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CCB UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / NUTRIÇÃO E SAÚDE AÇÃO DA VITAMINA E SOBRE LESÃO ATEROSCLERÓTICA PRÉ-FORMADA EM CAMUNDONGOS LDLR -/- Tatiana Bering (Bolsista PIBIC/CNPq); Angélica Heringer Rezende (Pós-graduando MS); Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Docente Colaborador); Céphora Maria Sabarense (Orientador) Considerando as reações oxidativas e inflamatórias que caracterizam a aterosclerose, a vitamina E torna-se um importante coadjuvante no tratamento da aterosclerose, por sua propriedade antioxidante. A partir desta premissa, o presente estudo foi conduzido a fim de ser avaliado o efeito de dieta suplementada com vitamina E sobre a lesão aterosclerótica em camundongos LDLR -/-. O estudo, dividido em duas fases, foi realizado com 44 camundongos. Na primeira fase, para indução da lesão aterosclerótica, os animais foram alimentados durante seis semanas com dieta aterogênica, e o grupo controle com dieta semipurificada. Na segunda fase, com duração de oito semanas, os animais do grupo controle continuaram recebendo dieta semipurificada e os do grupo que recebeu dieta aterogênica foram divididos em 3 grupos: recebendo, respectivamente, dieta aterogênica; dieta semipurificada suplementada com 1% de acetato de vitamina E e dieta semipurificada sem suplementação. Foi determinada a concentração hepática de vitamina E, bem como o perfil sérico de lipoproteínas, colesterol total e triacilgliceróis. Foram avaliados histologicamente a área total da lesão aterosclerótica e o percentual de obstrução da aorta. O grupo que recebeu a suplementação de vitamina E teve maior concentração hepática de vitamina E. A adição de vitamina E às dietas resultou no desenvolvimento de um perfil de lipídios séricos considerado menos aterogênico, com menores concentrações de colesterol total e de LDL. Além disso, esse grupo apresentou formação de lesões menos extensas, com alterações degenerativas e necróticas de grau menos intenso. Os resultados sugerem que a suplementação com vitamina E 264

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AÇÃO DA VITAMINA E SOBRE LESÃO ATEROSCLERÓTICA PRÉ-FORMADA EM CAMUNDONGOS LDLR -/-

Tatiana Bering (Bolsista PIBIC/CNPq); Angélica Heringer Rezende (Pós-graduando MS); Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Docente Colaborador); Céphora Maria Sabarense (Orientador)

Considerando as reações oxidativas e inflamatórias que caracterizam a aterosclerose,  a vitamina E torna-se um importante coadjuvante no tratamento da aterosclerose, por sua propriedade antioxidante. A partir desta premissa, o presente estudo foi conduzido a fim de ser avaliado o efeito de dieta suplementada com vitamina E sobre a lesão aterosclerótica em camundongos LDLR -/-. O estudo, dividido em duas fases, foi realizado com 44 camundongos. Na primeira fase, para indução da lesão aterosclerótica, os animais foram alimentados durante seis semanas com dieta aterogênica, e o grupo controle com dieta semipurificada. Na segunda fase, com duração de oito semanas, os animais do grupo controle continuaram recebendo dieta semipurificada e os do grupo que recebeu dieta aterogênica foram divididos em 3 grupos: recebendo, respectivamente, dieta aterogênica; dieta semipurificada suplementada com 1% de acetato de vitamina E e dieta semipurificada sem suplementação. Foi determinada a concentração hepática de vitamina E, bem como o perfil sérico de lipoproteínas, colesterol total e triacilgliceróis. Foram avaliados histologicamente a área total da lesão aterosclerótica e o percentual de obstrução da aorta. O grupo que recebeu a suplementação de vitamina E teve maior concentração hepática de vitamina E. A adição de vitamina E às dietas resultou no desenvolvimento de um perfil de lipídios séricos considerado menos aterogênico, com menores concentrações de colesterol total e de LDL. Além disso, esse grupo apresentou formação de lesões menos extensas, com alterações degenerativas e necróticas de grau menos intenso. Os resultados sugerem que a suplementação com vitamina E reduz a progressão de lesões ateroscleróticas pré-estabelecidas na aorta de camundongos LDLR -/-. (PIBIC/CNPq)

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ANÁLISE DO FLUXOGRAMA DE CREME DE MILHO SERVIDO EM RESTAURANTE, DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DO APPCC

Déborah Franco Gonçalves (Estagiário Voluntário), Júlia Cristina Cardoso Carraro (Estagiário Voluntário), Juliana Medeiros Leão (Estagiário Voluntário), Thiago Balbi Seixas (Estagiário Voluntário), Ana Íris Mendes Coelho (Orientador)

O controle do processo de produção de refeições em restaurantes é importante para garantir o oferecimento de alimentos seguros para os clientes. Uma etapa da produção em que uma medida de controle preventivo pode ser efetuada para eliminar, prevenir ou minimizar os perigos, constitui um ponto crítico de controle (PCC), segundo os princípios do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). O objetivo deste trabalho foi avaliar, de acordo com os princípios do APPCC, o fluxograma de produção e distribuição do creme de milho servido durante o almoço em restaurante institucional, para identificar possíveis pontos críticos de controle. Foram acompanhadas as etapas de estocagem dos ingredientes, pré-preparo, preparo e distribuição da guarnição, com a aferição da temperatura interna dos alimentos, utilizando-se o termômetro digital Salvterm 1200. Os dados obtidos possibilitaram a elaboração de um fluxograma que foi analisado por meio da árvore decisória. O estudo foi desenvolvido no segundo semestre de 2007, em restaurante institucional que servia diariamente, no horário do almoço, aproximadamente 3500 refeições. Foram encontrados pontos críticos de controle nas etapas de pré-preparo e distribuição da preparação e descarte dos resíduos. Conclui-se que para distribuir essa preparação sem colocar em risco a saúde dos clientes, as etapas apontadas como pontos críticos de controle devem ser monitoradas e que a ocorrência de falhas nesse controle poderá, além de comprometer o próprio restaurante, implicar em conseqüências para a saúde de um número expressivo de pessoas. 

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ANÁLISE DO PERFIL DOS ÁCIDOS GRAXOS DE DIFERENTES TECIDOS EM ANIMAIS COM INDUÇÃO DE CÂNCER DE CÓLON

Fernanda Guimarães Drumond Silva (Bolsista PIBIC/CNPq); Flávia Xavier Valente (Bolsista IC); Luisa Costa Penna Penido (Bolsista IC); Maria Carolina Santos Mendes (Pós-Graduando, MS); Céphora Maria Sabarense (Docente colaboradora); Cristina Maria Ganns Chaves Dias (Colaboradora); Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Orientadora)

Todo câncer inicia quando uma célula se divide continuamente. Câncer de cólon é o termo utilizado para se referir aos tumores que se desenvolvem no trato gastrintestinal, na primeira porção do intestino grosso. Estudos indicam que o butirato, ácido graxo de cadeia curta, produzido através da fermentação das fibras pelas bactérias, auxiliaria na prevenção dessa doença. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito preventivo em ratos com indução do câncer de cólon. Foram utilizados vinte ratos Wistar, metade dos animais foram tratados com solução de butirato desde o início do experimento e a outra metade recebeu apenas água. As fezes dos animais foram coletadas dois dias antes do sacrifício. Após quatro semanas, todos os animais sofreram eutanásia e foram coletados: fígado, tecido adiposo abdominal e intestino grosso. Para verificar as alterações do processo carcinogênico e o efeito preventivo do butirato analisou-se o perfil lipídico dos tecidos e quantificação do teor de ácido graxo de cadeia curta das fezes. A comparação de diferença entre os grupos foi realizada pelo testes estatísticos de Kruskal-Wallis e pelo teste de Mann-Whitney. O valor de p foi fixado em 5%. Foram investigados o teor de ácidos graxos saturados, monoinsaturados, polinsaturados e ômega 3. No tecido hepático dos animais do grupo controle, os valores de concentração encontrados foram, respectivamente, 37%, 29%, 28%, 23% e do grupo butirato, 36%, 31%, 27% e 22%. No intestino, os valores para o grupo controle são, respectivamente, 42%, 13%, 35%, 9% e para grupo butirato, 48%, 12%, 35%, 5%. No tecido adiposo os valores obtidos para o teor dos ácidos graxos foram, respectivamente, de 55%, 9%, 32%, 2% para o grupo controle e 46%, 10%, 40%, 2% para o grupo butirato. Apenas no tecido adiposo foi encontrada diferença significativa no teor de ácidos graxos saturados e polinsaturados. A diminuição de ácidos graxos saturados indica a formação de compostos envolvidos com moléculas pró-inflamatórias que potencializam o desenvolvimento do câncer. Os resultados dessa investigação evidenciaram que o butirato pode ser um bom veículo de prevenção do câncer de cólon. (FAPEMIG / CNPq)

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ANÁLISE SENSORIAL DE CURAU À BASE DE MILHO VERDE BRANQUEADO E CONGELADO 

Eliana Cristina Cunha Toledo Franklin (Estagiário voluntário); Thiago Balbi Seixas (Estagiário voluntário); Ernandes Rodrigues de Alencar (Pós-graduando DS); Conceição Angelina dos Santos Pereira (Orientador) 

O curau é uma preparação feita com milho verde, leite e açúcar, muito consumida pelos brasileiros. No Espírito Santo é denominada de papa, em Minas Gerais, mingau de milho verde e em São Paulo, curau. A combinação de milho e leite, em termos nutricionais, é vantajosa, visto que a proteína presente no milho é deficiente em dois aminoácidos essenciais, a lisina e o triptofano, enquanto que o leite fornece proteínas de boa qualidade, além de vários outros nutrientes. O milho se destaca pelo fornecimento de carboidratos, fibras, vitaminas E, B1, B2 e ácido pantotênico, fósforo e potássio. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do branqueamento e congelamento do milho verde nas características sensoriais do curau. O milho verde em grãos foi congelado por 30 dias. Foram selecionados 50 provadores aleatoriamente. O curau foi preparado com milho verde in natura, congelado e branqueado e congelado. Os parâmetros avaliados pelos provadores foram: cor, sabor e consistência. Houve diferença significativa quanto ao sabor e consistência, somente em relação ao curau preparado com milho verde branqueado e congelado. Uma possível explicação se deve à realização do branqueamento antes do congelamento do milho, que pode provocar gelatinização do amido presente nos grãos, interferindo na consistência da preparação. Conclui-se, a partir dos resultados, que a realização do branqueamento anterior ao congelamento interfere na consistência do curau, sendo, portanto, mais recomendado utilizar somente o congelamento do milho verde.

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APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA PARA AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE ADULTOS 

Ana Patrícia Martins Fonseca (Bolsista PROBIC/FAPEMIG), Sandra Bragança Coelho (Pós-graduando DS), Neuza Maria Brunoro Costa (Orientador), Josefina Bressan (Docente colaborador) Estudos epidemiológicos têm evidenciado a importância da dieta como fator de risco para doenças crônicas não-transmissíveis. Diversas ferramentas têm sido desenvolvidas para relacionar o consumo dietético com a incidência dessas doenças, destacando-se o Índice de Qualidade da Dieta (IQD). Este fornece a qualidade global da dieta e pode ser importante instrumento para avaliação do consumo alimentar de grupos populacionais. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da dieta de voluntários do Projeto efeito do amendoim sobre o apetite e sua relação com os hormônios leptina, insulina e ghrelina em indivíduos com polimorfismos para os genes da leptina e seu receptor. Foram recrutados 60 indivíduos, eutróficos, de 18 a 50 anos.  A ingestão dietética foi avaliada utilizando-se o método de registro rlimentar e analisada por meio do DietPro4.0. A qualidade global da alimentação foi avaliada utilizando o IQD. Cada voluntário realizou sessões de almoço e lanche, controle e tratamento. Foram utilizados 3 grupos de tratamento, Amendoim, Mix e Mix+Amendoim.  Para análise estatística utilizou os softwares SigmaStat e Excel e o teste t de Student, Mann Whitney e  coeficiente de correlação de Pearson, com intervalo de confiança estatística de 5%. Os valores médios do IQD, dos voluntários do grupo Amendoim, nas quatro sessões, foram 82,1; 75,2; 78,8 e 70,2. No grupo Mix, 82,6; 83,8; 77,2 e 76,3 e no grupo Mix+Amendoim, 85,3; 78,3; 79,6 e 74,8. Elevado percentual de indivíduos teve a dieta classificada como adequada ou necessitando de melhoras, não houve dieta classificada como inadequada. Houve correlação inversa, estatisticamente significante (p<0,05), entre os escores do IQD e porcentagem de gordura total e saturada. Os resultados apresentaram dados incoerentes com o esperado, sendo necessária cautela na utilização do IQD. É preciso mais pesquisas, com período maior de acompanhamento, para averiguar o hábito da população e a qualidade de sua dieta. (FAPEMIG)

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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES ERGONÔMICAS DO TRABALHO, DO ESTADO NUTRICIONAL, DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFV

CARINE CRISTINA TAVARES BOENO (Bolsista PIBIC/CNPq); GILBERTO PAIXAO ROSADO (Orientador ); ANGELA MARIA CAMPOS SANTANA (Co-orientador); ANA IRIS MENDES COELHO (Co-orientador); LINA ENRIQUETA FRANDSEN PAEZ DE LIMA ROSADO (Co-orientador); REGINA CELIA RODRIGUES DE MIRANDA Co- MILAGRES (orientador); EDILENE STAMPINI DE OLIVEIRA (Estagiário voluntário)

O Restaurante Universitário (RU/UFV) é uma divisão de serviço que merece atenção, pelo volume de trabalho ali realizado, embora disponha, proporcionalmente, de poucos recursos. É importante valorizar os funcionários que lá atuam, proporcionando-lhes saúde e qualidade de vida. Os objetivos deste trabalho foram avaliar: o estado nutricional ede saúde e as condições ergonômicas do trabalho e a qualidade de vida dos funcionários do RU; a contaminação microbiológica do ar e de utensílios. Metodologia: foi realizada avaliação nutricional por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), exames bioquímicos, aplicação de inquéritos dietéticos, além de aferição da pressão arterial. A avaliação microbiológica do ar foi realizada nos setores: Armazenagem seca, Açougue, Cocção, Distribuição e Copas de Higienização. Foram feitas coletas por sedimentação simples, usando ágar MYP para Bacillus cereus e meio PCA para Mesófilos Aeróbios. A verificação da contaminação de bandejas por Mesófilos Aeróbios foi feita por meio da técnica do swab. Para avaliação das condições de vida e trabalho no açougue e nas copas de higienização, foi realizada a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), e aplicação de outros instrumentos para precisar o diagnóstico. A avaliação nutricional revelou que 80% dos funcionários apresentam algum risco de doença cardiovascular associada ao  excesso de peso. Foram encontradas evidências de contaminação em todas as coletas de ar e de bandejas. O contato direto e livre acesso aos alimentos produzidos, favorece a contaminação das refeições. Por meio da AET pode-se concluir que há risco de desenvolvimento de doenças ocupacionais, e que é preciso implementar medidas ergonômicas para melhorar as condições de trabalho dos setores estudados. É preciso atentar para os aspectos que comprometem a saúde dos trabalhadores, uma vez que as condições laborais de setores do RU envolvem adoção de posturas inadequadas e movimentos repetitivos. Apoio (CNPq)

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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS DOS AMBULANTES DA REGIÃO CENTRAL DE VIÇOSA, MINAS GERAIS Franciane Rocha de Faria (Estagiário voluntário); Raihani de Sá Nascimento (Estagiário voluntário); Vinícius Sousa Araújo (Estagiário voluntário); Camila Nunes Pires (Estagiário voluntário); Giuliana Rizzo Nunes Pereira (Estagiário voluntário); Nínive de Almeida Reis (Estagiário voluntário); Taís Cristina Araújo Magalhães (Estagiário voluntário); Teresa Cristina Abranches Rosa (Estagiário voluntário); Paulo Fernando da Glória Leal (Orientador) O preparo e comércio de alimentos por ambulantes é uma atividade econômica alternativa, porém o risco de contaminação alimentar é alto, visto que o processamento é realizado sem infra-estrutura adequada e conhecimentos necessários sobre manipulação segura de alimentos.O estudo objetivou verificar as condições higiênico-sanitárias das instalações, da produção e comercialização ambulante de lanches conforme as normas previstas pela Vigilância Sanitária. A amostra estudada constou de 08 pontos de venda de alimentos, perfazendo 44,5% da amostra total (18 pontos) da região central de Viçosa (MG), os quais foram avaliados mediante o preenchimento do Check List conforme as Normas Técnicas para Comercio Ambulante, considerando as condições higiênico-sanitárias da infra-estrutura, dos equipamentos, utensílios e manipuladores, e da produção do alimento. A análise dos dados foi realizada por meio de cálculo de porcentagem de adequação. A vigilância sanitária preconiza três grupos de análise: grupo I com mais de 70,0% de atendimento dos itens imprescindíveis, o grupo II, com 30,0% a 69,9% de atendimento e o grupo III, com menos de 30% de atendimento. A amostra foi constituída de 4 pontos de venda de cachorro-quente, 1 de pipoca, 1 de churrasquinho e pão com lingüiça, 1 de caldo de cana e pastel e 1 de mini-pizza. Em relação à infra-estrutura foi encontrada uma adequação de 45,83%, sendo dois ambulantes classificados no grupo I, quatro no grupo II e dois no grupo III. Quanto à produção houve uma adequação de 32,5%, sendo três estabelecimentos no grupo I, quatro no grupo II e um no grupo III. No que se refere às condições higiênico-sanitárias encontrou-se uma adequação de 38,75%; 07 ambulantes classificados no grupo II e 01 no grupo III, não havendo nenhum classificado no grupo I. Conclui-se pela necessidade de conscientização dos ambulantes com relação à segurança alimentar.

