Cenários para as MPE no Brasil até 2022

UGE-Sebrae/NANovembro/2012

As MPE no Brasil

1- A importância das MPE na economia

2- Cenário internacional

3- Economia brasileira – Situação atual e perspectivas

4- Grandes mudanças sociais no Brasil

5- Expansão dos pequenos negócios

A importância das MPE na economia

A importância das MPE na economia

99%

1%No total de empresas

77%

23%

Na geração de empregos

Micro e pequenasMédias e grandes

62%

38%

Empresas exportadoras

40%

60%

Massa de salários

28%

72%

Faturamento das empresas

20%

80%

Participação no PIB

Fontes: RAIS, CAGED, FUNCEX e Sebrae/NA,

Cenário internacional

Europa em crise (Zona do Euro) e resto do mundo em desaceleração, devendo se recuperar lentamente nos próximos anos.

2007 2008 2009 2010 2011 2012* 2013* 2017*

-10

-5

0

5

10

15

20

Crescimento do PIB (em % a.a.)

China

Brasil

EUA

Japão

Zona do Euro

Fonte: Relatório FMI - out/12* Projeções

EUA: projeções do FMI sinalizam recuperação lenta da economia, porém, com crescimento da relação dívida pública/PIB.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* 2013* 2017*

2.7%1.9%

-0.3%

-3.1%

2.4%1.8% 2.2% 2.1%

3.3%

Evolução do PIB dos EUA (em %)

Fonte: FMI (relatório out/12)* Projeções

2012* 2013* 2017*

107%

111%114%

Dívida EUA (% PIB)

Fonte: FMI (out/12)* Projeções

Cenário Internacional: Perspectivas

• Recuperação lenta e gradual da economia dos EUA com crescimento (indesejado) da relação dívida/PIB.

• Eventual agravamento da crise na Zona do Euro (não descartado) tende a prejudicar o fluxo financeiro internacional (escassez e encarecimento) assim como as transações comerciais globais.

• Desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa tende a deprimir os preços das commodities, principalmente, minerais e metálicas.

• Com a retração dos mercados globais, há o risco de a China direcionar maior quantidade de seus produtos para países emergentes, como o Brasil, acirrando ainda mais a concorrência como os produtos nacionais, interna e externamente.

Economia BrasileiraSituação atual e perspectivas

PIB brasileiro cresceu apenas 0,4% no 2º trimestre de 2012, prejudicado pela Indústria (ótica produção) e pelos Investimentos e

Exportações (ótica demanda).

Agropecuária

Indústria

Serviços

Consumo Famílias

Cons. Ad. Pública

FBCF

Exportação

Importação

PIB

-6.0% -4.0% -2.0% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% 10.0%

4.9%-2.5%

0.7%

0.4%

0.6%

1.1%

-0.7%

-3.9%

1.9%

PIB - Taxa (%) de crescimento (2º trim. 2012 /1º trim. 2012)

Fonte: IBGE

O setor de Serviços vem sustentando o crescimento do PIB, enquanto a indústria mostra-se fragilizada.

1º trim/10 2º trim/10 3º trim/10 4º trim/10 1° trim/11 2º trim/11 3º trim/11 4º trim/11 1º trim/12 2º trim/12

6.9%

9.1%

5.5%

2.3% 3.

4%

-0.6

%

6.7% 8.

4%

-8.6

%

1.7%

15.4

%

13.9

%

8.9%

4.9%

3.8%

2.1%

1.0%

-0.3

%

0.1%

-2.4

%

6.2%

5.8%

5.2%

4.8%

4.0%

3.7%

2.0%

1.4%

1.6%

1.5%

Crescimento (%) do PIB - ótica da oferta (trimestre sobre igual trim. ano anterior)

Agropecuária Indústria Serviços

Fonte: IBGE

Taxa de câmbio (R$/US$), após ter se desvalorizado, tende a continuar no patamar entre R$ 2,00 e R$ 2,05 por dólar.

Jan/

10 Fev

Mar

Abr

Mai

Jun Jul

Ago

Set

Out

Nov Dez

Jan/

11 Fev

Mar

Ab

r M

aiJu

n Jul

Ago

Set

Out

Nov Dez

Jan/

12 fev

mar

abril

mai

oju

n jul

ago

set

Out

1.40

1.60

1.80

2.00

2.20

1.87

1,55

1.85

1.70

2.02 2.03

Taxa de câmbio (R$/US$)

Fonte: BACEN

R$/U

S$

No curto prazo, processo de desindustrialização fica mais evidenciado que no longo prazo, pois mais setores foram impactados negativamente.

