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UMA PUBLICAÇÃO GABRIEL BACELAR - ANO 07 - Nº 15 MODA A sustentabilidade chega ao setor UM NOVO ANO, NOVAS EXPECTATIVAS XANGAI 2010 Retrospectiva do evento DOCE VIDA O sabor das trufas brancas POESIA Pelas ruas do Recife VIAGEM Istambul e seus mistérios LANÇAMENTOS Conheça os empreendimentos da marca Gabriel Bacelar

UM NOVO ANO, NOVAS EXPECTATIVAS · Ensaia com otimismo um governo de alma feminina, resultado das últimas eleições, que segue na construção de um novo modelo que dê continuidade

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UMA PUBLICAÇÃO GABRIEL BACELAR - ANO 07 - Nº 15

MODAA sustentabilidadechega ao setor

UM NOVO ANO, NOVAS EXPECTATIVAS

XANGAI 2010Retrospectivado evento

DOCE VIDAO sabor dastrufas brancas

POESIAPelas ruasdo Recife

VIAGEMIstambul eseus mistérios

LANÇAMENTOSConheça os empreendimentos da marca Gabriel Bacelar

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AÇÃO DO BEM

TENDÊNCIAS

ARTES PLÁSTICAS

EditorialCONSELHO EDITORIAL

COORDENAÇÃO | bruno bacelar

MARKETING | kithyanne véras

COMERCIAL | bruno figueiredo

COMUNICAÇÃO | carla guerra

GABRIEL BACELAR CONSTRUÇÕES

PRESIDENTE | gabriel bacelar

DIRETOR COMERCIAL | durval bacelar

DIRETOR TÉCNICO | bruno bacelar

EDITOR | djalma nascimento jr.

PROJETO GRÁFICO, REDAÇÃO

EDITORAÇÃO, TRATAMENTO DE

IMAGENS E FINALIZAÇÃO

DIREÇÃO DO PROJETO | carla guerra

FOTOGRAFIA | marcelo marona

REDAÇÃO | djalma nascimento jr., carla guerra

e bruno souto maior

COORDENAÇÃO COMERCIAL | gabriel bacelar

DIAGRAMAÇÃO | joão paulo ferreira

REVISÃO | djalma nascimento jr

GABRIEL BACELAR | Rua Buenos Aires, 69 - Espinheiro

CEP: 52.020-180

Recife-PE - Brasil | Fone: 81 3366.3000

E-mail: [email protected]

CARLOTA COMUNICAÇÃO | Rua Amélia 373,

Galeria Graças Center

Salas 104 e 105

52020-150, Graças, Recife - PE

A Revista Gabriel Bacelar é propriedade da Construtora

Gabriel Bacelar, editada pela Carlota Comunicação, com

distribuição dirigida. A publicação é aberta a colaboradores

e não se responsabiliza por conceitos emitidos em textos

assinados, em respeito à liberdade de expressão e por

qualquer conteúdo publicitário e comercial de terceiros.

Um Feliz 2011!

Ano 07 - Nº 154

Para anunciar 81 3091.5068 81 8728.2132

[email protected]

CAPA

14

ENTREVISTA

ECONOMIA

20

22

DOCE VIDA

ARTES PLASTICAS

25

30

DECOR

PAISAGISMO

32

34

EMBARQUE

GASTRONOMIA

43

36

A CIDADE

47

50

AÇAO DO BEM

TECNOLOGIA

52

59

ENCONTRE60

Sumário 06

ARTE E CULTURA

43

60

06

54 EVENTO

FASHION56

TENDENCIAS

58 FITNESS

14

62 MERCADO IMOBILIÁRIO

CRONOGRAMA DE OBRAS60

A chegada de um novo ano é sem-pre um bom motivo para pensar, refletir e avaliar novas possibilida-des. É comum chegarmos ao final

do ano com a sensação de que não cumprimos a agenda e tudo que planejamos. O tempo é hoje a matéria-prima mais cara e mais escassa. Temos que saber otimizar o tempo com coerên-cia e disciplina! O ano de 2011 vem carregado de novas expectativas para o Brasil. Pela pri-meira vez na história uma mulher comandará o mais importante cargo político: a Presidência da República. Muitas mudanças virão. Positivas, de preferência. É este o assunto que trazemos na nossa matéria de capa. Convidamos algumas personalidades locais que explanaram suas ex-pectativas para o novo ano.

Esta edição da Revista Gabriel Bacelar vem cheia de novidades para você. Uma delas é o compromisso que o Recife tem com a sua me-mória. Trazemos para você uma boa dica: o agradável passeio no circuito da poesia. Afinal, nunca é demais lembrar nossos grandes poetas, escritores e compositores, principalmente quan-do suas presenças se fazem ainda hoje eviden-tes no cotidiano recifense.

Ainda em se tratando de vida boa, trazemos, também, informações sobre a temporada das trufas brancas italianas, a gastronomia de em-preendedorismo do restauranteur Julião Konrad, passando pelas belezas históricas e naturais de

lugares como Istambul, chegando ao requinte do charme de hoteis na Ilha de Páscoa, Ge-nebra, Puebla e Atenas. As páginas seguintes trazem ao leitor o que há de melhor.

Em empreendimentos imobiliários, especifica-mente, revelamos em primeira mão informa-ções exclusivas sobre nosso futuros lançamen-tos: Green Life Espinheiro, Condomínio Jardins Apipucos e GB Maria Satye. Além das propostas inovadoras e ousadas dos renomados escritó-rios de arquitetura e paisagismo do Recife, os projetos contarão com um diferencial que vem há décadas agregando valor ao mercado de imóveis residenciais da cidade: o padrão GB de construção.

Com a chegada do calor, que vem mesmo antes que o verão no nordeste brasileiro, nada mais oportuno que tratar de turismo em Pernambuco. Para tanto, conversamos com dois personagens chaves para entender os desafios e o que vem sendo feito para suas superações: o secretário estadual de Turismo, Paulo Câmara, e a diretora executiva do Recife Convention & Visitors Bure-au, Tatiana Menezes.

Moda ecológica, Médicos Sem Fronteiras, Cine-ma da Fundação, artes plásticas, objetos do de-sejo e ambientação de interiores são alguns dos outros itens que recheiam a pauta desta edição da Revista Gabriel Bacelar. Uma boa leitura a todos.

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Ano 07 - Nº 15

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Minha expectativa para 2011 pode ser dividida em dois cenários. O cenário internacional com os Estados Unidos, Europa e China e o cenário nacional. No internacional, podemos dizer que os Estados Unidos já estão em parte recuperados com um crescimento próximo a 3% que nada mais é do que o normal ao longo dos seus últimos anos. Infelizmente quando do período de crise, a taxa de desemprego aumentou e fez com que não pudesse haver recuperação nesta área. Em

relação à Europa a situação ainda é preocupante, com taxa de crescimento pouco acima de 1%, mas, acreditamos que lentamente haverá recuperação. A China por sua vez com uma taxa de

crescimento próximo de 10% nos faz crer que ainda prevalecerá nesses níveis nos próximos anos. Em relação ao Brasil acreditamos que teremos um 2011 bastante favorável com um crescimento

próximo de 5% e uma estabilidade financeira que nos tem favorecido nos últimos 16 anos.

Gabriel Bacelar – presidente da Gabriel Bacelar Construções

O ano de 2011 promete ser de grandes mudanças e novos rumos para o País. O Brasil passa ao largo da crise mundial que assola as nações mais desenvolvidas e que se esforçam para encontrar a fórmula do crescimento. Ensaia com otimismo um governo de alma feminina, resultado das últimas eleições,

que segue na construção de um novo modelo que dê continuidade aos acertos do anterior, com fôlego novo e ajustes na gestão. Para Pernambuco, o horizonte se coloca cada vez mais positivo, com novos e grandes investimentos no setor industrial que proporcionarão desenvolvimento nas próximas décadas

para o Estado. Convidamos algumas lideranças pernambucanas para colocar as suas expectativas para o novo ano em nossa matéria de capa. São eles: Gabriel Bacelar, presidente da Gabriel Bacelar Construções; Armando Monteiro, empresário e senador recém eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro

(PTB); Carlos Trevi, coordenador do Santander Cultural Recife; Sérgio Moura, diretor industrial da Baterias Moura e Sílvia Rissin, presidente da Fundação Alice Figueira de Apoio ao IMIP.

2011A chegada de um novo ano traz consigo anseios e novas expectativas

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Ano 07 - Nº 15

Capa

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O próximo ano será um momento de grande oportunidade. O Brasil poderá promover transformações fundamentais para que tenhamos, nas décadas seguintes, um crescimento vigoroso, acima de 5% anuais, que

nos permitam dobrar a nossa renda per capita e reduzir consideravelmente as desigualdades sociais. Em 2011, a agenda legislativa vai ser muito importante, vai condicionar um pouco o futuro governo. O Brasil poderá retomar as reformas, que são tão necessárias, e uma série de projetos de grande relevância no Congresso Nacional. Por exemplo, a nova lei

de licitações, o Cadastro Positivo, que poderá reduzir os juros no Brasil, a reestruturação do CADE, o novo marco regulatório para licenciamento ambiental, a redefinição do papel das agências reguladoras. Enfim, nós

temos uma pauta densa e muito importante na próxima legislatura. Estou bastante motivado com poder trabalhar lá no Senado

para fazer essa agenda avançar.

Armando Monteiro Eleito o senador mais votado de Pernambuco

Os próximos anos, em função da Copa do Mundo de 2014 e dos grandes investimentos que Pernambuco tem recebido, penso que serão muito ricos, especialmente na área da cultura. Participo de alguns comitês culturais e

já percebemos a movimentação para reformulação do Porto do Recife, em frente ao Marco Zero da cidade. Os galpões estão sendo adaptados para

instalação de equipamentos culturais. Existe uma grande movimentação pela recuperação do Bairro do Recife, um dos mais importantes pontos turísticos da cidade. Espero que invistam, cada vez mais, nos museus e fundações

culturais públicas. É muito importante esse olhar para o que é permanente, para programas educativos, para a formação de público. Um show é

uma maravilha, mas dura uma noite, um museu é para sempre. Espero que os governos invistam efetivamente em seus equipamentos culturais de memória e preservação, não apenas nos museus, mas monumentos

públicos, teatros, casas de artesanato e espaços abertos de cultura.

Carlos TreviCoordenador do Santander Cultural Recife

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Showroom: Rua Itajubá, 311, Imbiribeira, Recife/PE - (81) 3339.6669 Fábrica: Rua Presidente Nilo Peçanha, 70, Imbiribeira, Recife/PE - (81) 3059.6669

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As expectativas para 2011 são muito positivas. Há um consenso geral de que a economia brasileira deverá crescer próxima a 5%, em 2011, o que é um número bastante positivo, pois será sobre uma base alta de 2010,

para o qual se espera um crescimento superior a 7%. Naturalmente, quando a economia cresce, todos os setores são beneficiados e as oportunidades se ampliam. Creio que os novos governos deverão priorizar dois aspectos

básicos: redução dos gastos de custeio em relação ao PIB (estados e União) e a melhoria da gestão. Ou seja, o melhor aproveitamento do dinheiro público. No caso específico de Pernambuco, temos notado um grande

esforço no sentido da melhoria da qualidade da gestão com o consequente benefício para a população. A venda de carros novos deve continuar

aquecida e devemos colher, no mercado de reposição, bons resultados decorrentes do grande crescimento da frota verificado nos últimos anos.

Sérgio MouraDiretor Industrial da Baterias Moura

A cada ano que se inicia, minhas expectativas são otimistas em todos os ângulos que focalizo. Sendo assim, espero que a nova

presidente do Brasil consiga alcançar suas metas propostas para o 1º ano de governo. Espero ainda ter saúde e disposição para continuar meu trabalho, oferecendo sempre o melhor para o IMIP. Enfim, tenho expectativas positivas quanto à redução

da violência para que a nossa sociedade possa viver com mais paz e harmonia. Como o nosso segmento de atuação busca na solidariedade humana, recursos financeiros, humanos e materiais para continuidade das ações desenvolvidas pelo IMIP, creio que, em 2011, teremos ainda mais adesão e receptividade aos nossos apelos, campanhas e parcerias.