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AVALIAÇÃO DAS INTERVENÇÕES ALIMENTARES ÀS NUTRIZES ATENDIDAS NO PROGRAMA DE APOIO À LACTAÇÃO (PROLAC)  Roberta Stofeles Cecon (Estagiária voluntária); Nínive de Almeida Reis (Estagiária voluntária); Laura Lanna Mayrink (Estagiária voluntária); Josi Fernandes de Castro Rodrigues (Estagiária voluntária); Clarissa Ricardo Pedrosa (Estagiária voluntária); Alice Maria Cardoso Barreto (Estagiária voluntária); Silvia Eloiza Priore (Docente colaborador); Viviane Faria Santos (Membro Externo/Hospital São Sebastião); Heloísa Helena Firmino (Membro Externo/Hospital São Sebastião); Luciana Ferreira da Rocha Santana (Docente colaborador); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Orientadora)  A alimentação saudável é um dos objetivos primordiais da ciência da nutrição, e inclui a seleção de alimentos de diferentes grupos. Com esse intuito programas de educação nutricional são implementados, a fim de proporcionar melhores condições de saúde para a população, principalmente às nutrizes. O objetivo do estudo foi avaliar as intervenções dadas às nutrizes atendidas no PROLAC, através da verificação do número de porções alimentares consumidas pelas mesmas no terceiro e sexto mês pós-parto. O estudo foi realizado a partir de dados secundários provenientes de prontuários nutricionais de nutrizes atendidas no PROLAC, durante o período de 2006, sendo incluídas mulheres cujos prontuários possuíssem pelo menos dois recordatórios 24 horas preenchidos. O número de porções consumidas de cada grupo alimentar, foi calculado a partir da pirâmide alimentar adaptada para a população brasileira, sendo estes valores comparados com o número de porções preconizados na pirâmide. As análises estatísticas foram realizadas no software SigmaStat, com nível de significância de 5%. Foram analisados 50 prontuários, sendo a mediana de porções no terceiro mês, 4,49 de cereais; 1,32 de leite; 1,07 de hortaliças; 2,16 de frutas; 0 de açúcar; 0,71 de óleo; 1,51 de leguminosas e 1,25 de carnes e ovos. A mediana de porções no sexto mês foi, 4,41 de cereais; 1,39 de leite; 1,48 de hortaliças; 1,66 de frutas; 0,79 de açúcar; 1,02 de óleo; 1,57 de leguminosas e 1,25 de carnes e ovos, sem significância estatística entre as medianas do terceiro e sexto mês. Pode-se inferir com os resultados encontrados que as dietas são qualitativamente desequilibradas, e que não houve melhora com as intervenções realizadas no PROLAC do 3º para o 6º mês de lactação. No entanto, a mudança de hábito alimentar é um trabalho contínuo, que requer tempo para obtenção de resultados promissores..

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AVALIAÇÃO DAS PREVALÊNCIAS DE ANEMIA, DEFICIÊNCIA DE FERRO, ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO, DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A E PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS DE 12 A 24 MESES DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MINAS GERAIS.

HATANNE CARLA FIALHO E MORAES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); MICHELE PEREIRA NETTO (Estagiário voluntário); DAYSE MARA DE OLIVEIRA FREITAS (Estagiário voluntário); MIRIAM ZAIDAN DE SOUZA(Estagiário voluntário); CRISTIANA EULALIA DE SENA(Estagiário voluntário); ALINE DE MORAES MARTINS(Estagiário voluntário); GIULIANA RIZZO NUNES PEREIRA(Estagiário voluntário); SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Orientador)

O Ministério da Saúde considera anemia ferropriva e deficiência de vitamina A problemas de saúde pública que afetam o crescimento da criança e aumentam sua vulnerabilidade à infecções.  Dessa forma, o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição destaca a importância do mapeamento da distribuição e magnitude das endemias carenciais no país. O objetivo deste trabalho foi avaliar as prevalências de anemia, deficiência de ferro, anemia por deficiência de ferro, deficiência de vitamina A e parasitoses intestinais em crianças de 12 a 24 meses do município de Viçosa, Minas Gerais. As crianças avaliadas atendiam aos seguintes critérios: registro no Sistema de Informações de Nascidos Vivos; residentes na zona urbana; ausência de intercorrências neonatais, anomalias congênitas, doenças crônicas e internações hospitalares; idade gestacional > 37 semanas; parto único; peso ao nascer > 2.500g; idade materna >20 anos. Após autorização dos responsáveis, realizou-se avaliação bioquímica de sangue e exame de fezes. Analizou-se hemograma, ferritina sérica e Proteína C Reativa no laboratório de Análises Clínicas da Divisão de Saúde/UFV e retinol sérico no laboratório de Análises de Vitaminas (Departamento de Nutrição e Saúde), este último por cromatografia líquida de alta eficiência. Crianças que apresentaram alterações foram tratadas. Para análise dos dados utilizou-se o software Epi Info, versão 6.04d. O número de crianças avaliadas variou com o parâmetro analizado. Observou-se 27,4% (20/73) de anemia; 4,6% (3/62) de deficiência de ferro (considerando a ferritina sérica); 20% (4/20) de anemia grave; 20% (14/70) de deficiência da vitamina A e 7,2% (5/69) de parasitoses. Encontrou-se prevalências inferiores às relatadas em estudos anteriores no município, porém ainda altas, considerando que os critérios citados excluíam fatores de risco para as deficiências, justificando a importância de programas de suplementação, educação nutricional e promoção ao aleitamento materno. (PROBIC/FAPEMIG)

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE NUTRIÇÃO: UM APOIO À EDUCAÇÃO NUTRICIONAL CONTINUADA

HELENA GABRIELA DE SOUZA (Bolsista do PIBEX); HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Orientador ); ISABEL CRISTINA MALLOSTO EMERICH DE ABREU (Estagiário voluntário); MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Co-orientador); SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Co-orientador); MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Co-orientador);

A educação nutricional é uma estratégia de intervenção, para melhoria dos conhecimentos nutricionais, atitudes e comportamento alimentar de forma a melhorar a qualidade de vida da população. A avaliação do nível de conhecimento de nutrição permite identificar os conceitos deficientes e assim orientar as intervenções no processo de educação nutricional. O objetivo deste trabalho foi avaliar os conhecimentos de nutrição de participantes do projeto de extensão no bairro Silvestre. A coleta dos dados foi realizada durante cinco reuniões com 25,4 participantes, em média. Questões sobre nutrição envolveram temas como: alimentação saudável, composição dos alimentos, função dos alimentos, alimentação relacionada a patologias e higiene dos alimentos. As 37 questões foram expostas, com auxílio de retro projetor. As respostas falsas, verdadeiras e não sei foram coletadas através de fichas de cores diferentes, azul, branco e laranja. Os indivíduos que tiveram acertos abaixo de 60%, entre 60 e 80% e acima de 80% foram classificados com pouco, médio e bom conhecimento, respectivamente. O nível de conhecimento foi maior que 80% nas questões relacionadas à alimentação saudável, função dos alimentos, alimentação relacionada a patologias e higiene dos alimentos. Somente nas questões contemplando o tema composição dos alimentos, a porcentagem de acertos foi inferior a 80%. O bom nível de conhecimento apresentado pode ser atribuído ao trabalho de educação nutricional já desenvolvido na comunidade há mais de um ano. Entretanto, é de suma importância à continuidade das atividades para aprimoramento e aplicação dos conhecimentos de nutrição adquiridos. (PIBEX)

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AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE NUTRIZES ATENDIDAS NO PROGRAMA DE APOIO À LACTAÇÃO – PROLAC – VIÇOSA MG  Renata de Oliveira Castro (Graduanda); Dayse Mara de Oliveira Freitas (Graduanda); Raihani de Sá Nascimento (Graduanda); Fernanda Regina Borges Gonçalves (Graduanda); Simone Faria de Souza (Graduanda); Giuliana Rizzo Nunes Pereira (Graduanda); Eliana Cristina Cunha Toledo Franklin (Graduanda); Silvia Eloiza Priore (Docente colaborador); Viviane Faria Santos (Membro externo/Hospital São Sebastião); Heloísa Helena Firmino (Membro externo/Hospital São Sebastião); Luciana Ferreira da Rocha Sant’ana (Docente colaborador); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Orientador)

 A avaliação da dieta consumida pela população é muito importante, pois permite detectar riscos nutricionais, implementando ações de educação nutricional. Essa avaliação é fundamental durante a lactação, visto que, nessa fase, as necessidades estão aumentadas. O objetivo desse estudo foi avaliar quantitativamente o consumo alimentar das nutrizes atendidas no Programa de Apoio à Lactação (PROLAC). O estudo foi realizado a partir de dados secundários dos prontuários nutricionais das nutrizes, no período de 2006. Foram incluídas mulheres cujos prontuários possuíssem recordatórios 24 horas preenchidos no 3º mês pós-parto. O cálculo da ingestão total de energia, carboidrato, proteína, lipídio, cálcio e ferro foram feitos por meio do software Diet Pro, sendo os valores encontrados comparados com as recomendações do Institute of Medicine (DRI’s, 2002). Foram analisados 50 prontuários, onde a mediana do consumo calórico foi de 1.890,2 kcal, com mínimo de 772,2 e máximo de 4.063,6kcal; a de carboidratos foi 298,67g, com o mínimo de 89,02 e máximo de 688,24g; de lipídios foi de 48,17g com mínimo de 14,81g e máximo de 125,40g; e a de proteínas foi 75,42g com mínimo de 25,16 e máximo de 176,47g. O ferro consumido apresentou mediana de 10,59mg, com mínimo de 2,68 e máximo de 30,40mg; enquanto o consumo de cálcio teve mediana de 509,00mg, com mínimo de 51,67 e máximo de 1.144,40mg. A quantidade de líquido consumido teve mediana de 2L, variando de 0,5L até 5L. Observou-se que, excetuando as proteínas, nenhum dos outros nutrientes atingiu os valores recomendados, considerando a EER, RDA ou AI, que representam à meta de ingestão individual. É possível concluir que as quantidades consumidas de calorias, macro e micronutrientes devem ser objeto de preocupação pelo grupo que atende às nutrizes no PROLAC, visto que, o período da lactação é nutricionalmente dispendioso, principalmente para aquelas mães que amamentam exclusivamente seus bebês.       

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AVALIAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO DE REPOUSO POR CALORIMETRIA INDIRETA E POR EQUAÇÕES MATEMÁTICAS, EM INDIVÍDUOS EUTRÓFICOS

Edna Thaís Godoi Moraes (Bolsista BIC-Júnior), Paula Soares Alves (Bolsista BIC-Júnior), Paula Guedes Cocate (Pós-graduanda), Letícia Gonçalves Pereira (Estagiário voluntário), Daniela Neves Ribeiro (Estagiário voluntário), Josefina Bressan (Docente colaborador), Rita de Cássia Gonçalves Alfenas (Orientador)

Pela calorimetria indireta, o gasto de energia é estimado a partir da avaliação do oxigênio consumido e do dióxido de carbono produzido durante a respiração. O Deltatrac é considerado um método de referência para avaliação do gasto energético por calorimetria indireta. No entanto, em função do seu alto custo, várias equações matemáticas têm sido propostas como formas alternativas para avaliar tal parâmetro. O objetivo deste estudo foi comparar o gasto energético em repouso (GER) obtido pelo Deltatrac e por tais equações preditivas propostas por Harris e Benedict (1919), Schofield (1985), FAO/WHO/UNU (1985) e Henry e Rees (1991). Participaram do estudo 52 voluntários (22 homens e 30 mulheres), apresentando de 18 a 35 anos, não obesos (18,48 + 8,28% de gordura corporal e índice de massa corporal de 21,22 + 2,1 kg/m2). Após 6-8 horas de sono e 10-12 horas de jejum, os participantes compareceram ao laboratório, permanecendo em repouso por 20 minutos, em ambiente tranqüilo, sem ruídos e em temperatura em torno de 25oC. A seguir, foi feita a determinação da produção de oxigênio e/ou consumo de gás carbônico, em 5 mensurações alternadas e de forma aleatória, durante 10 minutos, com o indivíduo deitado e imóvel, utilizando o Deltatrac II (Datex, Finlândia). Além disso, o peso e a altura dos participantes foram avaliados e aplicados nas equações preditivas para cálculo do GER. O GER obtido pelas equações preditivas se correlacionaram significantemente (p<0,05) com os valores obtidos pelo Deltatrac, tanto para os homens quanto para as mulheres. Para os homens, o GER obtido pelo Deltatrac foi significantemente (p=0,000) superior aos obtidos pelas equações preditivas. No entanto, tal diferença (p>0,127) não foi contatada para as participantes do estudo. Esses resultados indicam que tais equações subestimam o GER em indivíduos eutróficos do sexo masculino.

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AVALIAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO DE REPOUSO POR CALORÍMETROS INDIRETOS, EM INDIVÍDUOS EUTRÓFICOS

Paula Soares Alves (Bolsista BIC-Júnior), Edna Thaís Godoi Moraes (Bolsista BIC-Júnior), Paula Guedes Cocate (Pós-graduanda), Letícia Gonçalves Pereira (Estagiário voluntário), Daniela Neves Ribeiro (Estagiário voluntário), Josefina Bressan (Docente colaborador), Rita de Cássia Gonçalves Alfenas (Orientador)

A calorimetria indireta é um método capaz de estimar o gasto de energia a partir da determinação do consumo de oxigênio e da produção de dióxido de carbono obtido por análise do ar inspirado e expirado pelos pulmões. O Deltatrac é o método de referência para avaliação do gasto energético por calorimetria indireta. Alternativamente, o gasto energético pode ser avaliado utilizando outros calorímetros de menor custo como o MetaCheck. No entanto, este equipamento é relativamente novo no mercado e ainda não foi validado. O objetivo deste estudo foi comparar o gasto energético em repouso (GER) obtido por tais calorímetros. Participaram do estudo 52 voluntários (22 homens e 30 mulheres), apresentando de 18 a 35 anos, não obesos (18,48 + 8,28% de gordura corporal e índice de massa corporal de 21,22 + 2,1 kg/m2). Após 6-8 horas de sono e 10-12 horas de jejum, os participantes compareceram ao Laboratório de Composição Corporal e Metabolismo Energético, da Universidade Federal de Viçosa-MG. Ao chegarem ao laboratório, tais participantes permaneceram em repouso por 20 minutos, em ambiente tranqüilo, sem ruídos e uma temperatura em torno de 25oC. A seguir, foi feita a determinação da produção de oxigênio e/ou consumo de gás carbônico, em 5 mensurações alternadas e de forma aleatória, durante 10 minutos, com o indivíduo deitado e imóvel, utilizando o equipamento MetaCheck (modelo 7100) e o Deltatrac II (Datex, Finlândia). O GER obtido pelo Metacheck se correlacionou significantemente com o valor obtido pelo Deltatrac II apenas para as mulheres. Verificou-se que os valores de GER obtidos pelo Deltatrac II foram significantemente superiores (p=0,000) ao obtidos pelo Metacheck, tanto para homens quanto para as mulheres. Conclui-se que apesar do menor custo, o Metacheck não se mostrou como o tipo de calorímetro mais indicado para avaliar o GER em indivíduos eutróficos.

