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1 UMA ABORDAGEM SOBRE AS PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DAS EDIFICAÇÕES. Vinicius Mendonça Figueiredo da Silva ¹ Bruno Pereira Góes ² RESUMO O presente artigo tem por objetivo abordar a importância das perícias de engenharia, executando vistorias prediais de forma a prevenir acidentes e manter em dia a manutenção das edificações em um aspecto geral. Tendo em vista que, para manter a manutenção em dia é necessário seguir a NBR 5674, que aborda a periodicidade dos sistemas construtivo, tais como fachada, sistema elétrico, revestimentos, elevadores, entre outros. Há a necessidade de um Engenheiro para assessorar o condomínio, porém é uma prática pouco praticada que o síndico muita das vezes não sabe. Esta falta de manutenção poderá ocasionar acidentes, por isso a importância de uma vistoria predial com foco no diagnóstico correto e nas correções a serem feitas. PALAVRAS-CHAVE: Vistoria Predial, Inspeção, Diagnóstico, Engenharia, Manutenção Predial ABSTRACT The present article aims to address the importance of building surveys as a way to prevent accidents and keep up-to-date the maintenance of buildings in a general aspect. Considering that, to keep the maintenance up to date, it is necessary to follow the NBR 5674, which deals with the periodicity of the building systems, such as the façade, electrical system, cladding, elevators, among others. There is a need for an Engineer to advise the condominium, but it is a practice little practiced, which the liquidator often does not know. This lack of maintenance may lead to accidents, so the importance of a building survey focusing on the correct diagnosis and the corrections to be made. Keywords: Building inspection, Diagnostics, Engineering, Building maintenance. _____________________________ ¹ Engenheiro Civil pela Universidade Veiga de Almeida, cursando MBA em Gerenciamento de Projetos e especialização em Engenharia de Avaliações e Perícias. E-mail: [email protected] ² Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, MBA em Gerenciamento de Obras e Empreendimentos. E-mail: [email protected]

UMA ABORDAGEM SOBRE AS PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA … · A NBR 13752 classifica as seguintes espécies de perícias: 1.1 Arbitramento Quando envolve a tomada de decisão ou posição

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UMA ABORDAGEM SOBRE AS PERÍCIAS DE

ENGENHARIA NA MANUTENÇÃO PREVENTIVA DAS

EDIFICAÇÕES.

Vinicius Mendonça Figueiredo da Silva ¹

Bruno Pereira Góes ²

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo abordar a importância das perícias de engenharia,

executando vistorias prediais de forma a prevenir acidentes e manter em dia a

manutenção das edificações em um aspecto geral. Tendo em vista que, para manter a

manutenção em dia é necessário seguir a NBR 5674, que aborda a periodicidade dos

sistemas construtivo, tais como fachada, sistema elétrico, revestimentos, elevadores,

entre outros. Há a necessidade de um Engenheiro para assessorar o condomínio, porém

é uma prática pouco praticada que o síndico muita das vezes não sabe. Esta falta de

manutenção poderá ocasionar acidentes, por isso a importância de uma vistoria predial

com foco no diagnóstico correto e nas correções a serem feitas.

PALAVRAS-CHAVE: Vistoria Predial, Inspeção, Diagnóstico, Engenharia, Manutenção

Predial

ABSTRACT

The present article aims to address the importance of building surveys as a way to

prevent accidents and keep up-to-date the maintenance of buildings in a general aspect.

Considering that, to keep the maintenance up to date, it is necessary to follow the NBR

5674, which deals with the periodicity of the building systems, such as the façade,

electrical system, cladding, elevators, among others. There is a need for an Engineer to

advise the condominium, but it is a practice little practiced, which the liquidator often

does not know. This lack of maintenance may lead to accidents, so the importance of a

building survey focusing on the correct diagnosis and the corrections to be made.

Keywords: Building inspection, Diagnostics, Engineering, Building maintenance. _____________________________

¹ Engenheiro Civil pela Universidade Veiga de Almeida, cursando MBA em

Gerenciamento de Projetos e especialização em Engenharia de Avaliações e Perícias.

