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TETRA PAK® DAIRY INDEXFONTE ANUAL DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES SOBRE A INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS Edição 7 - Outubro de 2014

UM ATO DE EQUILÍBRIO GLOBAL

Tetrapak, , PROTECT WHAT’S GOOD são marcas comerciais pertencentes ao Grupo Tetra Pak.

www.tetrapak.com

/ 1

O último Dairy Index da Tetra Pak, que acompanha os fatos e dados globais da indústria de laticínios, apurou que a demanda total por leite deverá ultrapassar a oferta disponível, pela primeira vez na próxima década. Mesmo que a oferta de leite comece a aumentar durante esse período, não irá corresponder ao aumento da demanda.

Espera-se que o consumo global de produtos lácteos, incluindo leite, queijo e manteiga aumente cerca de 36% durante a próxima década, alcançando um excedente de 710 milhões de toneladas equivalentes em leite líquido em 2024.

A crescente demanda, impulsionada principalmente pelo crescimento da população, do maior poder aquisitivo e urbanização na África, Ásia e América Latina, provavelmente superará a oferta, criando um déficit nos próximos 10 anos, que inevitavelmente será atendido pela escalada de preços.

Combinado com a mudança de hábitos de consumo e mudança da demografia mundial, nossa indústria está em vias de transição, com as empresas de laticínios cada vez mais olhando para além dos mercados internos, para um cenário global mais amplo, seja para buscar ou para vender. É um mundo novo, interligado, que acreditamos irá apresentar oportunidades e desafios em igual medida.Como produtores de leite em mercados estabelecidos procuram novas formas de responder à expansão na

demanda no mundo em desenvolvimento, eles estão enfrentando o desafio de ver a queda do consumo interno. Na Europa e na América do Norte, por exemplo, a mudança de estilos de vida e as necessidades nutricionais têm causado uma mudança significativa nos hábitos de consumo tradicionais. As vendas de leite nos Estados Unidos estão no nível mais baixo dos últimos 30 anos, enquanto que o consumo de leite branco na Europa Ocidental caiu 0,8% nos últimos três anos.

Para manter o negócio viável nesses mercados e trazer valor ao setor, os produtores lácteos estão mudando para produtos de valor agregado que proporcionem nutrição extra, mais sabor ou outros benefícios ao estilo de vida, que têm um apelo maior junto ao consumidor.

Isso inclui produtos que atendem a preferência crescente entre os consumidores nos países desenvolvidos para petiscar, 'deskfasting' (tomar o café da manhã no local de trabalho) e para o consumo em movimento ("on-the-go"), criando oportunidade considerável para inovação, tanto em termos de produto como de embalagem.

Tetra Pak Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

SUMÁRIO EXECUTIVO

Espera-se que o consumo global de produtos lácteos cresça cerca de

em 202436%

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Enquanto isso, o rápido aumento da demanda em muitos mercados menos estabelecidos para os produtos lácteos para o final mais básico do espectro está criando mais incentivos para empresas de laticínios locais para aumentar sua própria produção. Para manter o fornecimento de leite cru de alta qualidade, essas empresas estão buscando países de exportação para formar parcerias. Ao mesmo tempo, no entanto, com a concorrência do leite cru se tornando cada vez mais feroz em países tradicionalmente exportadores de leite atingindo a capacidade de produção, as nações em desenvolvimento estão sob crescente pressão para investir em uma maior autossuficiência. Ao fazê-lo, é claro, eles terão de enfrentar os desafios relacionados ao meio ambiente, recursos naturais e disponibilidade de especialização.

Muitos mercados já começaram essa jornada. Por exemplo, apesar de seu clima quente e árido, mais da metade do consumo de leite interno da Arábia Saudita passa agora a ter abastecimento local, e eles criaram um negócio de exportação forte para países do Oriente Médio.

Em paralelo, cada vez mais empresas em geografias emergentes estão procurando maneiras de "esticar" o leite, combinando-o com outros ingredientes, como sucos, cereais, nozes ou outros ingredientes para criar novos produtos e formulações.

As perspectivas para a indústria de laticínios global permanecem extremamente fortes, especialmente para as empresas que são capazes de adaptar suas operações para atender tanto a demanda em expansão em mercados em desenvolvimento como atender à necessidade de novos produtos entre os consumidores em regiões totalmente desenvolvidas.

/ 3

Através de maior conhecimento técnico, especialização e comercialização, os mercados do Oriente Médio, tais como a Arábia Saudita, já trabalharam com sucesso para diminuir a sua dependência das importações de leite rumo à autossuficiência.

“ ..o rápido aumento da demanda em muitos mercados menos desenvolvidos no setor lácteo tem criado maior incentivo para empresas de laticínios locais incrementarem sua produção.”

/ 5Tetra Pak® Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

CHINA

1.038.983

NOVA ZELÂNDIA1.818.520

BIELORÚSSIA

425.047

EUA594.540

AUSTRÁLIA

310.946

ALEMANHA292.092

FRANÇA242.491

ARGENTINA

218.714

HOLANDA198.582

BÉLGICA149.094

URUGUAI138.922

ÁFRICA DO SUL109.852

DINAMARCA

71.876

OMÃ

59.962

BOSNIA & HERZEGOVINA

58.393

NICARÁGUA

49.926

REINO UNIDO46.383

IRLANDA

42.348

PAQUISTÃO

42.105

RÚSSIA402.237

ARGÉLIA261.853

MÉXICO

248.221

VENEZUELA

214.920INDONÉSIA

210.075

94.070

CINGAPURA

209.919

FILIPINAS196.326

CROÁCIA153.560

HONG KONG

152.277

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

143.957

OMÃ126.539

NIGÉRIA

110.016

EGITO102.800

BRASIL

99.035

BANGLADESH

79.547

TAIWAN

75.333

TAILÂNDIA

MALÁSIA179.169

COSTA RICA

58.241

COMÉRCIO DE LEITE E LEITE EM PÓ20 PRINCIPAIS IMPORTADORES E EXPORTADORES DE 2013 COM VOLUME TOTAL (LEITE FLUIDO, TONELADAS)