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AVALIAÇÃO DOS HÁBITOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE VIÇOSA-MG

Cássia Cardoso Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq); Fernanda Regina Borges Gonçalves (Bolsista PIBEX); Ana Iris Mendes Coelho (Docente colaborador); Regina C. R. Miranda Milagres (Docente colaborador); Ângela Maria Campos Santana (Orientadora)

Durante a atividade de coleta de lixo, os catadores de materiais recicláveis sofrem com as cargas biológicas que estão relacionadas com a higiene do ambiente e do próprio trabalhador. Com objetivo de mensurar os hábitos higiênico-sanitários dos catadores de materiais recicláveis de Viçosa-MG, foram entrevistados 20 desses indivíduos, sendo 7 homens e 13 mulheres, com idade entre 32 a 71 anos e média de 50,5 anos e variação de anos de estudo de nenhum ano até 11, com média de 2,75 anos. Com relação à higienização de mãos 90% lavam as mãos antes das refeições e 80% antes de usar o banheiro, sendo que 75% usam sabão e 100% não usam desinfetantes. Com relação à higienização de vasilhames, copos e talheres 100% afirmam lavá-los após o uso e 95% usam sabão para higienização desses utensílios. Todos os catadores ingerem água durante o período de trabalho, sendo que 9,5% consomem água filtrada, 25% da torneira e 65,5% dos bebedouros. Apenas 10% afirmam usar luvas e realizar a lavagem desse equipamento de proteção após o trabalho. Notou-se também que 55,5% dos catadores não usam o uniforme exclusivamente para a coleta de material reciclável e somente 30,0% usam calçados fechados. Conclui-se que o estímulo à melhoria das condições higiênico-sanitárias é importante nesse grupo que possui um agravante do grande contato com riscos biológicos e químicos. Essas medidas contribuem para evitar contaminações, promover saúde e qualidade de vida aos catadores. (CNPq)

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AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DO CÓLON, PERFIL LIPÍDICO E NÍVEIS DE PEROXIDAÇÃO PLASMÁTICA EM RATOS TRATADOS COM DIFERENTES ÓLEOS SUBMETIDOS A LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS

Luís Fernando de Sousa Moraes (Bolsista PROBIC/FAPEMIG), Damiana Diniz Rosa (Estagiária Voluntária), Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Orientadora), Céphora Maria Sabarense (Docente Colaboradora), Regiane Lopes de Sales (Pós-graduanda DS)

O nível de cada ácido graxo consumido reflete em algum grau na taxa de distribuição, deposição e interconversão de lipídeos no organismo. Essa metabolização pode ser indiretamente mensurada por meio do perfil lipídico e lipoperoxidação. O objetivo do presente estudo foi avaliar histologicamente o tecido do cólon bem como o perfil de lipídios totais e a peroxidação lipídica por meio da formação de hidroperóxido e malondialdeído no plasma de ratos submetidos à lesão pré-neoplásica, consumindo diferentes óleos. Foram utilizados trinta ratos machos da linhagem Wistar, com setenta e dois dias. Os animais foram divididos em quatro grupos homogêneos, de acordo com o tipo de óleo: oliva (n=8), soja (n=8), peixe (n=7) e linhaça (n=7). Os animais receberam dieta AIN-93M, modificando-se para cada grupo apenas a fonte lipídica, por um período de 8 semanas. Em gaiolas individuais, os animais receberam comida e água ad libitum. Na véspera da eutanásia, os animais foram mantidos em jejum por 12 horas. Na análise dos resultados, o peso dos animais não diferiu entre os grupos no final do experimento e também não houve diferença na eficiência alimentar. Na análise histológica não observamos deposição de células inflamatórias. Os grupos que consumiram óleo de peixe e linhaça apresentaram níveis mais baixos em relação aos que consumiram óleo de soja e azeite de oliva para: colesterol total, LDL e triacilgliceróis. No entanto, os valores de HDL foram menores para os ratos que ingeriram óleo de peixe. Quanto à lipoperoxidação os valores não diferiram entre os grupos experimentais. Para malondialdeído, houve maior formação desse composto nos grupos experimentais que consumiram óleo de peixe e linhaça. Podemos inferir que, se por um lado os polinsaturados da série ômega-3 foram mais eficientes em reduzir o colesterol plasmático, por outro sofreram oxidações com maior facilidade. (FAPEMIG)

 

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA ALIMENTAÇÃO DE FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA DA CIDADE DE VIÇOSA-MG

ALESSANDRA GONCALVES DE MELO (Estagiário voluntário); FLAVIA REGINA DE LANA RIBEIRO (Estagiário voluntário); MARIA DO CARMO FONTES DE OLIVEIRA (Orientador)

As práticas de alimentação são importantes determinantes das condições de saúde do indivíduo e fortemente condicionadas ao poder aquisitivo das famílias (AQUINO et al, 2002). Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar se a ingestão de nutrientes está dentro das recomendações nutricionais para a faixa etária do indivíduo. Para tanto, foram selecionadas famílias cadastradas como recebedoras de um benefício do Governo, utilizando questionário e o inquérito alimentar como parte do processo metodológico. A partir da análise da alimentação observou-se que a proteína foi o macronutriente com maior percentual de adequação, com 79% dos membros das famílias apresentando um consumo adequado para a idade e sexo. Os demais membros apresentaram uma deficiência na ingestão desse nutriente. No que se refere à ingestão de glicídios, 29% dos membros apresentaram um consumo adequado e 14% apresentaram deficiência. No entanto, 57% tiveram um consumo excessivo desse nutriente, o que pode contribuir para condições de sobrepeso e obesidade. Ao considerar o consumo de lipídios, observou-se que houve um baixo percentual de adequação, 29%, sendo que a maior parte dos membros apresentou deficiência e 14% excesso no consumo desse nutriente. Confirmando estudos que salientam que o cálcio é o nutriente com maior inadequação, observou-se um percentual de 100% de deficiência no consumo. Em relação ao ferro, apenas 29% tiveram um consumo adequado e 50% tiveram um consumo deficiente. Observou-se uma relação inversa na inadequação do consumo de vitaminas C e A, sendo que 79% apresentaram excesso e deficiência, respectivamente e não houve adequação. Dessa forma, podemos concluir que todos os nutrientes apresentaram uma relação de inadequação, relacionados ao excesso ou à deficiência no consumo, sendo assim recomenda-se um acompanhamento nutricional para observar se essa inadequação ocorre com freqüência, já que tal situação poderá acarretar numa série de problemas futuros para o indivíduo.

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E SENSORIAL DE PRODUTOS DE SOJA (Glycine max)  FERMENTADOS COM BACTÉRIAS LÁTICAS 

Franciane Rocha de Faria (Bolsista PIBIC/CNPq); Conceição Angelina dos Santos Pereira (Orientadora); Djalma Adão Barbosa Júnior (Estagiário voluntário); Antônio Fernandes de Carvalho (Docente colaborador); Hércia Stampini Duarte Martino (Docente colaborador); Maria Inês de Souza Dantas (Técnico); Maria do Carmo Gouveia Pelúzio (Docente colaborador); Célia Lúcia de Luces Fortes Ferreira (Docente colaborador). 

A soja (Glycine max) é um alimento de alto valor protéico e com propriedades funcionais. O estudo avaliou a qualidade nutricional e sensorial de Extratos Hidrossolúveis de Soja (EHS) fermentados com bactérias ácido-láticas. A soja utilizada foi das variedades MONARCA (controle), UFV-TN105 e UFVTN-105AP (sem lipoxigenases). Os EHS foram obtidos triturando-se a soja em processador de alimentos; ao EHS acrescentou-se 10% de açúcar, 1,5% de amido e aplicou-se tratamento térmico. As bactérias láticas foram adicionadas acompanhando-se a fermentação a 40ºC por 24horas, por meio da produção de ácido lático e da variação de pH. Os EHS foram caracterizados quanto ao teor de carboidratos (CHO), proteínas (PTN), lipídeos (LIP), cinzas (C) e umidade (U). Aplicou-se o teste de comparação múltipla a 59 provadores não-treinados e os dados foram avaliados pela ANOVA. Com base nesse resultado, acrescentou-se 5% de polpa de morango ao produto fermentado UFV-TN105 e a aceitabilidade foi avaliada por 101 consumidores mediante a escala hedônica de 9 pontos. Observou-se a formação de gel com 6 horas de fermentação e pH= 4,7. A composição centesimal (g/100g) dos EHS foram: MONARCA: CHO= 2,56g; PTN= 3,38g; LIP= 1,94g; C = 0,57g; U= 91,55g; UFV-TN105: CHO= 2,65g; PTN= 3,96g; LIP= 1,96g; C= 0,59g; U= 90,84g; UFV-TN105AP: CHO= 2,02g; PTN= 4,16g; LIP= 1,82g; C= 0,61g; U= 91,39g e dos produtos fermentados foram: MONARCA: CHO= 12,35g; PTN= 2,35g; LIP= 1,18g; C= 0,45g; U= 83,73g; UFV-TN105: CHO= 12,28g; PTN= 2,80g; LIP= 1,17g; C= 0,51g; U= 83,24g; UFV-TN105AP: CHO= 12,10g; PTN= 3,02g; LIP= 1,51g; C= 0,51g; U= 82,86g. O teste de comparação múltipla não apresentou diferença estatisticamente significante (p<0,05) para as amostras-teste. O EHS com polpa de morango obteve média de aceitação 7,75 situando-se entre os termos hedônicos “gostei muito” e “gostei moderadamente”. Conclui-se que o produto fermentado apresenta boa aceitabilidade o que favorece seu consumo. (CNPq) 

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BAIXO PESO AO NASCER ENTRE CRIANÇAS INTERNADAS NA PEDIATRIA DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE VIÇOSA – MG  Taís Cristina Araújo Magalhães (Bolsista FUNARBIC/FUNARBE); Camila Nunes Pires (Estagiário voluntário); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Docente co-orientador); Maria Teresa Fialho de Souza Campos (Docente colaborador); Heloísa Helena Firmino (membro externo/Hospital São Sebastião); Luciana Ferreira da Rocha Sant’Ana (Orientador) O baixo peso ao nascer (BPN) representa uma significante causa de mortalidade e morbidade na infância e é um indicador do nível de saúde de uma população, uma vez que se associa fortemente às condições socioeconômicas. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar a freqüência de  BPN entre crianças internadas na pediatria de um hospital da cidade de Viçosa – MG. A amostra constituiu-se de 67 crianças internadas no período de outubro de 2006 a setembro de 2007, sendo os dados obtidos por informação da mãe da criança durante o atendimento nutricional no período da internação. Foram incluídas na análise apenas crianças menores de 2 anos e acompanhadas pelas mães, garantindo-se assim uma maior confiabilidade dos dados. O peso ao nascer foi classificado segundo critérios da Organização Mundial de Saúde. Para as análises utilizou-se o software Epi-info, versão 6,04d. Foi observado que 46,3% (n=31) das crianças nasceram com peso normal (3000 a 3999g) e 52,2% (n=35) com peso abaixo da normalidade. Destas, 32,8% apresentaram peso insuficiente (2500 a 2999g), 17,9% baixo peso (1500 a 2499g) e uma  criança (1,5%), muito baixo peso (1000 a 1499g). A macrossomia (peso >4000g) foi observada em apenas uma criança. As principais causas de internação das crianças nascidas com BPN foram as doenças respiratórias (71,4%) e gastroenterite (11,4%). Estudando-se a renda familiar dessas crianças verificou-se que 28,5% viviam com menos de 1 salário mínimo, 65,7% com 1 a 3 salários e 5,7% com renda de 3 a 5 salários. Comparando-se com dados nacionais, observou-se uma alta freqüência de BPN entre as crianças internadas nesta pediatria. A baixa renda familiar e o fato da internação ser predominantemente por doenças respiratórias confirmam estudos que indicam a associação entre baixas condições socioeconômicas e BPN e entre esta condição de nascimento e o maior risco de doenças, principalmente as do trato respiratório.  (FUNARBE)

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COMPARAÇÃO ENTRE VALORES DE INDICE GLICEMICO OBTIDOS POR DIFERENTES MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO

Dayse Mara de Oliveira Freitas (Bolsista FAPEMIG); Sabrina Pinheiro Fabrini (Pós-graduanda); Junia Maria Geraldo (Pós-graduanda); Paula Guedes Cocate (Pós-graduanda); Daniane Campos de Oliveira (Bolsista CNPq); Cristiane Alves de Oliveira (Estagiária voluntária); Bárbara Lívia Ramos (Estagiária voluntária); Rita de Cássia Gonçalves Alfenas (Orientador)

 O índice glicêmico (IG) é um parâmetro utilizado para classificar os alimentos de acordo com a resposta glicêmica que estes promovem. A FAO (1998) recomenda que o IG seja determinado a partir do cálculo da área formada abaixo da curva de resposta glicêmica (AAC), avaliada durante 2 horas. Em função de seu elevado desvio padrão e alta variabilidade dos valores de IG obtidos, alguns autores têm questionado o uso deste método, e propõem equações para se estimar tal índice. Até a presente data, nenhum estudo foi conduzido para comparar os resultados do IG predito por tais equações em relação ao obtido pelo método proposto pela FAO. O presente estudo teve por objetivo comparar os valores de IG obtidos utilizando o método proposto pela FAO (1998) em relação aos obtidos pelas equações propostas por Wolever e Jenkins (1986) e por Flint et al. (2004). Participaram do estudo15 voluntários (4 homens e  11 mulheres) com idade de 23,07 3,2 anos e IMC de 21,11 2,3. Avaliou-se o IG de 28 refeições de alto e baixo IG, as quais apresentavam valor calórico, densidade energética, teor de macronutrientes e fibras semelhantes. A determinação do IG foi feita de acordo com o método proposto pela FAO (1998), sendo a glicose utilizada como alimento de referência. Os resultados obtidos foram comparados pelo teste T-pareado, adotando um nível de significância de 5%. Como resultado foram observadas diferenças significantes entre os valores de IG determinados e os calculados pela fórmula de Wolever (p>0,012) e de Flint (p>0,061) e entre as fórmulas (p>0,586 ). Diante da não concordância entre os valores de IG apresentados pelos diferentes métodos pesquisados, torna-se necessária a condução de novos estudos para se estabelecer um método ideal para se estimar o IG dos alimentos. ( FAPEMIG)

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CONCEPÇÃO DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DE HIPERTENSOS E PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ERVÁLIA – MG 

Taís Cristina Araújo Magalhães (Estagiário voluntário); Eliana Cristina Cunha Toledo Franklin (Estagiário voluntário); Patrícia Ferreira Silva (Estagiário voluntário); Nínive de Almeida Reis (Estagiário voluntário); Vinícius Sousa Araújo (Estagiário voluntário); Kelly Alves Magalhães (Pós-graduando MS); Emanuele Souza Marques (Pós-graduando MS); Rosângela Minardi Mitre Cotta (Orientador) 

A concepção do processo saúde-doença tem passado por mudanças, transpondo a visão negativa - relacionada com as doenças e a morte - pautada no paradigma Flexneriano, para visão positiva - vinculada com a qualidade de vida da população, sendo esta de acordo com o Paradigma da Produção Social da Saúde. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi analisar a concepção do processo saúde-doença de hipertensos cadastrados no Programa de Saúde da Família (PSF), bem como de profissionais de saúde que atuam no PSF do município de Ervália - MG. A amostra constituiu-se de 40 hipertensos e de 23 profissionais de saúde. A questão norteadora do trabalho foi: “O que você entende por saúde?”. Foram aplicados os questionários no domicílio ou no local de trabalho dos entrevistados e as respostas foram padronizadas como visão positiva, ou seja, condizente com o Paradigma da Produção Social da Saúde e como visão negativa, de acordo com o modelo Flexneriano. Com relação aos profissionais observou-se que 96% (n=22) apresentaram uma visão positiva da saúde. Entre as respostas cita-se "saúde é o bem estar físico, psíquico e social" e "saúde é estar bem em todos os aspectos". Já entre os hipertensos 54% (n=22) apresentaram uma visão positiva, 28% (n=11) uma visão negativa e 18% (n=7) não souberam responder. Entre as respostas relacionadas à visão positiva da saúde cita-se: "saúde é tudo", "saúde é se sentir bem", "saúde é poder viver e trabalhar". Algumas respostas negativas foram: "saúde é ausência de doenças" e "saúde é não estar sentido dor". Os resultados citados demonstram que a evolução da concepção do processo saúde-doença vem sendo realmente efetivada, atingindo não somente os profissionais de saúde, mas a própria população, que passa a entender a saúde não somente como ausência de doença, mas como bem estar físico, psíquico e social.

