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Fundado em 24 de fevereiro de 2007 “Um país onde as leis são descartáveis; Por ausência de códigos corretos; Com noventa milhões de analfabetos; E multidão maior de miseráveis Um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz; Mas corruptos têm voz; têm vez, têm bis; E o respaldo de um estímulo incomum; Pode ser o país de qualquer um; Mas não é, com certeza, o meu país! Que país é esse? O Brasil somos todos nós!

“Um país onde as leis são descartáveis; Um país onde os ... · João Almeida Neto – João Carlos Sacramento – Mário Quintana - Paulo Roberto Marinho Matéria da Capa: Trecho

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Fundado em 24 de fevereiro de 2007

“Um país onde as leis são descartáveis; Por ausência de códigos corretos; Com noventa milhões de analfabetos; E multidão maior de miseráveis Um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz;

Mas corruptos têm voz; têm vez, têm bis;

E o respaldo de um estímulo incomum; Pode ser o país de qualquer um; Mas não é, com certeza, o meu país!” Que país é esse?

O Brasil somos todos nós!

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EditorialEditorial__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A melhor maneira de se comportar na vida é não se preocupar nem com o bem nem com o mal, mas, com o DEVER,

pois aquele, que neste permanece, não tem tempo para ambas as coisas....

JHS

lá se foi o primeiro semestre! Já nos encontramos no “equador” de 2007 e já nos é possível fazer um balanço preliminar desse trabalho que iniciamos em março desse ano. Baseado em mensagens de nossos leitores, em sua maioria,

encorajadoras e calorosas mensagens de elogios, críticas e sugestões, percebemos o quanto crescemos e o quanto temos por melhorar, sendo esta busca incessante.

EProcuramos nesta edição ecoar nosso grito de alerta por um país que insiste em se degradar à custa do enriquecimento

de alguns; por um povo inerte que se contenta em apenas assistir a tudo de forma passiva.

Boa parte da população brasileira se diverte com os programas de humor na TV que se utilizam, como matéria prima, dos escândalos de corrupção, da violência, do descaso ecológico etc. que a todo instante subtrai nosso Brasil. Precisamos ter consciência que o Brasil somos todos nós!

Mês de julho, saudosamente recordamos os grandes feitos de ilustres Maçons do passado como a Independência dos EUA e a Queda da Bastilha. Oportunidade para nos revestirmos desses exemplos e retomarmos nosso papel junto à sociedade e derrubarmos as cruéis Bastilhas que atualmente sufocam a população.

Sem perceber, em nossos dias, folheamos lentamente as páginas de um triste Apocalipse onde seus Quatro Cavaleiros cavalgam sem o menor remorso sobre uma civilização que insiste em sua postura material e individualista, aumentando negativamente ainda mais seu próprio Karma.

Mês de julho é também mês de comemorar e lembrar do abraço caloroso, do ombro amigo, da palavra de conforto e da solidariedade. Aquela pessoa com a qual nos identificamos, muitas vezes, mais que aos nossos Irmãos consangüíneos; que externa a pureza de seu amor fraternal nos confortando e nos dando a certeza de que não estamos sozinhos.

Quem não tem uma pessoa especial que mora no lado esquerdo do peito e que nos orgulhamos de chamar de “Amigo”?

A todos nossos queridos leitores um caloroso e fraternal abraço e um “Feliz Dia Internacional do Amigo!”

Encontraremos-nos na próxima edição!

Arte RealArte Real__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Arte Real é um informativo maçônico virtual de publicação mensal que se

apresenta como o mais novo canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica em todo o Brasil, especialmente às Lojas do Sul de Minas de Gerais.

Editor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca

Colaboradores nesta edição: Carlos Alberto dos Santos - Henrique José de Souza – João Almeida Neto – João Carlos Sacramento – Mário Quintana - Paulo Roberto Marinho

Matéria da Capa: Trecho do poema de João de Almeida Neto - “O Meu País”

Contatos: [email protected] ou [email protected]

Empresas Patrocinadoras: Arte Fios - Condomínio Recanto dos Carvalhos

CH Dedetizadora – CONCIV Construções Civis – Maqtem - Restaurante e Pizzaria Recreio – Santana Pneus - Sul Minas Laboratório Fotográfico

Distribuição gratuita via Internet.

Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários.

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Nesta EdiçãoNesta Edição____________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto da Capa – Trecho do poema “O Meu País”..........CapaEditorial...................................................................................1Matéria da Capa - O Meu País...............................................2Destaque - Uma Postura Condizente com o Novo Ciclo!......3Destaque - Ao Novo Venerável Mestre..................................4Destaque – Em Meio ao Apocalipse!.....................................6Justa Homenagem – Amizade .. .....................................................8

Trabalhos – A Maçonaria e o Quadro Político Brasileiro Atual...9Trabalhos – A Palavra Semestral........................................10Ritos Maçônicos – R∴E∴A∴A∴– A Entrada no Templo11Reflexões – Deficiências......................................................13Reflexões - A Grandeza do Mar........................................13Boas Dicas – E-book / Site /Livro/ Edições Anteriores...........13

Matéria da CapaMatéria da Capa____________________________________________________________________________________________________________________

matéria da Capa desta edição é um grito de alerta a fim de despertar nosso povo adormecido e passivo às aberrações dos dias atuais. A

Um país de paradoxos, contrastes e absurdos, onde os que comem com talher de prata tropeçam naqueles que comem com as mãos quando lhes sobram migalhas. Um país que a cada minuto alguns ficam mais e mais ricos ao mesmo tempo em que cresce em progressão geométrica o já enorme percentual de miseráveis.

O Arte Real cumprindo seu papel social convoca seus leitores para exercerem sua cidadania; a exigirem seu direito de viver com dignidade; a saírem da inércia e partirem para ação; a reconstruir um Brasil de verdade.

Abaixo segue na íntegra o poema de João Almeida Neto – O Meu País, cujo trecho decora a Capa desta edição e nos convida a jamais aceitar um Brasil de impunidades, mentiras, descasos e injustiças sociais.

Esse, com certeza, não é e nem quero que seja “O Meu País”!

O Meu PaísO Meu PaísJoão Almeida Neto

Um país que crianças elimina;E não ouve o clamor dos esquecidos;Onde nunca os humildes são ouvidos;E uma elite sem Deus é que domina;Que permite um estupro em cada esquina;E a certeza da dúvida infeliz;Onde quem tem razão passa a servis;E maltratam o negro e a mulher; Pode ser o país de quem quiser;Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país onde as leis são descartáveis;Por ausência de códigos corretos;Com noventa milhões de analfabetos;E multidão maior de miseráveis;Um país onde os homens confiáveis não têm voz,Não têm vez,Nem diretriz;Mas corruptos têm voz,Têm vez,Têm bis,E o respaldo de um estímulo incomum;Pode ser o país de qualquer um;Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país que os seus índios discrimina;E a Ciência e a Arte não respeita;Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;Um país onde a Escola não ensina;E o Hospital não dispõe de Raios X;Onde o povo da vila só é feliz;Quando tem água de chuva e luz de sol;Pode ser o país do futebol;Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que é doente;Não se cura;

Quer ficar sempre no terceiro mundo;Que do poço fatal chegou ao fundo;

Sem saber emergir da noite escura; Um país que perdeu a compostura;

Atendendo a políticos sutis;Que dividem o Brasil em mil brasis;

Para melhor assaltar, de ponta a ponta;Pode ser um país de faz de conta;

Mas não é, com certeza, o meu país!

Um país que perdeu a identidade;Sepultou o idioma Português;

Aprendeu a falar pornô e Inglês;Aderindo à global vulgaridade;

Um país que não tem capacidade; De saber o que pensa e o que diz;

E não sabe curar a cicatriz;Desse povo tão bom que vive mal;

Pode ser o país do carnaval;Mas não é, com certeza, o meu país!

