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UMA LIÇÃO DE BRUXARIA I - CONTEÚDOS: PRÁTICA DE LEITURA: textos de linguagens verbais, não verbais ou mistas de diferentes gêneros CAPACIDADES BÁSICAS DE LINGUAGEM A DESENVOLVER: NARRAR, RELATAR, EXPOR, ARGUMENTAR e ESCREVER através de gêneros orais e escritos: texto expositivo e explicativo de publicidade, de opinião, folclore, lenda, fábula; narrativa ficcional, cartão, entrevista, história em quadrinhos, convite, texto jornalístico (títulos, slides, notícias, reportagem, classificados, etc.), leitura de imagens, obras artísticas, ilustrações e fotografias, conto maravilhoso, folheto. LÍNGUA – LINGUAGEM – ORTOGRAFIA – TEXTUALIDADE: Variações ortográficas (emprego de x e ch, ez e eza). Classificação das palavras quanto ao número de sílaba e tonicidade. Paragrafação. Pontuação. Variedade linguística: norma padrão, substantivo, adjetivo (flexão em número e grau).

Uma lição de bruxaria

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Page 1: Uma lição de bruxaria

UMA LIÇÃO DE BRUXARIA I - CONTEÚDOS:

PRÁTICA DE LEITURA:

textos de linguagens verbais, não verbais ou mistas de diferentes gêneros

CAPACIDADES BÁSICAS DE LINGUAGEM A DESENVOLVER:

NARRAR, RELATAR, EXPOR, ARGUMENTAR e ESCREVER através de gêneros orais e

escritos: texto expositivo e explicativo de publicidade, de opinião, folclore, lenda, fábula;

narrativa ficcional, cartão, entrevista, história em quadrinhos, convite, texto jornalístico

(títulos, slides, notícias, reportagem, classificados, etc.), leitura de imagens, obras artísticas,

ilustrações e fotografias, conto maravilhoso, folheto.

LÍNGUA – LINGUAGEM – ORTOGRAFIA – TEXTUALIDADE:

Variações ortográficas (emprego de x e ch, ez e eza). Classificação das palavras quanto ao

número de sílaba e tonicidade. Paragrafação. Pontuação. Variedade linguística: norma

padrão, substantivo, adjetivo (flexão em número e grau).

Page 2: Uma lição de bruxaria

II - ATIVIDADES:

TEXTO I

Meu nome é Gretel. Quem escolheu foi minha avó. Ela é uma

bruxa famosa. Ela se chama Macrimeia e mora num velho castelo.

Certo dia, a minha vó me convidou para passar o fim de semana

com ela. Disse que preciso aprender a fazer bruxarias, porque já

tenho onze anos, e com dezoito vou virar uma bruxa de verdade. Não

posso perder tempo só brincando...

A minha vó já tinha trazido todos os ingredientes do

supermercado das bruxas: língua de lagarto, asa de morcego

defumada, sapo de todo tamanho, fios de cabelo, gatos pretos,

urubus, poções mágicas... Tinha coisa que não acabava mais.

Até um caldeirão novo – todo de cobre reluzente – ela fez questão de comprar.

Disse que o caldeirão que ela usava estava meio rachado. Também, pudera. Quantos anos

ela usa o mesmo caldeirão? Precisava mesmo ser aposentado.

Então... a lição começou. Muito compenetrada, minha vó começou a bruxaria:

acendeu o fogo, pôs o caldeirão novo sobre ele e, lendo aquele livro velho, todo cheio de

teias de aranha, foi pondo os ingredientes no tal caldeirão e explicando para que servia

cada um.

- Será que vai dar certo, vó?

- Quieta, menina, a bruxa aqui sou eu! – Disse a minha vó.

O caldeirão foi borbulhando, e a mistura subindo... acho que minha vó, no

entusiasmo da primeira lição, tinha feito uma bruxaria forte demais para o caldeirão

novo.

Foi aí que ouvi um estalo e, como se fosse um terremoto, tudo começou a tremer à

nossa volta...

Foge, vó! – berrei.

Só deu tempo da vó agarrar o livro de receitas e saímos voando na

vassoura de estimação. Sorte nossa! A explosão foi tão grande que o

castelo – bimba! Veio abaixo, como se fosse um monte de cartas.

- Não se fazem mais caldeirões como antigamente... suspirou a vó,

desolada.

Depois disso, a minha vó ficou pensativa, por um longo tempo só

bolando planos esquisitos.

Agora quer ser uma bruxa moderna, superequipada. Diz que – depois de

reconstruir o castelo, pedra por pedra – em vez de caldeirão, só vai usar microondas. E

também vai mandar colocar um motor na vassoura de estimação.

Está falando até – imagine só! – em trocar o velho livro de receitas por um

computador...