Dra. Sílvia Rissin Presidente da Fundação Alice Figueira de Apoio ao IMIP

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Projeto do Condomínio Jardins da Gabriel Bacelar - Vencedor do Troféu Ademi-PE 2010

A Pórtico Faz Mais Por Seu Projeto

A PÓRTICO ESQUADRIAS ESTÁ PRESENTE NA

PAISAGEM DA CIDADE NAS MAIS DIVERSAS

OBRAS QUE VOCÊ VÊ. NOSSAS ESQUADRIAS

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10 Capa

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Circuito da Poesia homenageia artistas brasileiros

Sabe aqueles dias em que você quer fazer um programa diferente e não tem nenhuma ideia? Pois é, para esses momentos, nós que fazemos

a Revista Gabriel Bacelar sugerimos uma dica. Que tal, bater perna no centro do Recife e con-ferir de perto o Circuito da Poesia? Garantimos um agradável passeio. Iniciado em dezembro de 2005, o Circuito da Poesia presta homenagem a alguns artistas brasileiros, através de esculturas em tamanho real. João Cabral de Melo Neto, Carlos Pena Filho e Manuel Bandeira, são alguns autores, que, em suas obras, retrataram a capital de Pernambuco, tomando como referência cenas do cotidiano.

O roteiro proporciona ao público o encontro com escritores e personagens célebres, através de esculturas espalhadas por diversos pontos do centro da cidade. A iniciativa tem como objetivo valorizar a história e a cultura pernambucana e, ao mesmo tempo, os espaços públicos que abri-gam as obras. Uma iluminação especial encon-tra-se instalada, com lâmpadas que permitem uma melhor visualização das peças, à noite, sem distorção da cor original.

A criação das esculturas é do artista plástico De-metrio Albuquerque, que utilizou alguns critérios para a escolha dos locais onde foram implanta-das as obras. Segundo ele, “os monumentos es-

tão situados em locais que fizeram parte da vida do artista ou em espaços que foram abordados no trabalho do poeta”, explica.

Na Rua da Aurora, às margens do Rio Capiba-ribe, estão as estátuas de João Cabral de Melo Neto, autor de “Morte e vida Severina”, e tam-bém de Manuel Bandeira, que escreveu um dos mais bonitos poemas sobre a cidade, “Evocação do Recife”. A rua é um dos principais cartões pos-tais da cidade. Ela é famosa pelos coloridos so-brados, bem como pelas belíssimas construções da Assembléia Legislativa do Estado e da antiga residência do presidente da província de Pernam-buco, construídas em estilo neoclássico.Fo

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A Cidade

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Clarice Lispector, considerada por muitos literatos a maior escritora brasileira, apesar de nascida na Ucrânia, passou a infância na capital pernambu-cana e chegou a escrever: “Pernambuco marca tanto a gente, que basta dizer a você que nada, das viagens que fiz por este mundo contribuiu para o que escrevo. Mas Recife continua firme”. A poetisa ganhou escultura na praça Maciel Pinheiro, antigo reduto de imigrantes judaicos, vindos durante a Segunda Guerra Mundial. A Praça foi inaugurada em 7 de setembro de 1876, no coração do bairro da Boa Vista, em comemoração à vitória das tropas brasileiras na Guerra do Paraguai.

Até o maior compositor de frevo do Brasil, Capi-ba, foi homenageado, na Rua do Sol, também às margens do Rio Capibaribe. Ele não consta em quase nenhum livro de literatura como poeta, mas é autor de mais de 200 canções, incluindo não apenas frevos, e ainda musicou poemas de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais. Carlos Pena Filho, escritor e parceiro de Capiba, em algumas canções, também foi con-templado com obra na Praça da Independência. O lugar já foi mercado público no século 16, e hoje é a praça de maior movimento da cidade. Em volta dela está a Matriz de Santo Antônio, erguida em estilo barroco colonial. A edificação foi concluída em 1790 e é um dos templos mais bonitos do Recife.

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16 A Cidade

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E m meio à agitação cotidiana das grandes cidades, é cada vez maior a procura por lo-cais de moradia que agregam

tranquilidade e a existência de áreas verdes. Pensando nesse nicho de mercado, a Gabriel Bacelar Construções lança o Condomínio Jar-dins Apipucos, bem no coração de Apipucos, a melhor área verde do Recife. Localizado na Zona Norte da cidade, o bairro apresenta o sossego típico da paisagem rural.

O empreendimento será composto de duas torres, sendo um pavimento semi-enterrado um térreo, sete pavimentos tipo, dois eleva-dores (social e serviço) em cada torre, duas vagas de garagem por apartamento. Os apartamentos contarão com quatro quartos,

Moradia privilegiada na Zona Norte do Recife

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Div

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ção

sendo duas suítes, varanda, sala de estar/jantar, estar íntimo, WC social, copa/cozi-nha, despensa, área de serviço e dependên-cia completa de serviço, numa área útil total de 140 m². Alguns itens do Condomínio Jar-dins Apipucos podem ser destacados, como a presença de elevadores de última geração, interfones, antena coletiva TV/FM e esqua-drias de alumínio.

Segundo Sylvia Rangel, da Rangel Moreira Arquitetos, escritório que assina a obra, al-guns aspectos foram levados em conta para a concepção do projeto arquitetônico, como a localização do terreno e a lei aplicada no local, que restringe os índices de construção, estabelecendo um gabarito de 24m de altu-ra e 60% de área verde. “Esta área verde

foi revertida em prol do empreendimento, transformada em jardins que remetem aos antigos casarões de Apipucos, Casa Forte e Monteiro.

Além da implantação, buscando a melhor orientação, que proporcionassem as melho-res vistas do entorno a partir do terreno, a área comum foi valorizada com amplo salão de festas, espaço gourmet, fitness, salão de jogos, brinquedoteca, lan house e terraços abertos para integração com a área verde”, informa ela. Outros itens também integram o mix de equipamentos de lazer do Con-domínio Jardins Apipucos: piscina adulto e infantil com deck, sauna e mini-campo gramado.

Condomínio Jardins Apipucos

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Portfólio GB

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Outra ação que merece destaque é o Perquali (Programa Pernambuco Qua-lidade no Turismo), voltado para a capacitação e qualificação profissional e do qual faz parte o projeto Taxista Amigo do Turista, que contempla os municípios do Recife, Ipojuca e Fernando de Noronha. A partir do próximo ano, as ações de interiorização do turismo contarão com os recursos apro-vados pelo Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional). Pela primeira vez, teremos a interiorização do Prodetur Nacional. Ao longo de cinco anos, os recursos serão aplicados em 22 municípios dos polos turísticos Costa dos Arrecifes, Agreste e Vale do São Francisco, além do Arquipélago de Fernando de Noronha, beneficiando 4.124.863 pessoas. O Prodetur Nacional realizará obras de infraestrutura e saneamento bá-sico, implementará projetos de sinalização turística, promoverá capacitação profissional, entre outras atividades, num total de US$ 125 milhões.

Pernambuco tem poucos equipamentos turísticos e sua rede hoteleira está no limite de absorção da demanda. Com a Copa do Mundo de 2014, que planejamento tem sido realizado como forma de absorver bem esta nova demanda?A Setur e a Empetur estão finalizando o in-ventário turístico em 92 municípios, o que possibilitará ações estruturais nos destinos com potencial turístico, mas que não oferecem infraestrutura adequada. Quanto aos investi-mentos em equipamentos turísticos e hotela-ria, é importante ressaltar que eles são uma iniciativa de grupos empresariais, cabendo ao Estado, estudos de viabilidade e intermedia-ção nas negociações em casos especiais. Per-nambuco possui 962 meios de hospedagem, oferecendo 62,7 mil leitos. Desde 2000, o Estado vem registrando um crescimento do seu fluxo turístico, o que provoca um aumento na demanda de leitos. Atualmente, estão em andamento cerca de dez empreendimentos hoteleiros em Pernambuco, que quando estiverem prontos oferecerão mais 2.456 leitos. Essa expansão hoteleira está direta-mente relacionada com a Copa do Mundo de 2014.

Ainda dentro do tema Copa do Mundo, quais os investimentos do Estado na área de turismo, para o evento?Entre os investimentos para a Copa de 2014, podemos destacar o projeto Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, município da região metro-politana que fica a 18 quilômetros do Recife. O projeto compreende um conjunto habitacional com nove mil residências, centro comercial e hoteis. Também será construída a Arena Pernambuco, um estádio com capacidade para receber 46.154 espectadores. A previsão é que a Arena Pernambuco

fique pronta em janeiro de 2013. A Cidade da Copa estará interligada ao Terminal Integrado de Passageiros, nossa porta de entrada e saída para o transporte rodoviário interestadual, e a uma nova estação de metrô que será construída próxima ao novo estádio. Estão previstas também ações para melhoria da rede viária, ampliação e modernização da rede hoteleira, investimento em segurança pública e promoção turística.

Como Pernambuco se coloca e se divulga para o turismo no exterior?A divulgação do destino Pernambuco no exterior faz parte do nosso planejamento

estratégico e é feita com base em nossos estudos e pesquisas que indicam os principais mercados emissores, bem como mercados em potencial. A partir desses dados, elaboramos uma agenda de promoção comercial com participações em congressos, feiras, capacitações, workshops, rodadas de negócios, entre outros eventos.Para ter uma ideia do volume de nossas ações no exterior, somente no mês de setembro, a Se-tur e a Empetur estiveram presentes em ações promocionais na América do Sul, nos Estados Unidos e na França. Em Paris, nos reunimos com as principais operadoras do turismo francês. Na Argentina e no Chile, participamos de rodadas de negócios e de capacitações de operadores e agentes de viagem. Nos Estados Unidos, fizemos parte da II Missão Empresarial Internacional de Turismo de Saúde com a missão de conhecer as melhores práticas deste segmento através de visitas a hospitais e reuniões com gestores de hospitais. Esta ação de benchmarking justifica-se pelo fato do Recife ser o segundo maior polo médico do país.

Quais as metas de sua administração para uma provável continuidade no cargo com reeleição do governador Eduardo Campos?Temos o compromisso de trabalhar muito pelo turismo do Estado até o final do atual mandato. No entanto, o Planejamento Estratégico do Turismo e o Modelo de Gestão estão consolidados no âmbito do Poder Executivo, independente de nomes. O próximo gestor do turismo terá grandes desafios e oportunidades para a melhoria de um setor tão estratégico.

Até o fechamento desta edição, o secretário estadual de Turismo Paulo Câmara estava cotado, segundo a imprensa local, para assumir a Secre-taria de Desenvolvimento Econômico na segunda gestão do governador Eduardo Campos.

Temos o compromisso de trabalhar muito

pelo turismo do Estado até o final do atual

mandato. No entanto, o Planejamento Estratégico do Turismo e o Modelo

de Gestão estão consolidados no âmbito

do Poder Executivo, independente de nomes.

Paulo Câmara

Secretário de Turismo de Pernambuco avalia as políticas que norteiam a cadeia turística do EstadoO turismo de Pernambuco foi durante muitos anos conhecido por seu potencial de sol e mar. Hoje, qual é a política de desenvolvimento em outros segmentos? O binômio sol e praia continua sendo o nosso grande atrativo, em especial, Porto de Galinhas, o principal destino turístico de Pernambuco. Contudo, outros segmentos, como o turismo cultural e o turismo rural tem atraído novos visitantes ao nosso Estado. Recentemente, o programa Benchmarking 2010 – Vivências Brasil, da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Sebrae e Ministério do Turismo, classificou Recife e Olinda como referência em turismo cultural, após uma visita de empresários do trade turístico de vários estados às duas cidades. Eles ficaram impressionados com a estrutura dos nossos equipamentos e com a diversidade de nossa gastronomia, que credencia Pernambuco como o principal pólo gastronômi-co das regiões Norte/Nordeste e o terceiro maior do país. Dentro dessa linha de benchmarking, em breve receberemos uma visita técnica do Sebrae-ES, que mostrou-se interessado em conhecer o turismo rural desenvolvido na Mata Norte. Essas ações são resultados do nosso trabalho de divulgação das potencialidades turísticas de Pernambuco, dentro e fora do Brasil. Outro segmento que tem crescido significativamente a cada ano é o turismo de negócio e eventos em virtude do crescimento econômico do Estado com índices superiores aos da média nacional. Estamos atentos ao potencial

deste segmento atuando em duas frentes. A primeira, em parceria com o trade turístico local, tem como objetivo captar novos eventos para o Estado. Paralelo ao trabalho de captação, a Secretaria de Turismo está investindo na requalificação do Centro de Convenções de Pernambuco, o principal espaço para eventos e feiras do Estado.