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DestaqueDestaque______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DeMolay – Uma Postura Condizente Com o Novo Ciclo!DeMolay – Uma Postura Condizente Com o Novo Ciclo!Francisco Feitosa

o dia 5 de junho próximo passado comemorou-se o Dia Internacional do Meio Ambiente e, tivemos a oportunidade e a preocupação de publicar uma matéria transcrevendo a belíssima palestra de uma jovem Canadense de apenas 12 anos -

Severn Suzuki- ativista de E.C.O. – uma organização das crianças em defesa do meio ambiente -, proferida na Conferência das Nações Unidas sobre ecologia, no Rio de Janeiro, que ficou conhecida como ECO-92. Uma verdadeira aula de conscientização ecológica para nós adultos.

N

Transcorreram-se exatos 15 anos e parece que pouco foi absorvido. Após inúmeras e insistentes ações e manifestações ecológicas isoladas de algumas Instituições, explorada pela mídia, somente nestes últimos anos os governos federal, estaduais e municipais começam a investir, ainda que de maneira um tanto populista, parcos recursos para esse fim.

A cada edição do ARTE REAL estamos tentando fazer nossa parte, trazendo à luz projetos, ações e manifestações, que visam conscientizar nossos leitores de nosso papel como agentes diretos na preservação do ecossistema.

Parafraseando o lema da Sociedade Brasileira de Eubiose - “A Esperança da Colheita Reside na Semente”, novamente apresentamos mais uma matéria em que nossos jovens, pertencentes à Ordem DeMolay, demonstram uma visão “Aquariana” – a visão de um novo ciclo e não mais este ciclo que ora se despede, apodrecido e gasto.

Essa Instituição Mundial, pautada nas sete virtudes, tem em muito contribuído para formação de nossos jovens em sua difícil fase de transição – a adolescência -, conduzindo-os à maturidade sob o cultivo de valores éticos e morais.

Transcrevemos abaixo a matéria “CONSCIÊNCIA AMBIENTAL - Pratique Essa Virtude!” publicada no site da Ordem – www.demolaybrasil.org sobre o tema anual da Ordem DeMolay para 2007 – O Meio Ambiente:

A Ordem DeMolay é a maior organização fraternal juvenil do mundo, estando em mais de 20 países espalhados por todo o planeta. Patrocinada pela Maçonaria, a Ordem DeMolay congrega jovens de 12 a 21 objetivando a formação de seu caráter baseado em sete princípios, por eles denominados Sete Virtudes Cardeais: Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo. A experiência adquirida como membro da Ordem DeMolay, em sua constante formação de líderes para a sociedade pode ser comprovada com nomes de grande reputação internacional como o ex-presidente americano Bill Clinton e o cartunista Walt Disney.

Fundada nos Estados Unidos no ano de 1919, a Ordem DeMolay chegou ao Brasil em 1980 com a implantação do Capítulo Rio de Janeiro na cidade do Rio de Janeiro - RJ. Rapidamente, houve a expansão exponencial, tendo Capítulos (células locais da Ordem DeMolay) representados nos 27 estados da federação e atuação participativa em cidades de pequeno, médio e grande porte na construção de uma sociedade mais igualitária.

A partir de 2005, o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, órgão responsável pela administração do nome DeMolay no Brasil, adotou a escolha de um tema anual para que todas as organizações afiliadas à Ordem DeMolay no País pudessem trabalhar de forma equânime e organizada. O Ano DeMolay da Educação, o primeiro tema escolhido pelos membros, teve sucesso em diversas cidades do País, com destaque ao trabalho realizado pelo Capítulo Dragão do Mar, da cidade de Fortaleza, em que jovens ministram aulas de reforço escolar e pré-vestibular a alunos de escolas públicas.

Para o ano de 2006, os jovens que integram a Ordem DeMolay escolheram um tema que vem sendo amplamente discutido pela sociedade e pela mídia, e que deve ser considerado de extrema importância para o relacionamento homem x natureza. Através de enquete realizada via internet, foi escolhido o Meio Ambiente como tema anual da Ordem DeMolay. Assim, até o III Congresso Nacional da Ordem DeMolay, a realizar-se em Guarapari – ES em julho de 2007, nossos mais de 300 Capítulos estarão trabalhando por todo o Brasil com o Ano DeMolay do Meio Ambiente.

Objetivos

O objetivo da escolha de um tema anual é primordialmente a realização de uma atividade uniforme e que possa atingir destaque nas sociedades municipais, estaduais e federal levando todos os homens a refletirem diante do tema, sendo o Meio Ambiente a ser tratado no período de 2007.

A preocupação com o relacionamento ser humano x natureza deve ser uma constante no desenvolvimento humano. Incutir desde cedo na mente dos jovens que todos

são responsáveis pela ambiente em que vivemos é uma maneira significativa de contribuir para o desenvolvimento da liberdade intelectual dos integrantes e das pessoas que participam do círculo de convivência dos DeMolays.

A mensagem que o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil deseja passar, através de seus membros, para toda a sociedade é a de que uma parcela de contribuição, por menor que esta seja, irá auxiliar na conscientização do grande poder de modificar a natureza que os homens, transformando a participação

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negativa em modificações que venham a reduzir os prejuízos que o desenvolvimento das culturas humanas causou ao Meio Ambiente.

Plano de Ação

A área de atuação da Ordem DeMolay pode ser mensurada com o número de membros que compõe seus Capítulos. Levando em consideração que cada Capítulo mantêm um número mínimo de 15 membros freqüentando ativamente e que temos 300 Capítulos espalhados pelo Brasil, temos 4.500 jovens envolvidos diretamente na expansão da campanha do Ano DeMolay do Meio Ambiente que terá como slogan “Consciência ambiental: pratique essa virtude”. Levando ainda em conta que cada integrante destes Capítulos convive em ambientes diversos com círculos de relacionamentos distintos formados por 5 pessoas, o público atingido pela campanha ultrapassaria 20.000 pessoas.

Dentre as sugestões colhidas pelos integrantes do Gabinete Nacional, setor do Supremo Conselho responsável pela campanha, tivemos a distribuição de folders que contenham informações sobre reciclagem, coleta de lixo e consciência ambiental. Os modelos de folders foram desenvolvidos para impressão em papel reciclado e distribuição nas cidades de pequeno, médio e grande porte e encontram-se disponíveis em nosso site na internet (www.demolaybrasil.org).

A logomarca, anexa ao projeto, deverá ser difundida entre todos os participantes da campanha e sugestionamos a confecção de adesivos, camisas e outros meios de divulgação do tema anual e da grande contribuição que cada um pode dar ao Meio Ambiente.

Em cidades do litoral, ocorreram sugestões de participação de um dia de coleta de lixo nas praias, trazendo a comunidade local para participar e mostrando a

necessidade do bom uso dos nossos recursos naturais.

Outra sugestão é a participação, em parceria com ongs¸ na distribuição, coleta ou plantação de árvores típicas da flora local, contribuindo para o reflorestamento ou recuperação de áreas degradadas pela atividade humana.

Os melhores projetos deverão ter além do reconhecimento local, destaque nos veículos de comunicação da Ordem DeMolay e da Maçonaria, uma forma de participar aos demais integrantes da Família Maçônica dos trabalhos realizados por nossos Capítulos DeMolays. Além disso, nas dependências do III Congresso Nacional da Ordem DeMolay será disponibilizado espaço físico para que os Capítulos/Estados possam apresentar murais/stands contendo as atividades por eles desenvolvidas.

Esta matéria é um oferecimento do

DestaqueDestaque______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Ao Novo Venerável Mestre*Ao Novo Venerável Mestre*Ninguém é forçado a assumir um compromisso, mas, se o fizer tem a obrigação de cumpri-lo!

esempenho Corporal - O Venerável é eleito não para condenar, ficar

irritado, encolerizar-se porque não compreendem suas idéias, mas para dirigir a loja e guiar os IIr∴, ouvindo-os. Sorrindo diante daquilo que lhe dá motivo para irritação, vencerá os sentimentos negativos que só destroem a personalidade, prejudicam a saúde, corroem seus relacionamentos e o fazem sofrer. Ciente do peso de suas palavras, fala calmo, firme e objetivamente. Cala-se mais do que fala e reflexiona, antes de expor sua opinião, com convicção e serenidade. Deve ter sempre em mente que não possui qualquer poder, ele é o resultado da vontade dos IIr∴. Inicialmente, ele deve se conscientizar que, eleito para o cargo, está a partir de sua posse exposto a permanentes críticas favoráveis ou adversas, expressas ou veladamente. Deve aceitar as críticas, pensar a respeito e ver o que elas têm de verdadeiro.