Rússia 28.4%

China 21.5%

Venezuela 15.8%

Egito 15.8%

Croácia 15.6%

Nicarágua 35.9%

Bósnia e Herzegovina 24.1%

África do Sul 22.4%

Paquistão 17.5%

Arábia Saudita 12.5%

Brasil 14.4%

Bangladesh 10.3%

Emirados Árabes Unidos 6.7%

Hong Kong 6.3%

Omã 5.0%

Alemanha 11.6%

Bielorússia 9.0%

Costa Rica 8.7%

Estados Unidos da América 6.9%

Nova Zelândia 6.6%

10 MAIORES IMPORTADORES AUMENTO % CAGR ENTRE 2004 E 2013 10 MAIORES EXPORTADORES AUMENTO % CAGR ENTRE 2004 E 2013

PAÍSES IMPORTADORES

PAÍSES EXPORTADORES

Fonte: Zenith International, Estudo Global de Importadores de Exportadores de Produtos Lácteos Julho 2014

ARÁBIA SAUDITA

293.190ARÁBIA SAUDITA

194.220

/ 7Tetra Pak® Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

A globalização da indústria de laticínios se acelerará nos próximos anos, com impacto significativo no comércio nacional e internacional em razão de mais consumidores adicionarem produtos lácteos à sua dieta diária para saúde, conveniência e nutrição.O consumo global de leite branco deverá aumentar em 1,8% CAGR entre 2013 e 2016, de cerca de 212 bilhões de litros para cerca de 223 bilhões de litros, superando o crescimento de 1,2% CAGR previsto para 2010-2013.

Todavia, o aumento esperado da demanda de países como Índia, China, Oriente Médio e África é improvável que seja atingido em nível local com a produção nesses mercados prevista para aumentar mais lentamente.

Além do mais, os fornecimentos de países tradicionais de exportação de leite lutarão para manter o ritmo com essa crescente demanda, criando uma lacuna de oferta / demanda na próxima década.

Durante todo esse período, as empresas de lácteos continuarão a desfrutar de grandes oportunidades de crescimento. Todavia, a crescente demanda por produtos saudáveis, nutritivos e convenientes, juntamente com a pressão sobre as ofertas de leite e a inevitável consequência de aumento de preço, aponta claramente para a necessidade de maior inovação dos produtos.

PRODUÇÃO DE LEITE CRU DEVE AUMENTAR GLOBALMENTE

A próxima década criará desafios e oportunidades sem precedentes. A crescente demanda acelerará a globalização na indústria, com cooperação e de consolidação mais importante do que nunca, a fim de garantir o abastecimento sustentável de leite e lucros estáveis para os produtores lácteos.

Em Abril de 2015, a União Europeia deverá elevar suas quotas leiteiras, que tiveram a produção restrita por mais de 30 anos. Espera-se que empresas de laticínios europeias usem isso para tirar vantagem das novas oportunidades de exportação que por sua vez criarão aumento da produção global. Ainda hoje, os estados membros da União Europeia estão começando a exceder as suas quotas individuais. Áustria, Alemanha, Dinamarca, Polônia e Chipre excederam as suas quotas de produção para 2012/2013 e ficaram sujeitos a multas da UE. 1

Enquanto, em geral, se espera que o número de fazendas leiteiras diminuia em toda a região, o tamanho das fazendas agrícolas crescerá em um grande esforço para aumentar a produção de leite devido à consolidação. Como resultado, os 28 países da União Europeia (UE) devem aumentar a produção de leite cru em 11% de 2012 a 2023, com o maior crescimento em países como a Irlanda, Holanda, França e Polônia.

A indústria de laticínios europeia, todavia, está enfrentando o desafio que a produção de leite em breve superará a capacidade de processamento. A Comissão Europeia informou em Maio de 2014 que a capacidade de processamento europeia na Europa estava operando no ponto de saturação. Para empresas de laticínios se beneficiarem realmente de uma expansão da oferta interna e obter crescimento do mercado global, o rápido investimento em capacidade adicional de processamento de laticínios é um requisito fundamental.

Nesse ínterim, os maiores mercados exportadores, como Nova Zelândia, Austrália e EUA também estão se preparando para aumentar a produção para atender a crescente demanda da Ásia e do Oriente Médio.Visto que as empresas de laticínios respondem antecipadamente às expansões previstas na produção de leite, o mercado total para equipamentos de processamento de leite em pó espera desfrutar de um crescimento de 5% CAGR entre 2014 e 2020. Isso levará o mercado a partir de um tamanho atual de € 551 milhões para €740 milhões..

CENÁRIO GLOBAL EM MUDANÇA

O consumo de leite branco global deve aumentar

CAGR entre 2013 e 2016

INVESTIMENTO NA CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO TOTAL DO LEITE EM PÓ

0

100,000

200,000

300,000

400,000

500,000

600,000

700,000

800,000

2014

551,000

2015

579,000

2016

608,000

2017

638,000

2020

740,000

Ano

Prev

isão

do

tam

anho

tota

l do

mer

cado

EU

R k

Fonte: Tetra Pak Cheese & Powder Systems

1.8%

http://europa.eu/rapid/press-release_IP-13-895_en.htm

/ 7

/ 9Tetra Pak® Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

OFERTA E PROCURA DURANTE A PRÓXIMA DÉCADA

A produção de leite, os preços e as importações têm aumentado de forma constante nos últimos anos para atender a crescente demanda na Ásia, África e América Latina.

Para garantir o abastecimento futuro, as empresas de lácteos nos mercados em desenvolvimento precisarão buscar cooperação e consolidação com os exportadores dos mercados desenvolvidos.

Como maiores exportadores de leite os países desenvolvidos atingem seus limites de produção e de processamento e os países em desenvolvimento que dependem das importações também precisarão investir mais para aumentar a autossuficiência do seu leite . Ao fazer isso, eles devem superar os desafios das mudanças climáticas, disponibilidade limitada de terra, água, alimentos e especialização em gado leiteiro e em produtos lácteos.

