = u− uB =

∂f

∂u

∣∣∣x=x,u=u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 254

Exemplo 2 Pendulo.

m

l

θ

EDO : Jθ + mlg sin θ = 0

Eq. de estado :

x1 = x2

x2 = − 1J mlg sin(x1)

Linearizacao em torno do ponto de equilıbrio x = 0 :

A =

[∂f1

x1

∂f1

x2∂f2

x1

∂f2

x2

]

x=0

=

[

0 1

−mlgJ 0

]

Portanto,

v =

[

0 1

−mlgJ 0

]

v

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 255

Exemplo 3 Pendulo com atrito.

EDO : Jθ + mlg sin θ + bθ = 0

Eq. de estado :

x1 = x2

x2 = −mlgJ sin(x1)− b

J x2 = −c1 sin(x1)− c2x2

Linearizacao em torno do ponto de equilıbrio x = 0 :

v =

[∂f1

x1

∂f1

x2∂f2

x1

∂f2

x2

]

x=0

v =

[

0 1

−c1 −c2

]

v

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 256

Linearizacao em torno do ponto de equilıbrio x = (π, 0) :

A =

[∂f1

x1

∂f1

x2∂f2

x1

∂f2

x2

]

x1=π,x2=0

=

[

0 1

c1 −c2

]

Portanto,

v =

[

0 1

c1 −c2

]

v

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 257

Exercıcio. Linearizar o sistema massa-mola nao linear abaixo

mx + k1x + k2x3 = 0

Ref.: (Slotine & Li 1991)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 6

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 259

6 Solucao da equacao de estado

Conteudo

1. Caso escalar

• Solucao homogenea

• Solucao geral

2. Caso com coeficientes matriciais

• Solucao homogenea

• Solucao geral

3. Exemplos

4. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 260

6.1 Caso escalar

Vamos iniciar recordando o metodo de solucao de uma EDO escalar.

Problema : Resolver a equacao

x(t) = ax(t) + bu(t)

onde a e b ∈ R.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 261

Solucao homogenea

Para u(t) ≡ 0 , tem-se

x(t) =dx

dt= ax(t)

⋆ A variavel dependente x(t) e a variavel independente t podem ser

separadas :

dx

x= a dt

⋆ A forma encontrada acima e dita integravel .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 262

Podemos integrar ambos os lados da equacao para obter

∫ x(t)

x(t0)

ξ=

∫ t

t0

a dτ

Apos integracao :

lnx(t)− lnx(t0) = a(t− t0)

ou melhor

lnx(t)

x(t0)= a(t− t0)

Usando a relacao eln x = x, explicitamos a solucao homogenea

x(t) = ea(t−t0)x(t0)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 263

Solucao nao homogenea

Para u(t) 6≡ 0,

x(t) = ax(t) + bu(t)

⋆ Para aplicar o mesmo metodo de solucao anterior, e necessario reduzir a

equacao a uma forma integravel.

⋆ Na equacao acima as variaveis x(t) e t nao sao facilmente separadas.

⋆ Procedimento mais elaborado ...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 264

Passo 1 Multiplicamos a equacao pela variavel auxiliar k(t),

k(t) x− k(t) ax = k(t) bu

Passo 2 De modo a tornar o lado esquerdo da equacao uma diferencial exata ,

escolhemos k(t) tal que

k(t) = −ak(t)

A solucao, ja visto acima, e dada por

k(t) = e−a(t−t0)k(t0)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 265

Desse modo obtemos

kx + kx = k bu

a qual pode ser reescrita na forma

d

dt[kx] = k bu

Separando as variaveis,

d[kx] = k bu dt

⋆ Esta e a forma integravel procurada.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 266

Integrando ambos os lados,

∫ k(t)x(t)

k(t0)x(t0)

dξ =

∫ t

t0

k(τ) bu(τ) dτ

Resultado:

k(t)x(t)− k(t0)x(t0) =

∫ t

t0

k(τ) bu(τ) dτ

Explicitando x(t), tem-se

x(t) =k(t0)

k(t)x(t0) +

∫ t

t0

k(τ)

k(t)bu(τ) dτ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 267

Como

k(t) = e−a(t−t0)k(t0)

tem-se que

k(t0)

k(t)=

k(t0)

e−a(t−t0)k(t0)= ea(t−t0)

k(τ)

k(t)=

e−a(τ−t0)k(t0)

e−a(t−t0)k(t0)= e−a(τ−t0−t+t0) = ea(t−τ)

Substituindo as expressoes acima, obtem-se a solucao geral

x(t) = ea(t−t0)x(t0) +

∫ t

t0

ea(t−τ) bu(τ) dτ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 268

6.2 Caso com coeficientes matriciais

Para simplificar a apresentacao desse caso, vamos considerar inicialmente o

seguinte exemplo com apenas 2 EDO’s

x1 = 4x1 − 5x2 , x1(0) = 8

x2 = 2x1 − 3x2 , x2(0) = 5

Fazendo

x =

[

x1

x2

]

, A =

[

4 −5

2 −3

]

e x0 =

[

8

5

]

o sistema de equacoes acima pode ser reescrito na forma matricial

x = Ax , x(0) = x0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 269

Solucao homogenea

⋆ A solucao do caso escalar x = ax e uma funcao exponencial x(t) = eatx0.

Hipotese: A equacao x = Ax tem solucao com a mesma forma exponencial

x1(t) = eλty

x2(t) = eλtz

ou melhor

x(t) = eλtv onde v =

[

y

z

]

Proximo passo : Encontrar valores de λ, y e z tais que a equacao x = Ax seja

satisfeita.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 270

Substituindo-se x1(t) e x2(t) nas respectivas equacoes diferenciais, tem-se

λeλty = 4eλty − 5eλtz

λeλtz = 2eλty − 3eλtz

Apos cancelar o termo eλt, resta o sistema de equacoes nao-lineares

4y − 5z = λy

2y − 3z = λz

Ou melhor,

Av = λv⋆ λ e chamado autovalor de A

⋆ v e o autovetor associado

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 271

Podemos reescrever a equacao anterior como

(A− λI)v = 0

Importante :

⋆ v pertence ao subespaco nulo de (A− λI) (i.e., v ∈ N (A− λI) ).

⋆ Estamos interessados somente em solucoes nao triviais v 6= 0.

⋆ λ e tal que (A− λI) tem um espaco nulo.

⋆ A solucao λ procurada e tal que (A− λI) seja singular .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 272

Fato. λ e autovalor de A ⇔ det(A− λI) = 0 .

⋆ p(λ) = det(A− λI) e denominado polinomio caracterıstico de A.

⋆ A equacao p(λ) = 0 e denominada equacao caracterıstica de A.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 273

⋆ Os autovalores sao uma das caracterısticas mais importantes dos sistemas

dinamicos.

Propriedades:

1.

n∑

i=1

λi =

n∑

i=1

aii = traco(A),

2.n∏

i=1

λi = det(A).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 274

Fato. A cada autovalor λi distinto corresponde um autovetor vi tal que

Avi = λivi

No caso da matriz A do exemplo em questao ( 2× 2 ) :

Av1 = λ1v1

Av2 = λ2v2

Estas equacoes podem ser reescritas na forma matricial

A[

v1 v2

]

=[

v1 v2

][

λ1 0

0 λ2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 275

Definindo-se a matriz de autovetores

V =[

v1 v2

]

e a matriz diagonal dos autovalores

Λ =

[

λ1 0

0 λ2

]

obtemos

AV = V Λ ⇒ A = V ΛV −1 Λ = V −1AV

⋆ A transformacao linear que diagonaliza a matriz A e dada pela matriz V .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 276

Retornando ao exemplo

A =

[

4 −5

2 −3

]

A− λI =

[

4− λ −5

2 −3− λ

]

p(λ) = det(A− λI) = λ2 − λ− 2

p(λ) = 0 ⇒

λ1 = −1

λ2 = 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 277

⋆ Os autovalores sao distintos , portanto podemos determinar

2 autovetores l.i. (linearmente independentes).

Para λ1 = −1 :

(A− λ1I)v1 =

[

5 −5

2 −2

]

v1 =

[

0

0

]

⇒ v1 =

[

1

1

]

Para λ2 = 2 :

(A− λ2I)v2 =

[

2 −5

2 −5

]

v2 =

[

0

0

]

⇒ v2 =

[

5

2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 278

Importante:

⋆ Os autovetores nao sao unicos .

⋆ Qualquer valor v ∈ N (A−λI) e um autovetor de A associado ao autovalor

λ.

⋆ E usual escolher autovetores normalizados , por exemplo, com um dos ele-

mentos igual a 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 279

v1

v2

1 5

1

2

2 3 4

Figura 23: Interpretacao geometrica de autovetor.

⋆ Um autovetor define uma reta passando pela origem ( subespaco ).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 280

Substituindo os valores de λi e v1 calculados, tem-se

x = eλ1tv1 = e−t

[

1

1

]

x = eλ2tv2 = e2t

[

5

2

]

Princıpio da superposicao: Qualquer combinacao linear das solucoes acima

tambem e uma solucao do problema.

Portanto,

x = c1eλ1tv1 + c2e

λ2tv2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 281

As constantes c1 e c2 sao determinadas a partir das condicoes iniciais .

Fazendo t = 0 nas equacoes,

x(0) = c1v1 + c2v2 = x0 ⇒[

1 5

1 2

][

c1

c2

]

=

[

8

5

]

Solucao do sistema de equacoes lineares acima :[

c1

c2

]

=

[

3

1

]

⋆ Note que x(0) = V

[

c1

c2

]

= x0 ⇒ c = V −1x0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 282

Portanto, a solucao homogenea da equacao diferencial dada e

x = 3e−t

[

1

1

]

+ e2t

[

5

2

]

ou ainda

x1(t) = 3e−t + 5e2t

x2(t) = 3e−t + 2e2t

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 283

Proximo passo : Utilizar notacao matricial .

⋆ Notacao mais compacta para a solucao.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 284

Observamos que a solucao homogenea

x = c1eλ1tv1 + c2e

λ2tv2

pode ser escrita como

x =[

v1 v2

][

eλ1t 0

0 eλ2t

][

c1

c2

]

Relacao fundamental : eΛt :=

[

eλ1t 0

0 eλ2t

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 285

Portanto, a solucao homogenea pode ser expressa como

x = V eΛtc

onde V =[

v1 v2

]

e c =[

c1 c2

]T

.

⋆ c e tal que x(0) = V c = x0 ⇒ c = V −1x0

Resultado: a solucao homogenea de x = Ax e

x(t) = V eΛtV −1x0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 286

Vamos agora introduzir formalmente a definicao de exponencial matricial .

Definicao. (Exponencial matricial)

eAt = I + At +(At)2

2!+

(At)3

3!+ · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 287

Propriedades :

1. eAt tem inversa ∀t

2. eAseAt = eA(s+t)

3. eAte−At = I

4.d

dteAt = AeAt

5. eAteBt = e(A+B)t, so se AB = BA

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 288

Usando a definicao e as propriedades acima, tambem podemos verificar que:

1. Relacao fundamental

eΛt =

1 + λ1t +

(λ1t)2

2!+ · · · 0

0 1 + λ2t +(λ2t)2

2!+ · · ·

=

[

eλ1t 0

0 eλ2t

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 289

2. Solucao homogenea

x(t) = eAtx0

e solucao da equacao x = Ax.

Prova. Pela propriedade (4),

x = AeAtx0 = Ax

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 290

3. Relacao fundamental

eAt = V eΛtV −1

Prova.

eAt = I + At +(At)2

2!+ · · ·

= I + V ΛV −1t +(V ΛV −1t)2

2!+ · · ·

= V

(

I + Λt +(Λt)2

2!+ · · ·

)

V −1

= V eΛtV −1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 291

4. Solucao homogenea

A solucao do problema

x = Ax , x(0) = x0

e dada por

x(t) = V eΛtV −1x0 = eAtx0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 292

Solucao nao homogenea

A solucao geral do problema : x = Ax + Bu , x(t0) = x0

e dada pela formula : x(t) = eA(t−t0)x0 +

∫ t

t0

eA(t−τ)Bu(τ)dτ

⋆ O metodo para se chegar a essa solucao e semelhante ao que foi empregado

no caso escalar.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 293

A variavel auxiliar nesse caso e uma matriz K(t) tal que

K(t) = −K(t)A

cuja solucao e

KT (t) = e−(t−t0)AT

KT (t0)

Prova. Pode-se verificar que a solucao K(t) satisfaz a equacao diferencial :

KT (t) = −AT e−(t−t0)AT

KT (t0)

= −AT KT (t)

isto e,

K(t) = −K(t)A

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 294

Importante:

EDO : x = Ax + Bu

⋆ A escolha de K(t) anterior permite reduzir a EDO a uma forma integravel .

⋆ E usual na literatura, expressar a solucao da EDO em termos da

matriz de transicao de estado

Φ(t) = eAt

isto e : x(t) = Φ(t− t0)x0 +

∫ t

t0

Φ(t− τ)Bu(τ)dτ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 295

Esta na hora de fazer uma pequena revisao de ...

Algebra Linear : Bloco de Jordan

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 296

6.3 Exemplos

Vamos considerar 4 casos :

• Autovalores reais distintos

• Autovalores reais repetidos

• Autovalores imaginarios

• Autovalores complexos

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 297

Exemplo 1 Calcular eAt para a matriz

A =

[

1 2

0 −1

]

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 298

Exemplo 2 Calcular eAt para a matriz

A =

[

1 1

0 1

]

Basta aplicar a definicao

eAt = I + At +(At)2

2!+ · · ·

=

[

1 0

0 1

]

+

[

t t

0 t

]

+1

2

[

t2 2t2

0 t2

]

+ · · ·

=

[

1 + t + 12 t2 + · · · t + t2 + · · ·0 1 + t + 1

2 t2 + · · ·

]

=

[

et tet

0 et

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 299

Exemplo 3 Calcular eAt para a matriz

A =

1 1 0

0 1 1

0 0 1

Idem. Aplicando a definicao

eAt = I + At +(At)2

2!+ ...

Solucao :

eAt =

et tet 12 t2et

0 et tet

0 0 et

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 300

Exemplo 4 Calcular eAt para a matriz

A =

[

0 1

−1 0

]

(Oscilador harmonico)

Determinacao dos autovalores :

det(A− λI

)= det

[

−λ 1

−1 −λ

]

= λ2 + 1

Portanto : λ = ±i

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 301

Determinacao dos autovetores associados :

(A− λ1I)v1 =

[

−i 1

−1 −i

]

v1 = 0 ⇒ v1 =

[

1

i

]

(A− λ2I)v2 =

[

i 1

−1 i

]

v2 = 0 ⇒ v2 =

[

1

−i

]

Nota. Como A esta na forma companheira , entao

vi =

[

1

λi

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 302

Portanto,

V =[

v1 v2

]

=

[

1 1

i −i

]

eΛt =

[

eit 0

0 e−it

]

=

[

cos t + i sin t 0

0 cos t− i sin t

]

Resultado :

eAt = V eΛtV −1

=

[

1 1

i −i

][

cos t + i sin t 0

0 cos t− i sin t

]

1

2

[

1 −i

1 i

]

=

[

cos t sin t

− sin t cos t

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 303

⋆ Note que :

A =

[

0 1

−1 0

]

eAt =

[

cos t sin t

− sin t cos t

]

= I cos t + A sin t (!!)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 304

Verificacao

Λ =

[

i 0

0 −i

]

eΛt =

[

eit 0

0 e−it

]

=

[

cos t + i sin t 0

0 cos t− i sin t

]

= I cos t + Λ sin t

eAt = V eΛtV −1

= V(

I cos t + Λ sin t)V −1

= I cos t + A sin t

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 305

Conclusao

eAt = I cos t + A sin t

⋆ Esta e a forma cartesiana com coeficientes matriciais !!

⋆ Nao e necessario calcular V !!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 306

Exercıcio. Calcular eAt para a matriz

A =

0 1 0 0

−1 0 0 0

0 0 0 −1

0 0 1 0

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 307

Exercıcio. Calcular eAt para a matriz

A =

0 1 1 0

−1 0 0 1

0 0 0 −1

0 0 1 0

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 308

Exercıcio. Calcular eAt para a matriz

A =

0 1 0 1

−1 0 0 0

0 0 0 −1

0 0 1 0

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 309

Exercıcio. Calcular eAt para a matriz

A =

[

0 ω

−ω 0

]

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 310

Exemplo 5 Calcular eAt para a matriz

A =

[

1 1

−1 1

]

(Oscilador nao amortecido)

Autovalores : λ = 1± i

Portanto :

Λ =

[

1 + i 0

0 1− i

]

eΛt =

[

e(1+i)t 0

0 e(1−i)t

]

= et

(

I cos t +

[

i 0

0 −i

]

sin t

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 311

Porem :

[

i 0

0 −i

]

= Λ− I

Portanto :

eAt = V eΛtV −1

= V et(I cos t + Λ sin t− I sin t

)

V −1

= et(I cos t + A sin t− I sin t

)

= et

[

cos t sin t

− sin t cos t

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 312

Exercıcio. Calcular eAt para a matriz

A =

[

−4 1

−2 1

]

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 313

Exercıcio. Calcular eAt para a matriz

A =

[

α β

−β α

]

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 314

Notas e referencias

⋆ A solucao do caso escalar foi tirada de ( William L. Brogan 1991), pag.

309.

⋆ O exemplo de 2a. ordem pode ser encontrado em (Strang 1988), pag. 243.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 7

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 316

7 Revisao: Algebra Linear

Conteudo

1. Espacos vetoriais

2. Independencia linear

3. Base e Span

4. Dimensao

5. Representacao

6. Norma de vetores

7. Ortonormalizacao

8. Sistema de equacoes lineares

9. Transformacoes de similaridade

10. Forma companheira

11. Bloco de Jordan

12. Funcoes de matrizes

13. Teorema de Cayley-Hamilton

14. Equacao de Lyapunov

15. Formas quadraticas

16. Inversao de matrizes

17. Algoritmo de Leverrier

18. Exemplos

19. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 317

7.1 Espacos vetoriais

Espacos vetoriais de interesse : Rn e Cn

Exemplo 1 Representacao por n-uplas.

R2 :

[

x1

x2

]

R3 :

x1

x2

x3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 318

Definicao. (valida para Rn e Cn)

Espaco vetorial (EV) e um conjunto de vetores com regras para

adicao de vetores e multiplicacao por escalar.

⋆ Operacoes possıveis :

• adicao de 2 vetores

• multiplicacao por escalar

Combinacao linear

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 319

Exemplo 2

• Espaco R∞.

• Espaco R2×2.

• Espaco de funcoes f(x), 0 ≤ x ≤ 1.

Nota. E necessario adotar uma convencao para representar R2×2 e f(x) na

forma de n-uplas .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 320

Definicao. (Subespaco)

Subespaco de um EV e um subconjunto nao vazio que satisfaz 2

exigencias :

(1) e fechado para a adicao

(2) e fechado para produto por escalar.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 321

Exemplo 3

• Plano em R3 passando pela origem.

• Linha em R3 passando pela origem.

• Origem : 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 322

7.2 Independencia linear

Definicao. (Independencia linear)

O conjunto de vetores v1, v2, · · · , vn e l.i sse

c1v1 + c2v2 + · · ·+ cnvn = 0 ⇒ ci = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 323

Exemplo 4

A =

1 3 3 2

2 6 9 5

−1 −3 3 0

l1

l2

l3c1 c2 c3 c4

c2 = 3c1 ⇒ 3c1 − c2 + 0c3 + 0c4 = 0 ⇒ c1 e c2 sao l.i.

c4 = c1 +1

3c3 ⇒ c1 + 0c2 −

1

3c3 + c4 = 0

l3 = 2l2 + 5l1 ⇒ −5l1 + 2l2 − l3 = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 324

Portanto, a matriz A possui

• 2 colunas l.i.

• 2 linhas l.i.

rank(A) = 2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 325

Teorema. (Fundamental da algebra linear)

Numero de colunas l.i. = Numero de linhas l.i.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 326

7.3 Base e Span

Definicao. (Span)

Se um EV consiste de todas as combinacoes lineares dos vetores

v1, v2, · · · , vn, entao estes vetores geram (span) o EV.

Definicao. (Base)

Uma base para um EV e um conjunto de vetores com 2 propriedades:

(1) o conjunto e l.i.

(2) o conjunto gera o EV.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 327

Exemplo 5

A =

1 3 3 2

0 0 3 1

0 0 0 0

Seja R(A) o EV gerado pelas colunas de A .

Base para R(A) :

1

0

0

,

3

3

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 328

7.4 Dimensao

Definicao. (Dimensao)

Dimensao de um EV e o maximo numero de vetores l.i.

pertencente ao espaco.

Fato. Quaisquer 2 bases para um EV contem o mesmo numero de vetores.

Este numero e a dimensao do EV .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 329

Exemplo 6

X1 =plano em R3 passando pela origem

Dim(X1) = 2.

X2 =linha em R3 passando pela origem

Dim(X2) = 1.

X3 =

origem

=0

Dim(X3) = 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 330

7.5 Representacao

A todo EV Rn associa-se uma base canonica ortonormal :

i1 =

1

0...

0

, i2 =

0

1...

0

, · · · , in =

0

0...

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 331

A representacao de um vetor x ∈ Rn na base canonica ortonormal e dada por :

x =

x1

x2

...

xn

= x1i1 + x2i2 + · · ·+ xnin =

1 0 · · · 0

0 1 · · · 0...

......

0 0 · · · 1

︸ ︷︷ ︸

base

x1

x2

...

xn

= I

x1

x2

...

xn

⋆ E uma representacao natural .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 332

Sejaq1, q2, · · · , qn

uma base para Rn.

Fato. ∀x ∈ Rn, ∃! conjuntoαi

tal que

x = α1q1 + α2q2 + · · ·+ αnqn

Podemos escrever :

x = α1q1 + α2q2 + · · ·+ αnqn =[

q1 q2 · · · qn

]

︸ ︷︷ ︸

Q

α1

α2

...

αn

︸ ︷︷ ︸

x

:= Qx

O vetor x e denominado representacao de x na baseq1, q2, · · · , qn

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 333

Exemplo 7 Vetor x =

[

1

3

]

∈ R2.

Base canonica ortonormal para R2 : i1, i2 =

[

1

0

]

,

[

0

1

]

Seja a base : q1, q2 =

[

3

1

]

,

[

2

2

]

A representacao de x na base i1, i2 e :

x =

[

1

3

]

= −1

[

3

1

]

+ 2

[

2

2

]

=[

q1 q2

][

−1

2

]

⇒ x =

[

−1

2

]

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 334

i1

i2 q1

q2

x

2 3

2

3

Figura 24: Representacao de x na base q1, q2.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 335

7.6 Norma de vetores

Definicao. (Norma)

Norma de x ∈ Rn e uma funcao, denotada por ||x||, com as

seguintes propriedades :

(1) ||x|| ≥ 0, ∀x ∈ Rn

(2) ||x|| = 0 ⇔ x = 0

(3) ||αx|| = |α| ||x||, ∀α ∈ R, ∀x ∈ Rn

(4) ||x1 + x2|| ≤ ||x1||+ ||x2||, ∀x1, x2 ∈ Rn

⋆ Norma e a generalizacao do conceito de distancia.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 336

Definicao. (Norma p)

Norma p : ||x||p :=

(n∑

i=1

|xi|)1/p

As normas mais usuais sao :

||x||1 :=

n∑

i=1

|xi| = |x1|+ |x2|+ · · ·+ |xn|

||x||2 :=√

xT x =(x2

1 + x22 + · · ·+ x2

n

)1/2

||x||∞ := maxi|xi|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 337

7.7 Ortonormalizacao

Definicao. (Vetor normalizado)

Um vetor x ∈ Rn e dito normalizado se

xT x = 1 .

Definicao. (Vetores ortogonais)

2 vetores x1, x2 ∈ Rn sao ortogonais se

xT1 x2 = xT

2 x1 = 0 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 338

Definicao. (Vetores ortonormais)

1 conjunto de vetores xi ∈ Rn e dito ortonormal se

xTi xj =

0 se i 6= j

1 se i = j

i.e., todos os vetores tem norma 1 e sao ortogonais entre si .

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 339

7.8 Sistema de equacoes lineares

Seja o sistema de equacoes lineares : Ax = b

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 340

7.9 Transformacao de similaridade

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 341

7.10 Forma companheira

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 342

7.11 Bloco de Jordan

Fato. Toda matriz quadrada n× n possui exatamente n autovalores.

Fato. A cada autovalor distinto λi corresponde um autovetor associado vi.

Problema. Autovalores repetidos.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 343

Problema. Autovalores repetidos.

⋆ E possıvel que uma matriz tenha um conjunto incompleto de autovetores .

⋆ Nao e possıvel determinar uma matriz de autovetores V tal que

A = V ΛV −1

Quer dizer, a matriz A pode nao ser diagonalizavel .

⋆ Para contornar essa situacao, introduz-se os blocos de Jordan

(generalizacao da forma diagonal).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 344

Um bloco de Jordan de ordem n , correspondente a um autovalor repetido com

multiplicidade n , tem a seguinte forma geral

J =

λ 1 0 0 · · · 0 0

0 λ 1 0 · · · 0 0

0 0 λ 1 · · · 0 0...

......

......

...

0 0 0 0 · · · λ 1

0 0 0 0 · · · 0 λ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 345

Exemplo 8 Uma matriz 4 × 4 com os 4 autovalores repetidos pode ser

similar a uma das seguintes formas de Jordan

J1 =

λ 1 0 0

0 λ 1 0

0 0 λ 1

0 0 0 λ

J2 =

λ 1 0 0

0 λ 0 0

0 0 λ 1

0 0 0 λ

J3 =

λ 0 0 0

0 λ 1 0

0 0 λ 1

0 0 0 λ

J4 =

λ 1 0 0

0 λ 1 0

0 0 λ 0

0 0 0 λ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 346

⋆ A matriz J1 e formada por 1 bloco de Jordan de 4a. ordem .

Nesse caso, existe um unico autovetor associado ao autovalor λ.

⋆ A matriz J2 e formada por 2 blocos de Jordan de 2a. ordem .

Nesse caso, existem 2 autovetores associados ao autovalor λ.

