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Uma Farsa

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UMA FARSA IA HIS'l'ôRIA DE UMA ASSEMBLÉIA!

. . ' A proPOSlto do que tem sido a Federação Espirita llrasUclr.i • seus diretores, deade o.~ primeiros dias de sua existência, na vanguarda dêsse grande movimento de propaganda espirita por todo o vasto território nacional. que lhe valeu, com Ju•ttça. o titulo de Casa Mt\ter do Espiritl•mo no Brasil, a co1neçar !)CIO Marechal Ewerto11 Quadros alé o Dr. Ouillon Ribeiro. nê.o há quem aponte o mais lnslg11lflca11tc desllse na vida ptibllcn ou privada do tflo lhi.tres quão veneriwets cidadãos que diri­giram no curso de tantos anos aquela respeitável instituição

Os mais recentes e que tivemos n ventura. de acompo nM-los bem de perto, desde Leopoldo Clrne a Oulllon Ribeiro. foram, não só figuras dos mais ·respeitáveis na vida social dn metrópole, de moral Ina tacável. como reais valores intelectual• postos a serviço de uma grande causn.

rara êles, o J::vnngelho do Cristo à 1\17. cio Espiritismo, nlío crn apenas o llvl'O exposto à venda e que se recomenda nos Infelizes blllldos polo• sofrimentos e sedcnto.s de luz. Ni\o O Evangelho foi sempre naquela casa o esl3lão de conduta para todos êles, dentro e fora da F"dernqão

Hoje, a velha Casn de Bezerra de Menezes, de Bittencourt Sampaio, de Ocmtnlnno Brasil, de Antonio Sayão, do l'al.n Pamplona, de Manuel Quln tito e ele tnntos outros, está on· trcgue à sanha de um ditador mJrim, homem ele altos negó­cios e golpes baixos. Sim, porque a Federação que teve a llOnra de ser chamada o Templo de Ismael, nil.o passa agora de uma •lmples casa com<rclal, - "casa de ISracl", bem semelhante a certos laboratórios de produtos farmacêuticos, onde é há

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UMA FARSA IA HlSTôfUA DE UMA ASSll:MBLÉI A1

i A prol)ÓSito do que tem sido a t'edernQilo Espírita l:lrasllclrn

e seus diretores, dcSde os primeiros dlus de sua existência, nn vanguarda désse qrande movimento de propaganda espirita 1>0r todo o vasto território nacional. que lhe valeu, com justiça. o titulo de Casa Mliter do Espiritismo no Brasil, a começar 1>elo Marechal Ewerton Quadros ai.é o Or. Guillon Ribeiro, não há quem aponte o mais insignificante dcsllsc na vida p1\bllcn uu privada ele tão lht•tres quão vencrlivels cidadãos que dlrl­" iram no curso ele tantos anos aquela respeitável insLltulçflo.

Os mais recentes e que tivemos a ventura de acompa­nhá-los bem de perto, desde Leopoldo Clrne a Oulllon Ribeiro, foram, não só llguras das mais respeltâvels na vida social dn metrópole, de moral Inatacável, como reais \•alores Intelectual• postos a serviço de umn grande causa .

Para êles, o Evangelho do Cristo à luz do E.~plr\tlsmo. n6o crn apenas o livro cxpasto à venda e que se recomoncla nos lnleU2es batidos p<>I08 sofrimentos e ~edcntos de luz. Não O Evangelho !oi sempre naquela Casa o est~11lo de conduta para todos êles, dentro e fora da Fl!dernçào

Hoje, a velhn Casa de Bezerra de Menezes, de Bltt.encourt S11mpaio, de Ocmlnlono Brasil, de An(<)nlo Sayão, de Pal.11 Pamplona, de Manuel Quintão e de tnntos outros, está en­tl'cgue à sanha do um ditador mlr!m, homem ele altos ncgó· cios e golpes baixos . Sim, porque a Federação que teve a honra de ser chamada o Templo de Ismael, não passa agora de umn $lmples casa comercial, - "casa de I.srael", bem semelhanl<' a certos laboratórios de produtos farmacêuticos, onde é h!\·

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bHo, tornbém. tl'l:lnlpulnr-se atas f;il >dstcn.tr:s, e onde ns vc•ndü.":: se nv;1J111nunl ~t11 n !1i

f~lcntruns.

O dia 10 de dc: : mbro do F 1.. n .. d•via se:· ct·nslderado o d~

dln quo 11,emo.< n dcsv~du:a d~ trls clc•onas de homrns acocorado: <loloror.n. subm!~;âo. R("n1 vonia.d1• p:'1i111·

in<''>Hdiclonai~. dorc-ni, s.:1n qu ·l.!<1u:-r 1-x•1·li• p1Pno t\S..'i~ntimenlo pnru que o S r \\ pu~~s.sc. abruptamente, n nlaL; n ela rt$1~Ui.~·e1 aymnlação. pondo cararttr!.-.· tca su9i ·111:.. de sua JX"

UM'A M)(Jf:Ml3Lli:IA. <iU UM/\ P'Mt'M

"'" dia 8 de d~z~mLro de 194~. à ir.os na Livraria da Ft'.'<iernçã.o o ro1 quato de So'J.."'· dl<Se·nos f:e quo v (\llO.< da Federação, i>to r, O pr• tNIP. à apreciação e aprov:.ção d 1 dlná1 ln. a rc~ll•a•··,o oánado, dl,, li!, e• já ln\prr~so. a .s~r cxruntna.c.lv pc~~ hll na Secretaria . .;r.cll;.·\lJt11.1do-no,:o m novembro, dish!buldo dias c.nl• um:\ nota a reSJA'lt.O

Nc,.,•e dia, em lncc l>O!f~lvcl verificar e Jul,;n.1 d:: vnlo: dn$ lll'Opo>lM ao velho" F.st3tu: ulnte, lls 17 horas e trinta

na1l'10, cc:m a eS.Cé\S..';('7. do l· clpah pon'.os já reler

ltlf-· ri

t\·a

de

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7 -

rt;\ R vontudc de i!S. Ext·1a . .. , o sr. pre~ldtHll~ da F. E. B. Ao ctesr<'t'lllOs as cscn.du~ da ~dcraçâo, ~. enquanto co11-

ver~ávan10~ cont un1 ron!rade qur acabava de tl'anspor il so· :olra da porta, o St'. Wuntull q\le logo npó.< chegava. velo pres.~urow no no.s.w encontro, perguntando-nos se já tínhamo> lido o projoto cios E>ta1utos . Nc.cs.i rc·;po: ta foi rápida e ln· c!.._i~:a: Jf"nto~ .. rir:1. e por :-lnnl con1 inuito })f"sar, porque nf\,, vemos onde u t..i.~âo qne ju.-;1iílque Hllh\ reforn1a quase t-.1 .. i;ilosa. contrn1lnndo o;, dlsµo: lh\'OS ~•talulilrlos . MM. o Sr. Wantull çonindo e bnl::ondo a voz. dl.•se-no<: "•Ü ~ que stá o cn~o~ d!'.' 'l<'Õrdo co1n o item séllmo. d'l s.rt.i:~o 141 dn

l;rm"tiluiçã9. tctêmo.s qu~ dar :los Eslatut.l'.."s o caritei- de rtlt­i;io.•ldade il Fedemr.âc". e. tentando Ju.stllkar suas rnzó 1

dl<;sc-nos mnls rp1e. t~ndo Ido ao Catete, !lcnrn .>nbendo quo A Intenção no clero cm fechar n Federação e dai n necessldQdc urgente da reforma proPO•la.

No d!r. Imediato. sab. ,<10. /\s 1; horas e ~O 1nh1\ltos. npó:, a ,lnat\lra do llvrn ele p:r~nça. s\lbimo.-; no 2.0 andar ond. ve ini('to 3 reunião.

O Sr. 111\tonlo Wantuil de Freitas, as1>11mlndo a presidência. convidou pnrn prlm~\ro e sc~1mdo secretátlos, c>s sóclos Rlrnrclo Lo!)<'s oouvcla e At·P1·vulo W~rneck Ocnotrc. Pedindo ao secro· ta rio da sun • ;querda qu<' procedesse a leítur(I do ectital de con vocação, :ilctnndo haver mimrro de sócloo sullclente, exialdo P<'IOS Estatuto.• d .. oi.rou aberta a ;,çssão e Instalada a i\.s.\l'nl

bMa GPral

o sócio, t<ncnle Vítor Torqunto cte sousn. Interpela n mc·'n c1unnto à tllroçíw da A'"cmbléln, de scórdo com o art. 2:1 clcu ~-· 'tatuto•. que diz:

'Pre~n~ o 1ltiml'ro lega!. de sócios, e1n primeiro ou sei;undn ronvoc~ção. ronCorme o dlspo.~lo no artigo 1111

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ter!or, o presidente da F<deraçlln 11hnr drclnrando-a legaln1cnt-O ln.stal:ul.i gulda a sua direção ao pre$ldtnle qu, qual convidará doL sócios 1n<4'nt !<M'Undo secretãrlos". etc.

Mas, o Sr. Wantuil de Freitas qUl'. nãu 11rrc4lta11d<1 em si próprio, apesar de gozar da conlln11ç11 11i.•.,1utr1 d os que o rodeiam e o fazem h1contllclo11Hhn·111 111odo contrárJo, ficou na direção do:> t 1 ~,1J .tlh11:, 1 ·1u 111· 11·."1rc10 com o dispositivo achna. tra11scrito. porque'. .... 11n 1ilo h1r ilp;1z de

dolegnr n outren1 a presidência ctuqul L1 u u•u11111~lll, \'1Htu c1uc ró 6Lt" teria, con10 reahnente teve, a corniu•r11 1111 pnd Ir· '·'' r,ol\>t's luo vlolentos; desde a capciosa COU\'ut .. u;t1u, 1 t~ n • c.•.illt.D•:ão ni·bltrárlu da a.ssembléla: coisa. nlln•. nunen •:·.ta ~111 orAa· nlzações dessa. natureza. Tudo, port-1n. e-,t.avl\ 111hri11·1nentc preparado. Os dotados de melhor çon. iclêh~I beça baixa, •ilenciosos, e os apanll(uadoa ns propostas engatilhadas. Com a col11bordç60 d~·..., <lrment1 Inescrupulosos, surge a idéia de apruvaçll1>, ••rn llQ nwnw pro­ceder a leitura dos trechos emendados, lllH ovanc11 lltgal, como tivemos oportunidade d~ dc11101

Procedtda a leitura do edltaJ li · 1 011"uca~ r.io 1·:.!"1lra<': ~o Dli\rlo Ollcial de l.º-XIl-1949. qu1· i.l•irt < rclorma. pleiteada o disposto 110 par.111 •fo 7 Con.stltutção, o Sr . Henrique sond(11 n11.1.11 11 ,.-- rQrrn t~· du "Re­tormndor", pedindo a palavra, diz qur " 111r luil• ti• 1 ,.d1•riwúo nf\o cun1p1·iu ta1nbé1n o artigo 35 dWI l •: 1 •lulu,, qt11· t r.t.t.bt~lecc:

"Nen.humo. proposta qut• lnL,,_ 11

bãstca da SOciedade, ac•rf• 11ut11urthl...1. à voto da assembléta. s··m lt•r lhh> • 111·

flJ'Mllllh''l\ÇáO

llJH•···lação e 1 "' publica-

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çilo no órgão oflcinl, a fim de pennlUr que os ~ócios a estudrnt pn'vian1ente".

O Sr Wantull. 2am:ado. <!Pclarou que .>crio hnpossivel tal publicação, diz•ndo ser muito gnnôe a despesa: ma.•, o que o Sr. Sondrrmann queria e estava r<'clamnndo, é que se tivesse !rito a publlcaçno das emendas no órgão ollclal o "Reforma­dor", tnl romo fón feito em 19-M. em amblenlc mal• tnvoráv•I no Sr. Frcltns. cuja reforma foi legalmente 11ubllcada no órgão ollelal tifo maio.

De nada valeram os protestos do Sr. Sondcrmann. A pa­lnvra lho Col cassada e o Sr. Wantull, at·bltrilrlo como sempr•. lcnLn o prosseguimento dos trabalhos, solicitando ou ma ndando que o •ecrctárlo tnlclassc a leitura dos e:.statutos.

Ante.> que tal acontecesse, pedimos a palavra, e, •m tom ~nér11ico, protestando contra a alegação contida no edital de ronvocac;l\o, provamo.<> a inexistência cle:-osa razão, dizendo que os Estatu~. reformados em 4 de junho de 1044, na vl~ênela da Constituição de 1937, só poderiam ser rerormados, "no todo ou part.e, por dellberação da Assembléia Ocrnl. nunca, porém. antes de dez anos, salvo exigência da Legislação Br~.,ilelra, ou a pedido d• dois terços dos sócios quites da Sociedade", t.al como determina o artigo 128 dos referidos Estatutos.

o arllqo 122, parágrafo 4.o, da Constltulçi'IO de 1937, cm ruja' vlg6ncla se deram as emendas dos Eslatutos l4 de junho de 19441, tliz que:

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" · ·"Todos os' individuo.• e conlissõcs rollglosn.s, po<lcni exercer pública e livremente o seu culto, associando-se para ~ssc fim e adquirindo bens, observadas as dispo­sições do direito comum, as exig~nclns cln ol'Clcm pú­blica e do.5 bons costumes".

