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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA ESPECIALIZAÇÃO EM TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGA UMA CONTRIBUIÇÃO AOS ESTUDOS PARA ADEQUAÇÃO DE SUPERELEVAÇÕES NO CIRCUITO DO MINÉRIO DA MRS Guilherme Scagion Gazabim Rio de Janeiro 2008

UMA CONTRIBUIÇÃO AOS ESTUDOS PARA ADEQUAÇÃO DE ... · Figura 7 : Ilustração de como foi utilizado o Software para ser extraído os dados das velocidades curva a curva de todo

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  • INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA ESPECIALIZAO EM TRANSPORTE FERROVIRIO DE CARGA

    UMA CONTRIBUIO AOS ESTUDOS PARA ADEQUAO DE SUPERELEVAES NO CIRCUITO DO MINRIO DA MRS

    Guilherme Scagion Gazabim

    Rio de Janeiro

    2008

  • Guilherme Scagion Gazabim

    UMA CONTRIBUIO AOS ESTUDOS PARA ADEQUAO DE SUPERELEVAES NO CIRCUITO DO MINRIO DA MRS

    Monografia apresentada ao Curso de Especializao em Transporte Ferrovirio de Carga do Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro Orientador: Paulo Cesar Barroso Magalhes

    Co-Orientador: Alexandre Bicalho Pinho Tavares

    Rio de Janeiro 2008

  • Guilherme Scagion Gazabim

    UMA CONTRIBUIO AOS ESTUDOS PARA ADEQUAO DE SUPERELEVAES NO CIRCUITO DO MINRIO DA MRS.

    Monografia apresentada ao Curso de Especializao em Transporte Ferrovirio de Carga do Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, 2008.

    _______________________________________________ Paulo Csar Barroso Magalhes (Orientador)-PUC Minas

    _______________________________________________ Luiz Silveira Lopes-IME-RJ

    _______________________________________________ Manoel Ferreira Mendes-IME-RJ

  • Aos meus amigos Alexandre Bicalho e Saulo Martins

    Pela ajuda e confiana.

    Aos meus pais Nelson e Maiza e meus irmos Gabriel e Giuliano, que no vivem o

    meu dia-a-dia, mas so minha fonte de fora; e agradeo a eles principalmente

    Pelo apoio, dedicao e carinho.

  • AGRADECIMENTOS

    Ao meu orientador Paulo Cesar Barroso Magalhes pela confiana que depositou e

    pelo aprendizado que me proporcionou

    Aos meus colegas de trabalho que me ajudaram na obteno de dados para a

    confeco desse trabalho

  • ....s o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os

    acomodados no conhecero. E isso se chama sucesso!

    Nizan Guanaes

  • RESUMO Diversos fatores interferem na escolha da superelevao ideal para cada curva, muitas so as equaes e limites disponveis na literatura, com isso o presente trabalho prope um mapeamento de velocidade reais por curvas atravs da retirada de dados dos registradores de eventos das locomotivas, bem como o mapeamento das reais superelevaes de cada curva do circuito do minrio atravs da retirada desses valores atravs dos dados gerados pelo Carro de Inspeo Track Star (TEV). Neste estudo iremos aplicar as diversas formulaes clssicas da Engenharia Ferroviria do Clculo de Superelevaes com o intuito de darmos incio ao trabalho posterior que ser de Otimizao dos Valores de Superelevaes para o circuito do minrio da MRS.

  • ABSTRACT

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    TEV - Track Evaluation Vehicle VP - Via Permanente IMS - Inertial Measurement Package

  • LISTA DE FIGURA Figura 1: Esquema de como varia a superelevao ao longo de uma curva-

    Figura retirada da Apostila do Curso de Geometria de Linha ministrado pelo Prof. Paulo Magalhes...............................................

    16

    Figura 2: Esquema das Foras que atuam durante a insero de um veculo ferrovirio em curva...............................................................................

    20

    Figura 3: Ilustrao mostrando como feita a medio do sistema tico sistema esse que serve como base para o clculo da superelevao.......................................................................................

    26

    Figura 4: Ilustrao mostrando como gerado os relatrios do TrackStar que so entregues aos Residentes e Supervisores.....................................

    27

    Figura 5: Detalhe da Tela Inicial do Software Webtec-Rail. Figura Retirada do Treinamento do Software ministrado na MRS.......................................

    32

    Figura 6: A figura acima representa a visualizao dos canais do Registrador de eventos atravs do Software Webtec-Rail.......................................

    33

    Figura 7: Ilustrao de como foi utilizado o Software para ser extrado os dados das velocidades curva a curva de todo o circuito do minrio......

    38

  • LISTA DE TABELA

    Tabela 1: Curvas que apresentam valores de superelevaes em campo

    superiores aos limites de Norma.......................................................

    42

    Tabela 2: Curvas do Ncleo de Francisco Bernardino que apresentam valores de superelevaes recomendados para o equilbrio dos trens superiores a 160 mm...........................................................................

    45

    Tabela 3: Curvas do Ncleo de Barbacena, onde o valor recomendado para a superelevao de equilbrio foi superior a 160 mm.............................

    47

    Tabela 4: Curvas com Raios Superiores a 350 metros e Inferiores a 500 metros do Ncleo de Juparan.........................................................

    49

    Tabela 5: Curvas do ncleo de Barbacena com raios maiores que 350 metros e inferiores a 500 metros.....................................................................

    52

    Tabela 6: Curvas da Ferrovia do Ao- Frente Norte para curvas com Raios maiores que 2000 metros..................................................................

    59

    Tabela 7: Curvas da Ferrovia do Ao com Raios Maiores que 1000 metros e menores que 2000 metros..................................................................

    60

    Tabela 8: Curvas da Ferrovia do Ao-Frente Norte consideradas crticas..........

    62

    Tabela 9: Curvas com Valores de Superelevao que apresentam Valore Maiores que os mximos estabelecidos pela Norma............................

    72

  • LISTA DE GRFICO

    Grfico 1: Trens Vazios e Curvas com Raios Inferiores a 350 metros da Serra do mar...............................................................................................

    40

    Grfico 2: Valores de superelevao para equilibrar os trens carregados em curvas com raios inferiores a 350 metros na Serra do mar................

    41

    Grfico 3: Comparao entre os valores de superelevaes existentes e aos valores de equilbrio para a circulao dos trens no ncleo de Juparan.............................................................................................

    43

    Grfico 4: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 350 metros do Ncleo de Francisco Bernardino...............................

    44

    Grfico 5: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 350 metros do Ncleo de Barbacena..................................................

    46

    Grfico 6: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 350 metros do Ncleo de Lafaete.................................................

    47

    Grfico 7: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350 metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Juparan....

    48

    Grfico 8: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350 metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Francisco Bernardino...........................................................................................

    51

    Grfico 9: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350 metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Barbacena...........................................................................................

    52

    Grfico 10: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350 metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Lafaete...............................................................................................

    54

    Grfico 11: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores que 2000 metros para a Ferrovia do Ao..........................................

    55

    Grfico 12: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores que 1000 metros e menores que 2000 metros para a Ferrovia do Ao....................................................................................................

    56

    Grfico 13: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 1000 metros para a Ferrovia do Ao.................................................

    57

    Grfico 14: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores a 2000 metros para a Ferrovia do Ao-Frente Norte...........................

    58

    Grfico 15: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores que 1000 e menores que 2000 metros para a Ferrovia do Ao-Frente Norte......................................................................................

    59

    Grfico 16: Anlise das superelevaes para as curvas crticas da Ferrovia do Ao-Frente Norte...............................................................................

    61

    Grfico 17: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do Paraopeba Km 503 ao Km 530.........................................................

    63

    Grfico 18: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do Paraopeba Km 530 ao Km 553.........................................................

    64

    Grfico 19: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do Paraopeba Km 553 ao km 593..........................................................

    65

    Grfico 20: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do Paraopeba Km 593 ao km 623..........................................................

    66

    Grfico 21: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do

  • Paraopeba Km 503 ao km 530 para os trens vazios........................ 67 Grfico 22: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do

    Paraopeba Km 530 ao km 553 para os trens vazios........................ 68

    Grfico 23: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do Paraopeba Km 553 ao km 593 para os trens vazios........................

    69

    Grfico 24: Anlise das superelevaes para as curvas crticas do Ramal do Paraopeba Km 593 ao km 523 para os trens vazios........................

    70

    Grfico 25: Demonstrativo da extenso das curvas Crticas afetadas por anomalias de superelvaes.............................................................

    72

    Grfico 26: Demonstrativo da extenso das curvas Crticas do ncleo de Juparan afetadas por anomalias de superelevaes......................

    73

    Grfico 27: Demonstrativo da extenso das curvas com raios maiores que 350 metros e menores que 500 metros do ncleo de Juparan afetadas por anomalias de superelevaes......................................................

    73

    Grfico 28: Demonstrativo da extenso das curvas com raios menores que 350 metros do Ncleo de Francisco Bernardino afetadas por anomalias de superelevaes...........................................................

    74

    Grfico 29: Comparativo de Valores de Superelevao para um trem Vazio e para um Trem Carregado do km 503 ao KM 530...............................

    75

  • SUMRIO

    1 INTRODUO.................................................................................................. 15

    2 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 18

    3 FUNDAMENTAO TERICA........................................................................ 19

    3.1 Determinao da Superelevao de Equilbrio (Terica)........................ 19

    3.2 Determinao da Superelevao Prtica................................................... 22

    3.3 Critrios Empricos...................................................................................... 23

    3.3.1 TEV (Track Evaluation Vehicle) .............................................................. 23

    3.3.2 Parmetros Medidos pelo Track Star...................................................... 25

    3.4 Marcos e dados quilomtricos.................................................................... 28

    3.5 Entendendo o Sistema de Registrador de Eventos das Locomotivas.............................................................................................

    29

    3.6 Anlise do Software utilizado para a Visualizao dos Canais dos Registradores de Eventos............................................................................

    31

    4 METODOLOGIA............................................................................................... 34

    5 ANLISE DOS DADOS.................................................................................... 40

    5.1 Trecho de Barra do Pira ao Km 64- Residncia de Volta Redonda........ 40

    5.2 Linha do Centro- Barra do Pira at Lafaete.............................................. 42

    5.3 Curvas com Raios Maiores que 350 metros e Inferiores a 500 metros da Linha do Centro......................................................................................