Enquanto isso, em um grande esforço para fazer o rendimento do leite e ainda obter mais valor por litro vendido, as empresas de laticínios precisarão explorar ao máximo a versatilidade do leite, utilizando-o de forma inovadora em novos produtos e formulações. Isso incluirá a combinação de leite com outros ingredientes, tais como sucos e cereais bem como explorar as alternativas de leite, tais como soro de leite.

Em uma indicação de como a situação está evoluindo, entre 2011 e 2013, a oferta global de leite ficou ligeiramente acima da demanda. No entanto, em 2017 espera-se que a oferta começará a ficar menor do que a demanda devido em grande parte pelo crescimento da Ásia e da África, onde a produção é limitada por restrições físicas, tais como o clima.

A importação global de leite líquido e em pó (excluindo o comércio entre os países da UE) deverá ser impulsionada pela China durante 2014-2024. Isto é baseado no aumento rápido da demanda interna e na confiança na qualidade dos produtos importados. A China está pronta para dobrar sua participação nas importações mundiais de leite nos próximos dez anos.

No entanto, espera-se que o foco no "leite produzido no país" poderá emergir nos próximos anos, com a indústria e o governo incentivando o consumo de produtos lácteos produzidos localmente. Esta barreira poderá representar um risco futuro para os mercados que são atualmente muito dependentes das exportações para países como a China.

Ao longo dos próximos dez anos, espera-se que haverá um aumento na oferta e demanda por leite e produtos lácteos na África. Por exemplo, na Nigéria, a população deverá crescer 20 milhões de pessoas até 2018, proporcionando um elevado potencial de crescimento do mercado. Apesar do aumento da confiança dos empresários, os altos custos e a falta de confiabilidade da energia elétrica, infraestrutura precária e aumento dos impostos pode levar a uma maior dependência das importações, especialmente da UE.

Espera-se que os 20 maiores países importadores de leite ao redor do mundo sejam responsáveis por 33% das importações globais em 2024, contra 27% em 2013.

EXCEDENTE DE LEITE PREVISTO NAS PRINCIPAIS REGIÕES DE EXPORTAÇÃO

DÉFICIT DE LEITE PREVISTO NAS PRINCIPAIS REGIÕES DE IMPORTAÇÃO

Nova Zelândia Austrália

EUA EU 28

Pesquisa Tetra Pak, 2014

Outrors Ásia África SSEA

Japão Rússia China

0

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

2012 2018 2024Ano

Tone

lada

s

2012 2018 2024Ano

0

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

Tone

lada

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DIVERGÊNCIA ENTRE DÉFICIT E EXCEDENTE

Déficit ExcedentePesquisa Tetra Pak, 2014

0

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

140,000

2012 2018 2024

Ano

Tone

lada

s

EU28

O excedente deverá crescer de 27.799 ton. em 2012 para 49.329 ton. em 2024

EUA

O excedente deverá crescer de 10.724 ton. em 2012 para 25.602 ton. em 2024

RÚSSIA O déficit deverá crescer de -217 ton. em 2012 para 5.245 ton. em 2024

CHINAO déficit deverá crescer de 9.119 ton. em 2012 para 32.520 ton. em 2024

Período de Convergência

/ 11Tetra Pak® Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

VOLATILIDADE DE PREÇOS DEVE CONTINUAR

Vários fatores contribuíram para conduzir o preço do leite significativamente para cima nas regiões de importação nos últimos anos. Entre 2000 e 2011 o custo de produção do leite quase triplicou, enquanto as limitações da oferta e forte demanda também tiveram impacto. Em 2013, os preços da UE aumentaram cerca de € 34 por 100 kg para pouco menos de € 40, enquanto que na Nova Zelândia eles saltaram quase € 10 no mesmo período. Em comparação, os preços nos EUA ficaram relativamente estáveis em 2013, crescendo ligeiramente de € 34 para € 36. Todavia, o mercado americano viu flutuações mais dramáticas em todos os três anos anteriores. Os preços são notoriamente difíceis de prever e não houve variação significativa no mercado. O clima e as mudanças climáticas bem como o preço de outras commodities, todos desempenham um papel significativo no custo de produção e de processamento.

Enquanto, em geral, os preços de 2014 têm caído até agora, não se espera que esta seja uma tendência prolongada. Prevê-se que os preços continuarão a aumentar ao longo dos próximos dez anos como expansão da demanda em um momento de retração de fornecimento.

EXPORTADORES ESTÃO SE ADAPTANDO ÀS MUDANÇASEnquanto os países exportadores de leite buscam conquistar o elevado crescimento da demanda do resto do mundo na próxima década, a indústria também precisará se adaptar ao que está acontecendo em seu mercadp local. A evolução dos hábitos de consumo têm levado a uma queda do consumo em alguns dos maiores mercados do mundo. Por isso será importante para a indústria se concentrar em produzir uma ampla variedade de produtos para aumentar o retorno além do preço base do leite cru, a fim de se manter bem sucedido em mercados sofisticados.

LEITE - PREÇO AO PRODUTOR Enquanto os preços de 2014 caíram em 2014, não é esperado que seja uma tendência prolongada.

Fonte: International Farm Comparison Network (IFCN)

/ 11Tetra Pak Dairy Index / Issue 7 October 2014

NOVA ZELÂNDIA€/100kg

40

25

20

30

35

Preç

o do

Lei

te N

Z E

UR

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2011 2012 2013

30

40

50

60

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2011 2012 2013

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2011 2012 2013

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VALOR AGREGADO

Em muitos países desenvolvidos, o consumo continuará a diminuir lentamente. Todavia, os níveis globais continuarão altos, visto que as empresas de laticínios tirarão proveito da demanda por outros produtos lácteos líquidos, tais como leite aromatizado, iogurte líquido, leite e misturas de sucos e produtos derivados dos cereais, que oferecem conveniência e nutrição para os consumidores com pouco tempo disponível.

Com o leite branco cada vez mais visto como uma commodity devido à forma de preços agressivamente baixos por varejistas, as empresas de laticínios estão procurando novas maneiras de agregar valor, tais como embalagens diferenciadas e destacando os benefícios funcionais e nutricionais.

