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Um verniz é uma solução ou dispersão sem pigmento, de resinas sintéticas e/ou naturais em óleos ou em outros meios dispersores, usado como revestimento protetor e/ou decorativo de diversas superfícies e que seca por evaporação, oxidação e polimerização de partes dos seus constituintes. Não tendo pigmentos, os vernizes são menos resistentes à luz que as tintas, os esmaltes e as lacas pigmentadas. Formam, entretanto, uma película transparente, que acentua a textura da superfície revestida. Os vernizes são freqüentemente óleos-resinosos. Existem duas classes menores, os vernizes a álcool e o charão (laca japonesa). Os vernizes a óleo são soluções de uma ou mais de uma resina natural ou sintética num óleo secativo e num solvente volátil. O óleo reduz a fragilidade natural da película de resina pura. Os vernizes a óleo são soluções de resinas, mas o solvente é inteiramente volátil e não forma película. Tinham antigamente, uma importância fundamental, mas foram substituídos, em grande parte, pelos vernizes à base alquídica ou de uretanas, em virtude da maior durabilidade, do menor amarelecimento e da facilidade de aplicação e da beleza dos novos produtos. A pressão no sentido de reduzirem-se os solventes poluentes da atmosfera nos vernizes e nas tintas, juntamente com o desejo de se ter a limpeza das ferramentas e das sobras de trabalho feita à água, levaram ao desenvolvimento de vernizes à água. Os vernizes a álcool são soluções de resinas em solventes voláteis metanol, etanol e hidrocarbonetos. Os vernizes a álcool são os que

Um Verniz é Uma Solução Ou Dispersão Sem Pigmento

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orgiem,fabricação, propriedades do verniz

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Um verniz uma soluo ou disperso sem pigmento, de resinas sintticas e/ou naturais em leos ou em outros meios dispersores, usado como revestimento protetor e/ou decorativo de diversas superfcies e que seca por evaporao, oxidao e polimerizao de partes dos seus constituintes.

No tendo pigmentos, os vernizes so menos resistentes luz que as tintas, os esmaltes e as lacas pigmentadas. Formam, entretanto, uma pelcula transparente, que acentua a textura da superfcie revestida.Os vernizes so freqentemente leos-resinosos. Existem duas classes menores, os vernizes a lcool e o charo (laca japonesa). Os vernizes a leo so solues de uma ou mais de uma resina natural ou sinttica num leo secativo e num solvente voltil. O leo reduz a fragilidade natural da pelcula de resina pura. Os vernizes a leo so solues de resinas, mas o solvente inteiramente voltil e no forma pelcula. Tinham antigamente, uma importncia fundamental, mas foram substitudos, em grande parte, pelos vernizes base alqudica ou de uretanas, em virtude da maior durabilidade, do menor amarelecimento e da facilidade de aplicao e da beleza dos novos produtos.

A presso no sentido de reduzirem-se os solventes poluentes da atmosfera nos vernizes e nas tintas, juntamente com o desejo de se ter a limpeza das ferramentas e das sobras de trabalho feita gua, levaram ao desenvolvimento de vernizes gua.Os vernizes a lcool so solues de resinas em solventes volteis metanol, etanol e hidrocarbonetos. Os vernizes a lcool so os que secam com maior rapidez, mas tendem a ser quebradios, e com o tempo, podem descascar, a menos que se adicione plastificantes. A preparao destes produtos envolve a agitao vigorosa e, em alguns casos, o aquecimento, para ser atingia solubilizao desejada. Um exemplo importante de verniz a lcool a goma-laca, uma soluo de goma-laca em metanol ou em lcool etlico.

Os chares raramente so usados. So vernizes opacos, a que se adicionam asfalto ou um material semelhante, a fim de que se adquira cor e lustre.Os esmaltes so revestimentos com boas propriedades de uniformizao e com um acabamento muito brilhante. So brancos, corados ou profundamente coloridos. Para uso em exteriores, as resinas alqudicas so veculos mais durveis, enquanto os vernizes fenlicos so usados para esmaltes no interior. Nos vernizes de alta qualidade, usam-se resinas aminalqudicas.