É projeto deste governo a interiorização do turismo em Pernambuco. Como andam as ações para este fim?A Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), subordinada à Secretaria de Turismo (Setur), coordena todas as atividades de interiorização do turismo no Estado. Para um melhor direcionamento dessas atividades, Pernambuco foi dividido em 11 rotas turísticas que compreendem 52 municípios, dos quais 36 localizam-se no interior do Estado e tem na cultura seu principal atrativo turístico. O nosso programa de interiorização do turismo é formado por projetos de capacitação e qualificação profissional, divulgação e pro-moção dos destinos, estruturação dos produtos turísticos, fortalecimento do calendário turístico, estímulo à requalificação dos meios de hospedagem, estudos e pesquisas. Entre eles, podemos destacar o projeto Pernambuco Conhece Pernambuco que realiza oficinas de sensibilização e capacitação com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados. Entre os meses de maio e agosto, foram realizadas 38 oficinas em 21 municípios. Fo

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Ano 07 - Nº 15

Entrevista

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Pernambuco e a economia que gira através do Turismo

Não basta uma cidade ou região receber milhares de turistas. É preciso que cada localidade es-teja preparada, em termos de

infraestutura, para bem receber os visitantes, isso engloba desde a cadeia hoteleira, passando pelos setores de serviços, e, principalmente, de lazer. Oferecer condições favoráveis aos visitantes requer preparação e empreendedorismo, pois um turista satisfeito com sua estadia, manifesta, no mínimo, o interesse em voltar, além de bem re-comendar o local para seus amigos e familiares. Para estimular a vontade das pessoas em estar em determinada cidade, é necessário, também, desenvolver ações que viabilizem a realização de eventos, como feiras de negócios, shows e ativi-dades culturais e esportivas, o que pode resultar no incremento do volume de visitantes e na mo-vimentação da economia local.

Foi com esse objetivo que alguns comerciantes e empresários americanos, em meados do século XIX, fundaram uma entidade com o objetivo de

destinar forças para atração de novos eventos, para a cidade de Detroit. Desta forma, surgiu o The Detroit Convention and Businessmen’s Le-ague – posteriormente batizado, em 1907, de Detroit Convention & Tourists Bureau. No Brasil, a primeira entidade desta natureza surgiu, em 1984, em São Paulo: o São Paulo Convention & Visitors Bureau. Até 1997, só existiam nove entidades semelhantes no país. Hoje, são mais de 60. O Recife Convention & Visitors Bureau foi fundado em 2001 e é considerado um dos mais atuantes no Brasil. A reportagem da Re-vista Gabriel Bacelar conversou com a diretora executiva do Recife Convention & Visitors Bu-reau, Tatiana Menezes, que explanou maiores detalhes do funcionamento da entidade e sua importância para a economia do Estado de Pernambuco.

Em que se constitui o Recife Convention & Visitors Bureau (RCVB)?O RCVB é constituído juridicamente como instituto e é uma entidade privada sem fins

lucrativos que visa promover o turismo de Per-nambuco e suas atividades inerentes, atraindo novas oportunidades de negócios para seus associados, fortalecendo a imagem do estado, nacional e internacionalmente. No seu quadro de associados, encontram-se hoteis, restauran-tes, organizadoras de eventos, prestadores de serviços, companhia aérea, atrativos turísticos e culturais, entre outros. Hoje, a entidade con-ta com mais de 200 empresas no seu quadro associativo.

Qual a função do RCVB e como são as suas ações em outros estados e países?As principais ações desenvolvem-se a partir do apoio à atração de feiras e congressos para o estado, da sua captação à promoção do even-to, e no fortalecimento de novos produtos e segmentos turísticos. Os apoios oferecidos aos eventos são dos mais diversos. Desde a elabo-ração da proposta de candidatura personaliza-da do evento ao acompanhamento em viagens aos eventos que antecedem as edições que se-

rão realizadas em Pernambuco com objetivo de apresentar a infraestrutura física e de serviços dos municípios que o RCVB atua. O trabalho que a entidade desenvolve é gratuito no que tange o apoio àquelas empresas e entidades que visam atrair eventos. O retorno do inves-timento do trabalho realizado pela entidade é tido através da realização dos eventos no es-tado, gerando oportunidades de negócios aos seus associados. Nos últimos quatro anos, a entidade vêm tendo um forte apoio da Secreta-ria de Turismo do Recife e isto tem ajudado no crescimento do número de turistas de negócios que desembarcam no estado. Nos segmentos de turismo de lazer, incentivo, GLS e Saúde, o Recife Convention & Visitors Bureau atua de-senvolvendo material promocional específico e participando de feiras e workshops voltados para os segmentos específicos. Os CVBx (siglas utilizadas para abreviar mais de uma entidade) existem em todo o mundo e atuam de forma isolada com o principal objetivo de divulgar o destino que representa.

Como foram iniciadas as atividades do RCVB e qual a sua proposta de ação?Iniciamos as nossas atividades, em 2001, com a finalidade de atrairmos novos eventos para o estado e, consequentemente, movimentarmos a cadeia produtiva do turismo local. Refiro-me a hoteis, restaurantes e todos que atuam na prestação de serviço para esses visitantes. Com o tempo, percebemos que apenas apoiar a cap-tação de eventos não era suficiente, pois tinha-mos condições de atuar também na promoção do destino, tarefa que hoje realizamos de mãos dadas com as secretarias de Turismo do Recife, de Pernambuco e a Empetur.

Como funciona e como é a estrutura do RCVB?A entidade é liderada por um presidente, hoje re-presentada na figura do hoteleiro José Otávio de Meira Lins, que está à frente de todas as ações que desenvolvemos. Temos também um vice-presidente, Gustavo Luck, da empresa Luck Viagens, e um con-selho administrativo, composto por cinco personali-dades do trade turístico local. A equipe operacional é composta pela diretoria executiva, quatro gerentes e assistentes, totalizando 16 pessoas.

Em quais segmentos para o turismo o RCVB atua?Nosso carro-chefe é a captação de eventos. Além deste, trabalhamos na capacitação da mão-de-obra local, a exemplo do projeto Ta-xista Amigo do Turista, realizado em parceria com a Empetur e Secretaria de Turismo de Pernambuco, na promoção do turismo de lazer e incentivo (premiação em viagens oferecidas pelas empresas aos funcionários e clientes) e no fortalecimento de novos segmentos, como o turismo de saúde e o turismo GLS. Ressalto também projetos realizados com a parceria das secretarias de Turismo do Recife e de Pernam-buco com foco na atualização dos agentes e operadores de viagens, de como melhor vender o destino Pernambuco, que são o Vivendo Per-nambuco e o Pernambuco Bom pra Você.

Qual a importância dessa atuação para o incremento do turismo?Percebemos a força das nossas atividades quando analisamos o número de visitantes que desembarcaram no estado motivados pela participação de feiras e congressos captados com apoio do RCVB. Em 2009, por exemplo, apoiamos a captação de 68 eventos. A nossa expectativa é recebermos mais de 76 mil turistas de eventos e acom-panhantes até 2013. Desta forma, apenas com o trabalho desenvolvi-do pelo RCVB em 2009, o turismo de eventos movimentará mais de 192 mil diárias nos equipamen-tos hoteleiros locais e causará um impacto na economia de mais de R$ 127 milhões. Desses números, considerando que cerca de 47% desses turistas realizam pré ou pós evento, esperamos que mais de 29 mil turistas deverão permanecer no destino, gerando mais 92 mil diárias e 65 milhões de impacto econômico.

Com a Copa do Mundo 2014, que ações o RCVB está programando?Acreditamos que o nordeste bra-sileiro, um forte destino de sol e

mar, receberá uma boa parcela dos visitantes interessados em acompanhar de perto os jogos do Mundial de Futebol de 2014. Sendo as-sim, lançaremos um projeto em parceria com os CVBx de Salvador, Fortaleza e Natal onde pretendemos vender o Nordeste como um único destino. É importante citar que devido à alta exposição do país até a Copa do Mundo, o país estará no alvo de grandes empresas mundiais no quesito turismo de incentivo. Assim como aconteceu na África do Sul, as empresas terão cada vez mais interesse em premiar seus funcionários e clientes com viagens ao país do futebol. Pernambuco não ficará de fora deste rico mercado. Desde 2007, iniciamos, junto à Secretaria de Tu-rismo do Recife e Pernambuco, um trabalho voltado ao mercado de turismo de incentivo onde foi lançado o primeiro guia de turis-mo de incentivo de Pernambuco (disponível através do www.recifecvb.com.br) e iremos potencializar ainda mais as ações de agora em diante. Enfatizo que, com os investi-mentos que deverão aportar no estado nos próximos anos, as empresas interessadas em construir ou ampliar os seus equipamentos turísticos, que procurem o apoio do Recife

Tatiana Menezes, diretora executiva do Recife Convention & Visitors Bureau

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turismo local e consequentemente a economia do destino. Segundo pesquisa realizada pela Embratur, o turista de negócios gasta três vezes mais do que o turista de lazer, o que aumenta ainda mais a receita deixada no estado, além de arrecadar mais impostos, uma vez que o tu-rista de negócios pede nota.

Quais os segmentos econômicos mais fortalecidos com o trabalho do RCVB?Trabalhamos para direcionar resultados para todos os nossos associados que fazem parte da cadeia produtiva do turismo em Pernambuco.

Que novos segmentos estão na pauta de trabalho do RCVB?O turismo de incentivo, que será, sem dúvida, a bola da vez para todos os destinos do Brasil, um segmento que envolve a indústria de even-tos, já que grande parte dos grupos de incentivo que são realizados está ligada a algum evento em paralelo. Outro segmento que trabalhare-mos com carga total é o turismo de Saúde.

CVB, pois estamos abertos à orientá-las na construção de seu espaço para eventos de forma que não fiquem desatualizadas.

Qual o segmento ou mercado de turismo que ainda precisa ser explorado e que traria resultados positivos para Pernambuco?O turismo de saúde é um importante segmento a ser trabalhado. Só em 2009, cerca de 9% dos visitantes que desembarcaram em Pernambuco estavam motivados pela realização de trata-mentos médicos. Recife é o principal polo mé-dico no Norte-Nordeste e ficamos atrás apenas de São Paulo considerando o cenário nacional. Baseados neste panorama, em parceria com a Amcham-Recife e a Empetur, estamos realizan-do ações que possam consolidar Pernambuco, especialmente a cidade do Recife, como destino para esses turistas. Em 2009, lançamos o Reci-fe Saúde - Guia de Turismo de Saúde, Bem-Es-tar e Qualidade de Vida, que, em sua primeira edição, trouxe 30 indicações de empresas de saúde, segmentadas em clínicas – check-up,

cirurgia plástica, gastroenterologia, medicina diagnóstica especializada, odontologia, orto-pedia e traumatologia, oncologia e reprodução assistida – e hospitais – multidisciplinares e especializados (disponível no www.recifecvb.com.br) – além de sugestões de hoteis e re-sorts. Em maio deste ano, realizamos ao lado da Amcham-Recife e da Empetur o primeiro Workshop de Turismo de Saúde de Pernambuco e no mês de setembro, estivemos nos Estados Unidos, com objetivo de realizarmos ação de benchmarking, com a finalidade de analisar-mos as melhores ações praticadas, na promo-ção deste segmento, para serem implantadas aqui no Recife.

Qual a importância da atração de eventos de turismo de negócios para a economia do Estado?O turismo de negócios minimiza o efeito oca-sionado pela sazonalidade no turismo. Falo dos períodos de baixa temporada, já que estimula a vinda de novos visitantes durante todo o ano, o que movimenta toda a cadeira produtiva do

Os próximos meses são de festa e excitação para os paladares dos mais requintados gourmets em todo o mundo: entra em cena a

temporada de caça às famosas trufas brancas de Alba, uma pequena comuna no Norte da Itália, na região de Piemonte. Consumidas há mais de três mil anos pelo homem, a iguaria é chamada pelos franceses de truffe e pelos ita-lianos de tartufo. Trata-se, em todo o caso, de uma túbera, nome vulgar dado aos membros de Tuber, gênero de fungos subterrâneos da família Tuberaceae.