    48

    5.4 Ferrovia do Ao- Trecho do Km 0 at PI-07............................................... 55

    5.5 Ferrovia do Ao- Trecho do PI-07 ao PI-03................................................ 58

    5.6 Linha do Centro Ramal do Paraopeba- Jeceaba- guas Claras.............. 62

    CONCLUSES E RECOMENDAES.............................................................. 71

    REFERNCIAS..................................................................................................... 77

    ANEXOS............................................................................................................... 78

  • 15

    1 INTRODUO

    A superelevao em vias frreas pode ser descrita como a elevao do trilho

    externo com relao ao interno, visando equilibrar melhor os veculos em curva.

    Uma superelevao adequadamente estabelecida permite rolamento ainda mais

    suave, menores custos operacionais na manuteno da via e na manuteno da

    frota e menor consumo de combustvel. Alm disto, amplia a segurana operacional

    dificultando o descarrilamento e/ou tombamento dos veculos em curva.

    Foto 1 - Exemplo de um Veculo Rodo-Ferrovirio parado sobre a curva do Km 337 +520 (incio da subida da Serra da Mantiqueira ) com raio de 178 metros, superelevao de 80 mm e trens trafegando a velocidade de 55 Km/h

  • 16

    Figura 1 Esquema de como varia a superelevao ao longo de uma curva- Figura

    retirada da Apostila do Curso de Geometria de Linha ministrado pelo Prof.

    Paulo Magalhes.

    Portanto, encontrar o valor ideal de superelevao um problema ferrovirio

    que se reveste da maior importncia, sobretudo quando se considera que, no caso

    da malha ferroviria brasileira, mais da metade da extenso das linhas localiza-se

    em curva. Qualquer benefcio que se incorpore ao estudo da superelevao afetar,

    portanto, mais da metade da extenso de linhas das ferrovias brasileiras. No caso da

    linha do centro da MRS, que ser objeto desse estudo, esse impacto tem a ordem

    de grandeza de 68,03% da extenso total desta linha.

    Por outro lado, e apesar da importncia de que se reveste esta deciso sobre

    a melhor superelevao a adotar, o ambiente operacional variou de tal maneira nas

    ferrovias, ao longo do tempo, que comum encontrar curvas com superelevao

    muito acima (ou abaixo) dos valores ideais para aquela particular realidade. Muitos

    so os descarrilamentos gerados por esse tipo de circunstncia, como demonstram

    estudos recentes do prof. Paulo Magalhes da PUC Minas, e h indcios claros de

  • 17

    prejuzos to ou mais expressivos em consumo de trilhos e de material de via, ou de

    rodas e do material rodante, alm de ampliao inadequada no consumo de

    combustveis

    Devido aos diversos fatores citados acima como: Descarrilamentos gerados

    por alvio de rodas na presena de valores de superelevaes inadequados e

    consumo de trilho e material de via tendo suas vidas teis reduzidas tambm pela

    presena de superelevaes inadequadas este trabalho tem o objetivo de avaliar

    melhor o ambiente operacional existente no circuito do minrio da MRS, mapeando

    velocidades reais em cada uma das curvas e aplicando essas velocidades a

    equao (frmula terica) que equilibra o veculo ferrovirio e comparando esses

    valores com o valor encontrado em campo, valor este extrado da inspeo do Track

    Star. O objetivo final do trabalho ser gerar contribuio e subsdios a estudos

    posteriores para otimizao da superelevao nesta rota. Cabe destacar que esse

    mapeamento de velocidades reais por curva tarefa essencial e de respeitvel

    complexidade e importncia (etapa decisiva dos estudos de otimizao), por

    depender tanto de inspees de campo envolvendo especialistas de trao, como

    de anlise de dados dos registradores de eventos e de anlise de registros

    atualizados de superelevao gerados pelo Track Star, alm de outros cuidados.

  • 18

    2 JUSTIFICATIVA

    Diversos fatores interferem na escolha da superelevao ideal para cada

    curva, muitas so as equaes e limites disponveis na literatura, e um estudo

    completo para otimizao de superelevaes requer dedicao e tempo que

    extrapolam as possibilidades desse projeto de monografia. Por outro lado, nenhum

    estudo srio sobre adequao de superelevaes ou otimizao pode prescindir

    desse mapeamento detalhado que se far sobre as reais velocidades praticadas por

    cada tipo de trem e em cada curva, e sobre os valores de superelevao existentes

    atualmente no campo.

    Nesta monografia, o mapeamento de velocidades reais por curva, proposto

    como passo inaugural e decisivo para otimizao das superelevaes em etapas

    posteriores, ser obtido com uso de anlises especialmente confiveis a partir de

    registradores de eventos de locomotivas e registros de carro controle. Pelas

    expresses clssicas da Engenharia Ferroviria, pode-se observar que a

    superelevao varia com o quadrado da velocidade e que , portanto, extremamente

    sensvel s variaes nesta velocidade, razo pela qual o mapeamento de

    velocidades proposto nesse estudo questo central quando se deseja alcanar

    valores mais ajustados e realistas de superelevao. Os benefcios oriundos do

    mapeamento de velocidades se confundem, assim, com os prprios benefcios da

    otimizao final de superelevao que se pretende alcanar em fases posteriores.

    Neste sentido, pode-se entender o presente estudo como passo fundamental

    para obteno de ganhos expressivos em reduo de acidentes, consumo de

    combustveis e custos de manuteno de via e de frota no circuito do minrio da

    MRS.

  • 19

    3 FUNDAMENTAO TERICA

    Neste captulo da monografia iremos mostrar a equao que calcula o valor

    da superelevao para o perfeito equilbrio do veculo ferrovirio em curva bem

    como mostrar uma variao desta equao a qual chamada de frmula prtica

    para o clculo da superelevao. O fato do valor da superelevao ser

    extremamente sensvel as variaes de velocidades (variando com o quadrado da

    velocidade) tende a fazer com que existam valores de superelevaes no campo

    completamente discordantes com o valor ideal ou o valor que melhor equilibraria o

    trem naquela curva; e este desequilbrio do trem tem gerado enormes prejuzos no

    sistema ferrovirio brasileiro tais como ocorrncia de descarrilamentos, desgaste

    excessivo de trilho e reduo acentuada da vida til dos materiais de via (dormentes,

    placas de apoio e grampos ). Por esse motivo temos de entender qual a equao

    que melhor equilibra o veculo ferrovirio em curva.

    Posteriormente ser detalhado o sistema de funcionamento do TEV (Track

    Evaluation Vehicle) onde ser detalhado como o TEV calcula a superelevao e

    quais so os possveis erros que podem ocorrer nessa medio.

    Entendido como o TEV trabalha iremos partir para o detalhamento do

    Registrador de Eventos das Locomotivas onde sero apresentados os canais

    existentes, como esse sistema calcula a velocidade da locomotiva e qual o erro que

    podem existir na aferio do valor da velocidade.

    3.1 Determinao da Superelevao de Equilbrio (Terica )

    Conforme citado anteriormente a superelevao em curvas inserida com o

    objetivo de anularmos os efeitos da fora centrifuga em curva, para a determinao

    desse valor pleno o qual anularia totalmente a fora centrfuga temos de forar a

    igualdade entre a componente da fora centrfuga que atua no sentido externo da

    curva e a componente do peso no sentido interno. Ambas as componentes atuam

    segundo o plano inclinado de ngulo alfa definido pela inclinao da grade no

    estabelecimento da superelevao conforme citado por Magalhes, Paulo Curso

    sobre Geometria de linha.

  • 20

    Figura 2 Esquema das Foras que atuam durante a insero de um veculo

    ferrovirio em curva.

    Abaixo iremos demonstrar fisicamente como chegar a frmula de clculo da

    superelevao terica. Demonstrao essa retirada da apostila do Curso sobre

    Geometria de Linha, Ministrado pelo Professor Paulo B. Magalhes na MRS.

    Pela lei de Newton temos:

    ,.amF =

    ,. cc amF = (em curva)

    Mas:

    gmP .= ou gP

    m = , e a Fora Centrfuga pode ser escrita como :

    cc agPF )./(=

    A acelerao centrfuga depende da velocidade v (m/s) a que uma massa

    esta sujeita e do raio R de curvatura da via e pode ser determinada por:

  • 21

    R

    vac

    2

    = resultando em : )/).(/()./(

    2 RvgPagPF cc ==

    Para que possamos operar com a velocidade V em Km/h devemos fazer uma

    correo de unidades j que na frmula todos os valores devem estar na unidade

    (m/s) e aferimos as velocidades dos nossos trens em Km/h.

    Sendo V a velocidade do trem em Km/h e v em m/s e para a equivalncia:

    v= V/3,6

    Assim:

    ]/)6,3/).[(/()/).(/( 222 RVgPRvgPFc ==

    Adotando 2/81,9 smg =

    RPVFc 127/2=

    A Fora Centrfuga Fc e o Peso do veculo P so esforos que atuam no

    Centro de gravidade G do veculo e sua projeo sobre o eixo x x, inclinado

    segundo o ngulo definido pela superelevao de equilbrio, seria :

    cos.' FcFc =

    senPP .' =

    Mas, considerando B= distncia entre eixo de trilhos=bitola+boleto, tem-se:

    sen=S/B

    O ngulo um ngulo muito pequeno (inferiores a 7 graus) para os quais

    podemos adotar: 1cos = (introduzindo erro menor que 0,8% e, portanto, desprezvel)

    Assim FcFcFc == cos.'

    Para que se observe completo equilbrio de esforos preciso garantir

    '' PFc =

    senPPFcFc .'' ===

    Resultando em:

    )/.( BSPFc =

  • 22

    Porm como se observou anteriormente que: RPVFc 127/2=

    RBVS 127/2=

    Esta expresso permite determinar a superelevao de equilbrio (terica).

    3.2 Determinao da Superelevao Prtica

    Numa linha frrea nem sempre a superelevao de equilbrio (terica) pode

    ser adotada como padro de clculo para determinao da superelevao de todas

    as curvas uma vez que temos diferentes velocidades dos trens para cada curva,

    cabendo ento adotarmos uma superelevao com valor inferior a da superelevao

    terica a qual iremos chamar de superelevao prtica.

    Conforme citado por Magalhes (2005) a superelevao terica somente

    pode ser adotada em sistemas onde seja possvel garantir velocidades

    perfeitamente homogneas para todos os trens em ambos os sentidos. Porm na

    prtica essa uma situao muito rara de acontecer.