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O arl. 141, parágrafo 7.0 da <:v1\\Utul•; t~rn ~m nada, a pnru, que trntn dos dlroll lndlvldual3. S<>não. v•Jamos:

"'E" in\·ioláve~ a liberdade dl- <' ' <;-a. e a~urado o u,.-re cxC"r ri1

salvo o dos que contr:»lnm a O'

coslumes. As as.sociações reli' !Idade jurídica na form11 dn l•I rhl

Por mols poderosa qua seja ~' ,..,tiH

lmnglnndn polo sr. Wantull, conhn 1 Vi .. aniquilai' o propngandn espil'lta no li' 1:1 alcaaçüo, a ponto de ser preciso "°" ln1 >('I, vi•, uma 1·rforma cujo objetivo serl1, 110 l'1·1os ao Arórdo de 5 de outubro d~ l!l4' no\'embro,, que foi na re!lli<LtdP, ,, q ProldPnte dn F E. B . como "''mos ct' rol~ nc1n se fnlo\! na bttrlesc!l. de 1949,

Ora. SC'ndo o parág1ato f .0, d•1 tll11lção, uma reprodução quase Ih 1 d(• fl~O 113, da C-OllStltUiÇão de rnJ4, 1! !'Ili f,,

as garnntlas asseguradas no pM:1 ~r,1ru 1 Co11stltu lçno de 1937. não treplda1110.• jUtlstns presentes, para que noo p1 oi\'

dClHlo n Diretoria da Fcdernçüo, :.rn.rntl,1 nossos p1·0Lestos tét·an10~ ein n.(nn1•1 ü 110 11.

llegnl. violando M pr~ccitos e.tqt11t 111 loi rlosas.

O sr. Pereira 1,tnrque~. da •·f:.-;;1.l•r;u1ça d•1 li

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f<t• U<iufdaçtii;, mas que é negociante c como tnl vt: tudo pelo ln«lo vnntajn.<0 cio negódo. no intuito de bent a.1xlllar o .1migo. rnpõ.~ um solpe ainda m~;., baixo, visando llquldnr o a:.stmto

ls~t é• qu~ se di<pensasse a :e1turn e cons.!quonte dl:<eu.;são da n·,ntérla nova Introduzida no.s ktsatut03, apro\•nndi tudo ~nglo­b:i.rlo1n.t1.tc no lnals flagrante desrc:.~pelto a08 mul.s comcsinho~ p1~~f'll~~ ('.S!aLut.irlos e a êtict\ soelrt.l; o ~r. v.·nutull FrPltns, tão p~lldo qu~ntn o sr. Pereira Marques, porque ambos se equivalem, <111.u1clo ~!lado-~. numa atitude verdadelramcntr il1'ultuos:\ o dlznldndc do plennrio, morment.e aos que 1111 se oncontro.vam prote.,tmido mnparact~s na lei: recusnndo rcmrecirr a palavra nos adwrs:\1•los <1uc ,i pediam, pa1a a ctofcsn de Sl'U• dlroltos e a romposturu dn Gnsn, s ubmeteu à aprovação a nolnndn proposta PNch ~ Morques, que foi aceita, apesar dos 1>1,otrstos de 0111• l>ÓC'los que »C lcvnnt.nram e votaram co11Lrn.

A VOTAÇ.~ C

SU<Jlf'llSO> o• trabalhos a fbr. de proceder-se " \'Olaçào, ve-1Ulcou·~ o ·.egulnte laia: as cédulas com • palavra APROVO. rrnm dl'!rlbuldns J"'r um funcionário d:l Fedeuç~o. enquanto as que lruzlnm a palowa R!:.'PROVO, eram dlslrlbuldll• !)<'lo sócio i;.-irn l•I dc.•lgnndo. llcando assim violado o c:tgllo do \'Olo; mas. '-'Jdo i~.so rom Ul'rtnd~ vantage:11 para o sr. Frell~\j, POis, dês~e n1000, rucll seria p~rn ele controlar de ond1· r.~tnvn. e 11té anotar O.'i nonie'5 dn.q sõrlos seus adversários .

TNmlunda a volnçiio, verificou-s,, qur 83 crnm fovorá1·e1~ e 7 contra. iulguns se rctlr,\tam au lcs dn vo1.1çí10, prrlcrlndo, rniê ·la a conthrnai· nssistinclo tais vlolênclas> . J'stnvn consu­mada n rnrsa, mas. como remate, pam coroar 1anln lndlgnl· cinde. o sócio sr. Manuel Bernardino !dlh.iOrnni.rios tet· ê'Sf nom~ 1 . voltando-se llarn o presidente, cndn vrz mnls pálido. propô~ qu~ ntlo figurasse nn ala ra ei.ta altum Já redigida•

cnhum 1nntcsto ou qual~uer ;ucnção de orndorC$ contrários ao

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que ali se estava prallcando, alegando que. ~m "'"ºª cacn <~Pi· rlta não se pOdetla admitir oposição de tal nftllll•!%!1, "que o E-'ital.utos foran1 apt·ovados, altâs. sen1 leitura, -1·111 dl.•l"Ul'.sf\O, e cujas etnendas a ina1otla presente Ignorava Nàn oh· l ant~· t•on

t.lnuarmos a protestar contra ta.is vilantns, n '" 11 11•lt.. t n:•. mulo e ainda mais palldo. solicitou ao scc1·etul'lo q111• 1n1w>'l11 <· a leitura cta atu.. Já pronta e da quãl constava. 1pnl'cp111 1·1·11 t• r.:r..1J o ~cu desejo>. no.do. 1nats, na.da 1nenos do que tiqullu cpu• o co1n­parsa vinha de prop6r e o qua l, em lace dl\ nu r ·111111,1 ao seu pt'Occdlmento, acha\'1\-se ntnda no direito d• <11 .... ,. que não éramos espírito.. pelo rato de o estarmos contrariando na t>Xe­cranda prop0.sta que, Infelizmente. foi ace1t11 '1'(•111ando·se pot patente a farsa, o secretário que parecia . dcsd~ o romko da Assembléia, preocupado com a redação du ali•, n iertlgtrn t.~I qual Iria propor uquelc orador de última h0111

1 Refutando certo orador, o qual não s" 1·ouL1111n'u ,, i'u111 o.'>

nossos protestos, dl7.endo c1uo ta1nbé1n na Lt•u• 11 11111t 1 ' ' ' dt•rnm fatos que estavan1 dcn1onstrando a pl't'~"n~·a 110 • 'r 1 1 r1n1~11 to", respondemos que o tc1·111cnto é S<'mprc un1R p111"'~' 11,~ oUvldnde. exaltação e vida; no pns.:;o que o que e~láv11.11101 vo111lo rln Indo oposto, e1·a a subml~R.âo Incondicional, n tJl.J~nat;An o tex. u

A PALAVRA DO DR. UBALDO HAMAl,Jll!'lr.

Quando, no cnlor dn dlscuss5.o 1valr um r.--ul•lru 6 pat te. êste epiWdio), rei>tavnmos os ju1i~W1 JllT.,tntca t\ 11rovnrcm que a Direi-Orla não cst.nvn violando os 1n•n•ll f•· 1•••l•t11t11rlos, npresent.ando como 1·nzã.01 pnl'a tnl tC'fonna, n J11tr.1ij1·11 l'o "i(•thno i.lo artigo 141 da ConsULulçilo, levantou .,. u 111· 11 .1111 "!111•1" qne. cm palavras que bem clf"rlncm o homc.,nt puntl,.r,H1o 1• qut' a.nbta das nossas razões, disse que a convocaçirn rra "'• 11 1· q111· de­pois, caso não nos contormnssemo: com o ato 11.1 a• •mbléln. recorressemos ao Judiciário Mas, o qu• talava rt.1lm•nl1• na

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puta da discussão, não era a legalidade <ia convocação e sim a Ilegalidade da a.s.<embléla, visto que não havia. como chega­mos " provar, qualquer allcraçi\o na legislação braslle!ra, que desse motivo à reforma dos E;t.tiutos . Ent retanto, nqul del­xnmos consignado o nosso o.g1·adeclmont-0 ao velho confrndc pol' hnvor rcconheciclo. emboro. vcladtunente, nosso direito de p1·0-

tcst~r contra um ato Ilegal du DL1·ctorla cta .Federnçi\o.

O ÚLTIMO ORADOR E UMA PROPOSTA BURLF.SC/\

Aprovada a ata e con.sun1ada a farsa ·iwantulllca." levan ... tou-~c à nossa frente um ele.lo.dão <k nome Albert-0 Antunes, alto !unclonárlo doo Laboratórios Wantull \Wantull·Latté·Drum­mond 1 . que, num arroubo de ~loqu~ncia negativa, propós que a Assembléia a.li reunida ctclcgasse ao seu presldent.. amplos po-· ctcrcs para proceder ao registro e publicação dos Estatutos npro­vnctos ! O fato provocou hilaridade, prlnclpnlmente da pnrie contrária, e, com certeza tnmbém. sem que o percebessomos, da pni'te dRqueles que permaneciam de cnbcça baixa e nll compa­rccrram apenas pam votar, levando à urna ns cédulas do ... Wnntuil - APROVO.

O PRESIDENTE DA LIUA J:;SP!IUTA 00 BHASlL

O presidente da Liga. sr Aurlno souto, :>enllndo, ))0$Slv~l­mrnl.C, o péso dp tamanha oprcs.>ão, exercida contra a minoria, levantou-se para dizer que niio havia nenhum mal em conslg-11nr-sc em at.a os protesto.; dos oradores que se lcvan\./lram conirn a r.cforma que vlnh~ de ser consumada, reconhecendo íl$Slm, a justeza dês.se cllrclto, cm todos os parlamentos e a"8cm· blélas de qualquer natureza. O presidente, entretanto. não Jul­~ ando de Igual modo, comldcrou encerrado o assunto.

F.slavamos estarrecido Jamais seriamos capaz de admll1r

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tantft dCõ[açatez. da parle de um 11i-e&ldente da Fed~raçáo pjrJta Bra~l!cira!

SEMPRE A ~fESMA BALDA

finda n romé<lia. outra cena extra no~ <'3\avl\ 1~crvada IJ \'Clllo e~an~cllzndor e há muitos auos ndn.;i;irto ti> ~· 1-:. li llt'. Noguelr'1. t.otnado ele inon1(;·ntànco ,,cr~o de 111:uro.4l!n is. \'1,,lfo-no~ ao ('nc:ontro verberando o nos.i;o Jll'()(•1•1~111u~nto, ~11n ­

plr:in1cnle prlo fn.to de não tern1os lido n. cornp;r•n cl1• 1•.-1prr:t11 110.<;:ia cvl~boraçào a umo. cena clC' dPscrédltn p1 111 :l J >ou1rh1a. j:\ lllo ron~purenrlo pelos que prcLcnclrm a ll<il'l'llll•'I\ 11•1 K<1>I· rltl~mo no a 1·asll .

A ~\·. pr·rc·1a rio ,·clho confrade nfto Clt·ou "º' R cti1vttlu Jt'~·­!Xl<!l9: t'11'S, dia,, depois. sabiamos que o nnllgo co111pi nl lid<'3 tvtU'lf;éHC':i.s. ffllando a outro confr:Ldc tôhrri o• a~smtbtcla dn F E. B .. declarou que ulo contra :l n.o~ ('!posiç·ão, não ~e conrorn1ando, t"ntrt a m3nrira "dcbocltada" como nos portam03 na•1' fim, u~:mdu a mc>uta arma êe que l~nçam mAo· qurllos nrl"st<» para aponuu· à policia 01 acu.5 tios, cho1nou~nos de con1unlsta.. Srrnprc" 1nr.5.111

OUTR!\. VEZ, PrREIRA MAB(1UI

Soubr1no5, co1n tristeza. que o ,1.,1· l 1t:1r1ra J..1Ul'C(ll<''J •_· 1n~-

11lfC!il.~t\l' f\ al~uérn, cuc est:1vn dr plPl\11 n~·/Hclo 1··1, 11 u.1 Jiossao: i.\llLU~íl!' .. RCh~nclo n1CStl1·} <JlH' c-si,.1vn11 111, rh1•l1:•; th• ;i -· ~u1; e~1-

lrt:tt,11Lo, foi o s1· . Pereira 1\farqur!'I flll'" 1u1 q11;1.1lrl.1dr d l' p~ll'­çelro do $l". \Vantuil, apre~cntou .1 1nal. ltlllrt·nro l propo~ta: a d::l nprov.u;ão, cnglobadan1entt", do rnnl('tln l'on :.! +l\t"' da r<'­tormt\ do., Estaluto;í. nesse e.a~>. cum r\·ldente n101 li':

.S

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O E.'SPíRITO DE PORCO

Un1 cldn~làu rujo no1ne não ::;ãbemos. encontirnndo~s(l, no :.ieirr. com um confrade. que. por sinal, 101 por nós represen­tado Junlo li <'ssrmbléta. cor.tou-lhe que na reunião mnnlfe~­

•He um "Npi1lto de porco"', um sujeito oh"dado que lhes dt rn multo lrah•lho; mas, por fim. haviam orado p?r élc e tudo ::u:·nb:lrn be1n.