Cá entre nós: não é moleza aprender a ser bruxa. Mas que é divertido, ah, isso é!

NEVES, Júlio. Interagindo com a Língua Portuguesa. São Paulo: Editora do Brasil, 2005.

2

Page 3: Uma lição de bruxaria

Moleza

1. Qualidade do que é mole

2. Falta de ânimo

3. Trabalho fácil

01. a) Observe a palavra sublinhada na frase. Risque o melhor significado para ela, no quadro

abaixo:

Cá entre nós; não é moleza aprender a ser bruxa.

b) Escreva uma frase empregando o significado da palavra moleza do item 1.º do quadro.

02. a)

b)

03.

Meu nome é Gretel. Quem escolheu foi a minha avó. Descreva a avó de Gretel.

Você precisa aprender lições de bruxaria. – disse a avó. De acordo com o texto, porque Gretel precisava aprender lições de bruxaria?

―Então... a lição começou. Muito compenetrada, a avó começou a bruxaria.

A bruxaria deu certo? Justifique.

04.

Macrimeia agora quer ser uma bruxa moderna, superequipada.

De acordo com o texto, cite três ações de Macrimeia que confirmem a afirmativa.

3

Page 4: Uma lição de bruxaria

05. Macrimeia comprou ingredientes no Supermercado das Bruxas para fazer uma receita de

sopa de morcego.

½ dúzia de asas de morcego

3 fios de cabelo de bruxa

200 gramas de pó de múmia

1 vidro de cogumelos venenosos

Modo de fazer:

Cozinhar tudo no caldeirão por 2 horas.

Pense em outros ingredientes que as bruxas costumam usar em suas receitas. Crie, para

Macrimeia uma receita interessante.

Receita:______________________________________

Ingredientes:

Modo de fazer:

TEXTO II

Minha mãe, a bruxa Bruxolona, pertencia a uma antiga família de bruxas, que já

estava se acabando. Precisava urgente de uma herdeira! Justamente por isso, ela

resolveu ter uma filha.

Aí, eu nasci. Sou a bruxa Onilda. Logo descobri que tinha uma grande queda

pela astrologia e ciências ocultas. Minha mãe e tias vibraram, porque viam que eu

estava ficando uma bruxa legal ao fazer bruxarias. Todas davam certo.

E. Laurrela, As memórias de Bruxa Onilda. São Paulo: Scipione. 1994 (Adaptação).

01. a) Qual é a relação entre os TEXTOS I e II?

4

Page 5: Uma lição de bruxaria

b) O que é ser uma bruxa legal?

02. a)

Bruxolona precisava urgente de uma herdeira.

Explique essa afirmativa.

b) Imagine que você, como as bruxas, tivesse o poder de transformar o que está a sua

volta. O que você faria para melhorar:

o trânsito de sua cidade?

a vida dos meninos de rua?

o mundo?

5

Page 6: Uma lição de bruxaria

TEXTO III

O olho de vidro do meu avô Mamãe conta que depois de um trágico acidente, no serviço em que o meu avô

trabalhava quando ainda era jovem, ele perdeu um olho. Perdeu mesmo, ficou mais do que cego e para disfarçar ele colocava uma venda, dessas que piratas usam.

Contou também que ele viajou para São Paulo. Foi comprar um olho de vidro. Tinha ouvido falar que por lá ele encontraria o tal olho que não via.

Naquele tempo, São Paulo ficava quase em outro país. Venceu longos dias de estrada, poeira, lama e com aquela venda no olho como se fosse carnaval.

Meu avô era vaidoso: pintava os cabelos, fazia caminhadas, cuidava da alimentação. O meu avô era mais do que avô. Era o meu amigo e companheiro. Com ele, eu desabafava todas as minhas angústias. Eu via nele um homem forte, corajoso e que não deixava se abater tão facilmente.

Voltou de viagem com dois olhos: um de mentira e o outro de verdade. E o olho de mentira parecia de ver-da-de !!! Ele era até azul e tinha brilho!

Depois que fiquei sabendo dessa história, passei a observar o tal olho. E sabe de uma coisa? Eu nem tinha percebido essa diferença nos olhos do meu avô.

Um dia, em uma das conversas com vovô, toquei no assunto. E ele abriu o seu coração e relatou detalhes da história que mamãe não tinha me contado:

―Sabe meu neto, cego é aquele que não quer ver! Comprei um olho de vidro, pois, era o que eu mais queria. Eu precisava que ele preenchesse aquela falha. Só depois que eu o coloquei é que descobri que eu enxergava muito! Sempre encontrei várias formas e maneiras de enxergar o mundo num olho só. Mas é legal! Bem que disfarça a minha diferença e não preciso mais ser pirata!‖

Ele disse também que com o olho direitovia o Sol, a luz, o futuro, o meio-dia. Com o olho esquerdo ele via a Lua, o escuro, o passado, a meia-noite.