A uma profundidade que varia entre 20 e 40 centímetros, as trufas nascem sob a terra, próximas às raízes de carvalhos, castanheiras, azinheiras e outras árvores de médio e grande porte. São consideradas silvestres e, ao contrá-rio de outros fungos comestíveis, como os nossos conhecidos champignons, shiitakes e shimejis, as trufas brancas italianas (Tuber album) ain-da não foram cultivadas pelo homem. As tru-fas negras, por outro lado, encontradas mais comumente em sua forma silvestre em solos franceses da região de Périgord (Tuber nigrum), já são cultivadas com sucesso na própria Fran-ça, além da Espanha e Itália. Há ainda outras espécies menos conhecidas e igualmente pouco apreciadas pelos gastrônomos, como a trufa de inverno (Tuber brumale) e a trufa de verão ou de San Juan (Tuber aestivum). Até no continente americano há espécies comestíveis, a exemplo das trufas brancas de Oregon (Tuber gibossum) e (Tuber oregonense), ambas achadas nos esta-dos da Califórnia e Oregon.

Como não existe a possibilidade de sair cavan-do as terras próximas às raízes para achar uma dessas maravilhas da culinária, o que invaria-velmente resultaria na destruição do fungo, o homem usa o faro de cães adestrados com essa única finalidade. No passado, até porcos eram utilizados, mas a prática caiu em desuso com o

aguarda temporada das trufas brancasMundo gourmet

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tempo. Depois de localizadas, o tartufaio, espe-cialista na colheita das trufas, é quem revolve cuidadosamente a terra e as retira do solo, pre-ferencialmente intactas.

As trufas brancas de Alba chegam a custar até 6 mil dólares o quilo. As que contam com uma leve coloração rosada são consideradas as me-lhores, com aroma mais marcante. Em novem-bro do ano passado, uma única trufa branca com 750 gramas foi vendida a um comprador de Hong Kong por 100 mil euros em um leilão

na Itália, realizado no castelo de Grizane Ca-vour. Em 2006, uma trufa de um quilo e meio, recorde até o momento, foi vendida por 125 mil euros a um gourmet milionário japonês em ou-tro leilão na Toscana. As trufas negras, por sua vez, têm aroma mais discreto e são mais duras e resistentes. O preço do quilo varia entre 700 dólares e 1.200 dólares. Há opções mais econô-micas em azeites e manteigas trufados. Mas ai vale um cuidado: verificar se o aroma é artificial ou natural, informação que normalmente é dis-ponível de forma sincera no rótulo do produto,

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principalmente os de origem europeia. Para de-gustar a trufa, seja ela negra ou branca, o ideal é fatiá-las com um instrumento específico em lâminas ultrafinas. Dizem os entendidos que a espessura ideal da lâmina de uma trufa branca é a de uma folha de papel. Quanto mais fina, mais sabor e aroma são liberados, deixando ri-sotos e massas, entre tantos outros pratos, com um algo mais que vem encantando gourmets há milênios. Os experts costumam apreciá-las em finas lascas sobre um “uovo all’occhio di bue”, nada mais que nosso velho e bom ovo estrelado em italiano.

No Brasil, um dos restaurantes que servem tru-fas brancas em épocas específicas é o La Tam-bouille, em São Paulo. Em outubro de 2009, por exemplo, o chef Giancarlo Bolla preparou um cardápio que incluía ovos caipiras na man-teiga com trufas brancas (prato de entrada, a R$ 320,00) e Risotto ao champagne com tartufo (prato principal, a R$ 450,00). Fo

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O arborizado e tranquilo bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, será contemplado com mais um empreendimento da marca Gabriel Bacelar. O Green Life Espinheiro estará localizado na Rua Barão de

Itamaracá, próximo à Igreja do Espinheiro. Trata-se de uma localiza-ção estratégica, pois permite uma moradia segura numa área de fácil mobilidade urbana. O futuro morador poderá desfrutar da ótima in-fraestrutura da região, que apresenta vários restaurantes, academias, bares, bancos, galerias, supermercados, shopping, padaria, farmácias, clínicas, laboratórios, entre outros serviços.

O empreendimento é composto de torre única, com 15 pavimentos (sendo 12 pavimentos tipo), 12 apartamentos por andar, num to-tal de 144 apartamentos, dois elevadores de última geração, central de gás, local para gerador, guarita de segurança protegida, portões com comando eletrônico, jardins com paisagismo, zeladoria com WC, Hall social com WC’s, sala para home office, sala para administração, vestiário para os funcionários, esquadrias anodizadas e uma vaga de garagem rotativa com manobrista para cada apartamento. Os apar-tamentos possuem áreas distintas entre 25,63 a 47,29 m², com um ou dois quartos, varanda, sala com cozinha americana, WC social e área de serviço.

Segundo a arquiteta Yara Scherb, que assina o projeto da obra, mes-mo com o terreno irregular foi possível projetar um edifício de cará-ter único e com proporções harmônicas onde os apartamentos estão distribuídos de forma equilibrada e funcional. “O apartamento tipo studio, certamente impõe ao edifício uma enorme vitalidade.

O estacionamento com vagas rotativas, uma ampla recepção no térreo e o lazer diferenciado na cobertura, com vista panorâmica para o ver-de, atenderão às necessidades de vários tipos de usuários. O edifício foi implantado de forma a garantir a todos os apartamentos a ventila-ção nordeste e sudeste durante todo o ano”, destaca ela.

A infraestrutura do Green Life Espinheiro conta com áreas para o lazer e o convívio social de toda a família no pavimento da cobertu-ra. Piscina adulto e infantil com prainha e deck, terraço descoberto, espaço relax e salão de festas com WC’s masculino e feminino, in-tegram o mix de opções.

De acordo com Yara, a proposta de um edifício com doze pavimentos tipo enquadra-se perfeitamente na filosofia da lei de proteção am-biental dos doze bairros e reflete o jeito contemporâneo de morar, ou seja, apartamentos flexíveis que, mesmo com áreas reduzidas, podem ser compostos de diversas formas.

Moradia segura numa área de fácil mobilidade urbanaGreen Life Espinheiro

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Com linhas curvas, formas livres e ricos deta-lhes, o trabalho da artista plástica Izabel Kiriê traz harmonia e sofisticação a qualquer am-biente. Suas telas, esculturas, painéis e diver-sas outras peças podem ser vistas em mais de 100 empreendimentos de edificação em todo o Estado de Pernambuco, além de várias obras para ambientação. A artista ainda exporta sua

arte para outros lugares do mundo como Israel, Espanha e Alemanha. Para cada ambientação, uma utilização de obras projetadas. Já são mais de 20 anos espalhando suas obras pelo Brasil e pelo mundo.

Sofisticação e Modernidade na arte de Izabel Kiriê

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Luz natural e aconchego em projeto de Luana Fonteles

O projeto de ambientação deste apartamento, assinado pela arquiteta Luana Fonteles, em um edifício recém inaugurado no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi pensado para um jovem casal com dois filhos pequenos. O desejo dos clientes foi de um espaço com muita luz natural e poucas peças para que o apartamento não parecesse “apertado”. Com uma área de apenas 89 m², a arquiteta teve de utilizar atributos para maximizar os espaços: espelhos em ângulos estratégicos, iluminação em pontos específicos, marcenaria de linhas retas e longitudinais com acabamento claro para refletir a luz, tudo feito sob

medida para o apartamento. “A mistura de muitos materiais e cores não é bem vinda quando preci-samos ‘ampliar’ visualmente o espaço, por isso, a base escolhida nesse caso foi neutra e clara para refletir a luz e deixar livre o raio de visão”, informa Luana Fonteles.Fo

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Clássico cultivo de espécies ornamentais em projeto de Luiz Vieira

Desde a aquisição do terreno de 6,39 mil m² em que seria construído o Condomínio Jardins, no bairro da Jaqueira, a Gabriel Bacelar Construções decidiu que a rica flora existente na área seria resguardada ao máximo. O verde dos jardins no pro-jeto paisagístico, naturalmente, está por todos os lados. Especificamente para essa finalidade, a GB contratou os serviços de Luiz Vieira Arquitetura de Paisagem, um dos escritórios mais renomados do Brasil e com atuação em empreendimentos de diversos portes. Para o Condomínio Jardins, Vieira aliou características tradicionais

a outras não tão ortodoxas. Assim, há o clássico cultivo de espécies ornamentais, a iluminação externa, os gramados e o playground. Mas há também as cercas ao invés de muros, as áreas de chão de areia e o plantio de frutíferas, como a goiabeira e a pitangueira, que se somam às mangueiras e cajazeiras já existentes no terreno.

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Paisagismo

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de empreendedorismo na gastronomiaJulião Konrad é receita

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Um dia desses, Julião Konrad, o maior empresário da gas-tronomia pernambucana, dono do Spettus e sócio da mais importante rede de restaurantes da cidade, recebeu a visita de um representante da indústria madeireira que então lhe

oferecia eucalipto a ser usado na obra de um novo estabelecimento. Após ouvir o discurso do vendedor sobre a qualidade da madeira, suas proprie-dades e suas origens - de que o material vinha de reflorestamento, era ecologicamente correto, etc, o restauranteur deixou o visitante perplexo com um comentário inesperado. “Meu amigo, eu já plantei muito eucalipto. Já cortei muito no machado, porque na época não havia serra elétrica. Plantei amendoim, plantei fumo e cortávamos o eucalipto para fazer a lenha usada

para secar o fumo. Sabe qual é a maior praga do eucalipto? É a formiga”.

“Então a gente começa a voltar, porque às vezes se esquece dessas histó-rias”, diz o Julião Konrad, após contar o episódio e depois de fazer uma breve descrição sobre suas origens humildes, sua trajetória de empreen-dedor e de como veio se estabelecer no Recife para estruturar uma das maiores redes de restaurantes do Brasil. Conforme seu relato pessoal, Konrad veio de uma família de agricultores de Lajeado, no Rio Grande do Sul. De lá, morou 12 anos em Chapecó, e foi nessa fase de sua vida que conheceu a capital pernambucana, que o abrigaria meio que por acaso, muito tempo depois.

Mas, por que uma churrascaria no Recife, num ramo do qual sairiam os planos e se concretizariam diversos outros restaurantes de sucesso do grupo, a exemplo do Famiglia Giuliano, o Skillus, o Gio, o Nikko e as unidades do Spettus (Derby, Boa Viagem, Fortaleza, Buenos Aires e Chapecó)? “Eu conhecia o Recife na minha época de caminhoneiro. Durante 12 anos transportei para a Sadia, e meu trajeto era Chapecó – Recife. Mas nunca me passou pela cabeça que um dia abriria uma churrascaria aqui”, diz Konrad.

Julião Konrad acredita no destino, em sorte, em estrela pessoal. “Acon-tecem coisas na vida do sujeito que realmente acho que é o destino. Não vejo como pode ser diferente, no meu caso especificamente, de estar aqui em Recife”, comenta. Em 1981, quando já havia aban-donado as estradas e trabalhava no ramo de churrascarias em Santa Catarina, resolveu trazer a família em uma viagem de férias. “E o roteiro nem era para cá. Íamos para Natal e Fortaleza. Como a gente chegou muito cedo no aeroporto, e não queríamos esperar demais, pensamos: ‘vamos pegar logo esse avião aqui, vamos para Recife’”, lembra o empresário.

A decisão de ficar na cidade e abrir um restaurante, no entanto, não foi exclusiva de Julião Konrad. Passou principalmente pela vontade de sua esposa, Marlene Konrad. “Chegando aqui, a coisa já se armou no aeroporto. Tivemos a felicidade de pegar um chofer de táxi que era um verdadeiro relações públicas de Pernambuco. Mostrou-nos a praia, a ci-dade... isso há 26 anos... Então a minha esposa, Marlene, se apaixonou à primeira vista pelo Recife”.

Assim, entre 1981 e 1982, o casal Konrad decidiu apostar tudo o que ti-nha numa churrascaria em sistema de rodízio no Recife. Da ideia, surgida da constatação de que o mercado estava carente de um estabelecimento do tipo, veio a primeira casa, o Rodeio, em Boa Viagem. “Nós tínhamos pouco capital. Chegamos aqui e acabou o dinheiro. Abrimos do jeito que dava para abrir, com piso de cimento, sem forro... Ficava onde hoje é o edifício Maria Juliana. Foi um negócio muito acanhadinho, muito pobre, onde a Marlene ficava na cozinha e eu na churrasqueira. O cliente chega-va na porta, olhava, e eu me aproximava. Ele dizia ‘ô, meu, churrascaria aqui no Recife?’. E eu respondia ‘se o senhor não gostar não paga’. E assim foi... A gente chegou com muita dificuldade”.