    Portanto, a superelevao terica facilmente calculada atravs do emprego

    da mecnica newtoniana bsica, j a determinao da superelevao prtica, aquela

    que realmente devemos adotar para cada curva extremamente complexa de se

    determinar uma vez que, se adotarmos uma superelevao com um valor muito

    elevado poderemos ter o tombamento para o lado interno das curvas para trens

    lentos ou que precisem parar e depois demarrar nessa curva. Segundo Magalhes

    (2005):

    ..um aspecto frequentemente negligenciado na literatura ferroviria clssica a passagem de trens lentos por curvas muito superelevadas acarreta indesejvel alvio de carga vertical na roda externa guia, condio que amplia a relao L/V e a probabilidade de descarrilamento que ser to maior quanto maior for a freqncia de trens lentos naquela curva.

    Sendo assim iremos descrever alguns critrios empricos para a determinao

    da superelevao prtica.

  • 23

    3.3 Critrios Empricos

    So critrios que cada ferrovia adota para a sua realidade operacional,

    baseadas em experincia prticas dos seus mestres de linha e engenheiros

    ferrovirios.

    Os critrios so:

    Adotar para a velocidade diretriz V=(2/3).Vmx, resultando em :

    StSp 44,0=

    Adotar V=(3/4).Vmx, resultando em :

    StSp 56,0=

    Critrio Belga: Para linhas onde predominam trens de carga adotada

    como velocidade diretriz para o clculo da superelevao a raiz quadrada

    da velocidade ponderada pelo volume de carga em cada velocidade.

    Critrio Italiano: Adota-se uma velocidade diretriz em que a Fora

    Centrfuga seja a mdia das Foras Centrfugas produzidas pelas

    velocidades mxima e mnima.

    StSp )3/2(= : Critrio mais comumente utilizado nas ferrovias brasileiras,

    porm deve-se ressaltar que esse critrio foi proposto para a realidade

    das Ferrovias Europias.

    3.3.1 TEV (Track Evaluation Vehicle)

    Para darmos prosseguimento ao estudo das superelevaes na MRS faz-se

    necessrio o entendimento do funcionamento do veculo de Inspeo utilizado. O

    motivo pelo qual temos de entender o funcionamento deste carro de inspeo

    geomtrica porque os dados de superelevaes reais existentes em cada curva do

    circuito do minrio sero extrados da Inspeo de nmero 16 realizada pelo Track

    Star.

    Sendo assim neste captulo iremos explicar como esse poderoso instrumento

    de inspeo mede o valor da superelevao e qual o grau de preciso dos dados

    extrados das inspees.

  • 24

    O Carro Controle da MRS que comumente conhecido como Track Star

    movido por um caminho Volvo do ano de 2000, o qual possui tara de 24,1

    toneladas e peso por eixo de 9,48 toneladas no eixo dianteiro e 14,62 toneladas no

    eixo traseiro. Veculo este Rodoferrovirio onde podemos nos locomover por meio

    rodovirio ou ferrovirio.

    Foto 2: Foto do Veculo de Inspeo utilizado na MRS- Track Star .

    Na parte traseira desse caminho esta localizado a carroceria com todos os

    equipamentos necessrios para realizar as inspees. Dentre os equipamentos tem

    se: 2 notebooks , 1 Computador Desktop, Rgua de Bitola, Trena, Assentos para 6

    pessoas, Ar-condicionado, Geladeira ,e Armrios .

    Foto 3 : Foto retirada internamente do Track Star onde se encontram os computadores , monitores e televisores para acompanhamento da inspeo

  • 25

    Aps conhecermos o que o Track Star da MRS iremos agora conhecer

    quais os parmetros de via que este instrumento mede.

    3.3.2 Parmetros Medidos pelo Track Star

    Os parmetros medidos pelo Track Star so :

    Bitola Esttica;

    Bitola Dinmica;

    Curvatura;

    Superelevao;

    Empeno;

    Alinhamento da Fila Direita;

    Alinhamento da Fila Esquerda;

    E para todas as inspees realizadas gerada um relatrio impresso

    chamado StripChart onde podemos conferir todos esses parmetros medidos.

    Abaixo segue um exemplo de uma folha do StripChart que entregue para

    cada Residncia de Via Permanente aps ser concluda a inspeo daquela

    Residncia de VP. Este relatrio no impresso automaticamente, o mesmo

    enviado para a sede da MRS em Juiz de Fora-MG onde este dados so lidos pelo

    software Holland Company TrackDtar 0599 e assim gerados estes arquivos ,

    impressos e posteriormente entregues Residentes e Coordenadores de Equipes.

    Dentre os 8 parmetros medidos pelo TEV a Superelevao o parmetro

    que iremos utilizar nesse estudo e por isso se faz necessrio o entendimento de

    como o TEV mede este parmetro.

    O parmetro Superelevao um parmetro de Geometria de Linha e para

    esta classe (parmetros Geomtricos) o TEV utiliza para o clculo as referncias do

    Inertial Measurement Package ( IMS) conjugados com as referncias do Topo do

    Trilho.

    Para melhor entendimento do TEV e de como medido a superelevao

    temos de informar que alm dos parmetros geomtricos informados acima medidos

    pelo Track Star este Carro Controle tambm faz a medio do desgaste Lateral e

    Vertical dos trilhos. Porm para a medio do desgaste de trilho utilizado um

    sistema de medio com infra-vermelho e com o auxlio de uma cmera para melhor

  • 26

    acuracidade da imagem e do feixe de infra-vermelho. Este feixe de luz infra-

    vermelho situado perpendicularmente ao topo do trilho e utilizando computadores

    o sistema faz a decodificao de onde o infra-vermelho interceptou o trilho e

    decodifica isto como sendo a forma do trilho para posteriormente calcular os

    desgaste lateral e vertical. Sistema esse conhecido como Sistema tico do Track

    Star.

    O Inertial Measurement Package (IMS ) conhecido como sistema geomtrico

    de aferio consiste da seguinte estrutura : 2 giroscpios de fibra tica que medem

    as taxas de toro e inclinao lateral, 2 acelermetros que medem as aceleraes

    laterais e verticais e o sinal de bordo (Signal Condition Board) o qual contm

    sistemas de armazenagem de energia , filtros e decodificadores de canais.

    Deve-se salientar que este sistema de medio das inclinaes e o qual

    utilizado para a medio da superelevao de extrema preciso j que os

    giroscpios de rotao angular possuem taxas de rotao da ordem de 100 graus

    por segundo. Abaixo segue uma ilustrao de como feita a medio desses

    parmetros.

    Figura 3: Ilustrao mostrando como feita a medio do sistema tico sistema

    esse que serve como base para o clculo da superelevao.

  • 27

    Figura 4: Ilustrao mostrando como gerado os relatrios do TrackStar que so

    entregues aos Residentes e Supervisores.

    So 5 (cinco) os parmetros considerados como parmetros de classe

    geomtrica medidos pelo TEV e para o mesmo fazer a medio desses parmetros,

    so utilizados os dados de ambos os sistemas IMP/ Geomtrico e tico. No qual o

    Sistema tico responsvel por fornecer o ponto de partida da medio ou melhor

    exemplificando a base da medio enquanto que o IMP ir fornecer os parmetros

    de movimento, movimentos esses medidos pelos Giroscpios e Acelermetros que

    constituem o IMP. A nica exceo fica com o parmetro da Curvatura, o qual um

    parmetro geomtrico porm calculado atravs dos giroscpios e da distancia

    percorrida, no utilizando o sistema tico neste caso.

    Exemplificando melhor o parmetro Superelevao, objetivo de nosso estudo,

    o TEV utiliza os 4 componentes do IMP (os dois giroscpios e os dois

    acelermetros) e o Sistema tico. Com isso sabe-se que a preciso do parmetro

    Superelevao extremamente precisa no apresentando erros superiores a 2 mm

  • 28

    entre o valor aferido e o valor medido em campo com a utilizao de uma rgua de

    superelevao.

    3.4 Marcos e dados quilomtricos

    Outro importante fator a ser estudado e considerado neste estudo so os

    dados quilomtricos gerados pelo Track Star. J que para a retirada das

    superelevaes curva a curva iremos necessitar do cadastro de curvas e tangentes,

    cadastro esse feito pela antiga RFFSA e de extrema preciso e validade, no qual

    podemos encontrar os raios das curvas, quilometragem de incio e fim de cada

    curva, separadas em trecho espiral e circular, posicionamento dos sinais e

    automticos e tambm visualizado o perfil longitudinal da via frrea, com a

    indicao das rampas e declives em percentagem, bem como os pontos de inverso

    de inclinao tambm conhecidos como SAGs.

    Para a marcao dos marcos quilomtricos durante a inspeo do Track Star

    pode ser utilizado dois mtodos. O primeiro mtodo consiste em colocar o quilmetro

    de incio da inspeo e fazer com que o prprio Carro Controle faa as marcaes

    dos quilmetros. Marcao esta feita em funo da distancia percorrida, calculada

    pelo hodmetro do caminho.

    O segundo mtodo que o mais utilizado e recomendado por fornecer melhor

    preciso j que os quilmetros da ferrovia hoje j no contemplam mais a extenso

    de mil metros. Este fato se d devido as intervenes feitas em vrios trechos da

    ferrovia tais como a construo de variantes e onde no foram reposicionados os

    marcos quilomtricos aps essas construes.

    Este segundo mtodo consiste em utilizar um dispositivo de marcao

    quilomtrica manual onde o TEV continua calculando a distncia percorrida e

    marcando os postes intermedirios ao marcos quilomtricos inteiros. Ou seja, a

    marcao dos marcos do Km 275+250, 275+500 feita pelo prprio hodmetro do

    TEV, porm os marcos dos Quilmetros 276, 277 feita manualmente pelo condutor

    do Track Star. Esta marcao feita com a utilizao de um boto onde o condutor

    ao avistar o poste de marcao quilomtrica aperta este boto evitando que os erros

    de extenso dos quilmetros sejam sobrepostos e tornando ento praticamente

    impossvel encontrar um defeito ou um ponte marcado pelo Track Star.

  • 29

    Foto 4 : Esta foto mostra o teclado localizado sob o volante do Track Star onde o condutor registra as pontes, tneis, viadutos e marcos quilomtricos.

    Na prtica a maior diferena encontrada entre a marcao quilomtrica de um

    defeito encontrado pelo Track Star com a real quilometragem de onde o defeito

    estava localizado foi de 50 metros.

    3.5 Entendendo o Sistema de Registrador de Eventos das Locomotivas

    Outro elemento de fundamental importncia a ser entendido neste estudo

    sobre superelevaes o Registrador de eventos presentes nas Locomotivas da

    MRS. Faz-se necessrio o entendimento de como este mecanismo trabalha pois

    iremos extrair as reais velocidades de cada curva atravs da anlise desse sistema.