Resinas utilizadas nos vernizes

A goma-laca uma importante resina proveniente da fmea de um inseto (Coccus lacca) que excreta um exsudato ao se alimentar em certas rvores da ndia. Esse exsudato recobre os ramos do vegetal e fornece a goma-laca em barras. Esta goma coletada e purificada at a goma comercial.

As resinas fenlicas so muito resistentes gua e a diversas substncias qumicas. Para que estes materiais sejam solveis nos leos e nos solventes de uso comum na indstria dos vernizes, necessrio modific-los, o que pode ser feito, seja pela adio de materiais mais moles, como o ster de colofonia, seja pelo controle da reao mediante a escolha de um fenol parassubstitudo, com o que a reao suspensa antes de se formar no produto final infusvel e insolvel.

As resinas alqudicas so formadas pela condensao de cidos dicarboxlicos com lcoois polidricos e modificadas com cidos graxos, para melhorar a solubilidade. Como constituintes de vernizes ou de esmaltes, apresentam beleza e flexibilidade caractersticas, que tm acentuada permanncia na exposio prolongada ao tempo. As propriedades das formulaes alqudicas podem ser modificadas pelo uso de cidos graxos ou de leos secativos e no secativos, ou pelo uso do pentaeritritol com a glicerina, pelo uso de anidridos dibsicos entre outros, com todas as parcelas de anidrido ftlico, e pela modificao com outras resinas (fenlicas e de pinho). Por isso, encontram aplicaes extremamente diversificadas em vrias formulaes de tintas. Em grande parte, substituram os vernizes a leo

2.2.2. Produo de vernizes O verniz uma disperso coloidal no pigmentada, ou soluo de resinas sintticas/ naturais em leos dissolvidos em solventes. So usados como pelculas protetoras ou revestimento decorativo em vrios substratos. Mistura A produo de verniz simples e no exige as etapas de disperso e moagem. O produto feito em apenas uma etapa: a mistura. So homogeneizados em tanques ou tachos, as resinas, solventes e aditivos. Disperso Alguns tipos de vernizes necessitam, tambm desta etapa. Quando algumas das matrias-primas so difceis de serem incorporadas, necessrio aplicar maior fora de cisalhamento a fim de evitar grumos. Filtrao Concluda a mistura, o lote filtrado para remover qualquer partcula do tamanho acima do mximo permitido. Envase - Depois de aprovado pelo Laboratrio de Controle de Qualidade, o verniz ento, envasado e

Onde podemos aplicar verniz?

Podemos aplicar verniz nas seguintes superfcies:

.Madeira..Concreto..Deck de piscina.. Peas de Artesanatos, e outras superfcies.

Os tipos de vernizes mais comuns no mercado so:

Verniz para madeira:

O verniz para madeira usado para amaciar e alisar a madeira, proporcionando um fino acabamento.

Verniz poliuretano:

O verniz de poliuretano indicado e pode ser aplicado nas seguintes superfcies: Madeiras internas e externas de casas e apartamentos.

A pintura com verniz de poliuretano uma tima opo de acabamento para superfcies internas e externas, pois esse tipo de verniz super resistente e durvel.

Verniz tingidor:

O verniz tingidor um verniz utilizado para dar cor a madeira, ou melhor dizendo; podemos pegar uma madeira clara e tingir com verniz escuro. Ele usado pelos pintores para mudar a cor das madeiras.

Verniz para concreto:

O verniz para concreto usado para dar acabamento no concreto, deixando o mesmo aparente ou com cor.

Verniz para deck de piscina:

Para deck de piscina tem que ser usado um verniz de alta durabilidade e resistncia, pois o mesmo pegar chuva e sol 365 dias por ano.

Verniz acrlico:

Muitas vezes queremos envernizar uma pea de artesanato e ficamos na dvida de qual verniz usar. Podemos usar verniz acrlico a base de gua ou verniz a base de solvente, sobre peas de artesanatos

EUROPA MEDIEVALOs manuscritos so a principal fonte de informao sobre tintas e vernizes usados durante a Era Medieval na Europa. Aetius, um mdico escritor do sculo VI, foi um dos primeiros a sugerir o uso de leos para vernizes. O manuscrito de Lucas, da catedral do mesmo nome, escrito muitos anos depois, indica que o uso de cera e cola era um bom ligante para revestimentos. Teophilus, um monge do sculo XI, fez a primeira descrio sobre a preparao de um verniz leo-resinoso, com base no cozimento de uma resina natural com leo de linhaa. Albumina de ovo era ainda um ligante tradicional entre os principais artistas desse perodo, inclusive no sculo XIV.