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Um ano depois, quando o Rodeio já começava a dar lucro, o imóvel em que estava foi vendido a uma construtora. A nova casa, com o mesmo nome, foi edificada em apenas 28 dias num local bem próximo, onde hoje está o Edifício Tertúlia. “Na época, tinha gente na vizinhança que estava viajando e não entendeu: no que antes era um terreno baldio, em um mês estava funcionando um restaurante. Pois aquele foi o maior fenômeno do ramo no Brasil”.

Segundo Julião, não havia então um restaurante no país com a frequência que o Rodeio possuiu. “Chegamos a servir 33 mil pessoas por mês, mais de mil pessoas por dia. Isso foi comentário no Brasil inteiro. Para aquela época, era uma loucura. O Rodeio tinha espera no almoço e no jantar, de segunda a segunda”.

Quando começou a importar carne, ramo em que Konrad foi pioneiro no Brasil, o empresário descobriu que havia outro restaurante em São Paulo com o mesmo nome Rodeio. “Entramos na justiça, fizemos um acordo e eu criei a marca Spettus, em 1987. Eu sempre dizia, desde o começo, com aquela casa toda humilde, acanhadinha, que iria retribuir aos pernambuca-nos o que eles estavam me proporcionando, e que ia fazer a melhor chur-rascaria do Brasil aqui em Recife”.

De fato, a Spettus foi uma churrascaria conceito, cujo modelo se multiplicou e é referência até hoje. Naquela segunda metade da década de 1980, não havia nada igual em termos de instalações, gastronomia e serviços no Brasil como no estabelecimento de Julião Konrad.

De lá para cá, a partir do sucesso do Spettus no Derby, vieram diver-sos outros restaurantes nas mais variadas praças e segmentos. Apenas com a marca Spettus, além do Recife houve casas em Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Maceió e Buenos Aires. Com outras marcas, Kon-rad foi sócio de empreendimentos por diversas capitais, a exemplos do Casquinho de Siri, em Salvador, do Square e do Gaf, em Brasília. Aos poucos se desfez de algumas sociedades e se concentrou no que havia no Nordeste, mas hoje já volta a montar unidades em outros estados.

A visão de mercado de Konrad é incomum. Além de inaugurar a es-tratégia do rodízio de carnes no Recife na década de 1980, montou o Skillus na década de 1990, seguindo a tendência do selfservice por peso. No ano passado, abriu em sociedade o Nikko Japanese Fusion, em Boa Viagem, e reinaugurou a Família Giuliano, em um clima que une o moderno e o medieval. Esses dois últimos estabelecimentos, ali-ás, juntamente com o Spettus de Boa Viagem, têm a assinatura do escritório de arquitetura de Humberto Zirpoli. Em 2010, abriu o Spettus Fusion em Chapecó, Santa Catarina, casa com a qual vem recebendo elogios de todos os lados, reformou a unidade de Fortaleza e mon-tou, em Boa Viagem, uma franquia da Grand Cru, uma das maiores importadoras e revendedoras de vinho do país. Empresário intrépido, atualmente está montando outros dois restaurantes em Florianópolis, o Spettus e o Nikko, e possui novos projetos em curso para a Zonal Sul da Região Metropolitana do Recife.

Para manter a qualidade de sua cozinha, Julião Konrad diz que pro-cura sempre a melhor procedência e a frequência no fornecimento das matérias primas. “O segredo é o fornecedor, é a parceria. Para ter um controle de qualidade, você não pode estar trocando de fornecedor”.

Hoje, Konrad dedica-se com mais intensidade ao Spettus e à prospec-ção de novos projetos. Os demais estabelecimentos, como o Famiglia Giuliano, o Skillus, o Gio e o Nikko são conduzidos pelos seus sócios, a maior parte dos quais as próprias filhas. O grupo é responsável por cerca de mil empregos diretos.

Julião Konrad diz que não vê nenhum grande mistério em seu sucesso, além da sorte. “Sinceramente, eu acredito muito em sorte. Sorte é tudo. No meu caso, começou no momento em que anunciaram um avião para Recife e eu, que estava às 7 horas da manhã no aeroporto e iria embarcar às 10 horas, ter dito ‘vou nesse voo’. Foi sorte ter encontrado aquele taxista, que até hoje é meu amigo. É um pouco isso, você estar no lugar certo e na hora certa. Conhecer a pessoa certa no momento certo. Isso só pode ser sorte”.

O empresário talvez esteja apenas sendo modesto. Julião Konrad, que em 1997 foi agraciado com o título de Cidadão Pernambucano tem, no mínimo, visão de mercado e ousadia. E é sabidamente exigente com a qualidade, desde os detalhes da decoração de um estabelecimen-to, passando pelo atendimento dos garçons, até os ingredientes que chegam à mesa. Mas insiste na sorte. “Desde criança, quando era um garoto pobre do interior do Rio Grande do Sul, quando saí da enxada para trabalhar como servente de obra, quando fui ajudante de cami-nhoneiro, quando fui caminhoneiro, enfim..., em todos os momentos, eu sempre dizia ‘um dia minha estrela vai brilhar’. Eu dizia isso segui-damente. E eu nunca me esqueci de lustrar a minha estrela”.

Para lustrar a estrela, só mesmo o trabalho, e muito trabalho. E nesse sentido, estar satisfeito com o que faz ajuda um bocado. “Adoro o que faço. Vou pra casa dormir porque tenho que ir, porque por mim ficaria no restaurante. As minhas viagens são todas em função de restauran-tes, eu adoro cozinhar, adoro comer. Eu gosto muito disso e se você gosta do trabalho ele passa a te dar prazer”.

Seja um homem de sorte ou um empreendedor modesto escondendo o jogo, Julião Konrad há quase trinta anos faz história no ramo da alimentação no Brasil e contribui como poucos conseguem para colocar o Recife entre as principais capitais gastronômicas do país.

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WC social, copa-cozinha, área de serviço, despensa, hall social e de serviço, e dependência completa de serviço. O edifício conta com diversas áreas para o lazer e convívio social de toda a família, tais como: piscina com deck, local para fitness center e salão de festa com copa e wc’s masculino e feminino.

Na concepção criativa do empreendimento dois tópicos se destacam: o apar-tamento compacto com flexibilidade de layout, e o desenho das fachadas contemporâneas. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos An-tônio Borsoi, a ideia foi desenvolver uma planta baixa básica e flexível, per-mitindo variantes, de acordo com as necessidades de diferentes moradores ou de uma família que se transforma com o passar dos anos. “A planta foi estudada e os espaços dimensionados e proporcionados, para transformar, sem interferência dos elementos estruturais, por exemplo, um compacto três quartos com uma suíte, em um amplo dois quartos com duas suítes, entre outras opções”, conta.

O projeto também deu uma atenção especial à fachada, destacando a ên-fase na geometria, na proporção entre o todo e as partes, e no arremate do coroamento, para reforçar a identidade visual da sua forma – no jogo claro/escuro, luz/sombra e no contraste branco/cinza/grafite – e evitar a uniformidade e a repetitividade. “O edifício GB Maria Satye se apresenta com um trabalho autoral, desenvolvido para despertar a magia, os arqué-tipos da mente, constituir um marco na paisagem e registro de sua época”, conclui Marcos Antônio Borsoi.

vínculo de identidade do usuário com o Bairro de Boa Viagem

A Rua Antônio de Sá Leitão, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, está ganhando um empreendimento imobiliário que deixará a área ainda mais charmosa. O GB Maria Satye, lançamento da Gabriel Bacelar Construções, procura criar um forte vínculo

de identidade do usuário com o contexto, integrando na rede de serviços do bairro. A proposta reside em atender às demandas de um público cada vez mais exigente e diferenciado.

O produto está localizado em um trecho de Boa Viagem, dotado de vários estabelecimentos comerciais e outras comodidades que podem facilitar o dia a dia dos futuros moradores. São os colégios Santa Maria e Boa Viagem, restaurantes Amadeu, La Plage e Manhatan, academias Perfformance e Cor-po Livre, bares UK Pub e Audrey, além de padarias, farmácias e bancos.

O empreendimento será composto por uma única torre com 26 pavimentos (sendo 23 tipo), um pavimento térreo e dois vazados, dois apartamentos por andar, num total de 46 apartamentos, dois elevadores (sendo um social e um de serviço), local para central de gás, local para gerador e medidores, guarita de segurança protegida, portões com comando eletrônico, jardins com paisagismo, esquadrias anodizadas e duas vagas de estacionamento para cada apartamento.

Cada apartamento possui uma área útil de 86,17m², com três quartos, sen-do uma suíte, varanda, sala integrada para dois ambientes (estar e jantar), Im

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Istambul: oriente e ocidente em harmonia

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Já conhecida e famosa em todo o mundo pelos nomes que ostentou no passado, como Bizâncio e Constanti-nopla, Istambul, na Turquia, possui

hoje um conjunto de fatores que a faz uma das mais singulares metrópoles contemporâneas. Da história propriamente dita, contada por ruí-nas seculares, museus e monumentos públicos, passando pela fusão de culturas orientais e ocidentais que em suas terras se encontraram, e mesmo no cotidiano da salutar gastronomia local e do comércio voraz rotineiramente prati-cado, a cidade deixa lembranças até no mais inveterado viajante.

Fundada em 667 a.C., embora haja registros da ocupação humana em um sítio neolítico da região há mais 6.500 anos a.C, a cidade hoje conhecida como Istambul era então chamada Bizâncio, nome dado pelos colonos gregos vin-dos de Mégara em homenagem ao seu rei, Bi-

zas. Já no Império Romano, Constantino bati-zou-a de Nova Roma e proclamou-a capital de seus domínios em 330. Sua denominação mais conhecida, contudo, foi mesmo Constantinopla (Cidade de Constantino), pelo menos durante o período bizantino (330 – 1453) e, pelos oci-dentais, até o começo do século XX.

No decorrer de todos esses tempos, a cidade teve diversos apelidos, entre os quais “Cidade das Sete Colinas” (como Roma), Vasilevousa Polis (Rainha das Cidades, em grego) e Der-saadet (Porta para a Felicidade, em turco). O nome “Istambul” vem sendo usado comumente no idioma turco desde a Queda de Constanti-nopla, em 1453. A designação é originária do grego medieval e significa algo como “na cidade” ou “no centro da cidade”. Em 1930, as autoridades diplomáticas da Turquia soli-citaram às nações estrangeiras que usassem apenas Istambul nas referências ao lugar.

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O nome, aliás, embora possa despertar algum interesse histórico, é o que menos importa ali. Situada na região de Mármara, Istambul se estende em terras da Europa e da Ásia, di-vididas apenas pelo Estreito de Bósforo. Ao norte deste, o Mar Negro; ao sul, o Mar de Mármara, que se liga ao Mediterrâneo pelo Estreito de Dardanelos. É a maior cidade da Turquia e a mais populosa da Europa, com quase 14 milhões de habitantes em sua re-gião metropolitana. Destes, cerca de 70 mil

são cristãos e 20 mil são judeus. Os demais são mulçumanos.

Entre os passeios considerados “obrigatórios” pelos turistas está a visita ao palácio museu Dolmabahçe, principal centro administrativo do Império Otomano de 1853 a 1922. O pré-dio, em estilo europeu, foi construído entre 1842 e 1853, a mando do sultão Abdulmecid I. As obras teriam custado o equivalente a 35 toneladas de ouro. Há várias salas para diver-

sas finalidades, entre as quais os curiosos es-paços dedicados às concubinas e aos eunucos. O salão central possui o maior lustre já feito em cristais da Boêmia, com 4,5 toneladas e 750 lâmpadas. O primeiro presidente da Re-pública da Turquia, Mustafá Kemal Ataturk, morreu em um dos aposentos do edifício, hoje parte integrante do museu.

Outro palácio digno de um passeio é o de To-pkapi (que significa “Porta do Canhão”). Foi construído por ordem de Mehmet II, o con-

quistador, imediatamente após a conquista de Constantinopla, em 1453. Por três sécu-los, foi a residência dos sultões. Nos jardins, destacam-se as tulipas amarelas e vermelhas, muitos pássaros, gatos e uma velha árvore de tronco oco, provavelmente secular. Funcio-nando também como um museu, o Topkapi exibe em suas diversas alas tesouros dos sul-tões em objetos de ouro, prata, porcelanas e pedras preciosas, além de relíquias sagradas para os mulçumanos, como os pelos da barba do profeta Maomé.

