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ANO 3 l l Nº 16 l l Goiânia, dezembro de 2008 CAMPANHA EDUCATIVA Concebida pelo Centro de Apoio Operacional Criminal, campanha quer mobilizar sociedade para assumir sua responsabilidade na melhoria da segurança pública. Lançamento lotou auditório do MP. > 3 > MODERNIZAÇÃO UM NOVO MODELO DE ATUAÇÃO ENCONTRO COM VEREADORES ELEITOS Em entrevista, o procurador- geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, faz um balanço dos quase dois anos de gestão, destacando o projeto de modernização institucional. > 6 MP realizou, em um mês, sete encontros regionais com vereadores eleitos, para oferecer orientações básicas sobre o dia-a-dia nas Câmaras Municipais. Iniciativa mobilizou mais de mil parlamentares. > 8 MP Contemporâneo: Passado, Presente, Futuro LANÇAMENTO DO PROJETO MEMÓRIA E APRESENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO MARCAM ENCONTRO REALIZADO PELO MP NOS DIAS 4 E 5, COM REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO INSTITUCIONAL. > 4 e 5

UM NOVO MODELO DE ATUAÇÃO - mp.go.gov.br · histórias contidas no gibi do projeto. Para a professora Mônica Serpa, res-ponsável pela direção e adaptação da peça teatral,

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ANO 3 ll Nº 16 ll Goiânia, dezembro de 2008

CAMPANHA EDUCATIVAConcebida peloCentro de ApoioOperacionalCriminal, campanhaquer mobilizarsociedade paraassumir suaresponsabilidade na melhoria da segurançapública. Lançamento lotou auditório do MP. > 3

> MODERNIZAÇÃO

UM NOVO MODELODE ATUAÇÃO

ENCONTRO COM VEREADORES ELEITOS

Em entrevista, o procurador-geral de Justiça, EduardoAbdon Moura, faz umbalanço dos quase dois anosde gestão, destacando oprojeto de modernizaçãoinstitucional. > 6

MP realizou, em ummês, sete encontrosregionais comvereadores eleitos,para oferecerorientações básicassobre o dia-a-dia nas Câmaras Municipais.Iniciativa mobilizou mais de mil parlamentares. > 8

MP Contemporâneo:Passado, Presente, Futuro

LANÇAMENTO DO PROJETO MEMÓRIA E APRESENTAÇÃO DOPLANO ESTRATÉGICO MARCAMENCONTRO REALIZADO PELO MP NOS DIAS 4 E 5, COM REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO INSTITUCIONAL. > 4 e 5

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Informativo oficial do Ministério Público do Estado de Goiás

Rua 23 esq. c/ Av. B, qd. A-6, lts. 15-24, JardimGoiás, Goiânia-GO, CEP 74805-100Telefone geral: (62) 3243-8000 ou Ligue 127E-mail: [email protected]

Procurador-Geral de JustiçaEduardo Abdon Moura

Assessora de ImprensaAna Cristina ArrudaDRT-GO 894

CoordenaçãoMac Iditora e Jornalismo Ltda.

EditorMírian Tomé DRT-GO 629

ReportagemFernando Dantas DRT-GO 4895

FotografiasJoão Sérgio Araújo

DiagramaçãoNilton Oliveira

Fotolito e ImpressãoEllite Gráfica e Editora Ltda.

2 GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 2008

Espaço do Cidadão

“Vim até o Ministério Público por indicação deuma amiga, que já conhecia o trabalho dainstituição. Recorro ao MP para conseguir concluirum caso de reconhecimento de paternidade.”

Alexsandra dos Santos, monitora

“Conheço a linha de atuação do Ministério Públicoapenas pelo que é divulgado na imprensa. Nuncaprecisei buscar nenhum tipo de atendimento no

órgão. Mas sei que é uma instituição referendada eque atua para o bem da sociedade.”

Cejane Pupulin, jornalista

“Tive dificuldades para resolver um caso trabalhista.O processo não desenrolava. Por orientação deamigos, resolvi procurar o Ministério Público eobtive o resultado esperado.”

Marcus Gonçalves da Silva, administrador

EXPEDIENTE

!! Fique Atento !!

Veja como denunciar casos de violência contra a mulherCasos de violências física, sexual, verbal, moral, psicológica e

patrimonial contra mulheres são recorrentes no Brasil. Na maioriadas vezes, o agressor é o marido ou o companheiro da mulher. Pa-ra ter um exemplo da gravidade da situação é só avaliar as denún-cias formalizadas em 2008 em Goiás. De janeiro a outubro, foramregistrados 1.905 denúncias por lesões ou ameaças contra mulhe-res no Estado. A média mensal é de 150 mulheres atendidas, o querepresenta 5 denúncias diárias. Os dados foram registrados peloJuizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, instân-cia judicial especializada instalada em outubro de 2007 em Goiâ-nia para atender a mulher vítima deagressão e na qual o Ministério Públicode Goiás também atua - a 63ª Promoto-ria de Justiça da capital tem atribuiçãopara atender os casos de violência do-méstica. O juizado surgiu seguindo asorientações dispostas na Lei Maria daPenha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de2006), que criou mecanismos para coibiros casos de violência doméstica.

Segundo explica Viviani MendonçaMarques, assessora jurídica da 63ª Pro-motoria (que atua no Juizado da Mu-lher), o MP poderá requisitar força poli-cial e serviços públicos de saúde, educa-ção, assistência social e de segurançanos casos de violência doméstica e familiar. Ela informa que a leiprevê ainda que a instituição tem atribuição para fiscalizar os esta-belecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher emsituação de violência e adotar, de imediato, as medidas adminis-trativas ou judiciais cabíveis quando constatada qualquer irregula-ridade. A Lei Maria da Penha dispõe também que o Ministério Pú-blico, quando não for parte, deverá intervir nas causas cíveis e cri-minais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mul-her (artigo 25).

Uma das constatações decorrentes da nova lei é que muitasmulheres desconhecem a existência de instituições e entidades deproteção ou atendimento às vítimas desse tipo de violência. A pro-motora Carla Brant Corrêa Sebba Roriz, que atua na 63ª Promoto-ria de Justiça, observa que as mulheres desconhecem até mesmoqual o tipo de agressão se enquadra como violência doméstica equando elas podem procurar ajuda. Segundo explica, violênciacontra a mulher é qualquer conduta, ação ou omissão, que im-plique discriminação, agressão e coerção. Também se encaixam nadefinição atos que possam causar danos, morte, constrangimento,

limitação, sofrimento físico, sexual, moral,psicológico, político ou econômico, ouperda patrimonial. “Quando ela (a mu-lher) é vítima de uma situação como essa,deve procurar um órgão competente, co-mo a Delegacia da Mulher ou o JuizadoEspecial”, alerta a promotora. O procedi-mento correto, reforça Carla, é lavrar umBoletim de Ocorrência (BO) ou um TermoCircunstanciado de Ocorrência (TCO).“Não há a necessidade de comprovar aviolência. A vítima pode apenas relatar osfatos”, esclarece.