Orn srn'"" O ·r.•pirito de porco" étamos nós, nn tola opl· 1· ''º daquele 1lustrc ele!tor cio dr. T.:itté. Mas. 11lt11nl, como se Jl"<lNfa ld1·nllhcar. com segura11~~ um "e1oplrlto cio poreo···1 CC'tln1n<'nlf', tio n1t::.;n10 111nclo pelo ()Unl se ld••nuncn un1 c5ph·llo llU'1ttn1H.:i; c:1111p:-tr:tndo os caracleri'-ltico'> do csph·it.o n1anlf<'O::­t:1ntci, r.ont o~ du ho1nen1 quando encarnado, e, n~!lln1 rtílndo, con\o t)()(ll'rc1no1 concordar t.:orn a classiflcação d~ "1.~plrllo de porco''. qu::o. cun1 tnnta !;l'aça nos quer brindar i•:.:;c de~C'onhc­cldo co11!rade?

O 5U!no é unl nnhnal qu:! não llf' põe em pé, rr.tninha n quat10. olhancto pa;·a o chão. Que1n já ~<' n1anlfcst.cu . cfif' c:1-bcçn e1gul1a, <>lhando rara cima, para o destino <la :'ed, -'\Ção dcfrndcndo n dlgr.ldadc de uma velha 01gant1aráo, não J><'derh ll."'r !>Ido unl "c1pirno de parco~ .. O "e~pirito d~ porco" deveria :r .. 1nltr'lf._1· .. ··c olhttndo pa.ra baixo, dr.:! olho;; Ut.o.s 11u chí\o, proª rnndo &un lnfrrlor sub111!5'âo. E qt1<111tos ln r~tr.vlm o U~$hn pcrnt;t lH'Cl't.'\tn cnlado.s, olhando para. IJalxol ...

~u<'n1 n~io ronhr:-ce, no inf.erior, un1n "1.rc1p;\", nco111p:\· nh•1nclo u 1nad1'h:hí1? O que é pois unla c«1·nclr1tdn? íl.cspondan1 "' l<Pirlln" ciur naquela "douta·· a~scmbléla se m~nllcst.1rnm e 111 •ll<'nelo e cabi>bttixos, perml:lndo ~"r n l"Cdcrn.;llo Espirita Btatllclrn fO!•t. nc"r dln. 10 de d~zcml)ro de 10~9. palco de t..imnnhl\ lama,

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OUlLWN RIBEIRO t: MANUEL QUJNT,\O

\

Aos vinte e seis dias do mô.s de outubro de 10!3, de.encar­nou o ihtsi.ro presidente dt\ Frdcrru;ão F"pirH.• Jlra•tlclra, ctr . Lui7 Olimplo Guillon Ribch·o.

Foi, a partir desse dia, que os diretores da Cl\.a de Ismael se perturbaram e nuuca mai ·, puderam rccn~r.lar ~ pasi;os pela trilha luminosa por ondr C« ·ninharam todo 1 1,e113 dlre· !.ore.:;. rle:-::dc o n1arechal EYlCrlon Quadros. até úutLun Rlb<:lro. Espirita reto e culto, profundnmrnte preocupad11 com u:, tra\M­lhos da Dou! rlna e o desctno da Federação. G111llu11 s :nlindo que o companheiro de sua absoluln confiança, 1·nvl'lhcclclo e Já doent-0 ni\o poderia. sozinho, urcar com as re>110n >bllldades de dirigir a f'ederação e seus dCJ>ar1amento•: lludldo por~m. P<'la sua bOa fé, dizia ter cm Wantull de rrcitas as m~lh•1rcs espc· ranças. Manuel Quin1ão, também. e ambOs re •·nt.>n.u-.un re­dondamente.

Nfl. tnrtle do dia e1n que d•'"~encnrnou o clr <hllllon, reuni­dos na F'cdernção os srs. WnnLuil, Rochn Cl.11 l'la e outros elementos dn Diretoria. ent.no desrolcada ,1,, ,1·11 prc.•ld•nle. mandaram lmedlatamcnu chamnr o sr nedcrlco ti~ncr, pe­dindo O ftr \Vantuil QUC O fl?c.s~fn\ v ... nl lht- dl:tfr O 1notl\'O. pois. necess..í.rlo sf'rltt o n1áxln10 cuidado. C\'il~nGo 11.uhn ao 1i·elho companhrlro um ch0que talvc1 fatal , ao ,abfr ctn !nlcclmento do ilu•tre nmlgo.

J\o chrgnr o sr. Fi~nr.r. dls1cr<1n1-lhc rr<'ro.io:, dr "Ul'precn­ctê .. 10. pl"CIVQCUndo-lhe um r·horpt(~ ('Jnocionnl. qu<.' o prt~ldrnte

da l"Cdei·nçllo havia falcc!clo

O velho cronista elo "CORREIO DA ~.ri\NHA", can· ndo, t•.l'Ó• ter galgado as e.•cadas dl\ Federação, talv•z ansl0$0 1--or 1<aber o mollvo daquele in.,.perado convite, fo1 logo cercado por todo;

I T -

os presentes, enquanto o •t. Rocha lhe dav11 a lnfausta notícia fm respo.•ta ao naluralt'lSlmo - "O que htí?" - do velho Fred.

Pois é, ". Flgnfr continua o s1-. Oa1·cla - nós o man-dumos ch amar parn comunicar o !nlechncnto do d1'. Oulllon.

"Oh!! , mas QUt' homem feliz! fol-~c embOrn e me deixou tlcar aqui! " O M. Hochn, reconserLando o espírito, agora melo perturbado com n flcugmn do F1 ed, dls,e-lhe da necrssldad• de escolher o substituto, o que o sr FlijnCr achuva desnece:. 1·10. dizendo que o Qulntão conllnuorl11 nté o fim do mandato ~fus, todos no me.,.110 H mpo. e1wolvernm de tnl modo ~ velho Fred, que liste não leve dúvida em indicar o sr. A. Wantull de Freitas para a presidtlncla da F. E. J3. Ji:ste ~rn o grnn d~ objetivo: arrancar do F'igner as primeiras palavras. aponlnntio o substituto do preMdcnte falecido, à revelia do vice-presldenU> F..'l.ava o sr. Antonio Wantuil de Freitas com o seu "Impoluto" nome Indicado pai a o alto posl-0 daquela Casa. onde ainda se encontra cometendo tódn sorte de arbltrnriedndes. como lh•emo-< oportunidade ele M'f\l11· nn última as.sembléla.

Dias depois, reunida a Diretoria, a llm de tratar do pre­enchimento dn vaga delxacla pelo presidente descn carnado, o '1'. Manuel Qulnti\o expondo o faro, perguntou n todos °'' pre­•rntes. um a um, a quem se deveria Indicar. 'rodos, cada qunl respondendo por sua vez. disseram que êlc, Quintão, er!t o ln dlcado.

QUintão agradeceu a lodos, dizendo que não esperava outra coisa daqueles companheiros, mas, nlegnndo a sua sene­Lude e que melhor ncrla indicar um moço de maior pl'oj eçtlo no melo social, que com mais destaquo pudesse representar ~ Federação, lembrou o dr. Ubaldo Ramalhete, declarando ser êste o seu candidato

Emocionado. o dr Ramalhete. apresentou razões de ordem pessoal, dlu.ndo ser para êle tarera Clemaslndamente pesada

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e por isso, ngrndecenclo, pedin permi.'t:sii..o pnrn não nc··:·itai· a responsabilidade do cargo. •I

Voltando itova.mente o sr . QulnLão a. ln tcrpelnr us cumpa­nheiros, a começar pelo s r. Rocha Garcia, ê:-;tC'. C'1n (<tce do que acabnva. de ouvir, quanto as recusas de Qulnl~o e Rama­lhete, e que já havia participado da primeira reun ião. qua ndo Jnandarain, às pressas, chamar o Fred, no dia cln falf'c iincnto do presidente, apontou entào, o sr. Wn11luil <iue h.:so jâ esperava.

Quintão, dirigindo a reunião perg\1nt-0u no ... r Wantuil Freitas se eslava de acôt·do. ao que êle responct"u ([Ut ' hn, se o Quin.t.ão o aj uctasse.

Na reunião da Assembléia Deliberativa, em 7 de " "vem!Jro ele 1943, o fato foi novamente expcstú pelo •r . quin • ~'º· pro­cedendo da mesma forma que no dia em qu1• ""' ellsruUu nn i·eunião de Diretoria ; e unanhnement.c, Oli membro-: dnquc!c órgão o apontaram à substituição do dr. G1tlllon lJllo en<ào o que haviam dellbel'ado quanto a h1dlcação do :a· W;tn lull. foi êste eleito para o cargo, que tanto ambicionava

A única voz altiva e quase profética, qur sr tez ouv ir nesse dia., rol a do professor Arnaldo Claro S. Tia~u. qut' votou contra a eleição do sr. Wantuil para presidente dt\ F E . B . e, nessa época, talvez que a inda agol'a, neste mesmo ins tante em que estamos rabiscando êste relato, o pro!e•sor Arnaldo nada saiba sôbre a 1:et·sonalidade do sr . f'reltnN, que tanto o Incompatibiliza com o cargo que outros ocupnr;11n com tanto biilho, mas que Arnaldo In tuitivamente pe1·ccblo e por Isso o combatia .

o "grande homem" ele negócios escusos. como acliante iremos demonstrnr, seria, como até hoje é o •ubsututo da­quele que, em tôda a sua vida de cidadão Ilustre e respeitável, Jamais cometera o mais lnslgnil'lcante desllse e honrou. com

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o >-eu nome limpo e ,·en• rávcl, $. Federação Espírita Brasileira . Nesse dia. ante-s de encerrar a sessão. o sr . wantuil Jh.

eleito presidente da F . E. B .. pe<llu a palavra pa1a cteclarnr que não h averia solução de continuidade no progran1a admi ­nistrativo e doutrJnãrto da Fedcl'r..<;ão. procurando êle seguir a l rilha de Guillon Ribeiro . Pedia, entretanto. a todoo, que cxcL·cesscm Uvre111ente o d1r~ilo de crit ica a seus atos , pois es­taria disposto a aca taJ' todos os bo11s conselhos e seguir todo.r; M bons propósitos .

Na. conforrnidacle do:; C$tntutos:, o presidente \Vantuil es­colheu para redator-chefe e oecrebrio elo "Reformador", re>­pectlva.ment•, os srs. Carlos Imbassahy e Indalicio :vrendcs •"Reformador" de novembl'o de 1943, pág.na. 283>.

O sr . Wan tuil sPbia Insinua r-se no esphito dos r elho' compan heiros. a pon to de conquistar-lhes aMoluta confiança. Declarou, para mais reforçar essa confiança que, entre a nrln1tnlstração do (Ir. Onillon f.l a sua. não h~tv<"ria solução d.:! co11ttnuldnde entrC'tanto, nesse 1ne.:;)nO dia , :uneaçou ao supe­rintendente da Srr,·ctarla com mn iegime 111 ilitansta. implan­tando a li o espírito do terror, fingmclo sempre serem tals de­liberações ema nadas da Dire<Oria. O nome de Carlos rm­bassahy .figurou npenas corno rednror-chefe elo "Re.formador" nos n ,:1meros de nóvcmb1·0 e de2embro de 1043. sem que hou­v~sse !\ publicação- de un1a noia, nlesn1 0 Jacónic..'l. a 1 espeito e em sina l de acatamen to ao valoroso escritor e erndito pole­mista, que e Ca1 los Imlkíssahy. lll\'adin do as atribuiçôe> dos den1a i:;. diretores. passou. dcs<ie logo. se1n dar a 1ncnor sat1s­!ação ao vicc-pt'esidenle, a exautorar as funções dêsso com­panhei-ro. rele,gando -0 a p:ano :).Ccundãrio.

Conspurcou as .\radicõas do "Grupo Ismael", Impondo-se cotno seu presidente. pelo afnstsnnento do confrade que vinha substilulncto Pedro Richard há 2ll r<nos , inclicaclo pelos próprio.>

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úulM do velho Grupo. corno os seus :\Ht.cccuort.·s. Transformando a Federação em cas.'l comerdal, dtmlllu

o •Ul)CI intendente da Secretaria, como d~núllu mals tarde out1·os fw1clonártos, da Livraria e da. ollcinll.8 gráficas, ser­'lndo-~c '1Js 'els do r:tabalho, com alcgaçõca ~·róprlu de maus patrões 011 lnqtili.ido: cs. como M> no frontr~pklo dnquele 'femplo não e$tive...e in•crtto u sagrn<lo dlstku DEUS. C,;RIS'l'O E CARIDADE.

Na eleição de 11 de ngo;to d1' 19 lG. un or~nulza~il.O ela rhnpn. pn1 l'.l renovaçào ou eleição dt\ Dlt·ctorla. o nomr de Manuel Quintão, foi. com ~ul'prêou, oxcluldo. F ' t..wa o ''r. G . O. Mirlln mais à vontacle, atnstunclo o úllimo do$ grandes valores int.elec~uals e mornls dn Cnsa <10 Ismael.

A PRECE DE E."!CERRllMENTO, JUDAS f·: A 1 HAIÇl\O

Vale npenn re<:ordar l<tmbém, outro episódio ocorrido na frssào da Assembléia Dellberatlvn de 7 de nov<·mbro d~ 1943, por ocasião da e:,colha do subsUtuto do dr Oulllon Ribeiro. Terminados os trabalhos. o novo presidente lei n prree de en­cerramento Estava transfigurado, dl"'" o 110,io Informante. De olhos fechados, mas. como quem olha pm,\ o Inllnlto. emocionado, roufenho, talou: "Senh r l 1 ... " dl«w multa coisa, ~111 palavras bonlLas e terminou: "Que cu niío .. cja pura esta CMa e para a tua Doutrina, um seg undo Jmlus". Preferindo. Lalvoz ser Loyola ou Torqucimada, ellmln~ ndo oo •eus próprios romp11nhelros; aqueles mesmo' n quem pedlt1 que o njudassem. ao ,,er elell.o.