A RENASCENA NA EUROPAAps a Renascena, cresceu o interesse pela utilizao de leos. Durante esse perodo, cada artista era seu prprio fabricante de pigmentos e veculos. Vernizes base de breu e leo de linhaa foram descritos por Cennino Cennini, por volta do sculo XV, e alguns desses manuscritos esto preservados at hoje no Vaticano e em Florena.

Artistas como Rembrandt e Cuyp, pintores Holandeses do sculo XVII, usavam como ligantes vernizes leo-resinosos. Leonardo da Vinci, arquiteto, engenheiro, cientista e artista Italiano do sculo XVI, tambm empregava um veculo similar, substituindo os vernizes naturais por leos. Petitot de Gnova foi um dos primeiros a sugerir, em 1644, que os secantes possuam valor prtico nas tintas, embora o efeito dos secantes sobre os leos vegetais tenha sido mencionado por Galen, j no sculo II, e por Marcellus durante o sculo IV. Naquele perodo, os leos eram purificados pelo cozimento com gua, e os secantes usados como agentes desidratantes. O fato de o sulfato de cobre promover propriedades secativas devia-se, provavelmente, s impurezas que continha.

A REVOLUO INDUSTRIALWatin, em 1773, foi o primeiro a descrever tecnicamente a indstria de tintas e vernizes como a conhecemos hoje. Copal e mbar eram as principais resinas durante a poca da Revoluo Americana. As resinas e leos eram fermentados antes da incorporao, para purific-los. Terpenteno era empregado como diluente e os pigmentos eram modos com uma grande pedra de forma cilndrica.

As primeiras fbricas de verniz foram estabelecidas na Inglaterra, em 1790; na Frana, em 1820; na Alemanha, em 1830 e na ustria, em 1843. Mas a Gr-Bretanha e a Holanda foram as primeiras a produzir vernizes com tcnicas mais apuradas. J. Wilson Neil, em 1833, foi o primeiro a fornecer detalhes para a produo de verniz. Um dos produtos por ele descritos era fabricado numa proporo de oito libras de resina para dois ou trs gales de leo de linhaa.

Por muitos sculos a formulao de uma tinta foi uma arte sigilosa, cuidadosamente guardada e passada de gerao a gerao. Como as tintas eram preparadas em quantidades pequenas, utilizando-se moinhos arcaicos e mtodos de misturas manuais e trabalhosos, elas eram caras e apenas disponveis para um pequeno segmento mais abastado da sociedade.

Com o surgimento da indstria de tintas e vernizes no sculo XIX, os revestimentos orgnicos ganharam, evidentemente, maior difuso popular.

DESENVOLVIMENTO NO SCULO XXComo a maioria das cincias, a indstria de tintas e vernizes, que tinha sofrido pequenas alteraes ao longo do tempo, sentiu um tremendo impacto cientfico e tecnolgico surgido no sculo XX. Novos pigmentos, melhoria dos leos secativos, resinas celulsicas e sintticas e uma grande variedade de agentes modificantes comearam a fluir dos laboratrios especializados e das linhas de produo industriais, transformando-se na base de uma corrente infindvel de novos revestimentos orgnicos.

O advento de emulses aquosas e tintas com base em solues aquosas proporcionaram uma outra dimenso para a variedade, utilizao e complexidade no campo das tintas.

Vernizes Solues de gomas ou resinas (naturais ou sintticas) em um veculo (leo secativo ou solvente voltil) que so convertidas em uma pelcula til transparente ou translcida; As propriedades dos vernizes dependem tanto do tipo de leo empregado como do tipo da resina; O bom desempenho dos vernizes particularmente ligado ao seu emprego, ou seja, excelentes vernizes para certas aplicaes podem ser inadequados para outras (pisos, paredes, interiores, exteriores, ambiente agressivo...).

