Uma História Começada Pelo Fim

A história que vamos contar é diferente de todas as

histórias que nós ouvimos. Esta começa pelo fim, e é contada por

um escaravelho, que conta as histórias muito rápidas.

Era uma vez um príncipe e uma princesa, casados há muito

tempo e que viviam muito felizes. Eles já nem se lembravam mais

o que era estar triste.

Então, um

dia, resolveram

mandar chamar

os cortesãos

para que estes

lhe contassem

coisas tristes.

Mas nenhum

disse nada, pois

já não se lembravam. Pediram à Fada Madrinha, mas ela também

não lhes pode fazer nada triste, porque era uma fada boa. Até

que, o Bobo, que tinha sempre ideias malucas se lembrou:

- E se tudo isto fosse uma grande maldade da bruxa má? –

perguntou a si próprio.

Como esta ideia era muito maluca, ele não disse nada a

ninguém e decidiu afastar-se do reino para passar para o lado de

lá da muralha da felicidade, e assim procurar a tristeza para o

príncipe e a princesa.

Ao fim de alguns dias, viu um buraco e decidiu meter-se lá

dentro, a pensar

que ia dar ao

outro lado da

felicidade. Mas

como ele tinha

engordado,

ficou preso e

não conseguia

andar para lado

nenhum, nem para a frente nem para trás.

O príncipe e a princesa acharam estranho não o ver, e

ficaram aflitos. Mandaram procurá-lo por toda a parte, mas não o

encontraram. À noite, enquanto comiam, a princesa olhou para a

cadeira do Bobo e ele não estava lá. Ela começou a sentir o

coração apertado, pois faltava lá o seu amigo.

- Será que estamos tristes? – perguntou a princesa ao

príncipe.

- Agora já sabemos o que é a tristeza! – gritaram os dois.

Como o Bobo nunca mais aparecia, começaram a pensar que

ele tinha morrido e até choraram, percebendo assim o que era a

tristeza.

Ao fim de tanto tempo sem comer, o Bobo emagreceu e,

finalmente, saiu do buraco. Quando chegou ao palácio, cheio de

fome, fizeram uma festa por ele ter aparecido, por estar bem e

por os

príncipes

finalmente

terem

percebido

o que era a

tristeza.

Realizado pelos alunos da turma 4º C da E.B.1 do Cerco