⋆ As matrizes J3 e J4 sao formadas por 1 bloco de Jordan de 1a. ordem e

1 bloco de Jordan de 3a. ordem .

Novamente, nesse caso, existem 2 autovetores associados ao autovalor λ.

A seguir vamos revisar, atraves de exemplos, o metodo de determinacao da forma

de Jordan de uma matriz.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 347

Exemplo 9 Seja a matriz

A =

[

1 2

0 1

]

Autovalores repetidos : λ1 = λ2 = 1.

Os autovetores associados sao obtidos resolvendo-se

(A− λI)v =

[

0 2

0 0

]

v = 0

Solucao unica : v1 =

[

1

0

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 348

Para se determinar um vetor v2 tal que

M =[

v1 v2

]

e

J = M−1AM

recorremos a utilizacao dos denominados autovetores generalizados .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 349

Definicao. (Autovetores generalizados)

Os autovetores generalizados gi associados ao autovalor λ

sao obtidos utilizando-se o seguinte procedimento

Av = λv (A− λI)v = 0

Ag1 = λg1 + v (A− λI)g1 = v

Ag2 = λg2 + g1 (A− λI)g2 = g1

......

Nota. Utilizando notacao matricial, podemos escrever

A[

v g1 g2

]

︸ ︷︷ ︸

M

= AM =[

λv λg1 + v λg2 + g1

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 350

ou melhor,

AM =[

λv λg1 + v λg2 + g1

]

=[

λv λg1 λg2

]

+[

0 v g1

]

=[

v g1 g2

]

︸ ︷︷ ︸

M

Λ +[

0 v g1

]

= MΛ +[

0 v g1

]

Porem,

[

0 v g1

]

=[

v g1 g2

]

︸ ︷︷ ︸

M

0 1 0

0 0 1

0 0 0

︸ ︷︷ ︸

J0

= MJ0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 351

Portanto,

AM = MΛ + MJ0

= M(Λ + J0)

= MJ

J = Λ + J0 A = MJM−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 352

Voltando ao exemplo...

Precisamos determinar um autovetor generalizado v2 a partir da equacao

(A− λI)v2 = v1

isto e,[

0 2

0 0

]

v2 =

[

1

0

]

⇒ v2 =

[

1

1/2

]

Nota. Sera que poderia ser

v2 =

[

0

1/2

]

?

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 353

Podemos agora verificar que a matriz M encontrada,

M =

[

1 1

0 1/2

]

tem a propriedade requerida :

J = M−1AM

= 2

[

1/2 −1

0 1

][

1 2

0 1

][

1 1

0 1/2

]

=

[

1 1

0 1

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 354

Exemplo 10 Considere agora a matriz

A =

1 1 0

0 1 0

0 0 1

⋆ Essa matriz ja se encontra na forma de Jordan.

⋆ O autovalor λ = 1 tem multiplicidade 3 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 355

Os autovetores associados sao obtidos resolvendo-se

(A− λI)v =

0 1 0

0 0 0

0 0 0

v = 0

⋆ 2 solucoes :

v1 =

1

0

0

e v2 =

0

0

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 356

Precisamos determinar apenas um autovetor generalizado v3,

(A− λI)v3 = v1

isto e,

0 1 0

0 0 0

0 0 0

v3 =

1

0

0

⇒ v3 =

0

1

0

⋆ Note que nao existe um autovetor generalizado associado a v2.

A equacao

(A− λI)v3 =

0 1 0

0 0 0

0 0 0

v3 =

0

0

1

= v2

nao tem solucao!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 357

Verificacao :

M =[

v1 v3 v2

]

=

1 0 0

0 1 0

0 0 1

Como era esperado!

Importante :

⋆ Observe a ordem dos autovetores na matriz M .

⋆ O autovetor generalizado v3 aparece logo apos o autovetor v1, que e o

autovetor ao qual esta associado e a partir do qual foi gerado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 358

Exemplo 11 (Questao da prova 1o. perıodo/2002)

Dada a matriz

A =

1 0 0 0

0 1 0 1

0 0 1 0

1 0 0 1

determine a transformacao de similaridade que a coloque na forma de Jordan.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 359

Solucao. A matriz dada esta na forma triangular por blocos

A =

1 0 0 0

0 1 0 1

0 0 1 0

1 0 0 1

Autovalores: λ = 1 com multiplicidade 4.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 360

Os autovetores associados sao obtidos resolvendo-se

(A− λI)v =

0 0 0 0

0 0 0 1

0 0 0 0

1 0 0 0

v = 0 .

Encontramos 2 autovetores

v1 =

0

1

0

0

e v2 =

0

0

1

0

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 361

Precisamos de 2 autovetores generalizados v3 e v4.

Vamos tentar obte-los a partir de v1 :

(A− λI)v3 = v1 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

0 0 0 0

1 0 0 0

v3 =

0

1

0

0

⇒ v3 =

0

0

0

1

(A− λI)v4 = v3 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

0 0 0 0

1 0 0 0

v4 =

0

0

0

1

⇒ v4 =

1

0

0

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 362

⋆ Nao existe autovetor generalizado associado a v2.

A equacao (A− λI)v3 = v2 nao tem solucao!

(A− λI)v3 = v2 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

0 0 0 0

1 0 0 0

v3 =

0

0

1

0

⇒ v3 =?

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 363

Portanto, a matriz pedida e:

M =[

v1 v3 v4 v2

]

=

0 0 1 0

1 0 0 0

0 0 0 1

0 1 0 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 364

Verificacao :

J = M−1

AM

=

266640 1 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

0 0 1 0

37775266641 0 0 0

0 1 0 1

0 0 1 0

1 0 0 1

37775266640 0 1 0

1 0 0 0

0 0 0 1

0 1 0 0

37775=

266640 1 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

0 0 1 037775266640 0 1 0

1 1 0 0

0 0 0 1

0 1 1 0

37775=

266641 1 0 0

0 1 1 0

0 0 1 0

0 0 0 1

37775Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 365

Exemplo 12 (Questao da prova 1o. perıodo/20023)

Dada a matriz

A =

1 0 0 0

0 1 0 1

1 0 1 0

1 0 0 1

determine a transformacao de similaridade que a coloque na forma de Jordan.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 366

Solucao. A matriz dada esta na forma triangular por blocos

A =

1 0 0 0

0 1 0 1

1 0 1 0

1 0 0 1

Autovalores: λ = 1 com multiplicidade 4 (basta uma simples inspecao !)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 367

Os autovetores associados sao obtidos resolvendo-se

(A− λI)v =

0 0 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

1 0 0 0

v = 0 .

Encontramos 2 autovetores

v1 =

0

1

0

0

e v2 =

0

0

1

0

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 368

Precisamos de 2 autovetores generalizados v3 e v4.

Vamos tentar obte-los a partir de v1 :

(A− λI)v3 = v1 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

1 0 0 0

v3 =

0

1

0

0

⇒ v3 =

0

0

0

1

(A− λI)v4 = v3 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

1 0 0 0

v4 =

0

0

0

1

⇒ v4 =

?

∗∗0

⋆ v4 nao pode ser derivado de v3 !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 369

Vamos tentar derivar v4 a partir de v2 :

(A− λI)v4 = v2 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

1 0 0 0

v4 =

0

0

1

0

⇒ v4 =

?

∗∗0

⋆ v4 tambem nao pode ser derivado de v2 !

Problema: Como obter v4 ?

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 370

Solucao: So resta escolher outro autovetor generalizado v3.

(A− λI)v3 = v1 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

1 0 0 0

v3 =

0

1

0

0

⇒ v3 =

0

0

1

1

(A− λI)v4 = v3 ⇒

0 0 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

1 0 0 0

v4 =

0

0

1

1

⇒ v4 =

1

0

0

0

⋆ Ok. Desta vez foi !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 371

Portanto, a matriz pedida e:

M =[

v1 v3 v4 v2

]

=

0 0 1 0

1 0 0 0

0 1 0 1

0 1 0 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 372

Verificacao :

J = M−1

AM

=

266640 1 0 0

0 0 0 1

1 0 0 0

0 0 1 −1

37775266641 0 0 0

0 1 0 1

1 0 1 0

1 0 0 1

37775266640 0 1 0

1 0 0 0

0 1 0 1

0 1 0 0

37775=

266640 1 0 1

1 0 0 1

1 0 0 0

0 0 1 −137775266640 0 1 0

1 0 0 0

0 1 0 1

0 1 0 0

37775=

266641 1 0 0

0 1 1 0

0 0 1 0

0 0 0 1

37775Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 373

7.12 Funcoes de matrizes

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 374

7.13 Teorema de Cayley-Hamilton

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 375

7.14 Equacao de Lyapunov

Equacao de Sysvester : AM + MB = C A ∈ Rn×n , B ∈ Rm×m .

Equacao de Lyapunov : AM + MAT = C

⋆ A equacao de Sylvester e linear em M .

⋆ Pode ser escrita na forma de um sistema de equacoes lineares.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 376

Exemplo 13

a11 a12 a13

a21 a22 a23

a31 a32 a33

m11 m12

m21 m22

m31 m32

+

m11 m12

m21 m22

m31 m32

[

b11 b12

b21 b22

]

=

c11 c12

c21 c22

c31 c32

A equacao acima pode ser escrita como :

A[

m1 m2

]

+[

m1 m2

][

b11 b12

b21 b22

]

=[

c1 c2

]

ou melhor :

Am1 + b11m1 + b21m2 = c1

b12m1 + b22m2 + Am2 = c2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 377

Rearranjando os termos :

(A + b11I

)m1 +

(b21I

)m2 = c1

(b12I

)m1 +

(A + b22I

)m2 = c2

Resultado : [

A + b11I b21I

b12I A + b22I

]

︸ ︷︷ ︸

A

[

m1

m2

]

=

[

c1

c2

]

A[

m1

m2

]

=

[

c1

c2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 378

Expandindo :2666666664a11 + b11 a12 a13 b21 0 0

a21 a22 + b11 a23 0 b21 0

a31 a32 a33 + b11 0 0 b21

b12 0 0 a11 + b22 a12 a13

0 b12 0 a21 a22 + b22 a23

0 0 b12 a31 a32 a33 + b22

37777777752666666664m11

m21

m31

m12

m22

m32

3777777775 =

2666666664c11

c21

c31

c12

c22

c32

3777777775

⋆ Sistema de n×m = 3× 2 = 6 equacoes.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 379

Fato. Os autovalores de A sao todas as possıveis somas dos autovalores de A

e de B.

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 380

7.15 Formas quadraticas e positividade

Definicao. (Matriz simetrica)

Uma matriz real M e dita simetrica se

M = MT

Definicao. (Forma quadratica)

Uma forma quadratica e uma funcao escalar

xT Mx , x ∈ Rn .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 381

Fato. Se M e simetrica, entao

x∗Mx ∈ R , ∀x ∈ Cn .

⋆ x∗ denota transposta conjugada .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 382

Prova.

(x∗Mx

)∗= x∗M∗x = xM∗x∗ = xMx∗

Portanto,

(x∗Mx

)∗= xMx∗ ⇒ x∗Mx ∈ R

⋆ x∗Mx e real para qualquer x complexo .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 383

Fato. Se M e simetrica, entao

λi(M) ∈ R

⋆ Em outras palavras, os autovalores de uma matriz real simetrica sao reais .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 384

Prova. v = autovetor

λ = autovalor

v∗Mv︸ ︷︷ ︸

∈R

= v∗λv = λ (v∗v)︸ ︷︷ ︸

∈R

Portanto,

λ ∈ R

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 385

Exemplo 14

M =

[

a b

b c

]

Equacao caracterıstica : P (λ) = λ2 − (a + c)λ + ac− b2 = 0

Condicao para raızes complexas :

∆ = (a + c)2 − 4(ac− b2)

= (a− c)2 + 4b2 < 0

Portanto, as raızes somente podem ser reais.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 386

Fato. Toda matriz real simetrica M pode ser diagonalizada por uma trans-

formacao de similaridade mesmo que tenha autovalores repetidos.

M ∈ Rn×n

M = MT

⇒ ∃Q∣∣ QMQ−1 = Λ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 387

Prova. Suponha que x seja um autovetor generalizado de M,

(M − λI

)v = 0 (autovetor)

(M − λI

)x = v (autovetor generalizado)

Note que,

(M − λI

)x = v

(M − λI

)2x =

(M − λI

)v = 0

Portanto, (

M − λI)2

x = 0(M − λI

)x 6= 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 388

Seja

[(M − λI

)x]T [(

M − λI)x]

= xT(MT − λI

)(M − λI

)x

= xT(M − λI

)2x

Usando(M − λI

)2x = 0 : xT

(M − λI

)2x = 0

Usando(M − λI

)x 6= 0 : xT

(M − λI

)2x 6= 0

⋆ Contradicao !

⋆ ∄x autovetor generalizado.

⋆ ∃Q∣∣ QMQ−1 = Λ.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 389

Definicao. (Matriz ortogonal)

Uma matriz A e ortogonal se

AT A = I ⇔ A−1 = AT

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 390

Exemplo 15 A ∈ R3×3

A =

−1/2√

2/2 1/2

−√

2/2 0 −√

2/2

1/2√

2/2 1/2

AT =

−1/2 −√

2/2 1/2√2/2 0

√2/2

1/2 −√

2/2 1/2

A−1 =

−1/2 −√

2/2 1/2√2/2 0

√2/2

1/2 −√

2/2 1/2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 391

Teorema. Para toda matriz simetrica M , ∃Q ortogonal tal que

QMQ−1 = Λ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 392

Prova. Nosso ponto de partida e a decomposicao espectral de M :

M = Q−1ΛQ

=(Q−1ΛQ

)

= QT Λ(QT)−1

Portanto, Q−1ΛQ = QT Λ(QT)−1

Λ = QQT Λ(QT)−1

Q−1

=(QQT

︸ ︷︷ ︸

I

)Λ(QQT

︸ ︷︷ ︸

I

)−1

⋆ A identidade acima somente e verificada para QT = Q−1 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 393

Definicao. (Definida positiva)

Uma matriz simetrica M e dita definida positiva se

xT Mx > 0 , ∀x 6= 0 .

⋆ xT Mx = 0 ⇒ x = 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 394

Definicao. (Semi-definida positiva)

Uma matriz simetrica M e dita semi-definida positiva se

xT Mx ≥ 0 , ∀x 6= 0 .

⋆ ∃x 6= 0∣∣ xT Mx = 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 395

Teorema. Uma matriz simetrica M e DP (SDP) sse uma das seguintes

condicoes e verificada :

1. λi

(M)

> 0 (≥ 0)

2. ∆i

(M)

> 0 (≥ 0)

3. ∃N ∈ Rn×n nao singular (∃N ∈ Rm×n) tal que M = NT N .

⋆ ∆i

(M)

sao os menores principais de M .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 396

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 397

Exemplo 16 A ∈ R2×2

A =

[

1 2

2 a

]

∆1 = 1

∆2 = a− 4

Condicao para positividade : a > 4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 398

Teorema. Uma matriz H ∈ Rm×n, m ≥ n, tem rank n sse

det(HT H

)6= 0

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 399

Exemplo 17 H ∈ R3×2 e rank(H) = 2.

H =

1 1

0 1

2 2

⇒ HT H =

[

1 0 2

1 1 2

]

1 1

0 1

2 2

=

[

5 5

5 6

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 400

Teorema. Uma matriz H ∈ Rm×n, m ≤ n, tem rank m sse

det(HHT

)6= 0

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 401

Exemplo 18 H ∈ R2×3 e rank(H) = 2.

H =

[

1 1 1

1 1 2

]

⇒ HHT =

[

1 1 1

1 1 2

]

1 1

1 1

1 2

=

[

3 4

4 6

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 402

7.16 Inversao de matrizes

Metodo de inversao de Shipley

⋆ Uma operacao chamada pivotagem e executada em cada elemento da

diagonal principal em qualquer ordem.

⋆ No instante da pivotagem, o elemento usado nao pode ser nulo .

⋆ Elementos nulos na diagonal devem ser “saltados” . So podem ser usa-

dos como pivos quando forem transformados em elementos nao nulos pelo

processo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 403

Algoritmo. As operacoes de pivotagem devem ser executadas uma unica vez

para cada elemento da diagonal.

(1) Todos os elementos que nao estejam na mesma linha ou coluna do pivo akk

sao modificados por:

a′ij = aij − aik

akj

akk

A =

aij aik

akj akk

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 404

(2) Os elementos da mesma linha do pivo akk sao substituıdos por:

a′kj = −akj

akk

(3) Os elementos da mesma coluna do pivo akk sao substituıdos por:

a′ik = − aik

akk

(4) O elemento pivo akk e substituıdo por:

a′kk = − 1

akk

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 405

⋆ O processo e repetido para todos os elementos da diagonal tomados em

qualquer ordem.

⋆ Terminado o processo, a matriz original e substituıda pela negativa da

inversa :

[a′

ij

]= −A−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 406

Exemplo 19

A =

7 4 2

5 3 1

3 2 2

Escolhemos 1o.pivo = a33 .

1a. pivotagem :

A1 =

4 2 −1

7/2 2 −1/2

−3/2 −1 −1/2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 407

Escolhemos 2o.pivo = a22 .

2a. pivotagem :

A2 =

1/2 −1 −1/2

−7/4 −1/2 1/4

1/4 1/2 −3/4

Finalmente, 3o.pivo = a11 .

3a. pivotagem :

A3 =

−2 2 1

7/2 −4 −3/2

−1/2 1 −1/2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 408

Resultado : A−1 = −A3 =

2 −2 −1

−7/2 4 3/2

1/2 −1 1/2

[Ref.] Homer & Brown,

Grandes sistemas eletricos,

LTC, 1975.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 409

7.17 Algoritmo de Leverrier

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 410

Exercıcio.

1. Encontre a forma de Jordan das seguintes matrizes

(a) A =

1 0 1

0 1 0

0 0 1

(b) A =

1 0 1 0

0 1 0 1

0 0 1 0

0 0 0 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 411

Exercıcio.

1. Verifique que para o bloco de Jordan

J =

λ 1 0

0 λ 1

0 0 λ

tem-se que

eJt =

eλt teλt 12 t2eλt

0 eλt teλt

0 0 eλt

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 8

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 413

8 Analise

Conteudo

1. Estabilidade

2. Controlabilidade

3. Observabilidade

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 414

8.1 Estabilidade

• Introducao

• Estabilidade entrada/saıda

– Definicoes: [Sinal limitado ] [Estabilidade BIBO ]

– Teoremas: [Estabilidade BIBO ] [Resposta em regime ] [FT BIBO ]

• Estabilidade interna

– Definicoes: [Ponto de equilıbrio ] [Estabilidade Lyapunov ]

– Teoremas: [Estabilidade marginal ] [Estabilidade assintotica ]

• Metodo de Lyapunov

– Teoremas: [E ] [EA ] [EAG ]

– Exemplos: [ 1 ] [ 2 ]

– Teorema. Unicidade da solucao

– Exemplos: [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 415

Introducao

⋆ Estabilidade e uma propriedade fundamental para qualquer sistema.

Propriedade. A resposta de um SLIT pode ser decomposta como

Resposta de um SLIT

y(t)=

Resposta com

x(0) = 0+

Resposta com

u(t) ≡ 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 416

⋆ Podemos estudar a estabilidade de cada resposta separadamente:

Estabilidade BIBO → para resposta com x(0) = 0

Estabilidade marginal

Estabilidade assintotica

→ para resposta com u(t) ≡ 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 417

Estabilidade entrada/saıda

Modelo do SLIT : g(t) = resposta ao impulso.

SLIT

u(t)

x(0) = 0

y(t)

Figura 25: Resposta com estado nulo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 418

A resposta e dada pela convolucao :

y(t) =

∫ t

0

g(t− τ)u(τ)dτ

=

∫ t

0

u(t− τ)g(τ)dτ

⋆ g(t) = resposta ao impulso aplicado em t = 0 com x(0) = 0.

⋆ A convolucao e comutativa .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 419

Definicao. (Sinal limitado)

Um sinal z(t) e dito limitado ou bounded se existe uma

constante zm tal que

|z(t)| ≤ zm <∞ , ∀t ≥ 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 420

Definicao. (Estabilidade BIBO)

Um sistema e dito BIBO estavel se, para toda entrada limitada, a

saıda e limitada.

Nota. Lembrar que as c.i.’s sao nulas !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 421

Teorema. (BIBO estabilidade)

BIBO estabilidade ⇔ g(t) absolutamente integravel .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 422

Prova. ( ⇐ )

⋆ g(t) abs. integravel ⇒∫ ∞

0

|g(t)|dt ≤M <∞

y(t) =

∫ t

0

g(τ)u(t− τ)dτ ⇒ |y(t)| =∣∣∣∣

∫ t

0

g(τ)u(t− τ)dτ

∣∣∣∣

≤∫ t

0

|g(τ)| |u(t− τ)|︸ ︷︷ ︸

≤um

≤ um

∫ t

0

|g(τ)|dτ

︸ ︷︷ ︸

≤M

≤ um M <∞.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 423

Exercıcio. Provar ( ⇒ ).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 424

Fato. f(t) absolutamente integravel 6⇔ f(t)→ 0.

Fato. f(k) absolutamente somavel ⇒ f(k)→ 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 425

Exemplo 1

1 3

1

2

f

t

Figura 26: Funcao soluco.

Neste exemplo,

∫ ∞

0

|f(t)|dt ≤M <∞ , porem, f(t) 6→ 0 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 426

Exemplo 2 f → 0 6⇒ f converge

f(t) = sin(log(t)

)

f(t) =cos(log(t)

)

t(→ 0 para t→∞)

Ref.: (Slotine & Li 1991), pag. 124. MATLAB : Script exemplo4.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 427

Exemplo 3 f → 0 6⇐ f converge

f(t) = e−t sin(e2t)

(→ 0 para t→∞)

f(t) = −e−t sin(e2t)

+ 2et cos(e2t)

(→∞ para t→∞)

Ref.: (Slotine & Li 1991), pag. 124. MATLAB : Script exemplo4.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 428

:)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 429

Teorema. (Resposta em regime)

Se um sistema com resposta ao impulso g(t) e BIBO estavel,

entao :

(1) u(t) ≡ a ⇒ limt→∞

y(t) = G(0)a

(2) u(t) = sin (ω0t) ⇒ limt→∞

y(t) = |G(jω0)| sin(

ω0t + fase[G(jω0)

])

⋆ G(s) = L[g(t)

].

⋆ G(0) = ganho DC.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 430

Exercıcio. Provar.

Nota. Este e um resultado basico!

ejωt e uma autofuncao do sistema.

Ref. : Oppenheim & Schafer , 1989, pag. 39.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 431

Teorema. (Funcao de transferencia BIBO)

Um SLIT com funcao de transferencia G(s) e BIBO estavel

sse todos os polos de G(S) tem parte real negativa .

BIBO estavel ⇔ Repolos < 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 432

Exercıcio. Provar.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 433

Estabilidade interna

Seja o sistema com entrada u(t) ≡ 0 :

x = f(x) , f(0) = 0 .

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 434

Definicao. (Ponto de equilıbrio)

x e um ponto de equilıbrio de x = f(x) sse

f(x) = 0.

Nota. Tambem denominado ponto singular ou ponto crıtico .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 435

Definicao. (Estabilidade Lyapunov)

O ponto de equilıbrio x de x = f(x) e estavel no

sentido de Lyapunov se

∀ε > 0 ,

∃δ > 0 ,

tal que

∥∥x(0)− x

∥∥ < δ ⇒

∥∥x(t)− x

∥∥ < ε , ∀t > 0.

Nota. Raciocınio δ/ǫ.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 436

Exemplo 4 Oscilador harmonico

x =

[

a b

c −a

]

x

Equacao caracterıstica : s2 + ω2 = 0 , ω2 = −(a2 + bc)

Autovalores : λ1 =√

−(a2 + bc) ,

λ2 = −√

−(a2 + bc)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 437

⋆ Este sistema tem um unico equilıbrio x = 0.

⋆ Usando a definicao, verifica-se que x e estavel .

⋆ Neste caso, diz-se que o sistema e estavel .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 438

δ

ǫ

Figura 27: Plano de fase para a = 1 e bc = −4.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 439

−1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

Figura 28: Resultado de simulacao usando MATLAB. (Script: fig1.m )

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 440

Teorema. (Estabilidade marginal)

O sistema x = Ax e marginalmente estavel sse ∃λi(A) tal que

(1) Re(λi(A)

)= 0

(2) o bloco de Jordan associado e de 1a. ordem.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 441

Exemplo 5

x =

0 0 0

0 0 0

0 0 −1

x

⋆ A matriz A possui 3 autovalores : λ =0, 0, −1

.

⋆ Todos os autovalores sao simples ⇒ blocos de Jordan de 1a. ordem.

⋆ O sistema e marginalmente estavel .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 442

Exemplo 6

x =

0 1 0

0 0 0

0 0 −1

x

⋆ A matriz A possui 3 autovalores : λ =0, 0, −1

.

⋆ O autovalor 0 tem bloco de Jordan associado de 2a. ordem.

⋆ O sistema e instavel .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 443

Teorema. (Estabilidade assintotica)

O sistema x = Ax e assintoticamente estavel sse Re(λi(A)

)< 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 444

Prova. Para toda matriz A, ∃M tal que

˙x = Jx , J = M−1AM

A solucao e : x(t) = eJtx(0)

A matriz J e composta por blocos de Jordan de ordem i da forma

Ji =

λ 1 0

0 λ 1

0 0 λ

, (i = 3)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 445

Matriz eJit correspondente :

eJit =

eλt teλt 12 t2eλt

0 eλt teλt

0 0 eλt

Elementos de eJit limitados ⇒ x(t) limitado

Portanto,

⋆ Re(λ)

< 0 ⇒ estabilidade assintotica .

⋆ Re(λ)

= 0 e i = 1 ⇒ estabilidade marginal .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 446

Fato. Estabilidade assintotica ⇒ estabilidade BIBO.

Fato. Estabilidade assintotica : estabilidade BIBO.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 447

Metodo de Lyapunov

⋆ E um metodo geral para analise de estabilidade.

⋆ Aplica-se a sistemas contınuos e discretos.