Idade Mdia

(Bodas de Cana)Neste perodo surgem os primeiros registros da utilizao de vernizes como proteo para superfcies.Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de leos naturais e adio de alguns ligantes.Desde que o homem descobriu a capacidade de proteo que as tintas e os vernizes oferecem s superfcies, estes se transformaram em itens de comercializao importantssimos para a indstria de uma forma geral, abrangendo diversos setores da economia tais como o da construo civil e o automobilstico, incluindo tambm o naval e o aeronutico.

Na Europa Medieval, os manuscritos constituem a principal fonte de informao sobre a utilizao de tintas e vernizes. Foi a partir desta Era que o emprego de leos nos vernizes se iniciou. Artistas como Rembrandt Cuyp e pintores holandeses do sculo XVII, usavam como bases ligantes vernizes leos-resinosos. Leonardo da Vinci, no sculo XVI, tambm empregava um veculo similar, substituindo os vernizes naturais por leos. Em 1644, Petitot de Gnova foi um dos primeiros a sugerir que os secantes possuam um valor prtico nas tintas, embora o efeito dos secantes sobre leos vegetais tenha sido mencionado por Galen j no sculo II e por Marcellus durante o sculo IV. Naquele perodo, os leos eram purificados pelo cozimento com gua, e os secantes eram usados como agentes desidratantes. Durante a Revoluo Industrial, Watin, em 1773, foi o primeiro a descrever tecnicamente a indstria de tintas e vernizes como a conhecemos hoje. Copal e mbar eram as principais resinas utilizadas durante a poca da Revoluo Americana e as resinas e os leos eram fermentados antes da incorporao, para purific-los. Terpenteno, um solvente, era empregado como diluente e os pigmentos eram modos com uma grande pedra de forma cilndrica. Em 1790 foram estabelecidas na Inglaterra as primeiras fbricas de verniz. Em 1820, na Frana. Em 1830, na Alemanha e em 1843 na ustria.

1000 AC Egito Desenvolvimento de vernizes a partir de goma de Accia (goma arbica)1790 Inglaterra Primeira fbrica de vernizes

Quando a mistura no contm pigmentos, esta recebe o nome de verniz. Por conter pigmentos, a tinta recobre o substrato, enquanto que o verniz o deixa transparente (Santana, 2011).Verniz (varnish): uma tinta transparente, colorida ou no, sem pigmento. Esta caracterstica distingue o verniz das demais composies de revestimento.

O quadro 2 apresenta uma classificao geral das tintas na qual se observa claramente a presena de polmero em sua constituio e as formas mais usais, nas quais as tintas so conhecidas. Os vernizes representam uma derivao de uma tinta convencional com alterao de algumas caractersticas em sua formulao. Os vernizes tambm so composies importantssimas em diversas reas de aplicao e uma delas o setor moveleiro.