O Relatório. escrito em estilo bOmbil•tlco. apresentado ~ /l .<sembléla Deliberativa cm 1947, rhclo de rclallt\Çõcs e sem nlgnrl•mO•. é um atestado vivo dn.• mnldndcs que animam o espírito do aven turi.iro, e. não >ab«mOs nlé onde chegaria e de

- :!!

qua· ilo 1.". c.1pai, raso !o.s..o:c êle un~ honu.•nt de paS>ado lilll\X>, ou. un1 CSJliritQ provadan1entc reg('n(; ;n.do. pondo a sua ri:eonh<'<'lc!:; httell~~ncia a senl~o de boa~ obras, exemp!Hl­cando com nws o poslo que, Indevidamente ocupa .

"O problema do E.;plritlo::>o", diz e!e, <"Reformador" de !eve1·ç1ro de IW8• ·é ele nnrnrr7:l puramente m1\lerlal: ne­ce&'ltamos de livros. d:1s obras de Kardcc espalhada.~ por todo o Brasil li ~·cderação vem cumprindo hnpcrtclt.qmente cu\ lclrda, por tnlta de recursos cconôrnlcos. Se todo> ajudarem na medida de ''"u' recursos. n Doutrina •e dlvulr.nn\ ampln-111c11le " trnn•!orm•rá o Brasil mais ràp!dnmonlc 0111 "Pátria elo Evangelho" .

Pela trnnscrlçiio de,«e pequcni.io trecho, ronch>hnos que n preocupnçào do I. Pequrno. é a de procluzh' e vr.mter livro: .. !'' o Industrial a serviço da produçáo materlnl do livro. porque. para élc, o problema do E~plrittsmo é de natLrcza 11ura111cnte material

Encher o Brasil de E\'a11gell1os lmprrssos, "é /a~cr, mais ráptdamc11tc do Brasil a "Pátria do Erangclho". ~t\o Importa, para ~lc, que o Evan~elho não seja praticado cm esplrlt.o e l'Ndadc, polt. o que lhe Interessa. sobretudo, r vender llvros, ~<'luclunnnclo {l~Jn\ o probie1na do E~pirttl-.mo qul. "é de na­t?tre::a puranlcnlc tnatcr,al'' .

SOCllWADES COLIGAD1lS

ESl'IHlTISJ\10 E UMBMm 1 SMO

Sob a pttsldtncia de 111 . Quln l;io, em 2A de outubro de 1?41, O SI', Alfrcclo d'A!eantarr. JJTOllUllelOU da ttlbuna da J'tderA~~o. um~ conferência profundamente documentada, provnnrio r<>m 'ôlldo,, argument.os que Umbnndn ni\o é Espi-

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rll!Nmo, cujo mibalho. mereceu, por parto do dr. Gulllo11 Rl­t~·lro, publicação no "Re[ormador" de no\'Ptnbro dés.c;c nno

O sr. Want 1.111. que a!lr1nou aos seu .... CQtnpanhElr<X-. em 7 ele;: noven1bro de J!l-13. que. cotn a sua asci:-nc;ão à curul prc-.i­<i<·nclal da F. P.. B , em &ubsllluiçâo do dr Guillon M<> h ,. ''<'l'ln solução dr con l inuldndo 1 e que at<' i;ost:tva dC' ...,,..r chn­r~ndo discipulo :11~do de <.;ull!on i. on;~i.n!zou. cn~ inalo d·" IPl5, o pl3no do .. So~1ê:ode_ Coh~acl~•. convld<nco ao ,cio d. J-·edcraçã.o, qut:- (·le {"hama dC' Cas1 ,_{ater do E.>pfru1~'"') b .s.Uetru, e não dn E.<plr1ll~1nu no Rra:til que r n certo, tt\dfls ~

1rgnnfiações cxh.L<'ntec;, dcsd1· a [.!~.1.. E:-.pirlta elo Brn.,11 c,tu~ é lOll e•. k$1'declstn, ntc> ~;-; 'f1•1al.1'i "a[ro·r;lt1'1ltr"1 " tn~1 ~·z.<lrú­

x11lns, rom a ... •1t1t\t;. n13is. e)ct~"!.lt it:t1 b;\tur.1d :\ in\•pnção dJ' co!l";"nrla.s, t:'ntr(lt.antC',

Ili. ilnr.diatsn1ent<" pela~ roh1na.c; de "\'ar.2unrda' clr: 1915 .

mb:i.-11 jUF~)

qlJL\l Eº o sr:. A:-ilONlO WANTt;ll. m: FRJ:lfAH, l\TU:\t l'!a;SJDE'ITl. DA i'EOl'ltl\CAQ ::sPl!Uí'.\ BRNSTI.El'lA

l'·lr,t prr.shlí'ntc dn. I'C'drrnção. n[\O i:c elege ()1111tqucr ari·r(''"'i('iO .. lf!~:: .... \bemo:· o qu'lnto ~ cllfictl P\lllar ~qur.~rs <tl1'

l ocultar -.:un vercilllC'lrn 1>c·ri:;onnHcl:idc. ju-:.tapundo r•_n1

lrii.; , má.csear;.\ da CaC'2'.

Ra:~putlnl. o ~-''ent:ur•·tro lb~rlano do~'\dO de un' ,..r"'.nd.­J•tirlvr n1nguótic(I, f,_)i~ :i s.cu t.c~l~po a figura central n~ l'·'llti~a cio ltnpr.r ;o ri1s[:CJ, don11· • 1c-~o do t-ll rtodu o últhnu I1n•><•r:trio:, {l\lf nilr h: -·· ll'\ p . .:: '., (.11 gr;lndc rn1 quem 1n : 1 ln1-

i>Cl"a~e.

\fussolJnJ '"n .irquist~ t· fuadaàcr ·Jo .. _ -r:sr.-o dentln<.r.J. to".ahncnte a 1 fl fa;;~nô , ) da l'ãtrh:. d r e ,·0:1r. a\líU"Q\ll7ad

<JUC' rst.ava. unul dr•s g-rancic:,, na<:Ges do continent"' f•uropeu.

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'\ft;s;oJtn1 n~o r ra douto ne1n santo. .Hitler, cl~ •llnples pintor de paredes tornou-se o mais rcs·

p•ltodo dl'• dlt:i.dores de todos os tempos. Incendiou o Relcbs· ':''~· impo - .e ao po·:o como chefe de ESf...'\do e dirigiu a grande l\1P1nanhR f\\(: n guelra que tern1inou em 8 de 1nnlo de 1945. ~~:n a viLórl~ <lns lórça.s. c:onlrárias no.~ regimes dltnio1·iais.

E•11 2 •dr outuo10 de IQ45. a ditadura do Brasil Leve de cair. ~1"' aôa em Jeuç allcert•t s pelo triun!o dos nações aliadas. de

\ ~ vit<\'IR 1>ar:!clpou a f'.E.B., l'lO é: a Fôrça Expedlcloná­l'I~ l3!a;llrl ra. F:mrctanto, só o regime totalitt1.1·10 dR F. E. B., J· ~o é, <lii Federação g,plrlia ErnMlelrn, continua de pé; mus, ~1rs i n\ C'o1no c~"'liran1 rcl ~. hnperndorc.s e clitadorr.o;, na hora Pr<:ei<ll t mbém o imp<':'\dor-mlrlm cln F. E. B, não est3rá no podei 1>0r muito tempo mais. ram Isso, porém, é nec<!Mà-

[ :""' que o. A,.. "!llbléln DcJlltC'rativa o ccnht'ça. tal como é. e, níl p··oxlm!\ eleição não mais o recondu?,\ n proldôncla da Fc· cil"':·açdo. C'il-'>O volunt:irl:tn\Cll le nà.c resolva êlc n1C~1no re11un­rinr. rnitcs que a 1"'º t."Ja fo:·ç:-do. cnt beneficio do F~piriti$mO no 13rMil .

\">m°" 1iols, dizer, cr.mciuinôo ê.,lc relato. quem é o atual prcsiclcntc dn Federação E•plrl~a Brnsllcira .

Não ~ ncce!)~ário dcscrevcr1no-; f\ 6.rvorc i;oncalóglca do ridadào Fil'lla.•, como l'tbento de dlsllnla familia mineira. Se pcrmane--•••<' lntegr~do no tronco de orlg~m. lnlvez nem se chama ,e Wan.uil; e dlplcmado que foi em química Industrial. 1'!11 ri1t .... 1110 e1n farn1ã .. ~ht, teria np~1nns enveihectdo pobre no lntol'lor cto F.Wtdo natal, <·linicando como qualquer boticário eh rcça; '"º"· se honestamente o flzcMc como tnntos outros. ,.rcst?.1fa no B:n'il !l »allo<a contribuição do seu lrnbalho hon-1 ado. tc:-i1 •• pre:vler A• ambições de>medldas de enceleirar •~~ilhõ~~ P"'ºi pr~o:.ro~ ntais fãccl i, ,·isando a.'j n1elhores e innic 1cs vantílg~ns - RIQUEZA.

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O 'r. Antonio Wantuil de Frett.as d~ !922. com 27 anos de Idade, fazendo os seus primeiros ensaios de charlalanlce. ou. o de 1926. com a idade de 31 anos. é o mc'lno cidadão de 1949, com 54 anos, lntellgentemente bem vividos, porque. como ~le

próprio o diz. em "CLINICA DE ARNON": "qualquer prollssãV sem o "SAVOm \"IVRE", não produz louroo pecuniários". '

Quanlo a posição social por êle desfrutada. é hoje. mui· tl!!Sllllo diferente: antes. niio era cspitltn e era pobre; hoje, ó 1 rsph'lta, presl<lcntc da maior Casa F:•ph'lt.\ do Bmsli e goza a ventura do sólida forhma.

No comôço. era ape1H1s o Elixir dt• Mam<\o, manipulado num laboratório subnrtiano, de ondt• o "1·rnnde industrial" nnrtlu, en<alando os pl'imciros pns >Os para ~ ijlórla. Hoje. os Lobratórlo< Wantnil contam com três dCtCnlVI dr produtos e lodos élcs recomendados em livros do clinica métllcn. que desde 1922 correm o territ-Orio nacional no cxcrcklo do mais desla­vado charlatanismo, asslnR<lcis p0r supo.<to•, m~lcos de nomes arrevezado.,. como Kenlo Drummond e Arnon La•té

DR. KENIO DRU.\1MOlro

C'l•tcm é o "dr. Kenio Drnmmond" nutor d "NOTAS Mf:-OJ<.; .. \::;·', !olhet-0 de quarenta e oito páglnM, com 34 edlçôe' C.'1iOl<1dM? E' realmente um médico, ou lrnta-se de uma burla? Qualquer bO!lcário do interior o conhece n.través de "NOTAS Mi!;O!CAS" . Dr . Kenio Orummond n~o 6 médico; é o pseudô­nimo de um charlatão. ruio obJeUvo é recomendar. por meio " da lrnuclc, os produto> de mn própria lnd1'1;lrla. E' o pseudô­nimo de Antonio wantull cie Frelt.as. Seu livro. "NO'l'AS MÉ· DICAS", distribuído a mancheta, por todo o territ.ó1;0 na· rlonal, de Norte a Sul. de Leste a O ... 0tc ,e, de J>referéncia i:os E-<tados centrais, visa. tão somentr, recomendar ªº' Incipientes

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hotirârlu~ elo Interior. os pt'Odutos doo Lab<>ratórlos Wantull. Foi a 10 de .luttho de 1922, que no livro n.º 3. de rc~istro.'

;iutornts dn Biblioteca Nacional, ã !olhth 99, 'ôb o n.0 3.933. com n pseudónimo de · Dr. Kenio Drumm11nd, Wnnlull Freitas rl'\(lstrou o seu primeiro li\70, intitulado "NOTAS MBDICAS", 1:nra lndlcnr, como "~ médico fô.o;se, o.s seus lnúmcto.; produtos r~rmae~utlc0-5, as panacéias que lho deram fortuna.

T11l ~ a hnporl~neia dêssc livro, que au •un~ ett!ções ou­blram, Ml 10 auos, a 34 <mais edições que ns do E\'angelho &>gundo o Esplrllismol, bastando para rrcomondii·lo uo.s srs. Mé<llN1s, o número de edições e as cem cxcoicn~cs e e:;co· lhldas 1·ccellao de efelto reat diz o Pt1lor, com clllt" matlniftcas rxtampa. do corpo humano.

rREÇO PELO CORREJO 2SOOO

Pedido.' em cai ta registrada com vt1lor declarado ao

Dr. KENIO DRUMMOND

Caixa Po.stal 29~6

Chamamos a atenção do leitor para o 11timcro da Caixa l'MUll 21H6. que pnlrnce aos Laboratórlos Wantuli.

CLiNICA DE ARNO!>/

Poso11h11os um exemplar dêssc l11trtossnnto livro do "dr . Amon Lati é" edição de 1932 (4.ª edição. 2~ mllhell'os>.

Em 1946. em gôzo de férias, resolvemos rever o torrão natal - Rosário de Juiz de Fora - aquele recanto bucólico de Minas Oernh qur mereceu uma das mais bel~s pâglnas do

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26 -

livro ele memórias de Belmiro Braga - DIAS Ill<Xl E \'T­\:IDOS .