Por exemplo, nos EUA há um crescimento promissor de produtos lácteos funcionais e diferenciados que atendem a saúde das pessoas e estilo de vida, incluindo o leite orgânico, alternativas de produtos lácteos e produtos lácteos com foco nutricional com valor agregado. Smoothies, lattes e shakes para

o café da manhã também estão criando oportunidades decrescimento. Entre os produtos funcionais, a demanda é crescente por leite esportivos e bebidas concebidas para ajudar as pessoas a controlar o seu peso. Bebidas nutricionais reforçadas com proteínas vendidas em embalagens menores, como a Premier Nutrition, que têm como alvo os adultos preocupados com a saúde.

A indústria no Reino Unido também está sob pressão para reduzir ainda mais o preço do leite branco. Com a elevação de cotas da UE em 2015, haverá mais pressão para encontrar novos caminhos para o crescimento na forma de leite com valor agregado.

Felizmente para aqueles que operam no Reino Unido, o consumo de produtos lácteos líquidos na verdade está crescendo, pois os hábitos de consumo de leite estão evoluindo. Isto levou a um grande número de lançamentos de produtos lácteos tais como petiscos, bebidas matinais, caffè lattes, iogurtes e leites de maior indulgência. Esses produtos atendem novas ocasiões de consumo em razão do estilo de vida.Exemplos similares de outras partes do mundo incluem:

• Na Alemanha, a demanda por leite aromatizado estáprevista aumentar 0,4% em 2013-2016, graças à crescentedemanda por bebidas com aromatizadas de café.

• Na Nova Zelândia, está previsto um crescimento de1,2% do leite para bebês e crianças e de 4,3% no consumo de iogurtes.

• Na Austrália, o consumo de iogurte líquido, leitearomatizado e leite branco deverá crescer 3,0%, 2,0% e 1,7%, respectivamente, impulsionado pela crescente demanda por leite sem lactose e leite A2, que não contém proteínas de caseína A1 (leite de vaca contém diferentes tipos de proteínas, incluindo ‘A1’ e ‘A2’. Essas duas proteínas são digeridas diferentemente uma da outra e a presença da proteína A1 pode resultar em desconforto após tomar o leite).

QUEDA DO CONSUMO

No ano passado as vendas de leite nos Estados Unidos caíram para seu nível mais baixo desde 1984. Menos de 50% dos adultos agora bebem leite e o consumo de leite integral caiu pela metade nas últimas três décadas.

Os estilos de vida agitados estão mudando os padrões de consumo ao longo do dia. Há uma enorme mudança de conceito nas três principais tradicionais refeições (café da manhã, almoço e jantar) para uma cultura alimentar mais modular (ou seja, consumo mais regular ao longo do dia).Como o café da manhã está sendo feito de maneira mais rápida com consumidores com pouco tempo disponível nas economias desenvolvidas, a mudança de "deskfasting" (tomar café da manhã no local de trabalho) para a alimentação "on-the-go" continua ganhando impulso. Esta tendência está levando a um enormeimpacto sobre o consumo de leite em muitos desses mercados:

• Como mais da metade de todo o leite consumido nosEstados Unidos é no café da manhã, a queda no númerode pessoas que tomam o café da manhã em casa prejudicoumuito a demanda. O consumo de produtos lácteos líquidos(LDP) nos Estados Unidos deverá cair 0,8% entre 2013 e2016 com a demanda de leite branco com queda de 0,9%.

• A Austrália também está se tornando rapidamente umanação de pessoas que deixam de tomar o café da manhã.Quatro de cada 10 trabalhadores em tempo integral tomam o

café da manhã em movimento ('on-the-go") e um terço dasmães regularmente não tomam o café da manhã, a fim de

/levar as crianças à escola. Como resultado, o consumo deLDP no país está experimentando um crescimento bemmodesto e

com uma demanda esperada aumentando apenas 1,7% CAGR nos três anos até 2016. Isto apesar do crescimento econômico contínuo e de uma população em expansão.

• O consumo de LDP do Reino Unido está previsto para crescerapenas 0,4% CAGR entre 2013 e 2016 com o leite aromatizadomostrando o maior crescimento, com um aumento projetado nademanda de 2,4%. Isso está sendo impulsionado pelo aumentodo consumo "on-the-go" e o café da manhã deixando de sertomado em casa, o que é feito por mais de um em cada quatroadultos.

• Na Nova Zelândia, o LDP cairá 0,3%, liderado pelo declínio doconsumo do leite branco e do leite aromatizado.

• Entre 2013 e 2016, o consumo de leite branco na EuropaOcidental deverá cair 0,3%, após uma queda de 0,8% entre2010 e 2013.

Visto que os consumidores estão recorrendo cada vez mais aos petiscos tanto por razões de conveniência como nutricionais, também existem aí oportunidades para os fabricantes posicionarem as bebidas de iogurte como alternativas de petiscos convenientes, saudáveis e suplementares que atendam tanto o estilo de vida como as necessidades nutricionais.

Essas mudanças de estilos de vida dos consumidores também estão levando a uma mudança nos tipos de produtos que estão sendo consumidos. De acordo com a Datamonitor, 45% dos consumidores acham os produtos em formato de petiscos líquidos atraentes. Por isso não é nenhuma surpresa que os gastos globais em produtos para petiscos e inovação de novos produtos nessa categoria aumentaram de forma constante ao longo dos últimos anos.

A DEMANDA DOS CONSUMIDORES POR PRODUTOS QUE ATENDAM À SAÚDE E AO ESTILO DE VIDA ESTÁ CONDUZINDO A UMA CONVERGÊNCIA MAIS RÁPIDA ENTRE OS LÁCTEOS E

OUTRAS CATEGORIAS, TAIS COMO SUCOS E CEREAIS.

LEITE

CHÁ CEREAIS

CAFÉ BISCOITOS

FRUTASSUCO

++

++

++

“ ..as empresas de laticínios tirarão proveito da demanda por outros produtos lácteos líquidos, tais como leite aromatizado, iogurte líquido, leite e misturas de sucos e produtos derivados de cereais, que oferecem conveniência e nutrição para consumidores com pouco tempo disponível.”