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CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE: RE(PENSANDO) A LACUNA ENTRE O FORMATO INSTITUCIONAL E O ESPAÇO DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL  

Mariana de Melo Cazal (Bolsista PROBIC/Fapemig), Rosângela Minardi Mitre Cotta (Orientador), Emanuele Souza Marques (Pós-Graduando)  O presente trabalho inscreve-se no contexto da construção social da participação da sociedade civil organizada no setor saúde - de modo a exercer a cidadania, além de conhecer o lugar dos Conselhos Municipais de Saúde (CMS) neste processo de participação. Neste sentido, o objetivo deste estudo é analisar o formato institucional do CMS de Viçosa-MG, abordando sua estrutura e dinâmica de funcionamento, regras de composição e competências. Utilizou-se como metodologia entrevistas individuais dirigidas aos conselheiros de saúde, observação direta não participante das reuniões e análise documental. A equipe de pesquisadores elaborou um questionário semi-estruturado a partir de estudos presentes na literatura e trabalhos realizados previamente pela equipe. Participaram da pesquisa 34 membros (77,2%). Ressalta-se que dos 10 restantes, 22,73% que não participaram do estudo, 2 (4,56%) não aceitaram participar, 3 (6,83%) os cargos estavam vagos e 5 (11,4%) não foram encontrados. Como resultados da pesquisa, destaca-se: que a composição do CMS de Viçosa não está de acordo com a distribuição prevista pela legislação federal; o Secretário Municipal de Saúde (SMS), é membro nato, sendo também o responsável pela presidência do órgão. 44,1% dos entrevistados disseram que as decisões tomadas no CMS não são informadas à população. 50% não souberam informar se o Relatório de Gestão é enviado pelo SMS para avaliação e aprovação pelo CMS. 35,3% relataram que não repassam as informações sobre as propostas e discussões tomadas no CMS para informação e deliberação por seus pares. Sobre a forma de ingresso no CMS, 52,9% dos conselheiros foram indicados para serem membros do conselho. Os resultados sugerem que o processo de institucionalização limita a participação e o controle social, dificultando a concreta e eficaz capacidade de intervenção dos conselheiros sobre as políticas e ações implementadas no município. (FAPEMIG/ ECT – 075/05)

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CONSUMO ALIMENTAR COMO POSSÍVEL FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DE VIÇOSA-MG   Daniela Alves Silva (Bolsista Balcão FAPEMIG); Eliane Rodrigues de Faria (Pós-Graduanda MS); Marília Lelis Ribeiro (Bolsista PIBIC/CNPq); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Docente Colaborador); Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Docente Colaborador); Silvia Eloiza Priore (Orientador)    O conjunto de fatores de risco para doenças cardiovasculares que sofre influência de determinantes genéticos e ambientais é denominado Síndrome Metabólica (SM). Sua presença tem sido notada já na adolescência, período este em que ocorrem transformações que refletirão no estilo de vida, além da intensa demanda nutricional. Diante disso, o objetivo deste estudo foi verificar as características da alimentação de adolescentes que podem favorecer o desenvolvimento da SM. Participaram do estudo 100 adolescentes de 14 a 17 anos, do sexo feminino, com no mínimo um ano de menarca, estudantes de cinco escolas públicas de Viçosa-MG. O consumo alimentar foi estimado a partir da aplicação de três Recordatórios de 24 horas. Utilizou-se o critério adaptado por Faria et al. (2007) para diagnóstico da SM. Para análise dietética, utilizou-se o programa Diet Pro versão 4 e os softwares Epi Info versão 6.04 e Sigma Statistic for Windows para análises estatísticas (teste de Mann Whitney para comparar a ingestão de macronutrientes). Encontrou-se 16% das adolescentes com o diagnóstico da SM. Na avaliação dos macronutrientes, obteve-se maior adequação para o carboidrato, seguido da proteína e dos lipídios, que se mostrou acima das recomendações em algumas meninas, sendo maior nas jovens sem SM (34,4%). Entretanto a diferença na ingestão dos macronutrientes entre as com e sem SM não foi estatisticamente significante. O ácido graxo saturado foi predominante na dieta e 18% das adolescentes tiveram ingestão de colesterol elevada. Já para os micronutrientes, nenhum se apresentou adequado, estando cálcio abaixo da recomendação em 97% do grupo, seguido da vitamina C (46%) e ferro (41%). A ingestão de fibras se mostrou abaixo em 80% das adolescentes. Dentro desse contexto, nota-se que é necessária uma intervenção nutricional visando melhoria da alimentação desse grupo e, conseqüentemente, desfavorecendo o desenvolvimento da SM. (CNPq e FAPEMIG)   

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CONSUMO DE ÁCIDOS GRAXOS TRANS POR CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES DE UMA ESCOLA PRIVADA DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MINAS GERAIS

Vânia Mayumi Nakajima (Bolsista PIBIC/CNPq); Neuza Maria Brunoro Costa (Orientador); Céphora Maria Sabarense (Docente Colaborador); Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Docente Colaborador); Nilma Maria Vargas Lessa (Pós-Graduando Ms)

Os ácidos graxos trans estão envolvidos na etiologia e no agravamento das doenças cardiovasculares, além de apresentarem um efeito acumulativo no organismo. Acredita-se que os ácidos graxos trans também alteram o desenvolvimento de crianças, desta forma, é importante atentar-se ao consumo de isômeros trans por esses indivíduos. Objetivou-se estimar o consumo dos ácidos graxos trans por crianças pré-escolares de uma escola privada do município de Viçosa, MG; além de analisar o teor de lipídios totais e identificar os ácidos graxos dos alimentos mais consumidos por estas crianças. Avaliou-se o consumo por um questionário de freqüência alimentar elaborado para essa finalidade, contendo as fontes alimentares potenciais de ácidos graxos trans. A identificação dos ácidos graxos foi realizada por cromatografia gasosa. A mediana de consumo de ácidos graxos trans, utilizando como base as informações dos rótulos dos alimentos, foi de 1,98g/dia. Os alimentos mais citados foram leite (82,8%), queijo (81,3%), iogurte (75%), queijo tipo petit suisse (71,9%) e biscoito recheado de chocolate (50%). Esses e outros alimentos mais citados foram analisados e os resultados encontrados foram comparados às informações dos rótulos. A quantidade de lipídios totais e o teor percentual de ácidos graxos saturados e trans do rótulo e na análise foi semelhante. O isômero trans encontrado em maior proporção foi o 18:1t. Cabe ressaltar que o tipo e o teor de ácidos graxos trans diferem muito entre os alimentos, inclusive entre as marcas analisadas de um mesmo produto, podendo ser devido aos diferentes ingredientes utilizados. O consumo de ácidos graxos trans foi inferior a 2% da energia total, o que pode ser considerado aceitável para essa faixa etária. Contudo, a escassez de informações nutricionais de todos os alimentos e suas diferentes marcas, influencia na estimativa da ingestão total e do risco associado a esses ácidos graxos. (FAPEMIG. Bolsa de Iniciação Científica – CNPq)

 

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CONTROLE SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PERFIL DOS CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE VIÇOSA-MG 

Mariana de Melo Cazal (Bolsista PROBIC/Fapemig), Jôsi Fernandes de Castro Rodrigues (Estagiária Voluntária), Emanuele Souza Marques (Pós-Graduando), Rosângela Minardi Mitre Cotta (Orientador) 

Para fortalecer o exercício do controle social na política de saúde, é necessário o efetivo conhecimento do Sistema Único de Saúde (SUS); da legislação; da realidade epidemiológica, assistencial, financeira, política, etc. Neste sentido, o presente estudo objetivou dimensionar o nível de informação e conhecimento dos Conselheiros Municipais de Saúde de Viçosa – MG, visando avaliar a necessidade de capacitação destes. Os elementos de análise do estudo foram: entrevistas semi-estruturadas, durante o período de abril a julho de 2006 e a observação direta das reuniões. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Para análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS versão 11.5. Do total de 44 conselheiros, 34 (77,3%) conselheiros foram entrevistados, destes 17 (50%) são representantes dos usuários, 8 (23,5%) são representantes do Governo Municipal, 7 (20,6%) são representantes dos prestadores de serviço e 2 (5,9%) são representantes dos profissionais de saúde.  A maioria (44,1%) dos representantes entrevistados respondeu que Conselho de Saúde é um órgão deliberativo e 20,5% respondeu que é um órgão de controle social. Observa-se que 41,2% de conselheiros desconhecem o Regimento Interno, o que poderia estar dificultando o exercício das suas competências. O plano de saúde não é utilizado como um instrumento de consulta para avaliação das ações e serviços de saúde pelos conselheiros, pois, a maioria (73,5%) afirma não ter o lido. A possibilidade dos conselheiros contribuírem para fiscalizar as execuções financeira e orçamentária do Fundo de Saúde Municipal torna restrita, pois, 67,6% dos entrevistados não sabem analisar o relatório de gestão. E 79,4% dos conselheiros nunca receberam capacitação e 85% relatou sentir necessidade de ser capacitado para atuarem no conselho. A participação e o controle social conferem transparência ao bem público e partindo do pressuposto que só se pode controlar aquilo que se conhece, justifica-se a necessidade contínua de cursos de capacitação para os conselheiros. (FAPEMIG/ ECT – 075/05)                  

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DETERMINAÇÃO DOS FENÓLICOS TOTAIS, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA UVA NIÁGARA (Vitis labrusca) E DA LINHAÇA (Linum usitatissimun) E EFEITO DO CONSUMO DESTAS SOBRE A PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA RENAL EM CAMUNDONGOS APOE

Walisson Junio Martins da Silva (estagiário voluntário), Luisa Costa Penna Penido (estagiário voluntário), Flávia Xavier Valente (estagiário voluntário), Maria do Carmo Gouveia Peluzio (orientadora)

Existem vários estudos que evidenciam os benefícios do consumo de frutas e frutos oleaginosos na manutenção da saúde e prevenção de doenças. Compostos fenólicos encontrados na uva niágara e na linhaça podem ser potentes antioxidantes. Essas substâncias podem ser utilizadas na prevenção ou tratamento de doenças crônico-degenerativas como as cardiovasculares e renais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre fenólicos totais da uva niágara e semente de linhaça, e o efeito antioxidante destes em animais apo E -/- . Os animais foram divididos em quatro grupos: o controle (C); suplementados com 5% de uva (U); 5% de linhaça (L); e o grupo que recebeu dieta contendo 2,5 % de uva e 2,5% de linhaça (UL). A dieta utilizada foi a AIN 93 M. Os fenólicos totais foram quantificados pelo método de Folin Ciocalteu. A uva niágara apresentou cerca de 333 mg de fenólicos totais por 100g de fruta fresca e a linhaça 255 mg por 100g de farinha. A atividade antioxidante foi baseada na redução do íon férrico para íon ferroso , utilizando como padrão a quercetina. A uva teve uma maior atividade antioxidante do que a linhaça. O resultado de absorbância da uva foi 0,231, da linhaça 0,122 e a quercetina 0,130. A peroxidação lipídica no tecido renal foi baseada na quantificação de malondialdeído. No grupo C houve uma maior formação de malondialdeído renal, 4,12 nmol/g de tecido. O grupo U teve 15,53 % a menos de lipoperoxidação, seguido por 9,22% do grupo L, valores diferentes estatisticamente comparados ao grupo C de acordo com o teste de Tuckey a 5% de probabilidade. Houve uma correlação entre atividade antioxidante, fenólicos totais e inibição da peroxidação lipídica renal. Constatou-se que o consumo de substâncias antioxidantes é importantíssimo na prevenção ou tratamento das doenças crônicas.

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EFEITO DO BRANQUEAMENTO E CONGELAMENTO DO MILHO VERDE NO PREPARO DE MILHO REFOGADO 

Eliana Cristina Cunha Toledo Franklin (Estagiário voluntário); Thiago Balbi Seixas (Estagiário voluntário); Ernandes Rodrigues de Alencar (Pós-graduando DS); Conceição Angelina dos Santos Pereira (Orientador) 

O milho é o cereal mais cultivado no país, que se destaca como um dos maiores produtores mundiais. Ele possui altas qualidades nutritivas, com destaque para carboidratos, fibras, vitaminas E, B1, B2 e ácido pantotênico, minerais como fósforo e potássio, além de proteínas, cujo teor chega a 9,5%. Os grãos das espigas verdes constituem o chamado milho verde, isto é, grãos em estado leitoso, com 70 a 80% de umidade e altos teores de açúcares, que apresentam grande versatilidade de uso, podendo ser utilizados em conserva, enlatados, congelados na forma de espigas ou grãos, desidratados ou consumidos in natura. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do branqueamento e congelamento do milho verde in natura nas características sensoriais do milho refogado. O tempo de congelamento do milho verde foi de 30 dias. Preparou-se o milho refogado utilizando milho verde in natura, congelado e branqueado e congelado. Foram selecionados 50 provadores aleatoriamente. Os parâmetros avaliados pelos provadores foram: cor, sabor e consistência. Houve diferença significativa com relação à cor quando comparou-se os resultados da primeira análise realizada com milho in natura e  congelado e da segunda realizada com milho congelado e    branqueado e congelado. Este resultado pode ser explicado pela realização do branqueamento, visto que este processo modifica as características sensoriais do alimento. Conclui-se, que apesar da modificação na coloração, o branqueamento e congelamento do milho verde são viáveis na preparação de milho refogado.  

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EFEITO DO ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS NA RESPOSTA METABÓLICA, NA OXIDAÇÃO DE SUBSTRATOS ENERGÉTICOS E NOS NÍVEIS DE PARÂMETROS SANGUÍNEOS NO PERÍODO PÓS-PRANDIAL E DURANTE A REALIZAÇÃO DE EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE

Letícia Gonçalves Pereira (Bolsista PIBIC/CNPq), Paula Guedes Cocate (Pós-graduanda MS), Paulo Roberto Cecon (Docente colaborador), João Carlos Bouzas Marins (Docente colaborador), Josefina Bressan (Docente colaboradora), Rita de Cássia Gonçalves Alfenas (Orientadora)

Segundo alguns autores, a ingestão de alimentos de baixo índice glicêmico (BIG) pré-exercício resulta em elevações glicêmicas mais lentas e constantes, garantindo oferta adequada de energia durante o exercício, maior oxidação de gordura e menor oxidação de carboidrato. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo de cargas de BIG ou alto índice glicêmico (AIG), durante 4 dias consecutivos, na resposta metabólica, na oxidação de substratos energéticos e nos níveis de parâmetros bioquímicos no período PP e durante o exercício. Participaram do estudo 15 ciclistas, com idade de 24,4 ± 3,7 anos, peso de 67,32 ± 5,81 kg e VO2máx de 70,35 ± 5,72 mL(kg.min)-1. Os atletas ingeriram cargas isocalóricas de AIG (IG=74,42) ou BIG (IG=26,57). Após 90 min da ingestão, foi realizado um exercício cicloergométrico de 85 a 95% da freqüência cardíaca máxima, praticado em três estágios de 10 min. No período PP, o consumo da carga de AIG resultou em área abaixo da curva glicêmica e insulinêmica menor (p<0,05) que a do BIG. Tal diferença não foi suficiente para resultar em glicemia distinta (p>0,05) durante o exercício. Verificou-se que o consumo da carga de BIG resultou em menor taxa de oxidação lipídica e maior de carboidrato (p<0,05) no período PP comparado ao consumo da carga de AIG. Esses resultados diferem dos observados por outros autores e podem possivelmente ser atribuídos ao elevado teor de frutose da carga de BIG. Conclui-se que o consumo de alimentos de BIG, ricos em frutose, não leva ao aumento da taxa de oxidação lipídica e não favorece a disponibilidade de substrato energético a ser utilizado durante o exercício em relação à carga de AIG. (FAPEMIG)

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EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA INATIVAÇÃO DE FATORES ANTINUTRICIONAIS E PRESERVAÇÃO DA QUALIDADE PROTÉICA, DE VARIEDADES DE SOJA.

GLAUCIA FERREIRA ANDRADE (Bolsista PIBIC/CNPq); HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Orientador ); MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Técnico Co-orientador); NEWTON DENIZ PIOVESAN (Técnico Colaborador); MARIANA GONÇALVES DA SILVA(Não Bolsista); MAURILIO ALVES MOREIRA(Docente Colaborador);

A soja é uma leguminosa importante para a nutrição humana devido ao elevado conteúdo de proteínas, entretanto a presença de fatores antinutricionais pode limitar o aproveitamento de nutrientes pelo organismo. Objetivou-se avaliar o efeito do tratamento térmico na inativação dos fatores antinutricionais e na preservação da qualidade protéica. Foram avaliadas as variedade de sojas destinadas à alimentação humana como, Embrapa 48, BRS-155 e BRS-213 e UFVTN-105. Os grãos de soja foram colocados em estufa a 130ºC, 150ºC e 170ºC por 30 minutos,  em seguida moídos e transformados em farinha. Foi analisado a atividade ureática e o teor de ácido fítico das farinhas de soja. A qualidade protéica foi medida pela análise de solubilização da proteína. As farinhas de soja submetidas a 130ºC diferiram (p<0,05) das demais, sendo o tratamento térmico insuficiente para inativar à atividade da urease. Entretanto, farinhas submetidas ao tratamento térmico de 150°C apresentou atividade da urease dentro da classificação recomendada. As farinhas submetidas à temperatura de 170°C apresentaram atividade de urease inferior ao desejável. A solubilidade da proteína não diferiu significativamente entre as farinhas de soja, porém diferiu (p<0,05) entre as diversas temperaturas aplicadas. O processamento térmico a 130°C não foi adequado, pois a solubilidade permaneceu acima de 85%, valor de referência para avaliar qualidade protéica. Na temperatura de 150°C, a solubilidade protéica das farinhas de soja, variou entre 70 a 85%, indicando processamento térmico adequado. O teor de ácido fítico foi menor na variedade Embrapa 48 e obteve uma redução significativa em todas as variedades quando tratado à temperatura de 150ºC, comparando ao tratamento a 130ºC.  Dos tratamentos térmicos, a temperatura de 150 oC por 30 minutos foi adequada para preservar a qualidade protéica e inativar fatores antinutricionais das variedades de soja estudadas.

