Uma Canção Inesperada - Cap.26

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    Uma Cano Inesperada

    Captulo 26"Ops, desculpe!""No tem problema; no sujou o meu vestido," respondeu Elizabeth.Ela pegou um guardanapo do bar e limpou as manchas de sangria* de seu antebrao, o resultado

    de uma coliso com uma mulher gesticulando descontroladamente que evidentemente tinha bebido pordemais. Elizabeth continuou em seu caminho atravs da multido, finalmente chegando ao extremo do bar onde Charlotte e Jane esperavam-na.

    "Desculpe o atraso," ela gritou, para ser ouvida acima da multido. Ela chegado em casa depoisde seu encontro e achou uma nota de Jane sugerindo que elas se encontrassem no restaurante. Janeodiava chegar atrasada e provavelmente no queria deixar Charlotte esperando. Mas dados os olharessugestivos que Charlotte estava trocando com o barman, parecia que ela poderia ter-se divertido duranteo tempo que fosse necessrio.

    "Voc tem que nos atualizar de tudo." Charlotte encheu um copo de sangria e empurrou-o namo de Elizabeth.

    "Eu suponho que vocs j tenham posto nosso nome na lista para uma mesa?""Assim que eu cheguei aqui. Vai ser mais vinte minutos, pelo menos, talvez mais." espera de uma mesa era parte da experincia emCha Cha Cha , um bistr com temtico

    caribenho popular em Haight-Ashbury. Clientes amontoavam-se no bar, espera de uma hora ou mais para uma mesa enquanto tomavam jarros de sangria e amaldioavam a poltica de sem reservas dorestaurante. Era um dos restaurantes favoritos de Charlotte na cidade e era a uma curta distncia doapartamento de Jane e Elizabeth, embora a caminhada para casa rivalizasse com a subida de TelegraphHill.

    Elizabeth normalmente gostava do clima de festa enrgica, mas naquela noite ela desejou quetivessem escolhido um lugar mais calmo. Seu dia com William lhe tinha dado muito o que pensar, eintrospeco era impossvel em meio quela multido barulhenta. Alm disso, ela comeou a searrepender por ter recusado o convite de William para jantar.Uma mesa de canto sossegada, banhada

    pela luz das velas, uma boa garrafa de vinho, e William... e eu disse no a isso? "Como est Roger?" ela perguntou. Ela tinha a inteno de ligar para ele antes de sair para o

    restaurante, mas no houve tempo suficiente."Ele est bem," respondeu Charlotte. "Deve ter sido algo que ele comeu, porque ele esteve

    miservel por algumas horas na noite passada, mas depois ele comeou a melhorar."A conversa foi interrompida quando elas foram empurradas por um grupo de pessoas que

    tentavam encontrar um canto para se reunir. Aps a confuso ser resolvida, Jane voltou-se para

    Elizabeth. "Voc est linda esta noite, Lizzy."Sabendo que a espera por uma mesa seria longa, Elizabeth tinha tomado o tempo extra paralavar os cabelos antes de sair para o restaurante. Seu cabelo agora caia em uma cascata de cachos sobreos ombros. Ela no tinha certeza que impulso motivou-a para um esforo extra em sua aparncia estanoite, mas ela estava satisfeita com os resultados.

    "Jane est certa. Ns duas poderamos muito bem ter sacos de papel sobre as nossas cabeas, porque cada homem neste lugar est olhando para voc. Voc est praticamente brilhando. Portanto, oseu encontro com o Sr. Alto, Moreno e Pegvel correu bem?"

    Elizabeth ignorou o novo apelido de Charlotte para William. "Ns tivemos um dia muito bom.""Eu estou contente." A voz suave de Jane era quase inaudvel acima do barulho. "Eu fiquei me

    perguntando como estavam as coisas.""Mas vamos voltar," disse Charlotte, os olhos brilhantes de antecipao. "Eu quero ouvir sobre a

    noite passada. Jane disse que voc e William resolveram suas diferenas na festa, mas ambas queremosouvir o resto. Eu soube que voc no chegou em casa at quase trs."

    Elizabeth dirigiu um olhar curioso na direo de Jane.

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    "Eu ainda estava acordada, e eu ouvi voc entrar," explicou Jane."E uma vez que no se leva muito tempo para dirigir de Marin County at a sua casa, eu estou

    supondo que poderia haver uma histria interessante aqui. O qu - ou eu devo dizer onde vocsestavam fazendo tarde da noite?" perguntou Charlotte, com os olhos brilhando.

    "No foi assim," disse Elizabeth, odiando por soar to defensiva. "Deixando Rosings tarde danoite, e ele queria parar em algum lugar para tomar uma bebida, mas tudo estava fechado."

    "Voc est escondendo algo de ns. Olhe para ela, Jane

    ela est corando!"Elizabeth no pretendia mencionar nem o interldio romntico no promontrio de Marn, nem aconversa sobre seu relacionamento fsico. Ela queria o conselho de Jane sobre o assunto, mas ela jsabia o que Charlotte diria. Alm disso, aquele no era o melhor ambiente para uma conversa sria.

    "Voc deveria ver o carro novo dele. Se voc pensou que o Z3 era quente..." disse Elizabeth,habilmente jogando fora a parte desagradvel da conversao como se fosse um bife cru para um gatoselvagem com fome. O gato selvagem em questo estava encostado no bar, de modo desleixado, vestidacom um tomara que caia preto, calas pretas finas, um fabuloso par de brincos de ouro martelado, e umcolar combinando. Elizabeth sempre tinha invejado o estilo causal de Charlotte e seus um metro eoitenta, que poderiam vestir bem qualquer roupa j feita.

    Charlotte devorou a isca, como Elizabeth esperava. "Ele est com algo melhor do que o Z3?""Muito melhor. Ele comprou uma Ferrari conversvel."Charlotte engasgou. "Te acalma, corao.""Eu aposto que voc quase morreu quando viu!" Os olhos de Jane se iluminaram com um brilho

    travesso enquanto ela continuava. "Ento, eu suponho que voc j perguntou a ele se pode fazer um testdrive?"