D

Enquanto isso procurar acalmar as tempestades das paixões; manter a calma não significa alienar-se. Pode manter-se calmo e ainda assim estar totalmente engajado e ativamente envolvido nos acontecimentos. Aprende a ficar firme na fé, no meio das ondas das opiniões divergentes. Não são seus amigos, aqueles que lhe trazem o lixo da notícia maldosa. Não deve dar importância a fofocas, pois modifica a visão dos fatos, e deve procurar soluções e não culpados.

Um Veneralato fraco ou equivocado faz do Ven∴, quase sempre, passar em brancas nuvens e ser mal qualificado pelo próprio quadro, transmitindo o “Malhete da Sabedoria” com muita decepção aos que esperavam um comportamento à altura de quem mereceu a confiança geral de seus pares. Constatará então, que tudo se desvaneceu nas rotinas desencantadoras da baixa freqüência e do refúgio de vários Irmãos no quit-placet.

Para bem desempenhar a missão e satisfazer seus compromissos deve antes cuidar daquilo que lhe foi confiado e que terá que passar ao sucessor em melhores condições do que àquelas que recebeu.

Deve tentar sempre vencer o mal com o BEM, as trevas com a LUZ e o ódio com o AMOR.

Deve lembrar-se de que os adultos têm muita coisa de infantil e se sentem

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feridos com palavras fortes, gestos violentos e olhares severos, por isso, deve amparar e ouvir seus IIr∴, guardar como segredo suas confissões e fraquezas, mas enaltecer para todos as suas virtudes.

A Loj∴ organizada deve ser conduzida para altos desempenhos. Há que ser respeitada sua história e suas tradições. Guiá-las bem, resulta em menor soma de prejuízos para si ou para os outros. Dirigir bem a Loj∴ é uma arte cujo desempenho exige muitas qualidades, sacrifícios, privações, renúncias e requer ao mesmo tempo, tato para “desbastar arestas”, ou seja, para evitar a formação de áreas de atrito e descontentamento. A sabedoria não está em castigar os erros, mas em procurar-lhes as causas e afastá-los. Elogiar ou criticar a atitude, e nunca a pessoa. Evitar comparações e trocar o “não concordo” pelo “o que você acha?”.

O Ven∴ não pode ser radical nem arbitrário em suas decisões. Nem, tampouco, tíbio ou covarde. Tem que ser enérgico sem descambar para o despotismo; acessível sem descer a bajulação; tolerante sem pusilanimidade. Para tanto deve saber perdoar, e muito mais pedir perdão, por entender que as falhas são inerentes à condição humana.

Missão do Ven∴Mestre − Deve ser justo com todos e pródigo quando a generosidade é devida. Não poupar elogios às qualidades dos outros. Os elogios aumentam as qualidades. Aumentando as qualidades, os defeitos acabam desaparecendo, assim como a treva desaparece quando aumentamos a luz. Deve ser um líder inspirador, tentando incutir, junto aos OObr∴os direitos e obrigações de cada um, para que seja enérgico na disciplina e com harmonia, aplicar a retidão da justiça do esquadro, ensinar o simbolismo do nível da Igualdade Social, para que cada Obr∴não exija nada além daquilo que representa seus direitos e que cumpra realmente com suas obrigações.

Ser Ven∴Mest∴significa ser mais sábio, mais elevado, ter mais bondade para suportar o peso de uma imensa responsabilidade. Precisa superar-se intelectual e espiritualmente; possuir a qualidade de conquistar pelo próprio esforço a suprema autoridade de quem já varreu a ignorância, o egoísmo e os medos que mantém o homem num estado de inferioridade e escravidão.

Este é o cargo obtido pelo merecimento; sem merecimento e esforço ninguém pode se realizar como Ven∴ Mest∴mesmo que o elejam; que lhe outorguem títulos, diplomas e honrarias. Esta é a missão do Ven∴: árdua, difícil e espinhosa, mas ao mesmo tempo, sublime, nobre e encantadora. Especialmente em se tratando de Maçonaria, a qual se dá tudo sem nada pedir.

Deve aceitar riscos. Na condição de dirigente e responsável pela administração, sua tarefa não é de preservar a Loj∴, mas de

fazê-la crescer. Assim, deve fazer um programa positivo para o seu veneralato. Os que ousam em direção a seus sonhos presenteiam o mundo e a si próprio com proezas memoráveis. Os que hesitam e agem timidamente, ao contrário, criam apenas mais frustrações e desilusões à sua volta.

Deve ser grande nas pequenas coisas, para não se apequenar nas grandiosas.

Deve deixar que o resultado de seu desempenho fale por ele. Haverá momentos em que suas credenciais e suas experiências serão questionadas. “O ingrediente mais importante na fórmula do sucesso é saber como se dar bem com os outros”. Uma parte dos IIr∴age sem pensar, a outra, pensa sem agir.

O Ven∴ age sob o comando da razão, refreia os impulsos, sem o gelo da lógica racional e a frieza da emoção; cérebro e coração atuando juntos em busca do equilíbrio e do comedimento. Deve avaliar constantemente. A avaliação não deve ser ocasional, mas uma prática constante e freqüente. Deve fazer perguntas certas, acompanhar a execução das atividades e avaliar o que é importante para um desempenho sempre melhor.

Aqui vale citar: O sucesso não deve ser medido pelas culminâncias que o Ven∴ atinge, mas pelos obstáculos que teve de transpor para alcançá-lo. Não há vitória sem conflitos, nem arco-íris sem nuvens e temporais.

Deve contribuir para o crescimento da lealdade na Loja demonstrando verdadeira preocupação com a vida dos Irmãos fora da Loj∴. Isso não significa ser paternalista ou se intrometer em situações que não lhe dizem respeito. Significa, sim, demonstrar uma atitude de empatia, de forma a engajar seus colaboradores e procurá-los para conselhos.

O seu maior aliado: Deus! Deve preparar-se para os dias difíceis. Há uma coisa certa com que pode contar na vida: os dias difíceis virão! A paciência da adversidade é o sinal de um coração sensível. No inverno e na dor, quase sempre esquecemos que a vida é uma série de começos e fins – então vem a primavera.

Verdadeiramente sábio, dá de sua sabedoria, de sua fé e de sua ternura, pois no orvalho das pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e sente-se refrescado.

Sua consciência sabe como satisfazer qualquer necessidade, incluindo o amor, a paz, o riso e a harmonia; sabe que para ter amor, é preciso dá-lo antes, se quer alegria, precisa alegrar os outros e se quer bens materiais precisa ajudar os outros a ficarem ricos. As mãos são feitas para dar, para ajudar, para erguer. Não feche as mãos. As mãos servem para colocar em prática nossos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Use a verdade com o objetivo de ajudar, jamais como uma arma de agressão ou revide. Conserve o amor como a conquista mais valiosa de sua vida,

repartindo-o com todos, pois tudo nesta vida é efêmero.

Dizem que o homem perfeitamente realizado é aquele que gerou um filho e plantou uma árvore. É bem provável que tudo isso seja uma grande verdade, até incontestável, dirão alguns. Eu me reservaria a possibilidade de acrescentar a essas verdades, o designativo: ser maçom é realização do homem livre e de bons costumes. A excelência é ser M∴M∴. Porém a glória é ser Ven∴ Mest∴ de uma Loj∴!

Que os paramentos que agora se reveste nunca sejam, para seu espírito, apenas uma vistosa vestimenta indicadora do mais alto cargo de dirigente de sua oficina, e sim, o lembre diuturnamente a missão sublime que terá que exercer no sentido de aprender sempre mais a utilizar a força, a beleza e a sabedoria em defesa da Loj∴, da Ord∴, da Pátria, e principalmente em favor dos IIr∴.