2.4. O QUE SO OS VERNIZES? Segundo Mano e Mendes (1999), vernizes tambm podem ser denominados tinta transparente, colorida ou no e sem pigmento. essa caracterstica que distingue os vernizes das demais composies de revestimento. Sua formulao tradicional contm leo secante, resinas e um solvente, como por exemplo, o popularmente conhecido aguarrs. Entretanto, atualmente e de forma moderna so utilizados tambm materiais derivados do petrleo, tais como o poliuretano e/ou epxi. (TINTAS e Vernizes, 2009). Um verniz uma soluo ou disperso sem pigmento, de resinas sintticas e/ou naturais em leos ou em outros meios dispersores, porm sendo frequentemente leo-resinoso, usado como revestimento protetor e/ou decorativo de diversas superfcies e que seca por evaporao, oxidao e polimerizao de partes dos seus constituintes. Por no conter pigmentos, os vernizes so menos resistentes luz que as tintas, os esmaltes e as lacas pigmentadas. Formam, entretanto, uma pelcula transparente, que acentua a textura da superfcie revestida. (Cristina, 2012). As propriedades de um verniz dependem da natureza da resina e do leo na qual ela se dissolve. Uma resina dura misturada com leo de soja fornecer uma pelcula com propriedades similares obtida com uma resina mole e leo de tungue (um tipo de madeira da China). Um verniz contendo alta proporo de leo em relao resina apresenta maior flexibilidade do que o que contm uma porcentagem menor de leo. Com a variedade de resinas sintticas existentes atualmente e as modificaes que se podem introduzir com os diversos tipos de leos, os vernizes e as lacas podem ser preparados para atender as mais diversas finalidades. (TINTAS, Vernizes, Esmaltes e Lacas, 2012). Existem trs classes menores nas quais os vernizes se subdividem: Vernizes a leo: so solues de uma ou mais resinas, naturais ou sintticas, num leo secativo que reduz a fragilidade natural da pelcula de resina pura e num solvente inteiramente voltil e no formador de 30 pelcula. Tinham antigamente, uma importncia fundamental, mas foram substitudos, em grande parte, pelos vernizes base alqudica ou de uretanas, em virtude da maior durabilidade, do menor amarelecimento, da facilidade de aplicao e da beleza dos novos produtos. Vernizes a lcool: so solues de resinas em solventes volteis metanol, etanol e hidrocarbonetos. So os que secam com maior rapidez, mas tendem a ser quebradios, e com o tempo, podem descascar, a menos que se adicionem aditivos plastificantes. A preparao destes vernizes envolve a agitao vigorosa e, em alguns casos, o aquecimento, para ser atingida a solubilizao desejada. Um exemplo importante de verniz a lcool a goma-laca, uma soluo de goma-laca em metanol ou em lcool etlico. Verniz charo (laca japonesa): raramente usado. Os vernizes do tipo charo so opacos, aos quais se adicionam asfalto ou um material semelhante, a fim de que se adquira cor e lustre. A presso mundial no sentido de reduzirem-se os solventes poluentes da atmosfera nos vernizes e nas tintas, juntamente com o desejo de se ter a limpeza das ferramentas e das sobras de trabalho feita gua, levaram ao desenvolvimento de vernizes base de gua. (Cristina, 2012). Assim como os vernizes, a lacas tambm representam uma derivao das tintas, porm sua constituio mais rudimentar e sua principal vantagem a facilidade de aplicao, o que as tornaram muito populares e utilizadas em todo o mundo.