A pena para quem pratica violên-cia contra a mulher dependerá da tipifi-cação da conduta: se o crime é de

lesão ou ameaça, ou se traduz apenas em contravenção - viasde fato ou pertubação à tranqüilidade. “Quando se trata delesão corporal, a pena de detenção pode ser aplicada de trêsmeses a três anos. No caso de ameaça é de um a seis meses, oumulta”, detalha a promotora.

Em Goiânia, denúncias de violência contra a mulher, orienta-ções e outros atendimentos podem ser obtidos no Juizado de Violên-cia Doméstica e Familiar contra a Mulher, no Centro de Valorizaçãoda Mulher (Cevam) e na Delegacia de Defesa e Proteção da Mulher.

Fa l e c o n o s c o

Telefone Geral:3243-8000

Denúncia de NepotismoPortal do MP (www.mp.go.gov.br)

Centros de Apoio Operacionais (CAOs):n CAO de Defesa do Cidadão

3243-8077

n CAO de Defesa do Consumidor3243-8038

n CAO do Meio Ambiente3243-8026

n CAO do Patrimônio Público3243-8056

n CAO da Infância e Juventude3243-8029

n CAO de Combate a OrganizaçõesCriminosas3233-0049

n CAO Criminal e de Controle Externo daAtividade Policial3243-8050

Coordenadoria das Promotorias da Capital3243-8192Escola Superior do Ministério Público3243-8068Assessoria de Comunicação Social3243-8499

Editorial

Redesenhando os caminhosOs primeiros passos trilhados num novo caminho. Este pen-

samento talvez resuma de forma adequada o que o ano de2008 foi para o Ministério Público de Goiás. Ao construir

coletivamente o planejamento estratégico, a instituição começou a seredesenhar, a redefinir seus rumos, tendo como objetivo primordialaprimorar sua atuação para torná-la mais efetiva. Não uma efetividadeestática, simbolizada em números e estatísticas, mas sim aquela que setraduz em resultados concretos e significativos na defesa dos inte-resses legítimos da sociedade.

Assim, chegamos ao final do ano com um Plano Estratégico delineado,numa versão inaugural. Consolidado em uma edição impressa, traz ele asdiretrizes para a atuação do Ministério Público nos próximos 14 anos. Elança o desafio: transformar idéias, objetivos, metas, estratégias em ação. Éesse trabalho que nos espera em 2009.

Nesta edição que marca o encerramento do ano, o Jornal MP Goiás re-vela em sua principal reportagem a construção de um novo Ministério Pú-blico, um MP Contemporâneo, em que passado, presente e futuro se in-terrelacionam para apontar novos rumos, novas perspectivas para umainstituição centenária, mas cuja ação é fundamentada num constante, pe-rene e efervescente dinamismo.

Dinamismo este que se renova na execução de projetos como oMinistério Público e Legislativo Municipal, que resultou na realizaçãode sete encontros regionais reunindo mais de mil vereadores eleitosde todo o Estado. Prova de que a parceria entre o MP e as instituiçõesmerece ser estimulada.

Outra iniciativa de destaque dentro da proposta de reforçar os meca-nismos de interação entre MP e sociedade é a campanha Como você po-de contribuir para melhorar a segurança pública?, também abordadanesta edição. Lançado em 20 de novembro, o projeto ganhou o respaldode diversos parceiros e está sendo levado para a rede pública e particularde ensino com a perspectiva de incentivar a sociedade a assumir sua par-cela de responsabilidade pela promoção do bem-estar e da segurança dacoletividade.

Na entrevista com o procurador-geral de Justiça, um panorama do quefoi 2008 para o MP de Goiás e do que se pode esperar da instituição noano que se inicia.

Um feliz 2009 a todos!

TELEFONES ÚTEIS>nn CEVAM: (62) 3213-2233

nn JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICAE FAMILIAR CONTRA A MULHER: (62) 3295-4487

nnDELEGACIA DE DEFESA E PROTEÇÃODA MULHER:

(62) 3212-4366

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Mais de 300 pessoas participaram doevento de lançamento da campanha “Co-mo você pode contribuir para a melhoriada segurança pública do País?”, no dia 20de outubro, no auditório do MP. Alunosdas diversas séries dos ensinos fundamen-tal e médio de escolas de Goiânia - duasunidades da rede estadual, uma da munici-pal e três particulares - estiveram presentesà solenidade. Uma das atrações foi a apre-sentação do grupo de teatro do ColégioDinâmico, que interpretou as principaishistórias contidas no gibi do projeto.

Para a professora Mônica Serpa, res-ponsável pela direção e adaptação da peçateatral, o texto era bastante objetivo e didá-tico, mas, para passar para o palco, precisa-va de um pouco mais de poesia. “Foi entãoque incluímos a música na apresentação,além de explorar mais o trabalho corporal ede voz e as marcações que buscavam a in-teração com o espectador”, revela.

Ela considera importante aliar a educa-

ção com a arte, principalmente com temasrelevantes como os discutidos na campanha.“Pena que a arte, mesmo constando das leissobre ensino do Brasil, seja tão pouco utiliza-da, principalmente no ensino médio. O tea-tro fortalece os laços entre os alunos, desen-volve a sensibilidade, melhora a auto-estima,estabelece reflexões, promove parcerias e éuma ação potente contra a violência”, reitera.

OMinistério Público de Goiáslançou, no dia 20 de outubro,em sua sede, em Goiânia, a

campanha “Como você pode contribuirpara a melhoria da segurança pública noPaís?”. De caráter sócio-educativo emultidisciplinar, a iniciativa visa orientaro cidadão sobre seus direitos relativos àprevenção e combate à violência, e oque fazer se eles forem violados. O obje-tivo também é aproximar a populaçãodos órgãos de segurança pública, entreeles o MP e as Polícias Civil e Militar.

Concebida pelo Centro de ApoioOperacional (CAO) Criminal e doControle Externo da Atividade Policial, acampanha é voltada principalmente paraos adolescentes, considerados os princi-pais receptores e multiplicadores da idéiade que cada um pode contribuir para amelhoria da segurança pública. “O jo-vem, como receptor da mensagem, po-de divulgar o tema na família, na comu-nidade, enfim, em toda a sociedade. As-sim, a campanha forma um cidadão parao futuro e age como política preventiva àcriminalidade”, destaca a coordenadorado CAO Criminal, Alice de AlmeidaFreire Barcelos. Além dos adolescentes, aintenção é atingir também os profes-sores, por serem agentes articuladoresno processo de disseminação da idéia eda mensagem da campanha.

