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104 u :. Novembro/2007 ----- uma mostra da era da competição e da evolução industrial D Alexandre Tadeu Simon e Fabio Venturini, de Hannover D Sistema econômico cada vez mais internacionalizado, concorrência agressiva e níveis de exigência que aumentam a cada dia tornam o aperfeiçoamento das técnicas de manufatura de uso bastante difundido uma opção mais viável e coerente do que qualquer idéia "revolucionária" para aumentar produtividade . Este foi o tom da edição de 2007 da Exposição Mundial de Máquinas-Ferramenta, a EMO, realizada no último mês de setembro na cidade de Hannover, na Alemanha . O evento mostrou como os equipamentos e os processos produtivos no setor metalmecânico voltam-se para a consolidação de um período de evolução tecnológica.

uma mostra da era da competição e da evolução industrial · [email protected] (55 11) 5543 7727 . ... Romi, Taurus Wotan e ... retificadoras CNC centerless Bo

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104 u :. Novembro/2007 -----

uma mostra da era da competição e da evolução industrial

D Alexandre Tadeu Simon e Fabio Venturini, de Hannover D

Sistema econômico

cada vez mais

internacionalizado,

concorrência

agressiva e níveis de exigência

que aumentam a

cada dia tornam o aperfeiçoamento das

técnicas de manufatura de uso já bastante

difundido uma opção

mais viável e coerente

do que qualquer idéia "revolucionária" para

aumentar produtividade.

Este foi o tom da edição de 2007 da Exposição Mundial de

Máquinas-Ferramenta, a EMO,

realizada no último mês de setembro na cidade de

Hannover, na Alemanha.

O evento mostrou como os equipamentos e os processos

produtivos no setor

metalmecânico voltam-se para

a consolidação de um período

de evolução tecnológica.

ntre 17 e 22 de setem­

bro, a edição de 2007

da Exposição Mundial

de Máquinas -Fe rra ­

menta (EMO, Exposi­

tion Mondiale de la Machine­

Outil), realizada este ano em Hannover, na Alemanha, foi vi­

sitada por aproximadamente

166 mil profissionais de 80 paí­

ses, interessados em localizar

inovações na área de processa­

mento de metais e fechar negó­

cios. O evento contou com

2 .118 expositores vindos de 40

países, que ocuparam uma área

de quase 180 mil m 2 distribuí­

dos em 16 pavilhões do maior e

mais bem equipado centro de exposições do mundo.

A EMO tradicionalmente

apresenta a mais completa gama

de tecnologias para usinagem de

metais. São máquinas, acessó­

rios, sistemas de produção, fer­

ramentas de precisão, dispositi­

vos para promover o fluxo auto­

matizado de materiais, tecnolo­

gias computacionais e recursos

de eletrônica industrial que re­

presentam a essência dos proces­

sos de manufatura.

Nesta edição da feira, foram

montados grupos de visitação de

acordo com as técnicas pro cu -radas, em virtude da ampla va­

riedade de tecnologias e buscan­

do uma organização que facili­

tasse o roteiro do visitante den­

tro do complexo de exposições.

Os principais grupos foram for­

mados por:

• Máquinas -ferramenta de usi­

nagem, conformação, separa­

ção e eletroerosão;

Otimismo marcou os seis dias do evento

• máquinas para processar cha­

pas e arames;

• ferramentas para processamen­

to térmico e eletroquímico;

• controladores eletrônicos; • sistemas de manufatura inte­

grada por computador (CIM,

de computer integrated manu­

facturing) e componentes para

automação flexível;

• projeto e manufatura assisti­

dos por computador (CAD, de

computer aided design e

CAM, de computer aided ma ­

nufacturing);

• dispositivos de instalação e manuseio;

• robôs industriais;

• sistemas de movimentação e

estocagem de materiais;

• eletrônica industrial, sensores,

dispositivos para monitoração

e diagnóstico;

• ferramentas de precisão e de

medição;

t. ;f Novembro12oon 105 ------

• instrumentos de medição e

testes;

• abrasivos e lubrificantes para

refrigeração;

• soldagem, corte e tratamento

térmico; e

• sistemas e acessórios mecâ­

nicos, hidráulicos, elétricos e

eletrônicos .

Por que visitar a EMO

Especialistas altamente quali­

ficados de todo o mundo estão

em busca de soluções inteli ­

gentes para as cada vez mais

complexas atividades de ma­

nufatura. As suas empresas

precisam reagir de maneira fle­

xível aos requisitos do merca­

do, sempre em constante mu­

tação, se quiserem manter-~e competitivas dentro de um sis­

tema de produção econômica

de grande diversidade de pro- ~

106 t,.,, Novembro/2007 -----

EMO'--------- --

Tabela 1 - Países, número de expositores e área de exposição completa de máquinas e siste­mas de usinagem, além de ofe­recer um amplo espaço para

tecnologias de processamento de chapas de aço e conforma­ção de sólidos, não como pro­cessos que competem entre si, mas como parceiros comple­mentares de engenharia e efi­ciência econômica.

PAIS EXPOSITORES 1 Alemanha 875 2 Itália 273 3 Taiwan 156 4 Suíça 144 5 China 86 6 Japão 79 7 Espanha 73 8 EUA 64 9 Turquia 44 10 Reino Unido 42 11 França 39 12 Áustria 34 13 Coréia do Sul 31 14 Índia 30 15 República Tcheca 28

dutos e em tamanhos de lotes variados. Há muito tempo os fornecedores de tecnologias de manufatura sincronizam os seus ciclos de inovação com o maior e mais importante even­to desse segmento, que é a EMO . E é nela que os princi­pais tomadores de decisão pro-

ÁREA DE EXPOSIÇÃO (m2l 75.834 21.765 9.581 12.068 3.332 17.523 7.081 5.038 2.840 2.173 2.310 3.964 4.362 1.330 2.117

curam, avaliam e encontram os produtos que precisam para os investimentos planejados.

A manufatura de itens com­plexos requer processos de produção multifuncionais, que combinem economicamente usinagem e conformação. A EMO concentra essa gama

Uma das principais razões para fazer a visitação é a certe­za de encontrar o maior número de expositores, vindos de todos os cantos do mundo, com as pla­

taformas ideais para comparar os produtos e serviços de que muitas empresas necessitam. Neste particular, sem dúvida, a EMO é única : é possível teste­munhar a nata da oferta mun­dial em um único recinto.

Com relação aos visitantes brasileiros, nesta edição houve uma participação significativa ..,,..

1

108 « t. .f Novembro/2007 1-----

EMO._____ __ _

Edição 2007 da EMO

não só em quantidade, mas

também em poder de decisão. Muitos dos profissionais esta -vam seguros e decididos, par­

ticipando do evento só para fi­nalizar a compra, enquanto outros buscaram soluções tec­nológicas, discutiram questões técnicas e avaliaram os seus fornecedores. A participação

dos expositores brasileiros está destacada na página 112.

