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AOS 19 ANOS, INÊS CUS-TÓDIO VIVE A SUA PRIMEI-RA GRANDE EXPERIÊNCIANA REPRESENTAÇÃO. Ves-te a pele de Patrícia na nove-la da TVI 'A Teia', em que teve
que aprender língua gestual.Este é o seu primeiro traba-lho em televisão. Se tivesse
que se apresentar ao público:
quem é a Inês Custódio?Sou uma jovem muito sonha-dora, criativa, determinadanos objetivos. Sou calma,meiga, geralmente muitoquerida com quem gosta. Às
vezes sou um bocado insegu-ra, não tenho muita confiançanas minhas capacidades, e
isso acaba por me prejudicarporque podia mostrar mais.
Aos poucos, estou a começara ganhar confiança. Além dis-
so, sou muito determinadanos meus sonhos e isso faz-me querer lutar.Tem 19 anos. Sempre existiueste 'bichinho' da represen-tação?Sempre. Lembro-me de ser
pequena e estar a fazerguiões e teatro com as mi-nhas irmãs, que são gémease três anos mais novas queeu. Na altura nem percebiabem que elas eram mais no-vas e não tinham capacidadede decorar textos. Fazia coi-sas para apresentar à famíliana Páscoa e no verão e queriaque elas decorassem aquilotudo. Irritava-me não o conse-
guirem fazer [risos].Houve alguma formação es-pecífica na área?Tirei uns cursos intensivos no
verão, fui fazendo workshops.Não sou de Lisboa e nem sem-
pre tinha disponibilidade paravir para a capital fazer cursosde longa duração. Sempreaproveitei as férias. Fui fazendoteatro amador no Cartaxo.Como surge a oportunida-de de integrar o elenco de'A Teia'?Através da minha agência,em que estou inscrita desde
pequena e em que fiz algunstrabalhos de modelo e publi-cidade. Em 2018 comecei a
ser chamada para vários cas-
tings da Plural. Ao longo do ¦¦*
PERFILINÊS CUSTÓDIO nasceuem Santarém, a 21 de feve-reiro de 1999. Neste momento
encontra-se a estudar Ciências
da Comunicação no Instituto Su-
perior de Ciências Sociais e Polí-
ticas, 'A Teia é o seu primeiro tra-balho em televisão e como atriz
O facto de morar no Cartaxo fez
com que, durante a sua adoles-
cência, apenas conseguisse
apostar na sua formação como
atriz durante as férias de verão
Inês espera agora ter a oportu-nidade de fa7er mais tfiatrn
e até cinema
Pais apoiama carreirada filhano mundo darepresentaçãoApesar dos seus 19 anos,Inês Custódio conta com aforça dos pais nos projetostelevisivos. No entanto, a pró-
pria atriz diz ter noção de que o
mundo artístico "é, muitas ve-
zes, instável" e, por isso, procurater formação noutra área. "Estou
na faculdade a tirar Ciências da
Comunicação. Apesar da paixão,este meio não é muito estável e
isso faz-me ter outros objetivos
para além disso" explica. Quan-do terminar 'A Teia', espera teroutros trabalhos em televisão
e desvenda que um dos seus
maiores desafios seria "vestir
a pele de uma vilã". ¦
LEMBRO-MEDE SER PEQUENAE DE ESTARA FAZER GUIÕESE TEATRO COM ASMINHAS IRMÃS,QUE SÃO GÉMEASE TRÊS ANOSMAIS NOVAS
-» ano, fui a vários, alguns não
passei. Em agosto, fiz trêscastings para 'A Teia 1 e acabei
por ficar.
O que é que sentiu nessemomento?Tive uma sensação de concre-
tização pessoal. Foi um sonho
tornado realidade, que nuncatinha pensado alcançar tão ce-do. Foi uma sensação de grati-dão e de concretização, acho
que são as palavras certas. Fi-
quei muito feliz.