Para alcançar esses objetivos, o MPelaborou e confeccionou 15,8 mil kits,compostos por um guia do professor,gibi, folder, CD, caneta e pasta. O mate-rial será distribuído às escolas e deveráalcancar os 800 mil estudantes da redeestadual de ensino e os 100 mil da redemunicipal, além de toda a rede particularde ensino de Goiânia. Houve ainda todauma preocupação da instituição em tra-duzir para uma linguagem voltada aoadolescente os temas retratados no kit,como combate à violência, direitos docidadão, violência policial, doméstica,contra a criança e jovem, temas comobullying, entre outros. Ainda está previs-ta a elaboração de uma agenda escolarpara 2009 e a realização de um concursode redação sobre o tema da campanha.“No concurso, serão premiados o mel-hor texto do aluno e também seu pro-fessor. O prêmio será um computadoroferecido pelo MP, além da divulgação

do texto. Poderão participar alunos do7º ao 9º ano do ensino fundamental e osestudantes do ensino médio”, detalhaAlice.

Um personagem símbolo da cam-panha foi criado justamente para que amensagem alcance o público jovem.Trata-se do Beto Binóculo, que, segun-do a promotora Alice de Almeida, re-presenta um adolescente comunicativo,questionador e que interage com os jo-vens. “Ele usa um binóculo porque é oinstrumento que o aproxima da socieda-de, ou seja, amplia a visão dele paraenxergar os problemas e se indignar pa-ra buscar soluções. E o que a gente pre-tende é que a sociedade um dia não pre-cise do binóculo. Que ela esteja comple-tamente consciente dos seus direitos edeveres”, explica.

O MP formalizou parceria com di-versas entidades do Estado em buscade apoio para divulgação da campanha.Já firmaram convênio com a instituiçãoas Secretarias Estadual e Municipal deEducação, Secretaria de Segurança Pú-blica, Secretaria de Ciência e Tecnolo-gia, Sindicato dos Estabelecimentos deEnsino no Estado de Goiás, Sindicatodos Estabelecimentos Particulares deEnsino de Goiânia, Universidades Fe-deral, Católica e Estadual de Goiás,além dos Colégios Marista, Visão, Di-nâmico, Escola Interamérica e ColégioMilitar - Unidade Hugo de CarvalhoRamos. Por meio da parceria, as enti-dades se comprometem a difundir osobjetivos da campanha de acordo coma sua área de atuação.

GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 20083CONSCIENTIZAÇÃO>

DE OLHO>n Constituição Federal e o combate à violêncian Atribuições do Ministério Públicon Os órgãos de segurança pública: as Polícias

Civil e Militar e suas funções constitucionaisn Quais são os seus direitosn Combate ao tráfico e uso de drogasn Programas de Proteção a Vítimas e a

Testemunhasn Os Conselhos de Segurança Pública (Consegs)n Segurança na internetn Respeito à diversidade

Tópicos abordados no kit

Campanha busca engajar a comunidadena melhoria da segurança pública

Estudantes da rede privada e da rede pública participaram do lançamento da campanha, apresentada por Alice Freire

Orientação aliada à arte

“Já os resultados com a campanhasó poderão ser medidos com o tem-po”, acrescenta Alice. Mas ela informaque ela está servindo de referência paraoutras instituições. “Uma comissão deum órgão ligado à Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) de São Pauloentrou em contato com o MP parabuscar o material da campanha. Tam-bém tivemos a adesão espontânea deinstituições filantrópicas e religiosas

que se interessaram e buscaram mate-rial para divulgação”, conclui.

PROJETOA campanha nasceu do Projeto Se-

gurança Pública: Direito e Responsabili-dade de Todos, concebido pelo MP,também por meio do CAO Criminal edo Controle Externo da Atividade Poli-cial, a partir de um novo perfil de atua-ção, que busca a ampliação dos mecanis-

mos de interação com a sociedade. Oprojeto integra ainda a meta da área cri-minal para 2008, que é reduzir os índicesde violência policial no Estado.

DIREITOS E DEVERESA campanha “Como você pode

contribuir para a melhoria da segurançapública do País?” é uma das ações inte-grantes do projeto. Este visa aproximaro cidadão dos órgãos de segurança pú-blica, como Polícias Militar e Civil, Mi-nistério Público, entre outros, e enti-dades de proteção dos direitos, comoConselhos Tutelares e Conselhos de Se-gurança (Consegs). De acordo com apromotora Alice de Almeida, a popula-ção às vezes não sabe o que fazer quan-do seus direitos como cidadão são viola-dos. “Desconhece também quais enti-dades notadamente da segurança públi-ca podem ajudá-lo na reparação dos di-reitos. O projeto do MP pretende levaressa informação ao cidadão”, reforça.

Ela observa, contudo, que a socie-dade precisa entender que também pos-sui deveres. “A segurança pública não éresponsabilidade só do Estado. Claroque ainda existe a fase de buscar juntoaos órgãos que têm o dever de conferirsegurança a reparação de alguns direitosviolados, mas a sociedade tem que en-tender que ela tem deveres e responsabi-lidades. Deveres que refletem em princí-pios éticos e morais”, diz. Ela cita comoexemplo de ações que prejudicam a se-gurança pública os trotes aplicados àspolícias, ao Corpo de Bombeiros e acompra de produtos piratas.

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4 GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 2008

> INSTITUCIONAL

MP liga passado e presente para construir o futuroResgatar o passado para entender melhor o presente

e construir o futuro em bases sólidas. Partindodessa premissa, o Ministério Público de Goiás

realizou, nos dias 4 e 5 de dezembro, um evento múltiplo,

com programação variada, para promover o resgate de suahistória, fazer um balanço do presente e projetar os novosrumos da instituição. Denominado “Ministério PúblicoContemporâneo: Passado, Presente, Futuro”, o encontro

mobilizou integrantes da instituição (membros eservidores) e o público em geral para o lançamento doProjeto Memória, a apresentação do Plano Estratégico e o debate do futuro do MP brasileiro. Confira.

Promotor Divino Fernandes aponta painel da exposição do Projeto Memória Membros e servidores conhecem detalhes do Plano Estratégico do MP

Do plano para a gestãoA realização do encontro “Ministé-

rio Público Contemporâneo: Passado,Presente, Futuro” possibilitou à insti-tuição desdobrar em dois dias de ativi-dades, 4 e 5 de dezembro, a programa-ção preparada para o lançamento tantodo Projeto Memória (leia matéria na pági-na 5), quanto do Plano Estratégico.Com o detalhamento do plano, foiapresentado um novo modelo degestão estratégica institucional, destina-do a modernizar a atuação em busca demaior efetividade.

No dia 4, o encontro dedicou-se aoresgate da memória institucional, comouma forma de, a partir do passado, re-fletir sobre o presente e redesenhar ofuturo. Já no dia 5, pela manhã, o pro-curador-geral de Justiça, Eduardo Ab-don Moura, fez a apresentação do re-latório de gestão do biênio 2007/2008,marco da atuação institucional no pre-sente. Em seguida, foi feito o lança-mento da edição inaugural do PlanoEstratégico do MP de Goiás, represen-tando o início da mudança cultural naorganização do MP em busca do futu-ro. À tarde, uma mesa-redonda debateu

os novos rumos da instituição.Segundo explica o promotor de

Justiça Juliano de Barros Araújo, asses-sor administrativo da Procuradoria-Ge-ral de Justiça (PGJ) e um dos envolvi-dos na estruturação do Plano Estratégi-co, a denominação de edição inauguralsignifica que o plano será uma ferra-menta de gestão dinâmica e contínua,que poderá ser constantemente moni-torada, avaliada, complementada, refor-mulada e atualizada, a fim de direcionaros caminhos da gestão estratégica nabusca de resultados efetivos. Previstospara 2009, os próximos passos naconstrução do planejamento serão osdesdobramentos das estratégias em pla-nos de ação por área e a definição dosindicadores para o monitoramento eavaliação dos resultados.