Clima de otimismo

A economia global está cres­cendo a uma velocidade ja­mais alcançada. A Alemanha, por exemplo , atingiu o seu maior nível de exportação em

2006. A indústria experimen­ta um período de intenso cres­cimento, com índices de alta registrados pelo quarto ano consecutivo. Cerca de 10% só ~

11 O • ~ Novembro/2007

em 2006, com expectativas de atingir um nível ainda maior em 2007, ano em que operou com

95% da capacidade. O clima motivou previsões e

avaliações extremamente otimis­tas, que contagiaram organiza­dores e participantes . Houve até quem colocasse placas anun­

ciando preços e indicando a ven­da da máquina, um fato até en­tão inédito na EMO.

Mas sempre tem um mas. Nos bastidores, um rumor de insatis­fação . A redução do período da feira, de oito para seis dias, ge­rou descontentamento entre os expositores, embora os organiza-

EMO~~~~~~~ ~ Hannover •

dores insistissem em dizer o con­trário . A reclamação baseava-se em que, no cômputo geral, o cus­

to relativo cresceu. Os custos mais significativos,

como preço por metro quadra­do, instalação e transporte, fo­ram mantidos. Houve redução dos custos de estadia e alimen -tação do pessoal que trabalha nos estandes, valores muito in­feriores e secundários, se for considerado que o período para colocar produtos à mostra e, eventualmente, vendê-los, foi

reduzido em 25%. Apesar disso, os números oficiais sinalizaram vendas de 4 bilhões de euros

nesses seis dias e, comparativa­mente com o evento de 2005, ve­rifica-se que o número de visi­

tantes foi superado em 4%, o de expositores, em 5% e a área ocu­pada, em 12%.

Tendências

Nos últimos anos, verificou-se que a indústria de manufatura enfrenta uma série de desafios relacionados, principalmente, com a crescente diversificação dos produtos, o encurtamento

dos seus ciclos de vida, a re­dução dos lotes de fabricação e a intensa internacionalização ~

CONTROLE DE DIÂMETRO SEM CONTATO

E~ecutamos serviços de afiação e reafiação de ferramentas, em aço rápido e metal duro.

• Alargadores

• Fresa Circular

• Escariadores •Machos

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• Embutimento de Cone

•Fresas • Fresa Caracol

• Brocas em Aço Rápido e Metal Duro

• Confecção de fresas, alargadores e broca espada

• Transformação de diâmetro, cônica e cilíndrica

- verificação de 100% da produção; - opção para controle automático e acionamento de dispositivos; - software de automação e relatórios personalizados; - spark tester AC, alta e média freqüência; - produtos nacionais.

~NAZKDM www.nazkom.com.br [email protected] (55 11) 5543 7727

da competição. Some-se a isso o perfil mais sofisticado dos consumidores, cada vez mais

exigentes, e o movimento ele­trônico das informações, o que

confere ainda mais complexi­

dade à manufatura. Para supe­rar tais desafios, é necessário que a indústria se apóie no de­

sen vol vimen to tecnológico nesses campos.

Considerando o estágio

avançado da tecnologia voltada à manufatura e o elevado grau de internacionalização da com­

petição, vetor de pressão dos

preços de mercado para baixo, verifica-se que os recentes de-

senvolvimentos tecnológicos dos processos produtivos, ou seja, máquinas-ferramenta, fer­

ramentas e sistemas de apoio, ·

restringem-se a um aspecto muito mais "evolucionário" do

que "revolucionário", que prio­riza melhorias de processos e aumento de produtividade . A

EMO 2007 caracterizou muito bem essa tendência.

Visitas aos estandes dos fabri­cantes que ditam o rumo e o ní­vel da evolução tecnológica, alia­das a uma análise detalhada dos

produtos em exposição, permiti­

ram observar que o foco princi­

pal dos expositores concentrou-

A melhor solução:

ltf Novembro/2007 t 111

se em um objetivo básico, que pode ser resumido pela expres­são "fazer mais com praticamen­

te o mesmo". Ou seja, melhorar

a produtividade e aumentar ava­

riedade e o tamanho de peças

usando praticamente a mesma máquina, com o menor acrésci­mo possível do valor de investi­

mento. Isso significa tomar o pro­jeto de um modelo existente

como base, criar plataformas mo­

dulares e explorar ao máximo a capacidade potencial.

Os resultados refletem-se em

ações como:

• Substituição das torres porta­ferramentas concebidas no ~

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112 4 ~ 'f.!I Novembro/2007 ------

projeto original de determinados tornos por torres com maior nú­

mero de posições;

• aumento do número de torres;

• incorporação de ferramentas rotativas a uma máquina que

não dispunha desse recurso; • integração de mais eixos-árvore; • aumento do curso de desloca­

mento de um eixo para acomo­dar uma peça maior, permitin­do que sejam atendidos outros

segmentos além daqueles para o qual a máquina foi original­mente concebida;

• ampliação da área de trabalho

da máquina com o uso de sis­temas de acionamento mais

compactos e de mesma ou maior capacidade;

• adição de magazine porta ­

ferramentas a uma máquina que ainda não dispunha des­se recurso;

• expansão da capacidade de um magazine já existente;

• adição de eixos à máquina, in­

corporando, por exemplo, uma

mesa rotativa basculante (tipo

trunnion) ou funções como

uma mesa trunnion com pla­ca rotativa com capacidade para torneamento;

• combinação de mais operações na mesma máquina, como cor­

te a laser, corte de engrena - ~

Otimismo também entre expositores brasileiros

Muito mais do que uma feira de efetivação de vendas, a EMO

é um encontro internacional de intercâmbio tecnológico. A par­ticipação de empresas de fora da

Europa, portanto, é buscada principalmente para fechar par­cerias e se preparar para concor­rer com mais competência no mercado internacional. Sete fa­

bricantes brasileiras ganharam

esse espaço em 2007: Arthur Klink, Boneli, Ergomat, Imple­mac, Romi, Taurus Wotan e

Zema Zselics .

Segundo avaliou Sérgio Cruz, diretor comercial da fabricante de

retificadoras CNC centerless Bo­neli, este é um evento imperdí­vel para quem quer se tornar um

player no mercado mundial de máquinas-ferramenta, e também fundamental para verificar as ten­

dências de fabricação de máqui­

nas. Um dos principais objetivos da empresa foi estabelecer parce­

rias com companhias internacio ­nais, e saiu de Hannover com re­presentantes em toda a Europa,

na Índia, na Turquia, nos Esta­

dos Unidos e no México. "Tive­

mos um número satisfatório de vi­

sitantes . É impressionante como

os contatos são sérios e têm con­tinuidade, ou seja, quem visita a

feira realmente é tomador de de­

cisões. Foram gerados cerca de 30 orçamentos, que estão sendo con­

duzidos pelos nossos novos repre­sentantes", revela.