    As marcas dos Registradores de Eventos encontrados na MRS so: Q-tron,

    Pulse ou Quantum. O registrador de eventos um sistema presente em cada

    locomotiva, o qual possui vrios sensores com a funo de detectar e gravar os

    eventos que ocorrem durante a conduo do trem.

    Estes eventos detectados sero gravados em cartes chamados

    INPUT/OUTPUT onde aps uma viagem de uma locomotiva ou quando solicitado

    sero feitos os downloads do registrador de eventos.

  • 30

    O registrador de eventos tem como funo primria monitorar e gravar os

    sinais digitais e analgicos gerados pelo prprio registrador de eventos ou pelo trem

    para posteriormente serem analisados; onde um relgio em tempo real mostra todos

    os sinais gravados com uma resoluo de um dcimo de segundo.

    Os dados gravados e que posteriormente podem ser analisados so os

    chamados canais de sada do registrador e para o registrador da Marca Q-trom

    existem 8 canais que podem ser analisados os quais so :

    Presso Encanamento Geral;

    Presso do Cilindro de Freio;

    Amperagem dos Motores de Trao;

    PCS Aberto- Aplicao de emergncia;

    Buzina;

    Posicionamento (Marcos quilomtricos);

    Posio da Reversora Frente/R;

    Velocidade;

    Os Canais citados acima so os canais utilizados para a anlise de conduo

    do trem, anlise esta feita para verificar a conduo do maquinista, aplicaes de

    emergncias indevidas, velocidade anterior a acidentes etc.

    Existem tambm outros dados gravados pelo registrador de eventos que so:

    Dia e Hora do ltimo download;

    Nmero de srie do Registrador;

    Dimetro da roda da Locomotiva

    Freqncia do Gerador de Velocidade;

    Nmero da Locomotiva;

    Verso do Software do registrador;

    Dentre esses canais, o canal velocidade o canal que iremos extrair os

    dados, por isso existe a necessidade de entendermos como o registrador de eventos

    calcula esta velocidade e quais os possveis erros que estamos sujeitos.

    O registrador de eventos da Q-trom calcula a velocidade da locomotiva

    baseado no sinal do sensor de velocidade. Para isto o circuito do sinal de velocidade

    conta o nmero de pulsos por segundo e calcula a velocidade no fim de cada

    segundo, utilizando para isso o dimetro da roda especificado.

  • 31

    As velocidades so calculadas para uma resoluo de 1/100 km/h

    (0,001km/h) e gravado para 1/10 km/h ( 0,1 km/h) conforme mostrado abaixo.

    Para Valores de 1.00 at 1.09 tem se a velocidade de 1,0 km/h, para valores

    de 1.10 km/h at 1.19 km/h tem se a velocidade de 1.1 km/h e assim

    sucessivamente.

    Com isso esses erros no so significativos para as velocidades que iremos

    aferir j que para trechos onde temos a predominncia de trens lentos com

    velocidade inferiores a 15 km/h recomendado no termos superelevaes nas

    curvas. E um erro de 0.09 km/h em 15 km/h representa um erro de 0.06 % o que

    totalmente desprezvel.

    Outro fator utilizado no clculo do canal velocidade e que tem de ser

    analisado referente ao dimetro da roda das locomotivas uma vez que as rodas

    novas das locomotivas da MRS possuem dimetro de 40 polegadas, porm em

    funo do uso este dimetro tende a diminuir.

    O fator dimetro de roda tem relevncia tambm no canal de distncia

    percorrida j que se utilizarmos para clculo uma roda com dimetro de 40

    polegadas e na prtica a mesma tiver um dimetro de 38 polegadas ao final de 100

    Quilmetros teremos uma diferena de 5 Quilmetros para o final do percurso deste

    trecho. Por este motivo foi tomado o cuidado no momento de definirmos os valores

    dos dimetros das rodas das locomotivas para que no ocorram erros significativos

    dessa natureza.

    3.6 Anlise do Software utilizado para a Visualizao dos Canais dos

    Registradores de Eventos.

    Para a leitura dos dados de velocidade foi utilizado o software Wabtec- Rail

    do Fabricante Wabtec- Railways Eletronics. Software este com 32 bits de memria e

    criado na base operacional do Windows 95, 98 ou NT.

    Para a execuo do Software necessrio um Computador pessoal Pentium I

    com 133 Mhz e 16 Mega Bits de memria RAM.

    Este Software pode levar de 3 a 4 minutos para a leitura dos dados

    dependendo do tipo e fabricante do Registrador de Eventos no qual os dados foram

    carregados.

  • 32

    Na abertura de um determinado registro de uma viagem de uma locomotiva

    abre-se uma tela com vrias informaes tais como: Nmero de Srie do

    Registrador, Modelo do Registrador, nmero da locomotiva, dimetro da roda da

    locomotiva, Hora Inicio e Hora Final da viagem, Tempo de Viagem e Distancia Total

    percorrida.

    Diante da abertura desta tela inicial temos que novamente estar atentos ao

    dimetro da roda da locomotiva que foi informado pelo registrador de eventos e caso

    o mesmo esteja incorreto temos a oportunidade de alter-lo.

    Figura 5: Detalhe da Tela Inicial do Software Webtec-Rail. Figura Retirada do

    Treinamento do Software ministrado na MRS

  • 33

    Figura 6: A figura acima representa a visualizao dos canais do Registrador de

    eventos atravs do Software Webtec-Rail.

    Conforme podemos ver na figura 6 acima os canais visualizados nesse

    momento em questo so: Valor do Ampermetro (Corrente) da mquina,

    Visualizador de Freio Dinmico e Acelerador (pontos da mquina), ar do

    encanamento geral e Velocidade da Locomotiva, Emergncia, Chave PCR, Sentido

    da Reversora, Buzina e FD Deration. Ao lado desta visualizao grfica dos canais

    podemos visualizar esses mesmos parmetros, porm de forma numrica agora

    com uma melhor preciso dos dados. E nesta parte lateral sero visualizados os

    valores onde o cursor fixo (linha preta vertical localizada na figura 3) estiver

    posicionado.

  • 34

    4 METODOLOGIA

    A metodologia para a coleta de dados adotada nesta monografia foi pautada

    no seguinte roteiro:

    1. Mapeamento preliminar das reais velocidades

    O primeiro passo do trabalho e da coleta de dados consistiu numa inspeo

    detalhada do circuito do minrio envolvendo os Inspetores de trao responsveis

    por cada trecho desse circuito, dos Supervisores da Via Permanente e Residentes;

    do Gerente de Equipamentos e Trilhos Luiz Cludio Parijs e da presena do Prof.

    Paulo Magalhes.

    Esta inspeo foi realizada atravs de equipamento rodoferrovirio nos

    trechos da Residncia de Francisco Bernardino, Residncia de Minas Gerais e

    Residncia de Volta Redonda para o trecho da Ferrovia do Ao foi realizada esta

    inspeo por trem tambm acompanhada pelos Inspetores de Trao e

    Supervisores de Via Permanente.

    O Objetivo desta inspeo foi coletar os valores da VMA (Velocidade Mxima

    Autorizada) para cada curva desse circuito bem como levantar os valores das

    velocidades que os trens circulam nessas curvas. Nessa inspeo levantamos

    tambm alguns histricos de manuteno e possveis restries de velocidades que

    temos em alguns trechos em particular.

    A inspeo teve incio no dia 12 de janeiro de 2008 na sede da Residncia de

    Via Permanente de Francisco Bernardino na cidade de Juiz de Fora e percorrendo o

    trecho at o Ptio do Km 460 localizado na Cidade de Conselheiro Lafaete.

    No dia 13 de Janeiro a inspeo percorreu do Km 460 at o Terminal do TOD

    (Terminal Olhos Dgua) localizado na cidade de Belo Horizonte. Ponto esse extremo

    da Ramal de guas Claras. Durante esse dia foi percorrida toda a extenso do

    Ramal do Paraopeba.

    No dia 14 de Janeiro a Inspeo teve incio no Terminal do Andaime onde foi

    dado incio ao percurso da Ferrovia do Ao- Frente Norte, foi percorrido de rodo-

    ferrovirio at o PI-07 e posteriormente seguimos num trem de prefixo NVE 229 at

    a Cidade de Bom Jardim- Ptio P2-06 da Ferrovia do Ao.

    No dia 15 de Janeiro iniciamos a Inspeo no ptio do P2-06 na cidade de

    bom Jardim e Finalizamos a inspeo em Barra do Pira fechando o circuito da

  • 35

    ferrovia do Ao. Neste mesmo dia foi feita a Inspeo para fechar a Linha do Centro

    iniciando em Barra do Pira no Km 108 e finalizando em Benfinca no km 285 da

    Linha do Centro, para este percurso da Linha do Centro a inspeo tambm foi

    realizada de trem com o prefixo NGA 258.

    No dia 17 de janeiro para finalizar a inspeo de todo o circuito do minrio

    iniciamos a inspeo na Cidade de Barra do Pira onde foi feita a inspeo de

    rodoferrovirio para a descida de Serra do Mar e concluso da inspeo na ponte da

    Guaba que o Quilmetro 0 ( Zero ) da Linha do Centro.

    Durante esta inspeo tivemos sempre a presena de um Inspetor de trao

    nos Orientando a respeito das particularidades operacionais dos trechos. Inspetores

    esse com grande experincia na conduo de trens e com vasta experincia de

    conduo nos trechos por eles acompanhados. Os inspetores que nos

    acompanharam foram: Jernimo do ncleo de Benfica percorrendo a Linha do

    Centro DE Barra do Pira at Caranda e descida da Ferrovia do Ao de Bom Jardim

    at Barra do Pira; Lincon do ncleo de Lafaete percorrendo todo o ramal do

    Paraopeba at Belo Horizonte e Frente Norte da ferrovia do Ao; Renato Mauro

    acompanhando a descida de Serra do Mar at o Porto de Guaba.

    Pode-se encontrar algumas situaes de casos de valores de superelevaes

    inadequados para com a velocidade praticada. Nas fotos abaixo iremos mostrar

    algumas situaes.

    Foto 5: Elevado desgaste lateral de trilho no Km 492+908 dentro do ptio de Casa de Pedra, curva com raio de 373,5 metros e superelevao de 65 mm encontrada no local .

  • 36

    Foto 6 : Achatamento do trilho interno na curva do Km 508+ 439 devido ao excesso de superelevao e a baixa velocidade que os trens circulam na regio. Ramal Paraopeba.