    Elizabeth pousou o copo vazio na extremidade do bar. "Mais ou menos. Ele no pareceucontrrio ideia."

    Charlotte gemeu, sacudindo a cabea. "William Darcy em uma Ferrari. Eu acho que isso mais picante do que a lei permite. Homens como ele no deveriam ser autorizados a andar sem superviso; pode ser perigoso."

    "Mas voc tem o Roger, e ele j picante por si s," disse Elizabeth. "Vocs dois tm passadomuito tempo juntos, eu pensei que talvez o amor estivesse comeando a florescer."

    "Nas palavras imortais de Tina Turner,o que o amor tem a ver com isso? Claro, eu gosto dele,mas estamos apenas nos divertindo um pouco. Na verdade, eu tenho certeza que ele est vendo outra pessoa."

    "Isso no te incomoda?" Perguntou Jane.Charlotte deu de ombros. "Por que deveria? Voc me conhece, eu no estou procura de

    romance. Pena que William no esteja disponvel. Eu aposto que ele teria um suprimentoimpressionante de energia. Ele deve estar frustrado por ter de lidar com a nossa freirinha cantora aqui."

    "Pare com isso, Char!" disse Elizabeth em tom agudo.Jane franziu o cenho para Charlotte, balanando a cabea em desaprovao. Sua voz era suave,

    mas firme quando ela falou. "Char, voc est sendo levada. Eu sei que voc quis dizer isso como uma brincadeira, mas voc est envergonhando a Lizzy."

    "Eu sinto muito, Liz," disse Charlotte, sua expresso de remorso. "Isso foi rude e bruto e eu nodeveria ter dito isso. Excesso de sangria e minha boca para de receber ordens do meu crebro.""Sim, eu sei. Eu aprendi h muito tempo no para ouvir uma palavra do que voc diz,

    especialmente quando voc est em clima de festa.""Menina esperta. Quero dizer, voc como minha irm - inferno, eu estou muito mais prxima

    de vocs duas do que da minha irm de sangue. E, claro, isso significa que William Darcy est fora dosmeus limites, porque ele seu."

    "Ele no meu." Mas Elizabeth sentiu um pequeno arrepio percorr-la."Ah, eu acho que ele ," disse Jane, com os olhos brilhando. "Voc no viu o olhar em seu rosto

    quando ele terminou o solo na noite passada. Era to bvio que ele tinha te visto sair, e ele no podiaesperar para ir atrs de voc. Na verdade, eu tenho medo que ele possa ter ofendido alguns dos

    convidados da festa, ele apenas se afastou de um grupo deles no meio da conversa e veio me perguntarse eu sabia onde voc tinha ido."Charlotte assentiu. "Eu no estou surpresa. Baseado no que eu vi naquele fim de semana, em

    maio, eu duvido que ele me notaria ou qualquer outra mulher, mesmo se ns fizemos a Dana dos Sete

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    Claro, quanto tempo eu vou ser capaz de me manter sob controle inteiramente outra questo.Tivessem eles estado sozinhos em sua sala de estar, em vez do ambiente mais pblico do parque, eleestava bem menos certo de que teria conseguido.

    "De que est sorrindo?" perguntou Charles, pousando seu copo de vinho. "Voc parece estarmuito satisfeito consigo mesmo esta noite."

    "Eu tive um bom dia," disse William, espetando uma garfada de legumes. Apesar de seu

    episdio da falta de ar, com suas implicaes desencorajar para sua recuperao, t-lo perturbado, aquiloestava desaparecendo na importncia comparado euforia de seu tempo com Elizabeth."Com certeza, considerando o seu atual estado de esprito. O que voc fez?"William hesitou. Seu primeiro impulso foi oferecer uma resposta vaga, para manter seus

    sentimentos escondidos, mas Charles provavelmente descobriria isso por conta prpria em breve.Ambas, Sonya e Mrs. Reynolds, tinham lhe advertido que onde Elizabeth estava em causa, seu coraoestava em exposio para todos verem. Ele respirou fundo e foi em frente.

    "Passei o dia com Elizabeth Bennet. Ela me levou em uma excurso da cidade.""Aha! Ento Caroline estava certa sobre vocs dois." Charles sorriu. "E voc disse ontem noite

    que eram apenas amigos!""Eu disse que ns ramos amigos, e ns somos," disse William, lamentando imediatamente sua

    deciso de se abrir."Mas noapenas amigos; entendo. Algo aconteceu entre vocs dois em Nova York? Eu nunca te

    disse isso, mas quando Caroline voltou de sua viagem de l em junho, ela jurou para quem quisesseouvir que voc e Elizabeth estavam dormindo juntos. Quero dizer, no em sua cama de hospital,obviamente, mas..." Charles ergueu as sobrancelhas e esvaziou o copo de vinho.

    "Como de costume, Caroline inventou uma realidade alternativa." William deixou cair o garfoem seu prato com um barulho que fez seu garom sair correndo para verificar se algo estava errado. "Elano devia sair por a espalhando mentiras sobre Elizabeth e eu."

    "Desculpe," disse Charles, com um leve estremecimento. "Eu no deveria ter dito nada. Eu seique ela estava dando nos nervos ontem noite, Will, e eu sinto muito por isso tambm."

    William deu de ombros. "No culpa sua." Ele considerou brevemente contar a Charles sobre acena desagradvel com Caroline depois da festa, e sobre seu comportamento enganoso, em Nova York,mas parecia intil e cruel. Charles no tinha controle sobre o comportamento de sua irm."Eu suponho que voc descobriu que Caroline fez seu...aumento por sua causa. Pelo que euouvi ela dizendo a Louisa, ela teve a ideia em algum lugar que voc um apreciador de decotes."