Alfredo Ferrari, diretor de ven­das da Ergomat, fabricante de tor­

nos automáticos a carnes, tornos

CNC e centros de torneamento, verificou um grande desenvolvi­

mento na área de automação das

máquinas-ferramenta em geral,

com destaque para o aumento de

número de eixos controlados, sis­

temas de carga/descarga de pe­

ças e a evolução nos sistemas de

programação. "A Ergomat obteve

um excelente resultado, tanto nas vendas realizadas, como na pro ­

jeção de seu nome nos mercados internacionais", avalia.

A Implemac, fabricante de

retificadoras centerless, debutou em uma feira de máquinas -fer­ramenta fora do Brasil com em­

polgação. Cerca de 100 visitan­tes passaram pelo estande e dei­

xaram uma impressão positiva.

"Pessoas bastante técnicas e real­

mente interessadas em nossas máquinas. Além disso, foi possí­

vel estreitar relação com nossos

parceiros comerciais, bem como ~

gens, retificação, fresamento e torneamento;

• aumento da capacidade do co ­

mando numérico;

• integração de sistemas auto­máticos de carga e descarga de

peças; e • sistemas de paletes.

O envolvimento dos fornece­dores de peças, componentes,

módulos ou ferramentas é de

com clientes cujas matrizes en­contram-se na Europa", come­

mora Gustavo Azevedo , que re­

presentou a empresa na feira .

Mais experiente nesses even­tos, a Romi, que inclusive possui

uma subsidiária na Europa, usou

a oportunidade para apresentar o torno CNC Romi C 420 (o mesmo que no Brasil chama-se CNC

Universal Centur 30D), montado

especificamente para o mercado

fundamental importância já na fase de concepção da máquina, pois permite aperfeiçoar o pro­

jeto e encurtar os ciclos. O resul­

tado são custos mais baixos de projeto e fabricação.

Em linhas gerais, as novas configurações de máquinas po­dem ser resumidas como:

• estão cada vez mais rápidas e precisas;

• possuem recursos e software

europeu com comando Siemens.

Os profissionais da área de en­

genharia de produto e produção

da empresa aproveitaram, como de costume, para verificar as ten­

dências tecnológicas e conhecer

novos parceiros com o objetivo de aumentar a produtividade, redu­

zir custos e ganhar conhecimen­to para desenvolver produtos.

Na Taurus Wotan, a impressão

também foi bastante positiva. Se­gundo Luís Sigot, gerente-geral de exportações da empresa, verificou­

se que o mercado mundial de

máquinas-ferramenta está bastan­te aquecido, e a sua empresa está

reconquistando espaço no merca -do europeu de mandriladoras. A companhia teve consultas para

realização de aproximadamente

70 projetos, com possibilidades de

r. 't:f Novembro/2007 t 113 ------

que as tornam mais inteligen­tes e fáceis de operar;

• contam com alto nível de au­

tomação e recursos de medição em processo;

• executam maior número de

operações distintas; • executam operações simultâ­

neas;

• possuem estruturas mais rígi­das, com maior grau de amor­

tecimento de vibrações e com ~

fechar negócios da ordem de 12

milhões de euros.

A Zema Zselics, fabricante de

retificadoras, aproveitou o fácil

acesso aos países vizinhos da

Alemanha possibilitado pela fei ­

ra para estabelecer contatos com agentes de diversas nações do

bloco europeu, o que deve ren­der negócios futuramente. A em­

presa registrou também um bom

número de visitantes de outros países, em busca de parcerias para representação mútua.

A Arthur Klink, fabricante de

máquinas e ferramentas para

brochamento, ficou no pavilhão

2 com o grupo de máquinas para furação, tornos, fresadoras, bro ­

chadoras e máquinas de acaba-

mento de engrenagens. •

114 U~ :1 Novembro/2007 ------

EMO- - - ---

sistemas de compensação de dilatação térmica;

• possuem eixos-árvore mais rí­

gidos e com maior capacidade de refrigeração, permitindo tor­ques e rotações maiores;

• são projetadas para facilitar a manutenção;

• apresentam sistemas para pre­venir colisão; e

• permitem tempos de posi­cionamento, deslocamento dos eixos, troca de ferramen­ta e de preparação cada vez mais curtos.

Sem dúvida, também é neces­sário o avanço simultâneo dos materiais, dos processos e das ferramentas para fechar o ciclo e, assim, atender às exigências

do mercado em relação a custos, qualidade ou questões ambien­tais. Novos ma te riais, revesti­mentos, geometrias e classes de

Hannover

ferramentas surgem a cada dia, assim como desenvolvimentos em sistemas de fixação, refrige­

ração, troca e maneiras de utili­zar as ferramentas.

Máquinas de construção modular

A construção modular permite adaptar as máquinas à sua apli­cação específica, pois são con­cebidas para obter diversas con­figurações . Esse tipo de constru­ção confere ao fabricante os be­

nefícios atribuídos ao conceito de manufatura postergada (post­

poned manufacturing), possibi­litando atingir escala de produ­ção e trabalhar com estoques re­duzidos. Isso significa adiar o

máximo possível a finalização da máquina. Os módulos são fa­bricados, mas a máquina só é completamente montada depois

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que o cliente define o que real­mente quer.

Já é comum o uso de uma

mesma base para diferentes ti­pos de máquinas. A partir des­sa plataforma modular, o fabri­cante constrói a máquina de acordo com o pedido. Por exem­plo, as mesas podem ser esco­lhidas entre diferentes tama­nhos, tipos e quantidades; o número de eixos pode ser defi­nido no momento em que o pe­dido é colocado; pode-se esco­lher entre uma variedade de tor­

res e magazines porta-ferramen­tas; pode-se optar por um, dois ou mais eixos-árvore com dife­rentes rotações e potências; pode-se incorporar sistemas de carga e descarga de peças, ca­

pacidade para usinagem a seco, sistema para uso de mínima quantidade de refrigerante ou refrigeração em abundância e .,.

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116 4 t:, r Novembro/2007 -----

EMO~-----

integrar diferentes tipos de ope­rações na máquina.

Um dos exemplos práticos do

conceito de modularidade foi

apresentado pela DMG (Alema­nha), com a Série CTX de má­

quinas montadas sobre platafor­mas modulares, que abrangem

desde tornos universais até cen­

tros de fresamento e torneamen­to. São três plataformas usadas

em 10 diferentes modelos de máquinas (das linhas alpha, beta

e gamma), que se expandem

para um total de 24 diferentes

configurações. O modelo CTX alpha 300 tem

comprimento máximo de tornea­mento de 310 mm, diâmetro má­ximo torneável de 200 mm (pode

trabalhar barras de até 51 mm), cursos X e Z de 190 e 335 mm,

Tabela 2 - Número de expositores e área de exposição por tipo de produto

respectivamente. A versão bási­ca é equipada com torre para 12 ferramentas acionadas padrão

VDI 30. Tem velocidade de des­

locamento rápido em X, Y e Z de

30 m/min, e o eixo -árvore tem

potência de 20 kW e rotação de 6.000 rpm. Pode ser fornecida com eixo Y com deslocamento de

±40 mm, ou com eixo Y e mais um eixo-árvore.