— Sabia que o coração tem dois olhos?-perguntava. Eu nunca sabia responder as suas perguntas. Eu sorria. Um dia virei meu avô. Minha mãe me vestiu de pirata, no carnaval. Coloquei aquela

venda no olho. Eu desejava afastar a venda que cobria o meu olho e me impedia de ver melhor. Faltava luz para o meu olhar. Nesse momento eu me imaginei com um olho de vidro, como aquele do meu avô e comecei a imaginar como era a vida dele. Foi então que me acostumei com ela. Com um olho eu via as fantasias, as máscaras, e confetes. Com o outro eu invadia os sonhos, via navios e encontrava tesouros. Com um olho eu via as pessoas no carnaval e com o outro eu as imaginava em um baile de reis e rainhas.

QUEIRÓS. Bartolomeu Campos de. O olho de vidro do meu avô. SP: Moderna, 2004(adaptado).

01. Leia as frases e escreva o significado das palavras numeradas.

a) Mamãe conta que depois de um trágico acidente, no serviço em que o meu avô traba- 1

lhava quando ainda era jovem, ele perdeu um olho. 3

1-

2-

3-

6

2

Page 7: Uma lição de bruxaria

b) Com ele, eu desabafava todas as minhas angústias.

1 2

1-

2-

02. Leia a frase e faça as atividades.

Um dia, em uma das conversas com vovô, toquei no assunto.

a)

No dicionário tocar significa:

Aproximar, por a mão, pegar.

TOCAR

Citar, mencionar, fazer referência.

Expulsar, ir embora.

Qual é o sentido do verbo tocar na frase acima? Sublinhe no quadro acima.

b) Escolha um outro significado da palavra tocar e escreva uma frase com ele.

03.

Naquele tempo, São Paulo ficava quase em outro país.

Marque a alternativa que corresponde ao sentido dessa frase no texto.

(

(

(

04. a)

) São Paulo não fazia parte do Brasil.

) São Paulo ficava muito distante de onde vovô morava.

) São Paulo era a capital do Brasil.

Vovô venceu longos dias de estrada, poeira, lama e estava fantasiado de

pirata como se fosse carnaval.

Por que o avô colocava no olho uma venda daquelas que piratas usam?

7

Page 8: Uma lição de bruxaria

Coloquei a venda no olho e comecei imaginar como era a vida do meu avô.

Com o olho de verdade eu via: Com o olho de mentira eu via:

b)

c)

d)

e)

Meu avô era vaidoso. Quais atitudes ou ações do avô demonstravam que ele era vaidoso? Cite duas.

*

*

Um dia virei meu avô.

Sublinhe, no 12.º parágrafo, a frase que mostra quando isso aconteceu.

O meu avô era mais do que avô.

Por que o neto considerava o avô um amigo e companheiro?

Voltou de viagem com dois olhos: um de mentira e o outro de verdade.

Quais características o garoto notou no olho de mentira do seu avó?

05. Numere os fatos na ordem em que acontecem no texto.

(

(

(

(

(

) O avô viajou para São Paulo.

) A viagem do avô foi longa e demorada.

) No serviço, aconteceu um trágico acidente com o avô.

) O avô comprou um olho de vidro.

) O avô passou a não enxergar, perdeu um olho.

06. Complete o quadro com as informações do texto.

8

Page 9: Uma lição de bruxaria

Olha O Olho Da Menina Menina crescia escutando

que não adiantava mentir

porque pelo jeito do olhar

a mãe sempre descobria.

Menina então tentava

fechar os olhos com força,

para esconder a mentira.

Mas nem isso resolvia,

pois mãe sempre sabia.

Menina - sem querer –

descobriu a consciência

que toma conta da cabeça da gente.

Olha O Olho Da Menina" é o primeiro livro no mundo com versão na internet, com texto de Marisa Prado e

ilustrações de Ziraldo. Disponível em: http://www.ipanema.com/livros/olha/cov

07. Leia o depoimento do Papa João Paulo II.

―É muito importante valorizar e honrar as pessoas mais velhas. As pessoas idosas

são testemunhas de um tempo que não volta mais. Elas gostam de contar as

diversas etapas da sua vida. Excluir as pessoas idosas é como rejeitar o passado.‖

a) Escreva, a sua opinião, sobre o assunto tratado no depoimento acima.

b) Escreva como é o seu relacionamento com os seus avós ou com as pessoas mais velhas.

08. Leia o poema e observe a imagem.

a)

A que estrofe a imagem se refere?

b) Qual é a relação entre a mentira e o jeito de olhar?

c)

Releia os dois primeiros versos e explique-os.