Que o Gr∴Arq∴do Univ∴lhe dê a bênção, o amor, a paz e a tolerância para fazer suas partes em prol do todo, motivando os Irmãos a trabalhar harmoniosamente com o mesmo objetivo.

Difunde a esperança em dias melhores; a esperança da força aos ideais e coragem às criaturas, renovando-as mesmo quando tudo parece preste a perder-se. Assim, para o Ven∴Mest∴, cada dia será uma nova bênção que Deus lhe concede, dando-lhe provas de seu amor, onde a vida se expressa, multiplicando as oportunidades de crescer contribuindo para o progresso e a felicidade de toda a humanidade.

Prezado Ven∴Mest∴, ao assumir seu novo cargo, ame verdadeiramente a vida e ao seu próximo como a si mesmo. Desejamos todos acompanhá-lo com nossas preces fraternas para que conte com a colaboração de todos os OObr∴de sua Loja e seja largamente abençoado pelo Gr∴Arq∴do Univ∴. Pelas suas mãos, Deus fala e através de seus olhos, sorri para o mundo. Não se ausente um minuto da presença DELE!

*matéria publicada em abril/05 no Jornal “A Voz do Oriente” – órgão oficial de divulgação do G∴O∴E∴G∴.

Esta matéria é um oferecimento de

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Em Meio ao Apocalipse!Em Meio ao Apocalipse!Francisco Feitosa

“Todo sofrimento humano provém de avidya – ignorância das coisas divinas.”

JHS

ue os Tempos são chegados, isso não é novidade. Estamos folheando as páginas do último livro da Bíblia – Apocalipse -, cujo termo grego se traduz em

Revelação.

QAs Escrituras Sagradas, para sua real compreensão,

exige uma leitura reflexiva e meditativa, em especial, o Livro de Apocalipse requer um estudo hermenêutico dado seu profundo simbolismo.

Abaixo transcrevemos uma compilação artigo intitulado “Os Quatros Cavaleiros do Apocalipse” publicado originalmente no ano de 1953 na revista "Luzeiro" da Sociedade Brasileira da Eubiose, cujo autor é seu fundador, o insigne Professor Henrique José de Souza (1883 – 1963):

DOMÍNIO, GUERRA, PESTE E FOME! Eis aí os quatro Cavaleiros do Apocalipse. Ninguém os arruma desta maneira, porque nem todos sabem o que eles verdadeiramente representam. Ouçamos, pois, os QUATRO:

DOMÍNIO - Em mim reside o desejo insopitável de dominar a tudo e a todos. E o veneno sutil que destilo por toda a parte, reside também em todas as criaturas. Somente os que alcançaram o último degrau da evolução humana, de mim ficaram isentos. E assim, procuram salvar os demais, quase sempre, inutilmente...

Sim, querem as nações mais potentes dominar as mais fracas. E tudo fazem para invadir o seu território e dele tomar posse. Para isso, empregam todos os recursos... O mesmo fazem os homens vulgares, que, de passagem seja dito, representam a grande maioria, raramente entre eles há um que seja amigo do outro, quando o é, é para dominar, vencer, esmagar essa amizade, que logo morre por falta de alento! Sim, para DOMINAR, para vencer... lançam mão de todos os meios. Para eles, a calúnia, a difamação, a injúria, a destruição do lar... é nada, é coisa alguma. Vendo em todos o seu próprio reflexo embaciando um pobre espelho, dizem de todos, do seu maior amigo, aquilo que lhes pertence. E já de há muito esqueceram a invectiva de Cristo, ao dizer àqueles que queriam apedrejar a mulher faltosa: "Aquele que estiver isento de pecado, que lhe atire a primeira pedra". Ao contrário, antes que sejam, por outros iguais a eles, apedrejados, lançam mão de quantas pedras encontram na

sua própria montanha. A montanha construída com as pedras de seu caráter deformado!

Sim, "de ti Jerusalém, não restará pedra sobre pedra!"

E assim, o domínio dos césares modernos, o domínio dos próprios homens - uns sobre os outros, vai caindo, vai desaparecendo, a fim de que outro Edifício se construa, com as PEDRAS DO NOVO CICLO!

GUERRA - Como irmãos que somos, nascidos do quaternário da Terra, a bem dizer, não temos pais. Cada um de nós o outro completa...

Sim, do DOMÍNIO nasce a GUERRA. E dos dois, PESTE E FOME. Quem ousaria negar semelhante verdade neste "Fim de ciclo apodrecido e gasto?" O mundo é um vulcão que ameaça explodir, fazer tudo voar em estilhaços!

As erupções, as lavas, as cinzas que anunciam semelhante fenômeno, de há muito se fazem sentir nas dores, nas angústias do homens! Nem por isso, eles procuram recuar o passo. Como disse meu irmão DOMÍNIO, para vencer nessa hora em que não mais vencedores existem... eles lançam mão de todos os meios! Sim, novamente se diz, “para eles a calúnia, a difamação, a injúria, a destruição de um lar, é nada, é coisa alguma.” Nem sequer se apercebem de que, com

isso, destruindo estão, seus próprios lares.

Os tempos mudaram. Ninguém mais se compreende, ninguém mais pode afiançar o que está marcado para o dia seguinte. Tudo é incerteza, abandono, receio, medo... Um pouco mais, e o pavor se apoderará de todas as criaturas... Que fazem as religiões para debelar o mal que cada vez mais se propaga no mundo? Elas não se toleram, odeiam-se como os próprios homens, pois que são as primeiras a dar o exemplo. Desse modo, ‘benzem os exércitos, as armas, fratricidas’, empunhando a velha bandeira do Cristo, cujo lema redentor, continua sendo: "Amai-vos uns aos outros".

O termo psicopatia tornou-se errôneo, porque tem a necessidade de se apontar uma série infindável de nomes. Hoje, um só basta: a degenerescência psíquica e fisiológica dos homens! E isto, porque o Espírito, como Divina Essência fugiu da maioria, em busca da sua própria origem. Restavam apenas, o corpo e a alma ou a própria vida

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definhada que aos homens anima. Já houve alguém que, com muita propriedade, teve ocasião de dizer:

"A cada passo nos acotovelamos pelas ruas das cidades, com seres não mais possuidores da menor parcela divina. Eles vivem, apenas, dos seus próprios atos e pensamentos, pois que de serem maus ou simplesmente terrenos, basta isso para sofrerem e aos demais o mesmo fazerem..." São os tais que ao próprio Cristo fazia dizer: "Nolli me tangere". "Não me toques". Sim, para não fazeres o grande mal de prejudicar a Essência Divina que "em Mim se manifesta". E a prova é que, chamou de "leproso" (leproso moral) a alguém que acabava de abandonar a rocha onde estiver sentado, proibindo a um dos seus apóstolos que, naquele mesmo lugar tomasse assento. E era Ele o AMOROSO, o Redentor do ciclo de PISCIS, que agora se finda para que venha o de AQUARIUS. Razão porque desenhou no solo, um peixe quando lhe apresentaram "a mulher faltosa".

Sim, quem falasse em GUERRA, o que diria Ele? Respondam os que perseguem os outros, os que provocam guerras, os que a tudo e a todos odeiam, porque somente o ÓDIO é a argamassa de um ciclo agonizante, de que eles mesmos se revestem. Tudo é mentira, falsidade, erro, crime... para semelhantes pessoas. Sim, aquela mesma "argamassa", para não dizer, o lastro fatal de um "ciclo apodrecido e gasto".

Eu sou a GUERRA. E só os que a morte venceram me podem compreender, e até fazer desaparecer da Terra...