-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Equipamentos para escritório

Automóveis, caminhões e ônibus

Máquinas e equipamentos

Aparelhos e material elétrico

Farmacêutica

Celulose e papel

Metalurgia básica

Limpeza e perfumaria

Aparelhos eletrônicos

Borracha e plástico

Alimentos

Móveis

Produtos químicos

Bebidas

Têxtil

Madeira

Vestuário

Calçados

Fonte: revista Exame (18.04.12)

Variação anual da produção (em %)

Curto prazo: Entre 2009 e 2011 (%)

Longo prazo: Entre 2002 e 2008 (%)

R$1.983

dez/17R$2.067

mai/04R$1.312

fev/12R$1.699

ago/

02

fev/

03

ago/

03

fev/

04

ago/

04

fev/

05

ago/

05

fev/

06

ago/

06

fev/

07

ago/

07

fev/

08

ago/

08

fev/

09

ago/

09

fev/

10

ago/

10

fev/

11

ago/

11

fev/

12

ago/

12

fev/

13

ago/

13

fev/

14

ago/

14

fev/

15

ago/

15

fev/

16

ago/

16

fev/

17

ago/

17

Rendimento real (R$ constantes de fev/12)

Nos últimos 8 anos, o rendimento médio real (*) das pessoas ocupadas cresceu 29%. Mantido o ritmo atual, em 5 anos poderá

crescer de 17% a 22% acumulados

Fonte: Elaboração própria a partir do BACEN

Rend

imen

to m

édio

(e

m R

$ ct

es d

e fe

v/12

)

(*) Nota: média móvel de 12 meses do rendimento médio real efetivo, no mês, das pessoas ocupadas

A inflação medida pelo IPCA deve fechar 2012 e anos seguintes acima da meta (4,5%), mas mostra-se sob controle.

Taxa básica de juros (Selic), depois de registrar o menor nível histórico, deve voltar a subir em 2014 para conter a inflação.

PIB – Taxa de crescimento real

PIB deve crescer apenas 1,5% em 2012, mas são esperadas taxas maiores de crescimento nos próximos anos.

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

*

2013

*

2014

*

2015

*

2016

*

-1.0%

1.0%

3.0%

5.0%

7.0%

2.2%

3.4%

0.0%

3.0%

4.3%

1.3%

2.7%

1.1%

5.7%

3.2%

4.0%

6.1%5.2%

-0.3%

7.5%

2.7%

1.5%

4.0% 4.0%3.9%3.7%

Evolução do PIB (em %)

Fonte: IBGE* Projeções: BACEN - Boletim Focus (16.11.2012)

Grandes mudanças sociais no Brasil

Entre 2003/2011, 32 milhões de pessoas saíram das classes D/E para as classes C e A/B. Até 2014, mais 15 milhões podem seguir o

mesmo caminho.

Fonte: Centro de Políticas Sociais/FGV

Milh

ões

de h

abita

ntes

po

r cla

sse

soci

al

2003 2011 2014

96milhões

64milhões 49

milhões

66milhões

105milhões

118milhões

13milhões

23milhões

29milhões A/B

CD/E

Mudança de configuração das classes sociais

43%36%

21%16%

1990

1992

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

A proporção da população total na “Pobreza”(*) tende a convergir para algo próximo a 16% da população em 2022.

% p

opul

ação

tota

l na

pob

reza

(*) Pobreza: renda equivalente a duas cestas básicas “mínimas”

recordehistórico

% da População na pobreza

Fonte: Elaboração própria a partir do IPEA DATA

0,49

0,51

0,61

0,54

1990

1992

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

Desigualdade (Coeficiente de Gini)

A desigualdade de distribuição de renda (Coeficiente de Gini*) diminuiu de 0,61 para 0,54, entre 1990 e 2009 e deve convergir para

algo próximo a 0,50 em 2022.

Fonte: Elaboração própria a partir do IPEA DATA

Coefi

cien

te d

e G

ini

* Gini: 0 – igualdade absoluta (todas as pessoas têm o mesmo nível de renda); 1 – desigualdade absoluta (uma pessoa detém toda a renda)

recordehistórico

Pobreza e Rendimento

Fatores que têm contribuído para o aumento do rendimento médio real dos trabalhadores, queda da pobreza e da desigualdade:

- Programa Bolsa Família

- Aumentos reais do Salário Mínimo (SM)

- Demanda aquecida por mão-de-obra qualificada

- Aumento do nível de escolaridade da população

- Redução da oferta de mão-de-obra na economia (expansão lenta da População em Idade Ativa – PIA)

51% 51% 51%População

42%

28%

44%47%

na PIA

31%

39%Empresário + "Potencial"

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

Participação (%) da mulher na população

A participação da mulher na população é de 51% e tende a crescer na PIA(*) e no grupo do Empresário + “Potencial” (**)

Fonte: IBGE

Parti

cipa

ção

% d

as m

ulhe

res

(*) PIA: População em Idade Ativa (15 anos ou mais)(**) Empresário + “Potencial” = Conta Própria e Empregadores (com e sem CNPJ)

População brasileira (em milhões de pessoas)

A população brasileira deverá totalizar 207 milhões em 2020, continuando a crescer até 2040. A partir daí, cairá em números

absolutos.