⋆ Aplica-se a sistemas lineares e nao-lineares.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 448

Teorema. (Estabilidade)

O ponto de equilıbrio x e estavel (E) se existir uma funcao V (x) tal que

(1) V (x) e contınua em x

(2) V (0) = 0

(3) V (x) > 0

(4) V (x) ≤ 0

⋆ A funcao V (x) e denominada Funcao de Lyapunov .

⋆ A funcao V (·) satisfaz quase todas as propriedades de uma norma.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 449

Interpretacao.

⋆ V (x) pode ser vista como a distancia de x(t) do equilıbrio.

⋆ V (x) ≤ 0 assegura que essa distancia nao esta aumentando.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 450

Teorema. (Estabilidade assintotica)

Se

(4) V (x) < 0

entao a solucao e assintoticamente estavel (AE) .

Nota. V (x) < 0 assegura que a distancia esta diminuindo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 451

Problema. (Falta de homogeneidade)

x

V

Figura 29: Funcao de Lyapunov V (x) ≤ Vmax.

⋆ Neste caso pode-se ter x→∞ e V (x) ≤ Vmax .

⋆ V (x) nao acusa que x→∞!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 452

Problema.

x

V

Figura 30: Funcao de Lyapunov com inversao.

⋆ Neste exemplo x aumenta e V (x) decresce .

⋆ Nao basta ter V (x)→∞ para x→∞ !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 453

Teorema. (Estabilidade assintotica global)

Se

(5) V (x) > φ(||x||) > 0, φ(||x||)→∞ para x→∞,

entao a solucao e AE ∀x(0), i.e., globalmente AE (GAE) .

Nota. A estabilidade e um conceito local .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 454

Importante :

⋆ A dificuldade do metodo de Lyapunov e achar V (x).

⋆ No caso de sistemas lineares esta busca e relativamente mais simples.

Basta escolher uma forma quadratica em x.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 455

Exemplo 7 Considere o sistema de primeira ordem

x = ax

Escolhemos a funcao de Lyapunov : V (x) =x2

2

Derivando : V =∂V

∂x

dx

dt= xx = ax2

Portanto : condicao para E : a ≤ 0

condicao para EA : a < 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 456

Exemplo 8 Considere agora um sistema de ordem n

x = Ax

Escolhemos a funcao de Lyapunov : V (x) = xT Px , P = PT > 0

Derivando : V = xT Px + xT Px

= xT PAx + (Ax)T Px

= xT(PA + AT P

)

︸ ︷︷ ︸

−Q

x = −xT Q x

Portanto : condicao para E : Q = QT ≥ 0

condicao para EA : Q = QT > 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 457

Teorema. (Unicidade da solucao da equacao de Lyapunov)

Para o sistema x = Ax ,

Re(λi(A)

)< 0 ⇔

∀Q = QT > 0 ,

∃! P = PT > 0

tal que PA + AT P = −Q .

⋆ PA + AT P = −Q e denominada equacao de Lyapunov .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 458

Prova. ( ⇒ )

Equacao de Lyapunov : PA + AT P = −Q

Podemos escrever : eAT t[PA + AT P

]eAt = −eAT t

[Q]eAt

ou melhor :d

dt

[

eAT t P eAt]

= −eAT t Q eAt

Lembrete : d

dt

[eAt]

= AeAt

d

dt

[

eAT t]

=d

dt

[eAt]T

=[AeAt

]T= eAT tAT

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 459

Integrando ambos os lados :[

eAT t P eAt] ∣∣∣

0= −

∫ ∞

0

eAT t Q eAtdt

Se Re(λi(A)

)< 0 entao eAt = 0 para t =∞ .

Portanto : 0− P = −∫ ∞

0

eAT t Q eAtdt

ou melhor : P =

∫ ∞

0

eAT t Q eAtdt

⋆ Dadas A e Q, a formula acima fornece a matriz P correspondente.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 460

Vamos mostrar a unicidade por contradicao.

Suponha que existam 2 solucoes P1 e P2 :

P1A + AT P1 = −Q

P2A + AT P2 = −Q

⇒ (P1 − P2)A + AT (P1 − P2) = 0

Entao : eAT t[

(P1 − P2)A + AT (P1 − P2)]

eAt = 0

ou melhor :d

dt

[

eAT t (P1 − P2) eAt]

= 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 461

Integrando :[

eAT t (P1 − P2) eAt] ∣∣∣

0= 0

Como eAt = 0 para t =∞ , tem-se : 0− (P1 − P2) = 0

⋆ Quer dizer, P1 = P2 . A solucao e unica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 462

E facil ver que Q = QT ⇒ P = PT

De fato :

Q = QT ⇒ [eAT t Q eAt

]=[eAT t Q eAt

]T

e portanto

P =

∫ ∞

0

[eAT t Q eAt

]dt =

∫ ∞

0

[eAT t Q eAt

]Tdt = PT

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 463

Q = QT > 0 ⇒ Q = NT N , N nao-singular.

Portanto :

P =

∫ ∞

0

[eAT t Q eAt

]dt

xT Px =

∫ ∞

0

xT[eAT t NT N eAt

]x dt

=

∫ ∞

0

[NeAtx

]T [NeAtx

]dt

=

∫ ∞

0

∥∥NeAtx

∥∥

2

2dt

⋆ x 6= 0 ⇒ ∥∥NeAtx

∥∥ > 0 ⇒ xT Px > 0 ⇒ P = PT > 0 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 464

( ⇐ ) Seja λ um autovalor de A e v o autovetor associado :

Av = λv ⇒ v∗T AT = λ∗v∗T

Equacao de Lyapunov : PA + AT P = −Q

Podemos escrever : v∗T[PA + AT P

]v = −v∗T

[Q]v

ou melhor : −v∗T Q v =(v∗T AT

)

︸ ︷︷ ︸

λ∗v∗T

Pv + v∗T P(Av)

︸ ︷︷ ︸

λv

=(λ∗v∗T

)Pv + v∗T P

(λv)

=(λ∗ + λ

)v∗T Pv

= 2Re(λ)v∗T Pv

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 465

Se : P = PT > 0 e Q = QT > 0

entao : − v∗T Q v︸ ︷︷ ︸

>0

= 2Re(λ)v∗T Pv︸ ︷︷ ︸

>0

Portanto : Re(λ)

< 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 466

Exemplo 9 Para o sistema linear descrito por

x =

[

0 1

−3 −2

]

x ,

escolhemos a funcao de Lyapunov V (x) = xT Px , onde

P =

[

α 1

1 1

]

, α > 1 .

Encontre um valor de α que permita concluir a estabilidade assintotica do

sistema dado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 467

Solucao.

Equacao de Lyapunov : PA + AT P = −Q

Substituindo valores,

PA + AT P =

[

α 1

1 1

][

0 1

−3 −2

]

+

[

0 −3

1 −2

][

α 1

1 1

]

=

[

−6 α− 5

α− 5 −2

]

= −Q .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 468

Portanto :

Q =

[

6 5− α

5− α 2

]

.

Um valor de α que garante Q > 0 e : α = 5

Pelo lema de Sylvester , a condicao para a positividade de Q e

∆1 = q11 = 6 > 0

∆2 = det(Q) = −α2 + 10α− 13 > 0

Solucao : 5− 2√

3 < α < 5 + 2√

3 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 469

Exemplo 10 Analise a estabilidade do sistema

x =

[

0 1

−1 −1

]

x .

1. Utilize a expressao integral para a solucao P .

2. Ache e resolva o sistema de equacoes lineares correspondente a equacao de

Lyapunov. (Vide : [Revisao de algebra linear: Equacao de Lyapunov.]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 470

Solucao.

(1) Escolhendo Q = I , tem-se :

P =

∫ ∞

0

eAT t Q eAtdt

=

∫ ∞

0

eAT t eAtdt =

[

3/2 1/2

1/2 1

]

⋆ P = PT > 0 ⇒ o sistema e GAE .

Solucao via MATLAB : Script exemplo2.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 471

(2) Equacao de Lyapunov :

AT P + PA = −Q

Sistema de equacoes lineares equivalente :

[

AT + a11I a21I

a12I AT + a22I

]

︸ ︷︷ ︸

A

[

p1

p2

]

= −[

q1

q2

]

A[

p1

p2

]

= −[

q1

q2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 472

Para Q = I : A =

0 −1 −1 0

1 −1 0 −1

1 0 −1 −1

0 1 1 −2

,

[

q1

q2

]

=

1

0

0

1

Solucao :

[

p1

p2

]

= −A−1

1

0

0

1

=

1.5

0.5

0.5

1.0

⇒ P =

[

1.5 0.5

0.5 1.0

]

⋆ Mesmo resultado!

Solucao via MATLAB : Script exemplo5.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 473

Exemplo 11 Analise a estabilidade do sistema

x =

[

0 1

−1 0

]

x .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 474

Solucao.

Escolhendo Q = I , tem-se :

P =

∫ ∞

0

eAT t Q eAtdt

=

∫ ∞

0

eAT t eAtdt

=

∫ ∞

0

[

cos2(t) + sin2(t) 0

0 cos2(t) + sin2(t)

]

dt =

[

∞ 0

0 ∞

]

⋆ Este sistema e um oscilador harmonico. Nao e AE .

Solucao via MATLAB : Script exemplo3.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 475

Escolhendo P = I , tem-se :

V = xT(PA + AT P

)x

= xT(A + AT

)x

= xT

([

0 1

−1 0

]

+

[

0 −1

1 0

])

x = 0

⋆ Como V > 0 e V = 0 , concluı-se que o sistema e estavel .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 476

8.2 Controlabilidade (Co)

• Introducao

• Definicao de Co– Exemplos: [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]

• Criterios de controlabilidade

– Definicoes: [Matriz C ] [Matriz Wc ] [Matriz Gramiana ]

– Teorema

– Exemplos: [ 4 ] [ 5 ] [ 6 ] [ 7 ] [ 8 ]

• Forma canonica Co– Propriedade

– Teorema

– Transformacao para FC Co– Exemplos: [ 9 ]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 477

Introducao

SLIT :

x = Ax + Bu

y = Cx

⋆ Controlabilidade - Propriedade que diz quando o estado x(t) pode ser

“controlado” livremente atraves da entrada u(t).

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 478

Definicao de Co

Definicao. Um SLIT e dito controlavel se

∀x0 = x(0) , ∀x1 ,

∃u(t) tal que

x(tf ) = x1 , tf finito.

⋆ Tambem se diz que o par(A, B

)e Co .

⋆ O sinal u(t) nao e unico.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 479

Interpretacao

x0

x1

Figura 31: Interpretacao geometrica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 480

Definicao alternativa :

Definicao. Um SLIT e dito controlavel se

∀x0 = x(0) ,

∃u(t) tal que

x(tf ) = 0 , tf finito.

⋆ Nesta definicao, o estado final x1 foi transladado para a origem.

⋆ Basta uma transformacao de coordenadas.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 481

Nova interpretacao

x0

x1

Figura 32: Interpretacao geometrica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 482

Perolas

• E a propriedade que um sistema pode possuir de mudar sua resposta a

determinado “sinal” de entrada, proporcionalmente a variacao no valor de

algum de seus estados que devem possuir conexao fısica com alguma entrada

do sistema.

• Quando as condicoes iniciais pode ser alterado a depender do valor da entrada.

• Um sistema e dito controlavel se a entrada esta ligada a sua funcao.

• Um sistema e controlavel se em seus estados caracterısticos houverem

componentes da entrada (u).

• Controlabilidade e quando a saıda so depende da entrada u(t).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 483

Exemplo 12

C1 = 1F

+ −

R1 = 1Ω

x1

C2 = 1F

+ −

R2 = 1Ω

x2

u 2Ω y

+

u = corrente de entrada

y = tensao de saıda

x1 = tensao no capacitor C1

x2 = tensao no capacitor C2

⋆ Circuito aberto.

⋆ Tensao x2 nao pode ser controlada pela corrente u ⇒ SLIT Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 484

Exemplo 13

C = 1F

+ −x

u

y

+

−1Ω

1Ω+

u = tensao de entrada

y = tensao no resistor de 1Ω

x = tensao no capacitor

⋆ Neste caso, x(0) = 0 ⇒ x(t) = 0 , ∀t > 0.

⋆ O estado x e Co ⇒ SLIT Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 485

Exemplo 14

1F+

−u

x2

+

+

1F+

−x1

+

u = tensao de entrada

y = tensao no resistor de 1Ω

x1 = tensao no capacitor 1F

x2 = tensao no capacitor 1F

⋆ Neste caso, x1(0) = x2(0) = 0 ⇒ x1(t) = x2(t) , ∀t > 0.

⋆ SLIT Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 486

Criterios para Co

⋆ A aplicacao da definicao nao e muito pratica.

⋆ Vamos introduzir criterios algebricos .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 487

Definicao. (Matriz de controlabilidade)

C :=[

B AB A2B · · · An−1B]

⋆ SISO : dim[C]

= n× n

⋆ MIMO : dim[C]

= n× np

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 488

Definicao. (Matriz Wc(t))

Wc(t) =

∫ t

0

eAτBBT eAT τdτ

=

∫ t

0

eA(t−τ)BBT eAT (t−τ)dτ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 489

Definicao. (Matriz Gramiana)

Wc := Wc(∞) =

∫ ∞

0

eAτBBT eAT τdτ

⋆ dim[Wc

]= n× n

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 490

Teorema. As seguintes sentencas sao equivalentes :

(1) O par(A, B

)e Co .

(2) rank(C) = n .

(3) A matriz Wc(t) e nao singular ∀t > 0.

(4) rank([

A− λI B])

= n para todo autovalor λ de A.

(5) Re(λ(A)

)< 0 ⇒

∃! Wc = WTc > 0 (matriz gramiana)

tal que AWc + WcAT = −BBT .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 491

Prova. ( C. T. Chen 1999), p. 145

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 492

Fato. Se o par(A, B

)e Co , entao

u(t) = −BT eAT (t1−t)W−1c (t1)

[eAt1x0 − x1

]

transfere o estado x0 = x(0) para x1 = x(t1).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 493

Exemplo 15

x =

0 1 0 0

0 0 −1 0

0 0 0 1

0 0 5 0

x +

0

1

0

−2

u

y =[

1 0 0 0]

x

Para este sistema : C =[

B AB A2B A3B]

=

0 1 0 2

1 0 2 0

0 −2 0 −10

−2 0 −10 0

⋆ rank(C)

= 4 ⇒ Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 494

Exemplo 16

C1 = 1F

+ −

R1 = 1Ω

x1

C2 = 1F

+ −

R2 = 1Ω

x2

u 2Ω y

+

R1 = 1Ω (em paralelo com C1)

R2 = 1Ω (em paralelo com C2)

iR1, vR1 = corrente e tensao em R1

iR2, vR2 = corrente e tensao em R2

Lei dos nos :

iR1+ iC1

= u

iR2+ iC2

= 0Lei das malhas :

vR1+ x1 = 0

vR2+ x2 = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 495

Nos :

iC1= u− iR1

iC2= −iR2

Malhas :

vR1= −x1

vR2= −x2

Tensao em R1 :

vR1= R1iR1

⇒ vR1= iR1

Tensao em C1 :

x1 =1

C1iC1

=1

C1

(u− iR1

)=

1

C1

(u− vR1

) ⇒ x1 =1

C1

(u + x1

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 496

Nos :

iC1= u− iR1

iC2= −iR2

Malhas :

vR1= −x1

vR2= −x2

Tensao em R2 :

vR2= R2iR2

⇒ vR2= iR2

Tensao em C2 :

x2 =1

C2iC2

=1

C2

(− iR2

)=

1

C2

(− vR2

) ⇒ x2 =1

C2x2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 497

Nos :

iC1= u− iR1

iC2= −iR2

Malhas :

vR1= −x1

vR2= −x2

Tensao de saıda :

y = 2u− vR2⇒ y = x2 + 2u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 498

Equacao de estado para o circuito :

x =

[

1/C1 0

0 1/C2

]

x +

[

1/C1

0

]

u

y =[

0 1]

x +[

2]

u

Para este sistema : C =[

B AB]

=

[

1/C1

(1/C1

)2

0 0

]

⋆ rank(C)

= 1 ⇒ Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 499

1/C2

0 1x2x2

++

++

+

1/C1

1/C1

x1 yx1u

2

++

0

Figura 33: Diagrama de blocos do exemplo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 500

Diagrama geral

Co Ob

Co Ob

Co Ob

Co Ob

Figura 34: Decomposicao canonica de Kalman.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 501

Exemplo 17

C = 1F

+ −x

u

y

+

−1Ω

1Ω+

⋆ A corrente da fonte i nao circula pelo capacitor.

A fonte enxerga somente 2 resistores de 2Ω em paralelo.

Portanto : u =2 · 22 + 2

i ⇒ i = u

Componente de corrente devido a tensao u : i1 =1

2u

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 502

C = 1F

+ −x

u

y

+

−1Ω

1Ω+

⋆ A corrente do capacitor iC nao circula pela fonte.

O capacitor enxerga somente 2 resistores de 2Ω em paralelo.

Portanto : x =2 · 22 + 2

iC ⇒ iC = x

Componente de corrente devido a tensao x : i2 =1

2x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 503

Corrente total : i = i1 + i2 ⇒ i =1

2

(u + x

)

Tensao de saıda : y = Ri ⇒ y =1

2

(u + x

)

Tensao no capacitor :

x =1

CiC ⇒ x =

1

Cx

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 504

Equacao de estado para o circuito :

x =[

1/C]

x +[

0]

u

y =[

1/2]

x +[

1/2]

u

Para este sistema : C =[

B]

= 0

⋆ rank(C)

= 0 ⇒ Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 505

Exemplo 18 Seja o seguinte sistema multivariavel

x =

1 1 0 0

0 1 0 0

0 0 1 0

0 0 1 1

x +

0 0

0 1

0 0

1 0

u

y =

[

1 1 0 0

0 0 0 1

]

x

Verificar a controlabilidade desse sistema.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 506

Neste caso, n = 4, portanto

C =[

B AB A2B A3B]

=

0 0 0 1 0 2 0 3

0 1 0 1 0 1 0 1

0 0 0 0 0 0 0 0

1 0 1 0 1 0 1 0

Como a matriz C possui uma linha de zeros ⇒ rank(C) < 4

Conclusao: o sistema e incontrolavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 507

Solucao alternativa

Os autovalores da matriz A podem ser obtidos por inspecao:

λi = 1 .

Entao, podemos verificar a Co aplicando o criterio

(A, B

)Co ⇔ rank

([

A− λi I B])

= n , ∀λi(A).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 508

Para o sistema dado,

[

A− λI B]

=

0 1 0 0 0 0

0 0 0 0 0 1

0 0 0 0 0 0

0 0 1 0 1 0

.

Devido a linha de zeros ⇒ rank([

A− λI B])

< 4

Conclusao: o sistema e incontrolavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 509

Exemplo 19 Seja o seguinte sistema

x =

[

1 1

−2 −3

]

x +

[

0

1

]

u

y =[

1 0]

x

Condicao inicial : t0 = 0, x(t0) =

[

1

4

]

.

Condicao final : t1 = 5, x(t1) =

[

4

1

]

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 510

Calculo do sinal de controle usando Matlab :

u(t) = −BT eAT (t1−t)W−1c (t1)

[eAt1x0 − x1

]

= 41.29 e(−5+t) − 35.06 e(−10+2t)

(Script: exemplo6.m )

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 511

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

Figura 35: Evolucao do estado do sistema.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 512

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 50

2

4

6

8

10

12

14

Figura 36: Sinal de controle.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 513

Forma canonica Co

⋆ Ja vimos esta FC :

x =

0 1 0 · · · 0

0 0 1 · · · 0

0 0 0 · · · 0...

......

...

0 0 0 · · · 1

−a0 −a1 −a2 · · · −an−1

x +

0

0

0...

0

1

u

y =[

b0 b1 b2 · · · bn−1

]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 514

Propriedade. Toda equacao de estado na FC Co e Co.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 515

Verificacao Para um SLIT de 3a. ordem :

x =

0 1 0

0 0 1

−a0 −a1 −a2

x +

0

0

1

u

Tem-se : C =[

B AB A2B]

=

0 0 1

0 1 −a2

1 −a2 −a1 + a22

⋆ ∀ai , rank(C)

= 3 ⇒ Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 516

Transformacao de coordenadas

x = Ax + Bu

y = Cx

z = Az + Bu

y = Cz

z = Tx

Matrizes do SLIT transformado :

A = TAT−1

B = TB

C = CT−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 517

Teorema. A transformacao de coordenadas nao destroi a Co.

(A, B

)Co ⇔

(A, B

)Co

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 518

Exercıcio. Provar.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 519

Transformacao para FC Co

A matriz de controlabilidade do sistema transformado e :

C =[

B AB · · · An−1B]

=

[

TB TA T−1 T︸ ︷︷ ︸

I

B · · · TAn−1 T−1 T︸ ︷︷ ︸

I

B]

= T[

B AB · · · An−1B]

= TC

Portanto : T = CC−1 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 520

Exemplo 20

A =

1 1 1

0 1 1

0 0 1

, B =

1

0

1

C =[

1 0 0]

Tem-se : C =[

B AB A2B]

=

1 2 4

0 1 2

1 1 1

⋆ rank(C)

= 3 ⇒ Co .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 521

Pol. caracterıstico de A : p(λ) = det(sI −A

)

= (s− 1)3

= s3 − 3s2 + 3s− 1

Portanto : A =

0 1 0

0 0 1

1 −3 3

, B =

0

0

1

Tem-se : C =[

B AB A2B]

=

0 0 1

0 1 3

1 3 6

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 522

Portanto :

T = CC−1 =

0 0 1

0 1 3

1 3 6

1 2 4

0 1 2

1 1 1

−1

=

0 0 1

0 1 3

1 3 6

1 −2 0

−2 3 2

1 −1 −1

=

1 −1 −1

1 1 −1

1 1 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 523

Verificacao :

A = TAT−1 =

1 −1 −1

1 1 −1

1 1 0

1 1 1

0 1 1

0 0 1

1 −1 −1

1 1 −1

1 1 0

−1

=

1 0 −1

1 1 0

1 2 2

1 −1 −1

1 1 −1

1 1 0

−1

=

1 0 −1

1 1 0

1 2 2

1 −1 1

−1 1 0

1 −2 1

=

0 1 0

0 0 1

1 −3 3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 524

Verificacao :

B = TB =

1 −1 −1

1 1 −1

1 1 0

1

0

1

=

0

0

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 525

8.3 Observabilidade (Ob)

• Introducao

• Definicao de Ob

– Exemplos: [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]

• Criterios de observabilidade

– Definicoes: [Matriz O ] [Matriz Wo ] [Matriz Gramiana ]

– Teoremas: [Observabilidade ] [Dualidade ]

– Exemplos: [ 4 ] [ 5 ] [ 6 ]

• Forma canonica Ob

– Propriedade

– Teorema

– Transformacao para FC Ob

• Forma canonica de Kalman

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 526

Introducao

SLIT :

x = Ax + Bu

y = Cx

⋆ Observabilidade - Propriedade que diz quando o estado inicial x(0) pode

ser “reconstruıdo” a partir da saıda y(t).

⋆ E uma propriedade dual da controlabilidade.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 527

Definicao. (Observabilidade)

Um SLIT e dito observavel se

∃t1 > 0 finito tal que

o conhecimento de u(t) e y(t) no intervalo [0, t1] e suficiente para se

determinar unicamente a condicao inicial

x0 = x(0) .

⋆ Tambem se diz que o par(A, C

)e Ob .

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 528

Definicao alternativa :

Definicao. Um SLIT e observavel sse o estado inicial

∀x0 = x(0) ,

pode ser unicamente determinado a partir de y(t) no intervalo [0, t1]

t1 > 0 finito com

u(t) ≡ 0 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 529

Perolas

• E a propriedade que um sistema pode possuir de, em determinada saıda sua,

serem sentidos diretamente os efeitos causados por determinado estado

interno, sem a necessidade de ser possıvel a alteracao do “valor” deste estado

por acao externa ao sistema.

• Um sistema e dito observavel quando a saıda do sistema e condicao suficiente

para se prever a entrada do mesmo.

• Aplicado um sinal nulo na entrada e possıvel saber o sinal na saıda em estado

zero.

• Na observabilidade mudamos o controle na entrada para o controle na saıda.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 530

Exemplo 21

C1 = 1F

+ −

R1 = 1Ω

x1

C2 = 1F

+ −

R2 = 1Ω

x2

u 2Ω y

+

u = corrente de entrada

y = tensao de saıda

x1 = tensao no capacitor C1

x2 = tensao no capacitor C2

⋆ Tensao x1 nao aparece na saıda ⇒ SLIT Ob .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 531

Exemplo 22

C = 1F

+ −x

u

y

+

1Ω+

u = tensao de entrada

y = tensao de saıda

x = tensao no capacitor

⋆ Neste caso, u ≡ 0 ⇒ y(t) = 0 , ∀t > 0.

⋆ O estado x e Ob ⇒ SLIT Ob .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 532

Exemplo 23

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 533

Criterios para Ob

⋆ A aplicacao da definicao nao e muito pratica.

⋆ Vamos introduzir criterios algebricos .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 534

Definicao. (Matriz de observabilidade)

O :=

C

CA

CA2

...

CAn−1

⋆ SISO : dim[O]

= n× n

⋆ MIMO : dim[O]

= n× np

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 535

Definicao. (Matriz Wo(t))

Wo(t) =

∫ t

0

eAT τCT CeAτdτ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 536

Definicao. (Matriz Gramiana de observabilidade)

Wo := Wo(∞) =

∫ ∞

0

eAT τCT CeAτdτ

⋆ dim[Wo

]= n× n

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 537

Teorema. As seguintes sentencas sao equivalentes :

(1) O par(A, C

)e Ob .

(2) rank(O) = n .

(3) A matriz Wo(t) e nao singular ∀t > 0.

(4) rank

([

A− λI

C

])

= n para todo autovalor λ de A.