    Foto 7 : Curva com excesso de superelevao no ptio de Jeceaba L-1 ramal do Paraopeba onde podemos observar o elevado amassamento do trilho interno.

  • 37

    2. Seleo das Amostras de registradores de Eventos das Locos

    O segundo passo da coleta de dados consistiu na anlise dos registradores

    de viagem das caixas pretas dos trens de minrio onde para cada trecho foi retirada

    as velocidades por curva de uma quantidade factvel de trens, sendo estes vazios ou

    carregados dependendo do trecho analisado.

    Para os trechos a Residncia de Volta Redonda, Minas Gerais no Ramal de

    Paraopeba e guas Claras foram analisados os trens carregados e os trens vazios.

    Para a Ferrovia do Ao foi analisado apenas os trens carregados uma vez

    que no temos a circulao de trens vazios nessa ferrovia. Para o trecho da

    Residncia de Francisco Bernardino foram analisados os trens vazios.

    Essa fase precisou do total apoio da Engenharia de Operaes onde tivemos

    a fundamental participao do Colaborador JOB para configurar a posio

    quilomtrica exata de caixa preta e retirando esses dados para que com os grficos

    das velocidades impressos pudssemos retirar a velocidade de cada curva.

    Para a escolha do trem que iramos retirar a velocidade procuramos escolher

    o trem cujo quadro de trao melhor representasse a atualidade da situao na MRS

    bem como dentre os trens escolhidos foi pego um trem cujo quadro de trao no

    fosse o mais comum para a MRS ou seja pegamos um trem onde no tnhamos

    sobra de potncia disponvel para que assim fosse garantido que teramos no nosso

    banco de velocidades uma situao que pode ocorrer no trecho. Ou seja um trem

    circulando com uma velocidade inferior aquela normalmente atingida naquele

    determinado trecho.

    Inicialmente foi proposto analisar os dados de pelo menos 3 registros de

    viagem para cada um dos 6 (seis) diferentes tipos de trem, sendo um desses

    registros para trem com locomotivas em padro normal, o segundo para trem com

    locomotivas em padro timo e o terceiro para trem com locomotivas em padro

    ruim de performance. Porm devido a dificuldade de se extrair essas velocidades

    das caixas pretas e devido ao quadro de trao da MRS ter as mesmas

    caractersticas no foi possvel conseguir essa grande variabilidade de dados.

  • 38

    Figura 7: Ilustrao de como foi utilizado o Software para ser extrado os dados das

    velocidades curva a curva de todo o circuito do minrio.

    3 Mapeamento das reais superelevaes existentes por curva atravs de

    anlise de registros do carro controle da MRS (TrackStar).

    A fim de mostrarmos como se encontra a situao atual das superelevaes

    de cada curva da MRS retiramos dos dados gerados pela Inspeo do carro controle

    Track Star esses valores de superelevaes.

    Esses dados foram retirados manualmente curva a curva do circuito do

    minrio e escolhido o valor de superelevao mais representativo para aquele dado

    segmento de curva ou para aquela dada curva.

    Falamos em determinado segmento de curva, pois dependendo da curva

    analisada a mesma pode ter vrios raios e com isso ela apresentar diferentes

    valores representativos para cada segmento.

    O conhecimento dos valores da superelevao de cada curva de

    fundamental importncia para posteriormente a Central de Equipamentos prever o

  • 39

    nmero de vezes que ser necessrio para fazer o ajuste dessas superelevaes

    bem como para prever o consumo de brita para os prximos anos por trecho em

    funo da necessidade de socaria para adequao da superelevao.

    Depois de calculados a faixa de valores que poderemos ter em cada curva

    visando uma economia no desgaste de trilho, reduo no consumo de combustvel e

    preveno de alvio de rodas pode-se comparar o valor da superelevao de campo

    encontrada com a faixa de valores encontrados depois de aplicada a frmula da

    equao de superelevao terica e verificar se temos situaes em algumas curvas

    cujos valores hoje implantados em campo no possam estar nos deixando em uma

    situao frgil de um possvel descarrilamento devido ao excesso de superelevao

    para os trens lentos.

    4 Construo do quadro final de velocidades por curva

    Neste quadro iremos apresentar os valores de VMA (Velocidade Mxima

    Autorizada) por trecho bem como as Velocidades Predominantes aquela que seria a

    velocidade mais comum de circulao, a Velocidade Mxima atingida naquele trecho

    aquela quando temos sobra de potncia no quadro de trao e a Velocidade Mnima

    onde ocorram casos de trens com problemas de trao e locomotivas falhando.

    Estes valores foram informados pelos Inspetores de trao.

    Em conjunto com esses valores iremos apresentar os dados retirados das

    caixas pretas das locomotivas e iremos informar se o trem analisado em questo

    carregado ou vazio.

    Estes Quadros finais de velocidades sero apresentados como anexo desse

    trabalho de monografia.

  • 40

    5 ANLISE DOS DADOS

    Para esta parte da monografia iremos dividir os trechos a serem analisados

    de acordo com as Residncias de Via Permanente da MRS e a linha em questo,

    Linha do Centro ou Ferrovia do Ao, para facilitar a Anlise e o entendimento de

    leitor.

    No caso onde encontrarmos dentro da mesma residncia Linha de Centro e

    Ferrovia do Ao iremos analisar esses dados separadamente.

    5.1 Trecho de Barra do Pira ao Km 64- Residncia de Volta Redonda

    Para este trecho em questo devido a presena da Serra do Mar iremos

    analisar as Superelevaes para as Curvas com raios Menores que 350 metros.

    Uma curva considerada crtica quando esta apresenta raio menor que 350

    metros segundo os critrios da Engenharia de Via Permanente da MRS.

    Grfico 1: Trens Vazios e Curvas com Raios Inferiores a 350 metros da Serra do

    Mar.

    Comparao entre Superelevaes Existentes no Local e Superelevaes Tericas para Curvas com Raios Inferiores a 350 metros entre Barra do Pira e Km 64

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    110

    120

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Terica Trem Vazio 1 Superelevao Terica trem Vazio 2

    Superelevao Terica Trem Vazio 3 Superelevao Existente no Local

  • 41

    Comparao entre Superelevaes Existentes no Local e Superelevaes Tericas para Curvas com Raios Inferiores a 350 metros entre Barra do Pira e Km 64-Trens Carregados

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    110

    120

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Existente no Local trem carregado 1 trem carregado 2 trem carregado 3 trem carregado 4

    O grfico acima representa em linha vermelha os valores reais de

    superelevao encontrados no campo e as linhas Azul Escuro, Azul Claro e Verde

    os valores tericos que deveriam estar nas curvas para aquela velocidade de

    circulao do trem analisado.

    Para melhor visualizao foi ordenada os valores das superelevaes reais

    em ordem crescente. Analisando o grfico temos o perfeito entendimento de que os

    valores de superelevaes reais encontrados em campo esto divergindo e muito

    dos valores que realmente deveriam ser encontrados.

    A residncia de Volta redonda apresenta um total de 25.375 metros de trecho

    em curvas dos quais 13.788 metros so em curvas com raios inferiores a 350

    metros, ou seja, 54,33% em curvas consideradas crticas.

    Neste grfico ainda podemos observar aproximadamente 80% dos valores de

    superelevaes calculados em funo da frmula terica variando entre 30 e 60 mm.

    Isso para trens Vazios.

    Agora iremos analisar a situao para trens Carregados.

    Grfico 2: Valores de superelevao para equilibrar os trens carregados em curvas

    com raios inferiores a 350 metros na Serra do Mar

  • 42

    Para o caso de trens carregados temos a variao dos valores de

    superelevaes calculados pela frmula terica entre os valores de 20 e 40 mm.

    Observando o grfico fica claro a enorme variao de valores e a

    discrepncia dos valores encontrados em campo com os valores que melhor

    equilibrariam esses trens.

    5.2 Linha do Centro- Barra do Pira at Lafaete

    Para este trecho a primeira anlise a ser feita com relao a verificao se

    so encontrados valores de superelevaes em campo superiores aos valores de

    superelevao mxima estabelecida pela Norma ABNT que de 10 X a Bitola da via

    ou seja a superelevao mxima que podemos ter na via de 160 mm. E para este

    caso foi encontrado duas curvas que so:

    Tabela 1: Curvas que apresentam valores de superelevaes em campo superiores

    aos limites de Norma

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH Superelevao no Local (m) CURVE POINT TANGENT POINT OF CURVE

    217.549 350 + -12.040 350 + 33.580 45.616 168 164.194 350 + 33.580 350 + 271.910 238.331 168

    Na realidade uma curva de raio composta por isso foi mostrada como sendo

    duas curvas e onde a velocidade dos trens nessa curva de 42 km/h. Para este

    caso mostrado acima precisamos de interveno imediata j que estamos com

    valores de superelevao maiores ao valor mximo estabelecido em norma.

    O prximo passo a ser analisado o caso para as curvas consideradas

    crticas pela MRS, ou seja, curvas com raios inferiores a 350 metros, onde dos 352

    Quilmetros de extenso entre Barra do Pira (Km 108+222) da Linha do Centro e C.

    Lafaete (Km 462+ 278 ) tem-se 132,49 Quilmetros em curvas com raios inferiores a

    350 metros, oque representa 37,63% da extenso do trecho ou 591 curvas.

    Devido a esta extenso e consequentemente a quantidade de curvas ser

    muito grande para plotarmos os dados em apenas um grfico iremos subdividir

    esses trechos igual aos ncleos de Via Permanente existentes na MRS. O primeiro

  • 43

    Trecho a ser analisado o trecho de Juparan que tem inicio no km 110 +000 da L.

    Centro e vai at o Ptio de Serraria Km 212+079.

    Para este Trecho temos um total de 29,61 quilmetros e um total de 133

    curvas nessa situao, representando 29,02% da extenso desse ncleo.

    Grfico 3: Comparao entre os valores de superelevaes existentes e aos valores

    de equilbrio para a circulao dos trens no ncleo de Juparan.

    Observando este grfico fica claro que para este ncleo temos valores de

    superelevaes de campo muito abaixo dos valores que seriam ideais para o

    equilbrio dos trens. Porm tem-se outro agravante nessa situao que o fato da

    frmula terica ter nos gerado valores acima dos valores permitidos pela Norma da

    ABNT que de 160 mm, tivemos 40 curvas com extenso total de 8,13 Quilmetros

    em que o valor requerido para o equilbrio dos trens foi superior a 160 mm. E este

    um tpico caso que necessrio um aprofundamento neste estudo da superelevao

    para o Ncleo de Juparan.