    William mal abafou uma risadinha. Caroline no estava errada, mas o decote tinha que pertencem mulher certa para seu interesse ir alm da apreciao casual, e Caroline certamenteno eraa mulher certa. "Eu espero que ela no tenha feito isso s por minha causa, porque, nesse caso, ela teveum monte de problemas para nada."

    "Mas chega de falar da minha irm. Correndo o risco de soar como se fosse um apresentadordesses programas de TV onde eles se sentam e fofocam por horas: h algo srio acontecendo entre voce Elizabeth?"

    Exibindo um talento para o drama que ele nunca soube que possua, William lentamente cortou

    um pedao de cordeiro, mastigando devagar e engolindo-o antes de respondeu. "Defina srio. "Charles balanou a cabea. "Quem precisa de uma esfinge quando voc tem William Darcycomo amigo?"

    "O que voc quer que eu diga? Estamos saindo juntos. Gosto de passar tempo com ela.""Bem, eu estou feliz por voc. Ela parece ser uma garota incrvel. Na verdade..." Charles fez

    uma pausa e olhou para cima, com os olhos brilhando. "Eu posso estar errado, mas eu me lembro detentar fazer voc sair com ela, mas voc no queria de jeito nenhum."

    Os olhos de William se estreitaram, mas ele estava sorrindo. "Por que no acabamos logo comisso? V em frente e digaeu avisei . Voc vai se sentir melhor."

    "No, est tudo bem," disse Charles com um sorriso. " o bastante que ns dois saibamos que, pela primeira vez na minha vida, eu estava certo e voc estava errado."

    William sorriu, mas no fez nenhum comentrio."De qualquer forma," comentou Charles depois de um breve silncio: "Estou feliz que um de nsest tendo alguma sorte com o sexo oposto."

    "Eu pensei que voc e Elena estavam indo bem."

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    Elizabeth, Jane e Charlotte estavam sentadas no salo de jantar doCha Cha Cha . Elas tinhamencomendado vrios pedidos para compartilhar, e pratos foram chegando sua mesa em intervalosregulares. Elas estavam exatamente terminando uma das escolhas mais populares do restaurante,camaro Cajun. Ele era servido com po para permitir que os clientes absorvessem os restos do saborosomolho.

    Jane olhou para o camaro solitrio na pequena frigideira. "V em frente e coma, Char."

    "No, no," disse Charlotte, com um ar de martrio. "Lizzy est certa

    seu. V em frente.""Por que no dividi-lo em trs?""Obrigado," disse Elizabeth, "mas eu no consigo comer mais nada.""Mas eu sei que voc quer metade." Jane sorriu para Charlotte enquanto cortava o camaro em

    duas partes."Nossa, o que me denunciou?" Charlotte perguntou com uma risadinha. "Eu sei que no poderia

    ser a saliva escorrendo pelo meu queixo."Enquanto Jane e Charlotte saboreavam o ltimo camaro, Elizabeth dividiu o conto de Bill

    Collins no modo co de caa, bufando pelo gramado de Rosings em busca de William. Ela terminou ahistria com uma imitao perfeita de Bill que fez Charlotte se engasgar com seu sangria e Jane rir,apesar de seu temperamento.

    "Jane disse que a Cruella estava na festa ontem noite." Este era o apelido de Charlotte paraCaroline Bingley.

    "Peo que voc no a chame assim," disse Jane, molhando um pedao de po no molho decamaro Cajun. "Voc e Lizzy s no lhe do uma chance. Ela est sendo muito doce comigo."

    Elizabeth colocou a mo no brao de Jane. "Voc no vai cantar louvores a ela depois de ouvir oque ela fez." Ela descreveu seu encontro desagradvel com Caroline, em seguida, passou a explicar oincidente envolvendo a orqudea.

    Os lbios de Charlotte se curvaram de desgosto. "Ela levou o crdito por sua orqudea, e jogoufora o bilhete? Ela ainda pior do que eu pensava."

    "Bem, ela afirma que William a entendeu mal e que a nota deve ter cado no cho, mas vamosfalar srio." Elizabeth revirou os olhos.

    "E no h nenhuma chance de que isso seja tudo um mal entendido?" perguntou Jane, franzindoa testa."No. Ela mentiu, e conspirou para manter William ignorante de que eu tinha ido v-lo. E porcausa disso, ele passou dois miserveis meses pensando que eu o odiava."

    "E voc est pronta para admitir que ele estava infeliz porque estava sentindo sua falta?"Charlotte perguntou com um sorriso maroto. "Meu Deus, fizemos progressos, no ?"

    Elizabeth franziu os lbios, pronta para dar uma rplica adequada, mas Jane falou primeiro. "Lizzy, isso horrvel! Eu odeio a ideia de que a irm de Charles faria algo to insensvel edesonesto, e machucaria a voc e William dessa forma. Tem certeza de que no houve nenhum erro?"

    "Abra os olhos, Jane," disse Charlotte. "Essa mulher uma vadia egosta e insensvel. Eu no sei por que ela tem sido boa para voc, mas eu prometo a voc, ela tem algum plano com isso."

    "Eu s..." Jane fez uma pausa e abanou a cabea. " muito difcil para mim imaginar, porque

    muito diferente da forma como ela comigo."Charlotte se inclinou abruptamente, quase derrubando o copo de sangria com seu cotovelo. "Adiferena que o homem que ela est cobiando no est de quatro por voc. Se voc estivesse em seucaminho, ela te desprezaria."

    Jane suspirou. "Pobre Charles, ter uma irm que iria agir dessa forma! Mas isso toestranho. Eu sei que vocs pensam que eu me iludo com as pessoas, mas no verdade. Eu s acho que importante dar-lhes o benefcio da dvida, para evitar conden-las injustamente. E Caroline foi togentil e solidria depois das coisas darem errado com o casamento. Eu nunca imaginei que ela poderiater outro lado."