(5) Re(λ(A)

)< 0 ⇒

∃! Wo = WTo > 0 (matriz gramiana)

tal que AT Wo + WoA = −CT C .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 538

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 539

Fato. Se o par(A, C

)e Ob ,

entao x(0) = W−1o (t1)

∫ t1

0

eAT tCT Y (t)dt

onde Y (t) = y(t)− C

∫ t

0

eA(t−τ)Bu(τ)dτ .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 540

Teorema. (Dualidade)

(A, B

)e Co ⇔

(AT , BT

)e Ob

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 541

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 542

Exemplo 24

x =

0 1 0 0

0 0 −1 0

0 0 0 1

0 0 5 0

x +

0

1

0

−2

u

y =[

1 0 0 0]

x

Para este sistema : O =

C

CA

CA2

CA3

=

1 0 0 0

0 1 0 0

0 0 −1 0

0 0 0 1

⋆ rank(O)

= 4 ⇒ Ob .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 543

Exemplo 25

C1 = 1F

+ −

R1 = 1Ω

x1

C2 = 1F

+ −

R2 = 1Ω

x2

u 2Ω y

+

R1 = 1Ω (em paralelo com C1)

R2 = 1Ω (em paralelo com C2)

i1, v1 = corrente e tensao em R1

i2, v2 = corrente e tensao em R2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 544

Equacao de estado para o circuito :

x =

[

1/C1 0

0 1/C2

]

x +

[

1/C1

0

]

u

y =[

0 1]

x +[

2]

u

Para este sistema : O =

[

C

CA

]

=

[

0 1

0 1/C2

]

⋆ rank(O)

= 1 ⇒ Ob .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 545

1/C2

0 1x2x2

++

++

+

1/C1

1/C1

x1 yx1u

2

++

0

Figura 37: Diagrama de blocos do exemplo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 546

Diagrama geral

Co Ob

Co Ob

Co Ob

Co Ob

Figura 38: Decomposicao canonica de Kalman.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 547

Exemplo 26 Seja o seguinte sistema multivariavel

x =

1 1 0 0

0 1 0 0

0 0 1 0

0 0 1 1

x +

0 0

0 1

0 0

1 0

u

y =

[

1 1 0 0

0 0 0 1

]

x

Verifique a observabilidade desse sistema.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 548

Neste caso, n = 4, portanto

O =

C

CA

CA2

CA3

=

1 1 0 0

0 0 0 1

1 2 0 0

0 0 1 1

1 3 0 0

0 0 2 1

1 4 0 0

0 0 3 1

.

As 4 primeiras linhas de O sao lin. independentes ⇒ rank(O) = 4

Conclusao : O sistema e observavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 549

Solucao alternativa

Os autovalores da matriz A podem ser obtidos por inspecao:

λi = 1 .

Entao, podemos verificar a Ob aplicando o criterio

(A, C

)Ob ⇔ rank

([

A− λi I

C

])

= n , ∀λi(A).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 550

Para o sistema dado,

[

A− λI

C

]

=

0 1 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 1 0

1 1 0 0

0 0 0 1

As 4 1as. colunas sao lin. independentes ⇒ rank

([

A− λI

C

])

= 4

Conclusao: o sistema e observavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 551

Forma canonica Ob

⋆ Ja vimos esta FC :

x =

−an−1 1 0 · · · 0

−an−2 0 1 · · · 0...

......

...

−a1 0 0 · · · 1

−a0 0 0 · · · 0

x +

bn−1

bn−2

...

b1

b0

u

y =[

1 0 0 · · · 0]

x

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 552

Propriedade. Toda equacao de estado na FC Ob e Ob.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 553

Verificacao Para um SLIT de 3a. ordem :

x =

−a2 1 0

−a1 0 1

−a0 0 0

x +

b2

b1

b0

u

y =[

1 0 0]

x

Tem-se : O =

C

CA

CA2

=

1 0 0

−a2 1 0

a22 − a1 −a2 1

⋆ ∀ai , rank(O)

= 3 ⇒ Ob .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 554

Transformacao de coordenadas

x = Ax + Bu

y = Cx

z = Az + Bu

y = Cz

z = Tx

Matrizes do SLIT transformado :

A = TAT−1

B = TB

C = CT−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 555

Teorema. A transformacao de coordenadas nao destroi a Ob.

(A, C

)Ob ⇔

(A, C

)Ob

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 556

Exercıcio. Provar.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 557

Transformacao para FC Ob

A matriz de observabilidade do sistema transformado e :

O =

C

AC...

An−1C

=

CT−1

CT−1TAT−1

...

CT−1TAn−1T−1

=

C

CA...

CAn−1

T−1 = OT−1

Portanto : T = O−1O .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 558

Exemplo 27

A =

1 1 1

0 1 1

0 0 1

, B =

1

0

1

C =[

1 0 0]

Tem-se : O =

C

CA

CA2

=

1 0 0

1 1 1

1 2 3

⋆ rank(O)

= 3 ⇒ Ob .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 559

Pol. caracterıstico de A : p(λ) = det(sI −A

)

= (s− 1)3

= s3 − 3s2 + 3s− 1

Portanto : A =

3 1 0

−3 0 1

1 0 0

, C =

[

1 0 0]

Tem-se : O =

C

CA

CA2

=

1 0 0

3 1 0

6 3 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 560

Portanto :

T = O−1O =

1 0 0

3 1 0

6 3 1

−1

1 0 0

1 1 1

1 2 3

=

1 0 0

−3 1 0

3 −3 1

1 0 0

1 1 1

1 2 3

=

1 0 0

−2 1 1

1 −1 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 561

Verificacao :

A = TAT−1 =

1 0 0

−2 1 1

1 −1 0

1 1 1

0 1 1

0 0 1

1 0 0

−2 1 1

1 −1 0

−1

=

1 1 1

−2 −1 0

1 0 0

1 −1 −1

1 1 −1

1 1 0

−1

=

1 1 1

−2 −1 0

1 0 0

1 0 0

1 0 −1

1 1 1

=

3 1 0

−3 0 1

1 0 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 562

Verificacao :

C = CT−1 =[

1 0 0]

1 0 0

1 0 −1

1 1 1

=

[

1 0 0]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 563

Forma canonica de Kalman

Seja o SLIT :

x = Ax + Bu

y = Cx + Du

Hipotese : rank(C) = rank[

B AB · · · An−1B]

≤ n1 < n

⋆ Note que n1 < n .

⋆ O SLIT e incontrolavel !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 564

A partir de C montamos a matriz

P−1 =[

q1 q2 · · · qn1

∣∣∣ qn1+1 · · · qn

]

onde

• q1, q2, · · · , qn1sao quaisquer n1 colunas l.i. de C .

• qn1+1, · · · , qn sao colunas arbitrarias escolhidas tal que P−1 seja nao singular.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 565

Fato. Utilizando a transformacao de coordenadas

x = Px

o SLIT e transformado para a forma[

˙xC

˙xC

]

=

[

AC A12

0 AC

][

xC

xC

]

+

[

BC

0

]

u

y =[

CC CC

][

xC

xC

]

+ Du

onde

xC e o estado do subsistema controlavel

xC e o estado do subsistema incontrolavel

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 566

⋆ Note que

g(s) = C(sI −A)−1B + D

= C(sI − A)−1B + D

⋆ O modelo do subsistema controlavel e dado por :

˙xC = AC xC + BCu

y = CC xC + Du

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 567

Prova.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 568

Exemplo 28

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 569

Idem para um SLIT inobservavel.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 9

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 571

9 Solucao numerica de EDOs

Conteudo 1. Introducao

2. Metodos de Taylor

3. Metodos de Runge-Kutta

4. Metodos multipasso

5. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 572

9.1 Introducao

Problema Resolver numericamente a EDO

y = f(t, y)

com condicao inicial y(0).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 573

9.2 Metodos de Taylor

• Serie de Taylor

– Teorema. Expansao em serie de Taylor

• Metodo de Euler

– Interpretacao geometrica

– Erro de aproximacao

– Exemplos: [ 1 ] [ 2 ]

• Metodo de Euler-Cauchy

– Interpretacao geometrica

– Erro de aproximacao

– Exemplos: [ 3 ]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 574

Serie de Taylor

⋆ Esta classe de metodos e derivada a partir do truncamento da

expansao em serie de Taylor da funcao f(·).

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 575

Teorema. (Expansao em serie de Taylor)

Seja f(x) uma funcao continuamente diferenciavel em x no intervalo

(x− r, x + r), entao :

f(x + h) =

∞∑

n=0

hn

n!

dn

dxnf(x)

f(x + h) = f(x) + hd

dxf(x) +

h2

2!

d2

dx2f(x) + · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 576

Metodo de Euler

⋆ E o metodo mais simples de solucao.

Ideia. f(·) e constante durante o intervalo de integracao h.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 577

Expansao em serie de Taylor :

y(t + h) = y(t) + hy(t) +O(h2)

O metodo de Euler emprega somente os 2 primeiros termos da expansao.

Notacao : y(t + h)︸ ︷︷ ︸

yi+1

= y(t)︸︷︷︸

yi

+ h y(t)︸︷︷︸

f(ti,yi)

Aproximacao de Euler : yi+1 = yi + hf(ti, yi)Formula de

recorrencia

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 578

Interpretacao. f(·) e constante durante o intervalo h.

ti ti+1

yi

yi+1

f(ti, yi)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 579

Erro de aproximacao. O(h2)

Verificacao.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 580

Exemplo 1 Resolver numericamente a equacao

y = y + t

Condicao inicial : y(0) = 2

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 1]

Metodo : Euler .

Solucao analıtica : y = 3et − t− 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 581

Solucao

Aproximacao de Euler : yi+1 = yi + hf(ti, yi)

Iteracoes :

i = 0 , t1 = 0.5 : y1 = y0 + hf(t0, y0)

= 2 + 0.5(2 + 0)

= 3

i = 1 , t2 = 1.0 : y2 = y1 + hf(t1, y1)

= 3 + 0.5(3 + 0.5)

= 4.75

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 582

0.5

2

3

4.75

1.0

y

t

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 583

Solucao usando Matlab :

Euler Exata

i t y y

- 0 2 2

0 0.5 3 3.4462

1 1.0 4.75 6.1548

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 584

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.5)

Legenda :

Exata

Euler

Figura 39: Solucao usando Matlab. Script exemplo1a.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 585

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.1)

Legenda :

Exata

Euler

Figura 40: Solucao usando Matlab. Script exemplo1b.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 586

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.01)

Legenda :

Exata

Euler

Figura 41: Solucao usando Matlab. Script exemplo1c.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 587

Exemplo 2 Resolver numericamente a equacao de Van der Pol

x = y

y = −x + y − cy3

Contante : c = 1

Condicao inicial : x(0) = 1

y(0) = 1

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 1]

Metodo : Euler .

⋆ Esse sistema nao possui solucao analıtica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 588

Solucao Usando notacao vetorial :

z =

[

x

y

]

=

[

f1(t, x, y)

f2(t, x, y)

]

= f(t, z)

Aproximacao de Euler : zi+1 = zi + hf(ti, zi)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 589

Iteracoes :

t0 = 0 : z0 =

[

x0

y0

]

=

[

1

1

]

i = 0 , t1 = 0.5 : z1 = z0 + hf(t0, z0)

=

[

x0

y0

]

+ 0.5

[

y0

−x0 + y0 − y30

]

=

[

1

1

]

+ 0.5

[

1

−1 + 1− 1

]

=

[

1.5

0.5

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 590

Iteracoes :

i = 1 , t2 = 1.0 : z2 = z1 + hf(t1, z1)

=

[

x1

y1

]

+ 0.5

[

y1

−x1 + y1 − y31

]

=

[

1.5

0.5

]

+ 0.5

[

0.5

−1.5 + 0.5− 0.53

]

=

[

1.75

−0.0625

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 591

Resumo :

Euler “Exata”

i t x y x y

- 0 1 1 1 1

0 0.5 1.5 0.5 1.3836 0.5321

1 1.0 1.75 -0.0625 1.5046 -0.1006

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 592

1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

Legenda :

h = 0.5

h = 0.1

h = 0.01

Figura 42: Solucao usando Matlab. Script exemplo2a.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 593

Solucao no intervalo [0, 10] .

−2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

Legenda :

h = 0.5

h = 0.1

h = 0.01

Figura 43: Solucao usando Matlab. Script exemplo2b.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 594

Metodo de Euler-Cauchy

yi+1 = yi + hf(ti, yi) ( Atualizacao usando Euler )

yi+1 = yi + h2

[

f(ti, yi) + f(ti+1, yi+1)]

⋆ yi+1 e uma primeira estimativa de yi+1 usando Euler.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 595

Interpretacao

yi+1 = yi +h

2

[

f(ti, yi)︸ ︷︷ ︸

yi

+ f(ti+1, yi+1)︸ ︷︷ ︸

˙yi+1

]

Portanto :

yi+1 = yi + h

[

yi + ˙yi+1

2

]

[

yi + ˙yi+1

2

]

: Estimativa da velocidade media .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 596

Interpretacao geometrica.

ti ti+1

yi

yi+1

f(ti, yi)

f(ti+1, yi+1)f(ti,yi)+f(ti+1,yi+1)

2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 597

Erro de aproximacao. O(h3)

Verificacao.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 598

Exemplo 3 Resolver numericamente a equacao

y = y + t

Condicao inicial : y(0) = 2

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 1]

Metodo : Euler-Cauchy .

Solucao analıtica : y = 3et − t− 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 599

Solucao

Euler-Cauchy :yi+1 = yi + hf(ti, yi)

yi+1 = yi + h2

[

f(ti, yi) + f(ti+1, yi+1)]

Iteracoes :

i = 0 , t1 = 0.5 : y1 = y0 + hf(t0, y0)

= 2 + 0.5(2 + 0)

= 3

y1 = y0 +h

2

[

f(t0, y0) + f(t1, y1)]

= 2 + 0.25[(2 + 0) + (3 + 0.5)

]

= 3.375

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 600

Iteracoes :

i = 1 , t2 = 1.0 : y2 = y1 + hf(t1, y1)

= 3.375 + 0.5(3.375 + 0.5)

= 5.3125

y2 = y1 +h

2

[

f(t1, y1) + f(t2, y2)]

= 3.375 + 0.25[(3.375 + 0.5) + (5.3125 + 1.0)

]

= 5.9219

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 601

Resumo :

Euler Cauchy Exata

i t y y y

- 0 2 2 2

0 0.5 3 3.375 3.4462

1 1.0 4.75 5.9219 6.1548

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 602

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.5)

Legenda :

Exata

Euler-Cauchy

Euler

Figura 44: Solucao usando Matlab. Script exemplo3a.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 603

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.1)

Legenda :

Exata

Euler-Cauchy

Euler

Figura 45: Solucao usando Matlab. Script exemplo3b.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 604

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.01)

Legenda :

Exata

Euler-Cauchy

Euler

Figura 46: Solucao usando Matlab. Script exemplo3c.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 605

9.3 Metodos de Runge-Kutta

• Introducao

• Metodo Mid-point

– Interpretacao geometrica

– Exemplos: [ 1 ]

• Metodo de Runge-Kutta de 2a. ordem

• Metodo de Runge-Kutta classico

– Exemplos: [ 2 ] [ 3 ]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 606

Introducao

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 607

Metodo Mid-point

k1 = hf(ti, yi) (A)

k2 = hf(ti + 1

2h, yi + 12k1

)(B)

yi+1 = yi + k2

Nota. (A) : Incremento de y calculado por Euler.

(B) : Incremento de y calculado com f no ponto intermediario.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 608

Interpretacao geometrica.

ti ti+1

yi

yi+1

fi

k1

k2

fi

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 609

Exemplo 4 Resolver numericamente a equacao

y = y + t

Condicao inicial : y(0) = 2

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 1]

Metodo : Metodo Mid-point .

Solucao analıtica : y = 3et − t− 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 610

Solucao

Mid-point :

k1 = hf(ti, yi)

k2 = hf(ti + 1

2h, yi + 12k1

)

yi+1 = yi + k2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 611

Iteracoes :

i = 0 , t1 = 0.5 : k1 = hf(t0, y0)

= 0.5(2 + 0)

= 1

k2 = hf(t0 + 0.5h, y0 + 0.5k1)

= 0.5(2 + 0.5 + 0 + 0.25)

= 1.3750

y1 = y0 + k2

= 2 + 1.3750

= 3.3750

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 612

Iteracoes :

i = 1 , t2 = 1.0 : k1 = hf(t1, y1)

= 0.5(3.3750 + 0.5)

= 1.9375

k2 = hf(t1 + 0.5h, y1 + 0.5k1)

= 0.5(3.3750 + 0.5(1.9375) + 0.5 + 0.25)

= 2.5469

y2 = y1 + k2

= 3.3750 + 2.5469

= 5.9219

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 613

Resumo :

Euler Cauchy Mid-point Exata

i t y y y y

- 0 2 2 2 2

0 0.5 3 3.375 3.3750 3.4462

1 1.0 4.75 5.9219 5.9219 6.1548

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 614

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.5)

Legenda :

Exata

Mid-point

Euler

Figura 47: Solucao usando Matlab. Script exemplo4a.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 615

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.1)

Legenda :

Exata

Mid-point

Euler

Figura 48: Solucao usando Matlab. Script exemplo4b.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 616

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.01)

Legenda :

Exata

Mid-point

Euler

Figura 49: Solucao usando Matlab. Script exemplo4c.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 617

Metodo Runge-Kutta de 2a. ordem

Generalizacao do metodo Mid-point :

k1 = hf(ti, yi)

k2 = hf (ti + c2h, yi + a21k1)

yi+1 = yi + ω1k1 + ω2k2

Para derivar o metodo de Runge-Kutta de 2a. ordem, fazemos :

y(t + h) = y(t) + h[

ω1f(t, y)

+ ω2 f(t + c2h, y + a21k1

)

︸ ︷︷ ︸

Taylor

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 618

Expansao em serie de Taylor :

f(t + c2h, y + a21k1

)= f

(t, y)

+ c2h∂f

∂t

(t, y)

+ a21k1∂f

∂y

(t, y)

+ · · ·

Portanto :

y(t + h) = y(t) + hω1f + hω2f + ω2c2h2 ∂f

∂t+ ω2a21 k1

︸︷︷︸

hf

h∂f

∂y+ · · ·

= y(t) +(ω1 + ω2

)hf + h2

(

ω2c2∂f

∂t+ ω2a21

∂f

∂yf

)

+ · · ·

Comparando com a expansao em serie de Taylor de y(t + h) :

y(t + h) = y(t) + hf +h2

2

(∂f

∂t+

∂f

∂yf

)

+ · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 619

Tiramos :

ω1 + ω2 = 1

e

1

2

(∂f

∂t+

∂f

∂yf

)

= ω2c2∂f

∂t+ ω2a21

(f)∂f

∂y

Portanto :

ω2c2 =1

2, ω2a21 =

1

2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 620

Metodo Mid-point

ω1 = 0 , ω2 = 1 , c2 =1

2, a21 =

1

2

Metodo de Euler modificado

ω1 =1

2, ω2 =

1

2, c2 = 1 , a21 = 1

Metodo Heun

ω1 =1

4, ω2 =

3

4, c2 =

2

3, a21 =

2

3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 621

Metodo Runge-Kutta classico (4a. ordem)

k1 = hf(ti, yi

)(A)

k2 = hf(ti + 1

2h, yi + 12k1

)(B)

k3 = hf(ti + 1

2h, yi + 12k2

)(C)

k4 = hf(ti + h, yi + k3

)

yi+1 = yi + 16

(k1 + 2k2 + 2k3 + k4

)

Nota. (A) : Aproximacao por Euler.

(B) : Aproximacao usando inclinacao no mid-point.

(C) : Aproximacao refinada.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 622

Generalizacao :

k1 = hf(ti, yi

)

k2 = hf (ti + c2h, yi + a21k1)

k3 = hf (ti + c3h, yi + a31k1 + a32k2)

km = hf (ti + cmh, yi + am1k1 + a32k2 + · · ·+ am,m−1km−1)

...

yi+1 = yi + w1k1 + w2k2 + · · ·+ wmkm

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 623

Exemplo 5 Resolver numericamente a equacao

y = y + t

Condicao inicial : y(0) = 2

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 1]

Metodo : Runge-Kutta classico .

Solucao analıtica : y = 3et − t− 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 624

Solucao

Runge-Kutta :

k1 = hf(ti, yi

)

k2 = hf

(

ti +1

2h, yi +

1

2k1

)

k3 = hf

(

ti +1

2h, yi +

1

2k2

)

k4 = hf(ti + h, yi + k3

)

yi+1 = yi +1

6

(k1 + 2k2 + 2k3 + k4

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 625

Iteracoes :

i = 0 , t1 = 0.5 : k1 = hf(t0, y0)

= 0.5(2 + 0) = 1

k2 = hf(t0 + 0.5h, y0 + 0.5k1)

= 0.5(2 + 0.5 + 0 + 0.25) = 1.3750

k3 = hf(t0 + 0.5h, y0 + 0.5k2)

= 0.5(2 + 0.6875 + 0 + 0.25) = 1.4688

k4 = hf(t0 + h, y0 + k3)

= 0.5(2 + 1.4688 + 0 + 0.5) = 1.9844

y1 = y0 + (k1 + 2k2 + 2k3 + k4)/6

= 2 + (1 + 2(1.3750) + 2(1.4688) + 1.9844)/6

= 3.4453

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 626

Iteracoes :

i = 1 , t1 = 1.0 : k1 = hf(t1, y1)

= 0.5(3.4453 + 0.5) = 1.9727

k2 = hf(t1 + 0.5h, y1 + 0.5k1)

= 0.5(3.4453 + 0.5(1.9727) + 0.5 + 0.25) = 2.5908

k3 = hf(t1 + 0.5h, y1 + 0.5k2)

= 0.5(3.4453 + 0.5(2.5908) + 0.5 + 0.25) = 2.7454

k4 = hf(t1 + h, y1 + k3)

= 0.5(3.4453 + 2.7454 + 0.5 + 0.5) = 3.5953

y2 = y1 + (k1 + 2k2 + 2k3 + k4)/6

= 3.4453 + (1.9727 + 2(2.5908) + 2(2.7454) + 3.5953)/6

= 6.1520

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 627

Resumo :

Euler Cauchy Mid-point Runge-Kutta Exata

i t y y y y y

- 0 2 2 2 2 2

0 0.5 3 3.375 3.3750 3.4453 3.4462

1 1.0 4.75 5.9219 5.9219 6.1520 6.1548

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 628

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.5)

Legenda :

Exata

Runge-Kutta

Mid-point

Euler

Figura 50: Solucao usando Matlab. Script exemplo5a.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 629

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.1)

Legenda :

Exata

Runge-Kutta

Mid-point

Euler

Figura 51: Solucao usando Matlab. Script exemplo5b.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 630

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 12

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6

6.5

(h = 0.01)

Legenda :

Exata

Runge-Kutta

Mid-point

Euler

Figura 52: Solucao usando Matlab. Script exemplo5c.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 631

Exemplo 6 Resolver numericamente a equacao de Van der Pol

x = y

y = −x + y − cy3

Contante : c = 1

Condicao inicial : x(0) = 1

y(0) = 1

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 10]

Metodo : Runge-Kutta classico (4a. ordem)

⋆ Esse sistema nao possui solucao analıtica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 632

Solucao Usando notacao vetorial :

z =

[

x

y

]

=

[

f1(t, x, y)

f2(t, x, y)

]

= f(t, z)

Runge-Kutta :

k1 = hf(ti, zi

)

k2 = hf

(

ti +1

2h, zi +

1

2k1

)

k3 = hf

(

ti +1

2h, zi +

1

2k2

)

k4 = hf(ti + h, zi + k3

)

zi+1 = zi +1

6

(k1 + 2k2 + 2k3 + k4

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 633

Resumo :RK classico “Exata”

t x y x y

0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000

1 1.5046 -0.0981 1.5040 -0.1007

2 0.6645 -1.1878 0.6647 -1.2345

3 -0.4559 -0.9662 -0.4674 -0.9690

4 -1.1737 -0.3985 -1.1818 -0.3893

5 -0.9843 0.8774 -0.9779 0.8953

6 0.1121 1.0695 0.1262 1.0767

7 0.9936 0.6382 1.0055 0.6303

8 1.1987 -0.3901 1.1958 -0.4155

9 0.2588 -1.1304 0.2446 -1.1505

10 -0.7486 -0.8188 -0.7647 -0.8136

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 634

−1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

Legenda :

h = 0.5

h = 0.001

Figura 53: Solucao usando Matlab. Script exemplo6.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 635

9.4 Metodos multipassos

• Introducao

• Metodo de Adams-Bashforth

– Exemplos: [ 1 ] [ 2 ]

• Metodo de Adams-Moulton

– Exemplos: [ 3 ] [ 4 ]

• Metodo Preditor-corretor de 3a. ordem

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 636

Introducao

⋆ Os metodos estudados ate agora sao do tipo um passo .

Forma geral de um metodo de 2 passos :

yi+1 = a1yi + a2yi−1 + h[

b0f(ti+1, yi+1

)+ b1f

(ti, yi

)+ b2f

(ti−1, yi−1

)]

ou, usando notacao simplificada

yi+1 = a1yi + a2yi−1 + h[

b0fi+1 + b1fi + b2fi−1

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 637

Se b0 6= 0 → Metodo implıcito

yi+1 = a1yi + a2yi−1 + h[

b0fi+1 + b1fi + b2fi−1

]

⋆ Precisa de um procedimento iterativo para achar a solucao.

⋆ Possui propriedades interessantes que o tornam muito importante (e que

compensam a aparente desvantagem).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 638

Se b0 = 0 → Metodo explıcito

yi+1 = a1yi + a2yi−1 + h[

b1fi + b2fi−1

]

⋆ Possui uma desvantagem: instabilidade numerica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 639

⋆ Metodos multipassos requerem:

• Condicoes iniciais (usual).

• Inicializacao (p. ex. usando R-K.)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 640

Metodo de Adams-Bashforth

⋆ Metodo explıcito.