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EFEITOS DO CONSUMO DE AMENDOIM NO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO 

Carolina Araújo dos Santos (Bolsista PIBIC/CNPq), Carolina Pereira Zuconi (Graduanda em Nutrição), Regiane Lopes de Sales (Pós-graduanda DS), Neuza Maria Brunoro Costa (Orientadora)

Estudos apontam o amendoim como alimento promissor na redução do risco cardiovascular e na manutenção do peso corporal. Seu perfil lipídico é benéfico ao controle da colesterolemia e das citocinas inflamatórias. Embora tenha um valor energético denso, parte da energia parece não estar disponível ou requerer maior gasto metabólico, provocando um aumento de peso menor em relação ao esperado. Foram selecionados 40 indivíduos (20 mulheres e 20 homens), entre 18 e 50 anos, com índice de massa corporal entre 25 e 35 kg/m2, que não faziam uso de medicamentos ou dietas restritivas. Os voluntários foram divididos aleatoriamente entre 5 grupos, quais sejam: amendoim cru (AC), amendoim torrado sem sal (AT), amendoim torrado salgado (AS), amendoim doce (AD) e pasta de amendoim (PA). Por 28 dias os voluntários consumiram diariamente 56 g de um dos produtos testados, sem qualquer intervenção ou orientação no consumo dietético. Foram realizadas ainda avaliações antropométricas, bioquímicas e inquéritos dietéticos no início e no final do experimento. Os dados foram avaliados por ANOVA no software SAS, versão 8. Não houve alteração significante dos valores plasmáticos de colesterol total e frações, triacilgliceróis e glicose no intervalo do experimento. Concluiu-se que o consumo em curto prazo de 56 g de amendoim não apresentou alterações no perfil lipídico em indivíduos com sobrepeso.  (CNPq e Peanut Institute)

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ESTABILIDADE DE CAROTENÓIDES E VITAMINA C EM POLPA DE FRUTAS ORGÂNICAS PASTEURIZADAS

ANA PAULA BATISTA TOMAZINI (Bolsista PIBIC/CNPq); POLLYANNA COSTA CARDOSO (Bolsista CNPq); FLÁVIA GALVÃO CANDIDO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); ANTONIO CARLOS GOMES DE SOUZA(Docente Colaborador); PAULO CESAR STRINGHETA (Docente Colaborador); JOSE BENICIO PAES CHAVES (Docente Colaborador); HELENA MARIA PINHEIRO SANT´ANA (Orientadora)

A pasteurização pode ser empregada para estender a vida de prateleira de polpas de frutas, já que permite alcançar a estabilidade microbiológica e inativar enzimas oxidativas. Esse estudo quantificou e avaliou a estabilidade de carotenóides e vitamina C em polpas de frutas (acerola, manga e morango) orgânicas pasteurizadas e não pasteurizadas. As polpas foram analisadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. A análise estatística dos dados foi realizada pelo SAS 9.1, aplicando-se Análise de Variância e Teste t pareado (= 6%). Entre as polpas estudadas, a de acerola não pasteurizada apresentou o maior teor de β-caroteno (2713,45 µg/100g). Nas polpas de acerola e manga não pasteurizadas, o conteúdo de β-caroteno foi estatisticamente superior. Apenas na polpa de manga foi detectado α-caroteno, sendo seu conteúdo estatisticamente superior na polpa não pasteurizada. As polpas de acerola não pasteurizadas apresentaram o maior valor de vitamina A (226,12 µgRAE/100g), já as pasteurizadas apresentaram o maior teor de ácido ascórbico-AA (4781,81 mg/100g). O teor de AA foi estatisticamente superior nas polpas pasteurizadas de manga e morango em comparação àquelas sem pasteurização. A pasteurização promoveu maiores perdas de carotenos provitamínicos A do que vitamina C. Quanto à retenção de conteúdo vitamínico nas polpas de frutas pasteurizadas, para polpa de manga, a retenção de α-caroteno foi 58,99% e de β-caroteno foi 67,29%; para polpa de morango, a retenção de β-caroteno foi 86,80% e para polpa de acerola, foi 81,69%. A retenção de AA foi maior que 100% nas polpas de manga e morango (129 e 130%, respectivamente) e 90% em polpa de acerola. O preparo de sucos utilizando polpas de frutas orgânicas oferece importantes quantidades de vitamina C e provitamina A, correspondendo a elevadas porcentagens das necessidades diárias. De maneira geral, a estabilidade dos nutrientes, especialmente vitamina C, nas polpas de frutas orgânicas pasteurizadas foi elevada, o que demonstra boa preservação dos componentes analisados.

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ESTÁGIOS DE MUDANÇA NA ADOÇÃO DE CARDÁPIOS QUE INCLUAM FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES EM UNIDADES ESCOLARES PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG

Ana Elisa Fernandes Jardim (Bolsista PIBIC/CNPq); Sarah Aparecida Vieira (Bolsista PIBEX); Elisa Zandonade (Estagiária voluntária); Patrícia Lima Silva (Estagiária voluntária); Maria do Carmo Fontes de Oliveira (Orientadora)

Crianças e adolescentes permanecem muitas horas dentro da escola, sendo esta um espaço privilegiado para a promoção da saúde, atuando de maneira significativa na formação de hábitos e estilos de vida, entre eles o da alimentação. Considerando que os educadores podem causar grande influência em tais hábitos, essa pesquisa teve como objetivo investigar os estágios de mudança para a adoção de cardápios que incluíssem frutas, verduras e legumes (FVL) entre preparadores de alimentos, professores e diretores das unidades escolares. Utilizou-se como referencial teórico-metodológico o modelo Estágio de Mudança o qual norteou na elaboração das perguntas as quais compuseram o questionário usado para a coleta de dados em todas as dezoito escolas municipais de Viçosa sobre os estágios de mudança dos participantes, ou seja se estes se encontravam prontos (estágios finais de mudança) para consumir a quantidade desejada de frutas verduras e legumes ou se não estavam (estágios iniciais da mudança). Os dados foram analisados com auxílio do software SPSS versão 11.5. Os participantes eram predominantemente mulheres (94,5%) e a idade média dos participantes foi de 43,5 anos ± 8,56. O consumo de verduras e legumes ficou abaixo das necessidades para 80,5% da amostra. Em relação ao consumo de frutas, encontrou-se que 52% dos participantes consumiam mais frutas que as suas necessidades. A maioria dos investigados foi classificada nos estágios mais avançados de mudança de comportamento no que se refere ao consumo de frutas. Entretanto, quanto ao consumo de verduras e legumes, os participantes se encontraram mais nos estágios iniciais. Conclui-se que as diferenças encontradas nos estágios de mudança relativos ao consumo de frutas, legumes e verduras sugerem que ações educativas voltadas para a mudança das práticas alimentares junto aos participantes do presente estudo devem ser diferenciadas e específicas para cada estágio de mudança. 

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ESTRATÉGIAS DE MARKETING EM UM ESTABELECIMENTO HORTIFRUTIGRANJEIRO

Maíra Bueno Pinto (Estagiário voluntário); Hércia Stampini Duarte Martino (Orientadora); Maria Inês de Souza Dantas (Técnico colaborador); Camila Nunes Pires (Estagiário voluntário); Helena Gabriela Souza (Estagiário voluntário); Samira Cássia de Oliveira (Estagiário voluntário)

Mudanças no hábito alimentar e aumento de doenças crônicas não transmissíveis em indivíduos têm levado as estratégias de marketing em estabelecimentos distribuidores de frutas e hortaliças. O objetivo do trabalho consistiu em implantar instrumentos educativos, como estratégia de marketing, incentivando a alimentação saudável. O trabalho foi dividido em três etapas semanais. Em cada etapa elaboraram-se banners e folders abordando a importância do consumo de frutas e hortaliças como fontes de nutrientes para prevenção e tratamento de doenças, além de preparações culinárias nutritivas, higiene, conservação e desperdício de alimentos. Os banners foram fixados no estabelecimento e os folders foram distribuídos aos clientes. Placas sobre composição nutricional e benefícios à saúde de cada fruta e hortaliça foi fixado nas bancas. Foi aplicado um questionário semi-estruturado para avaliar o impacto da estratégia de marketing na satisfação dos clientes, na mudança de hábitos alimentares, na higiene e na aquisição de alimentos. Das 63 pessoas entrevistadas de 18 a 80 anos de idade, a maioria era do sexo feminino (67%), com ensino superior completo (54%) e preferência pelo local de compra devido à localização (62%). A freqüência de compra era semanal (67%). Quanto ao acesso ao material utilizado, 73% afirmaram não ter recebido o folder educativo, 57% não leram os banners expostos, sendo a pressa a principal justificativa (24%). Dos indivíduos que leram os materiais expostos, 20% julgaram não ter sido influenciado em seus hábitos de vida, 18% foram influenciados nos hábitos alimentares, 17% na conservação dos alimentos e 67% alegaram influencia na compra. Do total de pessoas entrevistadas, 97% gostaram das informações nutricionais fornecidas e 42% disseram que estas estratégias podem influenciar na escolha do estabelecimento. As estratégias de marketing foram importantes para o estabelecimento, e acredita-se que em longo prazo possam contribuir para mudança de hábitos alimentares e promover o aumento do consumo de vendas de frutas e hortaliças.

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  ESTUDO DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E DAS SOBRAS DE PREPARAÇÕES ALIMENTARES EM ESCOLAS  Elisa Zandonade (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Maria do Carmo Fontes de Oliveira (Orientadora); Gisele Kuhlmann Duarte Rodrigues (Pós-graduando MS); Ana Íris Mendes Coelho (Docente colaborador).  O CONSEA estabelece que os alimentos oferecidos em escolas devam ser seguros não apresentando riscos de contaminação, visto que doenças de origem alimentar foram detectadas como o maior problema de saúde publica pela Organização Mundial da Saúde. O objetivo do trabalho foi estudar as condições de higiene relacionadas à produção da alimentação nas escolas municipais de Viçosa, MG. No estudo de natureza transversal, para avaliação das condições de higiene das preparações utilizou-se um Check List contido na resolução RDC 275/2002. A avaliação foi feita em 5 blocos de itens: Edificações e Instalações; Equipamentos, móveis e utensílios; Manipuladores; Produção e Transporte de Alimento; Documentação. Os itens foram classificados em “Não Conforme”, “Conforme” e “Não se aplica”. A análise foi realizada segundo a resolução RDC 216/2004 que aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação contido na RDC 275/2002. As temperaturas foram aferidas no fim das preparações. Sobras foram pesadas através da técnica de balanço de massas. O critério de classificação “Não conforme” obteve os maiores valores médios de itens variando de 44,76% a 100%. Quanto às edificações e instalações foi observado que a área externa ao local de realização das preparações não se encontrou limpa em 77,8% das escolas. Os aspectos higiênicos mais observados foram relativos a não capacitação de pessoal para a higienização das instalações (55,6%) e a freqüência incorreta da higienização (100%). Quanto ao asseio pessoal, foi observado que em todas as escolas os cantineiros não tinham uma apresentação satisfatória. Temperaturas abaixo das preconizadas foram encontradas em certas preparações. A média de sobra das preparações foi 0,42 kg/dia. Foram verificadas diversas inadequações quanto às condições de higiene do preparo das refeições servidas nas escolas. Desse modo, a não aplicação dos princípios das boas práticas de produção pode trazer maiores conseqüências à saúde dos alunos. (FAPEMIG) 

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EVOLUÇÃO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES MATRICULADOS EM UMA CRECHE FILANTRÓPICA NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG.

NAIARA SPERANDIO(Bolsista PIBIC/CNPq); MARIANA CAMPOS MARTINS(Bolsista PIC-CAIXA); MARCELY SOARES MARINHO(Estagiário voluntário); Angélica Fátima de Barros(Bolsista BIC-Júnior); AMANDA CAL REZENDE (Estagiário voluntário); CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS REZENDE (Estagiário voluntário); MAURO FISBERG (Membro Externo / Colaborador); REGINA MARA FISBERG (Membro Externo / Colaborador);SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador); SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador);

A idade pré-escolar se caracteriza por um período de crescimento lento, porém contínuo, e de alta vulnerabilidade e susceptibilidade à alterações do estado nutricional. Assim, torna-se necessário o acompanhamento nutricional como atividade de rotina na atenção à criança. Objetivou-se verificar a evolução nutricional de crianças de 2 a 5 anos atendidas por uma creche filantrópica. Foram analisados dados referentes ao acompanhamento nutricional realizado de 2003 a 2007. Para diagnóstico da anemia ferropriva foi usado o hemoglobinômetro digital portátil (Hemocue B hemoglobim photometer). Para avaliação do estado nutricional utilizou-se os valores de score-Z para os índices: Peso/Idade, Peso/Estatura e Estatura/Idade, adotando-se a referência antropométrica do CDC/NCHS (2000). A prevalência de anemia era de 29% em 2003 e em 2007 não foi encontrada nenhuma criança anêmica, sendo esta redução estatisticamente significante (p=0,0009). Observou-se que, de 2003 a 2007, houve melhora no estado nutricional das crianças, com diminuição nas prevalências de risco de sobrepeso (de 21,0% para 15,2%; p>0,05); risco de baixo peso (de 13% para 0%; p=0,06); e risco de baixa estatura (de 13,0% para 3,0%; p=0,006). Os dados indicam que a intervenção nutricional realizada tem promovido melhora no estado nutricional e consequentemente, nas condições de saúde das crianças desta creche. (CNPq/Caixa Econômica/Danone)

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EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES DE TRÊS CIDADES BRASILEIRAS

ROBERTA RIBEIRO DE ANDRADE NOGUEIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador); ELIANE RODRIGUES DE FARIA (Bolsista PG/CAPES); MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO ( Docente Colaborador); MAURO FISBERG (Membro Externo / Colaborador); SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI(Docente Colaborador); EVELYN EISENSTEIN (Membro Externo / Colaborador)

Os adolescentes vêm se tornando cada vez mais vulneráveis ao excesso de peso, sendo esse um fato preocupante, pois a presença de sobrepeso/obesidade tem sido considerada um dos mais importantes fatores de risco para a Síndrome Metabólica. Objetivou-se avaliar o estado nutricional e percentagem de gordura corporal de adolescentes do sexo feminino, estudantes de escolas públicas de três cidades brasileiras. O estudo foi realizado com 215 adolescentes, de 14 a 17 anos, que já apresentaram a menarca. Destas, 35,8% eram do Rio de Janeiro-RJ, 17,7% de São Paulo-SP e 46,5% de Viçosa-MG. Avaliou-se o estado nutricional através do Índice de Massa Corporal (IMC), utilizando os pontos de corte preconizados pelo Center for Disease Control and Prevention – National Center for Health Statistics (CDC/NCHS, 2000). As adolescentes com percentil superior a 85 foram agrupadas em excesso de peso. O percentual de gordura corporal foi estimado utilizando-se a bioimpedância elétrica vertical, sendo analisado segundo critérios propostos por Lohman (1992). De acordo com IMC, 19,6% (n=40) tinham excesso de peso. O maior percentual deste foi encontrado no Rio de Janeiro (34,4%), seguindo São Paulo (15,8%) e Viçosa (11%). Quando avaliadas pelo percentual de gordura corporal, 43,8% (n=95) apresentavam excesso de peso, tendo prevalência de 51,9% (n=40) no Rio de Janeiro, 44,7% (n=17) em São Paulo e 38% (n=38) em Viçosa. Das eutróficas (77%), considerando o IMC, 34,8% (n=54) apresentavam percentual de gordura acima do esperado, encontrando 39 (n=16), 35,5 (n=11) e 32,5% (n=27) no Rio de Janeiro, São Paulo e Viçosa, respectivamente. O aumento do número de obesos adultos reforça a necessidade de avaliar os adolescentes, pois a definição precoce dos fatores ambientais relacionados à gênese da obesidade, como os hábitos alimentares e estilo de vida, pode auxiliar na identificação de adolescentes com riscos aumentados para doenças crônicas, tornando mais efetiva as ações preventivas. (FAPEMIG/CNPq)

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FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADOS AO STATUS MENOPAUSAL DE MULHERES COM SOBREPESO/OBESIDADE

June Heber de Almeida Silveira (Bolsista PIBIC/CNPq); Rita de Cássia Lanes Ribeiro (Orientadora); Fábia de Oliveira Andrade (Estudante de Graduação)  Com o avançar da idade são observadas mudanças no perfil fisiológico das mulheres, que se acentuam durante a fase do climatério, resultando em um ganho de peso corporal e na concentração de gordura na região abdominal, contribuindo para o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares.O Estudo teve como objetivo conhecer os fatores de risco cardiovasculares e a associação com o status menopausal de  mulheres com sobrepeso/obesidade  atendidas no PROCARDIO (Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa).Realizou-se um estudo caso-controle em mulheres com sobrepeso/obesidade. Foi considerado caso, as mulheres na pós-menopausa e controle as mulheres na pré-menopausa. A amostra foi composta por 135 mulheres (49 na pré-menopausa e 86 na pós-menopausa).Para obtenção dos dados foram realizadas medidas antropométricas, exames bioquímicos e avaliação nutricional das participantes.Realizou-se análise descritiva e para identificar a diferença dos fatores de risco entre os dois grupos realizou-se o Teste t de Students e medidas de OR para identificar a associação entre os fatores de risco e status menopausa. O percentual de mulheres na pré-menopausa com HDL acima do desejável foi significativamente maior que o das mulheres na pós-menopausa.Não houve associação estatisticamente significante entre o status menopausal e a glicemia de Jejum, triglicérides, LDL-colesterol e circunferência da cintura. Foi encontrada associação entre o status menopausal e o IMC. Quando  analisou-se a diferença nos dois grupos com relação a estas variáveis, identificou-se que as mulheres na pós-menopausa apresentaram, em média, maior alteração na glicemia de jejum, LDL, Triglicerídeos, Pressão Arterial Sistólica e Circunferência da Cintura. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante no consumo alimentar entre os dois grupos. Constatou-se que o HDL-c e o IMC estão associados com o status menopausal, assim após a menopausa a mulher apresenta maiores risco de desenvolverem doenças cardíacas do que as mulheres na pré-menopausa. (PIBIC/CNPq) 