Recorda-se do primeiro diade gravações? Qual foi a sen-
sação de entrar naqueles es-túdios pela primeira vez?Ao início senti-me insegura e
muito confusa. Era tudo novo
para mim. Além disso, tenho o
desafio da língua gestual. O ir-
mão da Patrícia é surdo e tivede aprender. Tem sido maravi-lhoso. É um trabalho constan-te e um desafio enorme. No fi-nal do dia gostei do que tinhafeito e fiquei feliz com o traba-lho realizado.
Logo no primeiro papel quelhe é dado em televisão temde aprender língua gestual.Esse conjunto de situaçõesassustou-a?À primeira vista não. Quandorecebi o perfil da personagemacho que não tive logo a noçãode tudo aquilo que ela envol-via. A primeira descrição que vi
era simples, não revelava logotudo. Só nos ensaios é quepercebi que o Miguel [Cruz,que veste a pele de Gonçalo] é
mesmo surdo na vida real. É a
primeira vez em Portugal queisto acontece. Então fui mes-mo obrigada a aprender.Para além de toda estaaprendizagem, houve maisalguma inspiração paraque conseguisse construir
[ENTRARNA NOVELA]FOI UM SONHOTORNADOREALIDADE,QUE NUNCATINHA PENSADOALCANÇARTÃO CEDO
a Patrícia?Maioritariamente fui eu que a
construi. Temos sido acompa-nhados por uma direção deatores espetacular, que nos
acompanha de forma incansá-vel. Tive imensa preparação.Neste elenco, teve oportu-nidade de conhecer al-guém que já admirasse emtelevisão?Sempre admirei muito o Dio-
go Morgado e foi muito bom fi-
car com ele no elenco. É umareferência. Estou a gostar mui-to de o conhecer.
Pede-lhe conselhos?
Não gosto de pedir muitosconselhos. Não gosto de terpreferências ou de demonstrá--las. Acabo sempre por recor-rer à direção de atores.
Nos bastidores, houve algoque a tenha surpreendido?É tudo mais pequeno do que o
que parece na televisão! Noecrã parece tudo maior. Foi in-
teressante perceber a estrutu-ra daquilo tudo. As gravações,os bastidores... Na televisão ga-nha tudo outra dimensão. Fi-
quei espantada com os porme-
nores dos décors.Gosta de se ver na televisão?Gosto! Por acaso, gosto! Atéhouve um sábado que reuni os
meus amigos e a família paravermos dois episódios, um de-les foi a estreia.
Quais foram as opiniões?Toda a gente tem gostado deme ver. Estão a achar piada aofacto de eu, Inês, que sou mui-to calma e feminina, interpre-tar a Patrícia, que é rebelde,maria-rapaz e respondona... O
oposto de mim. Dizem que fi-cam impressionados com a
minha capacidade de mudar.Isso é bom...Sim, é ótimo. É muito bom sinal.
Esse tem sido o maior desa-fio? O facto de ter uma per-sonagem tão diferente de si?
Sim, mas é isso que ainda mefaz gostar mais dessa expe-riência. Acho que se tivesseuma personagem parecida co-
migo, não me ia dar tanto pra-zer. Já sou a Inês no dia a dia;
SEMPRE ADMIREIMUITO O DIOGOMORGADOE FOI MUITOBOM FICARCOM ELE NOELENCO. É UMAREFERÊNCIAPARA MIM
a representar quero ser outra
pessoa. É isso que me dá gozo.No início da entrevista salien-tou que é uma pessoa inse-gura. A exposição mediáticaajudou ou deixa-a ainda maisfechada?Ajudou na medida em que memostrou que tenho capacida-de para concretizar aquiloque quero. Acho que me deu
confiança.As pessoas já a reconhecemna rua?
Algumas sim. Ainda ontemme reconheceram na rua. Masisso é bom ! É sinal que as pes-soas reconhecem o meu traba-lho como atriz.»