    "Bem, ela tem," disse Charlotte. "E agora voc sabe disso. Alm do negcio desprezvel com aorqudea, no esquea as coisas desagradveis que ela disse para Liz, como aquela idiotice sobre bancos

    traseiros. Como se fosse a Lizzy fosse uma vagabunda. como chamar Madre Teresa de gananciosa.""Ela no tinha o direito de dizer isso," respondeu Jane. "O que voc disse a ela, Lizzy?""Eu no tive a chance de dizer nada. William comeou a brigar com ela. Ele estava furioso.""Ele no o cavaleiro valente?" Charlotte brincou. "Defendendo sua dama do monstro do mal."

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    Elizabeth riu. "Eu admito, foi quase isso. Eu poderia ter lidado com ela sozinha, mas foi gentilda parte dele tentar me proteger." Seu sorriso desapareceu quando ela se virou para Jane. "Por favor, me prometa que voc vai mant-la a uma distncia segura. Char est certa ela deve estar tramando algo para voc, e isso no pode ser bom."

    "Lizzy, eu nunca manteria uma amizade com algum que te tratou assim. Eu ainda vou sercordial, claro, mas isso tudo."

    "Bom," disse Elizabeth. "Ela como uma cobra venenosa. Ela desliza em torno de seustornozelos at que est pronta para mostrar suas presas. E ento ela atira seu veneno.""Boa analogia vocs j at tem o tipo de corpo certo." Charlotte riu.Elizabeth deixou escapar um pequeno grito e agarrou o brao de Charlotte, o riso saindo sem

    aviso. "Char, eu quase esqueci! Ela conseguiu umaumento ! Voc deve t-la visto mostrando-os comomeles de prmio na feira estadual. Eu estava procurando por toda parte uma faixa de Melhor do Show que ela pudesse fixar em seu vestido."

    "Droga, eu queria ter estado l! Mas eu ainda posso ver. O cirurgio plstico deve ter tatuado seunome neles parece que ele teria conseguido muita publicidade gratuita."

    Mesmo Jane riu desta observao. Charlotte encheu seus copos com sangria e ento disse: "Euassumo que Cruella estava empurrando seus novos acessrios bem debaixo do nariz de William emtodas as oportunidades?"

    "Voc deveria ter visto o olhar em seu rosto quando ele os notou!" Elizabeth explodiu emgargalhadas. "Parecia que ele tinha acabado de ser catapultado para um universo alternativo."

    "Como um novo captulo em As Viagens de Gulliver A Terra das Mulheres com SeiosRepentinamente Grandes," disse Jane com uma risadinha.

    Elizabeth e Charlotte se viraram para Jane com espanto. Charlotte inclinou-se, enfiou a mo na bolsa, e fez um grande show de retirar seu Blackberry e desbloque-lo. "Eu tenho que fazer uma notadisso," disse ela. Ela digitou no aparelho, lendo enquanto digitava, "Nesta data, Jane Bennet disse algoquase malicioso." Ento ela chamou o garom. "Eu acho que isso exige outra jarra de sangria."

    "S se voc e Jane puderem termin-la sozinhas," disse Elizabeth. "Eu bebi quase a metade deuma garrafa de vinho esta tarde, ento eu acho que eu atingi meu limite."

    Charlotte deixou cair seu Blackberry em sua bolsa. "Voc estava bebendo vinho esta tarde?Ento foi a Tour Platinum City completa com champanhe e caviar?""No foi grande coisa. Fizemos um piquenique no Golden Gate Park, e a governanta de Williamincluiu uma garrafa de vinho na cesta de piquenique."

    Charlotte lanou um olhar divertido para Jane. "A governanta dele. Voc no ama isso? Omembro mais jovem do nosso trio tem se enrolado em algo muito srio."

    "Mas isso no importante para mim." Elizabeth tentou explicar a mesma coisa para Sally em Nova York. "Quero dizer, sim, ele veste roupas caras e vive em Nob Hill, e ele tem um carro perfeito euma governanta que embala piqueniques elegantes. Mas... quando eu estou com ele, ele apenasWilliam, e eu realmente gosto muito de estar com ele."

    "Charlotte estava certa antes, no era?" Jane perguntou gentilmente, sorrindo paraElizabeth. "Voc realmente se importa com ele."

    "Eu acho que sim." Elizabeth engoliu em seco, sentindo uma mistura estonteante de alegria eterror. "Eu gostaria que voc pudesse ver como ele quando somos s ns dois. Ele fica mais relaxado,no todo solene e srio como ele normalmente em pblico. Ele doce e encantador, e ele engraadotambm. Ele adora me provocar, e ele mesmo parece se divertir quando eu o provoco. Ns nuncaficamos sem assunto e mesmo quando est quieto, um tipo confortvel de silncio."

    "Parece maravilhoso," disse Jane. "Estou to feliz por voc, Lizzy.""Mas voc deixou de fora a parte mais importante. Quando ele te beija, ele te esquenta e faz

    voc delirar?" perguntou Charlotte, erguendo as sobrancelhas."Voc s pensa naquilo," Elizabeth respondeu."Isso verdade. Agora, responda a pergunta."A boca de Elizabeth torceu-se em um sorriso relutante. "Sim, assim. Um pouco demais."

    "Excelente! Voc tem a minha aprovao completa." Charlotte pressionou o guardanapo contraos lbios. "E, propsito, no existe coisa melhor que ficar muito quente e delirante."

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    Agora que Elizabeth tinha comeado a falar de William, ela estava achando difcil de parar. "Eugostaria que vocs pudessem t-lo visto no Squat & Gobble esta manh, estudando o menu nos quadros-negros. Havia algo to adorvel sobre-"

    "Voc levou ele ao Squat & Gobble?" perguntou Charlotte, arqueou as sobrancelhas comespanto. "Cruz credo! Voc poderia ter tido ovos Benedict no Ritz."

    "Mas ela no se importa em ter ovos Benedict no Ritz," disse Jane. "Isso o que ela est

    dizendo. Foi a mesma coisa com Charles e eu. Quero dizer, foi maravilhoso que seu dinheiro tornou possvel para ns comprar aquela linda casa em Pacific Heights, mas o dinheiro no era o que me faziame importar com ele."