Conforme Juliano salientou no en-contro do dia 5, o MP de Goiás conse-guiu realizar um trabalho inédito emseu planejamento ao mapear e reunirpraticamente todas as atividades e obje-tivos da instituição em um único docu-mento. “É uma radiografia, uma análiseprofunda da atividade ministerial atual-

mente desenvolvida. Foi possível defi-nir as áreas prioritárias que deverão me-recer especial atenção e direcionar osesforços globais da organização. Assim,a atuação de cada integrante do MPpassa a ser direcionada e alinhada aosrumos institucionais”, observou.

A partir de 2009, o Plano Geral deAtuação (PGA), antes tido como orien-tador das metas do MP para o ano se-guinte, assumirá o papel de ferramentade planejamento tático da atuação fi-nalística da instituição e será um desdo-bramento do Plano Estratégico, de for-ma a garantir a coerência, o alinhamentoe a convergência das diversas atividadesinstitucionais. “Além disso, haverá a de-finição de indicadores mensuráveis dasações e dos resultados esperados, com ointuito de possiblitar o monitoramentoconstante”, reforçou Juliano.

Já na busca desse alinhamento, oColégio de Procuradores de Justiçaaprovou, em 15 de dezembro, o PGA2009, que relaciona três metas prio-ritárias institucionais: a melhoria doSistema Único de Saúde (SUS), a re-dução dos atuais índices de criminali-dade e a manutenção da cobertura na-tiva do Cerrado diante da expansão dafronteira agrícola.

PASSO A PASSOO planejamento estratégico do MP

foi realizado em várias etapas deconstrução participativa, que começa-ram em março de 2007 e envolveramos membros e servidores da instituição,além da consultoria a outras entidades ea peritos. O trabalho foi realizado combase no Método Grumbach, que per-mitiu à instituição elaborar seu planeja-mento com base na análise prospectivade cenários.

UM NOVO CAMINHOUm Ministério Público cada vez

mais voltado para o enfrentamento dasgrandes questões sociais, atuando emparceria com a comunidade e com focona promoção de políticas públicas efeti-vas. Esse é o futuro vislumbrado para ainstituição pelos cinco participantes damesa-redonda “Os Novos Rumos doMinistério Público Brasileiro”, realizadana tarde de 5 de dezembro e um dosdestaques da programação do encontro“Ministério Público Contemporâneo”.

Numa discussão mediada pelo jor-nalista Reynaldo Rocha, os cinco deba-tedores mesmerizaram a atenção daplatéia, que, instalada em locais estraté-gicos do auditório do MP, não desviava

a atenção das opiniões surgidas. A trocade idéias e reflexões envolveu o procu-rador-geral de Justiça, Eduardo AbdonMoura; o procurador de Justiça do RioGrande do Sul Cláudio Barros Silva, in-tegrante do Conselho Nacional do Mi-nistério Público (CNMP); o promotorde Justiça em São Paulo Fauzi HassanChoukr; o procurador de Justiça Antô-nio Augusto Mello de Camargo Ferraz,também do MP paulista, e o senadorDemóstenes Torres, integrante do MPde Goiás.

Entre opiniões muitas vezescomplementares e outras discor-dantes, os debatedores traçaram umpanorama do futuro do MP, pon-tuando os principais desafios a seremenfrentados: construir uma estruturaorganizacional mais moderna, funda-da num planejamento sistemático evoltada para a busca de resultadosefetivos em favor da sociedade; re-forçar a unidade institucional, esti-mulando o comprometimento de to-dos com as políticas da instituição enão com projetos pessoais; fortalecera interação com a sociedade e refun-dar essa relação em bases mais equili-bradas, com o MP agindo não maiscomo tutor e sim como parceiro.

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Iniciado em março deste ano com o in-tuito de aproximar a sociedade do MinistérioPúblico, por meio da criação de núcleos dearticulação sistêmicos, o Programa ParceriaCidadã encerra 2008 com o envolvimento decerca de 200 pessoas no papel de articulado-ras e ações em 15 municípios: Senador Cane-do, Faina, Itapirapuã, Fazenda Nova, Minei-ros, Iporá, Nerópolis, Silvânia, Nova Veneza,Araçu, Israelândia, Goianira, Bela Vista,Vianópolis e Rubiataba. A proposta do pro-grama é promover o diálogo organizadoentre as pessoas que integram a rede socialdos municípios, para conhecer os problemasque afetam a comunidade e apontar solu-ções. O Parceria Cidadã foi apresentado a to-dos os membros da instituição no encontro“Ministério Público Contemporâneo”.

Neste ano de construção da proposta,foram promovidas diversas ações, com des-taque para as audiências públicas, composi-ção dos núcleos de articulação, oficinas edu-cativas, curso de capacitação dos articula-dores, rodas de conversas - em que são defi-nidos o Sistema Determinado pelo Proble-ma (SDP) - e encontros com as redes sociaislocais. O balanço é considerado positivo, in-forma a promotora de justiça Rúbian Cou-tinho, uma das articuladoras sistêmicas doprograma. “Conseguimos a consolidaçãodos núcleos de articulação em cada um dosmunicípios, possibilitando o desenvolvimen-to de uma nova metodologia de trabalho nasPromotorias de Justiça envolvidas no progra-ma”, destaca.

Rúbian também aponta os benefíciosque as ações do Parceria Cidadã têm trazido

às comunidades, como a oportunidade de fa-lar, ser ouvido e opinar para a construção co-letiva de possíveis soluções de problemas queatingem diretamente toda a população.

O programa Parceria Cidadã é estrutu-rado em quatro ciclos inter-relacionados,além de agregar, pela metodologia, o projetopiloto regionalizado, o Ser Natureza, o Mi-nistério Público Conversa com as Escolas euma ação incidental em Senador Canedo.

Os núcleos de articulação sistêmicos sãoformados por 7 a 14 pessoas da comunidadeque se dispõem a colaborar na articulação darede social. Para participar, é preciso que apessoa tenha o perfil adequado à execuçãodos objetivos do programa, como alto graude confiança, capacidade de liderança, comu-nicabilidade, iniciativa, habilidade para lidarcom conflitos, além de disposição para tra-balhar em equipe.

PLANOS PARA 2009Dando continuidade ao trabalho, novas

ações e planos foram elaborados para seremexecutados em 2009. Está prevista a estrutu-ração do Parceria Cidadã no organogramado MP, com alocação de recursos financei-ros, humanos e materiais; a estruturação deum núcleo de formadores do programa; for-mação continuada para os núcleos de articu-lação e promotores que aderirem ao progra-ma; e cursos de formação para novos adep-tos da metodologia. A expectativa também écriar um sistema de comunicação on-lineentre as redes sociais constituídas e elaborarum guia técnico de campo, além de um ví-deo, para instrumentalizar adesões futuras.

GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 20085

ente para construir o futuroRúbian Coutinho e Maria da Conceição mostram Programa Parceria Cidadã Mesa-redonda debate os novos rumos do Ministério Público brasileiro

Bilhetes e cartas escritas por promotoresde Justiça no início do século 20. Denúnciasendereçadas aos promotores ainda na antigacapital, a cidade de Goiás. Fotos que revelam aevolução do Ministério Público, desde o iníciode sua história até a década de 1990. Todo estematerial integra o Projeto Memória do Minis-tério Público de Goiás, que visa promover oresgate histórico-cultural da instituição e mos-trar à sociedade os fatos que marcaram suatrajetória. Concebido na atual gestão, o proje-to foi apresentado aos membros, servidoresdo MP e ao público em geral no dia 4 de de-zembro, na abertura do encontro “MinistérioPúblico Contemporâneo”.

O Projeto Memória foi estruturado comcaráter permanente e contínuo. Porém, emsua primeira etapa, ele contempla a produçãode um livro, multimídia, exposição e páginano site do MP. O livro, que será distribuídoaos membros da instituição e doado a algu-mas bibliotecas públicas, traz toda a trajetóriado MP de Goiás, contada por meio de docu-mentos, fotos, imagens e entrevistas, realiza-das com 32 membros do MP, ativos e inati-vos. Essas entrevistas também serviram paraa produção de um minidocumentário de 10minutos, que mostra a concepção do projeto.

No dia 4, teve início ainda uma exposiçãocomemorativa na sede do Ministério Público,que mostra, num resumo em painéis, fatosmarcantes da história da instituição. “Essa ex-posição será permanente, por isso foi monta-do com material que pudesse ser levado tam-bém para outras comarcas do Estado. Isso

permitirá que alunos de escolas e faculdadespossam visitar o MP e conhecer a sua trajetó-ria”, revela a coordenadora do ProjetoMemória, a promotora de Justiça RobertaPondé Amorim de Almeida.

Desde o dia 5 de dezembro, o ProjetoMemória tem um link específico no site doMinistério Público, onde estão disponíveis in-formações históricas, a linha do tempo nahistória da instituição, uma galeria de ex-pro-curadores-gerais, entre outros dados.

DADOS DISPERSOSSegundo o procurador-geral de Justiça,

Eduardo Abdon Moura, a idéia de estruturarum projeto que buscasse resgatar o passadodo MP para entender melhor o presente e, as-sim, construir o futuro da instituição em basessólidas surgiu no início da gestão, em marçode 2007. “A inexistência de dados formaliza-dos e consolidados sobre a história do MP jáinstigava e desafiava há algum tempo aconcretização de uma proposta nesse senti-do”, acrescenta. Eduardo Abdon observaque, se nenhuma ação fosse realizada, existia orisco de a memória da instituição se perder.Para que isso não ocorresse, o MP conheceuas experiências desenvolvidas em outras insti-tuições no País, como, por exemplo, o Minis-tério Público do Rio Grande do Sul.

Roberta Pondé ressalta que a primeiraprovidência do MP para a estruturação doprojeto foi delimitar o que deveria ser pesqui-sado, como seria realizada a pesquisa e de queforma este trabalho seria apresentado aos in-

Projeto Memória resgataa história da instituição

Uma parceria que cria raízestegrantes da instituição e à sociedade. “Desdeo início estava claro que não iríamos realizarum projeto apenas para o público interno dainstituição. A nossa intenção era contar ahistória do MP à população, para que ela en-tendesse como foi todo esse caminhar, pas-sando de uma instituição com perfil mera-mente acusatório, para a 'defensora do regi-me democrático, da ordem jurídica e dos in-teresses sociais e individuais indisponíveis”,explica.

O trabalho de pesquisa foi realizado emquatro bases documentais. A primeira etapateve início no Museu da Bandeira, na cidadede Goiás, antiga capital do Estado. Depois, olevantamento se estendeu para os arquivosdo governo em Goiânia. A terceira etapa depesquisa foi realizada nos próprios arquivosdo Ministério Público e a última, na Associa-ção Goiana do Ministério Público (AGMP).Roberta destaca que reunir o material históri-co não foi tarefa fácil, por causa da dispersãodos arquivos e documentos.

Para a viabilização do projeto, o MPcontratou o Instituto Casa Brasil de Cultura,instituição cultural especializada, que se en-carregou da pesquisa e documentação dos ar-quivos. A Casa Brasil ficou responsável tam-bém pela elaboração do livro, da exposiçãocomemorativa e do documentário sobre ostrabalhos. Segundo o coordenador da CasaBrasil, Wolney Unes, estiveram envolvidos notrabalho 14 profissionais.

O MP teve ainda a colaboração da Or-ganização Jaime Câmara, que forneceu ví-deos e fotos antigas da instituição, e do Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Na-cional (Iphan) em Goiás, que auxiliou comserviços de consultoria. Roberta Pondé des-taca ainda a contribuição da AGMP e dos en-trevistados para o livro e vídeo.

Page 6: UM NOVO MODELO DE ATUAÇÃO - mp.go.gov.br · histórias contidas no gibi do projeto. Para a professora Mônica Serpa, res-ponsável pela direção e adaptação da peça teatral,

A Constituição de 1988 estabe-leceu um novo perfil de atuaçãopara o Ministério Público. Passa-dos 20 anos, é possível avaliar oque mudou na visão que a popu-lação tinha do MP?

A Constituição Brasileira dotou o Minis-tério Público de novo perfil em 1988, am-pliando as suas atribuições, antes limitadas àtitularidade da ação penal pública (o papel deacusador) e às funções de fiscal da lei. Após aConstituição de 88, a instituição foi alteradaem sua essência e, dessa mudança conceitual,surgiu um novo ator perante a sociedade: ode agente de transformação da realidade so-cial. Nestes 20 anos, o MP desempenhouuma relevante função de mediador dosconflitos envolvendo os interesses sociais ede articulador das políticas públicas, fortale-ceu-se e conquistou inegável credibilidade. Apopulação já consegue reconhecer o novoMinistério Público, tanto que atende aos cha-mados da instituição e busca sua orientação eseu apoio. Apesar desse reconhecimento, elaainda não entende bem os limites de suasatribuições nem o diferencia no sistema dejustiça. A sociedade conhece o promotor deJustiça, até porque o associa imediatamente àfigura do acusador criminal, sua função maisantiga. Mas ainda é necessário esclarecer overdadeiro papel do MP, de guardião dos po-deres e da democracia; a sua missão constitu-cional de busca de efetivação dos direitos so-ciais; e o seu novo modelo de atuação. Nestemodelo, o Ministério Público é aquele queatua em busca de induzir à profissionalizaçãoda sociedade civil, que procura estabelecerparcerias com a sociedade e não a tem so-mente como mera destinatária de suas ações.