TIPO DE PRODUTO EXPOSITORES ÁREA DE EXPOSIÇÃO (m2l 1 Ferramentas de precisão 365 21.720 2 Fresadoras, centros de usinagem e sistemas flexíveis de manufatura 260 54.559 3 Retificadoras e agentes abrasivos 150 10.608 4 Tornos, centros de torneamento e máquinas para rosqueamento 146 22.042 5 Componentes mecânicos e acessórios 135 6.086 6 Sistemas de fixação de peças e ferramentas 126 5.372 7 Equipamentos para testes, medição e controle da qualidade 99 5.322 8 Máquinas para corte de chapas por cisalhamento, a laser e puncionadeiras . 64 6.239

1-9 Serras alternativas, de fita e de disco 63 5.294 10 Eletrônica industrial, sistemas de controle e acionamento 62 6.573 11 Tecnologia de descarte, segurança e meio ambiente 62 2.510 12 Sistemas de refrigeração, lubrificação, lavagem e limpeza de peças 57 1.988 13 Sistemas de processamento de dados, hardware e software 56 2.501 14 serviços, editoras, órgãos de financiamento e leasing 51 1.624 15 Brunidoras, lapidadoras, politrizes e rebarbadoras 43 2.229 16 Máquinas de eletroerosão e usinagem eletroquímica 42 2.658 17 Máquinas e equipamentos para tratamentos de superfícies 38 1.471 18 Máquinas para corte e acabamento de engrenagens 33 4.717

- 1-19 Máquinas para processamento de barras, tubos e perfis 33 3.216

1-20 Furadeiras e mandriladoras 33 1.319 21 Afiadoras de ferramentas 31 3.172 22 Equipamentos para montagem, manuseio e robôs 31 1.927 23 Prensas e máquinas de forjamento 27 1.378 24 Máquinas para marcação e gravação 21 956 25 Máquinas transfer, unidades de usinagem e máquinas especiais 17 1.559 26 Máquinas para tratamento térmico e endurecimento 17 546 27 Sistemas para automação de armazenagem, transporte e fluxo de materiais 11 742 28 Materiais 11 382 29 Máquinas para corte, corte a gás e soldagem 10 306 30 Moldes e matrizes 9 208 31 Plainas, brochadeiras e chaveteiras 7 352 32 Microusinagem 4 110 33 Máquinas para dobrar arames, fabricar parafusos, porcas e rebites 2 108 34 Prototipagem rápida 2 49

Total 2.118 179.843

118 f t. r Novembro/2007 ------

Centro de torneamento/fresamento crx gamma 2000 TC, com e sem carenagem

O modelo CTX 1250 tem com­primento máximo de torneamen­to de 1.250 mm, diâmetro máxi­mo torneável de 410 mm e, tam­bém na versão básica, é equipa­do com ferramentas acionadas padrão VDI 40 . Pode ser forneci­

do com eixo Y ou com eixo Y e mais um eixo-árvore. Adicional­mente, a máquina pode ser equi­pada com um eixo-árvore para fresamento e magazine com ca­pacidade para 24 ferramentas

(CTX 1250 TC). O modelo CTX 2000 tem

comprimento máximo torneá­vel de 2.000 mm, diâmetro má-

ximo torneável de 700 mm e é equipado com ferramentas acionadas VDI 50 (versão bá­sica). Pode ser fornecido com eixo Y. Adicionalmente, a má­quina pode ser equipada com eixo-árvore para fresamento e

magazine com capacidade para 36 ferramentas.

As máquinas da linha CTX têm CNC com tela de 482,5 mm e estrutura hierarquizada de acesso. O sistema tem uma en­

trada para cartões com circuito integrado, que contêm os dados do usuário e o nível de autoriza­ção de que ele dispõe para aces-

so aos dados de operação e à pro­gramação da máquina.

Além de possibilitar que um

supervisor, por exemplo, acesse informações como tempos de operação, descrição e quanti­dade de peças produzidas, e transfira programas diretamente na máquina, o dispositivo res­

tringe o acesso à programação somente a pessoas autorizadas, identifica os operadores respon­sáveis pela atividade e os usuá­rios responsáveis pelas alterações dos parâmetros de processo.

A japonesa Mori Seiki acres­centou à série NMV de centros de usinagem verticais de cinco eixos os modelos NMV8000 DCG/40 e NMV8000 DCG/50, que utilizam a mesma plataforma e se diferenciam das versões an -teriores pela potência e rotação do eixo-árvore e pela capacidade do magazine porta-ferramentas. Ili>

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A máquina possui as já co­nhecidas tecnologias construti­vas da empresa, como a cons­

trução box-in-box; o aciona­mento no centro de gravidade (DCG, de driven at the center oi

gravity), que permite o contro­le das vibrações da máquina; o motor de acionamento direto (DDM, de direct drive motor)

nos eixos rotativos B e C da mesa basculante , que garante uma velocidade mais alta e me­lhor precisão de indexação da mesa e apresenta menor deman­

da por manutenção; e oram oc­togonal (ORC, de octagonal ram

construction), que possui carac-

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'M Novembro/2007 t 119 ------

Acionamento no centro de gravidade do eixo Z

Construção box-in-box

Motor de acionamento direto (DOM)

EixoB--~;a

Motor de acionamento direto (DOM)

EixoC

-Ram octogonal (ORC) EixoZ

Acionamento no centro de gravidade do eixo Y

terísticas de amortecimento,

controla a dilatação térmica e permite avanços de elevada pre­cisão e alta velocidade .

Na nova concepção de má­quina, a mesa basculante é apoiada apenas no lado poste­rior, o que propicia livre acesso ~

] Membro do Federação CISQ

~I~A@ Sistema da Qualidade Certificado

MHM" MHM Comércio de Máquinas e Equipamentos Ltda.

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120 « Novembro/2007

EMO~---~ Hannover •

pelo lado frontal. O ram oc ­togonal opera como se fosse a coluna do centro de usina­

gem e responde pelo deslo­

camento vertical da mesa (eixo Z). Esse conjunto des ­

loca-se em X apoiado sobre um travessão que, por sua vez, desloca-se em Y sobre

duas guias (no conceito de máquina gantry).

Os cursos X, Y e Z são de

1.200, 920 e 610 mm, respec­tivamente, com velocidade de deslocamento de 40 m/min, e

a mesa rotativa tem diâmetro

de 800 mm e capacidade de carga de 1.000 kg. Trabalha

com peças de 1.000 mm de diâmetro e 500 mm de altura.

O eixo B indexa um ângulo de

até 340º e o C, de 360°. O modelo NMV8000

DCG40 é equipado com eixo­árvore com rotação de 12.000 rpm e potência de 18,5 kW,

com opção para 20.000 rpm e

potência de 15 kW O magazi­ne porta-ferramentas tem 31

posições, com opção para 61, 91, 121ou181.