Tpico 3 Variveis do processo favorveis utilizao do verniz Preparao da composio em grande quantidade com timo controle da viscosidade; Facilidade no ajuste final do produto acabado; Facilidade de remoo da pelcula em caso de repintura. Num segundo estudo foi realizada uma avaliao da relao das caractersticas do verniz com as causas problemticas e foram observadas as seguintes constataes: A resistncia mecnica e qumica da pelcula curada limitada pela prpria natureza termoplstica do verniz. Sistemas monocomponentes (termoplsticos) apresentam ponto de fuso inferior aos sistemas bi-componentes (termofixos), fator este 79 responsvel pela maior vulnerabilidade da composio ao efeito da oxidao. Num terceiro estudo foi realizada uma pesquisa com o apoio de fornecedores para descobrir que tipo de material substituiria com eficcia o j utilizado na linha de pintura levando em considerao as seguintes questes: O layout da linha no poderia sofrer grandes transformaes com a finalidade de adaptao do novo produto; A facilidade do ajuste final da pintura do produto acabado no poderia ser dificultada em consequncia da adoo de um novo sistema; O novo sistema no poderia impedir o processo de repintura nos retrabalhos internos. Os custos agregados ao valor de compra dos novos insumos seriam limitados a uma variao de markup permitida pela rea comercial da empresa. Os testes de adaptao dos processos e os try-outs tinham que ser realizados sem exclusividade na linha de produo para no prejudicar a programao dos pedidos em andamento. Os resultados obtidos por meio da segunda etapa da investigao (segundo e terceiro estudos) so apresentados a seguir. A escolha do novo verniz foi feita com base principalmente qumica o que resultou na substituio do sistema mono-componente pelo sistema bi-componente. VERNIZ POLIURETNICO AROMTICO: uma tinta de base de um sistema poliuretnico que consiste da reao de um pr-polmero de di-isocianato com um polister. Pode ser incolor ou tingido em vrias cores. fornecido em dois componentes: A (soluo base verniz); B (catalisador: elemento que responsvel pelo incio da reao qumica que possibilita a cura da pelcula). Composio: Resina alqudica poliuretnica; Solvente Ester Butlico; 80 Mescla de solventes aromticos; Slicas; Aditivos dispersantes; Aditivos de superfcie; Aditivos fosqueantes; Solues anti-sedimentares. Resistncia ao calor: Aproximadamente 80-100C. Vantagens: Possui tima aderncia sobre metais ferrosos, vidro, madeira, cimento, plsticos, alumnio, etc.; Possui tima resistncia qumico-fsica, ao atrito, abraso, choques, presso, etc.; Inflamabilidade (chama da pelcula curada auto-extinguvel); tima dureza da pelcula curada. Desvantagens: Permite menor quantidade por lote de aplicao no processo devido ao sistema de cura por reao qumica e catlise; O processo de retrabalho no caso de repintura mais demorado por conta da maior dureza da pelcula curada. 81 4. RESULTADOS OBTIDOS Os resultados obtidos a partir das anlises realizadas com o estudo de caso esto listados a seguir. -O novo verniz aumentou satisfatoriamente a resistncia mecnica e qumica superficial dos mveis; -O layout da linha de pintura no foi alterado por conta da substituio do sistema; -O ajuste final da pintura do produto acabado no foi prejudicado; -O processo de remoo da pelcula para os casos de retrabalho sofreu ajuste apenas no tipo do solvente aplicado; -Os custos agregados do valor de compra do novo insumo foi adaptado s variaes de Mark-up permitidas pela rea comercial da empresa. De uma forma geral os ganhos obtidos com a substituio do verniz se devem em sua maior parte ao prprio sistema da resina termofixa que comparada a uma resina de sistema termoplstico apresenta as seguintes caractersticas gerais apresentadas no quadro 7. Quadro 7 - Comparao entre resinas termoplsticas e termofixas. Resinas termoplsticas Caractersticas Resinas termofixas - Resistncia ao calor + - Resistncia a solvestes + - Dureza + - Teor de slidos + - Brilho + + Aplicabilidade - + Custo dos solventes - + Custo por m2 aplicado - + Velocidade de secagem - Fonte: Donadio (20

Produo de Vernizes

Os vernizes clssicos, a leo, comportam resina ou goma, leo secativo, solventes volteis e diferentes ativos. Quando o verniz seca, seu solvente evapora-se, e o produto que permanece oxida-se no ar ou sepolimeriza, formando um revestimento duro e contnuo. A resina pode ser agoma laca, o copal, a colofnia. Solvente uma essncia mineral, a essnciade terebintina, o tolueno, o lcool, etc. Os vernizes atuais so mais freqentemente base de polmeros sintticos, como as resinas uria-formol,as resinas acrlicas e vinlicas.

Passo a passo:Mistura A produo de verniz simples e no exige as etapas de disperso e moagem.O produto feito em apenas uma etapa: a mistura. So homogeneizados em tanquesou tachos, as resinas, solventes e aditivos.Disperso Alguns tipos de vernizes necessitam, tambmdesta etapa. Quandoalgumas das matrias-primas so difceis de serem incorporadas, necessrio aplicarmaior fora de cisalhamento a fim de evitar grumos.Filtragem Concluda a mistura, o lote filtrado para remover qualquer partcula dotamanho acima do mximo permitido.Envase - Depois de aprovado pelo Laboratrio de Controle de Qualidade, o verniz ento, envasado em latas, tambores ou containeres, rotulado, embalado e encaminhadopara o estoque.

Fluxograma

VernizOs vernizes so solues de gomas ou resinas, naturais ou sintticas, em um veculo (leo secativo, solvente voltil), solues essas que so convertidas em uma pelcula til, transparente ou translcida, aps a aplicao em camadas finas. As propriedades do verniz dependem da natureza da resina e do leo na qual ela se dissolve.Historia do Verniz

Europa medievalOs manuscritos so a principal fonte de informao sobre tintas e vernizes usados durante a era medieval na Europa. Aetius, um medico escritor do seculo VI, foi um dos primeiros a sugerir o uso de leos para vernizes. O manuscrito de Lucas, da catedral do mesmo nome, escrito muitos anos depois,indica que uso de cera e cola era um bom ligante para revestimentos. Teophilus, um monge do seculo XI, fez a primeira descrio sobre a preparao de um verniz leo-resinoso, com base no cozimento de uma resina natural com oleo de linhaa. Albumina de ovo era um ligante tradicional entre os principais artistas desse perodo, inclusive no seculo XIV.