Em 2007, diferentemente deanos anteriores, o MP realizou au-diências públicas locais para defi-nição das metas prioritárias deatuação nas 119 comarcas do Es-tado. Por que essa mudança?

O Ministério Público contemporâneopreconiza a interação com a sociedade e a ar-ticulação de políticas públicas, valorizando asdemandas do cidadão. Neste sentido, o MPde Goiás estabeleceu nova dinâmica para aelaboração de seu Plano Geral de Atuação

(PGA) em 2008 e optou pelo modelo de au-diências públicas locais, ampliando seu pro-cesso de escuta popular. A realização de au-diências em cada uma das comarcas do Esta-do foi o instrumento escolhido para ouvir asreivindicações da comunidade, garantindo amais representativa participação popularpossível. Na oportunidade, foi criado espaçopara um novo diálogo entre o MP e o cidadão,visando à busca de soluções para as demandassociais apresentadas nas mais diferentes áreas.Reunidas mais de 8 mil pessoas em todo o Es-tado e registradas sugestões relacionadas a to-das as áreas de atuação da instituição, foi esta-belecida a verdadeira parceria cidadã.

As audiências públicas e o esta-belecimento das metas da institui-ção por áreas de atuação podemser consideradas precursoras doPlanejamento Estratégico?

Sem dúvida, o PGA é precursor do Plane-jamento Estratégico da instituição. Porém, osplanos, antes referiam-se apenas ao estabeleci-mento de metas anuais por áreas correspon-dentes às atribuições do Ministério Público. OPGA não estabelecia qualquer planejamentoda gestão administrativa. O modelo não possi-bilitava, ainda, a adoção de diretrizes estratégi-cas institucionais, que só podem ser delineadasa partir da elaboração e implantação do plane-jamento estratégico.

Por que o Plano Estratégico doMP de Goiás, que traça objetivos aserem alcançados até 2022, podeser considerado um exemplo a serseguido?

Para o Ministério Público, um planeja-mento até 2022 atende às necessidades degestão institucional, na qual os eventos que vãorepercutir na atuação são previstos antecipada-mente, buscando adequar o desempenho deseus integrantes. A escolha de 2022 é alusivaaos 200 anos da Independência do Brasil, mar-co histórico e simbólico dos princípios demo-cráticos defendidos pelo MP. O modelo de pla-nejamento estratégico preconiza a construçãocoletiva e propicia a participação de todos osintegrantes do Ministério Público. É a amplaparticipação no processo de construção que odiferencia de outras propostas. O modelo ado-

tado por Goiás foi solicitado por diversos Mi-nistérios Públicos que deram início ao proces-so de planejamento e as experiências de seuprocesso de construção têm sido compartilha-das com todos eles.

Como foi definir e executar todoo processo de construção do Plane-jamento Estratégico?

Como ponto de partida, foi precisoconhecer os modelos já concebidos em outrosEstados e ampliar a capacidade orçamentáriado MP de Goiás. Após, foi necessário estrutu-rar uma Superintendência de Planejamento,criar cargos técnicos e contratar uma consulto-ria. Porém, o momento mais importante doprocesso foi o de sensibilizar toda a instituiçãopara a necessidade de conceber um planeja-mento estratégico. Este caminho passou pelaformação de um comitê de planejamento, comaproximadamente 70 membros e servidores, ede compartilhar todo o processo de constru-ção aos integrantes de dois outros grupos, atin-gindo todo o MP. Conceber um planejamentoestratégico viabilizando a construção coletivano seu processo de elaboração não foi o camin-ho mais fácil, porém, de longe, o mais acertado.Para um planejamento dar certo é necessárioestabelecer as prioridades da instituição, afiná-las ao sistema de gestão e planejar as ações coma efetiva participação e engajamento dos seusintegrantes. Somente a ampla participação dospromotores, procuradores de Justiça e servi-dores na elaboração do planejamento doMP assegura a sua execução e perenidade.

Qual o diferencial do Proje-to do Entorno do Distrito Federalem relação a outras ações reali-zadas na região?

Para a concepção do Projeto do Entor-no foi considerada a ausência do poder pú-blico na região, além das demandas sociais re-lativas à saúde, educação, segurança, abasteci-mento de água e esgoto, transporte coletivo eregularização fundiária. O principal objetivoda proposta é garantir a observância dos di-reitos essenciais violados, o resgate da digni-dade das comunidades, o pleno exercícioda cidadania e o fortalecimento da credibi-lidade das instituições, por meio de açõescoordenadas nas áreas de segurança pú-

blica, combate à criminalidade e às organiza-ções criminosas, saúde, meio ambiente, infân-cia e juventude, consumidor, patrimônio pú-blico e cidadania. O projeto compreende 271ações sistematizadas e foi estruturado sob aótica de que as idéias devem ser organizadasem ações detalhadas, para possibilitar seu ne-cessário monitoramento e dos respectivos re-sultados, o que conferiu maior credibilidadeàs propostas, facilitando a adesão dos diversosparceiros, como o Ministério da Justiça e oMinistério das Cidades.

Buscar a conscientização dasociedade por meio de campanhasé uma das linhas de atuação dainstituição?

O MP de Goiás iniciou, nesta gestão, aconstrução de um novo modelo de atuaçãoque preconiza a ampliação dos mecanismos deinteração com a sociedade, visando despertar aconsciência do cidadão para seus direitos e res-ponsabilidades. A instituição entende que é ne-cessário dotar continuamente a sociedade deinformações e instrumentos suficientes paraque ela também tenha ação pró-ativa na me-lhoria dos indicadores sociais. Mais bem infor-

mada, poderá assumir o seu legítimo papel aolado de quem a representa. O projeto “VotarPra Valer” visou motivar o eleitor a participardo processo eleitoral e assumir um votoconsciente; bem como conscientizar o candi-dato a realizar ações voltadas à concretizaçãoda cidadania. Já a campanha “O que você tem aver com a corrupção?” surgiu da necessidadede educar e estimular as novas gerações sobre aimportância das pequenas condutas do dia-a-dia na construção e consolidação dos valoreséticos e morais, a partir do princípio de que “épreciso dar o exemplo”.

Que projetos estão previstospara serem realizados prioritaria-mente em 2009?

Com a entrega da versão inaugural doPlano Estratégico, que conta com 11 objeti-vos estratégicos, 66 estratégias e 243 iniciati-vas estratégicas, está previsto o seu desdobra-mento nos planejamentos tático e operacio-nal, para os quais será necessária a concepçãode projetos, inclusive. Todas as unidades ad-ministrativas também deverão conceber, já noinício do próximo ano, o seu plano diretor,que estabelece as diretrizes estratégicas de ca-da uma. Ainda, será implantado o Escritóriode Projetos, concebido pelo Projeto “PMOInstitucional” e destinado a auxiliar o MP naexecução do Plano Estratégico, bem comoorientar os membros da instituição na elabo-ração de projetos, o que inclui a captação derecursos e o monitoramento dos resultadosdas ações. Os projetos já concebidos terãocontinuidade em 2009, com destaque para aestruturação do Programa Parceria Cidadã.