    "Certo," disse Elizabeth. "Eu gostaria de estar com William do mesmo jeito, at se ele fosse ummsico iniciante como a maioria dos meus amigos em Nova York."

    "Bem, bem." Charlotte sorriu. "Mas o que h de errado com sair com um homem encantador quetambm rico?"

    O garom chegou com a sangria e encontrou as trs mulheres rindo. Elizabeth levantou ataa. "Eu acho que eu posso tomar com um pouco mais de sangria, porque hora de mais um brinde. Char no importa o que voc possa dizer sobre ela, voc tem que admitir, ela tem muito jeito com as palavras. "

    ***

    Charles e William tinham acabado de jantar e foram passear por Califrnia Street em direo aohotel de Charles. William tinha implorado para irem para casa depois do jantar sua noite sem dormircombinada com o seu dia atarefado e seu cansao remanescente, tinham comeado a incomod-lo,apesar de sua soneca no parque. Mas Charles pareceu to decepcionado com este fim abrupto da noiteque William tinha cedido, concordando com uma bebida rpida depois do jantar.

    "Excelente!" Charles tinha dito. "E eu sei exatamente o lugar. Voc provavelmente nunca estevel, e uma experincia que voc no pode perder."

    O bar que Charles tinha em mente era no hotel Fairmont, um bastio de San Francisco deelegncia um tanto indigesta. William estava aliviado, certo de que qualquer bar no Fairmont seriaexclusivo, confortvel e, acima de tudo, pacfico. Beber um copo de um bom Brandy enquanto estavamsentados em uma poltrona de couro estofada, talvez com msica jazz suave ao fundo, soava como umaforma agradvel de passar uma hora ou mais antes de ir para casa dormir.

    Eles passaram pela entrada do hotel e Charles abriu o caminho para os elevadores, entrando emum cujas portas estavam abertas. Ele apertou o boto "T".

    "T?" perguntou William. "O que isso significa? Terrao?"Charles balanou a cabea, com os olhos brilhando. "Tonga."

    As portas se abriram, e William ouviu o som de uma banda de pop-music produzindo umamsica que ele no tinha ouvido falar em mais de uma dcada, exceto, talvez, em um elevador. "O queest acontecendo?" ele perguntou, seus sonhos de cadeiras de couro, jazz suave, e Brandy envelhecidoevaporando.

    "Relaxe, Will." Charles respondeu, saindo do elevador. " o chamado Quarto Tonga, e muitodivertido.""Maravilhoso." William disse, com a voz encharcada de sarcasmo. "Era exatamente o que eu

    estava esperando para hoje noite, um bar brega onde se toca muita msica pop ruim.""Esta uma genuna experincia de San Francisco, meu amigo. Voc simplesmente no sabe

    como se divertir."A mente de William se voltou para Elizabeth, deitada em seus braos sobre a manta no Golden

    Gate Park naquela tarde. "Eu discordo," Disse, lanando um olhar altivo a Charles, que respondeu comuma risada.

    frente deles estava um salo que no se afastava muito da concepo de William do StimoInferno. Ele j tinha ouvido falar que na Disneylndia havia algo chamada a Sala Encantada de Tiki, e

    parecia que o Fairmont, em um ataque de insanidade criminal, tentou recri-la no terrao de seuhotel. Que aquele lugar aspirava a ser o quarto de Tiki era inquestionvel, mas William sob nenhumacircunstncia o teria descrito como "encantado".

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    Enquanto ele e Charles passavam pelo bar, William olhava com incredulidade desdenhosa adecorao. Redes de pesca adornavam as paredes, acentuadas por flores artificiais e peixes. Palmeirasfalsificadas, tochas, lanternas e esttuas de madeira abundavam. O assoalho de tbuas de madeira nocentro da sala era uma reminiscncia de um velho navio, e o decorador aparentemente sofria de umcarinho equivocado por mveis de vime, um estilo que se adequava ao tema, mas que Williamdesprezava.

    Eles se sentaram em uma mesa para dois ao lado de uma grade. Depois de William terminar deinspecionar o telhado de palha acima dele, uma carranca profunda vincou sua testa, ele olhou atravs dagrade e viu a pior parte de tudo. No contente em sugerir um tema nutico, o estabelecimento tinhacolocado a sua banda em uma balsa que flutuava no centro de uma lagoa.

    "Deixe-me ver se entendi, Charles. Voc me trouxe para uma bebida tranquila depois do jantarem um bar de aparncia ridcula onde uma banda pateticamente ruim deriva em torno de uma piscina,enquanto eles tocam msica fora de mora, para usar o termo de forma muito vaga. E voc imaginou queeu iria achar isto agradvel?"

    Os ombros de Charles balanaram com sua risada silenciosa. "A Sala de Tonga deve ser cafona;esse o ponto. Mas como bares assim esto indo, este tem at classe. Ento arranque essa enorme carade chato e vamos nos divertir um pouco."

    William concluiu que a nica diverso da noite seria de Charles, que estava claramente tendouma grande dose de diverso a partir de suas reaes. "Eu no acho que eles tenham Brandy aqui, outem?"

    "Neste ambiente, voc vai pedir um conhaque? Voc no pode estar falando srio." Charlesvirou-se para a garonete que se aproximava. "Dois Mai Tai, por favor." A garonete desapareceu antesde William pudesse corrigir o pedido.

    Os piores temores de William se realizaram quando as bebidas chegaram em canecas em formade danarinas de hula, completos com lanas de frutas tropicais e guarda-chuvas de papel colorido. Eleempurrou sua bebida. "Eu nunca imaginei que teria a necessidade de dizer as palavras: Eu me recuso a beber algo que venha com um guarda-chuva."

    Charles estendeu a mo e pegou o guarda-chuva do Mai Tai de William. "L vai voc. Nenhumguarda-chuva vista."