Hóspede que érnino~ de um arnlgo farmacéuUco, lniel1-~:rnte e honesto. :->ubcndo·nos e.spiritn. t·onrL·r -1n10~ l'!.óorc doutrina. Não há quom. lnla11do de g •plriti•mo, em qualqu~:· parte rio Brasil. não .<e lcmi>1·e da Fedc"açúo l>;t>it·!Ln 13rnsi­lc-lra, e. falando sóh1·c livros e autores pondo otn rrli•vo os ob"ª' de f'rnnclsc:o C:indicto Xavier. J)flrguntQu-no:~. t:1n1h~1n, quent r-ra o pre~ic!cn1.r da J;•rdcrnção. en1 :=:ub-~ti~uir:ão .•o 'Ir outUon 1\lbeiro. a quen1 lnuito nd1uiravn.

Ao lhe pronunclnrnios o no1ne do sr w~1ntull, r.ot.ómos na contração elo~~ 1nilS<"t11'.J.S facl;.ai._. d3QU("I'=' rosto nlcg··o (" e1ni~o. que alguma coi· :' 1hll t~rla J)!l"~do JX'Ja 1r.::ntr: n1~1s o nosso ;un:go sen1 dtztr puJ('vra, lcvnnt.-0u~u-, au;inhou 11:1 c~tan(r­

p•:«\xln1n rtojs llvro:- <" voltou pt'\ra co!oc:i-los ~;ô1J1·< ~ n 111r1a. dt~

:~~ndo: " Guedes. aqui c~l à élc l11I qu:i.l ê - \llll rh.ni lt:\o".

V• ri !lcdmos trntm -8c de "NOTAS .\iÉDICAS". do dr. Konio IJrmnmnnd e CLiNICA DE 1\ftNON, elo dr. Arnon L~l''

Pcls bem, "CLINICA DE ARX0::-1", clr> <ir . .\r,1011 Lnttc. é uuu·o livro de autorln e proprlcdMc de A Wantull, IJOb o pscudõ11imo c!e Onutor Arnon Lalté, larm•clullco. brn.<!Mro e rc•-idl"nte ne·;tn r~rlt...il. ta~ C\)mo o pruneiro, de.,·ldan1en«: rl'KISlrndo rnb o n." 4631. cm 17 de março de 1~26

Eis o ptctarlo do autor :

· Publican<io <2.'fl<: lli:,·o, 11úo o faço conl a 7u·es:t,lÇ'do ele .~! t' utll an Profes~or lffr./i!r'l Couto ou ã3 sutnit!adC's nit:dh·o..; <lo Pai'S. Quero qu.e eis ot .. ;.1raçõCs <le colegas <ln r:ra cul'ir~.

scjctru anexadas as tttln11a.'f, .se é que poSs? di:cr 111eu 11.7.dlo e apr~ndi aqui ~· <t<.'Olri tnl litros fraraces-:1. t.:1Cut4ca e itol!r-­

nos e ern pali;·~t:,1s coni a111lgcs n:éd.iclr~ d~ y,.andc fl·i~t,.açâ

-27 -

A t1ie.dtci1l!: dei.ror< a etrurvl<l na :;.1ta carrrira de acropla-o e couti1tua n!l .5U« 11iarcha di: pregrtiça 1 brad:t;•11' df<lac·

lylo~" -:te ~.orte r1ue clifl.:-ll,ncrite •~ cr:contrarâo nutldad~s no 11~1.1t litTO. co111-;. ·"OC Qco11li!c1.:r tt torlos os trilbal/1ns (/!IC lên~

1 'JClreculo ue.~scs 1Hli1nos <irz (lll"'S , ProJ)o:Jtt<1lnu::zt~ alto J)rdf e 1~i1.t:;ué11i r111rrr 111·c/u~lot a ,

iutl1a obta. E:·: 111!.'S~tic ql!•~,,.. 1'Cr-r.~;c~ a pe1•tt <te 111inht1 Ott'\fL·

cdt1, 1r.1>t !('f(lr â q:t.ithc•lltu1 o 0•11 /!Jo f!C1l('ro."n f'JH(' urc JJrc­

lci:.:ios.rc. Aqui fir•t ])ar/anta de pc.,.r,Ot'1J vrcparcido

A11w11 l.alté

C:Ll!·m;,\ DE ANl\UN" rum 11\ru S'1Í- !J<llt t• F'<'rlto r•r .1111 qnnnko mou,trial e pro1>rl~lnrlo de laboratorlo de Jll'odul.O< que l•1L', c<ano n1(:dico. rtron1cndn t•Jn r:-cu fO!.'n1uJ·\r1ll, co1no o

rni r:m "NOTAS MÉDICA$", de Kcnlo Drummonrl. no ex01·ciclo 1:c1.;.1I dn ntecliclna. Nc.5sc llvro. que tr.~s un1n colclline,1 de rc­CC'ttJ~ niédicas en1 nú111('ru de 120, h::\ ·1 indicaçfl_:i t..1.e 'J'I pro· du~os d<>l> Laboratórios W•lntull

Nn lnl,odução do llvro. •esul<la e;~ ~m estuco lacônico •t>l!l ­P,101, sóbi-e o cor!Jô humano. tor.i~;io, aparelho diS~lllvu, pul­n\ôe:; e S.l5-len1a r.c:,·oso. o RU\Or $C r('vt=;:a o mais :1~t.1.1rlo.so dos t=-rt•úo..'i atê ho;e conhr.cictfJ.~ AJlrcsenta .. se aos olhos de rauen1 o ll' co1i10 i:xperin1entacio <'li11Jco. cAntando diVf'f''.\r, passaljt.:ltt 110~· é•lc nnntadr;s ll\l .._un 1011 .. ·1:: • ll'<'!Ctól'Jn de oh~r1 vador {\rg:ulo . 1•01· tim icprUncto 11111 cphc\dlo que o prccldenlA: d!\ l'. 10:. l.l. 1't:l'La vt:z eontnu aos .-.;cus c•<:nnprinhriros 1 por stual. co1n nu11l~1

L.u:a 1, dl:.!.:

''Rec:o~C.0-1,....e senipre <le uu: lndirici.:10 ··pernó.itico" que r11t

dfu um rcmédt11 a/ .. CX:JslaCó. la1nenlando a iua ~orle.

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Othcfo-o. e, ali 11ie.s11ic· na far111cicla. uiandcl q:ie o prático ;hc dé$se uni vidro de 10 gr3. co1n água e r.lltlr pa·~qórico , , .': t ,

u 1erem tomadas na d4se de uma gota. nl11u11s ml'l1tto• antes do ato. E ~ue rapaz curou-&e.' !

Tcr11il11ando, direi resumida111eute.- A 111cdlcft1t1. ronic tô<la ~ q11alq11er profl$&lio. sem o "SAV0/11 l'IVllt:". 11ão produz ·-louros pecunkirios".

O trecho acitnfl. tran--crito t.! o rrlruto fl1·l d;1qu,..,:e que, em 10 cio dC7.Cmbro de rn19. presidindo n n<rcmbléh du. Federacão, •e 1·cvc!ou capaz de tõdas as bnlxczas.

Estudflndo as doenças rnals toinuu. <lt· ·idC' "~ .ll>ces.sos a tê o• vómitos. por ordem altnbéllcn, o "dt'. i\mou Lntté". cuida­dosamente, apÓ• c!cscrever os cnrnctcrlstlco.1 d1>-• cn!crmldac!es. ;"presento. umu receita, scrnpre, tnvarl~YC'h~'cnt". ~lCQn1p~11hr. ­

da de um dos 37 preparados dos Lobor~tór!o.• Wanl u!!: Elixir de Maltlào. Drágeas Wantull. P1luls.s de Rollciil"io. Pa..tllha-' Wantull. Tuil que "é exeele1ue para con~rsti\o de fígado" e m11llos outros. cada qual melhor para srrrm vendido~. A!1H'a nas páginas db.se "precioso prontuário", há uma Indicação dll-5 pr!nc!pals drogarias da Capital Fedem! c dos ~:,t.~d<>s. onde <ão encontrado.• os seus produto...

Para mordedura de cobra, não se l\t'!Ol\.~f'lhn ne1n no nleno~ uma "lmpat!a que o p0vo t.anto ncttdHa como infalível contra o veneno dos Lerrive!s ofídios. E' que as slmpnl!as nuo se ma­nipulam em !aborat.ór!os nem se vendem como dlx!r. p1iulas, dn\gcns ou tinturas: mas. M\IJcmo" <tuc elos laborntór!os "c!I'. i\tnon LaLtê'', saiu certa vez um c&poclrlco que .•e não nos fnlhn amcmor!a, chamava->e "anl!ofiel!co", quem sabe se com a pretensão de superar a mara vi 1 hosn cle~cobct to do Vcb 1 ArMll !

Dizem também que o "prole,,,,,, .. ~·1'.urt rete!la"a os p:o-

..,

-t

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dutos Tull: não sabemos, p0rém, qual a perccnUlgem 1pccu11ta1 combinada: mns o "e!!xlr de mamão" entrava, lnvarlàvelmcnte rm tô<la' as pre.<criçõcs. Por muito tempo, o pobre med!un1 trnve3ttdo cm chorlatão ioi eomp3rsa de Arnon I.at~

A REFORMA DOS ESTATUTOS E O ACORDO f:.'ITRE A FEDERAÇAO E A LIOA

Os E.>tatutos da ~·ecteração. reformado• em 19-14. por !nspi­rnçilo do atual 1irc•idente, além de outras h1ovnçõc<, contra-1·lnnclo o raráter unlversal!.sla ela Doutl'inn, cm sru artigo 36. pnrágrnfo ~.o, diz que: "Só poderá ser eleito pnrn o cnrgo de Jll'•'S!del\te. ou exercer a presidência da Fcclcrnção. brasileiro nnlO, mn!or ele trinta anos. matriculado como &ócio há mais de olnco anos, e cujo passado. cm igual per!odo. Mela tenha que o 1ncompnt!b!!l7.c com a letra a do artigo 2.'1 destes F,stntulos. Os demais cnrgos dn Diretoria e do Conselho Fl•cnl •erão confe­rido.< a brMlle!ros".

A~o1·r., na burlesca reforma de 10 de dezembro de 1949. ter.do como. prctc~to a unificação do E>i..lrlt!smo baseada no tão d1'cutldo acordo de 5 de outubro. transformado cm pomo de dl.córdln. <> d!t,ctor <ia Federação promoveu prorundn e cr!ml­no<n reforma dos velhos Estatutos. adapU\nelo-o.,, nno ao célebre "pacto áureo da confraternizaçcío", mas, aos seus lntcrêssc~

))f"'fS{>nh1 O que ê mats doloroso aincl~\. é que a l"Xecrnnda rc­!ormn lol v"ladn sob pressão de ttma assemblrla. <111uiro lncons­clcnto, porque. em completà ignorância do que votaram, esta­vam os que Ct'lm!nosamente fizeram os mn!s 1·ovo!tan1;es pro­postas. como sejam • da aprovação sem lo!turn dl\S emendas e depels, n outrn, tão vil quanto a pr!nto!rn, pnt'a não se con­s ignar em ata os protestos feitos legalmente e a mrnsão dos oradores cnntrlirios nos atos ditatoriais do celebérrimo "dr. J.ntté".

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Pdo que cor.,~gulm:> co;ilnr. n~ e~cassê$ do !Nnpo que nos foi permitido a l'l'ltlr do artigo 13. "erHlcamos <1uc o de<'an­t"'.do acõrdo não pls.SQu nir·.~nlo de di"ifnrst\dO prr·~:ir·.o p:irs. 1.una reforina fu:1tlan1t>nlal, ç~incip'l.lm-entc no tvrantt: :\ :-ili•:­

naç~to do<> bens Jn.H;v,:-ls dn ln;;titn1ção. agor.1 :uncn~!ldos. A Jnâtlt')bra co1ucça, :'\ p;.a·ur dttS alter:u:t\º.M lntroduzi~Jns no

nrligo 26. Nos E~latutos de 1 !)14, di7.: "art. 2fi, p:l rá~r;.i_ ro l .º. O núme10 de memh1·0· dr< AS>~mbléia Dc•llb•r~l11,1 rcrá e-levado 1o<pectivmnentc e 30. ~O e 50. por dt!lbrrao;'I., <hl AW:·mbléia Orral. quando o elo~ c()cfo_J contt1huir.tes Cl~Ji•11os !ór de 3 000. 4.000 e 5.0ClO". •o n .metro atual é de vinte

O pre•lden•.- da Frd,•rnç3u que tem tido p<Jdcr absoluto, ll ponto de pron10\-cr n. txt'Jusio de ell'.'n11 ,1•os r"'>ntMrlos •l sua política. na A::-.:·"nlbl~lo. J>elll~rati'•~t. n~tc-rou r·:·n:::i primeiro g-ra!1de golpe. p.irn u i·rg\ltntc: ":lrt Z6

1 l>:\r:t!p·;\fo 1.0 . "O

l)(unero dt" 111('111bJ"O., dn A~.o;e1nb1P1a Dc>llbtlAll·.a <q('il't\ clc· .. .'.1.ctO t'<\'>pectiva1n.entc fl 30. •10 "" 50, por deHbt'rP.:,üo dn J\.;sr1nbléia Oe1·aJ. qupndo o <lo• 1.vc10,, contribuinte, quil• · rui· dr 30.000, 40 _ ono e 50 000". i·:. ne'l.'ls~s conàiçõc~. j'."lnlul.i ll·•·t·1.10· nun1cn­t!'ldo o nUr.1ero de 1ncn1br0:< da A1.Semb?&la Oelll)-.·r.itl\'A, ci~e. de i1gora ern di!ln!c, prun1ovrr .l a.tê a ah~ti:i~ão ou hl1>0t.:tn do::; b<>ns da organltaçáo. podendo mesmo "'r ;.,<o effUvad<> <tté em

~egredo, como que~e r1n segredo ~e eft:tl\'on tparf\ o sr \V!ln­tull >, a reformn dos F,.lntutos.