Com a adoção do conceito

enough is better than too

much, algo como "o suficien­te é melhor do que o excessi­vo" a Heller (Alemanha)

apresentou a sua linha de centros de usinagem horizon­

tais da série H, de construção

modular e compacta, forneci­da em quatro modelos bási­cos (H 1000, H 2000, H 3000

e H 4000). Combinando os

vários módulos, é possível

obter configurações para

centro de usinagem H 2000

atender às necessidades e es­

tratégias de usinagem espe­cíficas de cada aplicação.

A empresa oferece opções

de eixos-árvore, cones do eixo-árvore (SK 40, HSK 63

e BT 40), magazines porta­

ferramentas (do tipo corren­te com 54, 80 ou 160 posições ou do tipo rack com mais de

400 posições). Também po­

dem ser fornecidas versões para usinagem a alta veloci­

dade (speed pack, com rota­ção do eixo -árvore de 16.000 rpm e opção para 24.000 rpm)

ou usinagem pesada (power

pack, com rotação de 10 .000 rpm e potência de 38 kW), em

operações com mínima quan­tidade de fluido refrigerante

ou a seco.

Todos os modelos são for­necidos com acionamento duplo no eixo Z, para dar maior estabilidade ao proces­so, e equipados com a mes­

ma cabine de controle, de con­

cepção compacta. Possuem to­

das as unidades e componen­tes periféricos totalmente in­

tegrados à estrutura da má­quina, e dispensam chumba­

dores, o que garante flexibi- ~

122 • ~ .r Novembro/2007 ------

EMO~~~~~~~

lidade e facilidade de instala­ção. As opções de comando numérico são o Sinumerik 840D

ou Fanuc 310i-A.

O modelo H 2000 possui cur­

sos X, Y e Z de 630 mm, com des­

locamento rápido de 60 m/min (aceleração de 0,8 G). na versão

padrão, e 90 m/min (aceleração de 1 G), na versão para HSC. Pode

ser incorporado eixo-árvore com rotação de 10.000 rpm e 17 kW, 10.000 rpm e 38 kW, 16.000 rpm e 40 kW ou 24.000 rpm e 25 kW A mesa tem 400 x 500 mm.

A Perfect J et (Taiwan) enfa­

tizou as várias possibilidades de configuração da máquina a par-

Hannover

Estrutura básica sem carenagem do

centro de usinagem MH 206

tir da mesma base, com a apre­

sentação do centro de usina­gem horizontal modelo MH

206. A sua coluna executa mo ­

vimentos em X, Y e Z com acio ­

namento por fusos de esferas .

A máquina pode ter uma mesa

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simples ou em diferentes con­figurações ou ainda uma divi­sória na área de trabalho.

Quando a primeira operação de usinagem é encerrada, por

exemplo, a coluna se recolhe, des­

loca-se lateralmente e posiciona o eixo-árvore para iniciar a usina­

gem da outra peça, na seção ao

lado, enquanto a que já foi traba­lhada pode ser removida ou repo­sicionada. Também podem ser ins­

taladas placas rotativas e placas rotativas basculantes, permitindo

a usinagem em quatro ou cinco

eixos, respectivamente.

A máquina é fornecida com

pelo menos 12 configurações di- ~

Não perdem o fio mesmo ao rubro. Sua dureza (60 a 63 Rc) provém da liga e não de tratamento térmico. Devem ser usados a velocidades de corte até 100% superiores às do aço rápido suportando bem cortes interrompidos impossíveis com metal duro. Fácil afiação. Alta produtividade e melhor acabamento.

ferentes de mesa, tem cursos X, Y e Z de 2.000, 550 e 600 mm, res­pectivamente, distância do nariz

do eixo-árvore até a mesa entre

125 e 685 mm, eixo-árvore com rotação de 6.000 rpm (8.000 opcio­

nal), mesa com capacidade para 1.000 kg (duas peças de 500 kg). avanço rápido de até 12 m/min e

magazine porta-ferramentas de até 40 posições.

Mais recursos nas mesmas máquinas

A incorporação de mesas do tipo trunnion em centros de u si­

nagem foi a coquelu che d a

r Novembro120on 123 -----

Mesa rotativa basculante: uma das principais tendências da feira

EMO. A maioria dos fabrican­tes , principalmente de centros

de usinagem verticais , passou a oferecer essa opção nas su as máquinas . O objetivo principal

da a doção é con ferir mais dois eixos aos centros de usinagem,

e levando-os à categoria de má ­

quina de cinco eixos.

A capacidade de usinagem com cinco eixos simultâneos é

adequ ada à fabric ação de peças complexas , u ma demanda cres ­cente nos segmentos automobi­

lístico , aeroespacial, de en er­

gia, produtos para u so médico e moldes. As mesas bascula n­

tes , com elevada rigidez, permi- ~

As novas Mikron NRG 50 Multitarefa, incorporam em suas 12 estações de trabalho, operações de Torno e de Centro de Usinagem, com a tecnologia de uma nova geração de máquinas transfers.

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124 4 ~ Novembro/2007

tem que mesmo peças comple­xas sejam completamente usi­nadas em uma única máquina,

com apenas uma fixação e uma preparação. O resultado é uma peça de melhor qualidade, quando comparada com a atin­gida no processamento em vá­rias máquinas.

Adicionalmente, deve-se considerar que os tempos de preparação e processamento são mais curtos, a quantidade de dispositivos de fixação necessá­rios é reduzida, são utilizadas menos máquinas (o que, além de implicar investimento mais baixo, significa demanda menor por espaço no chão de fábrica) r necessita-se de menos operado ­res, o gerenciamento e o moni­toramento do processo são sim­plificados, e diminui-se a quan­tidade de etapas de manuseio e movimentação de peças.

Esse recurso também am­pliou a oferta de centros de tor­

neamen to/fre samen to, pois pode-se incorporar placas ro­tativas com capacidade de tor­neamento às mesas basculan­tes. Os centros de torneamen­to/fresamento são projetados para a usinagem completa de peças complexas e tolerâncias apertadas, com o objetivo de aumentar a precisão, reduzir os tempos de usinagem e baixar os custos.

As peças a serem produzi­das nessas máquinas podem ser rotacionais ou prismáticas,

ou ainda combinar ambas as formas. Podem ser usinadas a partir de barras, na placa ou

EMO,____ ____ _

entre centros. São máquinas adequadas para peças cujos processos de produção reque­rem operações pesadas de tor­neamento e fresamento e, se­gundo os fabricantes, podem reduzir o tempo de usinagem em até 70%.