Fonte: Elaboração própria a partir do IBGE

Popu

laçã

o no

Bra

sil

(em

milh

ões)

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

2015

2020

2025

2030

2035

2040

2045

2050

193 milhões207 milhões

219 milhões2020

BÔNUS DEMOGRÁFICO (até 2020)Em 2020, a participação dos que têm 15 a 64 anos atingirá 71% da

população total, decrescendo a partir de 2025 (em %).

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do IBGE

% s

obre

a p

opul

ação

tota

l

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

2015

2020

2025

2030

2035

2040

2045

2050

58%59%

60%62%

65%66%

68%69%

71% 71%70%

69%68%

66%64%

2020

Expectativa de vida (em anos)

A expectativa média de vida do brasileiro (ao nascer) cresce, atualmente, 2 anos a cada década. Em 2020, será de 76 anos ,

devendo convergir, no longo prazo, para 84 anos.

Fonte: United Nations

Expe

ctati

va d

e vi

da

(em

ano

s)

51

76842020/25

“Envelhecimento” da população brasileira

A proporção dos que tem 40 anos ou mais crescerá, atingindo cerca de 40% da população em 2020 e 60%, em 2050.

Fonte: Elaboração própria a partir do IBGE

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

2015

2020

2025

2030

2035

2040

2045

2050

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

26% 26% 24% 21% 20% 19% 17% 14% 13% 12% 11% 10% 10% 9% 9%

23% 22% 21% 21% 21% 18% 17% 17% 16% 14% 12% 11% 11% 10% 10%

18% 19% 19% 18% 18% 18%18%

17%16% 16% 15% 13% 12% 11% 11%

12% 13% 14% 15% 15% 15%15%

16%17%

16%15%

15% 15% 13% 12%

9% 9% 9% 10% 11% 13% 13%13%

14%15%

16%15%

15% 15% 15%

6% 6% 6% 7% 7% 8% 9% 11% 12% 12% 13%14% 15% 14% 14%

7% 7% 8% 9% 10% 12% 14% 16% 19% 21%30%

60 ou mais

50-59

40-49

30-39

20-29

10-19

0- 9

2020

Mudanças econômicas e sociais

Lenta expansão da

oferta de mão-de-obra

Maior escolaridade

Tendência “estrutural” à queda nas taxas de

desemprego, no Brasil

Aumento dos custos com mão-de-obra

Saídas para competitividade das

empresas:

“Fazer mais com menos”

“Fazer melhor”

Investimentos em Inovação eSustentabilidade

Retomada lenta do crescimento

mundial

Aumento dos custos das matérias primas

Expansão dos pequenos negócios

Forte crescimento a partir de 2009, principalmente por conta do EI. Quase 13 milhões de empresas no Simples até 2022.

Fonte: Projeção Sebrae a partir de dados da Receita Federal

4,5 mi

5,8 mi

6,9 mi

8,5 mi

9,8 mi

12,9 mi

2,9 mi 3,3 mi 3,7 mi 3,9 mi 4 mi

4,2 mi (MPE)

4,5 mi

5 mi

49 mil810 mil

1,9 mi2,9 mi

4,3 mi (EI)5,3 mi

7,8 mi

0

2

4

6

8

10

12

14

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Milh

ões

SIMPLES(MPE+EI)

EI

MPE

Milh

ões

de

empr

esas

Optantes pelo Simples

22,8 23,0 23,6 23,9 24,2 24,6 25,0 25,4 25,9 26,4 26,9 27,4 28,0 28,6 29,2

2,9 (13%)

3,3 (15%)

4,5 (19%)

5,8 (24%)

6,9 (29%)

7,8 (32%)

8,6 (36%)

9,2 (38%)

9,8 (38%)

10,4 (39%)

10,9 (41%)

11,4 (42%)

11,9 (43%)

12,4 (43%)

12,9 (44%)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Em 2022, existirão 29,2 milhões de “Empresários e Potenciais Empresários”* e 12,9 milhões de EI + MPE formalmente constituídos

Fonte: Elaboração própria a partir do IBGE(*) Empresário e Potenciais Empresários = Empregador e Conta Própria (com e sem CNPJ)

Número de Empresários ePotenciais Empresários

(em milhões)

Número de EI + MPE (em milhões)

e proporção dos formalizados

Em 2022, EI deverá ser maioria entre os optantes pelo Simples em todo o Brasil. ME e EPP deverão perder espaço.

Composição Empresas Urbanas em 2012 e 2022

Fonte: Projeção Sebrae a partir de dados da Receita Federal

EI; 42%

ME; 52%

EPP; 6%

2012

EI; 60%ME;

35%

EPP; 5%

2022

Obrigado !

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