6 GOIÃNIA, DEZEMBRO DE 2008

> ENTREVISTA ~ EDUARDO ABDON MOURA

Reconstruindo o diálogo entre oMinistério Público e a sociedadeI novação, participação, construção e integração são as

palavras-chave que definem os quase dois anos da atualgestão do Ministério Público de Goiás. Diversas ações

foram realizadas neste período em busca de esclarecer à populaçãoa missão, visão e objetivos do MP, além de revitalizar e reforçar a

parceria com a sociedade. Nesta entrevista, o procurador-geral deJustiça, Eduardo Abdon Moura, faz uma análise desse período,avaliando as ações implementadas e o resultado alcançado.Também aborda o planejamento estratégico do MP e outrasperspectivas para o futuro da instituição. Confira.

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GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 20087GIRO MP>

MEMBROS DO CONSELHO SUPERIOR SÃOESCOLHIDOS EM VOTAÇÃO PELO SISTEMADE ELEIÇÃO ELETRÔNICA E-VOTO

A utilização de um novo sistema de votação eletrônica, o e-Voto, desen-volvido pela Superintendência de Informática, foi uma das grandes novidadesda eleição para escolha dos cinco novos integrantes do Conselho Superior doMinistério Público (CSMP). A utilização do sistema foi aprovada pelo Colégiode Procuradores e regulamentada pela Resolução 12/2008. Realizada no dia19 de dezembro, a votação para o CSMP utilizou dois computadores, quefuncionaram como urnas: um para a escolha dos promotores de Justiça e ou-tro para a eleição dos procuradores. O sistema também permitiu a contabili-zação dos votos postais, remetidos por promotores que atuam no interior. Oresultado final, obtido em apuração imediata, apontou como novos membrosdo Conselho em 2009 (o mandato é de um ano), os procuradores de JustiçaBenedito Torres Neto, José Carlos Mendonça, Waldir Lara Cardoso (eleitospelos promotores), Dilene Carneiro Freire e Orlandina Brito Pereira (escolhi-das pelos procuradores). Eles tomaram posse no dia 30 de dezembro.

SANCIONADA LEI QUE ADEQUA ESTRUTURADO MP DE GOIÁS E AUMENTA NÚMERO DEPROMOTORIAS NO ENTORNO DO DF

Foi publicada no dia 23 de dezembro, no Diário Oficial do Estado, a LeiComplementar nº 65, que altera a Lei Orgânica do Ministério Público deGoiás (Lei Complementar nº 25/1998), modificando a estrutura funcional dainstituição, especialmente em relação às Promotorias de Justiça das comarcasdo Entorno do Distrito Federal (DF). Neste aspecto, uma das principais mo-dificações trazidas pela norma é a elevação da entrância de seis comarcas daregião, que passam de inicial para intermediária: Águas Lindas, Cidade Oci-dental, Novo Gama, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaísode Goiás. Além disso, a lei aumentou o número de promotorias nestas comar-cas, bem como em outras quatro cidades, também do Entorno. Assim, Luziâ-nia passa a contar com 10 promotorias; Formosa, 8; Águas Lindas, 8; Valpa-raíso de Goiás, 6; Novo Gama, 5; Cidade Ocidental, 4, Cristalina, 4; Planalti-na, 4; Santo Antônio do Descoberto, 4, e Padre Bernardo, 2. Essa medida já édesdobramento do projeto de cidadania desenvolvido pelo MP para a região.

PRÓ-MP ÉAPRESENTADO AOMINISTÉRIO DOPLANEJAMENTO

PARCERIA ACADÊMICACOM ESCOLA DO DF

Em reunião no final de novem-bro, o procurador-geral de Justiça deGoiás, Eduardo Abdon Moura, e oconselheiro do CNMP, Nicolao Dinode Castro de Costa Neto, apresenta-ram o Programa Nacional de Moder-nização do Ministério Público (Pró-MP) ao grupo técnico da Comissão deFinanciamentos Externos (Cofiex),subordinada à Secretaria de AssuntosInternacionais do Ministério do Pla-nejamento. A Cofiex é responsável pe-la aprovação dos financiamentos ex-ternos em projetos e programas fede-rais, estaduais e municipais. A apresen-tação teve como objetivo obter a par-ceria do Ministério do Planejamentopara a execução do programa. O Pró-MP pretende integrar o MP brasileiroem torno da construção de políticaspúblicas nacionais.

O Ministério Público de Goiás as-sinou parceria com a Fundação Esco-la Superior do MP do Distrito Federale Territórios, para o estabelecimentode programas de cooperação acadê-mica, intercâmbio técnico, científico ecultural, com atividades de ensino eextensão de interesses comuns, taiscomo cursos, palestras, simpósios, se-minários e outras modalidades de es-tudo, voltados à formação de recursoshumanos na área jurídica.

SEMINÁRIO DISCUTE A CORRUPÇÃO NOSCENÁRIOS NACIONAL E INTERNACIONALRealizado pelo Ministério Público nos dias 8 e 9 de dezembro, o seminário"Corrupção: Combate. Mudança de Comportamento. Desafios" lotou oAuditório Lago Azul do Centro de Convenções de Goiânia. Foram mais de 600participantes debatendo as perspectivas e desafios no combate à corrupção noBrasil e no mundo. Entre os temas abordados por juristas nacionais eestrangeiros estavam Improbidade Administrativa: Novos Paradigmas; AEfetividades de Atuação dos Tribunais de Contas no Combate aos Desvios deRecursos Públicos; Lavagem de Dinheiro e Medidas Assecuratórias; As RegrasMudaram: Tolerância Zero no Combate à Corrupção; Corrupção no Brasil eseus Reflexos Internacionais, e Enriquecimento Ilícito dos Agentes Políticos. Oevento foi mais uma das ações desenvolvidas dentro do movimento "O quevocê tem a ver com a corrupção?", que, em Goiás, é coordenado pelapromotora Karina D’Abruzzo (na foto, na abertura do seminário).

O Ministério Público de Goiás realizou em 21 de novembro, emAragarças, ato público e reunião para apresentar um plano de ação quebusca combater grupos de extermínio que agem na região, compostospor integrantes de corporações policiais, além de reforçar o cerco aotráfico de drogas interestadual. O encontro serviu ainda para estabelecerestratégias operacionais de coordenação, logística, acompanhamento,cooperação, mapeamento e sensibilização popular e atuaçãoregionalizada e despersonalizada das autoridades no enfrentamento daviolência na região. O procurador-geral de Justiça, Eduardo AbdonMoura, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional e ControleExterno da Atividade Policial, Alice Freire (foto), representantes deinstituições e órgãos públicos estaduais e federais dos Estados de Goiáse Mato Grosso estiveram presentes ao evento. O coordenador do CAOde Combate a Organizações Criminosas, Rodney da Silva, também participou da reunião e detalhou as investigações que resultaram nodesmantelamento do grupo de extermínio que atuava em Aragarças. A apuração do MP resultou no oferecimento de denúncia contra setepoliciais militares, acusados de homicídios e ameaça, entre outras práticas criminosas. O plano contém diversas propostas estratégicasdestinadas a atacar os principais problemas de segurança pública da região.