A Yamazaki Mazak (Japão), por exemplo, apresentou a nova geração de centro de usi­nagem vertical de cinco eixos modelo Nexus 5 lOC-II 5X, uma evolução do modelo VCN 510C, de quatro eixos. A nova

versão recebeu uma mesa ro­tativa basculante de dois eixos e teve o comando numérico atualizado, para adquirir capa­cidade de usinar com cinco ei­xos simultâneos como caracte­rística de máquina básica. A mesa, que mede 1.300 x 1.500 mm e suporta até 1.200 kg, pode ser facilmente removida, o que aumenta o envelope da máquina e permite usinar pe­

ças maiores . O modelo Nexus 510C-II 5X

possui cursos X, Y e Z de 1.050, 510 e 510 mm, respectivamente, com avanço rápido de 36 m/min nos três eixos, mesa rotativa com

centro de usinagem vertical Nexus 510C-ll 5X

diâmetro de 205 mm para cargas de até 200 kg, eixo-árvore com rotação máxima de 12.000 rpm e

magazine com 30 posições.

Centro de usinagem vertical Nexus 7000-11

Dentro da série Nexus II, a empresa lançou também o mo­delo 700D-II, com mesa de 1.740 x 700 mm que suporta até 2.000 kg . A máquina é adequa­da para usinagem pesada de desbaste, quando equipada com o eixo-árvore de elevado torque, usinagem a alta veloci­dade de acabamento de gran­des matrizes e moldes e usina­gem de múltiplas peças em uma única fixação. Possui cursos X, Y e Z de 1.530, 700 e 650 mm, respectivamente, com avanço rápido de 30 m/min nos três, eixo-árvore com rotação máxi­ma de 8.000 rpm e magazine

com 24 posições. Desde 2002, a alemã Ixion

Auerbach fabrica os centros de usinagem de cinco eixos IA3 TLF, que também executam fu­ração profunda. A empresa in­

corporou às máquinas desta sé­rie um sistema de troca rápida de ferramenta. A troca de uma fresa para uma broca é realiza­da em 1 minuto, o que aumenta o tempo de operação sem super- ~

126 • UM Novembro/2007 ------

visão na usinagem de quatro lados da peça.

O novo modelo, batizado de

IA3 TLF-U, executa furos com

profundidade de até 1.200 mm em curso único, ou o fresamen­

to em cinco eixos. A mesa rota­tiva tem dimensão de 1.500 x 1.000 mm e suporta peças de

até 7 .000 kg, com opção para 10.000 kg. O cabeçote é insta­lado em uma coluna móvel, o

eixo-árvore tem potência de 13 kW, rotação de 6.000 rpm (10 .000 rpm opcional) e cone

Centro de usinagem IA3 TLF-U executa furação profunda

EMO~~~~~~~ -~ Hannover

~

SK 40 (HSK 63 opcional). Tem curso X de 1.800 mm e curso Y de 1.200 mm, que também pode

ser indexado na faixa de -25° a

+15°. O curso Zé de 1.700 mm e o curso W (eixo de furação),

de 1.675 mm. Nos tornos CNC da série

NL, modelos 1500 e 2000, aja­

ponesa Mori Seiki introduziu uma torre porta-ferramentas

com 20 estações praticamente

Máquina da série NL...

sem prejuízo da área de traba­lho . Originalmente, essas má­

quinas eram construídas com

torres de até 16 posições. Ape­

nas o curso Z foi reduzido em 10 mm, passando de 590 para

580 mm . As demais caracterís­ticas foram mantidas.

Na nova versão, a contra­

ponta passa a ser acionada por servomotor, o que reduz os tempos de preparação. A par-

.. . e sua torre com 20 posições ~

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tir da combinação dos módu­los de quatro modelos básicos,

é possível construir máquinas

da série NL em 36 variações.

Os tornos podem ser forneci­dos com eixo C, eixo Y, eixo­

árvore adicional e/ou com com­binações de todos eles . O mo­delo NL 1500 tem diâmetro

máximo torneável de 278 mm, comprimento máximo de tor­

neamento de 515 mm, cursos X e Z de 260 e 580 mm, res­pectivamente, com velocidade de deslocamento rápido de 30

m/min, e curso Y de ±50 mm,

com velocidade de desloca­

mento de 10 m/min.

Afiadora TX7 + Xchanger

Na área de afiação de ferra­mentas, a australiana Anca atua­

lizou a máquina CNC TX7 +. O modelo-base tem dois conjun­tos com quatro rebolos cada,

enquanto a sua evolução , deno­

minada TX7 + Xchanger, tem 16 conjuntos com sistema de re-

r. .r Novembro/2007t 127

trigeração e quatro rebolas em cada um, e sistema de troca au­tomática de rebolas . O projeto

modificado resultou no aumen­

to do comprimento da máqui­na de 2.520 para 3.523 mm, mas

elevou de oito para 64 o núme­ro de rebolas prontos para o uso, que podem ter diâmetro de

até 202 mm. A Walter (Alemanha), do

grupo Schleifring, apresentou

a nova versão da afiadora de ferramentas Helitronic Power Diamond, que combina duas

operações (retificação e eletro­

erosão rotativa) em um único eixo-árvore horizontal. Em ..,.

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128 . Novembro/2007

EMO,_____ __ _

Helitronic Power Diamond, com troca automática de ferramentas

cada extremidade são insta -

lados um rebolo ou um ele­

trodo rotativo.

A versão mostrada na últi­

ma edição da feira foi aperfei­

çoada com a incorporação de

um trocador automático de fer­

ramentas (tanto para o rebolo

quanto para o eletrodo) e um

novo comando. Com os recur­

sos adicionados, passou a ter

capacidade para produzir tam -

bém ferramentas de diamante

policristalino (PCD), nitreto

cúbico de boro (CBN), metal

duro e aço-rápido, que podem

ter diâmetros de 3 a 320 mm.

A configuração desta má­

quina possibilita realizar

tanto a eletroerosão quanto

a retificação com uma única

preparação.

A Okuma (Japão) também

aumentou a capacidade de al­

guns modelos, mantendo o

projeto básico anterior. A em­

presa incorporou ao centro de

torneamento LB 300 recursos

como contraponta comandada

pelo CNC, modificou o siste­

ma de transmissão para elevar

o torque das ferramentas acio­

nadas e também aumentou o

número de ferramentas na tor­

re de 16 para 20.

A versão aperfeiçoada foi

denominada LB 3000, que,

assim como o modelo anteces­

sor, possui o barramento incli­

nado construído em dois blo­

cos (bed-in-bed). O bloco su­

perior (que sofre influência da

temperatura) é paralelo (dila­

ta-se por igual), e o bloco in­

ferior é inclinado.

A máquina foi construída

dentro do conceito TFC (do

inglês thermo friendly con­

cept), que consiste na combi­

nação de sensores, controla­

dores de temperatura e soft­

ware para compensar a dila­

tação das partes fundidas da

máquina, especialmente do

bloco superior do barramen­

to. Assim, a dilatação causa­

da na estrutura da máquina

pelo aumento da temperatu­

ra no ambiente de trabalho

ocorre sem alteração das pro­

porções geométricas e incli­

nação da área de trabalho.