2 passos : yi+1 = yi +h

2

[

3fi − fi−1

]

Inicializacao : y0 : Condicao inicial

y1 : Calculado usando metodo R-K

⋆ Neste metodo :

a1 = 1 , a2 = 0 ,

b0 = 0 , b1 = 3/2 , b2 = −1/2 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 641

3 passos : yi+1 = yi +h

12

[

23fi − 16fi−1 + 5fi−2

]

4 passos : yi+1 = yi +h

24

[

55fi − 59fi−1 + 37fi−2 − 9fi−3

]

5 passos :

yi+1 = yi +h

720

[

1901fi − 2774fi−1 + 2616fi−2 − 1274fi−3 + 251fi−4

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 642

⋆ Vantagem: metodo explıcito.

⋆ Desvantagem: tem problemas de instabilidade numerica → h pequeno.

⋆ Principal utilidade: trabalhar em conjunto com um metodo implıcito.

⋆ Os coeficientes negativos no caso de 5a. ordem sao um indicacao de que o

metodo pode apresentar dificuldades numericas.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 643

Exemplo 7

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 644

Exemplo 8

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 645

Metodo de Adams-Moulton

⋆ Metodo implıcito.

2 passos : yi+1 = yi +h

12

[

5fi+1 + 8fi − fi−1

]

3 passos : yi+1 = yi +h

24

[

9fi+1 + 19fi − 5fi−1 + fi−2

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 646

⋆ Vantagem: nao tem problema de instabilidade numerica.

⋆ Desvantagem: metodo implıcito.

⋆ Os coeficientes sao menores.

⋆ Os erros de arredondamento sao menores.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 647

Exemplo 9

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 648

Exemplo 10

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 649

Metodo Preditor-corretor de 3a. ordem

⋆ Metodo explıcito : causal porem instavel.

⋆ Metodo implıcito : nao causal porem estavel.

Ideia : Fazer uma combinacao dos 2 metodos!

• O metodo explıcito e usado para estimar yi+1 (denotado por y∗i+1).

• y∗i+1 e usado no metodo implıcito para refinar (melhorar) o valor de yi+1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 650

Algoritmo Metodo Preditor-corretor de 3a.-ordem.

Inicializacao : y0 : Condicao inicial dada.

y1 : Calculado usando metodo tipo 1 passo.

y2 : Calculado usando metodo tipo 2 passos.

Para i = 2, 3, · · · : y∗i+1 = yi +

h

12

[

23fi − 16fi−1 + 5fi−2

]

f∗i+1 = f(ti+1, y

∗i+1)

yi+1 = yi +h

24

[

9f∗i+1 + 19fi − 5fi−1 + fi−2

]

⋆ O erro neste algoritmo e O(h4).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 651

Exercıcio. Resolva numericamente a equacao de Van der Pol utilizando um

metodo multipasso.

x = y

y = −x + y − cy3

Contante : c = 1

Condicao inicial : x(0) = 1

y(0) = 1

Intervalo de integracao : h = 0.5

Intervalo de solucao : [0, 10]

Metodo : Multipasso (3a. ordem)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 652

Exercıcio. Resolva numericamente a equacao

x = −sign(x)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 10

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 654

10 Sinais e sistemas discretos no tempo

Conteudo 1. Overview

2. Introducao

3. Sequencias

4. Sistemas discretos

5. Sistemas lineares invariantes no tempo

6. Propriedades de SDLITs

7. Equacoes a diferencas

8. Representacao no domınio da frequencia

9. Transformada de Fourier

10. Propriedades da transformada de Fourier

11. Teoremas da transformada de Fourier

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 655

10.1 Overview

Parte II - Sistemas discretos

Capıtulo 2

• Sinais discretos

• Sistemas discretos

• Sistema lineares

• Equacoes a diferencas

• Representacao no domınio da frequencia

• Transformada de Fourier

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 656

Capıtulo 3

• Amostragem de sinais contınuos

• Reconstrucao

• Filtro anti-aliasing

• Quantizacao

Capıtulo 4

• Transformada z

• Transformada z inversa

• Propriedades

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 657

Capıtulo 5

• Analise de SDLIT

Capıtulo 8

• Transformada discreta de Fourier

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 658

10.2 Introducao

Motivacao :

⋆ Facilidade de implementacao

⋆ Custo reduzido para aplicacoes simples

⋆ Existencia de elementos muito eficientes

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 659

Exemplo 1 (Diniz, Silva & Neto 2002, pag. 5)

Suponha que se deseja fazer a seguinte operacao com um sinal contınuo :

y(t) =cosh

[

ln(|x(t)|

)+ x3(t) + cos3

(√

|x(t)|)]

5x5(t) + ex(t) + tan(x(t)

)

Sinal de entrada . . . . . x(t)

Sinal de saıda . . . . . . . y(t)

⋆ Virtualmente, nao ha limites para a complexidade!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 660

Exemplo 2 Elementos eficientes

Processador : DSP TigerSharc da Analog Devices

Site : http://www.analog.com/processors/processors/tigersharc/

Caracterısticas : 500 MHz

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 661

Notacao :

Sinal analogico : xa(t)

Sequencia : x[n] = xa(nT ) , (−∞ < n <∞)

Intervalo de amostragem : T

Frequencia de amostragem : fs =1

T

Frequencia angular de amostragem : ωs = 2πfs =2π

T

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 662

Exemplo 3 Discretizacao.

0 1 2 3 4

x(t) : FuncaoSequencia : x[n]

⋆ x(t) : Funcao (sinal analogico)

x[n] : Sequencia

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 663

Exemplo 4 Digitalizacao.

0 1 2 3 4

⋆ x(t) : Funcao (sinal analogico)

x[n] : Sequencia

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 664

Importante :

⋆ A digitalizacao e uma operacao nao linear .

⋆ A discretizacao e uma digitalizacao com precisao infinita.

⋆ Neste curso consideraremos apenas sinais discretos de 1 dimensao .

⋆ O efeito da digitalizacao e avaliado via simulacao.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 665

Importante :

⋆ Sob certas condicoes, as representacoes contınua e discreta de um mesmo

sinal sao equivalentes .

⋆ Nem toda sequencia e obtida por discretizacao.

⋆ Existem diferencas fundamentais entre sistemas contınuos e discretos.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 666

10.3 Sequencias

⋆ Sinais discretos sao representados matematicamente como sequencias .

⋆ Cuidado : nao e correto assumir x[n] = 0 para n nao inteiro.

⋆ Vamos iniciar vendo algumas sequencias basicas importantes.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 667

Sequencias basicas

Pulso unitario : δ[n] =

0 , n 6= 0

1 , n = 0

−3 −2 −1 0 1 2 3 4

δ[n]1

⋆ Nao tem as complicacoes do impulso contınuo. Definicao simple e precisa .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 668

Fato. Toda sequencia x[n] pode ser expressa como a soma de pulsos

deslocados e escalados.

x[n] =∞∑

k=−∞

x[k] δ[n− k]

x[k] : escalar

δ[n− k] : sequencia

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 669

Exemplo 5

p[n]

−3 −2 −1 0 1

2

3 4

a−1

a1

a2

p[n] = a−1δ[n + 1] + a1δ[n− 1] + a2δ[n− 2]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 670

Sequencias basicas

Degrau unitario : u[n] =

1 , n ≥ 0

0 , n < 0

−3 −2 −1 0 1 2 3 4

u[n]1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 671

Fato. Relacao entre degrau e pulso unitarios :

u[n] =n∑

k=−∞

δ[k] (Acumulador)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 672

Sequencias basicas

Senoide : x[n] = A cos(ω0n + φ

)

, ∀n

A = amplitude

ω0 = frequencia (em radianos/s)

φ = fase

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 673

Sequencias basicas

Exponencial : x[n] = Aαn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 674

Sequencias basicas

Exponencial complexa : (|α| = 1)

x[n] = |A|ej(ω0n+φ

)

= |A| cos(ω0n + φ) + j|A| sin(ω0n + φ)

A = amplitude

ω0 = frequencia (em radianos/s)

φ = fase

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 675

Fato. Exponenciais complexas com frequencias (ω0 + 2πn) se confundem.

x[n] = Aej(ω0+2π

)n

= Aejω0n ej2πn︸ ︷︷ ︸

1

= Aejω0n

⋆ Somente precisamos considerar ω0 ∈ (−π, π] ou ω0 ∈ [0, 2π) .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 676

Exemplo 6 (Aliasing)

x0[n] = Aejω0n

x1[n] = Aej(ω0+2π)n

x2[n] = Aej(ω0+4π)n

A = 1

ω0 = 1.5

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 677

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

−1

−0.5

0

0.5

1

n

Figura 54: Parte real das sequencias x0[n], x1[n], x2[n].

Script exemplo06.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 678

Fato. A periodicidade de sinais discretos e diferente da de contınuos.

Sequencia periodica : x[n] = x[n + N ] , ∀n

Portanto, para uma senoide ser periodica :

A cos(ω0n + φ

)= A cos

(ω0n + ω0N + φ

)

⇒ ω0N = (2π)k Condicao para periodicidade

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 679

Exemplo 7 Sequencia periodica

x[n] = A cos

(3π

4n + φ

)

.

E periodica para N = 8 :

A cos

(3π

4n +

4N + φ

)

= A cos

(3π

4n +

48 + φ

)

= A cos

(3π

4n + 6π + φ

)

⋆3π

48 = 6π = multiplo inteiro de 2π .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 680

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

−0.5

0

0.5

1

n

x[n]

xa(t)

Figura 55: Sequencia periodica : x[n] = A cos(

3π4 n + φ

).

Script exemplo07.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 681

Exemplo 8 Sequencia nao periodica

x[n] = A cos

(9

4n + φ

)

.

A cos

(9

4n + φ

)

6= A cos

(9

4n +

9

4N + φ

)

⋆9

4N 6= (2π)k , ∀N , ∀k inteiros.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 682

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−1

−0.5

0

0.5

1

n

x[n]

xa(t)

Figura 56: Sequencia nao periodica : x[n] = A cos(

94n + φ

).

Script exemplo08.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 683

Fato. Altas frequencias x baixas frequencias.

Altas frequencias : ω0 proximo de (2π)k.

Baixas frequencias : ω0 proximo de (π + 2πk).

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 684

10.4 Sistemas discretos

Um sistema discreto e definido matematicamente como uma transformacao ou

operador :

y[n] = T

x[n]

y[n]x[n]

T

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 685

Exemplo 9 Media movel

Algoritmo da media movel :

y[n] =1

M1 + M2 + 1

M2∑

k=−M1

x[n− k]

Para M1 = 3 e M2 = 2 :

y[n] =1

3 + 2 + 1

2∑

k=−3

x[n− k]

=1

6

(

x[n + 3] + x[n + 2] + x[n + 1] + x[n] + x[n− 1] + x[n− 2])

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 686

Conside 2 sinais de entrada distintos :

y1[n] = T

x1[n]

y2[n] = T

x2[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 687

Propriedade (Aditividade)

T

x1[n] + x2[n]

= T

x1[n]

+ T

x2[n]

= y1[n] + y2[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 688

Propriedade (Homogeneidade)

T

axi[n]

= aT

xi[n]

= ayi[n]

Combinando-se estas 2 propriedade, tem-se o ...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 689

Princıpio da superposicao

T

a x1[n] + b x2[n]

= a y1[n] + b y2[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 690

Propriedade (Linearidade)

A classe de sistemas discretos que satisfaz o princıpio da superposicao e dito linear .

Notacao SDL : sistema discreto linear.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 691

Exemplo 10

Sistemas lineares :

y[n] = x[n− nd]

y[n] =1

M1 + M2 + 1

M2∑

k=−M1

x[n− k]

Sistemas nao-lineares :

y[n] = x2[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 692

Propriedade (Invariancia no tempo)

Um sistema e invariante no tempo se, ∀n0,

a entrada x1 = x[n− n0]

produz a saıda y1 = y[n− n0] .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 693

Exemplo 11 Compressor

y[n] = x[Mn] , −∞ < n <∞

M=2 ⇒ y[0] = x[0]

y[1] = x[2]

y[2] = x[4]

...

Este sistema e variante para M 6= 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 694

Verificacao

Sequencia de entrada atrasada :

x1[n] = x[n− n0]

Compressao de x1[n] :

y1[n] = x1[Mn]

= x[Mn− n0]

Porem, a sequencia de saıda atrasada e

y[n− n0] = x[M(n− n0)]

6= y1[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 695

Verificacao

Sequencia de entrada : x[n] =

a, b, c, d, e, · · ·

Compressao : y[n] = x[Mn] =

a, c, e, · · ·

Atraso : y[n− 1] = x[Mn− 1] =

0, a, c, e, · · ·

Sequencia atrasada : x1[n] = x[n− 1] =

0, a, b, c, d, e, · · ·

Compressao : y1[n] = x1[Mn] = x[M(n− 1)] =

0, b, d, · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 696

Propriedade (Causalidade)

Um sistema e causal se a sequencia de saıda no instante n0 so depende da

sequencia de entrada ate n0.

⋆ O sistema e nao antecipativo .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 697

Exemplo 12

Sistemas causais :

y[n] = x[n− nd] , nd ≥ 0

y[n] =1

M1 + M2 + 1

M2∑

k=−M1

x[n− k] , −M1 ≥ 0 e M2 ≥ 0

Sistemas nao-causais :

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 698

10.5 Sistemas lineares invariantes no tempo (SLIT)

Um SLIT pode ser completamente caracterizado pela sua resposta ao pulso .

Seja hk[n] a resposta do SL a δ[n− k] (pulso no instante k), i.e.,

hk[n] = T δ[n− k]

Entao :

y[n] = Tx[n] = T

∞∑

k=−∞

x[k] δ[n− k]

︸ ︷︷ ︸

x[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 699

Pelo princıpio da superposicao :

y[n] =

∞∑

k=−∞

x[k] T

δ[n− k]

︸ ︷︷ ︸

hk[n]

=

∞∑

k=−∞

x[k] hk[n]

Se o sistema for invariante,

T

δ[n− k]

= hk[n]

Entao a resposta do SLIT e :

y[n] =

∞∑

k=−∞

x[k] h[n− k] Somatorio de convolucao

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 700

⋆ Para se determinar a resposta de um SDLIT a qualquer entrada,

basta o conhecimento de sua resposta ao pulso unitario.

Notacao : y[n] = x[n] ∗ h[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 701

Exemplo 13 Somatorio de convolucao.

Sequencia de entrada : x[n] =· · · , 0, 1, 0, 2, 0, 0, −1, 0, · · ·

Resposta ao pulso : h[n] =· · · , 0, 0, 0, 1.5, 1, 0.5, 0, 0, · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 702

−10 −8 −6 −4 −2 0 2 4 6 8 10−3

−2

−1

0

1

2

3

n

x[n]

Figura 57: Sequencia de entrada.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 703

−10 −8 −6 −4 −2 0 2 4 6 8 10−3

−2

−1

0

1

2

3

n

h[n]

Figura 58: Resposta ao pulso.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 704

Calculo da sequencia de saıda:

y[n] =∞∑

k=−∞

x[k] h[n− k]

= x[−2]h[n + 2] + x[0]h[n] + x[3]h[n− 3]

x[n] =· · · , 0, 1, 0, 2, 0, 0, −1, 0, · · ·

h[n] =· · · , 0, 0, 0, 1.5, 1, 0.5, 0, 0, · · ·

x[−2]h[n + 2] =· · · , 0, 1.5, 1, 0.5, 0, 0, 0, 0, · · ·

x[0]h[n] =· · · , 0, 0, 0, 3, 2, 1, 0, 0, · · ·

x[3]h[n− 3] =· · · , 0, 0, 0, 0, 0, 0, −1.5, −1, −0.5, 0, · · ·

y[n] =· · · , 0, 1.5, 1, 3.5, 2, 1, −1.5, −1, −0.5, 0, · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 705

−10 −8 −6 −4 −2 0 2 4 6 8 10−4

−2

0

2

4

n

y[n]

Figura 59: Sequencia de saıda.

Script exemplo13.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 706

Interpretacao alternativa

y[n] =

∞∑

k=−∞

x[k] h[n− k]

Esta formula pode ser utilizada para calcular y a cada instante “n”.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 707

Exemplo 14 Para o mesmo sistema do exemplo anterior :

n = −2 : y[−2] =

∞∑

k=−∞

x[k] h[−2− k]

y[−2] = x[−2] h[0] + x[−1] h[−1] + x[0]h[−2] + x[1]h[−3] + x[2]h[−4] + x[3]h[−5]

= x[−2] h[0]

n = −1 : y[−1] =

∞∑

k=−∞

x[k] h[−1− k] = x[−2] h[1] + x[−1] h[0]

n = 0 : y[0] =

∞∑

k=−∞

x[k] h[0− k] = x[−2] h[2] + x[−1] h[1] + x[0]h[2]

n = 1 : y[1] =∞∑

k=−∞

x[k] h[1− k] = x[−2] h[3] + x[−1] h[2] + x[0]h[1] + x[1]h[0]

...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 708

−3 −2 −1 0 1 2 3 4

h[k]

5

−3 −2 −1 0 1 2 3 4

h[−k] = h[0− k]

5

−3 −2 −1 0 1 2 3 4

h[−2− k]

5

−5 −4

−5 −4

−5 −4

−3 −2 −1 0 1 2 3 4

h[3− k]

5−5 −4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 709

Exemplo 15 2.8 pag. 25.

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 710

10.6 Propriedades de SDLITs

A convolucao e comutativa

x[n] ∗ h[n] = h[n] ∗ x[n]

Quer dizer,

y[n] =

∞∑

k=−∞

x[k] h[n− k] =

∞∑

k=−∞

h[k] x[n− k]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 711

Prova. Basta uma substituicao de variaveis :

m = n− k ⇒ k = n−m

⇒ y[n] =∞∑

k=−∞

x[k]h[n− k]

=

−∞∑

m=∞

x[n−m]h[m]

k = n−m = −∞ ⇒ −m = −∞− n ⇒ m = n +∞ ⇒ m =∞

ou melhor,

y[n] =

∞∑

m=−∞

h[m] x[n−m] = h[n] ∗ x[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 712

h2[n] h1[n]x[n] y[n]

y[n]x[n]h1[n] ∗ h2[n]

h1[n] h2[n]x[n] y[n]

Figura 60: A convolucao e comutativa.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 713

A convolucao e distributiva

x[n] ∗(

h1[n] + h2[n])

= x[n] ∗ h1[n] + x[n] ∗ h2[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 714

h2[n]

y[n] y[n]x[n]h1[n] + h2[n]

h1[n]

x[n]≡

Figura 61: A convolucao e distributiva.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 715

Estabilidade

BIBO : Entrada limitada ⇒ Saıda limitada

|y[n]| =∣∣∣∣∣

∞∑

k=−∞

h[k] x[n− k]

∣∣∣∣∣≤

∞∑

k=−∞

|h[k]| |x[n− k]|

Se x[n] e limitado,

|x[n]| ≤ Bx

entao

|y[n]| ≤ Bx

∞∑

k=−∞

|h[k]|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 716

Portanto, y[n] e limitado se

S =

∞∑

k=−∞

|h[k]| <∞ Condicao suficiente

E possıvel mostrar que e condicao necessaria .

⋆ BIBO estabilidade ⇔ h[n] e absolutamente somavel

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 717

Causalidade

Para SDLITs a causalidade implica que

h[n] = 0 , n < 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 718

Exemplo 16

Backward difference : y[n] = x[n]− x[n− 1]

Resposta ao pulso : h[n] = δ[n]− δ[n− 1] ⇒ Causal

Forward difference : y[n] = x[n + 1]− x[n]

Resposta ao pulso : h[n] = δ[n + 1]− δ[n] ⇒ Nao causal

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 719

10.7 Equacoes a diferencas (ED)

Uma classe importante de SDLITs e a que satisfaz uma equacao a diferencas da

forma

N∑

k=0

aky[n− k] =

M∑

k=0

bkx[n− k] .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 720

Exemplo 17 Acumulador

y[n] =

n∑

k=−∞

x[k]

O acumulador pode ser expresso como :

y[n] = y[n− 1] + x[n] Recorrencia

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 721

Diagrama de blocos

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 722

Exemplo 18 Media movel

Para M1 = 0 : y[n] =1

M2 + 1

M2∑

k=0

x[n− k]

⋆ E uma ED com N = 0.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 723

Outra forma para o algoritmo :

y[n]− y[n− 1] =1

M2 + 1

(M2∑

k=0

x[n− k]−M2+1∑

k=1

x[n− k]

)

=1

M2 + 1

(

x[n] + x[n− 1] + · · ·+ x[n−M2]−

− x[n− 1]− · · · − x[n−M2]− x[n−M2 − 1])

=1

M2 + 1

(

x[n]− x[n−M2 − 1])

⋆ De fato, pode-se escrever o sistema de infinitas maneiras.

⋆ Existem infinitos modelos de estado para a ED !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 724

Fato. A linearidade, invariancia e causalidade dependem das condicoes iniciais.

Se as condicoes iniciais forem nulas

entao o sistema e linear, invariante e causal .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 725

10.8 Representacao no domınio da frequencia

⋆ Ja vimos a representacao de um sinal em termos de impulsos.

⋆ Sinais podem ser representados de diversas formas.

⋆ Nesta secao : representacao usando exponenciais complexas .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 726

Fato. A resposta de um SLIT a uma senoide e uma senoide de

mesma frequencia com amplitude e fase determinadas pelo sistema .

Um SLIT nao altera a frequencia.

⋆ Sequencias exponenciais complexas sao autofuncoes de SLITs.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 727

Prova.

Sequencia de entrada : x[n] = ejωn

Resposta de um SDLIT (com resposta ao pulso h[n]) :

y[n] =

∞∑

k=−∞

h[k] ejω(n−k)

= ejωn

(∞∑

k=−∞

h[k] e−jωk

)

︸ ︷︷ ︸

H(ejω)

⋆ ejωn e uma autofuncoes do sistema associada ao autovalor H(ejω).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 728

Definindo

H(ejω)

=

∞∑

k=−∞

h[k] e−jωk

⇒ y[n] = H(ejω)

ejωn

⋆ H(ejω)

e denominada resposta em frequencia .

⋆ H(ejω)

e uma funcao complexa contınua em ω.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 729

Exemplo 19 Atraso ideal

y[n] = x[n− nd]

Sequencia de entrada : x[n] = ejωn

Resposta :

y[n] = ejω(n−nd)

= e−jωnd

︸ ︷︷ ︸

H(ejω

)

ejωn ⇒ H(ejω)

= e−jωnd

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 730

Solucao alternativa :

H(ejω)

=

∞∑

n=−∞

h[n]e−jωn

=

∞∑

n=−∞

δ[n− nd]e−jωn

= e−jωnd

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 731

Importante

Uma classe bastante ampla de sinais de interesse pode ser expressa como

x[n] =∞∑

i=−∞

ai ejωin Expansao em serie de Fourier

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 732

Entao, se x[n] e a sequencia de entrada de um SDLIT, a saıda e :

y[n] =

∞∑

k=−∞

h[k]x[n− k]

=∞∑

k=−∞

h[k]

(∞∑

i=−∞

ai ejωi(n−k)

)

=

∞∑

i=−∞

ai

(∞∑

k=−∞

h[k] e−jωik

)

︸ ︷︷ ︸

H(ejωi

)

ejωin

⇒ y[n] =

∞∑

i=−∞

aiH(ejωi

)ejωin

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 733

Fato. A resposta em frequencia H(ejω)

e uma funcao periodica

com perıodo 2π.

Prova. H(

ej(ω+2π))

=

∞∑

n=−∞

h[n] e−j(ω+2π)n

=

∞∑

n=−∞

h[n] e−jωn e−j2πn︸ ︷︷ ︸

1

=∞∑

n=−∞

h[n] e−jωn

= H(ejω)

⋆ Por conveniencia, e usual especificar H(ejω)

somente para ω ∈(− π, π

].

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 734

Exemplo 20 Media movel

Algoritmo da media movel :

y[n] =1

M1 + M2 + 1

M2∑

k=−M1

x[n− k]

Resposta ao pulso unitario :

h[n] =

1M1+M2+1 , se −M1 ≤ n ≤M2 ,

0 , caso contrario.

Resposta em frequencia :

H(ejω)

=1

M1 + M2 + 1

M2∑

n=−M1

e−jωn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 735

Formula : Soma de uma PG

N2∑

k=N1

αk =αN1 − αN2+1

1− α, N2 ≥ N1 .

⋆ Formula util para encontra formas fechadas .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 736

Formula : Euler

ejω = cos(ω)

+ j sin(ω)

Portanto :

2 cos(ω)

= ejω + e−jω

2j sin(ω)

= ejω − e−jω

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 737

Aplicando a formula da soma de PGs :

H(ejω)

=1

M1 + M2 + 1

ejωM1 − e−jω(M2+1)

1− e−jω

=1

M1 + M2 + 1

(e−jω(M2−M1+1)/2

e−jω/2

)ejω(M1+M2+1)/2 − e−jω(M1+M2+1)/2

ejω/2 − e−jω/2

=1

M1 + M2 + 1

(

e−jω(M2−M1)/2) sin

(

ω(M1 + M2 + 1)/2)

sin(ω/2

)

Aplicando Euler :

H(ejω)

=1

M1 + M2 + 1

(

e−jω(M2−M1)/2) sin

(

ω(M1 + M2 + 1)/2)

sin(ω/2

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 738

−3 −2 −1 0 1 2 3−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

−3 −2 −1 0 1 2 3−3

−2

−1

0

1

2

3

n

n

Figura 62: Resposta em frequencia : modulo e fase para M1 = 0, M2 = 4.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 739

−10 −8 −6 −4 −2 0 2 4 6 8 10−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

n

Figura 63: Periodicidade de H(ejω).

Script exemplo20.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 740

10.9 Transformada de Fourier

Equacao de sıntese : x[n] =1

∫ π

−π

X(ejω)ejωndω

Equacao de analise : X(ejω)

=∞∑

n=−∞

x[n] e−jωn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 741

⋆ X(ejω)

e periodica com perıodo 2π.

⋆ X(ejω)

e uma funcao complexa contınua da variavel ω :

X(ejω)

= XR

(ejω)

+ jXI

(ejω)

X(ejω)

=∣∣∣X(ejω)∣∣∣ e

j<) X(ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 742

Nota. A resposta em frequencia de um SLIT e simplesmente a transformada

de Fourier da resposta ao impulso

H(ejω) =∞∑

k=−∞

h[k] e−jωk

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 743

Verificacao Vamos mostrar que a eq. de sıntese e a inversa da eq. de analise.