9

Page 10: Uma lição de bruxaria

TEXTO IV

OS PORQUÊS DO CORAÇÃO

Mabel gostava de acordar bem cedinho. Levantava da cama, escovava os dentes,

penteava os cabelos e já começava a viver a vida. Fazia um montão de perguntas. Havia

perguntas: engraçadas, tristes, compridas, curtas, perguntas fáceis e muito difíceis.

— Por que o pente tem dente e não sabe dar risada? Por que a gente morre? Por que

eu sou desse jeito, e não sou chinesa, nem ruiva, nem tenho sardas? Por que eu vejo?

Papai e mamãe procuravam responder, pacientemente, ao que a filha perguntava. O

seu pai sempre lhe dizia:

— Filha, um dia, você vai acabar descobrindo que nem sempre todas as perguntas

têm respostas!

Mas a menina mal ouvia, queria era perguntar.

Quando chegou o dia do seu aniversário, Mabel ganhou de presente um aquário com

um peixinho. Ele era lindo! Tinha os olhos bem abertos, listras coloridas e uma cauda

enorme.

A menina ficou ali, olhando para o peixinho que nadava contente, de um lado para o

outro. Ela deu-lhe o nome de Igor.

No final da tarde, depois que chegava da escola, Mabel ia vê-lo. E costumava levar

sempre uma surpresa: algumas pedrinhas coloridas que encontrava pelo caminho, uma

planta bem verdinha. O aquário ficava tão bonito que parecia um pedacinho do mar!

Depois, Mabel sentava ali, bem pertinho, e ficava papeando com ele. O peixinho abria e

fechava a boca como se estivesse dialogando com a menina. E é claro que a menina

continuava a fazer perguntas. Só que, desta vez, as perguntas eram todas para o peixinho.

Com o passar do tempo, uma grande amizade surgiu entre eles. E a menina cantava:

―Como pode o peixe vivo viver fora d’água fria?

Como pode o peixe vivo viver fora d’água fria?

Como poderei viver, como poderei viver

Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?‖

Então a menina decidiu revelar para o Igor as razões dela fazer tantas indagações:

— Eu gosto que as pessoas de quem eu amo olhem para mim, me deem atenção! E

ainda aproveito para saber de coisas que ainda não sei!

Pelo olhar de Igor deu para perceber que ele ficou orgulhoso, pois sabia que

ninguém mais conhecia o segredo de Mabel. E, sabia também que, quando um amigo nos

revela um segredo, precisamos guardá-lo com carinho, lá fundo do nosso coração.

Mas um dia... Mabel voltava de um passeio com a família e teve uma péssima surpresa.

Quando foi correndo matar a saudade do seu amiguinho e chegou pertinho, viu Igor boiando

sobre a água. Enfiou a sua mãozinha dentro do aquário, pegou-o entre os dedos... seu

corpinho estava perfeito: as listras, a cauda, os olhos bem abertos, mas sem vida!

Um soluço forte brotou de dentro do seu peito e depois um grito de dor:

— Igor!!! Por quê?

A tristeza era tão grande que as lágrimas inundaram o seu coração e, como num

passe de mágica, Igor estava nadando dentro dele.

E Mabel arriscou uma pergunta:

— Por que você está nadando no meu coração? SILVA, Conceli. Os porquês do coração. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010 (adaptado).

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Page 11: Uma lição de bruxaria

01. Leia os trechos e assinale com um X a resposta correta.

a) “... Mabel sentava ali, bem pertinho, e ficava papeando com ele.

Em que sentido foi usada a palavra papeando na frase acima?

(

) Discutindo

(

) Conversando

(

) Discordando

b) Qual é o significado das palavras numeradas nas frases? Numere-os nos círculos

abaixo.

Então a menina decidiu revelar para o Igor as razões dela fazer tantas

indagações.

4

1 2 3

Perguntas

Expor, falar, contar

Motivos, desculpas que justificam uma ação.

Resolver, tomar atitude.

c)

Pelo olhar de Igor, dá para perceber que ele ficou orgulhoso, pois sabia que

ninguém mais conhecia o segredo de Mabel. No dicionário perceber quer dizer:

1- Entender, notar.

2- Dar conta de.

3-Conhecer através dos sentidos.

4- Receber.

De acordo com essas definições, qual é o

significado da palavra perceber usada na frase

acima? Copie-a do quadro ao lado.

d)

02. a)

―Levantava da cama, escovava os dentes, penteava os cabelos e já começava a

viver a vida...‖ De acordo com o texto, o que sugere o trecho destacado na frase acima? Explique.

O aquário ficava tão bonito que parecia um pedacinho do mar! Quais ações de Mabel deixavam o aquário tão bonito?