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Importadores líquidos de leite conduzirão predominantemente o crescimento da demanda na próxima década. Os mercados na Ásia, África e América do Sul têm uma visão muito positiva de leite e dos benefícios nutricionais que ele proporciona, o que ajudará a promover o crescimento do consumo. Todavia, o desafio para esses mercados será garantir que eles serão capazes de suprir o fornecimento de leite para atender a essa demanda. Alguns países estão trabalhando para aumentar a produção interna, pois eles trabalham para se tornarem menos dependentes de importações rumo à autossuficiência. Em outros mercados, a indústria leiteira local está fazendo parceria com empresas de mercados de exportação para garantir uma oferta de qualidade.

LEITE É "BOM"

A percepção de leite é diferenciada em todo o mundo. Nos países ocidentais, o leite é visto como parte da rotina de consumo diário. Todavia, na Grande China e no Sudeste Asiático ele é fortemente associado ao crescimento da criança e à saúde.

Em muitos países em desenvolvimento, como Colômbia, Venezuela, Índia, Paquistão e Quênia, o leite é visto como muito nutritivo e quase um sinônimo de alimento como um meio para alimentar o corpo.O "benefício natural" do leite atrai aqueles que procuram passos simples para a nutrição ideal e há uma oportunidade para capitalizar o crescente interesse em proteínas.

VEÍCULO AMBIENTE

Enquanto a maior parte das exportações têm sido, tradicionalmente leite em pó, as exportações do leite UHT para os países asiáticos, como Filipinas, Vietnã, Cingapura, Malásia e Papua Nova Guiné têm crescido de forma constante nos últimos 15 anos. Na Ásia-Pacífico como um todo, as estatísticas mostram que o consumo de leite ambiente que deverá crescer 3,1% CAGR de 2013 a 2016.

Na Indonésia, a demanda por leite líquido, ambiente está sendo impulsionada pelo crescente poder de compra da classe média em expansão no país assim como as crescentes economia e população.

Na China, com a origem do leite desempenhando um papel importante, os consumidores chineses mais ricos estão dispostos a pagar um prêmio para o leite líquido embalado de países que oferecem o leite fresco da fazenda de vacas criadas em pastagem.

O leite UHT importado visa principalmente este segmento premium, que é onde há um valor a ser gerado pelos exportadores em um importante mercado em crescimento como a China.Este crescimento do leite UHT líquido é apoiado por um investimento significativo por empresas de laticínios em países exportadores, tais como Austrália, Nova Zelândia e Irlanda.

IMPORTADORES CONDUZEM A DEMANDA

Arábia Saudita: Leite do deserto

A Arábia Saudita tem estabelecido o padrão, visto que ela tem trabalhado para reduzir a dependência das importações de leite. Apesar do seu clima quente e árido, ela agora produz mais da metade do seu próprio leite e suas empresas de laticínios estão desfrutando de próspera demanda no país e no exterior. Com um rebanho leiteiro de cerca de 130 mil bovinos e algumas das maiores e mais modernas fábricas de lacticínios no Oriente Médio, a Arábia Saudita tem emergido como um importante produtor de leite em questão de décadas.

SUPERANDO O PROBLEMA DO FORNECIMENTO DE LEITE CRU

O investimento pelo país, rico em petróleo, desde a década de 1970 para aumentar a autossuficiência alimentar, que vai desde leite e ovos até carne, o transformou em um grande produtor de leite, exportando para países como o Iêmen, Iraque, Jordânia e Síria. Internamente também a demanda é forte. A Arábia Saudita espera ver a demanda de LPD subir 4,3% CAGR entre 2013 e 2016 com leite para bebês e crianças, leite condensado e leite aromatizado atuando fortemente.

O leite branco também deverá crescer 4,7% CAGR de 2013 e 2016 para quase 1,2 bilhões de litros. Enquanto o leite ambiente ainda detém uma participação maior de consumo, o leite refrigerado está crescendo mais rapidamente.

QUEDA DAS IMPORTAÇÕES NOS ÚLTIMOS ANOSA demanda pelo leite aromatizado Laban (iogurte caseiro), leite da cultura tradicional, também é forte, com a demanda devendo aumentar 1,6% CAGR nos três anos até 2016, enquanto o consumo de leite aromatizado deverá aumentar em mais do que 5%.

Os consumidores também estão se tornando cada vez mais conscientes sobre a saúde e hábitos alimentares saudáveis e, ao mesmo tempo, exigindo produtos com maior diferenciação, independentemente se de produtos lácteos enriquecidos com nutrientes, produtos sem lactose ou leite aromatizado, atraentes para as crianças.Com uma população jovem em crescimento, as empresas de laticínios estão aproveitando a oportunidade para aumentar as vendas para as crianças através da promoção de produtos como o leite aromatizado e o Laban como diversão.

Por exemplo, a Alsafi Danone - uma joint venture entre a gigante francesa de alimentos Danone e empresa de laticínios da Arábia Saudita Alsafi - colocou um grande foco na produção do leite aromatizado para o mercado interno, enquanto outra empresa de laticínios árabe, a Almarai, produz Laban com sabor de morango com cultura probiótica especialmente benéfica para a saúde digestiva.Outros países que estão procurando aumentar a sua autossuficiência em leite devem olhar para a Arábia Saudita como um exemplo de como obter sucesso.

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No ano passado, a empresa de laticínios irlandesa Glanbia, que exporta para mais de 130 países e emprega 4.900 pessoas anunciou a construção de uma nova unidade de UHT em Monaghan para produzir leite longa vida e creme para exportação para os mercados emergentes, tais como a China e o Médio Oriente.

A planta começou a fabricar leite UHT e produtos cremosos padrão e fortificado, incluindo versões de exportação de produtos lácteos da marca líder de mercado da Glanbia, a Avonmore Milk.

Além disso, para garantir o fornecimento de produtos lácteos para lugares como China, parcerias estratégicas entre empresas de laticínios com sede em países onde a demanda é alta e empresas de mercados produtores de lácteos tradicionais está se tornando cada vez mais comum. Por exemplo, em abril 2014 foi anunciado um acordo estratégico de abastecimento, entre o Pactum Dairy Group situado na Austrália ea Bright Dairy da China. A parceria inclui um investimento de $ 45 milhões pela Pactum de uma planta UHT asséptica para bebidas lácteas no norte do estado de Victória, na cidade de Shepparton para produzir bebidaslácteas de alto valor agregado para os consumidores na China e Sudeste Asiático.