E-mail: [email protected]

² Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, MBA em

Gerenciamento de Obras e Empreendimentos. E-mail: [email protected]

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INTRODUÇÃO

A Inspeção Predial é uma vistoria para se avaliar os estados de conformidade

de uma edificação, mediante aspectos de desempenho, exposição ambiental, utilização

e operação, observando sempre às expectativas dos usuários (NEVES, D. & BRANCO,

L. 2009). Para NEVES, D & BRANCO, L., 2009 as falhas decorrentes da falta de

manutenção ou falhas na construção vêm causando mortes em larga escala, sendo

injustificáveis, pode-se citar quedas de fachada, infiltrações, vazamentos, desabamento

de marquises e incêndios. A inspeção predial requer um conhecimento técnico

específico e um domínio de distintas áreas do conhecimento (BIGOLIN, M; PACHECO,

L.S; SILVA FILHO, L.C.P, IBRACON, 2014).

Conforme Antoniazzi (2009), citado por SILVA, G. 2014, qualquer edificação tem

uma determinada vida útil que pode ser maior ou menor, dependendo de vários fatores

como, por exemplo, a qualidade dos materiais empregados na construção, as condições

a que as mesmas estão expostas e a existência de uma manutenção periódica. Um

programa eficiente de inspeção/manutenção periódica assegura a durabilidade das

edificações e permite determinar prioridades para as ações necessárias ao

cumprimento da vida útil prevista. (SILVA, G. 2014)

Os problemas patológicos originados por manutenção inadequada ou mesmo

por ausência desta, têm sua origem no desconhecimento técnico, na incompetência, no

desleixo e em problemas econômicos. A falta de alocação de verbas para a manutenção

pode vir a tornar-se fator responsável pelo surgimento de problemas estruturais de maior

monta, implicando gastos significativos e, no limite a própria demolição da estrutura.

Para ABNT NBR 13752:

“A norma da ABNT NBR 13.752 dispõe sobre as perícias de

engenharia na construção civil. Determina que as perícias sejam

acompanhadas pela ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), de

acordo com a Lei 6.496/77.

Os vícios são anomalias que prejudicam o desempenho de produtos

ou serviços, ou inadequação deste no cumprimento do seu, que

acarretam perturbações e danos materiais ao consumidor.

A vistoria é a comprovação de um caso, por meio de estudo

circunstanciado e com um detalhamento dos componentes que o

compõe. ”

Na inspeção predial não há a afirmação de conformidade de determinados

critérios, há sim a análise conjunta das condições relativas à edificação e de eventuais

anomalias e falhas, tomando como apoio, os documentos coletados e os fatos

vistoriados, de forma a culminar com as relativas recomendações a cada conclusão.

Tais recomendações podem abranger, inclusive, a contratação de outra ferramenta

diagnóstica, desde que esgotada a contribuição da inspeção. (VERVLOET, S., 2018).

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SIQUEIRA, R., 2014, relata que a manutenção predial precisa ser pensada

estrategicamente, de forma organizada para resultados da organização/edificação,

deixando de ser apenas eficiente para se tornar eficaz. É preciso reduzir a probabilidade

de uma possível parada não planejada, em um sistema de instalação por exemplo. Para

Gomide, at. al (2006, p.61) citado por BOHN, T. 2017, a manutenção é definida como

um “conjunto de atividades e recursos que garanta o melhor desempenho da edificação

para atender às necessidades dos usuários, com confiabilidade e disponibilidade ao

menor custo possível.”

Para a CBIC (2013) citado por VIEIRA, F., 2015, é de extrema importância a

manutenção preventiva, devendo ser entregue o manual de uso e operações ao

proprietário. A durabilidade da edificação, está mais ligado a manutenção preventiva do

que fatores relacionados a projeto e execução da obra.

“O processo de produção das edificações normalmente vinha sendo

observado como constituído de apenas duas etapas: o projeto e a

execução em canteiro. Entretanto, a edificação construída não pode

ser entendida, ela própria, como a realização do objetivo do processo,

pois é somente após a conclusão do projeto e da execução da

edificação que ela pode ser colocada a serviço dos seus usuários e,

servindo-os adequadamente em relação ao previsto, ou seja, realizar

o motivo pelo qual a edificação foi produzida.