Equacao de analise : X(ejω)

=

∞∑

m=−∞

x[m] e−jωm

Equacao de sıntese : x[n] =1

∫ π

−π

(∞∑

m=−∞

x[m] e−jωm

)

ejωndω

Podemos trocar a ordem da integracao e do somatorio :

x[n] =

∞∑

m=−∞

x[m]

(1

∫ π

−π

ejω(n−m)dω

)

︸ ︷︷ ︸

I

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 744

I =1

∫ π

−π

ejω(n−m)dω

=1

(

−j1

n−mejω(n−m)

)∣∣∣∣

π

−π

=1

(

−j1

n−m

)(

ejπ(n−m) − e−jπ(n−m))

=−j

2π(n−m)

[

2j sin(π(n−m)

)]

=sin(π(n−m)

)

π(n−m)

=

1 se m = n

0 se m 6= n= δ[n−m]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 745

Portanto :

x[n] =

∞∑

m=−∞

x[m] I

=

∞∑

m=−∞

x[m] δ[n−m]

= x[n]

⋆ Se x[n] e absolutamente somavel ⇒ ∃X(ejω)

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 746

Importante

⋆ Sequencias FIR sao estaveis e absolutamente somaveis.

⋆ Quando a sequencias e IIR , deve-se verificar sua convergencia.

Notacao : FIR : Finite Impulse Response

IIR : Infinite Impulse Response

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 747

Exemplo 21 Sequencia exponencial

x[n] = an u[n]

Transformada de Fourier :

X(ejω)

=

∞∑

n=−∞

x[n] e−jωn

=

∞∑

n=0

an e−jωn =

∞∑

n=0

(

a e−jω)n

⋆ X(ejω)

e convergente para∣∣a e−jω

∣∣ < 1 ⇒ |a| < 1 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 748

Forma fechada :

X(ejω)

=

(a e−jω

)0 −(a e−jω

)∞

1−(a e−jω

)

=1− 0

1− a e−jω

⋆ |a| < 1 ⇒ (a e−jω

)∞= 0

Portanto :

X(ejω)

=1

1− a e−jω

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 749

Importante

⋆ Se x[n] nao for absolutamente somavel , entao ∄X(ejω).

⋆ 2 sequencias podem ter a mesma transformada X(ejω)

!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 750

Nota. Algumas sequencias nao sao absolutamente somaveis, porem sao

quadraticamente somaveis :

∞∑

n=−∞

∣∣x[n]

∣∣2

<∞

⋆ Sequencias quadraticamente somaveis podem ser representadas por uma

transformada de Fourier.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 751

Exemplo 22 Filtro passa-baixa ideal

H(ejω)

=

1 se |ω| < ωc

0 se ωc < |ω| ≤ π

Resposta ao pulso :

h[n] =1

∫ ωc

−ωc

H(ejω)ejωndω

=1

∫ ωc

−ωc

ejωndω

=sin(ωcn

)

πn(nao causal!)

⋆ Nao causal... A resposta ao pulso e uma funcao de n ∈ (−∞,∞)...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 752

⋆ h[n] nao e uma PG!

⋆ h[n] nao e absolutamente somavel.

⋆ Porem, h[n] e quadraticamente somavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 753

0 50 100 150 200 2501

1.5

2

2.5

3

3.5

4

n

Figura 64: Verificacao : h[n] nao e absolutamente somavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 754

0 50 100 150 200 2501.04

1.06

1.08

1.1

1.12

1.14

1.16

n

Figura 65: Verificacao : h[n] e quadraticamente somavel.

Script exemplo22.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 755

Seja a sequencia

x[n] = 1 , ∀n

Esta sequencia nao e absolutamente somavel nem quadraticamente somavel.

Por definicao :

X(ejω)

=

∞∑

r=−∞

2π δ(ω + 2πr

)

⋆ δ(ω + 2πr

)e a funcao impulso contınua com amplitude infinito e area 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 756

Exemplo 23 Seja a sequencia x[n] tal que

X(ejω)

=

∞∑

r=−∞

2π δ(ω − ω0 + 2πr

)

(Trem de impulsos)

Anti-transformada :

x[n] =1

∫ π

−π

X(ejω)ejωndω

=1

∫ π

−π

(

2π δ(ω − ω0 + 2πr

))

ejωndω (1 perıodo !)

= ejω0n

A definicao e consistente : ω0 = 0 ⇒ x[n] = 1 , ∀n.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 757

10.10 Propriedades da transformada de Fourier

Definicao. (Sequencia conjugada-simetrica)

Uma sequencia xe[n] e dita conjugada-simetrica se

xe[n] = x∗e[−n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 758

Exemplo 24 Sequencia complexa

xe[n] = · · · a− jb , z , a + jb , · · ·

x∗e[n] = · · · a + jb , z , a− jb , · · ·

x∗e[−n] = · · · a− jb , z , a + jb , · · ·

⇒ xe[n] = x∗e[−n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 759

Exemplo 25 Sequencia real

xe[n] = · · · 1 , 1 , z , 1 , 1 , · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 760

Definicao. (Sequencia conjugada-antisimetrica)

Uma sequencia xo[n] e dita conjugada-antisimetrica se

xo[n] = −x∗o[−n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 761

Exemplo 26 Sequencia complexa

xo[n] = · · · − a + jb , 0 , a + jb , · · ·

xo[−n] = · · · a + jb , 0 , −a + jb , · · ·

x∗o[−n] = · · · a− jb , 0 , −a− jb , · · ·

−x∗o[−n] = · · · − a + jb , 0 , a + jb , · · ·

⇒ xo[n] = −x∗o[−n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 762

Exemplo 27 Sequencia real

xo[n] = · · · − 1 , −1 , 0 , 1 , 1 , · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 763

Fato. Toda sequencia pode ser expressa como :

x[n] = xe[n] + xo[n]

onde :

Parte conjugada-simetrica : xe[n] =1

2(x[n] + x∗[−n])

Parte conjugada-antisimetrica : xo[n] =1

2(x[n]− x∗[−n])

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 764

Exemplo 28 Degrau unitario

u[n] = · · · 0 , 0 , 1 , 1 , 1 , · · ·

ue[n] = · · · 0.5 , 0.5 , 1 , 0.5 , 0.5 , · · ·

uo[n] = · · · − 0.5 , −0.5 , 0 , 0.5 , 0.5 , · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 765

Definicao. (Sequencia simetrica)

Uma sequencia real xe[n] e dita simetrica se

xe[n] = xe[−n]

⋆ Tambem e denominada de sequencia par (“even”).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 766

Definicao. (Sequencia antisimetrica)

Uma sequencia real xo[n] e dita antisimetrica se

xo[n] = −xo[−n]

⋆ Tambem e denominada de sequencia impar (“odd”).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 767

Fato. Toda transformada de Fourier X(ejω) pode ser decomposta como :

X(ejω) = Xe(ejω) + Xo(e

jω)

onde :

Parte conjugada-simetrica : Xe(ejω) =

1

2

(

X(ejω)+X∗(e−jω))

Parte conjugada-antisimetrica : Xo(ejω) =

1

2

(

X(ejω)−X∗(e−jω))

Propriedades : Xe(ejω) = X∗

e (−ejω)

Xo(ejω) = −X∗

o (−ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 768

⋆ As propriedades de simetria da Transformada de Fourier estao resumidas

na Tabela 2.1,

(Oppenheim & Schafer 1989), pag. 53.

Notacao :

X(ejω)

= Fx[n]

x[n] = F−1X(ejω)

x[n]F−→ X

(ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 769

Sequencia Trans. Fourier

1 x∗[n] X∗(e−jω

)

2 x∗[−n] X∗(ejω)

3 Rex[n]

Xe

(ejω)

4 Imx[n]

Xo

(ejω)

5 xe[n] XR

(ejω)

6 xo[n] j XI

(ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 770

Sequencia real Trans. Fourier

7 x[n] X(ejω)

= X∗(e−jω

)

8 x[n] XR

(ejω)

= XR

(e−jω

)

9 x[n] XI

(ejω)

= −XI

(e−jω

)

10 x[n]∣∣∣X(ejω)∣∣∣ =

∣∣∣X(e−jω

)∣∣∣

11 x[n] <) X(ejω)

= <) X(e−jω

)

12 xe[n] XR

(ejω)

13 xo[n] j XI

(ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 771

Exercıcio. 2.29, (Oppenheim & Schafer 1989), pag. 75.

Provar as propriedades 1 e 2 da Tabela 2.1.

(a) Propriedades 1 : Fx∗[n]

= X∗

(e−jω

)

Seja :

x[n] = a[n] + j b[n] ⇒ x∗[n] = a[n]− j b[n]

Notacao: f(x)∣∣∣x→y

significa f(x) com x substituıdo por y.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 772

Entao :

Fx[n]

= X

(ejω)

=

∞∑

n=−∞

(

a[n] + j b[n])

e−jωn

X∗(ejω)

= X(ejω)∣∣∣j→−j

=

∞∑

n=−∞

(

a[n]− j b[n])

ejωn

Fx∗[n]

=

∞∑

n=−∞

x∗[n] e−jωn =

∞∑

n=−∞

(

a[n]− j b[n])

e−jωn

Portanto : Fx∗[n]

= X∗

(ejω)∣∣∣ω→−ω

= X∗(e−jω

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 773

(b) Propriedades 2 : Fx∗[−n]

= X∗

(ejω)

Fx∗[n]

=

∞∑

n=−∞

x∗[n] e−jωn

=

∞∑

n=−∞

(

a[n]− j b[n])

e−jωn = X∗(e−jω

)

Fx∗[−n]

=

∞∑

n=−∞

(

a[−n]− j b[−n])

e−jωn

=

−∞∑

n=∞

(

a[n]− j b[n])

ejωn = X∗(e−jω

)∣∣∣ω→−ω

= X∗(ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 774

Exercıcio.

Provar as demais propriedades.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 775

Exercıcio.

Verificar as propriedades 7 a 11 para a sequencia

x[n] = an u[n] .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 776

10.11 Teoremas da transformada de Fourier

Notacao :

X(ejω)

= Fx[n]

x[n] = F−1X(ejω)

x[n]F−→ X

(ejω)

Os teoremas estao resumidos na Tabela 2.2.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 777

Sequencia Trans. Fourier

1 a x[n] + b y[n] a X(ejω)

+ b Y(ejω)

2 x[n− nd], (nd ∈ N) e−jωnd X(ejω)

3 ejω0nx[n] X(ej(ω−ω0)

)

4 x[−n] X(e−jω

)

5 n x[n] jdX(ejω)

6 x[n] ∗ y[n] X(ejω)Y(ejω)

7 x[n] y[n]1

∫ π

−π

X(ejθ)Y(ej(ω−θ)

)dθ

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 778

Teorema de Parseval

1

∞∑

n=−∞

∣∣∣x[n]

∣∣∣

2

=1

∫ π

−π

∣∣∣X(ejω)∣∣∣

2

2

∞∑

n=−∞

x[n] y∗[n] =1

∫ π

−π

X(ejω)Y ∗(ejω)dω

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 779

Exercıcio. 2.35, (Oppenheim & Schafer 1989), pag. 76.

Seja a sequencia x[n] abaixo

x[n]

−3

−2 −1 0 1 2 3 4−4−5

−1

1

2

1 1

2

1

−1

5 6

7

Simetria

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 780

(a) Determine X(ejω)∣∣∣ω=0

sem calcular explicitamente X(ejω)

= Fx[n]

.

Seja y[n] = x[n + 2] . Note que y[n] e simetrica.

Pelo Teorema 2 da tabela 2.2 :

Y(ejω)

= Fy[n]

= e−jω(−2)X(ejω)

= ej2ωX(ejω)

Como y[n] e real e simetrica (EVEN), pela propriedade 12 da Tabela 2.1 :

Y(ejω)

= YR

(ejω)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 781

Portanto,

YR

(ejω)

=

∞∑

n=−∞

y[n]e−jωn

=

∞∑

n=−∞

y[n](

cos(ωn)− j sin(ωn))

Como : cos(−ωn) = cos(ωn) e sin(−ωn) = − sin(ωn)

Entao,

YR

(ejω)

= y[0] + 2

∞∑

n=1

y[n] cos(ωn)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 782

Resultado Para sequencias reais e simetricas (EVEN) :

x[n]F−→ X

(ejω)

= x[0] + 2∞∑

n=1

x[n] cos(ωn)

Voltando ao exercıcios :

Y(ejω)

= YR

(ejω)

= y[0] + 2

5∑

n=1

y[n] cos(ωn)

= 2(

cos(ω) + 2 cos(2ω) + cos(3ω)− cos(5ω))

Entao : X(ejω)∣∣∣ω=0

= e−j2ω Y(ejω)∣∣∣ω=0

= 2(

1 + 2 + 1− 1)

⇒ X(ejω)∣∣∣ω=0

= 6

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 783

(b) Determine <) X(ejω)

sem calcular explicitamente X(ejω).

X(ejω)

= e−j2ω YR

(ejω)

︸ ︷︷ ︸

Real!

= YR

(ejω)∣∣−2ω

Portanto : <) X(ejω)

= −2ω

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 11

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 785

11 Amostragem de sinais contınuos

Conteudo 1. Introducao

2. Representacao no domınio da frequencia

3. Reconstrucao de sinais

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 786

11.1 Introducao

⋆ Sinais discretos aparecem em muitas situacoes praticas.

⋆ Situacao mais comum : amostragem de sinais contınuos .

⋆ O processamento de sinais contınuos pode ser implementado fazendo-se

• amostragem

• processamento discreto das sequencias e

• reconstrucao do sinal contınuo processado.

⋆ Sob certas condicoes, um sinal contınuo pode ser adequadamente represen-

tado por suas amostras.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 787

Historico

Nyquist (1928) : Observou que era possıvel reconstruir uma senoide a

partir de suas amostrar se a frequencia de amostragem

fosse maior do que 2 vezes a frequencia do sinal.

Shannon (1949) : Formalizou o resultado (apresentado nesse capıtulo).

Kotelnikov (1933) : Introduziu o resultado na literatura Sovietica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 788

11.2 Amostragem

⋆ Metodo mais usual : amostragem periodica .

Sequencia amostrada : x[n] = xc(nT )

T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . intervalo de amostragem

fs =1

T. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . frequencia de amostragem

ωs = 2πfs =2π

T. . . . frequencia angular de amostragem

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 789

C/Dxc(t) x[n] = xc(nT )

T

Figura 66: Conversor Contınuo/Discreto ideal .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 790

Modelagem matematica

⋆ E conveniente separar o processo de amostragem em 2 etapas :

• Modulador por trem de impulsos

• Conversor de trem de impulsos para sequencias

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 791

Conversor de trem

xs(t) x[n] = xc(nT )

×xc(t)

Conversor C/D

s(t)

de impulsos para

sequencia discreta

Figura 67: Representacao : Modulador + conversor.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 792

n

x[n]

t

x(t)s(t)

−3T −2T −T T 2T 3T 4T

−3 −2 −1 1 2 3 4

Figura 68: Modulacao e amostragem.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 793

⋆ A saıda do modulador xs(t) e um trem de impulsos (sinal contınuo).

⋆ A saıda do conversor x[n] e uma sequencia (sinal discreto).

⋆ Essa representacao matematica da operacao de amostragem permite obter

de maneira mais simples alguns resultados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 794

Reconstrucao

⋆ Em geral, nao e possıvel reconstruir o sinal contınuo a partir de suas

amostras.

Problema : Muitos sinais contınuos produzem as mesmas sequencias de

amostragem.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 795

Exemplo 1

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

−1

−0.5

0

0.5

1

n

Figura 69: Aliasing.

Script exemplo01.m .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 796

Solucao Para se eliminar essa ambiguidade e necessario restringir a classe de

sinais no amostrador.

⋆ O sinal contınuo a ser amostrado deve ter banda limitada .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 797

11.3 Representacao no domınio da frequencia

Para derivar a representacao no domınio da frequencia do conversor C/D ideal,

vamos inicialmente considerar a modulacao por trem de impulsos de xc(t).

×xc(t)

s(t)

xs(t)

Figura 70: Modulacao por trem de impulsos.

Trem de impulsos : s(t) =

∞∑

n=−∞

δ(t− nT )

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 798

Sinal modulado :

xs(t) = xc(t) s(t)

= xc(t)

∞∑

n=−∞

δ(t− nT )

Usando propriedade da funcao impulso (Delta de Dirac) :

xs(t) = xc(t)

∞∑

n=−∞

δ(t− nT )

=

∞∑

n=−∞

xc(nT ) δ(t− nT )

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 799

⋆ s(t) e um sinal periodico com frequencia ωs =2π

T.

Transformada de Fourier de s(t) :

S(jω)

=2π

T

∞∑

k=−∞

δ(ω − kωs)

Portanto,

Xs

(jω)

=1

2πXc

(jω)∗ S(jω)

ou melhor,

Xs

(jω)

=1

T

∞∑

k=−∞

Xc

(jω − kjωs

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 800

Interpretacao

−ωN ωN ω

· · · · · ·

ωs−ωs

ωs ω

· · · · · ·

−ωs

−ωN ωωN

1

2ωs−2ωs

Xc(jω)

S(jω)2πT

Xs(jω)1T

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 801

−ωN ωN ω

· · · · · ·

ωs−ωs

ωs ω

· · · · · ·

−ωs

−ωN ωωN

1

2ωs−2ωs

Xc(jω)

S(jω)2πT

Xs(jω)1T

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 802

11.4 Reconstrucao de sinais

Problema: Quando um sinal analogico e dado de maneira unica pelas suas

amostragens?

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 803

Teorema. (Shannon)

Um sinal contınuo com transformada de Fourier zero fora do inter-

valo (−ω0, ω0) e dado unicamente pelos seus valores em instantes

equidistantes se

ωs > 2ω0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 804

Formula de reconstrucao

f(t) =

∞∑

k=−∞

f [k] sinc(ωs

2(t− kT )

)

sinc(x) =sin(x)

x

⋆ ωs = 2πfs , fs =1

T

⋆ ωN =ωs

2= Frequencia de Nyquist .

⋆ Formula nao causal .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 805

Prova

Fica como exercıcio...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 806

Metodos de reconstrucao

• ZOH

• FOH preditivo

• Formula de Shannon

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 807

ZOH

E o metodo de reconstrucao mais simples.

f(t) = f(k)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 808

Figura 71: Reconstrucao FOH.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 809

FOH

Formula de reconstrucao FOH :

f(t) = f(k) +t− kh

h

(

f(k)− f(k − 1))

Desvantagem: O sinal reconstituıdo e descontınuo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 810

Figura 72: Reconstrucao FOH.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 811

FOH preditivo

Formula de reconstrucao :

f(t) = f(k) +t− kh

h

(

f(k + 1)− f(k))

Para t = kh → f(t) = f(k)

Para t = kh + h → f(t) = f(k + 1)

Problema : Nao causal.

Solucao : usar predicao de f(k + 1)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 812

Figura 73: Reconstrucao FOH preditivo.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 813

Exemplo 2 Reconstrucao usando ZOH e formula de Shannon.

Sinal contınuo :

x(t) = 0.5 + 2 sin(0.7t + 1) + sin(1.25t + 2) + 1 sin(3.1t + 3)

Maior frequencia : 3.1 rad/s

Frequencia de amostragem : 2π rad/s

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 814

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100−4

−3

−2

−1

0

1

2

3

4

5Sinal original

Figura 74: Sinal original.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 815

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100−3

−2

−1

0

1

2

3

4Sinal amostrado

Figura 75: Sinal amostrado.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 816

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100−3

−2

−1

0

1

2

3

4Reconstrucao com ZOH

Figura 76: Reconstrucao usando ZOH.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 817

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100−4

−3

−2

−1

0

1

2

3

4

5Comparacao das reconstrucoes

Figura 77: Reconstrucao usando formula de Shannon.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 818

40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60−5

−4

−3

−2

−1

0

1

2

3

4

5Comparacao das reconstrucoes

Figura 78: Detalhe da reconstrucao usando formula de Shannon.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 819

Aliasing

E um fenomeno relacionado a amostragem de sinais periodicos.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 820

Filtro anti-aliasing

Para evitar o problema de aliasing, e necessario garantir que o sinal analogico (que

sera amostrado) tenha banda limitada.

Para tanto, introduz-se um Filtro Passa-Baixas antes do amostrador.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 821

sinalanalogico

SensorCircuitocondicio-

nador

Filtroanalogico S&H

MUX

CAD

Relogioprogram.

Sinal decontrole

Sinaldigital

Figura 79: Sistema de aquisicao de dados.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 822

Figura 80: Tabela 7.1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 823

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 12

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 825

12 Transformada Z

Conteudo

1. Introducao

2. Origem da Transformada z

3. Definicao

4. Generalizacao da Transformada de Fourier

5. Exemplos

6. Tabela de Transformadas z mais comuns

7. Transformada z inversa

8. Propriedades da Transformada z

9. Exemplos

10. Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 826

12.1 Introducao

A transformada e uma ferramenta importante para a analise de sistemas lineares.

⋆ Contınuos (SLIT’s) : Transformada de Laplace .

⋆ Discretos (SDLIT’s) : Transformada z .

Nesta apresentacao :

⋆ Origem a partir da Transformada de Laplace.

⋆ Generalizacao da Transformada de Fourier .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 827

Vantagens em relacao a Transformada de Fourier :

• A Transformada de Fourier nao converge para todas as sequencias.

• Notacao mais conveniente.

• Utilizacao para solucao de equacoes a diferencas .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 828

Origem da transformada z

Problema : Como usar a Transformada de Laplace com sequencias ?

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 829

Ideia : Substituir a sequencia por um trem de impulsos .

n

x[n]

t

x∗(t)

Figura 81: Modulacao por impulsos.

⋆ A informacao contida nas 2 representacoes e a mesma.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 830

A funcao x∗(t) pode ser expressa como

x∗(t) = x(0)δ(t) + x(1)δ(t− T ) + x(2)δ(t− 2T ) + · · ·

=

∞∑

k=0

x[k]δ(t− kT )

Aplicando a Transformada de Laplace :

X∗(s) = Lx∗(t)

= x(0) + x(1)e−sT + x(2)e−s2T + · · ·

=

∞∑

k=0

x[k]e−skT

⋆ Qual e o problema ?

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 831

Problema : X∗(s) nao e uma funcao racional em s.

Solucao : Introduzir uma nova variavel complexa

z = esT

Como resultado obtem-se a seguinte transformada :

X∗(z) =∞∑

k=0

x[k]z−k

⋆ X∗(z) e uma funcao contınua racional na variavel complexa z.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 832

Definicao da Transformada z

Definicao. (Transformada z bilateral)

A Transformada z de uma sequencia duplamente-infinita

x[n] e definida como :

X(z) = Zx[n]

=

∞∑

n=−∞

x[n] z−n

⋆ As sequencias tratadas no livro A. Oppenheim & R. Schafer , 1989,

sao duplamente-infinitas .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 833

Definicao. (Transformada z unilateral)

A Transformada z de uma sequencia semi-infinita

a direita x[n] e definida como :

X(z) = Zx[n]

=

∞∑

n=0

x[n] z−n

⋆ As sequencias tratadas no livro Astrom & Wittenmark , 1997,

sao do tipo semi-infinitas a direita.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 834

Nota. Se a sequencia e tal que

x[n] = 0 , n < 0

entao as 2 transformadas sao equivalentes .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 835

Comparacao

Transformada de Fourier de x[n] : X(ejω)

=

∞∑

n=−∞

x[n] e−jωn

Transformada de Laplace de x∗(t) : X∗(s) =∞∑

n=−∞

x∗(nT ) e−snT

Transformada z de x[n] : F (z) =

∞∑

n=−∞

x[n] z−n

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 836

Notacao :

X(z) = Zx[n]

x[n] = Z−1X(z)

x[n]Z−→ X(z)

X(z)Z−1

−−−→ x[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 837

Interpretacao :

Sequenciastemporais

Funcoes

contınuas na

variavel complexa z

x[n] X(z)

Z

Z−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 838

Generalizacao da Transformada de Fourier

A variavel complexa z pode ser escrita como : z = r ejω

Portanto :X(

r ejω)

=

∞∑

n=−∞

x[n](

r ejω)−n

=∞∑

n=−∞

(

x[n] r−n)

e−jωn

⋆ A Transformada z de x[n] pode ser interpretada como a Transformada de

Fourier de x[n] r−n.

⋆ r−n e uma exponencial !

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 839

Nota. A Transformada de Fourier e uma particularizacao da Transformada z,

X(ejω)

= X(z)∣∣∣z=ejω

i.e., e uma particularizacao para r = 1 .

z = ejω

ω

1

Im

Re

Figura 82: Cırculo unitario no plano z.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 840

Convergencia

⋆ A Transformada de Fourier converge ⇔ x[n] e absolutamente somavel .

⋆ A Transformada de Fourier nao converge para uma classe significativa de

sinais.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 841

Definicao. Regiao de convergencia

ROC =

z∣∣ Zx[n]

converge.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 842

⋆ Para que a Transformada z seja convergente , devemos ter

∞∑

n=−∞

∣∣x[n] r−n

∣∣ <∞

⋆ Basta que exista uma exponencial r−n tal que x[n] r−n seja absolutamente

somavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 843

Exemplo 1

A sequencia x[n] = degrau unitario nao e absolutamente somavel.

⋆ x[n]r−n e abs. somavel para r > 1.

⋆ Quer dizer, existe uma Transformada z do degrau unitario com

ROC : |z| > 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 844

Fato. A ROC e um anel no plano z centrado na origem.

Im

Re

⋆ Se o circulo unitario pertence ao anel, entao a Transformada de Fourier

tambem existe.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 845

Nota. No caso de sequencias nao absolutamente somaveis e nao quadratica-

mente somaveis, a Transformada de Fourier e definida usando impulsos .

Para estes casos,

X(ejω)6= X(z)

∣∣∣z=ejω

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 846

⋆ A Transformada z e mais util quando expressa em forma fechada .

Formula util : A soma de uma PG e dada por :

N2∑

n=N1

αn =αN1 − αN2+1

1− α, N2 > N1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 847

Prova.