    William estava prestes a responder quando a sala se encheu com o estrondo de um trovogravado.Charles agarrou o brao de William. "Olhe isso! a melhor parte."Enquanto William ficava mais irritado e confuso, folhas de chuva simulada caram do teto na

    piscina. Dois casais danando perto da lagoa foram aparentemente pulverizados pela chuva: eles pularam longe, rindo ruidosamente.

    "Voc gostou?" Charles perguntou, seus olhos mais vivos do que William j tinha visto no fimde semana. Mas quandoa cara de chato de William permaneceu firmemente no lugar, Charlessuspirou e seu entusiasmo fracassou. "Olha, Will, eu sei que meio bobo. Eu entendo. Mas eu no tenhome divertido por eras. Estou trabalhando duro, e o Pai est quase satisfeito com o meu trabalho, mas...tudo bem, eu vou dizer. Eu odeio aquilo, tudo aquilo. Eu odeio o meu trabalho, e eu gasto todo o meu

    tempo pensando em Jane e na minha antiga vida. As nicas coisas boas so o clima e o surf. Isso era osuficiente quando eu tinha 16 anos, mas no mais."A angstia de Charles perfurou o desdm de William. "Eu no tinha ideia que as coisas estavam

    assim to ms. Sempre que eu te pergunto como voc est, voc sempre diz que est tudo bem.""Eu tenho tentado fazer o melhor das coisas. Mas eu no sei quanto tempo mais eu posso

    suportar isso. A graa salvadora que eu estou muito mais perto da Me.""Oh?" A me de Charles no impressionou William. Ela parecia um fantasma plido e

    insignificante que se arrastava sombra do marido."Ela no teve a vida mais fcil, lidar com o Pai todos esses anos. E ela nunca disse isso, mas eu

    acho que ela ficou chateada com ele pela forma como ele lidou com a situao em Maio. Ela e eu temos passado algum tempo juntos quando ele no est por perto, e eu finalmente estou comeando realmente

    a conhec-la. Eu acho que ela realmente gosta de me ter em Los Angeles, e se eu sair, ela ficaria sozinhacom o Pai novamente."William no sabia o que dizer, ento ele pegou o Mai Tai, franzindo a testa para o recipiente

    ridculo. Beber daquela palha verde e fluorescente era uma indignidade que ele no tinha inteno de

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    sofrer, ento ele empurrou-o de lado e inclinou o copo para trs, apenas para receber um tapa no nariz deuma fatia do enfeite de abacaxi. Ele deixou cair a fruta agressor no copo e tentou novamente, desta vezadmitindo a derrota e usando o canudo. Para sua surpresa, a bebida provou ser boa, como um ponche defrutas picante.

    "Bom homem!", disse Charles. "Beba, e vamos entrar no esprito da coisa. Eu realmente precisode alguma diverso idiota e sem sentido esta noite, ok?"

    William estava devidamente castigado. "Tudo bem. Eu no queria... molhar suas intenes." Ele brincou, sorrindo, enquanto a tempestade falsa terminava."Agora parece mais voc!" Charles engoliu seu Mai Tai. "Voc vai estar danando discoteca

    com um guarda-chuva entre os dentes antes da noite acabar.""Eu duvido seriamente disso," William respondeu, mas sorriu apesar de si mesmo.

    ***

    A previso de Charles no se concretizou, mas uma vez que William descartou sua atitude dedesaprovao, ele descobriu que a Sala de Tonga tinha algum potencial de entretenimento. Ele aindaachava todo o conceito desconcertante, sem saber por que um estabelecimento to elegante como oFairmont havia construdo um monumento ao gosto duvidoso em seu terrao. Mas com a chegada daterceira tempestade simulada, ele encontrou-se cumprimentando os aguaceiros peridicos com umsurpreendente grau de prazer.

    Era perfeitamente possvel que os Mai Tais fosem um fator na melhoria do seu estado deesprito. Ele no tinha acompanhado Charles, que havia consumido um nmero notvel de bebidas entresuas frequentes viagens para a pista de dana. Mas o copo vazio do terceiro Mai Tai de William estavaao lado dele, e ele estava pensando seriamente em pedir um coquetel, raciocinando que era uma escolhamais sbia do que encomendar um quarto copo daquela poderosa mistura.

    Eu me pergunto o que Lizzy diria sobre este lugar. Um sorriso feliz apareceu em seu rosto e seusolhos se fecharam quando ele imaginou-a de p na jangada no centro da lagoa, cantando canes deamor para ele. Ela parecia uma deusa polinsia, um sarongue de seda drapeado sobre o corpo dela,deixando um ombro nu. O cabelo dela a contornava, descendo pelas costas. Viu-se caminhando propositadamente por toda a superfcie da lagoa, tendo, aparentemente, desenvolvido a capacidade deandar sobre a gua. Ele a tomava em seus braos e a levava para terra firme, colocando-a em uma camade folhas de palmeira de plstico que apareceu como que por magia. Em outro episdio de feitiariaoportuna, os outros clientes do bar desapareciam, deixando os dois sozinhos. Ele se ajoelhava ao ladodela, bebendo a expresso de amor em seus olhos, suas mos acariciando sua pele acetinada. Nomomento em que ele desamarrava o n que segurava o sarong no lugar, ele ouviu uma voz.

    "Com licena?"Ele abriu os olhos para encontrar uma mulher ruiva e atraente em um vestido preto

    perfeitamente justo olhando para ele. Ele olhou para ela com uma expresso de estranheza."Ol," disse ela. "Eu sou Marie Baker."A polidez exigia que ele ficasse de p. Ele saiu de debaixo do telhado de palha sobre a mesa e

    apertou a mo estendida. "Eu sou William Darcy."Ela assentiu com a cabea, seus olhos brilhando. "Achei que voc parecia familiar. WilliamDarcy, o pianista?"