PLANO DE AÇÃO PARA COMBATE A GRUPOSDE EXTERMÍNIO E AO TRÁFICO DE DROGAS ÉAPRESENTADO EM ARAGARÇAS

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8 GOIÂNIA, DEZEMBRO DE 2008

> MP E LEGISLATIVO MUNICIPAL

Projeto leva noções básicas de atuaçãolegislativa a mais de mil vereadoresMais de 1,5 mil participantes, ao todo,

entre vereadores eleitos, prefeitos eoutros agentes públicos, e uma ava-

liação amplamente positiva sobre a iniciativa.Esse é o saldo do projeto Ministério Público eo Poder Legislativo Municipal: Encontro comos Vereadores Eleitos, realizado pela institui-ção ao longo de quase 30 dias, de 21 de no-vembro a 19 de dezembro. Ao todo, foram se-te encontros, que abrangeram todas as regiõeseconômicas do Estado, e tiveram como públi-co-alvo os parlamentares eleitos para a próxi-ma gestão, principalmente os que vão exercero mandato pela primeira vez.

Concebido pelo Centro de Apoio Ope-racional (CAO) do Patrimônio Público e seuNúcleo de Apoio Técnico (NAT), o projetocontou ainda com o apoio dos promotoresdas comarcas onde foram realizados os en-contros: Uruaçu, Jataí, Caldas Novas, Aná-polis, Formosa, Bela Vista e cidade deGoiás. Nessas reuniões, foram apresentadose discutidos temas que integram o dia-a-diado legislador municipal. Para que a mensa-gem alcançasse um resultado mais significa-tivo e duradouro, o MP preparou uma espé-cie de manual, chamado O Vereador, quecontém orientações básicas sobre a missão eas tarefas do Legislativo municipal e que ser-virá como fonte rápida de pesquisas aos elei-tos. O manual foi entregue aos vereadoresdurante os encontros.

Segundo observa a coordenadora doCAO do Patrimônio Público, Marlene NunesFreitas Bueno, as reuniões, divididas por re-giões estratégicas do Estado, cumpriram seuobjetivo de proporcionar ao vereador maiorconhecimento técnico-jurídico sobre a missãoconstitucional do Poder Legislativo nos mu-nicípios. “O MP pretendeu com este projetorealçar todas as atribuições dos vereadores.Mas é preciso que eles entendam o seu papelna sociedade e que isso favoreça o resgate dacredibilidade do Legislativo municipal junto àpopulação”, enfatiza.

APROXIMAÇÃOPor meio do projeto, o MP buscou tam-

bém se colocar como uma instituição públicaaberta e apta ao diálogo, que atua em parceriacom o Legislativo na busca de atingir os inte-resses prioritários da sociedade. Conformedestaca Marlene Nunes, um dos objetivos daproposta, neste sentido, é estabelecer umamaior proximidade do MP com as Câmarasde Vereadores. “O Ministério Público precisalevar a mensagem de que não é apenas umainstituição que busca fiscalizar e punir, masque se preocupa com a atuação preventiva deproteção às instituições”, salienta.

Para ampliar o alcance e a efetividade do

projeto, o MP buscou parceiros para a viabili-zação dos encontros. Entre as instituiçõesapoiadoras das reuniões estão o Tribunal deContas dos Municípios (TCM), o MinistérioPúblico de Contas e a União dos Vereadoresde Goiás (UVG). Cada entidade participoucolaborando com as informações técnicasjurídicas que foram repassadas aos eleitos.

Para o presidente da UVG, Eliézer Fer-nandes, o projeto Ministério Público e o Po-der Legislativo Municipal foi realizado emum momento oportuno, principalmente

porque “a população está cada vez maisconsciente do papel social do vereador”. Elemenciona como referência o resultado da úl-tima eleição, em outubro deste ano. “Cercade 60% dos legisladores não conseguiram sereeleger. É um sinal de exclamação e interro-gação do eleitor, de que algo precisa mudarou se adaptar”, reflete.

ENCONTROS O primeiro encontro foi promovido em

Uruaçu, na região Norte de Goiás, no dia 20

de outubro. Os eleitos do Norte goiano eparte do Vale do São Patrício estiveram pre-sentes e discutiram os principais pontos quenorteiam a função do legislativo municipal.No dia 25, a reunião ocorreu no SudoesteGoiano, em Jataí. A discussão também serviupara esclarecer aos vereadores de parte doVale do Turvo e Mato Grosso goiano recémchegados à Câmara Legislativa que fiscalizaras contas públicas é um dos objetivos do po-der legislativo muncipal.

O terceiro encontro foi realizado em Cal-

Eduardo Abdon (em Bela Vista) e Marlene Nunes (Goiás): novo modelo de atuação do MP

Marcelo Faria (Formosa) e Glauber Soares (Jataí): participação do Núcleo de Apoio Técnico

Luciene Oliveira (Uruaçu) e Renata Miguel (Anápolis): MP e a defesa do patrimônio público

Reuder Cavalcante fazpalestra em Caldas Novas

ORIENTAÇÕES>Veja os temas das palestras técnicasapresentadas durante os encontros

n Gestão financeira das Câmaras Municipais

n Subsídios dos vereadores

n PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos vereadores

n Funções fiscalizadora, legislativa e julgadora da Câmara Municipal

n O vereador e o Tribunal de Contasdos Municípios

n Atribuições do Ministério Público na defesa do patrimônio público

das Novas, município localizado na regiãoSul de Goiás. No evento, os eleitos tiveram aoportunidade de conhecer como funciona agestão financeira das Câmaras Legislativas equal é a relação existente entre o vereador e oTribunal de Contas dos Municípios. A cidadede Anápolis, que atende ao Centro Goiano eparte do Vale do São Patrício, reuniu seus ve-readores eleitos para o quarto encontro doprojeto MP e o Poder Legislativo Municipal.

Na seqüência, ocorreram os eventos emFormosa, que buscou atingir os vereadoresda região do Entorno do Distrito Federal eNordeste goiano, e Bela Vista, que teve co-mo público-alvo os parlamentares da RegiãoMetropolitana de Goiânia. O encerramentoocorreu na cidade de Goiás, em evento dire-cionado aos eleitos pelo Noroeste e MatoGrosso goianos e parte do Vale do Turvo.

Tanto na realização dos encontrosquanto na elaboração do guia O Vereador,o CAO do Patrimônio Público contoucom o apoio integral dos membros doNúcleo de Apoio Técnico: promotoresRenata Miguel Lemos, Marcelo Faria daCosta Lima, Paulo Gontijo Loyola, Reu-der Cavalcante Motta, Luciene Maria deOliveira e Janaína Gomes Claudino.