11

Page 12: Uma lição de bruxaria

b)

Igor ! ! ! Por quê ?

O autor destacou a fala de Mabel, usando letras em destaque, em um determinado

momento da história. Escreva qual foi o objetivo do autor ao utilizar esse recurso.

03.

c) d)

E é claro que a menina continuava a fazer perguntas. Só que, desta vez, as

perguntas eram todas para o peixinho.

Que reações do peixinho demonstravam que ele estava participando da conversa com

Mabel?

Então a menina decidiu revelar para o Igor as razões dela fazer tantas

indagações:

Quais foram as justificativas dadas por Mabel para que ela fizesse tantas perguntas?

Um soluço forte brotou de dentro do seu peito e depois um grito de dor.

Escreva o que ocasionou esse sofrimento em Mabel.

12

Page 13: Uma lição de bruxaria

04. Observe as imagens relacionadas ao texto. Transcreva do texto o trecho relacionado a

cada imagem e copie-o nos espaços abaixo.

MOMENTO DE TRISTEZA

HORA DE CANTAR PARA O AMIGO

05.

SEGREDINHOS DE AMOR

Gosto muito de vocês,

Mas não me peçam explicação,

Pois não vai dar pra contar

O que vai morrer comigo,

O que já fechei no meu poço.

Vocês sabem como são

Os segredinhos de amor

Todo mundo tem os seus.

Entre amigos há sempre um pacto,

Segredo é segredo,

Coisa guardada a medo José, Elias. Segredinhos de Amor. SP: Ed. Moderna,

2002

a) Qual é a relação que podemos fazer entre o

texto ”Segredinhos de amor” e o texto “Os

porquês do coração”?

b) Podemos afirmar que a personagem do

poema guardou algum segredo?

Copie um verso do poema que comprove a

sua 13

Page 14: Uma lição de bruxaria

TEXTO V

ASAS DE PALHAÇO

Ângelo estava de férias e adorou quando o homem baixinho, de rosto rechonchudo e

cabelos encaracolados veio pintar sua casa. Logo se tornaram amigos. O pintor deixava o

menino fazer estripulias com as tintas e os pincéis.

Mas, o pintor era quem fazia mais arte: trepava na sua comprida escada para fazer

acrobacias e piruetas lá do alto. Um dia, subiu no último degrau, soltou as mãos e ficou

num pé só, equilibrando-se, enquanto retocava o beiral do telhado.

__ Você não tem medo de cair daí?- perguntou-lhe Ângelo.

__ Não! Eu tenho asas invisíveis!- respondeu o homem sorrindo.

__ Eu também queria ter asas!- disse Ângelo.

__ Você terá quando descobrir aquilo que gosta muito de fazer!

O serviço terminou e o amigo foi embora.

O menino ficou sentado na varanda vendo a noite chegar, quando descobriu entre as

folhagens, ao lado de casa, a escada do pintor toda suja de tinta. Ele pegou a escada e

apoiou-a numa árvore e foi subindo... subindo, e os degraus nunca acabavam.

Até que uma hora ergueu as mãos e, de repente, chegou ao céu. As estrelas

cintilavam diante do seu nariz, e o menino começou a colhê-las, como se fossem frutas de

uma árvore. Colocou-as dentro da camisa até ficar com uma barrigona e desceu

devagarinho. Ao chegar em casa guardou-as numa gaveta no fundo do guarda-roupa.

As aulas recomeçaram e, os colegas quiseram mostrar o que tinham achado nas

férias. Alguns mostravam frutas desconhecidas, conchinhas, pedras coloridas... Mas a

grande sensação foram as estrelas que Ângelo tirou do bolso.

Todos se encantaram, principalmente um garoto chamado Leo, que andava sempre

triste por causa da morte do seu pai. Ao ver aquelas maravilhas brilhando, os olhos de

Leo faiscaram, e ele abriu um lindo sorriso quando Ângelo lhe ofereceu uma estrela

alaranjada.

À tarde, seu tio Carlos apareceu para visitar a família. Era agricultor e estava

aborrecido porque perdeu toda a colheita. O menino foi até ao guarda-roupa e pegou uma

estrela azulada. Quando enfiou a estrela no bolso do tio, ele animou-se e decidiu voltar

às suas terras e preparar novo plantio.

Passaram-se alguns dias, e, certa manhã, o cachorrinho da Aninha, sua vizinha,

sumiu. A menina chorava muito. Ao saber de seu sofrimento, Ângelo buscou uma estrela

avermelhada e prendeu como uma flor nos cabelos dela. Aninha saiu em busca de seu cão

e tanto procurou que até o encontrou perdido em uma pracinha.