PESTE - Para que vos falar se vivendo estou convosco? A peste da doença física. A peste da doença moral, pois que meu irmão que acaba de vos falar, já disse tudo "degenerescência psíquica e fisiológica"... "Falência geral das coisas, por falta de Espiritualidade!" A gripe, a pneumonia, a febre amarela, a varíola, a tuberculose que por toda parte se alastram, devido à hora fatal da humanidade. Os vícios, as orgias, a própria hereditariedade... Pior que todas as doenças, o CÂNCER. Em tempo algum se ousou falar dessa doença, como agora! Falem os maiores cientistas do mundo. Que sabem eles a respeito da Vida Humana, se são os primeiros a ignorar "quem são, donde vêm e para onde vão?"... Nem sequer procuram ouvir a razão, perscrutando a própria ESFINGE! E argumentam com as quatro ou cinco hipóteses que aprenderam "alisando os bancos da ciência!"

Sim, todas essas doenças valem por uma simples sentença, para não dizer, um só diagnóstico: o humano KARMA PATOLÓGICO. Mais uma vez, "Fim de ciclo apodrecido e gasto".

FOME - Queres alimento? Banqueteia-te com o PANEN ET CIRCENCIS, que te oferecem os césares do ciclo

decadente. "Um pedaço de pão pelo amor de Deus"! Devora uma partida de futebol, pois é o que hoje mais te alimenta. Queres CARNE? O carnaval ou vale a carne aí está para te encher a pança. A chuva não vem! Tudo seco como a humana consciência! A morte que se espalha por toda a parte... Pobre povo do Nordeste! Mas também, hoje ou amanhã os que de fome morrerão por toda parte. Só a Fome da Espiritualidade poderia, entretanto, abarrotar os celeiros do mundo!

Onde estão as sete espigas cheias. E as sete vacas gordas? Sumiram para sempre diante das sete espigas vazias e as sete vacas magras... Ouve a Voz da tua própria Consciência. Não dês ouvidos aos "Cães do Caminho", porque ficam ladrando, e "a caravana passa". Deus não está com aqueles que difamam, injuriam, caluniam, procurando a dissolução dos lares. Se encontrares uma tabuleta na porta de um Templo, que diga: TRABALHAR, AMAR E PERDOAR,

eis a nossa divisa! Descalça-te e entra. Aí encontrarás o que falta. Este conselho quem te dá é a própria FOME. Sim, a Fome do "Pão espiritual" que promove a abastança.

Finalizando, convido a todos para uma breve reflexão sobre as reveladoras palavras de Jeoshua Ben Pandira – Jesus, o Cristo - com relação aos dias difíceis que estamos atravessando:

“Quando ouvirdes rumores de guerras, não vos assusteis porque é preciso que tudo isso aconteça. Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. E haverá fome e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são apenas o começo das dores. E depois da aflição daqueles dias, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem.”

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Justa HomenagemJusta Homenagem________________________________________________________________________________________________________

Amizade – Para se comemorar a cada lembrança!Amizade – Para se comemorar a cada lembrança!Francisco Feitosa

O valor de uma amizade é algo inestimável. Como é bom saber que temos, de fato, um amigo! Pessoa em que podemos confiar; que se coloca 24h/dia à nossa disposição para o que der e vier.

O amigo não aconselha, ele ajuda e compartilha. Não permite à maledicência, as falsas acusações, as injustiças.

Uma amizade transcende à cor da pele, à religião, ao sexo ou à classe social.

Feliz daquele que busca depositar no cofre de seu coração as douradas moedas da amizade sincera, este alcançará a verdadeira riqueza da vida.

A amizade aponta a eternidade como fonte de nossa satisfação. Ela tem riscos porque diviniza o amigo e está sujeita as desilusões. Afinal de contas, está diante de uma criatura humana.

Só existe uma amizade suprema, para a qual se concentram todas as amizades. Existe só um amigo ideal, perfeito e completo, aquilo que buscamos nos afetos humanos: Deus.

É uma resposta à inquietação humana, mas nunca a satisfaz plenamente.

Há muito a se pesquisar, estudar, praticar e influenciar escolas, organizações profissionais e de negócios para envolver o maior número de adeptos da nobre causa da amizade.

O mundo, para viver em paz, necessita cultivar a amizade.

Coube a Enrique Ernesto Febbraro, professor, músico e odontologista, nascido na Argentina em 1924, a iniciativa de criar um dia especial para se comemorar e exaltar a importância da amizade.

Levou décadas para alcançar seu objetivo. Logo depois de terminada a II Guerra Mundial, em 1945, Febbraro tentou estabelecer a fundação da ONU como marco para o Dia da Amizade, mas a violência característica da guerra acabou por impedir a associação do fato com a iniciativa.

Passaram-se os anos e somente depois de 24 anos Febbraro, aproveitando outro marco da história mundial – a chegada do homem a lua -, em 20 de julho de 1969, inspirado pela célebre frase do astronauta norte-americano Neil Armstrong – “Um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade.” -, interpretou assim, como a busca por um mundo sem fronteiras, onde a união dos povos, independente de raças, ideologias ou religiões seria fundamental para a conquista dos nossos objetivos, entendendo ser uma excelente oportunidade de levar avante sua idéia da criação de um dia dedicado à Amizade.

Mesmo assim foi necessário esperar mais 10 anos para que, primeiro a Argentina (em 1979) através do Decreto nº 235/79 e depois a ONU (em 1985), reconhecessem a data em seus respectivos calendários. A conquista do professor argentino lhe rendeu indicações ao Prêmio Nobel da Paz.

A primeira iniciativa de Febbraro foi enviar mil cartas a mais de cem países, propondo a criação do Dia do Amigo. Na época, o odontologista argentino recebeu cerca de 700 respostas, todas a favor de sua idéia. Desde então, vários organismos nacionais, internacionais, políticos e religiosos aderiram ao “Dia do Amigo”.

No Brasil, a data ainda não se tornou um marco comemorativo, mas começa a ser celebrada timidamente, inclusive com presentes de amigo a amigo. No mundo, porém, mais 100 países já abraçaram a idéia e seus povos comemoram o Dia Internacional da Amizade na mesma data - 20 de julho.

Porém, o dia 18 de abril também é considerado o dia do amigo. A data foi criada pela americana Kleyde Mendes Lopes, médica, escritora e geneticista. Patenteada sob processo número 821860615, foi reconhecida como data promocional. Em várias agendas e calendários brasileiros, o 18 de abril também é lembrado.

Temos que ter em mente que todos os dias é uma excelente oportunidade exaltar os valores de uma sincera amizade.

Somos feitos de sonhos e a amizade nos faz realizá-los. O sentimento da amizade figura entre os mais poderosos e misteriosos instintos humanos. Receba meu

caloroso e fraternal abraço e um Feliz Dia do Amigo!

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A Maçonaria e o Quadro Político Brasileiro AtualA Maçonaria e o Quadro Político Brasileiro Atual

Carlos Alberto dos Santos

de fundamental importância, a nosso ver, admitirmos que o

Maçom, como formador de opinião, é um ser político por excelência.

ÉÉ de conhecimento geral,

ainda, as insatisfações atuais de um expressivo número de maçons com o afastamento (ou não-engajamento) da Maçonaria nas decisões políticas nacionais são notórias.

A discussão sobre o envolvimento dos maçons na política, assim como nas de cunho religiosos, vem desde os tempos da Constituição do Reverendo James Anderson, nos idos de 1723. E a nossa Ordem vem, sabiamente, mantendo o equilíbrio, afastando estes temas desagregadores de dentro de suas Lojas.

Obviamente, devemos separar a “posição” política (ou religiosa) do seu sentido Aristotélico (para Aristóteles), sendo o Homem um ser eminentemente social, é naturalmente político, isto é, vinculado à Polis (à cidade, à comunidade, ou seja: à nação e à humanidade). E, nesse sentido, o Homem ( e o Maçom, por conseguinte) não pode deixar de ser político sem se tornar um ser socialmente alienado.

Baseando-nos no axioma Aristotélico, se somos “essencialmente” seres sociais e, conseqüentemente, políticos, “todas” as nossas ações são “necessariamente” sociais e políticas.

De há muito, que a Nação Brasileira passa por uma grave crise, mas antes de ser econômica, financeira e social é – primordialmente – uma crise moral.