N2∑

n=N1

αn = αN1 + αN1+1 + · · ·+ αN2

α

N2∑

n=N1

αn = αN1+1 + · · ·+ αN2 + αN2+1

Subtraindo :

(1− α)

N2∑

n=N1

αn = αN1 − αN2+1

Portanto :

N2∑

n=N1

αn =αN1 − αN2+1

1− α

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 848

Exemplo 2 Pulso unitario

Pulso unitario : x[n] =

1 se n = 0

0 se n 6= 0

Usando a definicao :

X(z) = x[0] + x[1]z−1 + x[2]z−2 + · · · = 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 849

Exemplo 3 Degrau unitario

Degrau unitario : x[n] =

0 se n < 0

1 se n ≥ 0

Usando a definicao : X(z) = 1 + z−1 + z−2 + · · ·

Condicao para convergencia : |z| > 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 850

Forma fechada :

X(z) =

(z−1

)0 −(z−1

)∞

1− z−1=

1

1− z−1=

z

z − 1

⋆ Dentro da regiao de convergencia,(z−1

)∞= 0 .

Solucao : X(z) =z

z − 1ROC: |z| > 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 851

Exemplo 4 Sequencia exponencial semi-infinita a direita.

Exponencial : x[n] = an u[n]

Usando a definicao : X(z) = Zx[n]

=

∞∑

n=−∞

an u[n] z−n =

∞∑

n=0

(az−1)n

Condicao para convergencia : |az−1| < 1 ⇒ |z| > |a|

⋆(an)r−n =

(a

r

)n

abs. somavel ⇒ |r| > |a| ⇒ |z| > |a| .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 852

Forma fechada :

X(z) =(az−1)0 − (az−1)∞

1− az−1=

1

1− az−1=

z

z − a

⋆ Dentro da regiao de convergencia,(az−1

)∞= 0 .

Solucao : X(z) =z

z − aROC: |z| > |a|

⋆ Para |a| > 1 a Transformada de Fourier nao converge.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 853

Im

Rea 1

Figura 83: ROC com |a| < 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 854

Exemplo 5 Sequencia exponencial semi-infinita a esquerda.

Exponencial : x[n] = −an u[−n− 1], x[n] =

−an se n ≤ −1

0 se n ≥ 0

Usando a definicao :

X(z) =

∞∑

n=−∞

−anz−n =

−1∑

n=−∞

−anz−n

= −∞∑

n=1

a−nzn = −∞∑

n=1

(a−1z

)n

Condicao para convergencia :∣∣a−1z

∣∣ < 1 ⇒ |z| < |a|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 855

Forma fechada :

X(z) = − (a−1z)1 − (a−1z)∞

1− (a−1z)=−(a−1z)

1− a−1z=

z

z − a

⋆ Dentro da regiao de convergencia,(a−1z

)∞= 0 .

Solucao : X(z) =z

z − aROC: |z| < |a|

⋆ Para |a| < 1 a Transformada de Fourier nao converge.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 856

Im

Rea1

Figura 84: ROC com |a| > 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 857

Exemplo 6 Sequencia exponencial duplamente-infinita.

Exponencial : x[n] =

(

−1

3

)n

u[n]−(

1

2

)n

u[−n− 1]

⋆ Note que x[n] cresce exponencialmente para n→ −∞.

Usando os resultados anteriores:

Z(

−1

3

)n

u[n]

=1

1 + 13z−1

ROC: |z| > 1

3

Z(

1

2

)n

u[−n− 1]

=1

1− 12z−1

ROC: |z| < 1

2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 858

Utilizando a linearidade da Transformada z, tem-se:

X(z) =1

1 + 13z−1

+1

1− 12z−1

=2z(z − 1

12

)

(z + 1

3

) (z − 1

2

) ROC:1

3< |z| < 1

2

⋆ A Transformada de Fourier nao converge.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 859

Im

Re112

− 13

12

Figura 85: ROC.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 860

Tabela de Transformadas z mais comuns

Definicao. Zx[n]

= X(z) =

∞∑

n=−∞

x[n] z−n

⋆ A tabela a seguir relaciona algumas das transformadas mais comuns

(Tabela 4.1, Oppenheim & Schafer, 1989, pag. 159).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 861

Sequencia Transformada ROC

1 δ[n] 1 ∀z

2 u[n] 11−z−1 |z| > 1

3 −u[−n− 1] 11−z−1 |z| < 1

4 δ[n−m] z−m |z| 6= 0 se m > 0,

|z| 6=∞ se m < 0

5 anu[n] 11−az−1 |z| > |a|

6 −anu[−n− 1] 11−az−1 |z| < |a|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 862

Sequencia Transformada ROC

7 nanu[n] az−1

(1−az−1)2 |z| > |a|

8 −nanu[−n− 1] az−1

(1−az−1)2 |z| < |a|

9 cos(ω0n) u[n] 1−cos(ω0)z−1

1−2 cos(ω0)z−1+z−2 |z| > 1

10 sin(ω0n) u[n] sin(ω0)z−1

1−2 cos(ω0)z−1+z−2 |z| > 1

11 rn cos(ω0n) u[n] 1−r cos(ω0)z−1

1−2r cos(ω0)z−1+r2z−2 |z| > r

12 rn sin(ω0n) u[n] r sin(ω0)z−1

1−2r cos(ω0)z−1+r2z−2 |z| > r

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 863

Propriedades da regiao de convergencia

⋆ A tabela a seguir relaciona as propriedades da ROC

(Veja Oppenheim & Schafer, 1989, pag. 160).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 864

Prop. 1 A ROC e um anel ou um disco centrado na origem do plano z.

Prop. 2 A Transformada de Fourier de x[n] converge absolutamente se e

somente se a ROC de sua a Transformada z contem o cırculo unitario.

Prop. 3 A ROC nao pode conter polos.

Prop. 4 Se a sequencia for de duracao finita , entao a ROC e todo o plano

z exceto possivelmente z = 0 ou z =∞.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 865

Prop. 5 Se a sequencia for semi-infinita a direita , a ROC estende-se para

fora do cırculo que passa pelo polo de X(z) de maior magnitude,

possivelmente incluindo z =∞.

Prop. 6 Se a sequencia for semi-infinita a esquerda , a ROC estende-se para

dentro do cırculo que passa pelo polo de X(z) de menor magnitude,

possivelmente incluindo z = 0.

Prop. 7 Se a sequencia for duplamente infinita , a ROC e um anel no plano

z limitado internamente e externamente por um polo e sem conter

polos em seu interior.

Prop. 8 A ROC deve ser uma regiao conexa.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 866

Exemplo 7 Seja uma Transformada z com a configuracao de polos e zeros

da figura abaixo

Im

Rea b c

⋆ Utilizando as propriedades 1, 3 e 8, verifica-se que somente podem ocorrer

4 possibilidades para a ROC associada a Transformada z.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 867

Im

Rea b c

Im

Rea b c

Im

Rea b c

Im

Rea b c

Figura 86: Possibilidades para as ROCs.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 868

Transformada z inversa

Metodologias :

1. Determinar a expansao em fracoes parciais

2. Consultar tabelas de transformadas

Metodologia alternativa :

1. Usar MATLAB

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 869

Expansao em fracoes parciais

F (s) =B(s)

A(s)=

r1

s + p1+

r2

s + p2+ · · ·+ rn

s + pn

⋆ ri = resıduos .

⋆ pi = polos .

⋆ O caso geral envolve polos multiplos .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 870

Exemplo 8 ...

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 871

Exemplo 9 Transformada z usando MATLAB.

Encontrar a Transformada Z de :

f [n] = k an u[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 872

Solucao : >> syms n z a k

>> f = k*a^n;

>> F = ztrans(f)

F =

k*z/a/(z/a-1)

>> F = simple(F);

>> pretty(F)

k z

- ------

-z + a

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 873

Exemplo 10 Anti-transformada z usando MATLAB.

Encontrar a anti-transformada de :

F (z) =k

(z + a)2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 874

Solucao : >> syms t z a k

>> F = k/(z+a)^2;

>> f = iztrans(F);

f =

k*(-a)^n+k*(-a)^n*n

>> pretty(f)

n n

k (-a) + k (-a) n

>> _

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 875

Propriedades da Transformada z

Notacao:

Sequencia Transformada ROC

x[n] X(z) Rx

x1[n] X1(z) Rx1

x2[n] X2(z) Rx2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 876

Propriedade 1

(1) Z[

αx[n]]

= αZ[

x[n]]

(2) Z[

x1[n] + x2[n]]

= Z[

x1[n]]

+ Z[

x2[n]]

⋆ A Transformada z e linear .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 877

Teorema (Convolucao)

Z[

x1[n] ∗ x2[n]]

= X1(z)X2(z)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 878

Sequencia Transformada ROC

x[n] X(z) Rx

x1[n] X1(z) Rx1

x2[n] X2(z) Rx2

1 ax1[n] + bx2[n] aX1(z) + bX2(z) Contem Rx1

⋂Rx2

2 x[n− n0] z−n0X(z) Rx ,±0 ,±∞

3 zn0 x[n] X(z/z0) |z0|Rx

4 nx[n] −z dX(z)dz Rx ,±0 ,±∞

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 879

Sequencia Transformada ROC

5 x∗[n] X∗(z∗) Contem Rx

6 Re x[n] 12

[

X(z) + X∗(z∗)]

Contem Rx

7 Im x[n] 12

[

X(z)−X∗(z∗)]

Contem Rx

8 x1[n] ∗ x2[n] X1(z)X2(z) Contem Rx1

⋂Rx2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 880

Exemplo 11 Sabendo-se que a Transformada Z da sequencia

x[n] = sin(ω0n

)u[n]

e dada por

X(z) =sin(ω0

)z−1

1− 2 cos(ω0

)z−1 + z−2

, ROC: |z| > 1 ,

determine a Transformada Z de:

(a) x1[n] = αn x[n] ,

(b) x2[n] = x[−n] ,

(c) x3[n] = n x[n] .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 881

Solucao

(a) Neste caso usamos a seguinte propriedade da Transforma z:

Z

x[n]

= X(z), ROC : r1 < |z| < r2 ,

entao,

Z

αn x[n]

= X(α−1z

),

ROC : |α|r1 < |z| < |α|r2 .

Portanto,

X1(z) =α sin

(ω0

)z−1

1− 2α cos(ω0

)z−1 + α2z−2

ROC: |z| > |α|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 882

(b) Neste caso usamos a seguinte propriedade da Transforma z:

Z

x[−n]

= X(z−1

),

ROC : 1/r2 < |z| < 1/r1 .

Portanto,

X2(z) =sin(ω0

)z

1− 2 cos(ω0

)z + z2

ROC: 0 < |z| < 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 883

(c) Neste caso usamos a seguinte propriedade da Transforma z:

Z

nx[n]

= −zdX(z)

dz,

ROC : r1 < |z| < r2 .

Portanto,

X3(z) =z sin

(ω0

)(z2 − 1)

(1− cos

(ω0

)z + z2

)2

ROC: |z| > 1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 884

Exemplo 12 Determine a Transformada Z da sequencia

x[n] = an u[n] + bn u[−n− 1] .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 885

Solucao Aplicando a definicao:

X(z) =

∞∑

n=−∞

x[n] z−n

=

∞∑

n=0

an z−n +

−1∑

n=−∞

bn z−n

=

∞∑

n=0

(az−1

)n+

∞∑

m=1

(b−1z

)m.

A serie e convergente se∣∣az−1

∣∣ < 1 e

∣∣b−1z

∣∣ < 1 ,

isto e,

|z| > |a| e |z| < |b|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 886

Podemos ter 2 casos:

Caso |b| < |a| :

Neste caso nao ha uma intersecao das regioes e portanto nao existe X(z).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 887

Caso |b| > |a| :

Neste caso a intersecao das ROCs e um anel, |a| < |z| < |b|, e a forma fechada de

X(z) e dada por:

X(z) =1

1− az−1− 1

1− bz−1

=b− a

a + b− z − abz−1.

Portanto,

X(z) =b− a

a + b− z − abz−1

ROC : |a| < |z| < |b|

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 888

Exemplo 13 Determine a Transformada Z da sequencia finita

x[n] =

1 se −N − 1 ≤ n ≤ N ,

0 caso contrario.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 889

Solucao Usando a definicao:

X(z) =

N∑

n=−N−1

x[n] z−n

= zN+1 + zN + · · ·+ 1 + z−1 + · · ·+ z−N .

A serie e convergente em todo o plano z, exceto em z = 0.

Usando a formula para a soma de PGs,

N2∑

n=N1

αn =αN1 − αN2+1

1− α,

encontramos a forma fechada:

X(z) =zN+1 − z−N+1

1− z−1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 890

Forma fechada:

X(z) =zN+1 − z−N+1

1− z−1.

Porem, esta expressao nao esta definida para z = 1.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 891

Para z = 1, usamos a serie de potencia para obter

X(z)∣∣∣z=1

=

N∑

n=−N−1

x[n] z−n

=N∑

n=−N−1

x[n] (1)−n

= 2N + 2 .

Portanto,

X(z) =

2N + 2 se z = 1 ,

zN+1−z−N+1

1−z−1 se z 6= 1 ,

ROC : z 6= 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 892

Exemplo 14

Determine a sequencia semi-infinita a direita cuja Transformada Z e dada por

X(z) =1 + z−1

1− z−1 + 0.5z−2.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 893

Solucao A expansao em fracoes parciais e dada por:

X(z) =A1

1− p1z−1+

A2

1− p2z−1,

onde

A1 =1

2− j

3

2,

A2 =1

2+ j

3

2,

e

p1 =1

2+ j

1

2,

p2 =1

2− j

1

2.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 894

Usando a forma polar, temos:

A1 = |A1|ejα1 =

√10

2e−j1.25 ,

A2 = A∗1 =

√10

2ej1.25 ,

e

p1 = |p1|ejβ1 =1√2

ejπ/4 ,

p2 = p∗1 =1√2

e−jπ/4 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 895

Como os polos sao complexos conjugados, usamos a formula

Z−1

(A1

1− p1z−1+

A∗1

1− p∗1z−1

)

= 2 |A1| |p1|n cos(β1n + α1

)u[n] .

Portanto,

x[n] =√

10

(1√2

)n

cos(nπ

4− 1.25

)

u[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 896

Exemplo 15 Determine a Transformada Z da sequencia finita

x[n] =

1 se −N ≤ n ≤ N − 1,

0 caso contrario.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 897

Exemplo 16

Utilizando Transformada Z, calcule a convolucao das sequencias finitas x1[n] e

x2[n]:

x1[n] = 1, 0, 1 , 0, 1 ,

x2[n] = 1,−1, 0 ,−1, 1 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 898

Exemplo 17 Determine a Transformada Z inversa de

X(z) =1

1− 1.5z−1 + 0.5z−2.

para os casos:

(a) ROC : |z| > 1 .

(b) ROC : |z| < 0.5 .

(c) ROC : 0.5 < |z| < 1 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 899

Exercıcio.

1. (...)

(a) (...)

(b) (...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 13

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 901

13 Analise de sistemas lineares discretos

Conteudo

(a) ...

(b) ...

(c) ...

(d) Exemplos

(e) Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 902

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 14

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 904

14 Transformada discreta de Fourier (DFT)

Conteudo

(a) Revisao

(b) Serie discreta de Fourier

(c) Propriedades da DSF

(d) ...

(e) Exemplos

(f) Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 905

Referencias para este capıtulo

(a) Oppenheim & Schafer,

Discrete-time signal processing,

Prentice Hall, 1989.

(b) Paulo S. R. Diniz, Eduardo A. B. da Silva e Sergio L. Netto,

Digital signals processing: system analysis and design,

Cambridge University Press, 2002.

(c) J. Proakis e D. Manolakis,

Digital Signal Processing,

Prentice Hall, 1996.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 906

14.1 Revisao

Vamos iniciar fazendo uma breve revisao de Transformada de Fourier

(vide secao 2.7 de (Oppenheim & Schafer 1989), pag. 45.).

Equacao de sıntese: x[n] =1

∫ π

−π

X(ejω)ejωndω

Equacao de analise: X(ejω)

=

∞∑

n=−∞

x[n] e−jωn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 907

⋆ Uma condicao suficiente para a convergencia e :

∣∣X(ejω)∣∣ ≤

∞∑

n=−∞

∣∣x[n]

∣∣ <∞

⋆ Algumas sequencias nao sao absolutamente somaveis mas sao

quadraticamente somaveis .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 908

Exemplo 1 Sequencia absolutamente somavel.

Sequencia exponencial: x[n] = an u[n]

Transformada de Fourier:

X(ejω)

=

∞∑

n=−∞

x[n] e−jωn =

∞∑

n=0

(

a e−jω)n

⋆ X(ejω)

e convergente para∣∣a e−jω

∣∣ < 1 ⇒ |a| < 1 .

Forma fechada: X(ejω)

=1

1− a e−jω

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 909

Exemplo 2 Sequencia quadraticamente somavel.

Filtro passa-baixa ideal: H(ejω)

=

1 se |ω| < ωc

0 se ωc < |ω| ≤ π

Resposta ao pulso: h[n] =sin(ωcn

)

πn

⋆ h[n] nao e causal.

⋆ h[n] nao e uma PG!

⋆ h[n] nao e absolutamente somavel.

⋆ Porem, h[n] e quadraticamente somavel.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 910

Generalizacao

Usando a teoria de funcoes generalizadas , defini-se a Transformada de Fourier

de sequencias periodicas (nao absolutamente somaveis nem quadraticamente

somaveis) do tipo

x[n] =∑

k

ak ejωkn−∞ ≤ n ≤ ∞

como

X(ejω)

=

∞∑

r=−∞

2π ak δ (ω − ωk + 2πr)

onde δ(·) e a funcao impulso (com amplitude ∞).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 911

Exemplo 3 Sequencia exponencial complexa

x[n] = ejω0n , ∀n

Transformada de Fourier:

X(ejω)

=

∞∑

r=−∞

2πδ (ω − ω0 + 2πr) .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 912

14.2 Serie discreta de Fourier (DFS)

Seja uma sequencia periodica x[n] com perıodo N .

Propriedade de x[n] : x[n] = x[n + N ]

Nota. A notacao x indica sequencia periodica.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 913

Exemplo 4 Seja a sequencia periodica da figura.

t

x

b

b

b

b

b

b

b

b

b

N = 8

freq. =2π

N=

π

4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 914

A expansao em serie de Fourier de x[n] e dada por

x[n] =1

N

k

X[k] ejωf kn

onde :

⋆ ωf =2π

Ne a frequencia fundamental .

⋆ A constante1

Ne introduzida por conveniencia.

⋆ X[k] sao os coeficientes da expansao.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 915

Importante : Note que

ek[n] = ejωf kn = ejωf (k+rN)n = ek+rN [n]

⋆ ek[n] e ek+rN [n] sao a mesma sequencia!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 916

Exemplo 5 N = 4

e0[n] = ej( 2π4 ) 0 n = e0 = e4[n]

e1[n] = ej( 2π4 ) 1 n = ej(π

2 )n = e5[n]

e2[n] = ej( 2π4 ) 2 n = ej(π)n

e3[n] = ej( 2π4 ) 3 n = ej( 3π

2 )n

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 917

Representacao na forma de sequencias semi-infinitas :

e0[n] =1, 1, 1, 1, · · ·

e1[n] =1, j, −1, −j, · · ·

e2[n] =1, −1, 1, −1, · · ·

e3[n] =1, −j, −1, j, · · ·

e4[n] =1, 1, 1, 1, · · ·

...

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 918

Representacao na forma vetorial :

e0 =

1

1

1

1

, e1 =

1

j

−1

−j

, e2 =

1

−1

1

−1

, e3 =

1

−j

−1

j

,

e4 =

1

1

1

1

, · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 919

Cuidado Atencao para as diferentes notacoes e representacoes .

ek[n] = sequencia

ek[n] = sequencia semi-infinita

ek[n] = sequencia finita

ek = vetor

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 920

Conclusao : Somente sao necessarias N exponenciais complexas

(harmonicas) para a representacao em serie de Fourier da

sequencia periodica x[n]:

x[n] =1

N

N−1∑

k=0

X[k] ejωf kn

⋆ Esta e a equacao de sıntese .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 921

Determinacao dos coeficientes

Para obter os coeficientes X[k] da serie, exploramos a ortogonalidade das

exponenciais complexas.

⋆ Verificacao atraves de um exemplo simples.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 922

Exemplo 6 Verificacao da ortogonalidade para o caso N = 4.

e0[n] =1, 1, 1, 1, · · ·

e1[n] =1, j, −1, −j, · · ·

e2[n] =1, −1, 1, −1, · · ·

e3[n] =1, −j, −1, j, · · ·

...

Fato. Duas sequencias ei[n] e ej [n] sao ortogonais quando

⟨ei[n], ej [n]

⟩=

N−1∑

k=0

ei[k] e∗j [k] =

N se i = j

0 se i 6= j

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 923

Nota. Lembrar que estamos trabalhando com numeros complexos, portanto,

para x, y ∈ CN ,

⟨x, y⟩

= x∗T y = xHy = yHx

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 924

Exemplo 7 Norma Euclidiana em C2.

x =

[

1

j

]

xT x =[

1 j][

1

j

]

= 1− 1 = 0 (!?)

xHx =[

1 −j][

1

j

]

= 1 + 1 = 2 (Ok!)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 925

Portanto :

⟨e0, e0

⟩=[

1 1 1 1]∗ [

1 1 1 1]T

= 1 + 1 + 1 + 1 = 4

⟨e0, e1

⟩=[

1 1 1 1]∗ [

1 j −1 −j]T

= 1 + j − 1− j = 0

⟨e0, e2

⟩=[

1 1 1 1]∗ [

1 −1 1 −1]T

= 1− 1 + 1− 1 = 0

⟨e0, e3

⟩=[

1 1 1 1]∗ [

1 −j −1 j]T

= 1− j − 1 + j = 0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 926

⟨e1, e1

⟩=[

1 j −1 −j]∗ [

1 j −1 −j]T

= 1 + 1 + 1 + 1 = 4

⟨e1, e2

⟩=[

1 j −1 −j]∗ [

1 −1 1 −1]T

= 1 + j − 1− j = 0

⟨e1, e3

⟩=[

1 j −1 −j]∗ [

1 −j −1 j]T

= 1− 1 + 1− 1 = 0

⟨e2, e2

⟩=[

1 −1 1 −1]∗ [

1 −1 1 −1]T

= 1 + 1 + 1 + 1 = 4

⟨e2, e3

⟩=[

1 −1 1 −1]∗ [

1 −j −1 j]T

= 1 + j − 1− j = 0

⟨e3, e3

⟩=[

1 −j −1 j]∗ [

1 −j −1 j]T

= 1 + 1 + 1 + 1 = 4

⋆ Note quee0

N,

e1

N,

e2

N,

e3

N

forma uma base ortonormal .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 927

Neste exemplo,

x[n] =1

N

(

X[0]e0[n] + X[1]e1[n] + X[2]e2[n] + X[3]e3[n])

Multiplicando ambos os lados por eH0 [n] (e utilizando notacao vetorial para

simplificar) :

eH0 x =

1

N

(

X[0] eH0 e0︸ ︷︷ ︸

N

)

ou melhor,

N−1∑

n=0

x[n] e−j( 2πN )0n = X[0]

⋆ Note o sinal (−) devido a conjugacao.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 928

A obtencao do coeficiente X[1] e similar :

eH1 x =

1

N

(

X[1] eH1 e1︸ ︷︷ ︸

N

)

isto e,

N−1∑

n=0

x[n] e−j( 2πN )1n = X[1]

Pode-se verificar facilmente que a formula geral para se obter a sequencia X[k] e :

X[k] =

N−1∑

n=0

x[n] e−j( 2πN )kn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 929

Interpretacao

Os coeficientes X[k] podem ser interpretados como

• Sequencia de comprimento finito (k = 0, · · · , N − 1), ou

• Sequencia periodica definida para todo (k ∈ Z).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 930

E usual definir-se o valor complexo

WN = e−j( 2πN ) = e−jωf

Dessa forma :

Equacao de sıntese : x[n] =1

N

N−1∑

k=0

X[k]W−knN

Equacao de analise : X[k] =

N−1∑

n=0

x[n]W knN

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 931

Notacao

Vamos indicar a relacao entre as sequencias periodicas x[n] e X[k] pela seguinte

notacao :

x[n]←DFS−−−−→ X[k]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 932

Exemplo 8 Seja a sequencia periodica

x[n] =

∞∑

r=−∞

δ[n + rN

]

0

1

x[n]

N

· · ·

2N

· · ·1 1

· · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 933

Os coeficientes da DFS sao :

X[k] =

N−1∑

n=0

δ[n] W−knN = δ[0]W 0

N = 1

⇒ X[k] =1, 1, 1, 1, · · ·

Portanto,

x[n] =1

N

N−1∑

k=0

1 W−knN =

1

N

N−1∑

k=0

ej( 2πN )kn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 934

No caso N = 4 (e usando notacao vetorial) :

x =

1

0

0

0

=1

4

(

X[0]e0 + X[1]e1 + X[2]e2 + X[3]e3

)

=1

4

1

1

1

1

1

+ 1

1

j

−1

−j

+ 1

1

−1

1

−1

+ 1

1

−j

−1

j

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 935

Portanto,

x =

1

0

0

0

←DFS−−−−→

1

1

1

1

= X

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 936

Exemplo 9 Seja x1[n] = x[n− 1].

x[n] e o trem de impulsos do exemplo anterior.

Por simplicidade, vamos tomar novamente N = 4 .

0

1

x1[n]

5

· · ·1

1 2 3 4

· · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 937

Os coeficientes X1[k] sao dados por :

X1[k] =

N−1∑

n=0

δ[n− 1] W kn4 = W k

4 = e−j( 2π4 )k = e−j(π

2 )k

⇒ X1[k] =1, −j, −1, j, · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 938

Portanto,

x[n] =1

4(1 e0[n] + (−j) e1[n] + (−1) e2[n] + j e3[n])

Verificacao (usando notacao vetorial) :

x =1

4

1

1

1

1

1

+ (−j)

1

j

−1

−j

+ (−1)

1

−1

1

−1

+ j

1

−j

−1

j

=1

4

1

1

1

1

+

−j

1

j

−1

+

−1

1

−1

1

+

j

1

−j

−1

=

0

1

0

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 939

Observe o rodızio nos vetores :

−j e1 = −jj

−1

−j

1

1

j

−1

−j

=

⋆ Esse rodızio pode ser observado em todos os vetores.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 940

Resultado,

x1 =

0

1

0

0

←DFS−−−−→

1

−j

−1

j

= X1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 941

Exemplo 10 Seja a sequencia da figura abaixo.