Pois assim, toda vez que via uma pessoa triste, Ângelo lhe dava uma estrela para

reanimá-la. Mas as estrelas acabaram. O menino foi procurar a escada para subir ao céu,

mas não a encontrou. Tentou subir em outras escadas; mas nenhuma chegava tão alto.

E então, o menino lembrou-se do pintor e descobriu aquilo que mais gostava de

fazer: alegrar a vida das pessoas. Ele não podia mais oferecer estrelas, mas podia fazer

muitas brincadeiras, dar cambalhotas, contar piadas e fazer gracinhas. Ângelo era um

palhaço e, por isso, sentia as asas bater às suas costas.

ANZANELLO, João. Histórias para sonhar acordado. SP: Scipione, 2002 (adaptado).

14

Page 15: Uma lição de bruxaria

01. Leia as frases abaixo.

a) O homem baixinho, de cabelos encaracolados, veio pintar a nossa casa.

b) Uma hora ergueu os braços e, de repente, chegou ao céu.

Qual é o melhor significado dos verbos pintar e erguer nessas frases? Risque-o no

quadro.

PINTAR

Representar por meio de desenhos.

Cobrir de tintas.

Surgir, aparecer.

ERGUER

Levantar, elevar.

Construir.

Pôr-se em pé.

02. Leia o verbete que mostra os significados do verbo faiscar .

FAISCAR. VERBO: iluminar, brilhar,

maravilhar, deslumbrar, emitir

partículas em brasa.

Reescreva a frase abaixo substituindo a

palavra faiscar pelo significado mais

adequado.

Ao ver aquela estrela, os olhos de Leo faiscaram , e ele abriu um lindo sorriso.

03. Assinale, no texto, os parágrafos usando os códigos abaixo, de acordo com o assunto de

cada parágrafo.

O pintor fazia movimentos de equilíbrio demonstrando suas habilidades.

Local onde o menino guardou as estrelas que colheu após chegar em casa.

O motivo que levou o menino a procurar novamente a escada para subir.

02. a)

Um pintor pintou a casa de Ângelo.

Escreva três características físicas desse pintor.

Escreva duas ações do pintor que o faziam ser uma pessoa diferente e especial.

15

Page 16: Uma lição de bruxaria

Das características do pintor, qual você considera a mais interessante? Justifique.

05.

b) c)

d)

Eu também queria ter asas!- disse Ângelo. De acordo com o pintor, quando Ângelo teria asas invisíveis?

A escada do pintor estava entre as folhagens ao lado da casa.

O que o menino fez quando viu a escada? Até onde ele chegou?

As aulas recomeçaram e os alunos mostraram o que tinham achado nas férias.

O que eles mostraram em sala de aula?

Desses objetos, qual causou a maior sensação?

Observe a cena ao lado e sublinhe no texto o

trecho relacionado a ela.

16

Page 17: Uma lição de bruxaria

06.

Ângelo ofereceu algumas estrelas aos seus amigos. Complete o quadro de acordo com a situação e a reação de cada personagem do texto.

PERSONAGEM QUE

RECEBEU A ESTRELA

Colega da escola

Tio

Vizinha

MOTIVO DA

TRISTEZA

REAÇÃO APÓS

RECEBER A ESTRELA

07.

O menino descobriu que o que mais gostava de fazer era alegrar as pessoas.

Pense numa pessoa que você alegrou nesses dias e conte como foi. (Se você não

alegrou ninguém, quem você gostaria de alegrar? Como seria?)

08. Leia as sinopses dos livros e observe as capas.

1.º a) Qual dos livros você

―O palhaço Biduim levava uma vida

boa em sua casinha pequena.

Até a chegada de uma bruxa estranha que

que desperta sentimentos duvidosos.

Ele fica triste, mas consegue ter a

sua felicidade de volta.‖

escolheria para ler?

b) Justifique a sua escolha para

a leitura desse livro escre-

vendo duas situações, fatos

ou informações que se

encontram nesse livro.

2.º

" Godofredo é um palhaço

que perdeu o circo

e Peripaque é um palhaço

que resolveu fugir de seu circo.

Eles se encontram em uma

viagem e ali nasce uma animada

amizade.‖

17

Page 18: Uma lição de bruxaria

TEXTO VI

Eu tenho que achar um lugar para esconder as minhas vontades. Não digo vontade

magra, pequenininha: tomar sorvete a toda hora, comprar um sapato novo que eu não aguento

mais o meu. Vontade assim todo mundo pode ver, não tô ligando a mínima. Mas as outras — as

três que de repente vão crescendo e engordando toda a vida — ah, essas eu não quero mostrar.

De jeito nenhum.

Nem sei qual das três eu quero mais. Às vezes, acho que é a vontade de crescer de uma

vez e deixar de ser criança. Outra acho que é ter

nascido garoto em vez de menina. Mas hoje estou

achando que é a vontade de escrever. Já fiz tudo

para me livrar delas. Hmm! Não adiantou.