A qualidade da documentação técnica produzida ao longo das fases

de projeto e execução e seu direcionamento para esclarecer dúvidas

relativas às etapas de conservação, uso e manutenção, e da

operação dos equipamentos sistematizadas na forma de manuais

das edificações tem sido outro instrumento para melhorar a

comunicação no processo, e este é o foco desta Norma.

[...] Esta Norma estabelece os requisitos para elaboração e

apresentação dos conteúdos a serem incluídos no manual de uso,

operação e manutenção das edificações elaborado e entregue pelo

construtor/incorporador. (NBR 14037:2011)”.

Diante deste contexto, o estudo tem como base mostrar as perícias de

engenharia que precisam ser realizadas em condomínios de todos os tipos e classes,

executando vistorias prediais com a finalidade de realizar laudos que auxiliem os

síndicos para efetuarem as manutenções preventivas. A figura do engenheiro como

agente de prevenção de acidentes deverá ser levada à risca nos condomínios, o que

hoje não é tão praticado nas cidades. Os objetivos específicos deste trabalho é realizar

a identificação dos problemas recorrentes da falta de manutenção das edificações

ocasionadas pela falta de perícias de engenharia para diagnosticar as patologias

existentes; descrever a importância das Normas regulamentadoras de reforma,

manutenção predial, uso e operação, entre outras que serão aplicadas nas edificações.

O estudo fundamentou-se por meio de pesquisa qualitativa, de natureza

bibliográfica que traz a compreensão de autores sobre os temas abordados. Para o

desenvolvimento do trabalho, foi necessário o referencial teórico para embasamento

técnico do assunto, trazendo autores renomados baseados em normas e dados bem

consistentes.

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1. PERÍCIAS DE ENGENHARIA EM EDIFICAÇÕES

A NBR 13752 define Perito de Engenharia, como o profissional legalmente

habilitado pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) com

atribuições para proceder a perícia. Dentre elas, podendo ser Perícia Judicial, Extra

Judicial e Assistência Técnica de um processo judicial. Nos processos judiciais, muitas

vezes o Juiz precisa analisar e emitir uma sentença sobre questão que envolve a

necessidade de conhecimentos técnicos especializados que extrapolam a sua

formação. Nesses casos ele se utiliza da assistência de profissionais qualificados e que

estejam legalmente habilitados para transmitir-lhe as informações necessárias. Esses

profissionais são denominados Peritos Judiciais (VITÓRIO, A. 2003).

A NBR 13752 classifica as seguintes espécies de perícias:

1.1 Arbitramento

Quando envolve a tomada de decisão ou posição entre as alternativas

tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos.

1.2 Avaliação

Quando envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário de um

bem, de um direito ou de um empreendimento.

1.3 Exame

Inspeção, por meio de perito, sobre pessoa, coisas, móveis e semoventes para

verificação de fatos ou circunstâncias que interessem à causa.

1.4 Vistoria

Quando envolve a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e

descrição minuciosa dos elementos que o constituem.

Geralmente as perícias são originadas pelos seguintes tipos de ocorrências:

● Ações judiciais;

● Ações administrativas;

● Ações extrajudiciais.

De acordo com o Artigo 145 do CPC:

“Art. 145

Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou

científico, o Juiz será assistido por Perito, segundo o disposto no art.

421.

§ 1o Os Peritos serão escolhidos entre profissionais de nível

universitário,devidamente inscritos no órgão de classe competente,

respeitado o disposto no Capítulo VI, seção VII, deste Código.

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§ 2o Os Peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que

deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que

estiverem inscritos.

§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que

preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos

Peritos será de livre escolha do Juízo. ”

1.5 Vícios construtivos

Para VITÓRIO, A. 2003, Vícios construtivos são anomalias da construção; vícios

por inadequação de qualidade prometida ou esperada, ou de quantidade, são falhas

que tornam o imóvel impróprio para o uso ou lhe diminuem o valor. Isso acontece em

casos específicos. Por exemplo, um pequeno defeito na pintura, alguma pequena falha

no rejuntamento de azulejos, uma esquadria mal regulada, entre muitos outros, nem

tornam o imóvel impróprio para uso e nem lhe diminuem o valor. De acordo com o CDC

– Código de defesa do consumidor, é obrigatório o respeito às normas técnicas

brasileiras elaboradas pela ABNT, e sua desobediência corresponde a uma infração,

ensejando as sanções cabíveis.