A instrumentalização do poder em benefício próprio (ou de um “grupelho” qualquer), às do bem comum, como temos assistidos incrédulos e com sentimento de impotência, não é política; é politicagem; é um desserviço ao povo brasileiro; é um crime de uma minoria dominante contra toda uma população estupefata, ou mesmo indiferente; a depender do nível de esclarecimento ou de favorecimento clientelístico.

Mas, o que fazem os Maçons políticos, ou seja, os que já detêm cargos políticos (seja no âmbito municipal, estadual ou federal), atualmente?

Não existe um levantamento preciso, mas estima-se que os maçons têm representação de menos de 5% da classe política. E não é de se espantar, uma vez que os Maçons brasileiros representam apenas – aproximadamente – 1% da população (ou algo em torno de 170.000 Irmãos).

Nas eleições do dia 1º de outubro deste ano (1º turno), os votos dados nas urnas aos candidatos Maçons – salvo alguma honrosa exceção, que desconheço – foram irrisórios, pífios mesmo!

E por que isto ocorre? Porque há um desestímulo coletivo e, em especial no caso da Maçonaria, um entorpecimento (e mesmo dúvida) se deve prevalecer a máxima: “Maçom vota em Maçom”.

Na dúvida, se o Maçom pode ou não fazer política, afirmamos: Ele DEVE fazer política! Política de qualidade, em que sejam destaques: o bem comum, a partir dos “bons costumes”, com Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

O fato é que, a despeito dos fatos narrados na introdução deste trabalho, desde o início do século XX – em particular no caso do Brasil, onde a Maçonaria nasceu primordialmente com fins políticos (antiescravagista, emancipacionista etc.) – esta vocação norteia os destinos de nossa Sublime Instituição.

Apesar dos longos anos de totalitarismo, nos quais foi notório o imobilismo da Ordem, além do – apesar de bem-intencionado – zelo de

alguns Irmãos mais conservadores, é inadiável começarmos a praticar Maçonaria também (e cada vez mais) fora dos Templos, sem falsos pudores.

É óbvio que a Maçonaria não precisa da política para se promover como instituição, ou projetar seus membros, porquanto este trabalho é feito dentro de suas Lojas, formando cidadãos que – em tese – sirvam de exemplo: sejam construtores sociais. No entanto, é a política que precisa da Maçonaria e de seus obreiros, porque temos muito ainda a fazer por esta Pátria, posto que sob a égide extraordinária de seus princípios, não nos permitimos qualquer tipo de sectarismo; somos patriotas em essência; possuímos um elevado espírito cívico.

Temos, pois, que nos engajar mais, nos mobilizar mais.

O Maçom e/ou o profano eleito com os créditos da Ordem Maçônica terá que, obrigatoriamente, ter um perfil que se coadune com os pressupostos maçônicos, ou seja: libertários, igualitários e fraternos, além de –precipuamente – ético e de elevado conceito moral.

Podemos até priorizar o voto no Maçom político, mas sem nos esquecermos de priorizar essencialmente o nosso voto no político compromissado com os preceitos éticos, morais, de justiça, de probidade e humanitários, mesmo sendo ele profano.

Acredito num Brasil melhor! Expurguemos, através do voto consciente estes párias que sugam as riquezas deste maravilhoso país!

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A Palavra SemestralA Palavra SemestralFrancisco Feitosa

cada início de semestre os Veneráveis Mestres recebem de suas Obediências a

Palavra Semestral. Criptografada em caracteres maçônicos. Os mesmos têm a incumbência de decodificá-la e retransmiti-la, em Cad∴ de U∴, aos Obreiros de sua Oficina, dando-lhes a regularidade maçônica.

A

Nota-se, nos dias atuais, certo descaso e pouco uso da Palavra Semestral. Longe de querermos esgotar o assunto e a título de incentivar uma salutar discussão sobre a importância desse tema, apresentamos abaixo uma breve matéria sobre a origem e o objetivo da Palavra Semestral, baseada em pesquisas e compilações de matérias de outros autores maçônicos.

No ano de 1770, existiam na França três grandes Potências: duas Grandes Lojas, a da França e a Nacional de França, mais o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente (Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém), além de vários Grupos e Lojas esparsas.

Em 1773, com a finalidade de dar fim ao divisionismo, limitar o número de Graus e, segundo dizem, para impor suserania à Maçonaria Francesa, a maior parte da Grande Loja da França (e outras dissidências) reestruturou-se como “Ordem Real da Maçonaria em França”, gerando e dando à luz ao Grande Oriente de França, Obediência que, em 28 de outubro daquele ano, empossa seu primeiro Grão-Mestre, Luis Felipe de Orleans, Duque de Charters.

Foi um cerimonial pomposo realizado na Casa “Folie-Titon” na Rua Monteuil, bairro de Saint Antoine, em Paris, mesmo local em que foi iniciada a Duquesa de Chartres, na Loja de Adoção (Maçonaria Feminina) de Saint Jean de la Condeur, em 28 de fevereiro daquele ano.

A estranha personalidade de tal Grão-Mestre e pelo seu descaso com o cargo e a Maçonaria, o Duque de Chartres foi considerado pelo biógrafo Amodeé Britsch, como o mais indiferente dos Maçons da França. O que importa assinalar é o fato de que na data de sua posse nasceu a Palavra Semestral, criada para impedir a presença de Maçons não filiados às reuniões do G∴O∴F∴. Foi uma medida bem diferente daquela tomada em 1730 pela Grande Loja de Londres que, ao trocar a seqüência das colunas de BJ para JB, buscava impedir o acesso de profanos nas Lojas, em decorrência das “inconfidências” de Prichard, quando publicou nossos “segredos” em um jornal londrino.

Contrariamente, o G∴O∴F∴ atingia os Maçons, tentando obrigá-los à filiação na nova Obediência, limitando o livre direito de visitação até então vigente.

Encontramos, em pesquisa, datas divergentes quanto à posse do Duque de Chartres e, conseqüentemente, da criação da Palavra Semestral. O Ritual de Procedimentos da GLMERJ, editado em 1993, atesta que foi em 23 de agosto de 1773. Já no Anuário do GOB, de 1959, a data seria 03 de julho de 1777.

Segundo o Dicionário De Frau Ablines, a Palavra Semestral nasceu em 23 de julho de 1777, sob a alegação de que “convencidos por uma larga experiência da insuficiência dos meios empregados para afastar os falsos Maçons, acreditamos que o melhor que se pode fazer é rogar ao Grão-Mestre que dê a cada seis meses uma palavra, que se comunicará aos Maçons regulares, por meio da qual se farão reconhecer nas Lojas que visitarem.” Em verdade, sabemos que após alguns anos a Palavra Semestral foi adotada em todos os países.

Podemos dizer que a Palavra Semestral tem várias finalidades: a mais importante é a de conceder a regularidade ao Maçom, alem de permitir sua entrada nos Templos das Lojas coirmãs; fornecer o “som” para a Cadeia de União e evidenciar a existência de uma Autoridade Central.

A Palavra Semestral, como o nome mesmo diz, é modificada semestralmente, correspondendo às passagens dos solstícios, isto é, à entrada do verão e à entrada do inverno.

A Palavra poderia ser transmitida, por escrito, verbalmente em Loja, no entanto, se constitui num dos elementos fundamentais da Cad∴ de U∴. Este elemento é representado pelo sussurro produzido na transmissão da Palavra de ouvido a ouvido.

Concluído o cenário e vistas às motivações que ensejaram o nascimento da Palavra Semestral, vejamos como ela foi planejada para ter eficácia, no sentido concebido por seus mentores, os quais, com inteligência, uniram dois usos tradicionais: um militar, o da Senha; e o outro obreiro, o da

Cad∴ de U∴. Tais parâmetros foram conjugados e, até hoje, mantidos em vigor nas Obediências Escocesas da Europa, assim:

· A Palavra Semestral não é apenas UM vocábulo e sim DOIS, ambos com a mesma inicial; por exemplo: Luz/Lua, Sol/Saber ou Fé/Força... É Senha e Contra-Senha, ou melhor, tal como se diz na França: são as palavras semestrais;

· Na Cad∴ de U∴, uma palavra vai pela direita, a outra pela esquerda; e, pelo retorno aos ouvidos do Venerável, este diz do acerto da recepção: “Justas e Perfeitas”. Caso ocorra algum erro, o procedimento é repetido até poder ser dado como correto.