Quanro ao dls1JO~lllvo consta11te do artlll'o 12d, é o 11egu1nt.e nos Est~tuto~ alunls, lstc. é, nos de Ir44: "Os h<'ns Imóveis que a ~·edernção possui ou v~nhn a aúqulrll', só pod•rito 3er allena­rlo• ou g1·Mados com hipoteca e antlcrc.,c por dellbrrnçi\o dJ A~~embléln Gemi. Tombém não poderão sol' nhenaclos, nem rtausulodas con1 ônus, !'ena autorização dNi:sa A'sr.mblêln., a:; npullces da dí\'ldn pública pertencentes à Socled~de".

A reforma tenlad11 em 10 de dezembro de 191&. diz- "Art. 126.

"

-- Sl -

Oi bons que a Federação 1)()S.lnl ou venhn a adquirir ~ poderão ser allent.d<is ou gravados Nm hlpot.ka e antlcresc por .drH­l><'r~cão de DOIS TERÇOS DA SUA ASSEMBLl!:IA DELIBERA TlVA. TRlnbé1n não potit.li"~o cr n1icnado~. nent clt:'l\1sulnda~ com ônus sem !gual 1iutorl1açlo da As.<embléln, ª' •pó!lccs de, chvldn p1'1b!ica pr.rtencLntc~ n Sociedade" .

Aí trrnl)s o resultndo da t>ropostn Pereira Mnrques e o QU.'.\nto valeu o ~:llf>ncio de untn A!o;i.=;etnbléla. ,,·otu.ndo, C'll\ cur.1 ... µlL·l:i. ignorância, n 1nnlsln11..da rc!orn1a.

Diz o Relatório de 1019, na p>lrte refcrentr n 1'e.rournrln ·

··os .,ervlço~ dt\ Tesouraria~ agora n1ultls ;lmo au­mentados pOr sr ·>tender à fiscalização do Departa­mento Edll.orlnl. e 'tão. npo.-ar disso. rlgoro,nmcme em dia. Confol'mo vcrlflcarc·ls pelos documentos nprosen­tados, não temos srni\o 11mo. únicn divldn r 11m único credor, na lmpo1ti\ncln. de CtS 812.329.20. Nilo nos lemo. p!'eO<:upado com ess:i divida, porq11e o credor não no!-: cobra Juro$ elo cn1présthno1 e !linda porque êlc próprio nos vem dlitndo q11e não tem press~ clr ser pai:o".

Ora, afirma o ... . wantuil que o credor dc.ssa d".\'ldn não cobrn juros e nem tein pres~n em rer pago. Quem as.-:hn dir oin "seu Relatório, é o sr. A Wnntuil de Freltn•. presidente da F1'tlcraç1io . O credor que com ti:e as;im se munlfesta, 6 o "" Wnntuil de FreltM, e, com cencza, essas conversas entre o !ll'esldcnt• da Federação e o bonlss1mo credot', si'io tcstemu­nh~cla.~ por pessoas de "g1·andc clcstaque nn vida social", como '"Jnm: "drs. Antonio Wnnt11ll de Freitas. Amon Lnlté, Kcnl<> ::>rummond, Minhnus I Pequeno. o. Mirim. M. Carlos de Azo \'l·do e 4uantos out!'o:-:- v~·r ·:o. :n.gt•t.:s que se dt:sdob1·arn da n1rsn\R.

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e linlca pessoa ANTONIO WA!-<TUIL DE FREITAS

Vamos n.dn1ltlr Que ês~e credor tão bo11zln ho, n1a.<1 que ê Antonio \Vantull do Frclta.<, cuja vida prcgressu nf•O pode ins­pirar confiança a quem melhor o conh~a. 1·csolvn de um mo­mento para outro 1 por<1ue se traLa de um homem de negócios/. cobrar a Federação o !\Ló mesmo exigir. pelos processos nrdi· losos ele seus háblLos nllonnr ou gravar os ben• dn Fcdera~ão! Não o poderá fnzor? Sim. pois, basta para Isso dol' terços dos membros da ASscn1bléln Dcllberatíva.

Se em uma Assemblt'ln Geral .foi po:;;1\'cl n reforma cxe­cranda de 10 de dezembro. quanto mais cm uma A«Sembléla ~llberaUva !

A própria reforn1n dos Estatutos scrâ feltn. dt-. :\gora en1 diante, por dellbemçã de doh terços da A.,.<eh1bMla Delibera­Uva. Enfim. tóda< ns !'menctn.< introduzidas nos velhos Esta­tutos por imposição elo sr . Anumio Preltns, fornm moldadas pelo Sl$tema cllto.torlnl lmplanl.ado na Casa Malet· do Esplrl­tl•mo no Brasil. hoje crnns!ormadn em "cnsa 111!1/rr do csPirt­tiJ1110 bras-lletro". E por quem? por um cidadão qur viveu de ardis que definem o êmulo de estello ou ~stelh\o, de onde se originou o vocábulo E'lELIONATUS.

Reportando-no.s no rtnal do prefacio de •eu livro "CLt­NICA DE ARNON". do "dr. Arnon Latté"'. encontramos esta chave de ouro. que vale a pena transcrever no llnal d~>tc relato: "Propositalmente, não pedi a ninguém pnrn pr~fnclnr a minha obra. Eu mesmo quero receber. a pena de mlnhl\ OU$lldla. sem levar à guilhotina o nmlgo generoso que me pretncln.<se.

Aqui fico portnnt.o, ele pescoço preparado". 1nJ Amon Lntté .

Aguardemos pois, que, de cutelo, venha honestamente a As.~mbléla Dellbettltlvn descarregar-lhe o golpe de miseri­córdia.

33 -

UMA TOLA AMEAÇA

JO:::-tàvarnos escrc\'(1-ndo e Jú qunse ter1ni11ado o nosso tr!"\ .. balho, quando resolvemos. por espir!to de leal cnmarndngem, romunlcnr ao clr . Si'vlo Brito Sonres o que e.<tú.vamos I0.7.Cncio roittrn ª" :ltitncte., tomadns pelo sr . Wantull, que nos Impô.~ o. <''<CCl"Bnda reforma dos E•Lnrnt-Os, com uma fulmlno.nte n•scm­bléla adredement-e preparada e com elementos afins que com Ne colabOroram eia. maneira mais oudaci<>l'a que se poderia lrnacin!\r

Ora, o dr Slh1o Brito Soares, lntoligen!c. e quo por vllrlas ve1,(>s nos tem apiuadldo quando tomamos atitut.des contra o.< con,,1mrcaclorcs da Doutrina, ~cria para nós, npesnr de !c,ou­r~lru da. Federnção, mercc~dor de tó<la a con!lnnça e, Lendo 0•1\•lcto no toiefone um LrPcho do que escrevemos, não Mredl· Lnriumos que tão afoltamcutc tóssc lcva1· ao conheelmonto ctc 3e11 c11c1e a noticia da nO''M J)(l'IÇiío de combate Iniciada no ll$.<•111bléla de 10 ele de.,embro e que continuara, ape,a.r do• pcsa.1es. pni.< acredltarnmos com muita sinceridade que o dr. SIMo cumprls.w o que no.• havia Pf'Ometido, marcando um lugar para o nosso encontro e consequente leitura d<'ste opús­culo. Mas, tal não ocontrceu. pois no dia imediato telo!onnvam pnra · no~sa casa. pedindo non10 drt rua e nún1ero da C'í\~a r1n q11C• rPslcihnos, a fim cte nos mandarem uma carta. Dois dias dc-pols. recebemos do l.º 'ecrNl\rlo da Federação a seguinte <'t>hloln ameaçadora:

Ff:DERAÇt\O ESPiRITA BRASILEIRA

A vcnlda Passos, 30

Rio de Janoiro BHASIL

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Rio de Janeiro. 3 de Janeiro de 10:;0.

E>ono. Confrade Antonio Pereira Guedes Av. 7 de Sel~mbro, 91 Marechal Hermes - Nesta

. Paz em Jesus - Mestre e senhor

Conlorme decisão unânime da Diretoria <ln r' E . B . e <llnnto elas atitudes que o Confraclc vem tomando contra esta Soeledndc. dentro mesmo da sun sédc, om palestra com outros ronsóclos, vimos recomendar-lhe a iclturn do parágrafo 4.º. do nit. 11, Cnp. II dos nossos F.stntutos, a llm de que não sejamos obrigados a cumprir o que determina o seu art. 18, do mesmo Capitulo, disPoslções estatutárias não atlnitldt\.8 pela reforma realizada pela última Assembléia G~ral, nos 10 dias de De­zembro de 1949.

Atenclosamento Carlos Lomba, 1.0 Secret.'lrlo .

Além da palestra telefônica mnntlda com o Ilustre con­frade SIMo Soares, tivemos também oportunidade de talar a outt« confrades na séde da Federaçi'lo, cuja conversa, porque não hnvla segredo, o filho do sr. Freitas ouviu . Em resposta a nmea~ndora carta do sr. Lomba, mnndnmo.,·lhc n seguinte:

Rio de Janeiro, 9 de Ja.nelro de 1050 Sl·. Carlos Lomba,!.º Secrct.'lrlo da F. 1!:. D.

A l'Pnlda Passos. 28 e 30

Ilustre co11!1"ade, Paz.

Recebi sua carta de 3 do corrente, que 1>a1>SO a re~ponder A atllude que tomei, não contra a Fcdcrnçiío. mas, princi·

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paimente, contrn a mã conduta de seu presidente, teve Inicio na assembléia de 10 de dezembro último e que ainda n man­~nho. lutando de cabeça erguida em defesa da rnstl!ulçdo e do f:SphlUsmo, tão mnl representados por essa Dlre•.orln.

Quanto ns minhas atituldes ,espero serem JulgudM depois da publlcnçi10 <lo meu op1isculo - "UMA FARSA", ou a Hlstó­rln de umn Ass•mbléla. Ntle contarei es.,a triste hlst.órl:i, num relnto completo cio lnmentâvel aconlecimr.nto.

O sr. Wa11tull sera apresentado ao· esplrltns, 1>rlnclpal­mcte ao~ ~cu~ compan heiros que ainda não o conhecem tal como é, arrnncnndo·s•-lhc a máscara.

A omença que me faz a Diretoria, contida cm sun cart•. quant-0 n nplknção do dispositivo constante do a1 t 18 dos Es· tatutos, é qua;o tola: mas, se o fizerem da maneira capdosa como de u;o do sr. Wantuil, baterei às portas da Justiça. pll'ltcando o meu direito. • IJ

O prot~.,l-0 que fiz em to de dezembro, foi contra a \'folação do.' artigos 23. 35 e 128 dos EStJ.tuto.s. Como podem aqueles que não re~peltam a lei, chamar a atenção de outrem para os dlsPoSlt!vo,,; estatutários? Aclma de tOdM as leis, entretanto. estão os preceitos morais. "Ai do homem Por quem vem o es càudolo". Mnt. Cnp. XVIII V. 6.

A m~ntlrn, a \'lolêncla, a arbitraricdndc, o nrdll, tudo enfim. que tem por objetivo satisfazer os caprichos ele um ht­·On<>, 1·01a rRo por terra. em face da verdade.

1 a) A. rcretra Guedes.

11 > NJ fnvé1 do ba.t.frmos à.s portas da Ju.sti('A comun1. ret0lven1os nprtar. '-'J>Ornuuuuente. para a Asscmb?~ta Dt·Hberl\tl10a .

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DUAS NO'l'lCIAS MENTIROSAS

No dia Imediato ao da assembléia (11 de dez~mbro1, a Hora Esplrlhmllsta Pinto de sousa noticiando o resultado da assem­bléia rcalJzada no dln anterior, dizia que, tal como aconteeeu na Liga E.spirtta do Brasil, cm a..'ISCmbléla idcnUca, tudo correm multo bem. havendo por fim muitos abrnços, cspirit.o de cordialidade etc .. só faltando dizer que o presidente Wantu!l. • continuando a dirigir a "Orquestra", pediu nos presentes parti cantar, à duas vozes, a Canção da Alegria

Outra noticia, também falsa, foi dada por "MUJ:IDO ES­rtRITA", a cuja ctit·cção enviamos a seguinte carta:

Rio do Janeiro, 20 de dc?.ombro de 1949 Sr. Diretor de "MUNDO ESPtRITA''

S.'l.udaçõcs.

Tendo o "Mundo E:Splrita" du U do corrente. publicado na p1·lmelm página uma noticia relativa ll Assembléia Geral reali­zada na Federação Espirita Brnsiielrn, sábado t>. passado. dln 10, dizendo que rornm Iniciados os debates em tõrno das alterações ou acré>clmos a serem leitos no., Estatutos, e que mPní;cstaram-se criticando o Acôrdo os sócios Pereira Guedes, .SOnd••·numn e José Passos, aprco;so-mc a cleclarar que n refe­rida nota não é verdadeira, pois, trahmdo-se de matéria publi­cada em Jornal esplL'ita, mas que não cxprhne a verdade. ne­ccs.sárlo se torna sejn a mesma retificada.