1.6 Defeitos

São falhas que fazem com que o fornecimento de produtos ou serviços afetem

ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor. Os vícios e os defeitos podem

ser aparentes ou ocultos. Vícios ou defeitos aparentes são os de fácil constatação, que

podem ser notados quando da entrega do imóvel. Os demais são os vícios ocultos que

diminuem, ao longo do tempo, o valor da coisa ou a tornam imprópria ao uso a que se

destina. Se o consumidor, na aquisição do serviço ou produto, tivesse conhecimento do

vício oculto, poderia pleitear abatimento no preço ou desistir da compra. Vale ressaltar

que, de acordo com o Artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, somente é

possível ao consumidor pleitear abatimento do preço ou desistir da compra no caso da

existência de vícios que tornem o imóvel impróprio para o uso ou diminuam o valor,

respeitadas as variações decorrentes da natureza do produto, no caso, imóvel

construído, e desde que o consumidor tenha exigido a reparação do vício e o mesmo

não tenha sido sanado no prazo entre 7 e 180 dias, conforme pactuado entre as partes.

(VITÓRIO, A. 2003)

1.7 Danos

São as consequências dos vícios e defeitos que, na construção civil, afetam a

própria obra, ou o imóvel vizinho, ou os bens, ou as pessoas nele situados, ou ainda a

terceiros (transeuntes e outros). A partir da entrega do imóvel (chaves), de modo geral,

o consumidor tem 90 dias para reclamar do vício ou defeito. Quando for o caso de vícios

ou defeitos de fácil constatação, o consumidor tem 90 dias, após a entrega da obra,

para reclamar. Quando se trata de vício ou defeito oculto, os 90 dias começam a correr

a partir do momento em que tal falha é constatada. No caso de vícios, esse prazo de 90

dias após constatada a imperfeição oculta pode ser utilizado até o último dia do quinto

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ano contado a partir da data da entrega da obra. Já para o defeito (que afeta a solidez

e a segurança da obra ou a saúde do morador), esse prazo se estende até 20 anos.

Entende-se aqui entrega da obra como entrega das chaves ao consumidor, e não o

“habite-se”. (VITÓRIO, A. 2003)

Porém, esse prazo de 90 dias se interrompe com “a reclamação

comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e/ou

serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma

inequívoca” (art. 26, II, parágrafo 2o do CDC). Portanto aconselha-se que esta

reclamação seja registrada em Cartório de Títulos e Documentos. (VITÓRIO, A. 2003)

Dentre estes itens acima citados, pode-se concluir que se faz necessário sempre

uma avaliação de um profissional habilitado para analisar todos os itens de uma

determinada edificação. Síndicos, administradoras e até mesmo proprietários comuns,

podem fazer a contratação de um profissional ou empresa de Engenharia para

averiguação e elaboração de laudos técnicos.

2. FALTA DE MANUTENÇÃO PREDIAL: PATOLOGIAS RECORRENTES

No Brasil a manutenção corretiva ainda é a mais utilizada, pois a nossa cultura

de consertar o que está quebrado ainda tem bastante força, pois a maioria dos usuários

e síndicos não consegue perceber a importância e os benefícios de se fazerem as

manutenções preventivas, pois não querem gastar com esse tipo de prevenção, apesar

de que a manutenção corretiva é mais cara do que a manutenção preventiva, pois os

elementos e/ou equipamentos já se encontram com estado de deterioração avançado.

VILLANUEVA, M., 2015 acrescenta que na construção civil, as patologias estão

intrinsecamente ligadas com o desempenho da estrutura em si – o baixo, ou o fim dele,

tangendo à estabilidade, a estética, a usabilidade e, principalmente, a durabilidade

dessa com relação às condições em que está submetida.

Majoritariamente, são divididas em:

2.1 Patologias das estruturas

São patologias encontradas na própria estrutura da edificação que, caso não

tratadas, podem comprometer a integridade da edificação.

As mais corriqueiras, e seus respectivos fatores intervenientes são:

2.1.1 Corrosão da armadura:

Causados pelo cobrimento deficiente, temperatura, umidade, tipo de cimento,

aditivos, relação água/ cimento, porosidade, processo executivo, falhas de projeto,

agressividade ambiental, entre outros.