OUTROS PRODUTOS LÁCTEOS LÍQUIDOS

A crescente demanda em mercados deficitários de leite, combinados com suprimentos escassos de leite, criará desafios sem precedentes na próxima década, quando as empresas de laticínios tentarão atender essa demanda.

Uma maneira de fazer isso será "esticar" o teor de leite de algumas bebidas, combinando o leite com outros conteúdos, tais como proteínas de nozes e suco.

Os países importadores de leite esperam ver o crescimento substancial no consumo de outros produtos lácteos líquidos ao longo dos próximos três anos. Seguindo a tendência dos mercados desenvolvidos, iogurte líquido e leite aromatizado experimentarão um aumento significativo na demanda.Iogurte líquido refrigerado crescerá 7,6% na Ásia-Pacífico, entre 2013 e 2016, enquanto que o iogurte líquido ambiente crescerá 26% no mesmo período. No Sul da Ásia, onde há apenas iogurte refrigerado líquido, o consumo irá aumentar significativamente41,3%.

Na categoria de leite aromatizado, África experimentará a maior mudança, com crescimento de 7,1% em todo o continente, aumentando para 12,4% no Norte de África. Tanto a Ásia Pacífico como a América Latina experimentarão aumentos de mais de 4% (4,1% e 4,5%, respectivamente)

Para os exportadores que visam sucesso empresarial sustentável nos mercados em desenvolvimento também é importante reconhecer a necessidade de uma forte oferta de produtos com valor agregado. Na Irlanda, por exemplo, onde 84% da produção de leite é exportada, há um foco crescente para agregar valor ao leite que é vendido nos mercados internacionais. Isso inclui produtos lácteos na nutrição, alimentos de consumo e categorias de fórmulas infantis, assim como ingredientes comercializados mundialmente, tais como pó e queijo melhorados.

CAMINHO PARA AUTOSSUFICIÊNCIA

Com muitos processadores de lácteos em países em desenvolvimento contam com o leite em pó importado e o leite produzidos por pequenos agricultores, a crescente demanda está criando maiores incentivos para garantir o abastecimento sustentável de leite através da melhoria dos índices de produtividade e comercialização.

A indústria de laticínios está se aproximando de uma das suas eras mais transformadoras. Como uma indústria focada tradicionalmente no mercado interno, ela precisará agora enfrentar os desafios e oportunidades colocados pelo aumento da globalização. Empresas de laticínios hoje precisam ter uma visão mundial do fornecimento de leite e da demanda dos consumidores.

Para as empresas de lácteos nos mercados exportadores, atender a demanda de rápido crescimento dos mercados emergentes oferece uma enorme oportunidade. Todavia, para garantir o sucesso em longo prazo, os produtores devem equilibrar os ganhos de exportação para economias em rápido crescimento com a necessidade de continuar a crescer seus mercados internos. Isso significa compreender e se adaptar às mudanças de consumo demográficas, comportamentos e estilos de vida. A diversificação de produtos, inovação e diferenciação da marca serão cruciais.

Por outro lado, as empresas de lácteos nos mercados importadores devem superar o desafio de garantir um fornecimento sustentável de leite de alta qualidade. Aqueles que estão fazendo da forma correta fazem de duas maneiras: aumentando os investimentos na pecuária leiteira nacional e fazendo parceria com empresas do mercado de exportação. Como as empresas percebem os efeitos positivos dessas colaborações, provavelmente veremos uma maior consolidação na indústria, talvez até além fronteiras. Ao mesmo tempo, as empresas também estão trabalhando na inovação de produtos para reduzir a pressão sobre o fornecimento de leite.

No contexto desses desenvolvimentos globais consideráveis, a reação de empresas de laticínios ao longo dos próximos anos terá um impacto significativo e de longo prazo sobre o futuro do mercado mundial de lácteos.

CONCLUSÃO

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PAÍS EM DESTAQUE CHINA

CHINA INCREMENTA O LEITE CONDUZINDO À AUTOSSUFICIÊNCIA

Oportunidades de rápido crescimento econômico, urbanização e o consumo de leite em expansão criaram oportunidades semprecedentes na China para empresas de laticínios nacionais e estrangeiras, a fim de poderem oferecer novos produtos para novos consumidores no país mais populoso do mundo. Leite é fortemente percebido como um complemento saudável e nutritivo para a alimentação diária.

O crescente apetite da China por produtos lácteos também desafia a segunda maior economia do mundo, com a missão de preencher a lacuna entre a quantidade de leite que ela produz e a quantidade de leite que seus mais de 1,35 bilhões de pessoas consomem. Para isso, ela está olhando internamente e também para o exterior para garantir um fornecimento estável.

Internamente, a China está incentivando a criação de fazendas leiteiras maiores e mais produtivas. Isto levou a um aumento da autossuficiência, que era de 86% no ano passado. No primeiro semestre de 2014, a escassez de leite cru registrada anteriormente de leite cru foi minimizada facilitada, por conta d devido a essa maior produção de leite, que também tem sido impulsionada por temperaturas favoráveis, fornecimento abundante de alimentos e os efeitos do investimento histórico pelas grandes fazendas leiteiras em seus métodos de produção.

Ao mesmo tempo, a desaceleração do crescimento econômico também reduziu a demanda interna, resultando na diminuição da escassez de leite cru que se tornou menos dominante. Apesar disso, em longo prazo, prevê-se que a China terá de enfrentar escassez de oferta de leite cru, embora com flutuações de curto prazo.

No exterior, o governo chinês está incentivando suas empresas de laticínios a se expandirem os negócios através de aquisições e parcerias, contratação de consultoria de laticínios, experiência, terras e leite em países como a França e a Nova Zelândia.

As importações continuam a crescer com a China pronta para dobrar sua participação nas importações mundiais de leite, em

pouco mais de uma década, aumentando de 6% em 2013 para cerca de 12% em 2024, segundo a consultoria de alimentos e de bebidas Zenith International.