O que houve, foi o se:.utntc, cm slntcse: - Declarada instalada a Assembléia, e, procedida a Jcttum

do edital de convocação, .os sócios Sondermann e Vltor d• Sousa Interpelaram a mesa, reclamando o cumprimento do~ dlspos!Uvos estatutários constantes dos artigos 23 e 35. O pre-

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•idcnto, entretanto, não levando em consideração tais recla­mações, tonta prossrgutr os trabalhos com a leitura dos novo.s Estatutos. Foi nessa ocasião que, llitorvlndo nos debates, ainda cm t6rno da convocação. declarei, cm face do artigo 128 dos Estatutos, que aquela Assembléla ern Ilegal, visto não ter ha­vido qualquer alteração na legl•lação brn,llelra que justificasse uma reforma, conforme publicara o edital. E, nessn altura lancei um desM!o "º' Juristas presentes que me provassem o contrario, defendendo n Diretoria da F E B.. i:ior mim acmada de nrbitrárla.

Os juristas pcrn1ancceram em silêuclo e o sr Pereira M'nrques propôs que to ... se dlspens.~da a leitura e conscqueuc.c dlscu"iio, aprovt111do. englobCldame11te, a matéria desconhe­cida. A proposta rol aceita, o ~r. wantutl não concedeu a pala­vra a mais nlngu6m, e os Estatutos toram aprovados, sem que se tivesse conhedmento das emendas Celtas aos anteriore' Estatutos.

NAo houve dl~cussão da matéria con.sltlnte da reforma, nilo se ratou em Acõrdo, parecendo mesmo que Isso ~ o que menos htteressa no sr. wantull de Freitas .

Esta é a verdade. em tudo diferente do que consta da no­Licla em apreço.

Orato pela retificação, e, ao Inteiro dispor do.• Ilustre« ronfrndes de "Mundo Espirita", aqui fico .

Cal A Pereira G1ledt!.

A FEDER.AÇÃO

As grandes instltulçôt's de fundo rellglo.50 ou filo:;óf!co: quat.squer que sejam, como a Igreja católica, o. maçonaria e tantas outras, não deixan1 de aer as n1esmo.s. com as suas ca.­rncter(sticas próp1·ins. contidas em seus progranu\.S rundamen-

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tal>, .<e alguém que Por elas Lenham passado, não o fizeram no cumprlmenw de b<>as ações, conforme estabelcc~m os seus pro­gramas ou regulamentos.

A b'cdcração Espirita s1·ns1Iclrn está, rigorvsamcnte dentro de. tn condição.

i\ Doutrina que ela propaga e os nomes de seus presiden­tes, bastam para recomendé.-la Íi admiração e respeito de quantos a conhecem.

Ewerton Quadros. Bezerni de Menezes, Bltlencourt Sam­paio, Antonio Salão, Leopoldo Clrne e outro.<, foram homens de pensamento e de moral profunda; conduziram a grande nau com os olhos lltos no futuro, sabendo de onde vinham, cada qual com o seu passado Hmpido, deixando para ti·ás, desde a mocidade, a fama de trabalhadores honestos .acumulando a fortuna que a ferrugem não col\'lomc nem a lraç~ rói Todos êles, no exercício do cargo, tiveram pas.<;ado com garantia de estabilidade, e ali se conduziram nobremente. com exemplos de virtudes reais, Impondo-se po1 li<So à veneração da posteridade.

Se a n.tunl Diretoria, ao con11·á1·io das anteriores, não cons­titui um bloco, evangel!camo11te harmônico. lnt<ltrrado na Dou­trina, não imPorta; amanhã outros vitiío retomar as lições do passado e a Casa Matcr do E3pirltlsmo no Brasil reviverá na propaganda e na exemplificação da Doutrina

O HOMEM DE NEGóCIOS

Se o dono de um restaurante apt·esenta aos sous fregueses. pratos tidos como de excelente qualidade, eloglattdo-o.~ com arte e entusiasmo, mas não oo come; se o dono de um grande laboratório de produtos rarmacêutlcos não se cansa de reco­mendar cm seus anúncios e nn vasta literatura bulistica os seus remédio• miraculosos, mas não os toma; enttm, se o pre-

\ . . 1

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•ide11tc de uma .'\OCiedade rell~losa ou filosófica emprega n maior parte do ~ou tempo em editar livros e mais livros, reco­mntlnndo ao mundo inteiro que os !Oh seguindo os seus ensi­namentos, mos, que êle próprio não 10, porque não se sento em condlção de pô1· em prática a doutrintt que aconsellta, é evi­dente, manttcstamentc clara 11 qualidade do homem de ne­gócios.

Já consl<ien\vnmos encerrado o n.-.•unto dêste opú<culo. quando nos chegou n carta de IG de janeiro, t.endo como a pri· mrlra per signnt(trlo o sr. Carlos Lomba, 1.0 secretário, que nos transmitiu a rcsoluQfiO da Direto1'in, eliminando-nos do quadro sorlal da Federnção.

Eis a carta condtnatórla do "dr. I<enlo Drummond", as:.1-nada pelo primeiro secretário da Federação, dando dêsse modo, carãt;ir de resolução un~nime da Dlrowrin, quando, na reali­dade é ela uma decisão arbitrária o Insensata de quem na vida, quer como lndust rlnl, negociante ou religioso espít'lta, nuo tem relto outra coisa que não seja mostrnr-sc c11paz das mnlo1·c• torpitudes; desde n publicação de sou primeiro livro com o pseudônimo de "dl'. Kenio Drummond". em 1922, até hoje, distribuindo aoo boticários de todo o Brastl o seu segundo livro de i:línica, Intitulado "CLiITTCA DE ARNON", sob o pGeUdõ­nlmo de "dr. Arnon Latté", Poi>. o exemplar que pQSSulmos nos foi remetido polo próprio autor, em 1047, por sol!cltaçil.o de um tarmaeêutlco amigo, de Juiz ele Porn:

FEDERAÇAO ESPtrITA BIASILEIRA

A venlda Passos, 30

Rio de Janeiro BRASIL

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Rio de Janeiro. 16 de Janeiro de JPSO

llmo . Sr. Antonio Perrlra Guedes l:u~ Sampalu Ferraz. 33 Tljuca - o . t'.

saudações

Em resposta à carta que lhe dirigimos em 3 cio corrente mês, recomendando-lhe fraternnlme1üc n leitura do pMá· grafo 4 o do arttgo li dos nossos Estntulos, V S. houve por bem dirigir-nos a 'Ua agressiva carta de 9. tamb~m do corrente .

Assim, diante dos termos dos ~rtigos 18 e 19 dos cit.adi>s Es­tatutos, vimos comunlcar-lhe que a Diretoria, eh\ sua reunião de 14. dêst.c 1nesmo 1nês1 resolveu, por unanirrlidade, elilntnt\-lo cio nosso quadro social. Como, porém, ao l'ecebe1· aquela noss2 carta, V. S. velo pagar as me1\.alldade:; do ano correntr. co­locamos â sua disposição o pagamento antecipado que V. S. efetuou espontaneamente ao nosso empregado.

Carlos Lomba 1.0 Secretãrlo

Agora qu~ o leitor, que é csph'!tn, ou mesmo que não o seja, Já leu tudo quanto vimos de narrar, documentando o que hã de mais flTBve em tôda essa ti;ste b!stórla, responda-nos. por caridade: Onde está n agresslvldade cio nossa carta dirlslda no 1.0 Secretário em resposta à sua ameaça de no.s expulsai' do quadro social da velha e respeltt\vol Agremiação?

Onde a prova de que havíamos tomndo alltutctes contm a Federnção, conforme diz a sua carta de 3 de Janeiro?

'

'

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Dissemos que a Federação e o E.•plrlfümo estão mal re­presentados pela atual Diret.orln e. a prova tivemo-la na Asi;em­blóla de 10 ele dezembl'O. Continuamos afirmando que a Dire­toria da Fede1'ação tem como presidenle um êmulo de cst.ellão; um químico-lndustrtal que fabrica produtos rarmaeéuttcos e, parn vonde-lo.s por intermédio de lnslplontes boticários, o faz através da recomendação de pseudos mécllco, : "dr Kcnto orummond" e "dr. Amon Lattê".

Dissemos que ap>'CS<>nlarlnmos o sr. Wanlu!I tal como é, tlmndo-lhe a máscar" de espirita respeitável pal'a que todos o vissem, na qualidade estupenda de negociante "honesto", ven­cf~ndo ellxh· paregórtco como afrodislacol

Caso uves.semos sido agressivo, nilo seria prcferivel. assim cPmo fazemos. sem máscara, de cabeça erguida, reconhecfvel por todos. O"-fümindo, como da fato atl'umimru '1 responS!lbili-dade do> nossos pró1>rlos ai.os? Ou ser!!\ melhor o anon imato, a mentira. a rarsa, a Umldês do apresentar-se cm públJco, como acontece ao.s que S<' escondem ardllosamente atrás de falsos non1es?

Quanto ao final ela referid11 carta, sóbre o pagamento que erctuamos no mesmo cita em que nos chegou às mãos a pri­m~lra. epistola ''wantuillca.", não é verdade que o ftzessemos J)l'lo fato do termos rncebldo a. referida ameaça, pois, sempre nz~=s o pagamento das nos.~as mensalJdades expont11nea­mcnte e por antecipação de seis me$eS, mas, desta vC?., ao sairmos da. repartlçào e, como sempre aconte~e ao passarmos pela Federação, efetuamos o pagamento e só à noite, ao che­garmos em casa é que tivemos conhecimento do conle1\clo da rarta de 3 de Janeiro.

Desatlamos a que nos provem o nosso dc.srcspetto nos dls­ptl.,!Uvos e.tatutários. Justirteando assim o ato da nossa cxpul-

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silo dn comui1idadc ,,ocial da Cn 'ª Mnter do Espiritismo no BraMI, que hoje ostonln, apenas nl\ rnchada do 'l'cmplo o sa­grado dislico - DEUS. CRfSTO E CARIDADE - porque, o alo da cllmlnaçào de um •ócio que tem coragem de protestar con­tra os que infringem os Estatutos para acomodá-los à sua pró­pria vontade e lnterC--<11e; que se bate, principalmente fl<!la de­lesa do património moral da in<mutçiio ameaçada de c<>ns­purcaçií<> e vítima de Ignóbil arbltrarlcdade. só )l<ldci·la partir umn dlrctorln moralmente falida, CMO seja realmenlc dela o mon!tru<>so atentado

POderá alguém, com espírito de fals.'\ tolerância. acuS3.r-nos de lnJt'lrtas ao Presidente da Fed.ração, pelo fato de termos protestado contra os seus atos arbitrários, com a complacência de uma assembléia Insensível e adrcdemcnte preparada?

Caluniar ou l'1JUrlar, eis o que não faríamos nunCA! Quem é Incapaz de uma calmtta é incapaz ele uma injúria.

Se em momentos de exaltação tivéssemos maculado a honra ou simplesmente ferido a s<lnslbilldade da mais humllde das crlnturas human~.. fartamos, naturalmente crescer a n0<;.5a exaltação voltando· nos à pessoa orendida hnplorando-lhe pordll-O.

O que há ncsw caso, é uma reaçí\o salvadora provocada )l<lr uma ação demolidora.

O espirlto beatíl!co da tolerância não )l<lderll chegar a ponto do sacrificar, moralment.e, uma !nslitul~ão como a Fe· dera9ílo Espirita Brnsllelra, para .~atlsrazer aos caprichos de quem não sentiu ainda a ação da Doutrina na sua própria re­novação moral. Os que assim procederem estão des.servlndo a causa pela qual deveriam trabalhai·, não com os olhos ritos no problema material do Espiritismo, como pensa o endinheirado presidente, mM, ao contrário. voltados para a solu~ão do mais

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sério dos problemas, quo ó Ct reforma espiritual do homem, evi­tando, desso modo, a der,rndnçllo moral n que chegamos, ele assistir, de)l()IS de tantos nnos, desde Ewerton Quadros a Oullion Ribeiro, a Federação transformada em feudo ele um aventureiro aeolh!tado 1>0r um grupelho de inconckntes

Emprestor dinheiro pnrn ampliar o departamento edllO­rial, cognominado vaidosamente, Cidade dos Livros, e escrevei· para o órgiio oficial ela Fcdoraçllo que o problema é, po1· mercê de Deus, de natureza purnmente material, é Ignorar a finali­dade do F.splrittsmo, Ju\tll!cnndo assim a obra do adventício.

Nào basta editar livtos para serem vendidos como se fossem produtos de um laboratório que o 3eu próprio fabricante niio os toma.

• A Federação não )l<lde continuar sendo apenas uma em-pré..a editorial. Ela terá que retomar o seu programa de nçlío educacional; pregando, sobretudo pelo exemplo daqueles que a orientaram no plano material sob a Inspiração dos noB-'!Os malo1·es do plano espiritual; do contrário, t• derrocada do Es· piritismo no Brasll começará. justamente pela maior lnstHul­ção, como aconteceu ao CrlsUanlsmo no terceiro século. p(llc>.s equívocos e desmandos da elerlz!a romana. mergulhada no lo-daçal dos !nterêsses de ordem material e polltlco. ~)-

O E3plrltlsmo tem POr lema conduzir a humanlda c.~plri­tuallzand<> o homem. l!:st-0 é o seu único prolJIOlna. de natureza puramcnle moral.