    Ncleo de Juparan- Curvas com raios inferiores a 350 metros

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 101 106 111 116 121 126 131

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Real existente Trem Vazio 1 Trem Vazo 2

  • 44

    O segundo ncleo a ser analisado o ncleo de Francisco Bernardino o qual

    tem incio no Ptio de Serraria Km 212+079 e fim no Ptio de Santos Dumont Km

    324+771.

    Para este trecho temos um total de 196 curvas com uma exteno de 44,17

    Quilmetros representando 60,4% do trecho em curvas crticas. Sendo que a

    extenso total do trecho em curvas de 73,04 Quilmetros em curvas.

    Grfico 4: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 350

    metros do Ncleo de Francisco Bernardino.

    Este tambm outro caso que merece ser estudado posteriormente j que

    este ncleo apresenta 35 curvas com extenso de 6,6 Quilmetros onde os valores

    recomendados para equilbrio dos trens supera o valor mximo estabelecido por

    norma.

    Ncleo de Francisco Bernardino-Anlise de Superelevaes para curvas com Raios menores que 350 metros

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    1 7 13 19 25 31 37 43 49 55 61 67 73 79 85 91 97 103 109 115 121 127 133 139 145 151 157 163 169 175 181 187 193

    Curvas

    Su

    per

    elev

    a

    es

    Superelevaes reais Trem Vazio 1 Trem Vazio 2

  • 45

    Tabela 2: Curvas do Ncleo de Francisco Bernardino que apresentam valores de

    superelevaes recomendados para o equilbrio dos trens superiores a

    160 mm.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH

    (m) CURVE POINT TANGENT POINT OF CURVE

    159.999 240 + 815.080 241 + 70.050 224.970

    175.490 215 + 941.520 216 + 107.790 165.860

    213.602 240 + 691.630 240 + 793.300 101.666

    259.516 302 + 230.990 302 + 536.590 305.605

    192.140 241 + 648.590 241 + 725.680 77.090

    190.018 241 + 727.910 241 + 904.210 176.302

    188.975 241 + 961.710 241 + 1106.710 145.000

    181.864 241 + 1106.710 241 + 1246.500 139.790

    248.279 225 + 340.930 225 + 556.640 215.812

    220.444 237 + 617.550 237 + 691.720 74.166

    208.428 237 + 2947.740 240 + 145.760 174.456

    227.738 241 + 1444.810 241 + 1774.730 329.924

    192.140 240 + 355.270 240 + 632.760 277.486

    192.140 236 + 672.470 236 + 842.620 170.148

    242.163 213 + 419.600 213 + 707.510 287.916

    157.081 237 + 1717.120 237 + 1932.860 215.744

    240.471 244 + 200.750 244 + 337.160 136.405

    243.880 241 + 1273.450 241 + 1442.770 169.319

    260.499 240 + 152.000 240 + 329.620 177.617

    197.944 221 + 1262.670 221 + 1356.110 93.440

    193.499 241 + 431.550 241 + 502.020 70.469

    281.841 241 + 502.020 241 + 625.540 123.524

    242.163 245 + 733.500 245 + 918.360 184.858

    239.633 295 + 621.430 295 + 871.110 249.680

    214.509 237 + 1042.820 237 + 1134.670 91.851

    192.140 225 + 1217.280 225 + 1418.180 200.900

    186.417 241 + 80.300 241 + 243.030 162.730

    192.677 221 + 1138.860 221 + 1262.670 123.809

    224.032 309 + 465.610 309 + 825.530 359.920

    143.655 257 + 309.390 257 + 476.190 166.796

    238.802 246 + 216.030 246 + 458.340 242.310

    184.915 225 + 1441.650 225 + 1554.950 113.293

    238.802 225 + 1555.130 225 + 1697.690 142.560

    240.471 225 + 1889.490 227 + 90.380 215.390

    181.026 293 + 1038.890 293 + 1533.060 494.170

  • 46

    O prximo ncleo a ser analisado o Ncleo de Barbacena o qual tem incio

    no Ptio de Santos Dumont Km 324+771 e fim no Ptio de Caranda no Km

    428+000.

    Para este ncleo temos um total de 208 curvas com extenso total de 46,80

    Quilmetros, representando 45,03% do trecho em curvas crticas.

    Grfico 5: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 350

    metros do Ncleo de Barbacena.

    Neste ncleo temos um total de 6 curvas onde os valores recomendados para

    o equilbrio superam o valor mximo estabelecido por pela Norma ABNT.

    Abaixo segue a tabela com a indicao do Raio , Quilmetro Incial e Final

    dessas curvas.

    Anlise de Superelevaes para curvas com Raios Inferiores a 350 metros do Ncleo de Barbacena

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    1 8 15 22 29 36 43 50 57 64 71 78 85 92 99 106 113 120 127 134 141 148 155 162 169 176 183 190 197 204

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevaes Reais Trem Vazio 1 Trem Vazio 2

  • 47

    Anlise dos Valores de Superelevao para as Curvas com Raios Inferiores a 350 metros do Ncleo de Lafaete

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevaes Reais Trem Vazio 1 Trem Vazio 2

    Tabela 3: Curvas do Ncleo de Barbacena, onde o valor recomendado para a

    superelevao de equilbrio foi superior a 160 mm.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH (m) CURVE POINT TANGENT POINT OF CURVE

    280.691 389 + 63.220 389 + 307.290 244.070

    245.621 358 + 293.640 358 + 769.190 475.550

    295.142 388 + 312.370 388 + 613.320 300.950

    262.271 407 + 358.740 407 + 572.270 213.530

    207.327 351 + 43.280 351 + 110.370 67.088

    216.346 351 + 110.370 351 + 144.240 33.867

    O prximo ncleo a ser analisado o ncleo de Lafaete no trecho do Km 428

    que o Ptio de Caranda at o Km 460 que a cidade de Conselheiro Lafaete.

    Neste ncleo temos 49 curvas com uma extenso de 10,78 Quilmetros em

    curvas com raios inferiores a 350 metros. Isso representa 17,38% da extenso do

    ncleo sendo contabilizado a extenso dos Ramais da Ao Minas e Miguel Burnier.

    Desse total de 49 curvas tem-se 11 curvas com uma extenso total de 2,45

    Quilmetros onde os valores de superelevaes recomendados para equilbrio dos

    trens supera o valor mximo permitido pela ABNT.

    Grfico 6: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 350

    metros do Ncleo de Lafaete.

  • 48

    5.3 Curvas com Raios Maiores que 350 metros e Inferiores a 500 metros da

    Linha do Centro

    Agora iremos analisar a famlia de curvas com raios maiores que 350 metros

    e inferiores a 500 metros para a Linha do Centro. Iremos adotar a mesma sequncia

    e diviso dos trechos em ncleos de Via Permanente para facilitar a anlise dos

    dados.

    Grfico 7: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350

    metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Juparan.

    Para este trecho temos a situao de 69 curvas com essas caractersticas

    representando uma extenso total de 13,83 Quilmetros.

    Como podemos observar temos 61 curvas cujos valores de superelevaes

    existentes esto bem abaixo dos valores de equilbrio. E tambm podemos verificar

    que os trens nessa regio apresentam valores de velocidades muito prximos uma

    vez que os valores de superelevaes requeridos tambm so prximos. Isto faz

    com que seja possvel um estudo posterior para otimizar os valores de

    superelevao para esta famlia de curvas.

    Anlise de Superelevaes para curvas com raios maiores que 350 metros e menores que 500 metros do Ncleo de Juparan-Linha do Centro

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Real Trem Vazio 1 Trem Vazio 2

  • 49

    Abaixo segue a tabela com a localizao dessas curvas para o ncleo de

    Juparan.