    "Sim."Seu sorriso, que j estava amigvel, aumentou ainda mais. "Eu vi voc no show do ano passado

    com a San Francisco Symphony. Voc foi maravilhoso."Embora William no estivesse totalmente confortvel com encontros de fs, ele no era de

    forma alguma imune aos elogios. Ele sorriu para ela, relaxando um pouco. "Obrigado.""Voc est na cidade para se apresentar com a sinfonia de novo?""No, eu estou envolvido em um programa especial no Conservatrio Pacfico este outono.""Isso soa interessante."

    Ela usava um sorriso de expectativa, mas ele estava sem saber o que dizer em resposta, ento elesimplesmente olhou para ela e esperou, com um sorriso educado, mas imparcial em seu rosto.

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    ignorando a oportunidade de fazer brincadeiras ou perguntas penetrantes. Pode at ter sido simpatia oque vira em seus olhos, porm com Sonya muitas vezes era difcil dizer.

    William discou o nmero, e aps dois toques a secretria eletrnica atendeu. Ele deixou suamensagem e desligou com um suspiro pesado. Tinha sido um idiota naquele dia por no pedir seunmero de celular. Ento eu poderia ligar para ela agora, onde quer que esteja.

    Apesar de seu dia agitado, William estava bem acordado. Ele decidiu sentar-se na cama por um

    tempo e ler o seu novo livro da Histria de So Francisco. Talvez Elizabeth recebesse sua mensagem eligasse de volta. Isso seria o final perfeito para o seu dia.

    ***

    Foi apenas meia-noite que Jane e Elizabeth chegaram em casa. Elas haviam convidado Charlotte para passar a noite em seu sof, em vez de arriscar a viagem de volta para Berkeley depois de uma noitecheia de folia - e muita sangria -, mas ela j tinha feito planos para ir ao apartamento de Roger de txi, ocarro dela j estacionado na vizinhana.

    Elizabeth tinha gostado da noite, mas estava feliz por estar em casa. Ela estava sentindo o efeitocombinado de privao de sono, um dia agitado ao ar fresco e luz do sol e uma noite agradvel, mas barulhenta. Ela foi direto para o quarto, vestiu sua camisola e depois entrou na cozinha, bocejando. Janeestava l, enchendo a chaleira com gua.

    "Voc gostaria de uma xcara de ch?""No, obrigado. Mas eu queria saber - voc quer falar sobre ontem noite? Ns estivemos to

    ocupadas, no tivemos a chance at agora. Sei que foi duro para voc, ver Charles daquela forma."Jane balanou a cabea lentamente. "Foi. Eu acho que sabia que ele provavelmente estaria

    namorando, afinal, eu mesma tive alguns encontros. Mas saber e ver so duas coisas diferentes.""Especialmente com Caroline esfregando o quo prximos ele e Elena supostamente so.Voc

    sabe que aquilo, provavelmente, foi uma mentira, s para te fazer sofrer."Jane colocou a chaleira no fogo. "Eu no sei o que Caroline iria ganhar, tentando me

    machucar.""Nem eu, mas eu no acho que ela precisa de um motivo para ferir as pessoas. Tudo que eu sei

    que, para um homem que estava supostamente em San Francisco para um fim de semana romntico comsua namorada, Charles parecia miservel. Toda vez que eu o via, ele estava olhando para voc.""Lizzy, gentil de sua parte tentar fazer parecer como se ele ainda se importa, mas-""Eu estou dizendo a voc exatamente o que eu vi. Ele especialmente pareceu odiar quando voc

    estava falando... qual era o nome dele? O cara que pediu o seu nmero?""Jordan.""Certo, Jordan. Charles estava com tanto cime que mal podia suportar. Talvez voc devesse

    ligar para ele de manh e convid-lo para tomar caf antes que ele v para casa. Voc ainda o ama, e seele te ama tanto quanto eu acho que ele ama, eu aposto que voc poderia resolver as coisas."

    "Mas nada mudou. Ns nos amvamos antes, e isso no foi o suficiente para fazer as coisasfuncionarem."

    "Isso foi antes de Charles descobriu como seria viver sem voc. Realmente, Jane, ligue pra ele."Jane suspirou. "Eu no posso. E no porque eu no quero v-lo, ou porque eu acho que ele nogostaria de saber sobre mim. porque eu sinto tanta falta dele que eu poderia fazer algo tolo. Se ele me pediu novamente para desistir do meu escritrio de advocacia e me mudar para Los Angeles com ele, eme tornar o ornamento social que o pai dele acha que ele precisa para esposa... Eu poderia dizer que simneste momento. Mas eu no posso vender a minha alma, nem mesmo por Charles. Se eu fizesse isso, euno seria a mulher por quem ele se apaixonou. Receio que ambos ficaramos miserveis."

    "Mas talvez agora ele tenha se enchido da vida que o pai dele quer para ele. Pelo que sabemos,ele poderia estar falando com William nesse exato momento, dizendo:Se ela me pedisse para sair daempresa do meu pai e voltar para San Francisco, eu diria que sim ."

    "Mas eu no lhe pediria para fazer isso."

    "Voc no acha que ele estaria melhor fora de l? Voc viu como o pai dele ."Uma lgrima escorreu dos olhos de Jane, e ela a enxugou. "Sim, eu vi. E eu estou preocupadacom Charles. Mas ele tem que decidir por si mesmo."

    "Voc no quer ajud-lo a ver o que melhor?"

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    "E se William tivesse que fazer uma escolha como essa? Suponha que ele tivesse que virar ascostas para sua famlia e sua herana para estar com voc. Ser que voc no gostaria de ter certeza deque ele tomou a deciso por conta prpria? Que no tinha feito nada para influenci-lo? E se eleescolheu voc, no se sentiria culpada? Como se voc tivesse tomado algo dele? Voc no se preocuparia que ele pudesse se arrepender de sua escolha, um dia, e que isso seria sua culpa?"

    Elizabeth suspirou. "Voc est certa, como sempre. Mas eu odeio v-la to infeliz."