A Basílica de Santa Sofia, ou Hagia Sophia (“Sa-grada Sabedoria”, em grego) tem mais interesse arquitetônico, por sua monumentalidade, que propriamente histórico. Construída entre 532 e 537 para ser a catedral de Constantinopla, foi convertida em mesquita em 1453 e trans-formada em museu em 1935. Maior exemplar da arquitetura bizantina, foi concebida pelos arquitetos Isidoro de Mileto e Antemiio de Tral-les, professores de Geometria da Universidade de Constantinopla. Coberta por uma abóbada cen-

tral com 55,6 metros de altura e 31 metros de diâmetro, possui um interior ricamente decorado com mosaicos em pedras, esculturas e colunas de mármore. Diz a lenda que o imperador Justinia-no, ao ver a obra concluída, teria dito “Salomão, eu te superei!”.

Os pontos tidos como obrigatórios numa estada em Istambul são variáveis de pessoa para pes-soa, mas não são poucos. Há também o Mu-seu de Arte Moderna, as Cisternas da Basílica,

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reduto dos cinéfilos recifenses

A proliferação dos shoppings centers, no Recife, além de provocar uma mudança no comportamento do consumidor, que antes preferia fa-

zer compras nas lojas do centro da cidade, tam-bém ocasionou, paulatinamente, no fechamento das tradicionais salas de cinema. A maioria delas se concentrava no centro da capital pernambuca-na. Hoje, a população frequenta as salas de exi-bição localizadas nos shoppings da cidade, que exibem os filmes do chamado circuito comercial.

Mas, para a felicidade geral não só dos cinéfilos pernambucanos, como também dos que não se contentam com os filmes comerciais, o Recife conta com um endereço específico: o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no bairro do Derby, mais conhecido como Cinema da Fundação, que existe desde 1988. Por lá, o público pode assistir a filmes em formato digital e 35mm - do Irã a Hollywood, filmes brasileiros, pernambucanos de curta e longa metragem, além de produções francesas, suecas e coreanas. “Na Fundação, eu trago os filmes que vi nos festivais, antes de estrearem no Brasil, e pelos quais me apaixo-nei. Filmes que nem teriam espaço nas salas Multiplex do Recife. O Cinema da Fundação desenvolveu, por isso, um carinho enorme do público cinéfilo. São filmes europeus, de arquivo ou cinemateca”, informa o jornalista e cineasta Kleber Mendonça Filho, que é responsável pela programação do cinema, junto com o também jornalista e cineasta Luiz Joaquim.

No final de 2004, o Cinema da Fundação fechou as portas para passar por uma profunda refor-ma estrutural, sendo reaberto em setembro de 2005, completamente restaurado. A tela de exi-bição, o projetor e o equipamento de som foram mantidos, mas recuperados. Poltronas largas e confortáveis substituíram as antigas cadeiras de madeiras. “O desnível de uma fileira para outra foi ampliado dez centímetros e as poltronas re-alinhadas, impedindo que a visão da tela seja atrapalhada pelo espectador na poltrona da Fo

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bondes ou dos modernos trens da cidade, ou mesmo ao se perder a pé por seus mercados e por suas ruas sinuosas, a sensação é a de que dois mundos se encontram. Nos restaurantes e bares, o peixe e o carneiro dividem as me-sas, entre legumes e temperos aromáticos. O

vinho tinto e o branco, e a água. O tapete e o mármore. A lâmpada e o cristal. O amor e a amizade. Em Istambul, ocidente e oriente se harmonizam em contrastes e cores para enriquecer a experiência de qualquer pessoa aberta ao que a vida tem de bom.

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frente”, revela Luiz Joaquim. Com as mudanças, a sala perdeu 120 lugares, restando 200 vagas para os expectadores, incluindo um espaço exclu-sivo para quatro cadeiras de rodas.

Quanto à acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências físicas, foi instalado um elevador hidráulico na entrada da sala do cinema. Os dois banheiros também sofreram reformas e foram projetados de acordo com as normas técnicas de arquitetura e engenharia. Em cada banheiro há uma cabine desenhada exclusivamente para os deficientes, mais larga e com apoio de mão. A sala também recebeu um tratamento acústico e ganhou um projetor digital. A tela de exibição foi lavada, o som Double SR – o primeiro do Recife

em sala de cinema – reajustado, projetor rea-linhado e a lâmpada do mesmo ajustada para melhorar a exibição das películas de 35mm ou 16mm na telona.

Na parte externa do cinema, o público pode se deliciar com as iguarias servidas pelo Café Casti-gliani: desde um simples café expresso a outros elaborados com misturas diversas e inusitadas. Sob a chancela dos baristas Leonardo Lacca e Nara Oliveira, o Café Castigliani, é um dos únicos da cidade a oferecer um café gourmet, 100% arábica, com blend produzido pela famosa mar-ca paulista Suplicy Cafés Especiais e integrante da Associação Brasileira de Cafés Especiais. No quesito lanches, há várias opções de tortas doces

e salgadas, quiches, pão de queijo mineiro, san-duíches e sobremesas.

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A onda ecofashion

A onda ecofashion, como vem sendo chamada lá fora, está começando a ocupar papel de destaque no cenário da moda, principalmente

porque deixou de ser produzida por marcas des-conhecidas e ganhou a etiqueta de grifes renoma-das. Não é de hoje que a indústria tenta encontrar um jeito de produzir peças que não explorem os recursos naturais de forma predatória, mas só recentemente tornou-se possível fazer roupas que caíssem no gosto do consumidor e aliassem

palavras tão dissonantes como design, tecnologia e ecologia. Agora, as três foram parar na mesma máquina de costura.

Orgânico é outra palavra de destaque nesse segmento. Primeiro, foram os alimentos e agora serve também para tratar as fibras que se trans-formam em tecidos. Para serem classificados como orgânico, algodão, juta e bambu devem ser produzidos sem o uso de inseticidas ou pesticidas. Para ter uma ideia do que isso significa, o cultivo

de algodão pelo sistema convencional consome um quarto da inseticida produzida no mundo.

Na versão orgânica, alguns agricultores usam água reciclada nas plantações para diminuir ainda mais o impacto ambiental. O mais recente desafio dos ateliês de grandes estilistas é trans-formar as coleções de verão passageiras em peças ecologicamente corretas, de preferência recicladas e que tenham consumido poucos recursos da na-tureza. No cenário da moda nacional, o estilista Oskar Metsavaht, da marca Osklen sempre tem a preocupação de desenvolver coleções que tenham pesquisa de auto sustentabilidade. Também no Brasil, as grifes Dzarm e Paula Ferber trabalham a favor do planeta.

A marca inglesa People Tree destaca-se por tra-balhar exclusivamente com ecofashion, trazendo Emma Watson, atriz principal da saga Harry Porter como garota propaganda e movimento de proteção à população de Bangladesh, na Ásia. Entre os nomes do topo da pirâmide fashion mundial que têm despontado na nova vertente, um dos mais influentes é o da estilista inglesa Stella McCartney. Com suas roupas sofisticadas, objetos de desejo de mulheres em todo o mundo, a filha do músico Paul McCartney é a prova de

que é possível unir elegância, responsabilidade e rentabilidade em uma mesma peça.

Entre as suas positivas transformações na moda mundial, Stella apresentou coleções luxuosas sem o uso de couro de vaca e peles de animais, criou uma linha exclusiva para a Adidas, produzida com tecidos de PET reciclado e algodão orgânico, e desenvolveu uma linha de lingerie feita somen-te com a fibra natural.

A indústria têxtil está entre as quatro que mais consomem recursos naturais, de acordo com a Environmental Protection Agency, órgão ame-ricano que monitora a emissão de poluentes no mundo. Mas, a recente preocupação dos estilistas com materiais ecologicamente corretos não veio naturalmente. A indústria só tem buscado novos caminhos porque os consumidores começaram a preferir a moda que não agride o planeta.

Algumas grifes aboliram fibras vegetais cultivadas com produtos químicos. Outras aos poucos estão expandindo a moda verde para toda a confecção. É o caso das americanas Levi’s, Gap e Nike e da britânica Marks & Spencer. Em Milão, o Instituto Europeo di Design, uma rede internacional de escolas de artes, criou saias com peças de aço, vestidos de fios elétricos e calças com metal de bicicleta, tudo feito a partir de objetos que seriam jogados no lixo.

O que é Moda Sustentável•Adoção de práticas capazes de proteger os sis-temas e os mecanismos naturais que produzem a matéria prima nova a ser utilizada.

•Reutilização de materiais mesmo industria-lizados dispersos que representem ameaça de degradação à flora e à fauna.•Contribuição à melhoria de vida e proteção das comunidades, mediante oportunidades novas de trabalho e renda.

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Algodão orgânicoÉ cultivado sem o uso de pesticidas, fertilizantes químicos e reguladores do crescimento. Para ser 100% orgânico, no processo de tingimento de-vem ser usados pigmentos naturais.

Fibra de BambuPlanta de crescimento rápido, o que significa que é altamente renovável. É reproduzida em abun-dância, sem o uso de pesticidas e fertilizantes. Sua fibra é naturalmente antibactericida, biode-gradável e extremamente macia. Tem caracterís-

tica termodinâmica, deixa a peça fresca no verão e mais quente no inverno.

Garrafas PETO plástico reciclado é transformado em fibras que produzem um tecido forte, mas macio. Em geral, elas são combinadas com algodão, que dá um toque ainda mais confortável.

JutaCom aparência semelhante a do linho, é planta-da na região amazônica, sem nenhum impacto ambiental. É preciso apenas água para o seu cul-tivo, sem a necessidade do uso de agrotóxicos. Além disso, é biodegradável.

Onde encontrar a Moda Sustentávelwww.paulaferber.com.br www.dzarm.com.brwww.camisetadepet.com.brwww.peopletree.co.ukwww.osklen.com.br

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Tendências

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Aproximadamente 28 mil profissio-nais de diferentes áreas, atuando em mais de 60 países, vivenciam cotidianamente situações de de-

sastres naturais, fome, conflitos, epidemias e doenças negligenciadas. Eles integram a maior organização médico humanitária internacional independente, mundialmente conhecida como Médicos Sem Fronteiras (MSF). Além de levar ajuda às pessoas que mais precisam, a entida-de também tem a missão de tornar públicas as realidades enfrentadas pelas populações aten-didas.

Criada em 1971, na França, os MSF foram for-mados inicialmente por jovens médicos e jorna-listas que atuaram como voluntários no final dos anos 1960 em Biafra, na Nigéria. Ao mesmo tempo em que socorriam as vítimas da guerra civil naquele país, o grupo constatou que as limitações da ajuda humanitária internacional

eram difíceis de serem superadas. A dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos calavam muitas testemunhas dos fatos presenciados.

Os MSF nasceram, assim, com o propósito de associar ao socorro médico, o testemunho públi-co em favor das populações em risco. A entidade é independente de governos. Sua manutenção deve-se, em grande parte, a contribuições vo-luntárias privadas, o que permite agir com cele-ridade e liberdade onde a ajuda humanitária se fizer necessária.

Além do apoio médico especializado e logístico em situações que requerem ajuda rápida, os MSF também procuram estar presentes onde o siste-ma público de saúde não funciona ou inexiste, a exemplo de campos de refugiados e áreas de grande instabilidade ou extremamente isoladas. Nesse sentido, atuam na assistência primária em

centros de saúde e clínicas móveis, alimentação e nutrição, cuidados materno-infantil, campa-nhas de vacinação, prevenção de doenças espe-cíficas, atendimento a feridos de guerra, saúde mental, socorro às vítimas da violência sexual, distribuição de alimentos e itens de abrigo e hi-giene, construção e manutenção de estruturas de água e saneamento, recuperação de hospitais e clínicas, e treinamentos de profissionais em par-cerias com outras organizações.

Os projetos específicos dos MSF nascem de situações de crises que requerem resposta hu-manitária ou a partir do pedido de governos ou organizações internacionais. Inicialmente, uma equipe é enviada ao local para avaliar as circunstâncias, como o número de pessoas afe-tadas, as necessidades médicas e nutricionais, a infraestrutura de transportes, saneamento e abastecimento de água, o ambiente político e a capacidade local de solução dos problemas.

Médicos Sem Fronteiras: esperança no rastro da desolação e do sofrimento

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Em casos de emergência, uma intervenção dos MSF pode chegar entre 48 e 72 horas, em qual-quer lugar do planeta. Hoje, a entidade conta com quatro centros de logística na Europa e no leste da África, além de estoques de equipa-mento na América Central e leste da Ásia.