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FREQUÊNCIA E TIPOS DE INTERCORRÊNCIAS GESTACIONAIS EM NUTRIZES  ATENDIDAS PELO PROGRAMA DE APOIO À LACTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA–MG 

Mayla Paula Torres Simplício (Estagiário voluntário); Taís Cristina Araújo Magalhães (Estagiário voluntário); Ana Carolina Matos Campos (Estagiário voluntário); Roberta Sena Reis (Estagiário voluntário); Eliana Cristina Cunha Toledo Franklin (Estagiário voluntário); Viviane Faria Santos (Membro Externo/Hospital São Sebastião); Heloísa Helena Firmino (Membro Externo/Hospital São Sebastião); Silvia Eloiza Priore (Docente colaborador); Luciana Ferreira da Rocha Sant’Ana (Docente colaborador); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Orientador) 

O período gestacional representa uma fase de vulnerabilidade biológica e requer uma adequada assistência à saúde, capaz de detectar o aparecimento de possíveis intercorrências e garantir maior eficácia das ações voltadas ao grupo materno-infantil. O presente estudo objetivou avaliar a freqüência e os tipos de intercorrências gestacionais que acometeram as nutrizes atendidas pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC) no município de Viçosa-MG. Os dados foram obtidos através de questionamentos às mães durante a primeira consulta no Programa, aproximadamente 30 dias pós-parto. A amostra constituiu-se de 380 pacientes atendidas no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006. Para as análises foi utilizado o pacote estatístico SPSS  versão 11.5. Observou-se que as nutrizes possuíam uma mediana de idade de 24 anos, com mínimo de 15 e máximo de 45. A escolaridade média foi de 9,31+ 3,12 anos de estudo. Com relação ao estado civil a maioria das mulheres era casada (58,2%) e a renda familiar predominante era de 2 a 4,9 salários mínimos (44,2%), seguida pela renda de 1 a 1,9 salários mínimos (33,9%). No que se refere às intercorrências gestacionais, verificou-se que 64,2%  das nutrizes não apresentaram intercorrências, enquanto 35,8% tiveram algum problema neste período. As principais intercorrências relatadas foram: edema (30,1%), anemia (27,2%) hipertensão (19,9%), obstipação (15,4%), infecção urinária (11%), pré-eclampsia (8,8%), diabetes (5,9%), hipotensão (3,7%) e hemorragias (2,9%).  Outras alterações menos citadas foram deslocamento de placenta (1,5%), problemas renais (1,5%), trombose (0,7%) e hiperglicemia (0,7%). Os resultados encontrados revelam uma alta freqüência de intercorrências gestacionais entre as mães atendidas pelo PROLAC e condizem com os dados de literatura sobre as principais causas de internações envolvendo gestantes. Salienta-se a importância do acompanhamento constante durante a gestação, uma vez que alterações neste período podem afetar negativamente a gravidez e as condições de saúde maternas e infantis.

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HÁBITOS ALIMENTARES DAS GESTANTES E MÃES DE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS DE IDADE CADASTRADAS NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE TEIXEIRAS-MG.

ROBERTA SENA REIS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); ANA CAROLINA MATOS CAMPOS (Estagiário voluntário); JOSI FERNANDES DE CASTRO RODRIGUES (Estagiário voluntário); RAIHANI DE SA NASCIMENTO (Estagiário voluntário); FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Co-orientador); LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT´ANA (Co-orientador); GLAUCE DIAS(Estudante de PG); ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA (Orientadora)

Uma alimentação saudável deve favorecer um maior consumo de alimentos saudáveis, respeitando a identidade cultural-alimentar das populações ou comunidades. As estratégias que envolvem alimentação e nutrição, como formas de intervenção, tornam-se imprescindíveis a qualquer programa que vise, através do princípio da integralidade das ações, elevar a qualidade de vida da população. O objetivo do trabalho foi avaliar aspectos da alimentação de gestantes e mães de crianças menores de dois anos residentes no meio urbano e cadastradas no Programa de Saúde da Família (PSF) de Teixeiras-MG. Entre as cadastradas, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a 80,76% (n=21) das gestantes e 55,35% (n=62) das mães de crianças nos meses de abril a junho de 2007. A idade média foi de 25,57 +6,32 anos e 25,69 + 6,29 anos; e, a mediana da renda per capita foi de 190 reais (variando de 16,66 a 400 reais) e de 198,96 reais (variando de 33,33 a 1013,33 reais), respectivamente entre as gestantes e mães de crianças entrevistadas. Em relação aos hábitos alimentares, observou-se que a mediana do número de refeições ao dia foi de 4 para gestantes e 5 para as mães. Verificou-se um elevado consumo per capita diário de sal, açúcar e óleo; com médias equivalentes a 7,33g, 73,25g e 33,94mL nas gestantes e 6,51g, 63,7g e 25,59mL nas mães.Valores estes superiores às cotas diárias recomendadas para estes alimentos (máximo 6g, 55g e 16,22mL). Além disto, observou-se um consumo hídrico abaixo das recomendações em 90,47% das gestantes e em 100% das mães, sendo a ingestão média diária menor que 3,0L e 3,08L, respectivamente. Diante desses resultados torna necessária a criação e adoção de estratégias de atenção à saúde direcionada a este grupo populacional no que se refere ao cuidado nutricional, especialmente reeducação alimentar visando contribuir para melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde.  

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HÁBITOS ALIMENTARES DE ADOLESCENTES QUE JÁ APRESENTARAM MENARCA, DE ESCOLAS PÚBLICAS DE SEIS CIDADES BRASILEIRAS.

MARILIA LELIS RIBEIRO (Bolsista PIBIC/CNPq); ELIANE RODRIGUES DE FARIA (Bolsista PG/CAPES); KÊNIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO Membro Externo/ Colaborador); EVELYN EISENSTEIN (Membro Externo / Colaborador); JOEL ALVES LAMOUNIER (Membro Externo / Colaborador); RAUL VON DER HEYDE (Membro Externo/Colaborador); MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Docente/ Colaborador); SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Docente/ Colaborador); SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador);

Na adolescência há formação e consolidação de hábitos alimentares que podem ser determinantes do estado nutricional, que repercute inclusive na fase adulta. O objetivo foi conhecer os hábitos alimentares de adolescentes que já apresentaram a menarca, estudantes de escolas públicas de seis cidades brasileiras. Utilizou-se o Recordatório 24 horas e o Questionário de freqüência de consumo alimentar. Investigou-se preferências e rejeições alimentares; refeições omitidas; substituição de almoço e jantar por lanches; uso de produtos light/diet, inclusive adoçantes e mudança no hábito alimentar no final da semana. Analisou-se energia, macronutrientes, ferro, vitamina C, cálcio, fibras, colesterol total e ácidos graxos monoinsaturados totais, poliinsaturados totais e saturados totais; e determinou-se a qualidade da dieta. As adolescentes do sudeste apresentaram maior preferência por salgados, biscoitos tipo “chips” e recheado, chocolate, pizza e doces; e maior rejeição por hortaliças e frutas. O consumo diário de hortaliças e leguminosas e a substituição do almoço e/ou jantar por lanches foi maior no centro-oeste; enquanto a omissão do desjejum foi maior no sul. O número de adolescentes com ingestão energética abaixo das necessidades foi maior no Rio de Janeiro, 73,53%, nenhuma com ingestão adequada e 26,47% com ingestão acima, e principalmente onde o consumo diário de ferro e fibras não atingiu as recomendações. O consumo de ácidos graxos saturados e colesterol acima do recomendado foi superior em Viçosa. Em Brasília foi maior o número de adolescentes que não atingiram a ingestão diária recomendada para vitamina C e onde nenhuma alcançou a recomendada para cálcio. Em Curitiba foi maior o número de adolescentes cuja dieta foi classificada como “pobre”. Conclui-se que essa população requer intervenção constante, reforçando a importância de programas específicos de atenção à saúde do adolescente nas seis cidades, sendo Viçosa a cidade com maior urgência de cuidados em relação à saúde cardiovascular. (CNPq)

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HÁBITOS ALIMENTARES DE CRIANÇAS INTERNADAS NA PEDIATRIA DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE VIÇOSA - MG 

Taís Cristina Araújo Magalhães (Bolsista FUNARBIC/FUNARBE); Camila Nunes Pires (Estagiário voluntário); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Docente colaborador); Maria Teresa Fialho de Souza Campos (Docente colaborador); Heloísa Helena Firmino (membro externo/Hospital São Sebastião); Luciana Ferreira da Rocha Sant’Ana (Orientador)  A alimentação na infância, além de sua importância no crescimento e desenvolvimento, representa um fator de prevenção de doenças na vida adulta. Diante disso, o presente estudo buscou avaliar os hábitos alimentares de crianças internadas na pediatria de um Hospital da cidade de Viçosa - MG. Para a obtenção dos dados foi utilizado um questionário de freqüência alimentar qualitativo, aplicado ao responsável pela alimentação da criança. Considerou-se consumo habitual a ingestão ≥ 4 vezes/semana e não habitual  aquela <4 vezes/semana. A amostra foi constituída de 79 crianças atendidas no período de dezembro de 2006 a agosto de 2007. A análise dos dados utilizou o software Epi info 6,04d. Observou-se que o leite foi consumido diariamente por 88,6% das crianças, seguido pelo feijão (86,1%) e arroz (75,9%). Com relação às carnes, verificou-se que 36,7% das crianças não consumiam este alimento habitualmente. O consumo de vegetais era baixo, onde 88,6% das crianças não consumiam tomate habitualmente, o mesmo sendo observado para a batata em 70,9% dos casos, para a cenoura em 87,4%, para a couve em 86% e para o alface em 84,8%. Com relação às frutas, 44,4% das crianças não tinham o hábito de consumir banana, o mesmo ocorrendo com 67,1% em relação à maça e 44,3 % à laranja. Observou-se ingestão habitual de sucos artificais em 21,5% das crianças; de achocolatados em 12,7% e de refrigerantes em 8,8%. Os chocolates constituíam um hábito na alimentação de 6,4% das crianças, biscoitos recheados em 10,2%, balas em 26,7% e  salgadinhos em 10,1% dos casos. Os resultados revelam que as crianças internadas apresentaram baixo consumo de alimentos industrializados e daqueles ditos "guloseimas"; assim como um baixo consumo de alimentos pertencentes aos grupos dos vegetais e frutas. Além disto, uma grande parcela de crianças não ingeria carnes e outros alimentos essenciais ao crescimento, habitualmente, apresentando muitas vezes uma ingestão inadequada quanto à sua variedade. (FUNARBE)

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HÁBITOS ALIMENTARES E ESTILO DE VIDA DE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DE VIÇOSA-MG. Angélica Fátima de Barros (Bolsista BIC Júnior), Eliane Rodrigues de Faria (Pós-Graduanda MS), Silvia Eloiza Priore (Orientadora),  Marcely Soares Marinho  (Nutricionista).

A adolescência é a fase da vida que vai dos 10 aos 19 anos, segundo critérios cronológicos propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo a fase que marca a passagem da infância para a idade adulta. Durante a adolescência, a alimentação balanceada é importante, pois além de satisfazer as elevadas necessidades nutricionais durante desta fase, serve também para criar e manter bons hábitos alimentares para o resto da vida. O presente estudo está inserido no projeto da nutricionista/mestranda Eliane Rodrigues de Faria “Estado nutricional, composição corporal, hábitos alimentares e possíveis fatores de risco para síndrome metabólica em adolescentes de escolas públicas de Viçosa-MG”, de acordo com os propósitos da Bolsa BIC-Jr. Objetivou-se conhecer o perfil socioeconômico e o estilo de vida das adolescentes; bem como analisar as práticas, as preferências e as rejeições alimentares e a freqüência de consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras. Foram aplicados questionários específicos na Divisão de Saúde da UFV, nas casas das entrevistadas e nas escolas. Foram avaliadas 50 estudantes, selecionadas de acordo com os critérios estabelecidos no projeto, entre eles ter apresentado a menarca há pelo menos um ano, ter entre 14 e 17 anos e estudar em escolas públicas de Viçosa-MG. Foi observado que a alimentação das adolescentes era pouco saudável e favorecia os riscos de doenças. Analisando o perfil socioeconômico verificou-se grandes contrastes nas condições domiciliares e na renda familiar. Os resultados obtidos nos permitiram conhecer a situação econômica e a alimentação das adolescentes estudadas, compreendendo as possíveis associações com fatores de riscos para doenças na fase adulta. (CNPQ/FAPEMIG/UFV)

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IMPACTO DA FORTIFICAÇÃO DAS FARINHAS DE TRIGO E MILHO COM FERRO E ÁCIDO FÓLICO NA CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA DE GESTANTES ATENDIDAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE DA REDE PÚBLICA EM VIÇOSA-MG

Lisiane Lopes Da Conceicao (Bolsista PIC-CAIXA); Silvia Eloiza Priore (Orientadora); Sylvia Do Carmo Castro Franceschini (Co-orientadora); Silvia Maria Gomes da Silva (Membro Externo / Colaborador); Simone Mazzoni de Almeida Salgado (Membro Externo / Colaborador); Elizabeth Fugimori (Membro Externo / Colaborador); Sophia Cornbluth Szarfarc (Membro Externo / Co-orientador)

Devido aos altos índices de anemia por deficiência de ferro e de ácido fólico, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tornaram obrigatório a fortificação de farinhas de trigo e milho com esses nutrientes, o que ocorre desde junho de 2005. Objetivou-se neste estudo identificar as características do serviço de saúde e comparar o perfil de concentração de hemoglobina das gestantes em dois períodos. A amostra foi composta por 800 gestantes, atendidas no Centro de Saúde da Mulher e da Criança de Viçosa-MG. Os dados foram provenientes dos prontuários e do SISPRENATAL. A amostra foi constituída pelo Grupo 1: Sem Fortificação (dados anteriores a junho de 2004) e Grupo 2: Fortificado (dados após junho de 2005). O grupo 1 foi composto por 385 (48,1%) gestantes e o 2, composto por 415 (51,9%). A idade na primeira consulta do pré-natal variou de 14 a 45 anos.O peso pré-gestacional (PPG) foi encontrado em 115 prontuários (14,37%). A altura das gestantes do grupo 1 esteve entre 144 cm e 176 cm e no grupo 2 entre 146 e 178 cm. O valor do Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional, foi obtido de 106 gestantes, perfazendo 13,25% da amostra total. Das 789 gestantes que apresentavam dados sobre idade gestacional, 314 (39,8%) encontravam-se com dois meses. Os medicamentos e/ou suplementos mais utilizados foram o tylenol, sulfato ferroso, combiron, ácido fólico. As intercorrências citadas foram: ser fumante ou hipertensa. Dezessete gestantes foram vacinadas com toxoíde tetânico. No presente estudo foi encontrada uma prevalência de 85,3% de gestantes anêmicas. Não houve diferença estatisticamente significante com relação a ocorrência da anemia entre os 2 grupos estudados. Diante do exposto, podemos concluir que o atendimento pré-natal em Viçosa-MG é muito precário e que não foi possível observar impacto positivo do programa até o presente momento. (Caixa Econômica Federal)       

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  IMPACTO DO TRATAMENTO CLÍNICO-NUTRICIONAL EM PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA

FABIA DE OLIVEIRA ANDRADE(Bolsista PIBIC/CNPq); LINA ENRIQUETA FRANDSEN PAEZ DE LIMA ROSADO(Orientador ); RITA DE CASSIA LANES RIBEIRO(Co-orientador); JUNE HEBER DE ALMEIDA SILVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq);