    "Eu estou bem, srio," disse Jane, com um sorriso trmulo. "Eu simplesmente no estavaesperando ver Charles, e ele me tirou o equilbrio. Eu vou superar isso. Mas ajuda muito ter voc aquicomigo. Tem sido difcil ter voc to longe por todos esses anos."

    "Eu sei. Eu senti tanto sua falta." As irms se abraaram, e Elizabeth sentiu as lgrimasrepentinas ardendo em seus olhos.

    "Voc parece cansada, Lizzy. J quer ir para a cama agora?"Elizabeth assentiu. "Eu acho que sim. Boa noite, Jane. No fique acordada at muito tarde."Quando Elizabeth se virou para ir embora, ela viu a secretria eletrnica em cima do balco, o

    seu indicador de mensagem pacientemente piscando. Ela apertou o boto Play , e seus olhos brilharamao ouvir o som da voz de William.

    "Al, Lizzy? Voc est a? William... Darcy... Eu acho que voc no est em casa. Liguei paraagradecer por... por hoje. Eu estarei acordado pelo menos at meia-noite e, provavelmente, mais tarde,ento se voc receber isso antes que seja tarde demais, me ligue." Ele acabou ditando seu nmero decelular. Ela anotou rapidamente em um pedao de papel perto do telefone, mas ela poderia terconseguido o nmero a partir da agenda telefnica em seu quarto tambm.

    Elizabeth lanou um olhar rpido para o relgio. "00:20," Disse. "Devo ligar?"" claro que voc deve.""Mas ele pode j ter ido para a cama. Eu no deveria incomod-lo.""Parecia que ele realmente queria falar com voc. Voc sabe, ele pode at mesmo estar sentado

    esperando sua ligao."Este ltimo argumento convenceu Elizabeth, e ela discou o nmero dele. Jane se serviu de uma

    xcara de ch e saiu da cozinha, explicando calmamente que estaria na sala de estar. Pouco antes doquarto toque, o que levaria ao som inevitvel da voz de Sonya em sua saudao de correio de voz, elaouviu o murmrio de sua voz rouca: "Al?""William, Lizzy."

    "Oi."O prazer sonolento naquela slaba trouxe um sorriso terno ao rosto dela. "Sinto muito eu

    acordei voc, no foi?""Est tudo bem. Eu estava sentado aqui lendo, e devo ter cochilado." Ele fez uma pausa, e ela

    pensou t-lo ouvido bocejar. "Estou feliz que voc ligou.""Eu no devo demorar, no entanto. Voc deveria estar na cama. tarde, e voc precisa

    descansar." Aposto que estou soando exatamente como Mrs. Reynolds! "Euestou na cama. Mas se voc quiser vir e verificar..."Elizabeth desejou que pudesse fazer exatamente isso. Imaginou-o descansando na cama, apoiado

    entre os travesseiros, as plpebras pesadas de sono, seu cabelo adoravelmente despenteado. Um pensamento lascivo surgiu em sua cabea, fazendo com que suas bochechas ficassem vermelhas: Eu me pergunto se ele veste pijama, ou se...

    "Voc se divertiu essa noite?" Ele perguntou, quando ela no respondeu ao seu comentrio."Sim, nos divertimos." Ela sentou-se mesa da cozinha. "E voc e Charles?"" Diverso pode no ser bem a palavra certa, mas foi bom v-lo.""Como ele est indo?"" uma adaptao difcil para ele, estar de volta em Los Angeles."Elizabeth considerou perguntar abertamente se Charles estava sentindo a falta de Jane, mas com

    sua irm na sala ao lado, possivelmente ouvindo, ela no podia. "Bem, j tarde e eu deveria deix-lovoltar a dormir."

    "Eu prefiro falar com voc. Eu queria saber se voc j tem uma resposta para mim sobre o jantarna segunda-feira."A chaleira comeou a assobiar, e Elizabeth atravessou a pequena cozinha para remov-la do

    fogo. "Temo que sim. A recepo na segunda-feira, com certeza."

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    Jane sorriu e deu um tapinha no brao de Elizabeth. "Voc sabe que a ltima coisa que euquero."

    "Eu no sei aqui estou eu, mantendo-a acordada at tarde da noite, falando besteiras no seuouvido. Voc provavelmente tinha mais horas de sono antes de eu aparecer na sua porta."

    "No seja boba. Nossas tagarelices so uma das minhas coisas favoritas. Eu s espero que eutenha ajudado."

    " claro que sim, como sempre. Muito obrigada." Elizabeth apertou a mo de Jane. "Mas ns provavelmente devemos ir para a cama agora deve estar realmente tarde.""Boa ideia."Eles levaram suas canecas para a cozinha e colocaram-nas na pia. Quando saram da cozinha

    para seus respectivos quartos, Elizabeth olhou para a secretria eletrnica, que ainda mantinha amensagem de William, e um pequeno sorriso tocou seus lbios. Foi um dia e tanto. ------------------------------------*Sangria- uma bebida originria da Espanha.*Mai Tai- bebida polinsia com base em rum.*Roadie- seria o bagagista da banda; aquele que carrega os equipamentos, mas ele tambmexecuta as funes da preparao e montagem da aparelhagem nos palcos, antes das

    apresentaes, instalando os andaimes, instalando a iluminao, os amplificadores, preparando einstalando toda parte tcnica eletrnica, afinando e pr-ligando e testando os instrumentos emdulos eletrnicos, etc.

    Texto Original: http://darcymania.com/aus/chr/26.htm Traduo: Lizzie Rodrigueshttp://lizzierodrigues.blogspot.com.br/

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Amplificadorhttp://darcymania.com/aus/chr/26.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/26.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/26.htmhttp://lizzierodrigues.blogspot.com.br/http://lizzierodrigues.blogspot.com.br/http://lizzierodrigues.blogspot.com.br/http://darcymania.com/aus/chr/26.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Amplificador