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2.1.2 Fissuras:

Causado por deficiência de armaduras, gradiente de temperatura, detalhes

construtivos, sobrecargas não consideradas, consumo de cimento, processo de cura

incorreto, entre outros.

2.1.3 Infiltração:

Causado por falta, ou deficiência, de impermeabilização, juntas de dilatação,

retração, relação água cimento, fissuração, entre outros.

2.1.4 Manchas:

Causadas pela porosidade, umidade, materiais utilizados erroneamente, entre

outros.

2.1.5 Trincas:

Causadas pela temperatura, dilatação térmica, sobrecargas, deformações da

estrutura, recalques, cura, entre outros.

2.1.6 Ninhos de concretagem:

Causados pela relação água/ cimento, deficiência no adensamento, execução,

alta concentração de armaduras, consistência do concreto, lançamento ineficiente, entre

outros.

2.1.7 Eflorescência:

Causado pelos materiais, umidade, traço, porosidade, entre outros.

2.2 Patologias de vedações verticais, horizontais e revestimentos

Possuem caráter estético, no entanto, devem ser combatidas para garantir a

funcionalidade da edificação. Os fatores intervenientes das principais patologias nesse

cenário são:

2.2.1 Infiltração:

Porosidade do reboco, execução de juntas excessivas, presença de saibro,

deficiência ou falta de impermeabilização.

2.2.2 Descolamento de revestimento:

Hidratação da cal, presença de grande quantidade de cimento e cal na

argamassa, espessura excessiva do reboco, rugosidade da base, ausência de chapisco,

excesso de partículas finas nos agregados.

2.2.3 Desprendimento de cerâmica:

Tipo e espessura da argamassa, movimentações estruturais, dilatação térmica,

ausência de juntas, qualidade da cerâmica utilizada, limpeza da base antes da aplicação

da argamassa.

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2.2.4 Bolor:

Umidade, ventilação, traço da argamassa, local de exposição.

2.2.5 Destacamento do revestimento argamassado:

Falta de aderência na base, espessura do revestimento, falta de chapisco,

materiais impróprios.

2.3 Patologia das instalações hidrossanitárias

O sistema hidrossanitário predial é marcado pela sua complexidade funcional e

pela interação entre seus diversos subsistemas, contando ainda com uma variedade de

materiais, equipamentos e componentes (tubulações, válvulas, conexões, acessórios,

reservatórios, bombas, entre outros).

São inúmeras as razões patológicas, gerando diversas manifestações nas

edificações, que vão desde simples falhas em equipamentos até perda de vazão,

pressão e temperaturas. Dentre tais manifestações estão:

2.3.1 Problemas nas louças sanitárias;

2.3.2 Vazamentos;

2.3.3 Infiltrações;

2.3.4 Manchas de umidade.

Tendo em comum as seguintes causas:

2.3.5 Compatibilização das disciplinas dos projetos – instalações com arquitetura;

2.3.6 Tipos de materiais;

2.3.7 Ausência de especificação de componentes normalizados;

2.3.8 Detalhes de projeto adequados;

2.3.9 Conformidade dos componentes com as especificações de projeto.

2.4 Patologias em Impermeabilização

Tem-se como falha na impermeabilização a ausência da sua característica

principal – o impedimento da passagem de água – cujas principais falhas são:

2.4.1 Perfuração de mantas asfálticas pela ação de sapatos inadequados, rodas de

carrinho de mão, materiais pontiagudos, ou quaisquer objetos que danifiquem a

mesma;

2.4.2 Danos causados na obra pela excessiva colocação de peso (entulho e

equipamento) sobre a impermeabilização;

2.4.3 Perfuração da impermeabilização sem qualquer reparo, durante a execução de

deques, piscinas, antenas, varais, entre outros;

2.4.4 Danos causados à impermeabilização durante a troca de pisos;

2.4.5 Falha de mão de obra no processo de aplicação da manta asfáltica;

2.4.6 Queda de objetos sobre a área impermeabilizada;

2.4.7 Materiais, insumos e produtos não adequados nas interfaces com outros

componentes da obra.

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2.5 Patologias em coberturas

As coberturas, semelhante às impermeabilizações, tem como principal agente

patológico a água cuja fonte geradora é, majoritariamente, as chuvas. Essas

apresentam muitos vazamentos pelos seus sistemas de escoamento de águas pluviais

(calhas e tubos de queda) ou pela integridade do próprio telhado.