A síndrome metabólica consiste de um conjunto de fatores de risco cardiovascular freqüentemente relacionados à deposição central de gordura e resistência à insulina, tais como dislipidemia, diabetes mellitus do tipo 2 ou intolerância à glicose e hipertensão arterial. Esta síndrome é uma condição de risco para doenças ateroscleróticas e o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, sendo de grande interesse clínico, tendo em vista que as doenças cardiovasculares provocam 12 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Objetivou-se nesse trabalho avaliar o impacto do tratamento clínico-nutricional em portadores de Síndrome Metabólica cadastrados no PROCARDIO. Participaram deste estudo 464 indivíduos que estão sob orientação e acompanhamento médico e nutricional, com consultas quinzenais ou mensais a depender de cada situação. As prescrições para cada caso, são feitas após a avaliação individual de parâmetros clínicos, bioquímicos e antropométricos. A prevalência de síndrome metabólica foi de 32,0% com predomínio no sexo masculino. Houve associação estatística entre idade, glicemia de jejum, HDL-c, triglicerídios, pressão arterial, antecedentes familiares de diabetes e obesidade, IMC, CC e gordura corporal com a presença de síndrome metabólica. O consumo de lipídeos totais, ácidos graxos saturados, moninsaturados, sódio, vitamina B12 e B6 foram significativamente maiores entre as pessoas com síndrome metabólica.  Houve redução da glicemia de jejum, colesterol total, LDL-c e triglicerídeos em 59,9%, 68,1%, 63,4% e 67,6% respectivamente, e aumento do HDL-c em 56,1% dos pacientes. Foi detectada também após o tratamento, diminuição no peso, circunferência da cintura e percentual de gordura corporal em 71,5% , 64,4% e 61,3%, respectivamente. Houve diferença estatística dos valores de HDL-c em homens e  de colesterol total, LDL-c, triglicerídios, glicemia de jejum, peso, CC e RCQ  ao final do tratamento. Portanto, o acompanhamento nutricional foi efetivo, para a maioria dos pacientes, na diminuição dos riscos de desenvolvimento ou controle da síndrome metabólica. (PIBIC/CNPq)

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INFLUÊNCIA DO CONSUMO ALIMENTAR DE UVA NIÁGARA E LINHAÇA SOBRE A EXCREÇÃO DE LIPÍDIOS TOTAIS, TRIGLICERÍDEOS E COLESTEROL PLASMÁTICOS EM CAMUNDONGOS Apo E -/-

Flávia Xavier Valente (não bolsista),Walisson Junio Martins da Silva (não bolsista), Luisa Costa Penna Penido (não bolsista), Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Orientadora) A aterosclerose é uma cardiopatia multifatorial que envolve o desequilíbrio da função imune e do estado de oxi-redução da célula, resultando na formação do ateroma. A hipótese oxidativa da aterosclerose afirma que a oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), por radicais livres, está associada a alterações na configuração e permeabilidade das membranas celulares, fundamental no desenvolvimento de todo processo de aterosclerose. A uva e a linhaça contêm uma ampla variedade de substâncias polifenólicas que são potentes antioxidantes e estão associados à inibição da oxidação da LDL humana. A linhaça também é fonte de fibras e ácido linolênico, que possui propriedades antiinflamatórias, ajudando no combate a doenças cardiovasculares. De acordo com estas propriedades, desenvolveu-se um estudo experimental em camundongos knock out para a apoproteína E, com o objetivo de verificar a influência dos compostos da uva niágara e da linhaça sobre a porcentagem de lipídios e colesterol excretados e a concentração de colesterol e triglicerídeos plasmáticos. O Grupo amostral foi composto por 29 animais, que foram subdivididos em quatro grupos, com dietas diferenciadas: Controle (C); Uva (U); Linhaça (L); Uva/Linhaça (UL). Realizou-se análises de triglicerídeos, colesterol plasmáticos e colesterol fecal por kits enzimáticos e análise dos lipídios totais nas fezes pelo método de Soxlet. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de Tuckey e não foram observadas diferenças significantes para as quatro analises. Houve redução de 7.23% para o colesterol plasmático no grupo L; redução de 9,18% para os triglicerídeos plasmáticos no grupo UL comparados com a média do grupo controle. O grupo U foi o que mais excretou lipídios (22,71%) e colesterol (17,71%). Estes resultados devem ser considerados uma vez que, a redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos plasmáticos e excreção de lipídios e colesterol refletem positivamente na prevenção ou tratamento da aterosclerose. 

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INFLUÊNCIA DO ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS NO BALANÇO ENERGÉTICO DE CICLISTAS Letícia Gonçalves Pereira (Bolsista PIBIC/CNPq), Paula Guedes Cocate (Pós-graduanda MS), Rita de Cássia Gonçalves Alfenas (Orientadora), Josefina Bressan (Docente colaboradora), João Carlos Bouzas Marins (Docente colaborador)

 Alguns autores sugerem que a ingestão de alimentos de baixo índice glicêmico (BIG) resulta no aumento lento e prolongado da glicemia, podendo levar a uma maior saciedade em relação à ingestão de alimentos de alto índice glicêmico (AIG), favorecendo, assim, o controle da ingestão energética. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo em laboratório de cargas de AIG (IG=74,42) ou BIG (IG=26,57), durante 4 dias consecutivos, em duas refeições diárias, nas respostas glicêmica e insulinêmica, na ingestão alimentar, na taxa metabólica de repouso (TMR), na termogênese induzida pela dieta (TID) e na composição corporal. Tais cargas apresentavam densidade calórica,  teor de macronutrientes e de fibras similares. Participaram do estudo 15 ciclistas, com idade de 24,4 ± 3,7 anos, peso de 67,32 ± 5,81 kg e índice de massa corporal de 22,04 ± 1,31 kg/m2. Os dados referentes à ingestão em condições de vida livre foram coletados por registro alimentar. No primeiro e quarto dia de cada etapa foram avaliados TMR, TID e parâmetros bioquímicos. As áreas abaixo da curva das respostas glicêmica e insulinêmica foram superiores (p<0,05) após consumo da refeição de AIG. Na etapa do BIG verificou-se menor consumo de lipídeos e maior de fibras (p<0,05) que na etapa de AIG e que o consumo habitual. Não foram observadas alterações na composição corporal, na TMR, na TID e na glicemia e insulinemia de jejum entre o primeiro e último dia de cada etapa. Conclui-se que o consumo de cargas diferindo em IG por 4 dias não provoca alterações bioquímicas e na composição corporal. Apesar da ingestão de BIG não ter proporcionado menor consumo calórico, o menor consumo de lipídeos e maior de fibra pode ter influência na perda de peso corporal se consumido de forma crônica. (FAPEMIG)

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INTER RELAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL MATERNO E DO LACTENTE, COM ÊNFASE NA OCORRÊNCIA DE ANEMIA FERROPRIVA: ACOMPANHAMENTO DE UMA COORTE ATÉ O 6º MÊS PÓS-PARTO

Telma Akemi Hatanda (Bolsista PIBIC/CNPq); Fábia de Oliveira Andrade (Bolsista PIBIC/CNPq); Michele Pereira Netto (Pós-graduanda); Silvia Eloiza Priore (Docente colaborador); Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Orientador).

Os lactentes, gestantes e mulheres em idade fértil constituem os grupos mais vulneráveis à anemia, devido às altas necessidades de ferro nestas fases. A obesidade materna, conseqüência da retenção de peso no pós-parto representa um problema nutricional importante entre nutrizes. Objetivou-se neste trabalho avaliar o estado nutricional de nutrizes e lactentes 6 meses após o parto, incluindo a presença de anemia ferropriva, comparando com o 1º, 2º e 3º meses pós-parto e no caso das nutrizes, também, com o 3º trimestre gestacional. A amostra foi composta por 51 nutrizes e seus lactentes com idade de 6 meses, já avaliados anteriormente no 1º, 2º e 3º mês pós-parto. Quanto às nutrizes, houve diferença significante para o percentual de gordura corporal (%GC) e para medida de prega cutânea tricipital, com aumento no 6ºmês. A retenção de peso foi significativamente maior entre as que ganharam 16kg ou mais, sendo também maior o %GC, porém sem diferença significante. Observou-se maior concentração de gordura na região central, para todos os meses avaliados. Encontrou-se diferença estatística no consumo energético das mães nos meses avaliados. No 6º mês houve aumento no percentual do VCT referente aos lipídeos e diminuição de carboidrato. A prevalência de anemia entre as nutrizes foi de 30,2%. Nutrizes anêmicas no 3º mês pós-parto apresentaram maior risco (RR=2,48) de apresentarem anemia no 6º mês, assim como anemia no 3º trimestre gestacional também aumentou o risco (RR=1,8) de anemia no 6º mês. Encontrou-se melhora significante nos níveis de Hb de crianças com Hb<11,0g/dL no 3ºmês. Verifica-se, assim, a importância de políticas que estimulem programas para prevenção de anemia entre estes grupos. Ressalta-se a importância do pré-natal no controle do ganho de peso gestacional, além do acompanhamento das nutrizes, no sentido de evitar a ocorrência de sobrepeso e suas conseqüências. (CNPq)

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ORIENTAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO NA ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL ÀS GESTANTES E MÃES DE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS DE IDADE CADASTRADAS NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE TEIXEIRAS-MG.

ANA CAROLINA MATOS CAMPOS (Bolsista PIBIC/CNPq); ROBERTA SENA REIS (Estagiário voluntário); JOSI FERNANDES DE CASTRO RODRIGUES (Estagiário voluntário); RAIHANI DE SA NASCIMENTO (Estagiário voluntário); LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT´ANA (Co-orientador); FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Co-orientador); GLAUCE DIAS (Estudante de PG);ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA (Orientador )

A promoção, a proteção e o apoio ilimitado e reforçado à mulher, desde o início da gestação, tornam-se essenciais para a consolidação da prática do aleitamento materno. As equipes de atenção básica devem estar capacitadas para acolher precocemente a gestante, garantindo orientação apropriada quanto aos benefícios da amamentação para mãe, a criança, a família e a sociedade. O objetivo do trabalho foi avaliar as orientações sobre aleitamento materno inseridas no cuidado pré-natal, às gestantes e mães de crianças menores de 2 anos da zona urbana e cadastradas no Programa de Saúde da Família (PSF) de Teixeiras-MG. Os dados foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas a 62 (55,35%) mães e 21 (80,76%) gestantes no período de abril a julho de 2007. Utilizou-se o Programa SPSS versão 11.5 para análise dos dados. Verificou-se entre as mães de crianças e gestantes entrevistadas, respectivamente, idade média de 25,69 + 6,29 anos e 25,57 + 6,32 anos. Realizaram pré-natal 96,8% (n=60) das mães e 100% das gestantes. Nas consultas pré-natal, 41,7% das mães e 33,3% das gestantes foram orientadas quanto à amamentação. As principais orientações abordadas durante o pré-natal foram sobre técnicas de amamentação; importância/vantagens da amamentação; prevenção e solução para dificuldades na amamentação – equivalentes a 80%, 96% e 68% nas mães e 85,7%, 100% e 57,14% nas gestantes, respectivamente. A maioria das orientações foi transmitida pelo médico, segundo mães (44%) e gestantes (40%). Um dado relevante é que a maioria das mães (53,2%) amamenta seu bebê e que todas as gestantes pretendem amamentar. Os resultados revelam que os profissionais de saúde devem se conscientizar da importância do aleitamento materno e sensibilizar toda sua equipe de saúde através do planejamento de ações para incentivar o aleitamento materno durante a assistência pré-natal. 

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OTIMIZAÇÃO DA SECAGEM DE SEMENTE DE LINHAÇA PARA A OBTENÇÃO DE FARINHAS COM MENOR ÍNDICE DE PEROXIDAÇÃO DE LIPÍDIOS.

ERICA AGUIAR MORAES (Estagiário voluntário); MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Técnico Colaborador); DAYANE DE CASTRO MORAIS (Bolsista PIBIC/CNPq); CASSIANO OLIVEIRA DA SILVA (Técnico Colaborador); HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Docente Colaborador); MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Docente Colaborador); FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Docente Colaborador); SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO(Orientador)

A semente de linhaça é classificada como um alimento funcional por conter elevada concentração de ácidos graxos poliinsaturados – AGPI, de fibra e de lignanas. A utilização da farinha de linhaça pode ser uma alternativa para aumentar a biodisponibilidade dos compostos funcionais. Entretanto, o processo de obtenção da farinha envolve etapas de tratamento térmico e trituração mecânica que afetam a estabilidade do alimento devido susceptibilidade à peroxidação de lipídios. Este estudo objetivou preparar farinha de linhaça com menor índice de peroxidação para a elaboração de produtos alimentares. As sementes foram submetidas a diferentes métodos de secagem: forno convencional (120 º C por 15’ e 150º C por 10’) e forno microondas (potência média por 2 minutos) e em seguida trituradas até granulometria de 850 µm. O índice de peroxidação foi avaliado pela concentração de malondialdeído (MDA) utilizando-se o teste de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Verificou-se que a peroxidação de lipídios na farinha crua (controle) foi maior do que nas farinhas submetidas ao tratamento térmico nas condições de 120° C por 15’ e  150 º C por 10’; a farinha crua não diferiu da farinha submetida à secagem em microondas. Não houve diferença na peroxidação de lipídios entre as farinhas submetidas ao tratamento térmico em forno convencional (120º C por 15’) e em microondas. As farinhas submetidas à secagem em forno convencional (120 ° C por 15’ e  150°C por 10’) apresentaram nível de peroxidação estatisticamente igual. Para a elaboração de farinha de linhaça a secagem em forno convencional foi mais indicada para a obtenção de um produto com menor índice de peroxidação de lipídios. Para a elaboração de preparações alimentares, a secagem em temperatura de 150° C por 10’  resultou em um produto com melhores características físicas para manuseio.

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PERFIL NUTRICIONAL DE JOVENS ADULTOS DO SEXO MASCULINO DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA - MG.

OTAVIANA CARDOSO CHAVES (Bolsista FAPEMIG); RENATA MARIA SOUZA OLIVEIRA (Docente Colaborador); SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador); SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientadora)

Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional, os níveis de lipídios séricos e o consumo alimentar de jovens adultos do sexo masculino do município de Viçosa – MG. Avaliou-se 100 indivíduos com idade média de 26,2 anos. Foram aferidos peso, estatura, circunferência da cintura (CC) e percentual de gordura corporal. Avaliou-se colesterol total, triglicerídeos e lipoproteínas de baixa (LDL) e de alta densidade (HDL). Para avaliação do consumo alimentar foram aplicados dois instrumentos dietéticos: Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar e Registro Alimentar de três dias. Os dados foram analisados utilizando-se os programas Diet-Pro 4.0 e Epi Info 6.04. Encontrou-se 33% dos indivíduos com excesso de peso, 39% com elevado percentual de gordura corporal e 21% apresentaram os valores de CC inadequados. Observou-se níveis alterados de colesterol, triglicerídeos, LDL e HDL em 32%, 11%, 46% e 62% dos avaliados, respectivamente. Quanto ao consumo alimentar, 52,69% apresentaram ingestão acima da necessidade estimada de energia, todos apresentaram consumo de proteína dentro da faixa preconizada; 53,8% tinham consumo de lipídeos acima do recomendado e os demais apresentaram ingestão adequada desse macronutriente; 26,88% dos indivíduos ingeriam carboidratos abaixo da faixa recomendada, 72,05% consumiam adequadamente e somente 1,07% tinha consumo excessivo. Encontrou-se consumo diário de alimentos componentes dos grupos de cereais e massas e de gorduras; 90% ingeriam alimentos do grupo das carnes e ovos 6 ou 7 vezes na semana e 8% não consumiam nem uma vez na semana leite e derivados. Observou-se baixo consumo de frutas e hortaliças, totalizando 36% dos indivíduos, que as consumiam diariamente. Conclui-se que parcela importante da população apresentou hábito alimentar inadequado, alterações lipídicas e antropométricas. Estes dados evidenciam a importância de se investir em medidas educativas no intuito de promover a adoção de hábitos saudáveis e minimizar essas alterações nutricionais. (FAPEMIG)

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PLANEJAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORIAS, DOS POPs E DO PROGRAMA 5S EM UM BANCO DE ALIMENTOS

LILIAN GONCALVES TEIXEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq); HUGO SANTANA DA SILVA (Estagiário voluntário); NATHÁLIA PRISCILA PIRES GONÇALVES (Bolsista PIC-CAIXA); MARGARIDA MARIA SANTANA DA SILVA (Orientadora); ANGELA MARIA CAMPOS SANTANA (Co-orientador); DANIELLE DIAS SANT´ANNA MARTINS (Co-orientadora); DOMINGOS SAVIO DA SILVA (Co-orientador); RONALDO PEREZ (Co-orientador)

O Banco de Alimentos é uma iniciativa de segurança alimentar que busca a articulação de unidades de comercialização, armazenamento, industrialização e processamento de alimentos, visando redução de desperdício, contribuindo no combate à fome, e melhoria do estado nutricional da população beneficiada. Após o recebimento, os alimentos são selecionados, embalados, classificados e mantidos em câmara fria, para serem, posteriormente doados às instituições beneficiadas. O objetivo deste trabalho foi, a pedido da instituição gestora, propor a implementação de melhorias e do programa 5S no banco de alimentos. A proposta elaborada fundamentou-se em pesquisa desenvolvida sobre os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e análise do processo gerencial , em referencial teórico do Programa 5S e metodologias educacionais centradas na construção do conhecimento, no formato de oficinas. Assim, buscou-se  promover a integração de toda a equipe envolvida no processo para desenvolviemnto de co-responsabilidade pelo produto, intervindo no gargalo gerencial existente além da apropriação pelos participantes dos conteúdos teóricos sobre os procedimentos operacionais padrão (POPs) e o programa 5S.  A proposta consta de exposições dinamizadas e dinâmicas lúdicas realizadas sob a coordenação do profissional nutricionista. Essa será apresentada aos coordenadores do banco de alimentos para sua implementação. Conclui-se que essas alterações indicadas são urgentes para que o banco de alimentos alcance a qualidade total em seus procedimentos, garantindo a qualidade do alimento doado às instituições beneficiadas.  Na fase de implementação das melhorias, é importante a participação de todos atores envolvidos no processo, de forma consciente e participativa. É imprescindível o apoio dos coordenadores do programa, ficando atentos para a necessidade e importância dessas mudanças para se atingir a qualidade total. (PIBIC/CNPq e PIC/UFV/CEF)

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PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE COM CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES 

Eliangela Saraiva Oliveira (Estudante); Rogério Pinto (Orientador); Artur Kanadani Campos (Docente colaborador)  Este estudo avalia o aprendizado de práticas de higiene por crianças pré-escolares com idade média de dois anos, sendo realizada durante os meses de março a abril de 2007 em uma creche situada no município de Viçosa, Estado de Minas Gerais. Para o seu desenvolvimento, foram utilizadas demonstrações, dinâmicas, brincadeiras dirigidas e histórias, por meio de pinturas, figuras, desenhos, fichas, murais, brinquedos e jogos que foram planejados e orientados com o objetivo de promover uma aprendizagem específica e definida relacionada à higiene corporal e ambiental. Em apresentações com diálogos, conheceram os objetos de uso na higiene pessoal (sabonete, shampoo, creme dental etc...), e os de uso em higiene ambiental (balde, lixeira, escova de roupa, pano de chão, vassoura, rodo etc...) e suas respectivas funções. A avaliação do processo de aprendizado foi feita através da observação de pais (em casa) e professores que constataram que as crianças aprenderam e praticaram as medidas de higiene ensinadas durante as atividades realizadas na creche. Também foi verificado um aprendizado individual e diferenciado entre as crianças. Conclui-se que a utilização de metodologia lúdica para o ensino de higiene para crianças nesta faixa etária foi eficiente, necessitando, entretanto, compará-la a outras metodologias no processo ensino-aprendizagem das práticas de higiene corporal e ambiental.  