O Evangelho, o grande livro, o maior livro, de indefinivel interpretação, e que tem oferecido 1mimeros motivos para. as grnndes divergências no <tio da ramllta cristã, deverá ser a bússola. Qulo.dora dos nos.·O.> passos, sem apego entretanto, ao

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misticismo que fanatlia. trnnsfonnMdo tantas vezes um espf­rlt-0 de aparência llOl'lllO.I em um santo ou num tirano: Fran­cisco de Msis ou Inaclo de Loyo!a.

Vivei· como cidadão do mundo. lntr~rado nno qunlldade.< de homem de bem els o lema cristão à lu2 do Esp!rllL"1nO

CARTA DE SOUSA DO PllADO r•i Méu cnro Guedes:

LI o têu excelente trnbalho, em que tratas. por miúdos, da vida pregré<.-;a Msse 1c!h1ado patife. que usa o nôme de An­tónio de ~'feitas Uantull, S. J. a que alguns bõbos, e êle mésn10, costumam antcpôr a abrevlaiura da palavra doutôr, como se póde vêr, 11or exemplo, no "Coli rio Dr. Freltus" ...

Reahn•nte. é de cslnn·eeêr que unia tal personagm cstoht dirigindo n ex-Casa Matcr do Espiritismo 110 Brasil, que, como multo bom notaste. êlc transformou cm CMa ~íater do Esplri­tlMno Brasileiro, mnnlrestando, ns.•im, Juntamente com a sua falta de compreen<ão da Doutrina. o <êu sestro nacto11a/lsla, no sentido pejorativo do t<-rmo: mais claramente. lntrduzlndo a xenofobia no Esplrlstlsmo, criando preconceitos patrióticos entre os espirita.~ ! ...

E' ~•se um dos motivos por que, como $abes. êu tenho es­crito um longo trabalho, lntltUlado Alma• esterotlpada$ que con<tltul a segunda parte do mêu livro .lltser<it:eis 1 - em que desmascaro não só ~""" bilontra, mas também vário.~ outros "eonfrados". que, de hl\ muito, se teem ~Morçado o mais posst­vel por e~/10,.ar não só o Evangelho, mas também e p1·lnolpnl­me11tc, a Federação e o m·óprlo Espiritismo; e que só deixará d~ sêr publicado se o Sr. Uantull, S. J o tôdo..~ os sêus c1lmplice.$

•·~ R<\tpeoft.."lda a or~rnfla de a.utor.

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e lacaios "~ail'cm fóra" da Fcclcrn.ção, repondo cm vigôr os es­tatutos que vigiam antes du esca11d~losa escalada ctésse tartufo à presidência da F"cdel'ação Espirita Bra~l lclrn. para. depóh, se verlflcar, enlão, o que mais havera a fazer ..

E' claro que aquêle, que '-<! não m~ncomunam com gente dc"5ll :aln não podem ent1ar c·m "pact.os trnr~os de confratcr­l'ização" ~ntre "cspiritas", que .emriquccêr~m explorando os sêus somclhnntes, e que, por Isso, se julgam no direito do 1\11-mllhar t\QuNcs c111e tl\·ernni escr(•pulo de emriquccêr da lll~>'llU\ !órma. Sào a reproducão ll•I dos <Jome11dadôre~ do catolichmo; e, se lh•s faltam as cdhtendru;, t.iem os o.1wls a suosmul-IM .

E aprN\O~m. tólnmcntr, que isto. aqui r o "cora~ão do mundo, a pátria do Ev~nf,Clho", por julgnr..in que pôde •i:r ~

Ptitrla elo E11«nrNlll-o um pnis onde tôdos o pl'egam, m11s 11111 · yrtém o pratica. além de qur a apre•enta1·cm-se os JMPl'. ron10 so conv<'nclonou, ço1n o norte para. o zónlte. terian10L u1n organismo com o ''coração" colocado nns ~rnn~. a~i pela allura dos Joelho.' .. E nem vêem que. a sêr a .vâlrla o lugar onde se nasce, w a Palestina p<ide chamar a sí · .. ~ llonr.>, a não !n­larmos do único país onde o Evangelho ~ realmente pr llic~do. sem que ninguém se dô ao !l·abalho hipóerlta de o pregar ...

E..."5as côlsas. porém, L'-~m. em P-'r~~E \ttna. cxpHca.ção: a fanatismo de certo.~ imbecis. e n .burrice do Sr António d~ ~"rtllns, s. J,, que andou t.<bR1ljando estupld-.r1cnte o dinheiro eia Federa~no, com a publicação, qu.e nada t11t<reS'a à Doutrf1111 Espirita, para sêr di&\ributdo gl'Rtuit3mc11l~ - quando pclry RE~"ORM'ADOR ext.orquc dóis cruzeh'os e cln~omta centavos -· de um opi'1sculo intitulado c Brasil é o Co,.rt>ão do N1111clo. mas, onde, além dess.a anrmnção, na capa. nada mais 5" cm· contra que o afirme; e de outro com o titulo o Es;;iríll.w10 n<­Brasü, que nntcs se deveria chamar Patriott.rno e Ru$tai11tw10.

R.euhncn.lc. cin unia carta que êssC' t:\l tufo escrcvêu ao

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Imba.•af, em 5 de Janeiro de ltl<M, dando-lhe o primeiro dos dói• grnnde~ cõlces com que o mlmo.<cou - o que se emcontra em méu Podêr, dêsde essa data. por ~êr de~cjo mêu comen­là-la devidamente no mêu aludido livro • e.<er~vêu o pro­prietário do La.boratõrio uanl:tll. "Burro como "OU, não tenho nutortdade para cmsinar qualquer côl•a no Imbassní ... " E não se trata de uma que.stão de modéstia, como J>oderá pnrecêr -nilo aquilo tó! um dos · rari•slmos rcbatc.j dn sua consciência.

.._!le é. ~nle, um burro multo '!11º"-~'(c o que,_ sqa dito , _n_ não sér~ têr éle c.~crito b111·ro, em·v~z-<103nm·isslmo ... -; ) do passagem, para o fim que collmnmdt nno é o que mai~ lmp<>rtn.

Essa grande dose de bu1Tice re.<st1lta bem dêsscs dóis livros. que, nprcscntando-se abusiva e chn1·int~nôscamcnoo como mé­dico, e usando nômes suJl(ll;tos, copiou de lormulnrlos que nndnm (X)l' ai, com receitas alopátlcns para n• dlvef'"' doenças. Incluindo-lhes. de-permeio. cc:>m a velhncnrla que o caracte­riza, os espec:ificos do La-OOrntérlo 1Jo11tut/, que é/e fabrica. 111<1$ tt<fo toma! ...

E' essa uma das suas Indignidades, que êu desejo que co­nllêçns. para poderes acrescenta-la no tô11 formidável libelo: <' ''OU !rAnscrevê-la de? mêu /llfse.~át'l·i~!, "'n cujo frontispício se 1•mco11tra este pensamento mêu: "Olffciimcntc, emquanto éu vlvêr, hli·dc morrêr alguém com rama de santo. l'cndo sido um Ulllll/ha". , .

Um dia, cstávam<>.5 conversando, de-p6. ao fundo di\ Livra-ria, o Sr. Uantuil e êu, quan(IO, a páginas tllntns. t'!ssc grande ' i: i.esptrtln", inte1Ton1pcndo a 1~onver.:;a, me disso:

- Desculpe, Sousa do Prndo. quo éu me sente, mas não posso estar de-pé, que me dão ve1·t1gc11'.

01\o·lhe vertigens prquc você quc"e - dlssémos-lhc nó.s ; e, quem corre por gõ.~to não cansa ...

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- Por gõsto? ! - Claro! Se você s.e trat.a.&o;c por llomcopnlla. não teria

nrtigcns; mas, \'OCê é tôdo alópata ... Você está emganado ! Êu só tomo homeopatia

. Como?! 1 ! . . ~fas, você não é dóno do "grande" Labo­ratório Uanttttl, que fabrica. algumas de1ênM de e;>1>ecíflco..;,

ra "curnr" tódas as doenças?! .. . o Sr. Uantull, S. J. riu sarcà.sliramcnlc, e re;>pondêu:

Orn, Sousn do Prado. . . mas, isso 6 bom pnrn os bôbo• lo1nnre1n1 e éu ganha.1· dinheiro . ..

Como vês, trátn-sc de um grande ptttrlota rto ENwgrllto; tl1• um dos mais proemlne1'tes arlstócratas do coraçllo do Mumlo ... MAS ... Por mais extrnordlnârlo que Isso p0s.~ pi\· 11 "cr, nlncln M mais, e melhor! E não to vou contar tudo: "' prlncipal1 bandalheiras e demonstrações de bmrlcc. reservo-as '"" n o mêu M!&erát>el.t!, em sua parte Alma& otertottpadas, mie hei-de nmarrá-1<>, a êle e a outros, ao pelourhtho da mais bJ«:ta lgnomlnla!

~:.s.•e episódio, a que êle se refere no pref:íclo de um dos llvr<ll!, que co1ilo11, e publicou como se 16..'-'C médico, cm que

1iarc<:c um \'Clho. que lhe pediu um ulrodl··laco. e que êle diz •curado" com elixir paregórico, está Incompleto. J;'.u lo vou

11·11rodu1lr. conforme lho ouvi contai-, na prcson~a de vários dl-d ór<' 1 dn Fc<lernção Esplríta Brasileira, cio si· Almcrlndo

e· . • Iro, do tmbnssai e do Sr . Amadêu santos. J;:ic o re!eriu. ''"" QlW iódus pudessem vêr até onde chc~nvn a "'ª csper ­

h·· ·"ª· i l flr1nondo q uc. u 111 dia, fôra procura.do por u1n uvelho 10111", our l~ndo abusado dos prazêrcs gcnéslcos, se encontrava. rompletnmonte c~gotado; mas que, tendo feito Ullltl nova co11-q•1•$la. clr ~Jnvn que êlc, Uantull, lhe fornecêsse um 11fro<l1"faco.

Pó! núo - ierin respondido o no:;so "lil"ti·e <ioutôr" -· '· n.110 ti unt rcm~d!o alemão. excelente para ê~;(' fim; mns

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é multo caro, e só me re~ta uma quantidade tnsignlficante. Por Isso, sÓ lho posso vendêr à razão de cinco ll\Jl reis a gôta.

E continuou, para nós: - E' claro que o velho, a quem não rufiava dinheiro, acei­

tou lmedlatame!lte o negócio; e. vocês ~abem o que êu lhe drl?. . . Bltrir paregórlco! . ..

Ora, conforme éu supônho que subes, n:1 fórmula do ell:r/r />«regórtco. além do ãcldo ben7.olco, e cio óleo essencial ele an is, l'n•rn. Lambóm a cânfora e o extrncto cio ópio, que', ao contrário do afrocllsíacos, são an:.rrodlslnros Por outt·as palavras : o Sr. presidente da Casa Matcr do Espiritismo Brasnetro ga­bou-1;e de Lêr vendido a um clicnto s~u. ludibriando-o, um me­dicamento que produz efeito conlr~rio ao do que lhe pediram: e de lhe t<lr extorquido alguma.. d~z(:nas de mil reis, por um remédio que, naqu~Je tempo, deveria custar. no mãxlmo. dez l-0stões!

E' possh'el que êsses lngenuo1 mróes do "pacto áureo de confraternização" julguem Isso multo col'sentáneo ao caracter da pcssõa que dirige os destinos da CMa Mater do Espiritismo BrUJl/eiro. 2u, porem, que supónho que nqullo deve •êr clas>i­flado c~mo ladroagem e vlgartr.e, arho que um cavalheiro capáz de tais proêzas não póde nem deve ocupar o cargo de presidente da Casa. Mater do Es7nritls1110 110 Brasil, se não quisermos vêr ele lõdo avacalhada a Doutrina que o Cristo deixou entrcvêr nos sêus contenpcrâneos, ~ Kardec codificou vint.e séculof-' mais tcr·de.

Creio que tu achas a mêsma cOlsn; e. por ls.<o te mando é•le mêu subsidio, para que. publicando-o junto com o que r•ercvêste, possamos ambos fornccét· >• • P')uCos espiritas sin-

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ceros e d•i bó.1-vontade, que ainda h:í por aí, os cl•menl.os ne­re•sá1ios pnra. que façam àe cordas 1011 como atorrapuc. com q11e ervuls~rn do Templo ~se a•quer6So rendllh<fol

E cm ültlnto ca.w, hmdêmos urn nõvo e verdadeiro Tem­plo, onde se pQS.Sam agrupar, sem n6Jo, e sem receto de se con­t11mlnnr, os que procuram procedêr de ac6rdo com aquilo que 1;1·c11:nm, rm .. vêz-de se razêrem émulos refinado.~ de Frei Tomás ...

Um Al'tlllde abraço do têu

Sousa do Prado

5-1-950.

Page 28: Uma Farsa

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OBRAS DO AUTOR:

VIII.NA DE CARVALHO - IL ~eL' l,)Ubllcado

·rARTUFOS E CHARLATAF.S - em prcpnro

.'l!.M.ENARA - órgão Independente de orientação espirita. pu­blicação mensal, a sair.

fl.. ~ t uh.a. ~ \t.t d~ Rua Sampaio Ferraz N.• 3:1

Tel. 48-0612 E.slldo dt Sá :-i i1o dt J.uidtt