Assim, ao se visitar uma Loja a Palavra Semestral era trocada com o Cobridor, bastaria que o visitante desse a Senha (uma palavra) e recebesse a Contra-Senha (a outra palavra) para que, inegavelmente, ficasse estabelecida a regularidade de ambos, ou seja, a do visitante e a da Loja.

Na França, como vimos, a implantação das Palavras fazia parte de um contexto de Obediência e programático que, no sentido hegemônico, não alcançou seu fim, pois a animosidade dos IIr∴, Lojas e Obediências tidas por “irregulares” avolumou-se contra ao GOF que, embora enobrecido com um príncipe de sangue na titularidade do Grão-Mestrado, não conseguiu unificar a Maçonaria francesa, mas ficou com sua maior fatia.

Em nosso caso, a existência de uma só Palavra Semestral, em vez de duas, podemos creditar somente ao desconhecimento do tema, tanto por tradutores quanto por autoridades litúrgicas, os quais, por certo, desconheciam a história da Franco Maçonaria de Findel, que à pág. 65 de “A Simbólica Maçônica – Jules Boucher”, descrevendo uma iniciação de antanho, quase ao final diz: “Era libertado da venda de seus olhos, mostravam-lhe as três grandes luzes, colocavam-lhe um avental novo e davam-lhe o “santo e a senha”, conduzindo-o ao lugar que lhe correspondia no recinto da Assembléia”. Santo e Senha, segundo os dicionaristas, são palavras de mútuo reconhecimento.

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Ritos MaçônicosRitos Maçônicos__________________________________________________________________________________________________________________

Rito Escocês Antigo e Aceito - 1Rito Escocês Antigo e Aceito - 1

A Entrada no Templo

Paulo Roberto Marinho

s Rituais dos Graus Simbólicos, editados pelas Grandes Lojas são claríssimos em seus textos explicativos sobre os

procedimentos ritualísticos de entrada no Templo. Chega a ser inconcebível que uma função litúrgica dividida em poucos procedimentos ritualísticos, não ambíguos, na maioria das Lojas não realize sequer um corretamente. E como ainda não fossem suficientes os erros, enxertam-se práticas subjetivas e crendices. Observe, querido Irmão, esta indesejável e triste verdade. E, mais ainda, o que é o pior, quando surge um Obreiro, mais observador e reclama, logo é alcunhado, ironicamente, de “Sabe tudo”, “Rei da Cocada”, “Professor” etc. Isto quando não é interpelado por algum “Mestre” mais antigo com as persuasivas retóricas: “não precisa...”; “Façamos sem formalidades...”; “não tem importância meu Irmão, estamos todos em família”, ou então, o “invencível e imortal” argumento dito, sempre, com sisudez e peremptoriedade: “São os Usos e Costumes da Loja”.

O

Para que o Q∴ Ir∴ acompanhe a leitura do exposto a seguir com melhor entendimento; por comparação com as normas ritualistas e cerimoniais, peço fazer acompanhar a leitura observando o próprio do Ritual de sua Obediência que com pequenas diferenças textuais espelham os abaixo citados e comentados:

1. Ninguém terá ingresso no Templo qualquer que seja o pretexto antes da hora fixada, salvo os Irmãos que tiverem de prepará-lo para as cerimônias.

Comentário:

É prática generalizada mandar AApr∴ preparar o Templo; usar o Templo como sala de confidências ou admoestações. Nas sessões Magnas, iniciáticas sempre há intromissões de Obreiros opinantes na ornamentação e na organização da liturgia.

2. Os Irmãos visitantes terão ingresso no Templo após a leitura do Expediente. Em casos excepcionais, sendo o visitante conhecido dos Obreiros, bem como a sua regularidade, poderá o Ven∴ Mestre autorizar o seu ingresso com os demais Irmãos da Loja, postando-se ele na fila, após os Oficiais.

Comentário:

É consenso geral permitir a entrada do visitante no início dos trabalhos. Ninguém se atreve a pedir ao visitante que aguarde ser chamado – corre o risco de nunca mais vê-lo. Entretanto, fazê-lo ingressar no Templo após os Vigilantes, precedendo ou junto ao Ven∴Mestre é irregular. Vale lembrar que Ao visitante cabe o respeito de não se intrometer nos assuntos restritos a Loja que visita, ou seja, os do Quadro em Particular.

3. À hora fixada, o Irmão M∴ de CCer∴, depois de estarem todos os presentes devidamente revestidos de suas insígnias e trajados conforme o Ritual, formará uma fila dupla: ...

Comentário:

O mais comum é a formação de um círculo ou, não raras vezes, um ajuntamento em desordem, sendo o Ven∴ Mestre ladeado pelos Vigilantes. Neste momento alguns IIr∴, quando nas funções de M∴ de CCer∴ costumam fazer preleções e, ou, preces no Átrio, procedimentos que estão se tornando costumeiros nas Lojas da Obediência; a prática é generalizada.

No R∴E∴A∴A∴, na liturgia do simbolismo e nas normas e

práticas da Obediência não há preleção ou prece no Átrio; o Átrio, não é purgatório de “pensamentos profanos” ou extensão de nossas crenças religiosas. E a consciência religiosa pessoal é de foro íntimo, portanto, inviolável. As preces ou preleções no Átrio, mesmo sem intenção do Obreiro que as faz, desautorizam o Ven∴ Mestre e a cerimônia de abertura dos trabalhos, pois, neste momento é que está previsto a prece, que é pedido de auxílio e agradecimento ao G∴A∴D∴U∴

Os Rituais denominam esta parte da Abertura dos Trabalhos como Exortação; significa animar, incitar, encorajar, estimular os Obreiros para o início dos trabalhos. Ninguém tem o direito de se antecipar ao Venerável e a ordem dos trabalhos desordenando a liturgia. Cabe ao M∴ de CCer∴, naquele momento, organizar a entrada nada mais.

4. Dois a dois, os AApr∴ e os CComp∴, estes do lado Sul e aqueles do Lado Norte, à frente os mais modernos; ...

Comentário:

Na ordem de entrada no Templo não é correto a seqüência de primeiro AApr∴ depois, CComp∴, MM∴, Oficiais etc. Muito

menos anunciar quem está entrando e como deve entrar. Romper a marcha com o pé esquerdo é noção ritualista elementar, embora muitos desconheçam seu verdadeiro significado – “ ... a marcha com o pé esquerdo se justifica facilmente porque precisamente então nos apoiamos no pé direito. A direita, isto é, a razão, permanece estável, enquanto a esquerda, isto é, o sentimento, é a única que se move...” (Jules Boucher, A Simbólica Maçônica, p. 337). O cortejo nada mais é que uma fila dupla, tendo no seu início um Apr∴ à esquerda e um Comp∴ à direita. Eles entram juntos, lado a lado. Isto, porque se entra no Templo por ambos os lados, ou seja, tanto pelo N∴ como pelo S∴. Inclusive, para quem tem assento no Or∴. Mesmo não se formando, o que é um erro, a fila dupla, a entrada deverá

ser dois a dois – aos pares. Quem tem assento no N∴ toma posição à esquerda e quem tem assento no S∴ toma posição à direita.

5. Organizada a fila dupla, o M∴ de CCer∴ pondo-se à frente, dará um golpe na porta com o seu bastão. O G∴ do Templo abrirá a porta e todos romperão a marcha com o pé esquerdo, adentrando ao Templo tanto pelo lado Norte quanto pelo lado Sul, ocupando seus lugares, ...