HILDEBRANDO, F. 2007, informa que outro fator preponderante é a exposição

às mudanças térmicas as quais as coberturas estão sujeitas gerando tensões nos seus

elementos que, caso são sejam bem projetados e compatibilizados, podem favorecer o

aparecimento de trincas e fissuras, comprometendo ainda mais a estanqueidade do

sistema.

Para uma eficiente manutenção, é necessário seguir um plano, conforme NBR

5674:2012 – Manutenção de Edificações, que dá algumas diretrizes de sistemas

prediais e algumas classificações importantes, conforme veremos abaixo:

2.6 Classificação dos tipos de manutenção

A manutenção predial pode ser classificada de diversas formas segundo a

literatura, que são elas: tipo de manutenção; origem dos problemas dos edifícios;

estratégia de manutenção adotada; periodicidade de realização das atividades e quanto

às origens a necessidade de manutenção. Em linhas Gerais, a NBR 5674 classifica em

manutenção rotineira, manutenção planejada ou preventiva e manutenção não

planejada ou corretiva.

2.7 Manutenção rotineira

É um tipo de manutenção que se caracteriza por um conjunto de serviços

simples e Padronizados de fluxo constante, que são apenas necessários equipamentos

e pessoal permanentemente disponível nas edificações. (NBR 5674:2012).

Pode-se dizer que as manutenções rotineiras são aquelas atividades diárias que

estão relacionadas com a conservação do edifício, pode-se citar como exemplo a

limpeza e lavagens de áreas comuns. (SILVA, M., 2018)

2.8 Manutenção planejada ou preventiva

Caracteriza-se pelo planejamento realizado anteriormente para a execução do

serviço, tendo como base as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade

esperada dos componentes das edificações em uso definidas pelas normas ou através

de relatórios de inspeções periódicas sobre o seu estado de deterioração. (NBR

5674:2012).

O planejamento dos serviços de manutenção requer a elaboração de uma

previsão detalhada dos métodos de trabalho, ferramentas e equipamentos necessários,

condições especiais de acesso, cronograma de realização e duração dos serviços de

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manutenção, consoante recomendações da norma de Manutenção de Edificações

GOMIDE, 2009 citado por SILVA, M., 2018.

2.9 Manutenção não planejada ou corretiva

São ocasionadas pelos serviços não previstos na manutenção planejada, ou

seja, é uma manutenção de emergência, exigindo intervenção imediata, para garantir a

continuidade do uso ou evitar riscos graves de acidente ou prejuízos pessoais e

patrimoniais aos seus usuários. (NBR 5674:2012).

3. A NORMA DE REFORMA (NBR16280) E DE MANUTENÇÃO (NBR5674)

COMO PREVENÇÃO DE PATOLOGIAS

Toda edificação é planejada para atender às necessidades de seus usuários por

muito tempo, entretanto, estes não se planejam para atender as necessidades da

edificação ao longo do tempo. É de fundamental importância o planejamento de

sistemas de manutenção para corrigir e até mesmo antever falhas nos sistemas

constituintes de cada edificação. (GONZALES, E. & URIAS, C., 2016).

Para o engenheiro Teixeira, citado por GONZALES, E. & URIAS, C., 2016:

“A NBR 16.280 criou parâmetros e procedimentos técnicos com o

objetivo de reduzir riscos existentes em qualquer obra e evitar

transtornos menores, como infiltrações ou fissuras em apartamentos

vizinho. Ao exigir que toda reforma tenha um plano de execução prévio

e que seja analisado por profissional habilitado, evita-se que erros

simples ocorram e acidentes aconteçam’’.

BARBOSA, A., 2016, informa que o conceito de reforma é amplo e significa

intervenção em edificações existentes, independentemente do tipo ou objetivo da obra.

Diversos são os tipos de intervenções que podem ser realizados em uma edificação

como a reabilitação (questões de segurança, qualidade dos sistemas, desempenho,

patologias construtivas), a renovação (mudanças de uso e estéticas), o retrofit

(modernização, atualização dos sistemas, inserção de tecnologias sustentáveis) e o

restauro (recuperação de características construtivas originais de edificação com

contexto histórico).