O modelo LB 3000 EX

possui avanço rápido de 20

m/min no curso X e 30 m/min

em Z, tempo de início/para­

da do eixo-árvore de 3,4 s

(em rotação de 5.000 rpm) e

tempo de troca das ferra­

mentas acionadas de 1 ,45 s.

Para operações de tornea­

mento, possui eixo-árvore

com rotação de 5.000 rpm,

potência de até 22 kW e tor­

que de 350 Nm. Nas opera­

ções com ferramentas acio­

nadas, a rotação é de 6 .000

rpm, a potência de até 7r1

kW e o torque máximo é de

40,4 Nm. ~

130 t :r Novembro/2007 -----

Modelo Microdrill VDM para furação profunda

Com a instalação de uma mesa opcional, a Microdrill VDM, furadeira vertical fabri­cada pela Mollart Microdrill (Alemanha), pode executar fu­ros profundos de diferentes di­mensões na mesma fixação. As brocas tipo canhão são posicio­nadas na parte inferior da má­quina, e uma contraponta hi-

EMO~-----

dráulica para fixação de até quatro peças é posicionada na parte superior. Quando é adi­

cionada uma mesa superior para movimentação das peças, é possível fixar brocas diferen­

tes e executar furos distintos em uma mesma peça, com a mes ­ma fixação e preparação.

A Microdrill VDM executa furos de O, 7 a 8 mm de diâme­tro e até 350 mm de profundi­dade, possui de um a quatro eixos-árvore com rotação de 25.000 rpm e potência de kW. cursos X, Y e Z de 280, 150 e 400 mm, respectivamente, sis­tema para monitoração e pro ­gramação do padrão dos furos. Um contador de rotação na con­tra ponta facilita o controle da precisão do processo.

Centro de usinagem Uniforce 7

teve o curso Z aumentado para 1.800 mm, agora pode usinar

peças maiores do que aquelas da versão original. Adicional­mente , foi incorporado à má­quina um novo sistema de tro­ca de ferramentas mais adequa­do às máquinas que possuem grandes cursos de deslocamen -to, o que permite obter meno­res tempos de troca, indepen-

A alemã SHW mostrou o centro de usinagem de grande porte modelo Uniforce 7, que dentemente do curso. ll>

MÁQUINAS DE CORTE • SERRAS AUTOMÁTICAS " ~ o: -" _,, ..:'

"''

13 2 t .r Novembro/2007

EMO- - ----

A máquina é equipada com cabeçote universal com 60 kW de potência e 64.800 posições, e tem curso X de 3.000 até 40.000 mm e curso Y de 3.100 a 5.300 mm. A velocidade de des ­locamento rápido em X, Y e Z é de 36 m/min com aceleração de 2 G. Trabalha com mínima quantidade de lubrificação in­terna ao eixo-árvore . O maga­zine aloja até 120 ferramentas.

Centros de torneamento/fresa menta

A Stama (Alemanha) apresentou o seu centro vertical de tornea­mento/fresamento modelo MC 726/MT-2C, para a usinagem completa dos seis lados da peça

em, no máximo, duas fixações. A máquina possui duas colunas que se deslocam com movimen­tos independentes sobre um bar­ramento comum. Cada coluna é um sistema separado com seu próprio eixo-árvore de elevada potência, magazine porta-ferra­mentas de grande capacidade e unidade de torneamento forma­da por uma mesa basculante com eixo-árvore integrado, ope­

rando como duas estações de trabalho independentes.

A parte anterior da peça é usinada por completo (cinco la­dos) em uma única fixação na

estação 1. Em seguida, a peça é fixada pela placa da estação 2, que se desloca até a estação 1 e retorna à sua posição original, para que a parte posterior da peça seja terminada e colocada na esteira de descarga. No mo­mento em que a peça começa a ser transferida para a estação 2, a estação 1 já inicia a usinagem de outra peça.

Essa máquina é adequada

para a usinagem de grandes lotes (de 1 mil a 1 milhão de peças). Os eixos-árvore de fre­samento têm potência de 30 kW e rotação máxima de 15.000 rpm, e os de torneamen­

to, 42 kW e até 5.000 rpm. Os cursos X, Y e Z são de 500, 400 e 360 mm para cada estação, com velocidade de desloca­mento rápido de 60 m/min e aceleração de até 1,2 G.

Cada magazine tem capaci­dade para 42 ferramentas com cone HSK A 63 e o tempo de cavaco -a-cavaco é de 2, 1 s. Ela trabalha com barras de 15 a 65 mm de diâmetro (com opção

para 102 mm) e peças de até 240 mm de comprimento, e

As duas estações de trabalho do MC 726/ MT-2C <à esquerda! e usinagem completa dos seis lados da peça <à direita!

pode ser equipada com coman­do numérico Siemens 840D ou Fanuc 31iMA/5.

variaxis 630-SX li T

A Yamazaki Mazak acres ­centou o centro vertical de tor­neamento/fresamento Variaxis 630-5X II T à sua série de má­quinas com cinco eixos Variaxis. O modelo apresentado na feira possui uma mesa rotativa bas­culante com motor de aciona­mento direto, que permite tor­

neamento (eixo A) com rotação de 1.100 rpm de peças de até 730 mm de diâmetro e compri­mento de 500 mm.

A operação de torneamento pode ser executada com a mesa na posição horizontal (Oº) ou ver­tical (90°). A máquina é equipa­da com eixo-árvore dentro de um cabeçote de construção compac­ta com cone 40, rotação de 18.000 rpm e potência de 30 kW Possui

cursos X, Y e Z de 639, 765 e 600 mm, respectivamente, curso A de +30° a -120° e curso c de ±360°, mesa com 630 mm de diâmetro e capacidade de carga de até 500 kg, avanço rápido de 52 m/min .,.

134 4 t,• .r Novembro/2007 ------

nos eixos X, Y e Z, de 50 rpm no eixo A e de 100 rpm no eixo C. O magazine tem 30 posições.

Centros de usinagem com dois eixos-árvore

A Chiron (Alemanha) mostrou os centros de usinagem verti­cais de construção modular, para usinagem pesada e usina­gem a alta velocidade, que po­dem ser fornecidos em 20 com­binações diferentes incluindo: um eixo -árvore (série FZ 18),

dois eixos -árvore (série DZ 18), mesa fixa, mesa rotativa bascu­lante, barramento estendido,

DZ 18 = 320/400/600 mm

centro de usinagem vertical DZ 18 tem três distâncias possíveis entre os eixos-árvore

magazine porta-ferramentas acoplado ao cabeçote do eixo ­árvore com capacidade para 20 ferramentas ou magazine do tipo corrente com capacidade para 40 e 60 ferramentas.

Em todos os modelos, o movi­mento do eixo vertical é realiza­do pelo deslocamento do cabeço -

te sobre a coluna. Podem ter re­frigeração de alta pressão até 120 bar ou realizar usinagem a seco.