A primeira intervenção em catástrofes naturais veio logo após a fundação da organização, no terremoto que em 1972 assolou a Nicarágua. Em 1975, os MSF estiveram no Vietnã. Em 1976, atuaram em um primeiro grande proje-to para refugiados, na Tailândia, e realizaram cirurgias aos feridos da guerra no Líbano. E, no rastro da desolação e do sofrimento, foram aliviando a dor em momentos como as guerras da Chechênia (1995), Bósnia (1993), Kosovo, Montenegro e Albânia (1999), Libéria (2003), Afeganistão (2001) e o genocídio em Ruanda (1994). Estiveram em campanha pela vaci-

nação contra a meningite na Nigéria (1996), alertaram o mundo para o flagelo da fome na Somália (1992), distribuíram medicamentos contra o HIV na África e cuidaram de crianças de rua em Madagascar, Filipinas e Brasil. Os esforços foram tantos que, em 1999, os MSF receberam o Prêmio Nobel da Paz.

Especificamente no Brasil, não tem sido poucas as ações dos MSF. O escritório da entidade no país foi aberto, em 2006, no Rio de Janeiro, mas, desde 1991, os profissionais vêm atuan-do de forma a combater nossa violência social e nosso sistema de saúde excludente. Hoje, há 42 membros da organização em equipes de campo em terras brasileiras. Uma Unidade Médica dá suporte técnico aos grupos e presta consultoria a instituições ligadas à saúde em diversas nações da América Latina, principalmente nas áreas de pediatria, doença de chagas e dengue.

Entre as principais ações dos MSF no Brasil es-tão a Unidade de Emergência do Complexo do Alemão (que desde 2007 até agora atendeu a 3.500 pessoas), as Oficinas de Capacitação em Gestão de Risco (que já treinou mais de 700 médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde), o Centro de Atenção Integral à Saúde de Marcílio Dias (com mais de 25 mil consultas médicas realizadas nessa comunidade do Rio de Janeiro), o Projeto Meio Fio (voltado para moradores de rua no Rio de Janeiro), a ajuda aos desabrigados das enchentes no Vale do Je-quitinhonha (MG) e em Barra Mansa e Resende (RJ), um posto de saúde na comunidade de Vigário Geral (RJ) e o combate a epidemias de cólera e malária na Amazônia. Recentemente, entraram em ação no Estado de Alagoas para ajudar os desabrigados das chuvas.

Os projetos dos MSF têm, todos eles, prazo para terminar. Com as necessidades que le-varam à intervenção supridas, as equipes se retiram gradualmente de cena, encerrando as atividades ou repassando-as a ONGs locais ou aos governos.

Para quem quiser conhecer mais, vale visitar o site da organização. Lá, o interessado poderá conhecer depoimentos emocionantes, histórias de vida e imagens das ações dos MSF em todo o mundo. Por meio da internet, também é pos-sível fazer doações e obter informações sobre como trabalhar para a equipe. www.msf.org.br.

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Ação do Bem

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N ada tão apropriado quanto a República Popular da China, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, para sediar a Expo

2010. O evento, que aconteceu em Xangai, de 1º de maio a 31 de outubro de 2010, é considerado a exposição cultural, econômica e tecnológica de maior expressão em todos os tempos. Participaram dela aproximadamente 246 organizações internacionais e delegações de diversos países. Cerca de 70 milhões de vi-sitantes conferiram os trabalhos, que giraram em torno do tema “Melhor cidade. Melhor vida”.

Com o status de cidade global adquirido por Xangai nas últimas décadas, a China conse-guiu há oito anos, o direito de sediar a Expo 2010. Desde então, chefes de estado, orga-nismos internacionais públicos e privados, universidades e centros de pesquisa, artistas, cientistas e personalidades de diversas áreas se uninaram para superar os desafios e fazer do evento um marco na discussão sobre a vida nas grandes cidades.

Para a maior cidade do país mais populoso do mundo, sediar uma Expo internacional cujo tema trate de qualidade de vida urbana não poderia deixar de se constituir numa iniciativa grandiosa. Não apenas em termos materiais, no que diz respeito a cifras e infraestrutura empregadas, mas também em se tratando do contributo à humanidade que pode ser dado pelo evento, a expectativa foi ousada ao pro-por despertar a atenção das pessoas para o futuro das cidades e da vida da maior parte das pessoas.

“A Expo Xangai escolheu como tema ‘Melhor Cidade, Melhor Vida’, o que mostra que, no futuro, a maioria da população mundial vai viver nas cidades. Nas próximas décadas, a população urbana do mundo chegará a 3 bi-lhões, o que vai nos estimular a melhorar as condições da vida dos habitantes urbanos dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, pois eles estão enfrentando problemas como poluição, pobreza e segurança. Esta edição de Expo promoveu conhecimentos para construir cidades mais permanentes, mais justas, mais

seguras e mais harmoniosas”, disse o presi-dente do Birô Internacional da Exposição, o diplomata francês Jean-Pierre Lafon.Para o pavilhão temático central da Expo Xangai 2010, o comitê de organização chinês promoveu um concurso internacional do qual concorreram mais de 150 candidatos, do qual saiu vencedora a empresa alemã Triad Berlim. Com o título de “Planeta Urbano”, o espaço contou com uma área de 12 mil m², no qual foram abordados os complexos processos que moldam a urbanização e os desafios globais que dela decorrem. A cenografia procurou combinar tradições narrativas ocidentais com motivos da herança chinesa do Feng Shui. Estruturada em duas partes, a mostra do pa-vilhão central expôs o caráter ambivalente da cidade: por um lado o meio ambiente natural é destruído; por outro são erigidos no local, espaços para o bem estar social, a prosperi-dade e as inovações tecnológicas.

A partir da ideia das duas faces de dinamismo urbano, o destrutivo e o construtivo, o pavi-lhão “Planeta Urbano” foi formado por uma

dupla hélice sobre uma altura de 14 metros. Na primeira parte da exposição, chamada “Estrada da Crise”, puderam ser visualiza-dos os complexos processos que resultam na destruição do planeta, como a falta de água, poluição, queima de combustíveis fósseis, bem como suas consequências: aquecimento global, extinção de espécies, esgotamento de recursos naturais, etc. Foram cinco as etapas ou capítulos da “Estrada da Crise”, cada qual adaptando um conceito chinês dos cinco ele-mentos (água, fogo, metal, madeira e terra) e colocando-os em relação com a evolução global.

Na segunda parte, ou na “Estrada das Solu-ções”, foram apresentadas quatro abordagens possíveis para a solução de grandes desafios globais: “baixo carbono”, “mineração urba-na”, “colapso da vida” e “cidade verde”. No espectro das ações disponíveis no caminho para uma transformação ecológica da civili-zação foram relatadas 100 boas práticas já em curso por empresas, governos e comuni-dades. Um Sistema de Orientação para uma

vida ecológica confrontou o visitante com suas próprias ações e responsabilidades para o ambiente, propondo medidas individuais de agir de forma ambientalmente mais respon-sável na vida cotidiana. A mensagem final, ao término do caminho para o coração do Pla-neta Azul e sua história em 360 graus, veio de forma emocionante: “Nós só temos um mundo”. Este é o ponto crucial, a mensagem que precisamos agir urgentemente como uma comunidade global e como indivíduos.

Mais modesto, com 2 mil m², o pavilhão do Brasil na Expo Xangai remeteu ao artesana-to, ao verde, ao folclore e à miscigenação da trama social brasileira. Com o tema “Cidades Pulsantes”, a ideia foi apresentar a diversi-dade cultura e humana de nossos centros urbanos, bem como os principais avanços em termos de sustentabilidade e inclusão social e política. O principal, contudo, foi a narrativa temática, dividida em três eixos. O primeiro, chamado “Desenvolvimento Sustentável”, apresentou algumas das tecnologias brasi-leiras relacionadas à habitação, saneamen-

to, mobilidade urbana e à matriz energética nacional. O segundo, “Participação Popular e Inclusão Social” destacou as recentes experi-ências de um modelo urbano baseado em po-líticas que promovem a participação popular nos diversos níveis da administração pública. O eixo “Diversidade/Cidade Global”, por fim, celebrou a diversidade étnica e cultural das cidades brasileiras.

No pavilhão brasileiro um dos destaques foi o túnel “Cenas Urbanas Cotidianas”, que en-volveu o visitante com 192 monitores de LCD, os quais formaram um mosaico de vídeos que representam facetas humanas, paisagísticas, arquitetônicas, gastronômicas, produtivas e tecnológicas do Brasil.”O espírito de uma so-ciedade se realiza, se transmite e se percebe pelos objetos culturais que ela dá a si própria e pelos quais vive. Procuramos trazer nossas brasilidades para o pavilhão, de tal forma que sejam facilmente reconhecidas e identifica-das”, sintetiza o arquiteto Fernando Brandão, autor do projeto do pavilhão.

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Expo Xangai 2010 - Retrospectiva Oportunidade de reflexão sobre forma de viver nas cidades

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Evento

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Fashion

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Juicy CoutureFaça como as garotas californianas e escolha Juicy Couture como a sua marca de fitness. O casaco em veludo vai da academia para a balada sem paradas. Pode ser combinada com jeans, vestidos e shorts. $ 130 As calças de algodão atoalhado na cor “camelo” finalizam e equili-bram o look streetwear com elegância. Com bocas largas e confortáveis sem perder a linha, combinam também com camisetas e blazeres mais formais, usados também para o trabalho.

Stella McCartneyTrabalho chic e esportivo para a Adidas by Stella McCartney. O top rosa-salmão de corte trapézio também pode ser usado como micro vestido. Combine com leggings ou calças e tênis para um exercício de estilo.

Mantenha o seu olhar atento às criações para fitness e sportswear Adi-das by Stella McCartney. Estas botas com solado de borracha de alta resistência vão da academia ao fim de semana casual. Use com shorts e vestidinhos leves.

Patins In Line Pro Roller Para uma malhação com jeito de lazer, use os patins Pro Roller com exclusivo sistema de ajuste de tamanho que não deixa escapar o cal-canhar (com botão na lateral). O fechamento com cadarço, velcro e trava, garante uma maior segurança. As botas são de polipropileno extra confortável e espuma revestida com nylon. R$ 179

Canon Vixia HV40A filmadora Canon Vixia HV40 oferece a qualidade de gravação HDV a um custo acessível para aspirantes ou cineastas independentes. Com ela é possível capturar vídeo 1920 x 1080 real como um profissional, através do sensor CMOS de 2.96 megapixel da câmera, processador de imagem DIGIC DV II e lente de vídeo 10x HD. Se você tiver vontade de gravar em definição padrão, a câmera também permite esta flexi-bilidade. E não há necessidade de carregar uma câmera fotográfica, pois a Canon Vixia HV40 também captura fotos de 3.1 megapixel em cartões miniSD.

Canon PowerShot SD1400 IS Esta câmera possui um sensor de captação de imagem CCD de 14.1 megapixel e alta resolução, além de uma lente zoom 4x UA (Ultra High Refractive Index Aspherical) oticamente estabilizada, que cobre uma distância focal equivalente de 28-112mm sem comprometer o perfil fino pelo qual as Canon Digital EPLHs são conhecidas. E, para compor, rever e editar as suas fotos, a SD1400 IS possui um LCD PureColor System de 2,7”.

Leitor de Livros Sony PRS-300SC/EPL O Leitor de Livros Sony PRS-300SC/EPL é capaz de fornecer não apenas o E-Book PRS-300 Reader Pocket Edition, como também um cupom de download para livros populares da Elizabeth Gilbert: Eat Pray Love e Committed. Em adição ao Reader e a esses dois livros, o kit inclui uma capa de leitura com o tema do Eat Pray Love para manter o seu novo dispositivo favorito protegido, enquanto inspira você com o tema de um livro amado no mundo todo.

Xperia X10 Mini Pro da SonyCompacto e inteligente, o novo Xperia X10 Mini Pro oferece uma expe-riência de entretenimento magnífica. Com uma plataforma totalmente personalizável, este aparelho permite que você personalize os quatro cantos da tela para que os assuntos mais importantes estejam sempre na ponta dos dedos. Seu teclado Qwerty completo e deslizante garante uma digitação fácil e rápida. Já com o aplicativo Timescape, você conta com uma visualização diferenciada das redes sociais, SMS e histórico de chamadas, tudo organizado em um só lugar em ordem cronológica. Através do botão infinito, você terá acesso a músicas e informações sobre os seus astros favoritos. Além disso, o Xperia X10 Mini Pro ba-seia-se na plataforma Android para que você aproveite a energia e as possibilidades dos aplicativos Google: Google Search, Google Voice Search, Google Talk, Gmail, YouTube e Google Maps.