Renascena na EuropaAps a renascena, cresceu o interesse pela utilizao de leos. Durante esse perodo cada artista era seu prprio fabricante de pigmento e veculos. Vernizes com base de breu e leo de linhaa foram descritos por cennini, por volta do seculo XV, e alguns desses manuscritos esto preservados ate hoje no vaticano e em florena.Artistas como Rembrandt e Cuyp, pintor holandeses do seculo XVII, usavam como ligantes vernizes leo resinosos, Leonardo da Vinci,arquiteto, engenheiro, cientista e artista italiano do seculo XVI, tambm empregava um veiculo similar, substituindo os vernizes naturais por leos. Petitot de Gnova foi um dos primeiros a sugerir, em 1644, que os secantes possuam valor pratico nas tintas, embora o efeito dos secantes sobre leos vegetais tenha sido mencionado por Glen, j no seculo II, e por Marcellus durante o seculo IV. Naquele perodo, os leos eram purificados pelo cozimento com gua, e os secantes usados como agente desidratados. Ofato de sulfato de cobre promover propriedades secativas devia-se, provavelmente, as impurezas que continha.

Revoluo industrialWtin, em 1773, foi o primeiro a descrever tecnicamente a industria de tintas e vernizes como a conhecemos hoje. Copal e mbar eram as principais resinas durante a poca da revoluo Americana. As resinas e leos eram fermentados antes de incorporar, para purific-los. Turpenteno era empregado como diluente e os pigmentos eram modos com uma grande pedra de forma cilndrica.As primeiras fabricas de verniz foram estabelecidas, em 1790; na frana, em 1820; na Alemanha, em 1830 e na ustria, em 1843. Mas a Gr-Bretanha e a holanda foram as primeiras a produzir verniz com tcnicas mais apuradas. J.Wilson Neil, em 183, foi o primeiro a fornecer detalhes para a produo de verniz. Um dos produtos por ele descrito era fabricado numa proporo de oito libras de resina para dois a trs galoes de leo de linhaa

Os vernizes so produtos majoritariamente base de solventes orgnicos e caracterizam-se por permitirem um revestimento transparente, com diferentes brilhos e de grande dureza. H tambm vernizes base de gua, mais fceis de aplicar e limpar, e que levam menos tempo para secar. Alguns tipos so transparentes e outros coloridos, havendo tambm a variedade com corantes prprios para usar em madeira natural para imitar cores de diferentes madeiras, tais como mogno-escuro, pinho-antigo e tea.

Constituio do VernizSubstncia lquida, constituda por resinas, solventes e aditivos, que, aps aplicao, sofre um processo de cura e se converte em uma pelcula transparente, aderente e flexvel.

Produo de Vernizes

Os vernizes clssicos, a leo, comportam resina ou goma, leo secativo, solventes volteis e diferentes ativos. Quando o verniz seca, seu solvente evapora-se, e o produto que permanece oxida-se no ar ou sepolimeriza, formando um revestimento duro e contnuo. A resina pode ser agoma laca, o copal, a colofnia. Solvente uma essncia mineral, a essnciade terebintina, o tolueno, o lcool, etc. Os vernizes atuais so maisfreqentemente base de polmeros sintticos, como as resinas uria-formol,as resinas acrlicas e vinlicas.

Passo a passo:Mistura A produo de verniz simples e no exige as etapas de disperso e moagem.O produto feito em apenas uma etapa: a mistura. So homogeneizados em tanquesou tachos, as resinas, solventes e aditivos.Disperso Alguns tipos de vernizes necessitam, tambmdesta etapa. Quandoalgumas das matrias-primas so difceis de serem incorporadas, necessrio aplicarmaior fora de cisalhamento a fim de evitar grumos.Filtragem Concluda a mistura, o lote filtrado para remover qualquer partcula dotamanho acima do mximo permitido.Envase - Depois de aprovado pelo Laboratrio de Controle de Qualidade, o verniz ento, envasado em latas, tambores ou containeres, rotulado, embalado e encaminhadopara o estoque.