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3.1 A ABNT NBR 16280 define o que deverá contemplar no plano de

Reforma:

A ABNT define abaixo os pontos principais e etapas que deverá ter em cada plano.

3.1.1 Atendimento às legislações vigentes e normas técnicas pertinentes;

3.1.2 Meios que garantam a segurança da edificação e dos usuários, durante e após

conclusão da obra;

3.1.3 Autorização para circulação, nas dependências da edificação, dos insumos e

funcionários que realizarão as obras nos horários de trabalho permitido;

3.1.4 Apresentação de projetos, desenhos, memoriais descritivos e referências

técnicas, quando aplicáveis;

3.1.5 Escopo dos serviços a serem realizados;

3.1.6 Identificação de atividades que propiciem a geração de ruídos, com previsão dos

níveis de pressão sonora máxima durante a obra;

3.1.7 Identificação de uso de materiais tóxicos, combustíveis e inflamáveis

3.1.8 Localização e implicação no entorno da reforma;

3.1.9 Cronograma da reforma

3.1.10 Dados das empresas, profissionais e funcionários envolvidos na realização da

reforma;

3.2 A responsabilidade técnica pelo projeto, pela execução e pela supervisão das

obras, quando aplicável, deve ser documentada de forma legal e apresentada para a

nomeação do respectivo interveniente

3.3 Planejamento de descarte de resíduos, em atendimento à legislação vigente

3.4 Estabelecimento do local de armazenamento dos insumos a serem empregados

e resíduos gerados;

3.5 Implicações sobre o manual de uso, operação e manutenção das edificações,

conforme ABNT NBR 14037, e na gestão da manutenção, conforme ABNT NBR 5674,

quando aplicável.

As obras de reforma possuem particularidades em relação a construções novas, como a execução com as edificações em funcionamento, a falta de informações sobre os sistemas estruturais e de instalações existentes, a descoberta de interferências não previstas durante a execução, a não compatibilidade das características do edifício com o programa de necessidades do projeto e os riscos do comprometimento da segurança. Mesmo diante desses desafios não existia até pouco tempo, norma especifica para regularizar a execução das obras de reforma. (ANDERY, P., 2016)

Apesar de representativo e de sua crescente demanda, o setor de obras de

reformas apresenta certo grau de informalidade, sendo que, segundo pesquisa

realizada pelo Instituto Datafolha e encomendada pelo Conselho de Arquitetura e

Urbanismo ou CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, 54% da

população economicamente ativa já construiu ou reformou algum imóvel residencial ou

comercial. No total deste percentual, cerca de 85% executaram o serviço por conta

própria ou com auxílio de pedreiros e mestres de obras, e apenas 14% contrataram um

responsável técnico arquiteto ou engenheiro, para a execução da obra. (ANDERY, P.,

2016)

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Para SANTOS, D., 2017 Após a elaboração do plano de reformas o morador

executante da reforma deve comunicar formalmente ao síndico a sua intenção de

realização de obras. Para tanto deve entregar o plano de reformas, sua respectiva ART

ou RRT, alvará de aprovação na prefeitura e quaisquer outras documentações

requeridas na normativa interna do condomínio. Após todo processo de obras de

reforma, o executante deverá emitir um termo de encerramento das obras para o síndico

e atualizar no manual do proprietário conforme termos da ABNT NBR 14037:2014, caso

a unidade não tenha este manual, cabe a ele prover a elaboração.

VARGAS, A. & CAMPOS, R., 2014, informa sobre os sistemas constituintes de

uma edificação e acrescenta a periodicidade em que deverá ser executado a

manutenção. foi baseada em recomendações dos fabricantes, assim como também pelo

Programa de Manutenção Preventiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil do

Estado específico. Outro parâmetro respeitado para elaboração foi o agrupamento de

atividades de diversos sistemas que possuem intervalos iguais ou semelhantes para um

mesmo período de atividades de manutenção, facilitando assim a contratação e gestão

do plano.

Fonte: VARGAS, A. & CAMPOS, R., 2014 – Proposta de um plano de manutenção predial

preventiva para um edifício residencial.