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Fitness Tecnologia

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Posada de Mike RapuCom a destruição da civilização da Ilha de Páscoa, no meio do Ocea-no Pacífico, a história por pouco não desapareceu. Muitos séculos de-pois, os descendentes dos Rapa Nui, cerca de 3.700 pessoas, apren-deram a lidar com o meio ambiente e tirar proveito sem destruir a paisagem. Desse aspecto, as instalações da Posada Mike Rapu, pertencente à Rede Explora, desde 2005, soam como verdadeiras tri-bunas de honra. Numa área de 10 hectares, na colina Te Miro Oone, a arquitetura do conterrâneo José Cruz Ovalle redesenhou o cenário conectando os elementos e suavizando a topografia acidentada. Nas proximidades do vulcão Raraku Ranu, os 30 quartos do hotel são um capítulo à parte que mereceram investimentos de US$ 12 milhões para figurar como atrativo especial.www.explora.com/explora-rapa-nui/posada-de-mike-rapu/

La Reserve GeneveNo lago de Genebra, na Suíça, o clima ameno embala uma experiência inusitada. É ali que o designer parisiense Jacques Garcia e o arquiteto Patrice Reynaud conceberam um “safári suíço”. O hotel, originalmente construído em 1970, foi tomado por cores e citações a célebres nascidos na cidade, a exemplo do filósofo Jean-Jacques Rousseau. O hall desponta aos olhos com sun-tuosidade e texturas que recriam a paisagem africana – tecido de leopardo, couro, cortinas vermelhas, papagaios, pavões e até um elefante de cobre estão lá. Os 102 quartos são menos chamativos, decorados com piso de parquet, col-chas de veludo, tapetes com desenhos abstratos, papéis de parede estampados, fotografias de viagens emolduradas, granito preto, mosaicos de mármore e acessórios de mogno.www.lareserve.ch

La PurificadoraNo centro histórico de Puebla, pequena vila colonial entre a Cidade do México e Oaxaca, no México, encontra-se o Hotel La Purificadora. O projeto arquitetônico foi realizado pelos escritórios Serrano Monjaraz e Legorreta + Legorreta. Coube ao arquiteto mexi-cano Ricardo Legorreta usar apenas a dobradinha entre o preto e o branco. Para fugir das equações comuns, ele contou com a ousadia do filho, também arquiteto,Victor, que sugeriu utilizar tons roxos, pedras naturais, ônix, madeiras antigas, cacos de vidro e ladrilhos hidráulicos – materiais que compõem boa parte do enredo dos 26 quartos, além do pátio, biblioteca, restaurante e adega.www.lapurificadora.com

Fresh HotelAberto em Atenas, na Grécia, em 2004, o Fresh Hotel, projetado pelos arquitetos gre-gos Tassos Zeppos e Georgiadi Eleni lembra uma caixa de doces recheada com um ca-leidoscópio de cores. Nos nove andares da construção racional, com 133 acomodações de aspecto industrial, o destaque fica para o uso dos elementos naturais, como as ma-deiras carvalho e nogueira extraídas de áre-as de manejo, e da tecnologia inteligente. Para dar personalidade aos quartos de 22 m², a decoração utiliza as cores rosa, laran-ja, lilás e bege. Abusa, ainda, dos móveis e acessórios de grife, como as cadeiras de policarbonato Eros, da Kartell, e da ilumi-nação Artemide, ambas empresas italianas. Na sala de banho, os azulejos coloridos têm jeito despretensioso e moderno, mesma li-nha que o hotel grego adota desde o lobby, com recepção cercada de vidros. Do alto do prédio, os hóspedes podem curtir a paisa-gem que alcança a Acrópole, saboreando um dos coquetéis do Air Lounge.www.freshhotel.gr

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Encontre

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A construção civil brasileira, espe-cialmente em Pernambuco, vive atualmente um grande momento. Podemos destacar como marcos im-

portantes, os investimentos no Complexo Industrial Portuário de Suape, a duplicação de rodovias e a existência de novos conjuntos habitacionais, tanto populares como luxuosos, os quais impulsionaram o setor a ter um crescimento de 17,5% no número de empregos em 2009, maior taxa registrada no país.

Mediante os fatos, o cenário favorável é incontes-tável. No entanto, no mesmo sentido é e deverá ser a segurança para realização e concretização dos negócios jurídicos advindos desse momento. Pode-mos afirmar - com toda convicção - que detemos atualmente total maturidade jurídica empresarial para vivenciarmos esse bom momento econômico, em face de períodos anteriores da história nacional, que nos levaram a adotar procedimentos e modifi-cações normativas que culminaram nessa situação tão positiva. Também temos a certeza de que a sociedade saiu vitoriosa quanto às garantias e se-guranças jurídicas que lastreiam os procedimentos atuais que regem os negócios incorporativos.

Em especial, quanto ao mercado imobiliário, faz-se necessário atentar aos aspectos fundamentais do negócio a ser desenvolvido quando se enfrenta as diversas opções que o mercado oferece, de ma-neira a dar maior certeza e segurança às partes envolvidas, respondendo, por exemplo, às seguin-tes questões: de quem é a propriedade do bem ne-gociado? O que será construído? Por qual regime jurídico, incorporação imobiliária ou condomínio fechado? Quais são as especificações da unidade imobiliária, área comum, privativa e total? Essas e outras informações são imprescindíveis para a segurança da relação jurídica a ser formada.

Dessa forma, inicialmente, no que tange aos mecanismos de segurança e efetivação do negócio jurídico, é fundamental citar a Lei

4.591/64 que disciplina os condomínios e incorporações, cumulada com a própria Lei 8.078/90, popularmente conhecida como o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Jun-tas, formam um microssistema de proteção e regulação das relações entre os construtores, incorporadores e os seus clientes.

A partir da edição do citado CDC, criou-se tam-bém o mecanismo de proteção que consolidou as bases do novo sistema contratual, inclusive instituindo mecanismos que equalizam as de-sigualdades que normalmente se verificam na maioria das relações contratuais de consumo. Nesse contexto, destacamos o magistério do ilustre Nelson Nery Júnior, quando afirma que “por ser norma de sobre direito, a teoria geral dos contratos, criada pelo Capítulo VI do Título I do CDC, deve ser aplicada a toda e qualquer relação jurídica de direito privado, seja civil, comercial ou de consumo.”

Além disso, a própria Lei 4.591/64 em seu art. 29 define o que seria o incorporador e nela já descreve suas obrigações e direitos com bas-tante clareza: “Art. 29. Considera-se incorpora-dor a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações ide-ais de terreno objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob re-gime condominial, ou que meramente aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e determinadas condições, das obras concluídas.”

Sendo assim, analise comigo: a própria Lei 4.591/64, quando editada, buscou sempre proteger o adquirente de incorporadores ines-crupulosos que amealhavam somas vultosas do mercado, sem as mínimas condições de concluir o empreendimento anunciado ou prometido, ou seja, é cristalina a grande preocupação do legis-lador com a segurança do mercado em questão, mediante a sua grande importância socioeconô-mica. Assim, a lei acima citada, em consonância com a Lei 8.178/90 (CDC), por si só já constitui

um moderno mecanismo de segregação dos ris-cos às atividades de incorporação imobiliária, atividades com inegável e extraordinário alcance de modificação social, seja pelo grande número de mão de obra empregada, seja pelo caráter econômico, sendo capaz de alavancar economi-camente toda uma nação.

Aliado a esses dispositivos legais, é de igual im-portância citarmos a Lei 10.931 de 02 de agosto de 2004, a qual introduziu no direito positivo brasileiro outro mecanismo de minoração dos riscos, trazendo para ordenamento jurídico o re-gime de afetação. O fato veio a preencher uma lacuna importante da lei de incorporações, pois, apesar desta conter mecanismos de proteção contratual, como já abordamos, não contempla meios de proteção patrimonial, circunstância que poderia deixar vulneráveis os adquirentes e de-mais credores do empreendimento, em caso de sua frustração, inclusive por motivo de falência do incorporador. Nesse caso específico, com o re-gime de afetação imposto, os créditos vinculados à incorporação não estão sujeitos à habilitação no Juízo de Falência respectivo, devendo ser sa-tisfeitas com as receitas da própria incorporação. A administração passa a ser de uma comissão de representantes dos adquirentes, passando o empreendimento a deter total autonomia no pro-cesso falimentar, ratificada pela Lei 11.101/05, no seu art. 119, inciso IX.

Ou seja, o referido diploma legal que introduziu o regime de afetação, Lei 10.931/04, garantiu, através dos artigos 31A a 31F à Lei 4.591/64, a segregação do patrimônio vinculado a cada incorporação imobiliária. Para esse fim, faculta a criação de um regime de vinculação de receitas visando à completa execução da obra e dá pode-res aos adquirentes para, em caso de paralisação das obras ou mesmo falência, prosseguir a obra com autonomia, inclusive, independentemente de intervenção do Judiciário.

Essa estruturação atende perfeitamente às atuais necessidades do mercado e da sociedade, inclu-sive quanto ao momento de celebrada euforia pelo qual passa o mercado imobiliário. De um lado, acrescenta à atividade de incorporação novos elementos, que revitalizam a credibilidade

Por Dalônio Carvalho*do mercado imobiliário

do mercado perante a sua clientela. De outro, em especial ao ponto de vista jurídico – empresarial e suas seguranças, ajusta-se à atual tendência da teoria contratual, lastreando-se nos princí-pios da boa-fé e da igualdade, impondo maior clareza ao negócio jurídico, com mecanismos de controle mais eficazes e elementos de total equi-líbrio contratual.

Em suma, a lei de incorporações (Lei 4.591/64), o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e a própria lei que instituiu o regime de afetação das incorporações imobiliárias (Lei 10.931/04) constituem garantias de incomparável eficácia em favor dos credores vinculados especificamen-te a cada negócio incorporativo, beneficiando em especial os adquirentes, na medida em que de-finem os mecanismos de segurança, equiparan-do-lhes ao consumidor e por fim, assegurando a preservação das suas aplicações financeiras e lhes concedendo o direito de assumir a admi-nistração do negócio e prosseguir a obra com autonomia, em eventual impossibilidade da em-presa incorporadora concluí-la. A partir de então, fica fácil comprovar o ótimo momento pelo qual passa o mercado imobiliário, particularmente o pernambucano, apresentando-se devidamente abalizado para assumir o seu papel de um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento. * Dalônio Carvalho é advogado

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Mercado Imobiliário

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Pensando na comodidade e no conforto de seus clientes, a construtora Gabriel Bacelar permite o acompanhamento do estágio das obras dos empreendimentos através do site www.gabriel-

bacelar.com.br. Para os interessados em visitar as obras, é necessário apenas agendar a visita, que acontece sempre às quintas-feiras, das 7h30 às 11h30, junto ao Serviço de Aten-dimento ao Cliente GB, através do fone (81) 3366.3000 ou e-mail [email protected].

LEGENDA DE SITUAÇÃOFundaçãoEstrutura e AlvenariaAcabamentoEntrega Gran Parc Rosarinho

04 quartos (2 suítes) - 115,08m² ou 03 quartos (1 suíte) - 95,69m² Rua Amaro Coutinho, 623 (esquina com a Av. Santos Dumont)

GB Living Club Espinheiro

03 quartos (1 suíte) - 60m²Rua Gomes Pacheco, 382(esquina com a Rua Marquês do Paraná)

Saint Raphael

03 quartos (1 suíte)90,49m²Rua José de Holanda, 425 – Torre

Unique

03 suítes (02 reversíveis e 1 master com varanda) - 95,60m²Rua Carlos Pereira Falcão, 82 – Boa Viagem

Saint Lucia

03 quartos (1 suíte)104,99m²Rua Barão de Itamaracá, 430 – Espinheiro

Giardino Beira Rio

04 quartos (2 suítes) 133,00m² Av. Beira Rio, 80 – Madalena

The PlazaEscritórios Automatizados32 a 418m²Rua General Joaquim Inácio, 830 – Ilha do Leite

Gran Parc Jaqueira

03 quartos (1 suíte) 100,88m²Rua Dr. José Maria, 900 – Jaqueira

Boulevard Residence

02 quartos (1 suíte)51,88m² a 54,82m²Rua Professor José Brandão, 410 – Boa Viagem

Sky Boa Viagem

4 quartos (3 suítes)163m²Rua Dr. Pedro de Melo Cahú, 78 – Boa Viagem

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Cronograma de Obras

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