    Tabela 4: Curvas com Raios Superiores a 350 metros e Inferiores a 500 metros do

    Ncleo de Juparan.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH

    (m) CURVE POINT TANGENT POINT OF CURVE

    428.289 140 + 212.710 140 + 436.760 224.050

    440.450 147 + 351.880 147 + 425.800 75.920

    458.402 206 + 164.320 206 + 320.060 155.740

    399.779 126 + 899.880 127 + 173.770 281.090

    484.223 113 + 921.200 114 + 74.820 153.628

    470.959 118 + 467.674 118 + 702.884 235.206

    498.257 136 + 460.450 136 + 600.710 140.260

    373.712 146 + 681.260 146 + 762.850 81.590

    456.670 146 + 955.920 147 + 42.610 88.450

    459.370 147 + 42.610 147 + 146.060 103.450

    402.670 147 + 146.060 147 + 244.910 98.850

    474.206 173 + 164.130 173 + 312.300 148.178

    361.913 201 + 105.440 201 + 239.120 133.680

    464.595 204 + 471.590 204 + 723.690 252.100

    395.185 112 + 267.750 112 + 468.940 201.188

    437.967 122 + 318.020 122 + 508.660 190.640

    369.695 187 + 475.160 187 + 541.070 65.910

    435.195 127 + 961.770 128 + 81.260 103.190

    470.959 166 + 513.250 166 + 691.100 177.850

    437.967 186 + 787.470 187 + 35.540 249.760

    449.415 115 + 204.500 115 + 560.630 356.132

    399.779 155 + 354.200 155 + 542.220 188.020

    470.959 174 + 580.400 174 + 767.250 186.845

    464.595 140 + 763.710 140 + 940.500 176.790

    440.774 150 + 377.370 150 + 776.900 399.536

    461.478 192 + 625.560 192 + 807.320 181.760

    484.223 143 + 1535.060 143 + 1829.650 294.590

    446.492 125 + 452.070 125 + 853.980 401.910

    354.453 140 + 636.660 140 + 759.900 123.240

    435.195 166 + 714.250 166 + 986.930 272.680

    461.476 168 + 973.500 169 + 139.220 147.570

    477.499 111 + 239.320 111 + 403.420 164.102

    361.408 142 + 521.390 142 + 729.890 208.500

    356.289 167 + 515.860 167 + 963.400 447.540

    404.481 201 + 432.050 201 + 736.380 304.330

    404.481 147 + 856.900 148 + 210.250 358.160

    494.672 157 + 1344.410 157 + 1604.110 259.700

    498.257 157 + 1605.690 157 + 1799.860 194.170

    458.402 128 + 443.860 128 + 658.730 214.870

  • 50

    435.195 175 + 60.020 175 + 297.510 237.485

    377.818 200 + 315.340 200 + 594.600 279.260

    397.469 119 + 575.280 119 + 811.980 236.700

    354.453 120 + 100,289 120 + 182,130 82.550

    416.736 120 + 187,470 120 + 302,370 114.900

    360.019 155 + 861.460 156 + 104.830 280.920

    440.774 172 + 268.480 172 + 480.920 212.440

    474.206 111 + 436.780 111 + 715.300 278.518

    395.185 119 + 2717.480 119 + 2825.160 107.680

    384.148 199 + 415.130 199 + 540.970 126.140

    352.636 135 + 801.500 135 + 967.100 165.600

    449.796 154 + 269.820 154 + 327.370 57.553

    470.959 188 + 335.580 188 + 524.810 189.219

    437.967 189 + 880.990 190 + 293.600 492.610

    360.019 205 + 499.240 205 + 688.140 188.900

    491.140 180 + 720.400 180 + 907.810 187.410

    358.145 143 + 168.270 143 + 578.120 409.850

    375.754 202 + 696.230 202 + 885.920 189.690

    446.497 111 + 949.820 112 + 199.790 239.968

    421.848 182 + 1856.590 184 + 61.500 191.516

    375.754 199 + 541.800 199 + 735.150 193.350

    361.913 204 + 884.410 205 + 102.480 218.840

    394.914 136 + 870.660 137 + 35.120 64.670

    371.692 127 + 735.570 127 + 864.650 129.080

    429.760 208 + 393.170 209 + 169.740 189.150

    397.469 114 + 922.590 115 + 113.150 182.768

    356.289 163 + 884.750 163 + 968.130 83.380

    373.710 150 + 932.220 151 + 102.040 178.072

    361.913 130 + 486.160 130 + 685.280 197.120

    480.448 164 + 635.900 164 + 724.640 88.740

    Agora iremos analisar o ncleo de Francisco Bernardino.

  • 51

    Anlise da Superelevao para curvas com raios maiores que 350 metros e menores que 500 metros para o ncleo de Francisco Bernardino

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Real Trem Vazio 1 trem Vazio 2

    Grfico 8: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350

    metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Francisco Bernardino.

    Para este trecho temos a situao de 60 curvas com essas caractersticas e

    uma extenso total de 12,65 Quilmetros, das quais 11 curvas apresentam valores

    requeridos de superelevao bem abaixo dos valores existentes e as demais curvas

    esto apresentando valores de superelevao insuficientes para equilibrar os trens.

    Agora iremos analisar as curvas com essas caractersticas para o ncleo de

    Barbacena

  • 52

    Grfico 9: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350

    metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Barbacena.

    Para este trecho temos um total de 65 curvas com essas caractersticas e um

    total de 11,99 Quilmetros. Neste caso podemos observar que conforme a

    superelevao existente no local vai aumentado temos os valores necessrios para

    equilibrar os trens diminuindo oque nos indica que temos de trabalhar com a

    correo geomtrica nesses locais para evitar a reduo da vida til dos trilhos

    internos dessas curvas.

    Abaixo segue a tabela com a localizao dessas curvas com raios maiores

    que 350 metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Barbacena.

    Tabela 5: Curvas do ncleo de Barbacena com raios maiores que 350 metros e

    inferiores a 500 metros.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH (m) CURVE POINT TANGENT POINT OF CURVE

    464.595 392 + 842.920 392 + 987.830 144.910

    361.913 395 + 810.860 396 + 9.500 199.510

    484.223 427 + 470.580 427 + 668.020 197.440

    361.913 382 + 423.300 382 + 621.490 198.190

    Anlise da Superelevao para as curvas com raios maiores que 350 metros e menores que 500 metros para o Ncleo de Barbacena

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Real Trem vazio 1 trem vazio 2

  • 53

    395.185 385 + 167.250 385 + 309.120 141.870

    384.148 389 + 869.790 390 + 39.290 170.580

    409.296 397 + 146.180 397 + 335.720 189.540

    414.226 411 + 468.630 411 + 618.070 149.440

    390.695 402 + 934.280 403 + 105.700 171.280

    406.475 423 + 519.300 424 + 127.120 607.620

    382.015 371 + 267.260 371 + 753.990 486.730

    458.402 421 + 748.330 422 + 327.780 580.320

    461.478 413 + 370.870 413 + 529.600 158.730

    404.481 401 + 542.770 401 + 686.820 144.040

    367.718 335 + 354.150 335 + 598.750 244.603

    463.374 376 + 911.790 376 + 951.660 39.873

    491.140 377 + 1577.660 377 + 1727.120 149.460

    396.479 397 + 416.060 397 + 661.760 245.696

    390.695 403 + 220.860 403 + 460.010 239.150

    432.459 405 + 161.880 405 + 356.260 194.380

    411.746 352 + 311.777 352 + 598.317 286.540

    435.195 353 + 569.490 353 + 944.250 374.760

    499.179 362 + 740.510 362 + 772.020 31.510

    395.185 420 + 787.350 420 + 958.750 171.400

    354.453 331 + 244.780 331 + 396.940 152.160

    414.226 355 + 874.510 356 + 20.610 158.500

    375.754 370 + 855.660 371 + 207.550 355.870

    365.762 385 + 597.590 385 + 757.820 160.230

    390.695 425 + 999.250 426 + 311.400 312.170

    427.496 330 + 523.960 330 + 591.220 67.260

    367.718 416 + 719.230 416 + 909.910 190.684

    384.148 422 + 981.220 423 + 188.770 198.200

    366.632 348 + 497.480 348 + 593.390 95.918

    458.402 372 + 241.480 372 + 499.910 258.430

    448.053 372 + 499.910 372 + 766.460 266.550

    390.695 426 + 999.550 427 + 276.160 277.490

    354.453 364 + 627.560 364 + 806.510 178.950

    449.806 359 + 854.820 359 + 913.840 59.018

    401.688 360 + 636.980 360 + 763.070 126.087

    377.818 359 + 734.410 359 + 821.830 87.420

    354.453 342 + 570.230 342 + 723.240 153.010

    461.478 408 + 1539.003 408 + 1719.303 180.300

    402.116 414 + 28.470 414 + 435.430 396.960

    350.837 425 + 999.250 425 + 924.130 219.540

    358.145 426 + 677.480 426 + 840.120 162.640

    412.495 370 + 110.640 370 + 194.210 83.570

    458.402 345 + 296.330 345 + 359.520 63.187

    437.932 351 + 709.920 351 + 751.450 41.530

    386.306 404 + 43.440 404 + 296.590 253.155

    397.649 339 + 116.620 339 + 343.370 226.755

    395.185 364 + 59.670 364 + 204.330 144.660

    379.905 330 + 139.330 330 + 422.830 203.507

    423.212 330 + 422.830 330 + 484.760 61.927

  • 54

    361.913 377 + 1138.760 377 + 1272.050 133.300

    451.866 331 + 61.110 331 + 107.880 46.775

    374.527 332 + 269.470 332 + 355.980 77.514

    352.636 365 + 947.550 366 + 199.640 242.610

    423.869 360 + 219.180 360 + 323.430 104.251

    379.105 360 + 323.430 360 + 546.430 223.002

    452.611 375 + 890.273 375 + 940.553 50.880

    390.918 336 + 499.010 336 + 597.350 98.647

    442.935 333 + 678.430 333 + 834.310 155.882

    411.077 349 + 902.140 349 + 1001.420 99.279

    392.792 328 + 115.380 328 + 179.870 64.498

    482.040 374 + 623.480 374 + 665.730 42.250

    Agora iremos analisar o ncleo de Lafaete para essa famlia de curvas.

    Grfico 10: Anlise das superelevaes para as curvas com raios superiores a 350

    metros e inferiores a 500 metros para o Ncleo de Lafaete.

    Para este trecho temos um total de 26 curvas com extenso total de 7,00

    Quilmetros.

    Este trecho necessita de uma maior coleta de dados das reais velocidades

    dos trens uma vez que os valores requeridos de equilbrio para ambos os trens esto

    com grandes variaes para a mesma curva.

    Anlise da Superelevao para curvas com raios maiores que 350 metros e menores que 500 metros para o Ncleo de Lafaete

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevao Real Trem Vazio 1 Trem Vazio 2

  • 55

    5.4 Ferrovia do Ao- Trecho do Km 0 at PI-07

    Iremos agora analisar os dados referentes a Ferrovia do Ao, porm para

    essa anlise devemos mudar os critrios estabelecidos uma vez que essa ferrovia

    foi projetada e construda na dcada de 60, com isso a mesma no apresenta curva

    com raios inferiores a 700 metros e rampas com inclinaes maiores que 1%.

    O trecho a ser analisado agora tem incio no Quilmetro 0 ( Zero ) no

    municpio de Quatis no Rio de Janeiro e vai at o Quilmetro 195 que PI-07 trecho

    esse conhecido como frente sul da Ferrovia do Ao.

    O primeiro critrio a ser analisado nesse trecho as superelevaes para

    curvas com raios superiores a 2000 metros. Iremos estudar esse caso pois devido

    ao raio ser de grande magnitude essas curvas exigem superelevaes com valores

    pequenos da ordem de 05 a 20 mm ou at valores nulos de superelevaes pois

    essas curvas podem ser aproximadas para tangentes e no exigirem superelevao

    alguma.

    Grfico 11: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores que 2000

    metros para a Ferrovia do Ao

    Como podemos observar no grfico acima a constatao de que as curvas

    com as caractersticas com raios maiores que 2000 metros exigem superelevaes

    muito baixas.

    Anlise de Superelevaes para Curvas com Raios Maiores que 2000 metrros na Ferrovia do Ao

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevao Real Trem Carregado 1 Trem Carregado 2 Trem Carregado 3 Trem Carregado 4 trem Carregado 5

  • 56

    Anlise de Superelevaes para Curvas com Raios Maiores que 1000 metros e menores que 2000 metros

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82 85 88 91

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevao real Trem Carregado 1 Trem Carregado 2 Trem Carregado 3 Trem Carregado 4 trem Carregado 5

    Outro ponto importante a ser analisado que os trens nessa regio exigem

    praticamente o mesmo valor de superelevao no tendo grandes variaes, com

    isso tende a facilitar um trabalho futuro de otimizao dessas superelevaes.

    Para o caso da anlise do grfico acima fica claro que das 43 curvas

    analisadas com extenso total de 33,52 Quilmetros, 32 apresentam valores muito

    elevados para essa caracterstica de curva. E isso pode estar contribuindo para o

    desgaste vertical dos trilhos internos dessas curvas, ponto esse que pode ser

    estudado num outro estudo complementar a essa monografia.