Comentário:

O M∴ de CCer∴, costuma dizer, antes do golpe na porta: “Irmãos G∴ do Templo e M∴ de Harmonia, queiram ocupar os vossos lugares”. Isto é uma prática sem qualquer fundamentação. Estes Oficiais são senhores de suas responsabilidades e devem cumprir suas funções sem necessidade de ordens ou pedidos do M∴ de CCer∴ Devem ingressar no Templo durante a organização do Cortejo, ou mesmo antes.

Como a maioria dos Obreiros insiste em ingressar no Templo somente pelo lado Norte, tirando a harmonia e o equilíbrio do cortejo, forma-se um aglomerado de Irmãos próximo à grade do Oriente, inclusive MM∴II∴ sem cargo, que têm lugar garantido no Oriente; ficam aguardando a passagem do Ven∴ Mestre para somente depois tomarem seus lugares. Não se compreende

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tamanha teimosia. A maioria dos Rituais adverte sobre isso: “... adentrando ao Templo tanto pelo lado Norte quanto pelo lado Sul, ocupando seus lugares, ...”

Atentamos, também, que as funções do M∴ de

CCer∴ estão restritas às dispostas nos Rituais, ele não tem poderes para determinar quem tem assento ao lado do Venerável ou mesmo no Oriente. Os MM∴ II∴ não devem estacionar no Ocidente aguardando convite do M∴ de CCer∴ para tomarem assento no Oriente, isto porque, como dissemos antes, no plano do Oriente eles têm lugar garantido.

6. O M∴ de CCer∴ ficará no lado ocidental do Mosaico para acompanhar o Ven∴ Mestre ao Trono.

Comentário:

O M∴ de CCer∴, erroneamente, posta-se sempre a porta do Templo e, de frente para o Guarda do Templo.

Em todas as ações do M∴ de CCer∴, em que nos textos de esclarecimentos de procedimentos, se utilize a expressão “acompanhar”, ele segue a frente daquele que acompanha, isto porque o M∴ de CCer∴ é uma espécie de guia, portanto, vai à frente “abrindo caminho”. Mas, lembremo-nos, sem falas inventadas e ausentes nos Rituais, do tipo: “Irmão Past Master, de ordem do Ven∴ Mestre eu vos convido a acompanhar-me ao A∴ dos JJur∴ para a Abertura do L∴L∴” ou: “Irmão G∴ do Templo descerrai a porta do Templo para o descanso merecido do Ven∴ Mestre; Irmãos VVig∴ queiram acompanhar nosso Ven∴ Mestre ... etc. etc. etc.”

7. O M∴ de CCer∴ verificará se todos estão perfeitamente colocados e, após a verificação dirá: “Os lugares estão preenchidos Ven∴ Mestre”.

Comentário:Neste procedimento parece que todos agem corretamente,

mas, simbolicamente e, não verdadeiramente, pois, “lugares preenchidos” pressupõe cargos ocupados, e, nem sempre todos os cargos estão preenchidos. O mais correto deveria ser: “Ven∴ Mestre todos se encontram em seus lugares”.

8. Durante a marcha, o órgão executará uma música lenta e os Irmãos poderão acompanhá-la com um cântico apropriado.

Comentário:Gostaria de melhor comentar este procedimento, após

assistir uma sessão maçônica em um Templo que possuísse um órgão de sopro (ou mesmo eletrônico) e, que algum Obreiro do Quadro soubesse entoar cânticos maçônicos. Algumas Obediências estão “cochilando” com este procedimento que já deveria ter sido mudado há décadas.

Manter procedimentos anacrônicos instiga adequações subjetivas na liturgia; dão força aos inventores de plantão. Na salvaguarda das tradições a cultura, o progresso e a identidade doutrinária seguem juntas. Por esta ótica, devemos sempre ter em mente que procedimentos fora de época não abrem licença para enxertos de modernismos profanos impróprios a liturgia maçônica.

A função do M:. de Harmonia é produzir e conduzir a “Trilha Sonora da Sessão Maçônica”, músicas – melodias, instrumentais ou cantatas –, que sejam condizentes com o momento ritualístico vivido. É como a “Música de Cena” que se desenvolve nos teatros, destinada a acompanhar determinados momentos. Também, designada como “Música Incidental” é aquela que incide sobre algo, reflete, referencia-se a algo, no caso da sessão maçônica aos procedimentos ritualísticos. Justamente por isto chama-se “Coluna da Harmonia”, tem que harmonizar cada

momento da liturgia.Podemos citar como exemplo de impropriedade a inegável

bela composição “Ronda”, que é sucesso nacional e internacional. Porém, mesmo, quando só melodia faz lembrar a letra. Isto se dá com outras músicas, havendo, quase sempre algum obreiro que sussurra o canto. “Ronda” e “Meu Pequeno Cachoeiro” são lindas canções, todavia, desviam a atenção do Obreiro por não se coadunar com a liturgia; não são desrespeitosas, mas, evidentemente impróprias.

9. Não poderão ter ingresso no Templo os Irmãos que não estiverem devidamente trajados e revestidos de suas insígnias.

Comentário:Os Rituais normalmente recomendam a calça escura no

preto, azul ou cinza. Exceto nas Sessões Magnas estas cores são permitidas, não

se justificando proibições ou olhares críticos aos Obreiros que assim se vestem. Este tipo de crítica e “empinação de narizes” deveriam ser direcionados a Maçons que chegam as Lojas com odores de suores, hálito tabagista e barba por fazer.

10. A saída será inversa a ordem de entrada.Comentário:

Inversa a ordem de entrada significa o inverso da ordem do cortejo: primeiro o Ven∴ Mestre, depois

os VVig∴ etc. Isto com o M∴ de CCer∴ acompanhando o Venerável, “abrindo caminho” e, depois se postando no lado ocidental do

Mosaico; sem tagarelar ordens ao G∴ do Templo ou sugerir repouso as Dignidades;

a última palavra é do Venerável; quando o Ven∴ Mestre diz: “retiremo-nos em Paz” o G∴ do Templo, imediatamente abre a porta e todos

saem no sentido inverso ao de entrada. O que surgir depois disto é invenção, ou, “Abusos aos

Costumes”.Notas:Os comentários se referem ao Rito Escocês Antigo

e Aceito e a sessões estando ausentes Autoridades da Alta Administração. Para Visitantes e Autoridades Maçônicas há procedimentos especiais, bem como para retardatários Obreiros do Quadro da Loja.

No R∴E∴A∴A∴ genuíno não havia cortejo de entrada, bem como outros procedimentos que não cabem neste texto comentar.

A fidelidade obediencial exige que os Maçons das Lojas jurisdicionadas sigam os rituais, mesmo que por nossos entendimentos contenham enxertos ou erros.

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Page 14: “Um país onde as leis são descartáveis; Um país onde os ... · João Almeida Neto – João Carlos Sacramento – Mário Quintana - Paulo Roberto Marinho Matéria da Capa: Trecho

ReflexõesReflexões__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Deficiências Deficiências Mario Quintana

eficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da

sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

DLouco é quem não procura ser feliz

com o que possui. Cego é aquele que não vê seu próximo

morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

A amizade é um amor que nunca morre.

ReflexõesReflexões__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Grandeza do MarA Grandeza do MarAutor desconhecido

ocê sabe por que o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso?V

É porque teve a humildade de perder seu Status, colocando-se alguns centímetros abaixo de todos os rios. E sabendo receber todos os afluentes, tornou-se grande. Reconheça que:

A perda faz parte. A queda faz parte. A morte faz parte.

É impossível vivermos satisfatoriamente isolados dos problemas.

Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.

Impossível ganhar sem saber perder.Impossível andar sem antes aprender a

cair.

Impossível acertar sem aprender com os próprios erros.

Impossível viver sem receber ingratidão. Se aprenderes a tudo superar, quando

perder, cair, errar, e perdoar quem o feriu, ninguém mais precisará ajudá-lo.Bem aventurado aquele que consegue receber com a mesma naturalidade, os acasos da vida:

O ganho e a perda... O acerto e o erro...O triunfo e a queda....A vida e a morte.

Boas DicasBoas Dicas______________________________________________________________________________________________________________________________________________

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