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PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM PARTICIPANTES DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

ISABEL CRISTINA MALLOSTO EMERICH DE ABREU (Estagiário voluntário); HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Orientador);HELENA GABRIELA DE SOUZA (Bolsista do PIBEX); MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Técnico Colaborador); SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Docente Colaborador); MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Docente Colaborador); LEONICE APARECIDA DOIMO (Docente Colaborador); MAGDA APARECIDA EDVIM CRUZ (Estagiário voluntário);

O sobrepeso e a obesidade associados às suas co-morbidades são acompanhados de elevada morbi-mortalidade, principalmente por doença cardiovascular, que têm alcançado índices preocupantes em todas as faixas etárias, adquirindo impacto negativo na saúde pública. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de sobrepeso, obesidade e os riscos de doenças cardiovasculares em moradores do bairro Silvestre que participavam de atividades de educação continuada. Foram avaliados 23 indivíduos que participaram de encontros coletivos e de atendimentos individuais. As medidas antropométricas utilizadas foram o peso, a estatura, e a circunferência de cintura (CC). Para avaliação do estado nutricional utilizou-se os critérios estabelecidos para o índice de massa corporal (IMC) para adultos e idosos e os critérios da CC para avaliar o risco de doenças cardiovasculares. Dos indivíduos estudados, 100% eram do sexo feminino e quanto à estratificação por faixa etária, 78,3% eram adultos e 21,7% idosos. Para a população adulta, observou-se que 27,8% estava com sobrepeso e 38,8% com obesidade. Quanto ao risco de desenvolver doenças cardiovasculares, 83,3% dos adultos possuía risco aumentado. Quanto aos indivíduos idosos 60% encontrava-se com sobrepeso e 80% com risco aumentado para doenças cardiovasculares. A maioria apresentou-se acima do peso (65,2%) e com elevado risco de desenvolver doenças cardiovasculares (86,96%). O resultado encontrado justifica a intervenção nutricional realizada na comunidade através das atividades em grupo e do atendimento individual, visando reduzir esses valores e proporcionar a melhoria da qualidade de vida desse grupo populacional como um processo preventivo-educativo. (PIBEX/UFV).

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PROPOSTA PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DA CIDADE DE VIÇOSA-MG, ENVOLVENDO A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, A SAÚDE E A QUALIDADE DE VIDA

Cássia Cardoso Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq); Fernanda Regina Borges Gonçalves (Bolsita PIBEX); Joice de Fátima Laureano Martins (Estudante); Lina Enriqueta Franz Paez Lima Rosado (Docente colaboradora); Gilberto Paixão Rosado (Docente colaboradora); Ana Iris Mendes Coelho (Docente colaboradora); Regina C. R. Miranda Milagres (Docente colaboradora); Ângela Maria Campos Santana (Orientadora)

Os catadores de materiais recicláveis da cidade de Viçosa-MG realizam suas atividades em condições precárias de segurança e são expostos a situações de risco diversas. O objetivo deste estudo foi desenvolver ações que assegurem a melhoria das condições de trabalho, da saúde, segurança e qualidade de vida dos catadores de modo a propiciar a inclusão social desse grupo populacional. A metodologia constou da aplicação de um questionário socioeconômico, do mapeamento de dores corporais por meio de um protocolo adaptado de Corlett e Manenica, e da avaliação dos desvios posturais realizada com um simetrógrafo. As condições nutricionais foram obtidas por meio de avaliação antropométrica, dietética, e bioquímica. Foi realizada também a análise microbiológica do ar e das mãos dos catadores. A amostra foi composta por 33 catadores sendo 15 do sexo masculino e 18 do sexo feminino, com idade variando entre 24 e 71 anos. A dor mais citada e de maior intensidade referiu-se à região das costas. O desvio postural mais freqüente foi a escoliose torácica. A ingestão calórica diária variou de 586,1 a 3.847,4 Kcal, a de sódio de 887,3 a 5.902 mg e a de colesterol de 43,5 a 413,1 mg. Quanto ao estado nutricional, 68,18% são eutróficos, 13,64% estão com sobrepeso e 13,64% são obesos, e 0,22% baixo peso, Na avaliação bioquímica, em todos os casos os valores de colesterol total foram normais, no entanto, 27,27% dos indivíduos possuem valores de triglicerídeos elevados e a glicemia de jejum, em 9 indivíduos está acima da faixa de normalidade e em 4 está abaixo. Na análise microbiológica, testes para Salmonella e Staphylococcus aureus foram negativos. Nas mãos foram encontrados Bacillus cereus e coliformes totais, e no ar do ambiente onde os catadores fazem suas refeições encontrou-se Bacillus cereus e mesófilos aeróbios. Conclui-se que devido aos riscos expostos os catadores de materiais recicláveis precisam de atenção especial para melhoria da sua qualidade de vida, o que vem sendo feito por meio de ações educativas e de orientação direta junto a este grupo. (CNPq)

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QUALIDADE PROTÉICA DE FARINHAS DESENVOLVIDAS A PARTIR DE NOVAS VARIEDADES DE SOJA.

GLAUCIA FERREIRA ANDRADE (Bolsista PIBIC/CNPq); HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Orientador); NEUZA MARIA BRUNORO COSTA (Co-orientador); MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Colaborador); INAJARA MENEZES COELHO VIEIRA DA SILVA (Estagiário voluntário); CASSIANO OLIVEIRA DA SILVA (Colaborador); MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Colaborador);

A soja é uma importante alternativa alimentar para nutrição humana devido ao seu alto teor de proteína, porém a presença de fatores antinutricionais interfere no aproveitamento de nutrientes pelo organismo. Objetivou-se avaliar a qualidade protéica de variedades de soja destinadas à alimentação humana. Os grãos das variedades Embrapa 48, BRS-213, BRS-155 e UFVTN-105, receberam tratamento térmico em estufa a 130ºC e 150°C por 30 minutos. Em seguida foram moídos, com casca e sem casca, para produção de farinhas. Foi analisado o teor de ácido fítico. Realizou-se ensaio biológico, durante 14 dias, utilizando ratos wistar, machos (56,3 g ± 0,91), distribuídos ao acaso em 16 grupos (n = 16), mantidos em temperatura controlada (25 ± 2ºC) e ciclo claro-escuro de 12 horas. O grupo padrão recebeu dieta à base de caseína, o grupo controle dieta livre de nitrogênio e os outros 14 grupos dietas à base de farinhas de soja. Os métodos biológicos PER (Coeficiente de Eficiência Protéica), NPR (Razão Protéica Liquida) e Digestibilidade Verdadeira foram utilizados para avaliar a qualidade protéica. Os valores de PER, NPR e digestibilidade das farinhas de soja foram inferiores (p<0,05) aos da caseína.  Entre os grupos experimentais tratados com farinha de soja os resultados foram superiores (p<0,05) para as farinhas, com casca, à 150ºC. O PER e o NPR foi maior (p<0,05) para as variedades Embrapa 48 e a BRS-155 em comparação com as demais.  Para a digestibilidade, a farinha a 130ºC da variedade UFVTN-105 apresentou melhor resultado (p<0,05), enquanto no tratamento das farinhas a 150 ºC, a digestibilidade foi significativamente inferior apenas para a variedade BRS-213. O teor de ácido fítico foi inferior nas farinhas tratadas a 150ºC (p< 0,05). Conclui-se que a obtenção de farinhas de soja com casca, tratados à 150ºC foi eficaz para inibir fator antinutricional favorecendo o aproveitamento biológico da proteína.

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QUANTIFICAÇÃO DOS FOCOS DE CRIPTAS ABERRANTES EM ANIMAIS COM INDUÇÃO DE CANCER DE CÓLON EM DIFERENTES TEMPOS EXPERIMENTAIS

 Luisa Costa Penna Penido (Estudante de Iniciação Científica); Flávia Xavier Valente (Estudante de Iniciação Científica); Fernanda Guimarães Drumond e Silva (Bolsista PIBIC/CNPq); Cristina Maria Ganns Chaves Dias (Colaboradora); Maria do Carmo Gouveia Peluzio (Orientadora)    Câncer de cólon refere-se aos tumores desenvolvidos no trato gastrointestinal, na primeira porção do intestino. A mucosa do cólon é caracterizada pela presença de múltiplas criptas recobertas por células epiteliais auto-renovavéis. A relação dos fatores genéticos e ambientais está diretamente relacionada com o desenvolvimento do câncer de cólon. O butirato é um ácido graxo de cadeia curta, produzido através da fermentação das fibras pelas bactérias do cólon, serve de fonte energética aos colonócitos, ajuda na regulação do ciclo celular e contribui para a manutenção de uma mucosa sadia. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do uso do butirato no desenvolvimento e progressão lesões pré-neoplásica, induzido experimentalmente em ratos Wistar, por meio da avaliação histológica do intestino grosso, quantificando os focos de criptas aberrantes (FCA).  Os animais foram divididos em quatro grupos: Controle 1 (C1), Butirato 1 (B1), Controle 2 (C2) e Butirato 2 (B2). Os grupos B1 e B2 receberam tratamento com solução de butirato (3,4%). Foram feitos dois sacrifícios, o primeiro com quatro semanas de experimento (C1 e B1) e o outro com 9 semanas (C2 e B2). O intestino grosso de cinco animais de cada grupo foi retirado e dividido em três fragmentos iguais (proximal, médio e distal). Foi feita avaliação histológica da parte distal do intestino grosso e os FCA foram quantificados com o auxilio de um microscópio óptico por dois observadores independentes de maneira duplo-cega. Observou-se redução no número total de FCA no grupo B2 (37%) em relação ao controle (63%) e um número maior de FCA no grupo 1 (66%) em relação ao grupo 2 (34%). Os resultados dessa investigação evidenciaram que o butirato pode ser um bom veículo de prevenção do câncer de cólon e seu efeito pode ser aumentado com o uso prolongado. (FAPEMIG E CNPq). 

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UTILIZAÇÃO DE FARINHA DE LINHAÇA NA ELABORAÇÃO DE BOLOS E AVALIAÇÃO DA ACEITAÇÃO POR TESTES AFETIVOS E MAPA DE PREFERÊNCIA INTERNO.

ERICA AGUIAR MORAES (Estagiário voluntário); MARCELA DE FREITAS FERREIRA (Estagiário voluntário); CAROLINA GOMES COELHO (Estagiário voluntário); MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Colaborador);SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Colaborador); FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Orientador); HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Colaborador)

Entre os produtos de panificação o bolo tem importância no que se refere ao consumo e a comercialização no Brasil. A semente de linhaça, considerada um alimento funcional, transformada em farinha pode ser incorporada nas elaborações alimentares enriquecendo-as nutricionalmente e mantendo sua qualidade sensorial. O objetivo deste trabalho foi desenvolver bolos utilizando diferentes proporções de farinha de linhaça e trigo e avaliar a aceitabilidade do produto. A matéria-prima utilizada na elaboração dos bolos foi adquirida no comércio local de Viçosa-MG. A farinha de linhaça foi obtida pela secagem da semente em forno convencional a 150 ºC durante 15 minutos e em seguida triturados em liquidificador e peneirados até granulometria de 850 µm. Foram avaliados quatro bolos com substituição da farinha de trigo por concentrações de 5%, 15%, 30% e 45% de farinha de linhaça.  Os bolos foram avaliados quanto à impressão global, em blocos casualizados, de forma seqüencial por 110 consumidores empregando-se uma escala hedônica estruturada de nove pontos. Para obtenção do Mapa de Preferência Interno, os dados foram organizados numa matriz de amostras e consumidores e submetida à Análise de Componentes Principais (ACP). As amostras que continham 5%, 15% e 30% de farinha de linhaça foram mais aceitas, pois a maior parte dos consumidores atribuiu-lhes notas mais altas e a amostra de 45% da farinha de linhaça foi a menos aceita pelos consumidores. A boa aceitação de bolos com substituição parcial da farinha de trigo por farinha de linhaça nas concentrações até 30% sugere a importância da incorporação desse alimento em preparações cotidianas devido as sua propriedade funcionais e benefícios decorrentes.

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USO DE MEDICAMENTOS POR PUÉRPERAS NO PÓS-PARTO IMEDIATO E PRIMEIRO TRIMESTRE DE LACTAÇÃO  Clarissa de Matos Nascimento (Bolsista PIBIC/CNPq), Helena Gabriela Souza (Estagiária Voluntária), Luciana Ferreira Rocha Sant’Ana (Docente colaborador), Heloísa Helena Firmino (Hospital São Sebastião), Silvia Eloiza Priore (Docente colaborador), Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Orientador).  Apesar das inúmeras vantagens do leite materno para o recém-nascido, a prática da amamentação pode ser comprometida, ou mesmo interrompida, pelo uso de medicamentos pelas nutrizes. O objetivo do estudo foi verificar o consumo de medicamentos durante a lactação e a prática da auto-medicação. Foram avaliadas 700 nutrizes durante o pós-parto imediato, no Hospital São Sebastião, localizado no município de Viçosa-MG e 100 destas, foram reavaliadas aos 30, 60 e 90 dias após-parto nas consultas de retorno ao Programa de Apoio a Lactação (Prolac) e as que não puderam comparecer as consultas, responderam o questionário por telefone. As drogas mais consumidas no pós-parto imediato foram: Dipirona Sódica (analgésico), Diclofenaco de Sódio (antiinflamatório), Buscopam Composto, Paracetamol (analgésicos), e Dimeticona (antiespasmódico). No intervalo de 30 dias pós-parto, os fármacos mais utilizados foram sulfato ferroso (antianêmico), paracetamol, dipirona sódica e diclofenaco de sódio e dos fármacos utilizados 10,53% não foram prescritos. Aos 60 dias após o parto, os medicamentos mais consumidos foram sulfato ferroso, micronor (contraceptivo), dipirona sódica e paracetamol e dos medicamentos utilizados 29,33% não foram prescritos. Aos 90 dias após-parto os fármacos mais consumidos foram sulfato ferroso, micronor, noretisterona e paracetamol e dos fármacos utilizados 18,19% não foram prescritos. No pós-parto imediato todas as nutrizes utilizaram pelo menos um medicamento, para alívio da dor, tanto no parto cirúrgico quanto no normal. Nos retornos de 30, 60 e 90 dias observou-se uma diminuição no uso de medicamentos à base de sulfato ferroso, na verdade o consumo desse tipo de fármaco deveria ter aumentado ou pelo menos ser mantido por ser preconizado pelo Ministério da Saúde. Houve aumento no consumo de contraceptivos e uma redução no consumo de analgésicos e antiinflamatórios. A maioria dos medicamentos utilizados era compatível com a lactação, demonstrando conhecimento dos médicos quanto à indicação dos mesmos no período puerperal. (PIBIC/CNPq) 

    

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