Fluxograma

Tipos de VernizSo encontrados dois tipos de vernizes: base de leo e base de solventes. Os primeiros contm uma resina e leo secativo como elementos bsicos paraformao de pelcula, sendo transformados em pelcula til por reaes qumicas com O2 do ar, por exemplo. Os segundos so convertidos em pelcula tilprincipalmente pela evaporao do solvente.As propriedades dependero da natureza da resina e do leo no qual ela sedissolve. Um verniz contendo uma alta proporo de leo em relao resina apresenta maior flexibilidade do que o que possui porcentagem menor de leo (oscomponentes do veculo podem funcionar como plastificante), alis o grande avano apresentado na fabricao de vernizes lacas e esmaltes decorrente do advento do baquelite (polmero fenolformaldedo) e de outras resinas sintticas.Sendo assim a enorme variedade de resinas existentes atualmente e as modificaes que se podem introduzir com os diversos tipos de leos, os vernizese as lacas podem ser preparados para atender as mais diversascondies. Deve-se sempre empregar o tipo de verniz ou laca adequado para cada caso especial,um verniz que possua alta resistncia gua pode ser muito quebradio para usoem assoalhos, ou um verniz para interiores pode ser inadequado para exteriores.As lacas so compostas de um veculo voltil, uma resina sinttica, umplastificante, cargas e corantes (ocasionalmente). Os solventes so steres, leode banana, acetato de amila, cetonas e lcoois. As cargas so lquidos de baixocusto, geralmente no solventes das resinas, e tm por finalidade diminuir aviscosidade, lcoois e hidrocarbonetos. Os plastificantes so para se obterpelculas flexveis, agindo como lubrificantes internos das macromolculas do polmero ou resina, leo de mamona, polisteres, etc..Verniz poliuretnico- Produto base de solvente, que proporciona acabamento durvel e resistente a calor e lcool. Leva de 4 a 6 horas para secar e preciso esperar de um dia para o outro para aplicar nova demo. encontrado em acabamento fosco e alto brilho.Verniz acrlico- base de gua, seca em 1 hora. No amarela com o tempo como os vernizes base de solvente, mas no to resistente, sendo necessrias vrias demos. Encontrado em acabamento acetinado, fosco, semifosco e alto brilho, todas elas nas verses transparentes ou com pigmentos.Verniz para efeito de craquel- um produto especial usado para dar acabamento de craquel. O nome aplicado imprecisamente a dois diferentes tipos: um usado entre duas camadas de tintapara deixar rachada a camada superior, enquanto o outro um sistema de verniz de duas camadas em que a camada de secagem mais rpida aplicada sobre uma base que seca mais devagar.Verniz em spray- base de solvente, encontrado em acabamento fosco ou com brilho e nas verses adequadas para mobilirio ou retoque e proteo da pintura. til para decorar itens pequenos de formato complicado, mas dispendioso para reas grandes.Verniz leo - o tradicional acabamento transparente para madeira, feito com leos e resinas naturais diludas em aguarrs.Verniz lcool- feito diluindo-se goma laca ou outra resina em lcool metilado. Seca de 15 a 30 minutos, formando uma pelcula dura mas quebradia, que no a prova de gua ou lcool. difcil pass-lo com pincel, portanto aplicado com uma boneca ou sobre a camada de base antes do esmalte, para certos efeitos de pintura. Compre apenas a quantidade necessria, porque um produto que no se conserva bem.Verniz alqudico- base de solvente, porm mais forte do que os vernizes tradicionais leo. Leva de 4 a 6 horas para secar, e a segunda demo s pode ser dada depois de cerca de 12 horas. O acabamento pode ser fosco ou alto brilho, nos tipos colorido e transparente. tipos modificados (verniz para barcos) so muito durveis e utilizados com seladores para pisos.Laca ou verniz de celulose- Produto especial usado em mveis para dar um acabamento durvel. desagradvel trabalhar com ele e no se encontra facilmente no mercado.