A correta execução do plano de manutenção irá garantir além de segurança e

integridade da edificação, o cumprimento do quadro de garantias que a construtora irá

fornecer no ato de entrega do imóvel. Para tal, o controle dos profissionais habilitados

na execução das atividades e os períodos para cada sistema, devem ser controlados e

homologados pela equipe técnica da construtora executora da edificação. (VARGAS, A.

& CAMPOS, R., 2014).

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CONCLUSÃO

Edificações são onerosas para serem executadas e com vida útil longínqua, no

entanto a garantia de maximização desta, do satisfatório desempenho estrutural e

funcional só será obtida através de uma manutenção predial eficiente e constante. É

possível concluir, portanto, que a melhor alternativa a fim de evitar os avanços

patológico ainda é a prevenção. Essa deve ser feita desde o correto projeto à execução

da obra dentro dos parâmetros normativos de qualidade, mas, principalmente, por meio

de um programa de manutenção predial rotineiro, visando facilitar as verificações dos

estados de deterioração e favorecer a redução de custos dos tratamentos posteriores.

Nesse sentido, o desempenho adequado das instalações, a vida útil da

edificação, o perfeito funcionamento do equipamento, devem fazer parte das obrigações

da gerência, devendo essa estar capacitada, ou ao menos contratar profissionais que

estejam aptos a diagnosticar, efetuar reparos e tomar os cuidados com patologias que

tenham aparecido ou que possam vir a aparecer no caso de descaso, prolongando a

durabilidade daquele patrimônio que foram incumbidos de gerir. Sempre que houver a

necessidade de uma perícia de engenharia, deverá ser executada por um profissional

ou empresa habilitada pelos Conselhos. As normas de reforma e normas de

manutenção predial, deverão ser seguidas à risca até para legal de uma auditoria em

que poderá ser contratada.

Ainda foi visto, que os vícios construtivos, defeitos ou danos causados ao

morador de uma unidade imobiliária, deverá ter seu imóvel periciado por um profissional

habilitado, para elaboração de um laudo técnico capaz de identificar essas patologias

existentes nos sistemas construtivos. Muitos dos problemas encontrados em áreas

comuns da edificação, o responsável pela cobrança à construtora será o síndico, que

pelo Código Civil em seu artigo 1.348, Inciso II, informa que ele representa o condomínio

ativamente e passivamente praticando os atos em defesa a assuntos dos interesses

comuns.

É necessário que todos os moradores sigam corretamente as instruções, quanto

a reformas e manutenção da edificação. A contratação de um profissional ou empresa

habilitada, impactará em menos problemas no futuro, pois o morador terá uma

certificação legal, emitida através de uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)

que houve uma inspeção, planejamento, acompanhamento de um profissional habilitado

para tal assunto.

A manutenção predial tem muito a crescer e a mudar o pensamento de síndicos,

administradoras de condomínio e condôminos, será preciso mudar a mentalidade

dessas pessoas, que pensam em consertar apenas o que está quebrado e não manter

o que está em funcionamento. É um paradigma difícil de ser quebrado, pois envolve

opiniões diversas de pessoas que já vivenciaram experiências na vida que a levaram

crer que não é necessário um acompanhamento ou manter o que está em

funcionamento.

A falta de um hábito formal de avaliação de um plano de reforma impacta

diretamente na qualidade da construção daquele determinado imóvel e atinge também,

uma zona de influência entre os demais, caso não seja feita corretamente. Quando um

profissional habilitado (engenheiro ou arquiteto) acompanha a execução do serviço,

dificilmente poderá sofrer impactos negativos, pois todo plano de reforma foi aprovado

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e vistoriado pelo síndico, o qual também deverá passar por uma instrução técnica da

exigência deste referido documento.

Sendo assim, a maior parte das patologias encontradas em edificações tem

natureza simples, o qual seria possível identificar antes de executar o serviço durante a

fase da construção. Uma vez feito errado, poderá custar até 5 vezes mais para reparar

este “pequeno erro” cometido e não fiscalizado corretamente. A prevenção deve ser

feita desde o correto projeto até a execução dentro dos parâmetros normativos de

qualidade, mas principalmente por um programa de manutenção rotineiro o qual tem

como objetivo facilitar as verificações dos estados de deterioração dos sistemas

construtivos e favorecer a redução de custos dos tratamentos posteriores.

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