Independentemente de onde o leite vem, está definido que o consumo de lácteos deverá crescer bastante na China na próxima década, com o leite ambiente vendido em embalagens individuais dominando o mercado. Mais de 80% dos produtos lácteos líquidos vendidos na China são ambiente, em embalagens individuais, que respondem por 93% das vendas.

DIVERSIFICAÇÃO E NEGOCIAÇÃO

Laticínios chineses - tais como a Inner Mongolia Yili, a Mengniu Dairy e a Bright Dairy - são responsáveis pela maior parte do crescimento da demanda, oferecendo uma maior variedade de produtos lácteos, incluindo as categorias de crescimento, tais como o iogurte ambiente e leites aromatizados especiais.Com o aumento da conscientização com a saúde, os consumidores chineses estão cada vez mais "negociando" para comprar produtos lácteos especiais que variam desde o leite orgânico ambiente até outros produtos lácteos líquidos (OLDP) como o leite aromatizado especial e o iogurte líquido ambiente.A Bright Dairy, por exemplo, está aproveitando a crescente demanda por seu iogurte líquido ambiente Mosili'an, primeiro produto de iogurte ambiente da China. A Yili e a Mengniu também têm experimentado uma forte demanda por bebidas lácteas, incluindo os leites aromatizados especiais.

A crescente demanda por negociação e diversificação também criou oportunidades para empresas de laticínios estrangeiras como a Fonterra da Nova Zelândia, para vender sua principal marca de leite UHT, a Anchor na China ou para a Meiji do Japão vender seu iogurte lá.

Garantir a oferta em um mercado que evolui rapidamente

SEGURANÇA NO ABASTECIMENTO

O déficit de leite da China também criou oportunidades para os exportadores na Alemanha, Irlanda e Nova Zelândia, entre outros, para vender mais leite em um momento em que a demanda é modesta ou está caindo internamente.

“Com as saídas de produção de leite crescentes na Oceania e na UE, estima-se que o fluxo de produtos lácteos ... a partir dessas duas regiões terão níveis sem precedentes na China nos próximos anos", afirma a Zenith International.

Em 2013, mais de 70% das necessidades chinesas de importação de leite foram atendidas pela Nova Zelândia. Alemanha, Estados Unidos, Austrália e França supriram a maior parte da demanda restante.

As importações de leite e leite em pó da China devem crescer de forma agressiva entre 2014 e 2018, com uma média anual de 15% ou mais, antes de desacelerar para menos de 10% de crescimento anual entre 2019 e 2024", de acordo com a Zenith International.

"Mesmo com um crescimento estimado de 5% na produção de leite no mercado interno em 2013, a lacuna de oferta e demanda continua crescente na China, abrindo cada vez mais as portas para as importações."

O governo chinês criou incentivos para investir no crescimento sustentável da atividade leiteira. A indústria está se movendo de uma agricultura do estilo propriedade familiar para um modelo com gestão profissional, fazendas de grande escala, escala, aumentando a qualidade e a disponibilidade do leite chinês.

A China está respondendo positivamente ao aumento da demanda por leite. Novas fábricas de laticínios, proporcionando aumento da produção nacional e parcerias com fornecedores nos países exportadores, estão ajudando a garantir o abastecimento futuro. Além disso, como o desenvolvimento das preferências dos consumidores de leite se desenvolvem, há uma crescente demanda por uma variedade de produtos, principalmente aqueles com benefícios à saúde, o que significa novas oportunidades para os produtores locais e estrangeiros.

/ 19Tetra Pak Dairy Index / Issue 7 October 2014

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IMPULSIONANDO A INICIATIVA DE EXPORTAÇÃO

Os EUA são o segundo maior país produtor de leite do mundo, depois da Nova Zelândia. Em 2013, 91.4 milhões de toneladas de leite foram produzidos, um aumento de 1,8% em relação aos níveis de 2012.Os exportadores entre esses produtores tiveram um excelente 2013, com as exportações atingindo um recorde de US $ 6.1 bilhões. Isto foi parcialmente devido à redução da concorrência dos principais fornecedores tradicionais, como a UE (por razões econômicas) e Nova Zelândia (por causa da seca severa), mas mais importante ainda, os produtos lácteos dos Estados Unidos tornaram-se mais competitivos no momento em que a demanda mundial por estes produtos lácteos tem aumentado.Como resultado, as perspectivas de exportação para a indústria de laticínios dos EUA é positiva, com crescimento esperado maior proveniente de mercados em crescimento, como México e China, facilitado por acordos comerciais para apoiar a atividade de exportação dos Estados Unidos.

RESPONDENDO À QUEDA DE CONSUMO DOMÉSTICO

Em contraste com o histórico de exportações, o consumo tradicional do leite branco (para beber, em cereais, para cozinhar) está caindo nos EUA, pois os estilos de vida dos consumidores estão mudando e outras opções de inovação dos produtos se tornam disponíveis. Isso criou uma queda em longo prazo do consumo de 1-2% ao ano desde 1970, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.

Essas mudanças de estilo de vida incluem a queda contínua de tomar o café da manhã em casa, bem como em outras ocasiões de consumo de leite. Assim como muitos outros, 42 milhões de americanos agora estão deixando totalmente de tomar o café da manhã.

Cada vez mais, estamos vendo uma cultura on-the-go, com consumidores se voltando para bebidas alternativas e produtos lácteos não brancos. As pessoas mais jovens, em especial, estão consumindo menos leite do que as gerações anteriores, mas outros produtos, como o leite aromatizado e os cremes estão experimentando uma crescente demanda.

Para combater esta queda, os processadores de leite estão se concentrando na inovação e desenvolvimento de outros produtos lácteos líquidos (OLDP), que são predominantemente voltados para adultos mais jovens, que são mais propensos a se abrirem para experimentarem novos produtos, especialmente em um momento onde o consumo de leite é menor do que outros grupos. Um exemplo disso é através da convergência das categorias, tais como leite e suco ou leite e cereais, que estão surgindo em todo o mercado dos EUA e se comprovando populares junto aos consumidores.Iogurte e smoothies são outros exemplos de produtos que estão ganhando força no mercado interno. O consumo de iogurte per capita quase dobrou na última década, o que tem impulsionado os investimentos em grande escala, como por exemplo, a PepsiCo e Muller que estão abrindo uma nova fábrica de iogurte com custo de US$ 350 milhões em Junho de 2013. Enquanto isso, os smoothies também terão um forte crescimento nos próximos dois anos como uma alternativa às opções de suco 100% de frutas. Este é um reflexo do fato de que o setor pode prosperar se ele atingir um preço competitivo e oferecer benefícios que atraiam os pais.