1

x[n]· · ·

1 2 3 4

· · ·

0 10

1

14

O perıodo e N = 10 .

Os coeficientes da expansao sao dados por :

X[k] =4∑

n=0

W kn10 =

4∑

n=0

e−j( 2π10 )kn

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 942

A expressao para os coeficientes pode ser reescrita como :

X[k] =1−W 5k

10

1−W k10

= e−j( 4π10 )k sin

(π2 k)

sin(

π10k)

Portanto :

−2 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 8−1

0

1

2

3

4

5

6

ω

∣∣X(ejω)∣∣

Figura 87: Modulo de X[k].

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 943

Importante : A sequencia periodica X[k] pode ser interpretada como as amostras,

igualmente espacadas, da Transformada de Fourier de um perıodo

de x[n].

Para comprovar essa relacao, vamos considerar uma sequencia periodica x[n].

Por exemplo,

x[n]· · ·· · ·

0 N 2N

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 944

Vamos denotar por x[n] a sequencia (aperiodica) correspondente a um perıodo de

x[n] :

x[n]· · ·· · ·

0 N

Ou melhor,

x[n] =

x[n] se 0 ≤ n ≤ N − 1

0 caso contrario

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 945

Como x[n] = x[n] no intervalo (0 ≤ n ≤ N − 1), temos que a Transformada de

Fourier de x[n] e dada por :

X(ejω)

=

N−1∑

n=0

x[n] e−jωn =

N−1∑

n=0

x[n] e−jωn

Comparando-se esta expressao com a equacao de analise

X[k] =

N−1∑

n=0

x[n] e−j( 2πN )kn

concluımos que X[k] = X(ejω)∣∣∣ω= 2π

Nk

⋆ Isto corresponde a amostrar a Transformada de Fourier em N frequencias

entre ω = 0 e ω = 2π com espacamento de2π

N.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 946

14.3 Propriedades da DFS

Linearidade

Se x1[n] ←DFS−−−−→ X1[k]

x2[n] ←DFS−−−−→ X2[k]

Entao : α1x1[n] + α2x2[n] ←DFS−−−−→ α1X1[k] + α2X2[k]

Nota. x1[n] e x2[n] tem o mesmo perıodo N .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 947

Exemplo 11 Seja a sequencia periodica

0

x2[n]

5

· · ·

1 2 3 4

· · ·1 1

Note que :

x2[n] = x[n] + x[n− 1]

= x[n] + x1[n]

onde x[n] e a sequencia do exemplo 7 e

x1[n] = x[n− 1] foi analisada no exemplo 8.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 948

Neste exemplo,

X2[k] =

3∑

n=0

x2[n]W kn4 =

1∑

n=0

W kn4 = 1 + W k

4

Portanto,

X2[k] = X[k] + X1[k] = 1 + W k4 = 1 + e−j(π

2 )k

Usando notacao vetorial, temos que

x2 =1

4(2 e0 + (1− j) e1 + (0) e2 + (1 + j) e3)

=1

4

2

1

1

1

1

+ (1− j)

1

j

−1

−j

+ (0)

1

−1

1

−1

+ (1 + j)

1

−j

−1

j

=

1

1

0

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 949

Resultado,

x2 =

1

1

0

0

←DFS−−−−→

2

1− j

0

1 + j

= X2

Relembrando,

X =

1

1

1

1

, X1 =

1

−j

−1

j

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 950

Shift

Se x[n] ←DFS−−−−→ X[k]

Entao : x[n−m] ←DFS−−−−→ W kmN X[k]

Da mesma forma, devido a dualidade entre x[n] e X[k], tem-se que

W−lnN x[n] ←DFS−−−−→ X[k − l]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 951

Exemplo 12 Seja a sequencia periodica

0

x3[n]

5

· · ·

1 2 3 4

· · ·1 1

Note que x3[n] = x[n] + x[n− 3]

ou ainda, x3[n] = x2[n− 3]

onde x[n] e a sequencia do exemplo 8 e

x2[n] foi analisada no exemplo 11.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 952

Neste exemplo,

X3[k] =

3∑

n=0

x3[n]W kn4 = 1 + W 3k

4

Considerando x3[n] = x[n] + x[n− 3] ⇒ m = 3

entao,

X3[k] = X[k] + Wmk4 X[k] = 1 + W 3k

4 = 1 + e−j( 2π4 )3k

⇒ X3[k] =1, 1, 1, 1, · · ·

+1, j, −1, −j, · · ·

=2, (1 + j), 0, (1− j), · · ·

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 953

Considerando x3[n] = x2[n− 3] ⇒ m = 3

temos,

X3[k] = Wmk4 X2[k] = W 3k

4

(

1 + W k4

)

= W 3k4 + W 4k

4

Porem, W 4k4 = W 0k

4 = 1

entao

X3[k] = W 3k4 + W 0k

4 = W 3k4 + 1

⋆ Mesmo resultado!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 954

Usando notacao vetorial, temos que

x3 =1

4(2 e0 + (1 + j) e1 + (0) e2 + (1− j) e3)

=1

4

2

1

1

1

1

+ (1 + j)

1

j

−1

−j

+ (0)

1

−1

1

−1

+ (1− j)

1

−j

−1

j

=

1

0

0

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 955

Resultado,

x3 =

1

0

0

1

←DFS−−−−→

2

1 + j

0

1− j

= X3

Relembrando,

X =

1

1

1

1

, X2 =

2

1− j

0

1 + j

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 956

Dualidade

⋆ Sequencia aperiodica ←F−−→ funcao periodica

⋆ Sequencia periodica ←F−−→ funcao periodica

⋆ As unicas diferencas entre as equacoes de sıntese e analise sao :

• O fator 1N na equacao de sıntese.

• O expoente negativo na equacao de sıntese.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 957

Portanto, podemos reescrever a equacao de sıntese

x[n] =1

N

N−1∑

k=0

X[k] W−knN

como (trocando n por −n)

Nx[−n] =N−1∑

k=0

X[k] W knN

Fazendo-se a troca de n por k :

Nx[−k] =N−1∑

n=0

X[n] WnkN

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 958

A equacao anterior

Nx[−k] =N−1∑

n=0

X[n] WnkN

e semelhante a equacao de analise

X[k] =N−1∑

n=0

X[n] W knN

Conclusao : X[n] ←DFS−−−−→ Nx[−k]

isto e, os coeficientes da DFS da sequencia periodica X[n]

sao dados por Nx[−k].

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 959

Propriedades da simetria

⋆ Similares as da Transformada de Fourier.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 960

Convolucao periodica

Se x1[n] ←DFS−−−−→ X1[k]

x2[n] ←DFS−−−−→ X2[k]

Entao :N−1∑

m=0

x1[m] x2[n−m] ←DFS−−−−→ X1[k] X2[k]

⋆ O produto das funcoes no domınio da frequencia corresponde a convolucao

das funcoes no domınio do tempo.

⋆ Como as sequencias envolvidas tem perıodo N , a convolucao e feita somente

em um perıodo, daı o nome de convolucao periodica .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 961

Resumo das propriedades

⋆ As propriedades da DFS estao resumidas na Tabela 8.1,

(Oppenheim & Schafer 1989), pag. 525.

Notacao : x[n]DFS−−−−→ X[k]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 962

Sequencia DFS

1 x[n] X[k], perıodo N

2 xi[n] Xi[k], perıodo N

3 ax1[n] + bx2[n] aX1[k] + bX2[k]

4 X[n] N x[−k]

5 x[n−m] W kmN X[k]

6 W−lnN x[n] X[k − l]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 963

Sequencia DFS

7

N−1∑

m=0

x1[m] x2[n−m] X1[k] X2[k]

8 x1[n] x2[n]1

N

N−1∑

m=0

X1[l] X2[k − l]

9 x∗[n] X∗[−k]

10 x∗[−n] X∗[k]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 964

Sequencia DFS

11 Re

x[n]

Xe[k]

12 Im

x[n]

Xo[k]

13 xe[n] Re

X[k]

14 xo[n] Im

X[k]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 965

14.4 Transformada discreta de Fourier (DFT)

Vamos considerar uma sequencia finita x[n] com comprimento N .

Propriedade : x[n] = 0, se n /∈ [0, N − 1]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 966

Exemplo 13 Sequencia finita

0

x[n]· · ·

1 2

· · ·

⋆ Esta e uma sequencia de comprimento N ≥ 3 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 967

⋆ Sempre e possıvel associar uma sequencia periodica x[n] a sequencia

aperiodica x[n] :

x[n] =

∞∑

r=−∞

x[n + rN ]

Notacao alternativa :

x[n] = x[(n modulo N)

]

ou ainda

x[n] = x[((n))N

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 968

⋆ Tambem podemos recuperar a sequencia finita original x[n] :

x[n] =

x[n] se n ∈ [0, N − 1]

0 caso contrario

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 969

Lembrando que

x[n]︸︷︷︸

Perıodo N

←DFS−−−−→ X[k]︸︷︷︸

Perıodo N

Definicao. Transformada discreta de Fourier (DFT)

x[n] ←DFS−−−−→ X[k] =

X[k] se k ∈ [0, N − 1]

0 caso contrario

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 970

Notacao :

X[k] = X[(k modulo N)

]= X

[((k))N

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 971

Portanto, as equacoes de sıntese e analise da DFT sao :

Equacao de sıntese: x[n] =1

N

N−1∑

k=0

X[k] W−knN

Equacao de analise: X[k] =

N−1∑

n=0

x[n] W knN

Notacao :

x[n] ←DFT−−−−→ X[k]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 972

Exemplo 14

Calcule a convolucao circular das sequencias finitas dadas abaixo:

x1[n] =

1, 2, 1, 2, 1, 2

,

x2[n] =−1, 1,−1, 1,−1, 1

,

utilizando:

(a) Calculo direto.

(b) Transformada Discreta de Fourier (DFT).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 973

(a) Calculo direto da convolucao circular:

x1[n] =

1, 2, 1, 2, 1, 2

x2[n] =−1, 1,−1, 1,−1, 1

x2[0]x1[n] =−1,−2,−1,−2,−1,−2

x2[1]x1[n− 1] =

2, 1, 2, 1, 2, 1

x2[2]x1[n− 2] =−1,−2,−1,−2,−1,−2

x2[3]x1[n− 3] =

2, 1, 2, 1, 2, 1

x2[4]x1[n− 4] =−1,−2,−1,−2,−1,−2

x2[5]x1[n− 5] =

2, 1, 2, 1, 2, 1

Resposta: x1[n] ⊛ x2[n] =

3,−3, 3,−3, 3,−3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 974

(b) Para calcular a convolucao circular via DFT aplicamos a propriedade:

x1[n] ←DFT−−−−→ X1[k]

x2[n] ←DFT−−−−→ X2[k]

x1[n] ⊛ x2[n] ←DFT−−−−→ X1[k] X2[k]

Por ser mais simples, utilizamos notacao matricial.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 975

Para N = 6 , temos

W 06

W 16W 2

6

W 36

W 46 W 5

6

Figura. Cırculo unitario (N = 6).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 976

Assim, obtemos a DFT de x1[n] como:

X1 = F6 x1 =

1 1 1 1 1 1

1 W 16 W 2

6 W 36 W 4

6 W 56

1 W 26 W 4

6 W 06 W 2

6 W 46

1 W 36 W 0

6 W 36 W 0

6 W 36

1 W 46 W 2

6 W 06 W 4

6 W 26

1 W 56 W 4

6 W 36 W 2

6 W 16

x1

=

1 1 1 1 1 1

1 W 16 W 2

6 −1 W 46 W 5

6

1 W 26 W 4

6 1 W 26 W 4

6

1 −1 1 −1 1 −1

1 W 46 W 2

6 1 W 46 W 2

6

1 W 56 W 4

6 −1 W 26 W 1

6

1

2

1

2

1

2

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 977

Porem, devido a simetria:

W 46 = −W 1

6

W 26 = −W 5

6

Portanto,

X1 =

1 1 1 1 1 1

1 W 16 −W 5

6 −1 −W 16 W 5

6

1 −W 56 −W 1

6 1 −W 56 −W 1

6

1 −1 1 −1 1 −1

1 −W 16 −W 5

6 1 −W 16 −W 5

6

1 W 56 −W 1

6 −1 −W 56 W 1

6

1

2

1

2

1

2

=

9

−1 + W 16 + W 5

6

3(1−W 1

6 −W 56

)

−3

3(1−W 1

6 −W 56

)

−1 + W 16 + W 5

6

⋆ Somente W 16 e W 5

6 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 978

Como

W 16 = e−j 60

W 56 = ej 60

e facil verificar que

−1 + W 16 + W 5

6 = 0

Portanto,

X1 =

9

−1 + W 16 + W 5

6

3(1−W 1

6 −W 56

)

−3

3(1−W 1

6 −W 56

)

−1 + W 16 + W 5

6

=

9

0

0

−3

0

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 979

A DFT da sequencia x2[n] e obtida de forma semelhante:

X2 = F6 x2 =

1 1 1 1 1 1

1 W 16 −W 5

6 −1 −W 16 W 5

6

1 −W 56 −W 1

6 1 −W 56 −W 1

6

1 −1 1 −1 1 −1

1 −W 16 −W 5

6 1 −W 16 −W 5

6

1 W 56 −W 1

6 −1 −W 56 W 1

6

−1

1

−1

1

−1

1

=

0

2(1−W 1

6 −W 56

)

0

−6

0

2(1−W 1

6 −W 56

)

=

0

0

0

−6

0

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 980

Portanto,

X3 = X1 X2 =

9

0

0

−3

0

0

0

0

0

−6

0

0

=

0

0

0

18

0

0

⋆ Observe que o produto e elemento a elemento !!

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 981

Aplicando a anti-transformada:

x3 = F−16 X3 =

1

6

1 1 1 1 1 1

1 W−16 W−2

6 −1 W−46 W−5

6

1 W−26 W−4

6 1 W−26 W−4

6

1 −1 1 −1 1 −1

1 W−46 W−2

6 1 W−46 W−2

6

1 W−56 W−4

6 −1 W−26 W−1

6

0

0

0

18

0

0

=1

6

18

−18

18

−18

18

−18

=

3

−3

3

−3

3

−3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

EE Escola de Engenharia

DEL Departamento de Eletronica

EEL-555 Sistemas Lineares II

Capıtulo # 15

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 983

15 Fast Fourier Transform (FFT)

Conteudo

(a) ...

(b) ...

(c) ...

(d) Exemplos

(e) Exercıcios

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 984

Referencias para este capıtulo:

(a) Gilbert Strang,

Linear algebra and its applications,

Harcourt Brace Jovanovich, Publishers, 1988.

(b) J. Proakis e D. Manolakis,

Digital Signal Processing,

Prentice Hall, 1996.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 985

15.1 Forma matricial da DFT

Teorema da Algebra Linear :

Toda transformacao linear tem uma representacao matricial.

⋆ A DFT e uma transformacao linear, entao existe uma representacao

matricial .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 986

Exemplo 1 N = 4

X[k] =

N−1∑

n=0

x[n] W knN

Portanto,

X[0] = x[0]W 04 + x[1]W 0

4 + x[2]W 04 + x[3]W 0

4

X[1] = x[0]W 04 + x[1]W 1

4 + x[2]W 24 + x[3]W 3

4

X[2] = x[0]W 04 + x[1]W 2

4 + x[2]W 44 + x[3]W 6

4

X[3] = x[0]W 04 + x[1]W 3

4 + x[2]W 64 + x[3]W 9

4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 987

O sistema de equacoes

X[0] = x[0]W 04 + x[1]W 0

4 + x[2]W 04 + x[3]W 0

4

X[1] = x[0]W 04 + x[1]W 1

4 + x[2]W 24 + x[3]W 3

4

X[2] = x[0]W 04 + x[1]W 2

4 + x[2]W 44 + x[3]W 6

4

X[3] = x[0]W 04 + x[1]W 3

4 + x[2]W 64 + x[3]W 9

4

tambem pode ser escrito na forma

X[k] =

W 04 W 0

4 W 04 W 0

4

W 04 W 1

4 W 24 W 3

4

W 04 W 2

4 W 44 W 6

4

W 04 W 3

4 W 64 W 9

4

x[n]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 988

Ou melhor,

X[k] = F x[n] , F =

W 04 W 0

4 W 04 W 0

4

W 04 W 1

4 W 24 W 3

4

W 04 W 2

4 W 44 W 6

4

W 04 W 3

4 W 64 W 9

4

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 989

Porem,

W 04 = 1 W 4

4 = W 04 = 1

W 64 = W 2

4 W 94 = W 1

4

Entao,

F =

1 1 1 1

1 W 14 W 2

4 W 34

1 W 24 1 W 2

4

1 W 34 W 2

4 W 14

=

1 1 1 1

1 −j −1 j

1 −1 1 −1

1 j −1 −j

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 990

Propriedades de F :

• F = FT

• Inversa simples.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 991

Fato A inversa da matriz F e dada por

F−1 =1

N

1 1 1 1

1 W−14 W−2

4 W−34

1 W−24 W−4

4 W−64

1 W−34 W−6

4 W−94

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 992

Verificacao :

F−1 =1

4

1 1 1 1

1 j −1 −j

1 −1 1 −1

1 −j −1 j

F−1 F =1

4

1 1 1 1

1 j −1 −j

1 −1 1 −1

1 −j −1 j

1 1 1 1

1 −j −1 j

1 −1 1 −1

1 j −1 −j

= I

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 993

Notacao E usual denotar

F4 =

1 1 1 1

1 −j −1 j

1 −1 1 −1

1 j −1 −j

Assim,

F2 =

[

1 1

1 −1

]

F3 =

1 1 1

1 e2π/3 e4π/3

1 e4π/3 e8π/3

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 994

Ideia : Calcular X[k] = F4x[n] utilizando F2.

X[k] = F4 x[n] → ...

[

F2 0

0 F2

][

x′

x′′

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 995

Resultado Cooley & Tukey, 1965

x[n] →[

x′[n]

x′′[n]

]

X ′[k] = FN/2 x′[n]

X ′′[k] = FN/2 x′′[n]

X[k] = X ′[k] + W kN X ′′[k]

(k = 0, · · · , N/2− 1

)

X[k + N/2− 1] = X ′[k]−W kN X ′′[k]

(k = 0, · · · , N/2− 1

)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 996

Exemplo 2 N = 4

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 997

Exemplo 3 N = 8

Calcular a FFT da sequencia

x[n] =−2, 1, −1, 1, −2, 1, −1, 1

,

utilizando:

(a) A representacao matricial da equacao de analise.

(b) O algoritmo FFT.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 998

(a) Utilizamos notacao matricial, temos

X = F8 x =

2666666666666641 1 1 1 1 1 1 1

1 W 18 W 2

8 W 38 W 4

8 W 58 W 6

8 W 78

1 W 28 W 4

8 W 68 W 0

8 W 28 W 4

8 W 68

1 W 38 W 6

8 W 18 W 4

8 W 78 W 2

8 W 58

1 W 48 W 0

8 W 48 W 0

8 W 48 W 0

8 W 48

1 W 58 W 2

8 W 78 W 4

8 W 18 W 6

8 W 38

1 W 68 W 4

8 W 28 W 0

8 W 68 W 4

8 W 28

1 W 78 W 6

8 W 58 W 4

8 W 38 W 2

8 W 18

377777777777775x

=

2666666666666641 1 1 1 1 1 1 1

1 W 18 W 2

8 W 38 −1 W 5

8 W 68 W 7

8

1 W 28 W 4

8 W 68 1 W 2

8 W 48 W 6

8

1 W 38 W 6

8 W 18 −1 W 7

8 W 28 W 5

8

1 −1 1 −1 1 −1 1 −1

1 W 58 W 2

8 W 78 −1 W 1

8 W 68 W 3

8

1 W 68 W 4

8 W 28 1 W 6

8 W 48 W 2

8

1 W 78 W 6

8 W 58 −1 W 3

8 W 28 W 1

8

377777777777775266666666666664

−2

1

−1

1

−2

1

−1

1

377777777777775Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 999

Utilizando as identidades

W 08 + W 4

8 = 0

W 18 + W 5

8 = 0

W 28 + W 6

8 = 0

W 38 + W 7

8 = 0

o resultado da multiplicacao e:

X =

−2

0

−2

0

−10

0

−2

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1000

Resposta (em notacao vetorial):

X =

−2

0

−2

0

−10

0

−2

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1001

(b) Solucao utilizando o algoritmo FFT.

O algoritmo FFT e uma maneira numericamente eficiente de se efetuar o produto

X = FN x

onde

x =

x0

x1

x2

...

xN−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1002

Algoritmo FFT:

Passo 1: Dividir o vetor x da seguinte forma:

x(1) =

x0

x2

...

xN−2

x(2) =

x1

x3

...

xN−1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1003

Passo 2: Calcular

X(1) = FN/2 x(1)

X(2) = FN/2 x(2)

Passo 3: Recuperar o valor de X utilizando o seguinte algoritmo (Cooley &

Tukey):

X[k] = X(1)[k] + W−kN X(2)[k]

X[k + N/2] = X(1)[k]−W−kN X(2)[k]

para

k = 0, 1, · · · , N

2− 1 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1004

Para a sequencia da questao, N = 8. Assim, aplicamos o algoritmo FFT

sucessivamente da seguinte forma.

Representacao vetorial da sequencia x[n]:

x =

−2

1

−1

1

−2

1

−1

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1005

Passo 1: Dividimos o vetor x ∈ R8 em 2 vetores pertencentes a R4

x(1) =

−2

−1

−2

−1

x(2) =

1

1

1

1

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1006

Em seguida, dividimos cada um dos vetores resultantes em vetores pertencentes a

R2

x(1,1) =

[

−2

−2

]

x(1,2) =

[

−1

−1

]

x(2,1) =

[

1

1

]

x(2,2) =

[

1

1

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1007

Passo 2: Calculamos

X(1,1) = F2 x(1,1) =

[

1 1

1 −1

][

−2

−2

]

=

[

−4

0

]

X(1,2) = F2 x(1,2) =

[

1 1

1 −1

][

−1

−1

]

=

[

−2

0

]

X(2,1) = F2 x(2,1) =

[

1 1

1 −1

][

1

1

]

=

[

2

0

]

X(2,2) = F2 x(2,2) =

[

1 1

1 −1

][

1

1

]

=

[

2

0

]

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1008

Passo 3: Recuperamos inicialmente os vetores X(1) e X(2) utilizando o algoritmo

de Cooley & Tukey para (k = 0, 1)

X(1)[k] = X(1,1)[k] + W−k4 X(1,2)[k] ,

X(1)[k + 2] = X(1,1)[k]−W−k4 X(1,2)[k] ,

X(2)[k] = X(2,1)[k] + W−k4 X(2,2)[k] ,

X(2)[k + 2] = X(2,1)[k]−W−k4 X(2,2)[k] .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1009

Utilizando a forma matricial, os vetores X(1) e X(2) sao obtidos como:

X(1) =

1 0 W 04 0

0 1 0 W−14

1 0 −W 04 0

0 1 0 −W−14

X(1,1)

X(1,2)

=

1 0 1 0

0 1 0 j

1 0 −1 0

0 1 0 −j

−4

0

−2

0

=

−6

0

−2

0

,

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1010

X(2) =

1 0 W 04 0

0 1 0 W−14

1 0 −W 04 0

0 1 0 −W−14

X(2,1)

X(2,2)

=

1 0 1 0

0 1 0 j

1 0 −1 0

0 1 0 −j

2

0

2

0

=

4

0

0

0

.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1011

Em seguida, aplicamos novamente o algoritmo de Cooley & Tukey para recuperar o

vetor X

X[k] = X(1)[k] + W−k8 X(2)[k] ,

X[k + 4] = X(1)[k]−W−k8 X(2)[k] ,

onde (k = 0, 1, 2, 3).

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1012

Usando notacao matricial,

X =2666666666666666664

1 0 0 0 W 08 0 0 0

0 1 0 0 0 W−18 0 0

0 0 1 0 0 0 W−28 0

0 0 0 1 0 0 0 W−38

1 0 0 0 −W 08 0 0 0

0 1 0 0 0 −W−18 0 0

0 0 1 0 0 0 −W−28 0

0 0 0 1 0 0 0 −W−38

377777777777777777524X(1)

X(2)

35=

26666666666666666641 0 0 0 1 0 0 0

0 1 0 0 0 W−18 0 0

0 0 1 0 0 0 j 0

0 0 0 1 0 0 0 W−38

1 0 0 0 −1 0 0 0

0 1 0 0 0 −W−18 0 0

0 0 1 0 0 0 −j 0

0 0 0 1 0 0 0 −W−38

3777777777777777775266666666666664

−6

0

−2

0

4

0

0

0

377777777777775 =

2666666666664 −2

0

−2

0

−10

0

−2

0

3777777777775 .

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1013

Resposta (em notacao vetorial):

X =

−2

0

−2

0

−10

0

−2

0

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1014

15.2 Diagrama Butterfly

(...)

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007

EEL-555 Sistemas Lineares II 1015

Referencias

Oppenheim, A. V. & Schafer, R. W. (1989), Discrete–Time Signal Processing,

Prentice–Hall, Englewood Cliffs, NJ.

C. T. Chen (1999), Linear Systems Theory and Design , 3rd edn, Oxford.

William L. Brogan (1991), Modern Control Theory , 3rd edn, Prentice Hall.

Slotine, J. J. E. & Li, W. (1991), Applied Nonlinear Control, Prentice–Hall

International, Inc.

Strang, G. (1988), Linear Algebra and Its Applications, Harcourt Brace Jovanovich,

Publishers.

Prof. Ramon [Parte I] [Parte II] [09:29] 24 de Abril de 2007