No mês passado, a vontade de escrever deu

para crescer também. A coisa começou assim:

Um dia fiquei pensando o que é que eu ia

ser mais tarde. Resolvi que ia ser escritora. Então já

fui fingindo que era. Só para treinar. Comecei

escrevendo esta carta:

Prezado André,

Ando querendo bater um papo. Mas

ninguém tá a fim. Aqui eles dizem que não

têm tempo. Mas ficam vendo televisão.

Queria te contar minha vida. Dá pé?

Um abraço da Raquel

No outro dia quando fui botar um sapato, achei lá dentro a resposta: Dá. André.

Parecia até telegrama, que a gente escreve bem curtinho pra não custar

muito caro. Mas não liguei. Escrevi de novo [...]

Oi André! O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá tirando

faculdade, minha irmã mais velha também trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha irmã mais moça nem trabalha nem estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o que é que ela diz? Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso nunca ir na casa de ninguém: ela sai, passa a chave na porta e eu fico aqui trancada. Bem que eu queria pular a janela, mas nem isso dá pé: sexto andar. Essa irmã que tô falando é bonita pra burro. Mas nem sei se ela é bonita ou mascarada. Imagine que outro dia ela disse: “Eu sou tão bonita que não preciso trabalhar nem estudar.”

Escuta aqui, André, você me faz um favor? Pára com essa mania de telegrama e me escreva. POR FAVOR, sim?

E eu estava tão ligada na carta do André que nem vi meu irmão atrás de mim lendo

também.

Ele arrancou a carta, da minha mão, quis saber quem era o André. Seu namorado?

— É o seguinte: eu resolvi ser escritora, sabe? E escritora tem que viver inventando gente,

endereço, telefone, casa. Então eu inventei o André. Pra já ir treinando.

— Guarda essas ideias pra mais tarde tá bem? Em vez de gastar tempo com tanta

bobagem, aproveita para estudar melhor. Ah! E olha: não quero pegar outra carta para o André.

NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. RJ: Agir, 1972. p.17 (adaptado).

18

Page 19: Uma lição de bruxaria

01. Circule, nos quadros, o melhor significado das palavras sublinhadas nas frases.

“E eu estava tão ligada na carta de André, que nem vi meu irmão atrás de mim.”

“Ele arrancou a carta de minha mão e quis saber quem era o André.”

LIGADA

que se ligou, pregada;

que é executada sem interrupções;

concentrada, atenta.

ARRANCOU

tirou com mais ou menos força ou

violência;

desprendeu da terra, desenraizou;

separou, afastou.

02. Escreva o significado da expressão e da palavra sublinhada das frases.

“Essa irmã que eu tô falando, é bonita pra burro.”

“Bem que eu queria pular a janela, mas nem sei se isso dá pé: sexto andar.”

03. Responda.

a) Quais vontades Raquel considera “magras”?

b) Você concorda com a personagem que essas vontades precisam ser escondidas?

Justifique.

04. a) Quais vontades Raquel classifica como “gordas”? Qual delas ela conseguiu realizar?

05.

b)

Escuta aqui, André, você me faz um favor? Pára com essa mania de telegrama e me

escreva. POR FAVOR, sim?

Escreva qual foi a intenção de Raquel ao escrever “POR FAVOR”, dessa forma.

André, o amigo para quem Raquel escreve, é real.

De acordo com o texto, essa afirmativa é verdadeira? Justifique sua resposta com

informação do texto.

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06. a) Releia a primeira carta de Raquel a André e complete:

b)

Como ela justifica estar escrevendo para ele?

Eles dizem que não têm tempo. Mas ficam vendo televisão.

Leia a palavra sublinhada. A quem Raquel se refere?

c)

―Queria te contar a minha vida. Dá pé‖? O que Raquel queria saber ao fazer essa pergunta?

07. A irmã de Raquel diz:

―Eu sou tão bonita que não preciso trabalhar nem estudar.‖

Escreva à irmã de Raquel dando a sua opinião sobre isso, justificando-a. (Crie um nome

para ela.)

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Page 21: Uma lição de bruxaria

08. Como Raquel define a família dela para André? Coloque-se no lugar dela e escreva o texto.

Minha família é assim...

Raquel

Leia o texto e resolva às questões 09 e 10.

TEXTO VII

Ana Maria só queria uma coisa na vida; queria ser anjo. Anjo, sim, anjo. Anjo

daqueles de folhinhas de desenhos, de cartões. Anjo, bom, admirado. Anjo.

Tanto insistiu que a mãe comprou as asas. E fez um vestido comprido e largo.