    Uma recomendao para a equipe de correo geomtrica quando for

    trabalhar nessas curvas de estar deixando a superelevao da curva dessa famlia

    (raios maiores que 2000 metros ) com 10 mm , pois o valor mais comum dentre os

    valores calculados para o perfeito equilbrio dos trens.

    O segundo critrio que iremos analisar ou a segunda famlia de curvas a ser

    analisada so para as curvas com raios maiores que 1000 metros e menores que

    2000 metros. Esta famlia de curva tambm so consideradas como curvas abertas

    ou seja de raios grandes e consequentemente tendem a exigir valores pequenos de

    superelevaes porm um pouco maiores que o caso estudado anteriormente que

    foi para curvas com raios maiores que 2000 metros. Geralmente os valores de

    superelevao para essas curvas variam de 10 a 20 mm.

    Grfico 12: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores que 1000

    metros e menores que 2000 metros para a Ferrovia do Ao.

  • 57

    Como podemos observar temos 93 curvas e extenso de 72,77 Quilmetros.

    Para esta famlia de curvas tambm podemos observar a semelhana de valores

    requeridos para os 5 (cinco) trens analisados nesse estudo. Essa proximidade de

    valores recomendados pelos 5 cinco (cinco) trens de grande relevncia oque nos

    mostra que podemos buscar uma otimizao dessa superelevao para cada curva

    e fazer com que a grande maioria dos trens que circulam na ferrovia do ao estejam

    perfeitamente equilibrados e com isso tende-se a termos uma economia significativa

    na vida til dos trilhos, consumo de combustvel e vida til dos materiais de via

    permanente.

    A prxima famlia de curva a ser analisa so para as curvas com raios

    inferiores a 1000 metros.

    Grfico 13: Anlise das superelevaes para as curvas com raios inferiores a 1000

    metros para a Ferrovia do Ao.

    Para esta famlia de curvas temos 88 curvas com essa caracterstica e uma

    extenso de 61,63 quilmetros. Neste caso vemos em funo da diminuio do raio

    que os valores de superelevaes tendem a aumentar a sua amplitude e

    consequentemente para os mesmos trens analisados onde nas curvas com outras

    Anlise de Superelevaes para curvas com raios inferiores a 1000 metros na Ferrovia do Ao

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87

    Curvas

    Val

    ore

    s de

    Su

    per

    elev

    a

    es

    Superelevao Real Trem carregado 1 Trem Carregado 2 Trem Carregado 3 Trem Carregado 4 Trem Crregado 5

  • 58

    Anlise de Superelevao para a Ferrovia do Ao- Frente Norte para curvas com raios maiores que 2000 metros

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    1 2 3 4 5

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevao Real Superelevao trem 1 Superelevao trem 2

    caractersticas de raios requeriam valores de equilbrio da superelevao muito

    prximos nesse caso isto j no acontece mais.

    5.5 Ferrovia do Ao- Trecho do PI-07 ao PI-03

    Agora iremos analisar o trecho compreendido entre o PI-07 e o PI-03 tambm

    conhecido como frente Norte da Ferrovia do Ao. Para a anlise desse trecho iremos

    adotar os mesmos critrios utilizados para analisar o trecho da Ferrovia do Ao

    compreendido entre o Km 0 e PI-07 e acrescentaremos alguns critrios que foram

    utilizados para anlise na Linha do Centro. Como por exemplo a anlise para curvas

    crticas ( R< 350 metros ).

    O primeiro critrio a ser analisado para a famlia de curvas com raios

    superiores a 2000 metros.

    Grfico 14: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores a 2000

    metros para a Ferrovia do Ao-Frente Norte.

  • 59

    Anlise da Superelevao para Curvas com Raios Maiores que 1000 metros e menores que 2000 Metros para a Frente Norte da Ferrovia do Ao

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    es

    Superelevao Real Superelevao Trem 1 Superelevao trem 2

    Como podemos observar no grfico existem 6 curvas com essas

    caractersticas com uma extenso de 2,33 quilmetros das quais todas essas curvas

    apresentam uma superelevao real com valores muito mais altos do que os valores

    que os trens necessitam para serem perfeitamente equilibrados nas curvas.

    Tabela 6: Curvas da Ferrovia do Ao- Frente Norte para curvas com Raios maiores

    que 2000 metros.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH

    (m) CURVE POINT

    TANGENT POINT OF CURVE

    2:300.000 346 + 678.266 347 + 67.395 389.13

    6:000.000 342 + 99.948 342 + 343.696 243.75

    2:000.000 336 + 600.486 336 + 996.978 396.49

    2:000.000 297 + 382.791 297 + 985.667 602.88

    2:000.000 300 + 762.897 301 + 496.919 734.02

    O prximo critrio a ser analisado para a famlia de curvas com raios

    maiores que 1000 metros e menores que 2000 metros.

    Grfico 15: Anlise das superelevaes para as curvas com raios maiores que 1000

    e menores que 2000 metros para a Ferrovia do Ao-Frente Norte.

  • 60

    Para esta famlia de curvas temos um total de 12 curvas e com uma extenso

    de 8,0 Quilmetros. Dessas 12 curvas, 4 curvas apresentam superelevaes reais

    inferiores aos valores que necessitamos para equilibrar os trens de acordo com a

    superelevao de equilbrio ( terica ), e as outras 8 curvas apresentam valores de

    superelevao real maiores que os valores que necessitamos para equilibrar os

    trens.

    Tabela 7: Curvas da Ferrovia do Ao com Raios Maiores que 1000 metros e

    menores que 2000 metros.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH

    (m) CURVE POINT

    TANGENT POINT OF CURVE

    1:000.000 345 + 427.671 345 + 672.651 244.98

    1:300.000 351 + 482.883 351 + 775.885 293.00

    1:400.000 298 + 686.915 298 + 959.172 272.26

    1:100.000 347 + 275.756 348 + 72.388 796.63

    1:402.151 353 + 142.150 353 + 472.301 330.15

    1:397.875 337 + 171.323 338 + 315.353 1144.03

    1:100.000 343 + 525.126 343 + 720.001 194.88

    1:500.000 340 + 684.346 341 + 216.629 532.28

    1:200.000 334 + 317.740 335 + 234.733 916.99

    1:000.000 301 + 958.130 303 + 296.413 1338.28

    1:102.125 304 + 230.796 305 + 46.262 815.47

    1:250.000 299 + 59.172 300 + 189.164 1129.99

    O prximo critrio a ser analisado agora para as curvas consideradas

    crticas (R < 350 metros ).

  • 61

    Grfico 16: Anlise das superelevaes para as curvas crticas da Ferrovia do Ao-

    Frente Norte.

    Para esta famlia de curvas temos um total de 26 curvas e extenso 11,51

    Quilmetros das quais 17 curvas apresentam valores de superelevao real maiores

    que os valores necessrios para equilibrar os trens de acordo com a Superelevao

    Terica e as outras 9 curvas apresentam valores de superelevao real inferiores ao

    valor requerido para o equilbrio dos trens.

    Anlise da Superelevao para as Curvas Crticas da Ferrovia do Ao- Frente Norte

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevao Real Superelevao trem 1 Superelevao trem 2

  • 62

    Tabela 8: Curvas da Ferrovia do Ao-Frente Norte consideradas crticas.

    RADIUS HISTORICAL km LENGTH

    (m) CURVE POINT

    TANGENT POINT OF CURVE

    350.000 330 + 351.661 330 + 627.608 275.95

    350.000 333 + 854.483 334 + 116.911 262.43

    350.000 313 + 171.813 313 + 726.311 554.50

    350.000 313 + 789.822 314 + 75.822 286.00

    350.000 310 + 968.765 311 + 249.271 280.51

    350.000 331 + 54.962 331 + 457.469 402.51

    350.000 310 + 352.306 310 + 853.423 501.12

    350.000 333 + 455.647 333 + 821.063 365.42

    350.000 323 + 786.356 324 + 306.356 520.00

    350.000 332 + 820.820 333 + 390.187 569.37

    350.000 316 + 777.194 317 + 280.323 503.13

    350.000 324 469.203 325 165.381 696.18

    350.000 314 + 242.254 314 + 719.659 477.40

    350.000 321 + 241.536 321 + 655.079 413.54

    350.000 327 + 524.220 327 + 907.419 383.20

    350.000 321 + 693.055 322 + 51.096 358.04

    350.000 322 + 102.547 322 + 887.077 784.53

    350.000 303 + 587.589 303 + 960.682 373.09

    350.000 329 + 265.327 329 + 674.627 409.30

    350.000 309 + 542.896 310 + 305.777 762.88

    350.000 331 + 493.569 331 + 835.500 341.93

    197.669 317 + 494.870 317 + 692.539 197.67

    350.000 329 + 782.726 330 + 351.661 568.93

    350.000 331 + 877.482 332 + 258.942 381.46

    350.000 330 + 627.608 331 + 15.032 387.42

    350.000 320 + 740.529 321 + 203.643 463.11

    5.6 Linha do Centro Ramal do Paraopeba- Jeceaba- guas Claras

    A ltima parte da anlise do trabalho consiste em estudar as superelevaes

    existentes no Ramal do Paraopeba trecho entre Jeceaba e guas Claras. O Ramal

    do Paraopeba responsvel hoje por aproximadamente 65 % de todo o

    carregamento de minrio da MRS. Por ser um trecho de via singela e bastante

  • 63

    Anlise das curvas Crticas do Km 503 ao Km 530 do Ramal do Paraopeba

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82 85 88 91 94

    Curvas

    Val

    ore

    s d

    e S

    up

    erel

    eva

    o

    Superelevao Real Superelevao Trem Carregado 1 Superelevao Trem Carregado 2

    sinuoso com um total de 79,38 quilmetros de extenso em curvas oque representa

    uma percentagem de 66,15% do trecho em curvas e das quais a extenso de curvas

    crticas de 68,20 quilmetros so de curvas com raios menores que 350 metros.

    Esse trecho um trecho que tem-se de analisar cuidadosamente a superelevao a

    ser adotada em cada curva j que tem-se nesse trecho uma grande quantidade de

    cruzamentos entre trens vazios subindo em direo a Belo Horizonte e trens

    carregados descendo o ramal em direo a Ferrovia do Ao.

    Devido a essa grande extenso de curvas, iremos dividir os ncleos que so

    Belo Vale e Brumadino em trechos de 30 quilmetros para que os grficos a serem

    plotados com as Superelevaes reais existen