Também está surgindo espaço para os produtos "shakes" para o café da manhã, com produtos como Post’s Goodness to Go, da General Mills’ B’Fast e Kellogg’s Breakfast to Go. Há certamente potencial de crescimento nessa área.

Os benefícios nutricionais estão impulsionando a categoria de valor agregado, que tem experimentado um crescimento consistente nos últimos anos para todos os públicos: nutrição de adultos e crianças, consumidores interessados em nutrição esportiva e em produtos para controle do peso.

Aproveitando oportunidadesinternamente e no Exterior

Com 62% dos americanos se exercitando semanalmente para fitness e 61% escolhendo alimentos saudáveis para perder peso, os produtos lácteos com benefícios agregados à saúde representam uma oportunidade significativa para a indústria. A proteína tornou-se o foco da comunicação para o leite nos Estados Unidos.

Milk PEP, a organização da indústria que dirigiu a campanha do reconhecido 'Got Milk' tem trabalhado recentemente o conceito "Millk for Life' para promove os benefícios da proteína.A mensagem nutricional tem sido reforçada pela mudança de atitudes em relação aos ácidos graxos essenciais, que

podem manter o funcionamento imunológico saudável, além de ajudar no crescimento e reparação.

Não há dúvida de que os Estados Unidos têm enfrentado um mercado interno muito desafiador nos últimos anos pois a demanda caiu. Todavia, com as novas mensagens nutricionais e inovação em torno de tipos de produtos e ocasiões de consumo, há sinais positivos para o mercado interno. Como exportador, os Estados Unidos estão liderando o curso seguido de um excelente 2013 e estão tirando proveito da demanda em mercados emergentes.

PAÍS EM DESTAQUE EUA

“ .. mudanças de estilo de vida incluem a queda contínua de tomar o café da manhã em casa, bem como em outras ocasiões de consumo de leite. Assim como muitos outros, 42 milhões de americanos agora estão deixando totalmente de tomar o café da manhã."

/ 21Tetra Pak Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

PAÍS EM DESTAQUE ALEMANHA

DEMANDA ASIÁTICA IMPULSIONA O CRESCIMENTO ALEMÃO

Alemanha, já atualmente o maior produtor de leite na União Europeia (UE), aumentou sua oferta de leite em mais de 10% na última década e está se preparando para produzir ainda mais leite para exportação, uma vez que as cotas da UE na produção de leite se elevarão em 2015.

Com a demanda doméstica por LDP tendo caído 0,8% entre 2010 e 2013, as empresas de lácteos da Alemanha estão cada vez mais voltando os seus olhos para o leste, para os mercados lucrativos de exportação como a Ásia e o Oriente Médio, a fim de tirar o máximo proveito da demanda.A China é atualmente o maior mercado de exportação da Alemanha fora da UE. Embora a China esteja se esforçando para aumentar a produção interna, ela também precisa de importações para atender a crescente demanda.

Até o final de 2012, cerca de 80 marcas de leite foram importadas para a China. Metade das 10 maiores marcas, incluindo a Oldenburger e Suki, usaram leite de origem alemã. Essas 10 maiores marcas representaram cerca de 67% do leite importado para a China em 2012, de acordo com estatísticas da alfândega chinesa.

As empresas líderes alemãs de laticínios estão destacando com sucesso as credenciais "Made in Germany" de suas marcas exportadas para a China. A forma de comercialização varia desde a criação de organizações locais de vendas, com joint ventures e parcerias com grandes distribuidores chineses. Ao fazer isso, as marcas alemãs estão estabelecendo uma boa presença nas gôndolas e estão colhendo os frutos do aumento das vendas on-line para o leite na China.

OPORTUNIDADE FUTURA

A elevação das cotas de leite da UE está prevista para incentivar o aumento das exportações alemãs de leite para a China, em especial o leite em pó, o leite UHT e o leite aromatizado, criando novas oportunidades para os laticínios alemães. Alemanha, França, Holanda, Bélgica e Dinamarca esperam experimentar um crescimento de 4,5% a 6% nas exportações de leite fora da UE entre 2014 e 2024.

Mais da metade do leite cru da Alemanha é exportado e, com a produção aumentando graças a rendimentos elevados, o campo está aberto para os laticínios alemães venderem mais leite para o exterior.

A Alemanha trabalhou com sucesso a queda na demanda interna, capitalizando novos hábitos de consumo em outras partes do mundo. Um desafio futuro para as empresas de laticínios alemãs será equilibrar as oportunidades de exportação com o desafio da queda na demanda interna.

Como a Alemanha conquistou a vantagem das exportações

“ Mais da metade do leite cru da Alemanha é exportado e, com o crescimento da produção, graças a rendimentos mais elevados, o campo está aberto para os laticínios alemães venderem mais leite no exterior.”

/ 23Tetra Pak Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014

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SOBRE O TETRA PAK®

DAIRY INDEXO Tetra Pak Dairy Index é um relatório anual que visa ajudar os produtores a identificarem novas oportunidades de crescimento e oferecer informações sobre os últimos fatos, dados e tendências relacionados à indústria global de laticínios.

Os dados contidos neste relatório são coletados a partir de uma variedade de fontes externas e da Tetra Pak, e foram analisados por seus especialistas do mercado de laticínios. O Tetra Pak Dairy Index também inclui uma análise da Tetra Pak sobre a indústria com base em seu trabalho diário com clientes da indústria de laticínios, governos, organizações não governamentais e comunidades locais em todo o mundo que apoiam cada aspecto da cadeia de valores dos laticínios.

Tetra Pak® Dairy Index / Edição 7 Outubro de 2014