Pronto! Era o necessário. Parecia um anjo!

Subiu numa cadeira, pronta para voar. Pulou no chão. Não voou.

Mexeu os braços, tentou mais um pouco. Nada!

―Quem sabe preciso de um impulso do vento?‖ CARRASCO, Walcyr Rodrigues. A menina que queria ser anjo. Ed. Nacional, São Paulo, 2005. p.p.3-5.

09. Existe relação entre os TEXTOS VI e VII? Justifique.

10. a) No TEXTO VII, segundo Ana Maria, de que ela precisava para se tornar um anjo?

b) Leia a fala de Ana Maria sublinhada no TEXTO VII, dê a sua opinião e justifique-a.

Ana Maria conseguirá voar?

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TEXTO IX

A Vontade de Tomé Todo dia, toda hora, o Tomé só pensava numa coisa: queria virar super-herói.

Isso mesmo! Super-herói que nem esses dos filmes, da televisão das histórias em

quadrinhos. Queria voar pelo mundo, ficar invisível, ter braços de

borracha, sair nos jornais, escalar prédios como aranha, ter força

gigante e visão de raio X! “Supervelocidade”!

O tempo todo ele passava pensando em como fazer para

conseguir a tal transformação. Porque você vai concordar com uma

coisa: é uma injustiça esse negócio só de algumas pessoas virarem

super-heróis! E mais, uma gente boba que passa o tempo todo se

escondendo, fingindo que não tem poderes ou correndo atrás de

trens, que saem do trilho, de assaltantes, de jóias, de roubos

misteriosos. O Tomé, não! Se ele fosse super-herói, ia saber

aproveitar a vida!

“Ia esticar meus braços de borracha e pegar uma carrinho

cheio de sorvetes! Ia voar na doceria e sair carregando um bolo

enorme”. “Entrava invisível no Bar do Mané e enchia a barriga de

pastel, quibe, esfiha e coxinha.”

Não ia esconder a idade de ninguém! Que bobagem, ia é mostrar o que é “superchute” no

jogo de futebol! (O Tomé jogava mal pra burro, volta e meia perdia a bola. Viviam botando ele

pra fora do time) Pois iam só ver quando ele fosse super-herói!

Ia ganhar bastante dinheiro e comprar uma casa pro pai e pra mãe, que viviam reclamando

que não agüentavam mais pagar aluguel.

E na escola? Com “supermemória”, ia ser um sucesso!

Se alguém enchesse a paciência, pluft! Com um sopro mandava pra Lua!

E os sustos que ia pregar por aí? Imaginem só, chegar no prédio do Flávio, tranquilamente,

e entrar voando pela janela! Ele ia morrer de medo!

Quando Tomé começava a pensar, nem conseguia pôr fim a tanta ideia.

CARRASCO, Walcir. Cadê o super-herói? São Paulo: Ed. Global, 1986.

01. Dê o significado das palavras sublinhadas nas frases.

a) Todo dia Tomé só pensava em virar super-herói.

b) Ele queria ficar invisível e até escalar prédios.

02. O texto apresentado é um texto narrativo, pois tem um narrador e também personagem.

Pensando em quem narra e em quem é o personagem, escreva nos quadrinhos de quem

são as falas abaixo. Use a legenda:

(N) para narrador (P) para fala do personagem

(

(

(

) “Todo dia, toda hora, todo minuto, o Tomé só pensava...”

) “Ia esticar meus braços de borracha e pegar um carrinho cheio de sorvetes”.

) “E os sustos que ia pregar por aí?”

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Page 23: Uma lição de bruxaria

03. Lendo e analisando o texto é possível perceber várias características de Tomé (o

personagem).

De acordo com o que você leu, escreva duas características que estão de acordo com esse

personagem.

04. Responda:

a) Qual era o maior desejo de Tomé?

b) Por que ele desejava tanto isso?

05. Segundo o narrador, Tomé queria ser como os outros super-heróis? Copie do texto uma

parte que comprove a sua resposta.

06. Qual era o motivo pelo qual Tomé desejava tanto mostrar o seu superchute?

07. Ao pensar em seus pais, o personagem se mostrou mais sério? Justifique sua resposta.

08. Leia a afirmação abaixo.

Todo mundo gostaria de ser um super-herói.

Você concorda com a afirmativa? Justifique sua resposta.

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09. Vamos falar um pouco do narrador.

a) Lendo o texto, é possível pensarmos que o narrador concorda com as idéias de Tomé?

Por quê?

b) Copie do texto um trecho do narrador que comprova a opinião dele.

10. Ser um super-herói e usar dos poderes a ele atribuídos apenas em benefício próprio é

correto? Escreva um pequeno texto com o título:

“Se eu fosse um super-herói‖.

ZICS/gmf

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