No modelo com mesa esten -dida, é possível usinar peças lon­gas ou dividir a área de trabalho em duas partes. No modelo DZ 18, os eixos-árvore têm potência de 14 kW (opção para 18 kW) e rotação de 10.500 rpm (opção para 12.000 rpm). A máquina tem cursos X e Y de 400 mm e Z de 630 mm, com velocidade de des­locamento rápido de 40 m/min (opção para 60 m/min) e acele­

ração de 0,5 G em X e Y, e 0,7 G em Z. O tempo de troca de ferra-mentas é de 1,0 s. .,..

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A SW (Alemanha), subsidiá­ria da Emag, apresentou também o centro de usinagem vertical modelo BA S03. A máquina é equipada com mesa giratória basculante para duas peças e opera em cinco eixos simultâ­neos, com dois eixos-árvore que trabalham sincronizados . Por isso, segundo a fabricante, forne­ce o dobro da produtividade e o tempo de preparação é reduzido pela metade, em comparação com modelos com apenas um eixo-ár­vore e/ou mesa convencional.

Estrutura monobloco e a área de trabalho do BA 503

O comando desse modelo possui o sistema RealNC, que faz a simulação da usinagem,

além de análise e prevenção de colisão. A base é de construção do tipo monobloco e o cabeçote se desloca na vertical (eixo Z) sobre um conjunto que se des ­loca em X apoiado sobre um tra-

vessão que, por sua vez, deslo­ca-se em Y sobre duas guias, no conceito de máquina gantry. O seu deslocamento rápido em X, Y e Z é de 7 5 m/min, com acele-ração de 1 G. ~

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136 u: ,f Novembro/2007 ------

Área de trabalho do centro de usinagem BA 321

Na área de centros de usina­

gem horizontal, a SW apresentou o modelo BA 321 com mesa rota­

tiva e eixo horizontal de 850 mm

de comprimento, que permite fi­xação de peças nos quatro qua­

drantes. Com divisórias que iso­lam a área de trabalho, permite que a fixação das peças possa ser

realizada pela parte frontal, ao

mesmo tempo em que outra peça

está sendo trabalhada.

Esse modelo tem avanço rá­

pido de 60 m/min no eixo X e de 70 m/min em Y e Z, aceleração

de 10 m/s2 em X e Z e 8 m/s2 em Y, potência de 32 kW e torque de

72 Nm. O magazine é montado

acima dos eixos-árvore, para pro­teção contra cavacos, e possui alojamentos para 20 ferramentas

para cada eixo-árvore (32 posi­ções opcionalmente).

Recursos inteligentes

As máquinas estão se tornando

mais inteligentes e têm recursos

para manutenção preditiva, que

EMO~-----

contam com sensores instalados, por exemplo, no eixo-árvore para monitorar temperatura, vibração e

dilatação. Como esses recursos for­

necem informações úteis para pre­venir a ocorrência de problemas,

conseqüentemente aumentam a disponibilidade da máquina.

Sensores e sistemas também

são incorporados para compen­sar as dilatações térmicas na es ­trutura da máquina, decorrentes

da variação da temperatura am­biente e da geração de calor du­rante o processo de usinagem.

Esse é um fantasma que assom­bra as operações de precisão.

Até há bem pouco tempo, po­dia-se dizer que existiam dois ti­pos de operadores de máquinas­

ferramenta CNC: aqueles que já

colidiram a máquina e aqueles que ainda iriam colidir. Hoje, com a ampla utilização dos sis­temas para prevenir colisões,

essa classificação sarcástica já começa a perder o sentido.

Os sistemas de simulação,

utilizados como apoio ao conjun­to máquina-ferramenta-progra­

ma CNC-ferramenta-fixação ­

peça podem propiciar uma redu­ção significativa dos tempos mor­

tos como, por exemplo, tempos de deslocamento, posicionamen­to, preparação e troca de ferra­

mentas. Também com base nes­ses sistemas, alguns fabricantes

já simulam a usinagem da peça

na fase de pré-venda, com testes de programas, processos e pre­parações, para que o cliente tome

a decisão de compra mais acer­tada. Esse método é denomina­do "usinagem virtual".

Outros sistemas utilizam câ­meras CCD na área de trabalho da máquina que, a partir das ima­

gens captadas, criam um modelo

digital idêntico ao da preparação real. A partir desse modelo, são

verificadas as interferências e é feita a simulação da usinagem.

Os comandos das máquinas

começam a oferecer estrutura hie­rarquizada de acesso. São criadas a utorizações individualizadas

para usuários de níveis diferen -tes, eliminando o sistema tradi­

cional de bloqueio do comando

com chave. Um dispositivo simi­

lar a um cartão de memória con­

tém os dados do usuário e o nível

de autorização que ele dispõe para acesso aos dados e à opera -

ção e programação da máquina.

A qualquer momento, por exem­plo, o supervisor pode acessar, na própria máquina, informações sobre tempos de operação, des­crição e quantidade de peças pro­

duzidas, transferir programas etc.

A empresa alemã Spinner de­senvolveu um sistema de amor­

tecimento de vibrações em tornos. Denominado PSD (de passive

structure damping, ou amorteci­mento passivo da estrutura), ele

é formado por amortecedores ins­talados nas torres porta-ferra­mentas, de modo a evitar que as

vibrações causadas pelo proces­so de usinagem sejam transmiti­das para a estrutura da máquina.

Ainda no primeiro semestre de 2008, a empresa pretende ofere­cer este recurso na maioria dos

modelos que fabrica.

Até a realização do evento, o

PSD havia sido incorporado aos ~

138 4 r. Novembro/2007 ------

Torno CNC TO 42 Triplex com sistema de amortecimento nas torres

tornos CNC da série TD, que pos­suem duas ou três torres porta-fer­ramentas (TD Duplex/Triplex) e dois eixos-árvore com acionamen -to independente. No caso das ver­sões Triplex, as torres podem ser usadas também como contrapon­

ta ou luneta para fixar peças lon­gas . Na EMO, a empresa apresen­tou o modelo TD 42 Triplex, que possui eixos-árvore com rotação de 5 .000 e 7 .000 rpm, 12 posições em cada torre e cursos de 180 mm em X, ±45 mm em Y e 704 mm em Z nas torres 1 e 3. Na torre 2,

os cursos são de 180 e 620 mm em X e Z, respectivamente.

A Gleason (EUA) apresentou a máquina modelo 150 SPH, para acabamento de engrena­

gens endurecidas de dentes re­tos ou helicoidais por brunimen­to rotativo. Nesta nova versão, com arquitetura otimizada e ca­beçote de brunimento rotativo de acionamento direto (que atinge rotação de até 3 .000 rpm) são atingidos novos patamares de qualidade e economia.

A máquina é adequada para o acabamento de engrenagens cujas aplicações exigem qualida­

de elevada e baixos níveis de ruí­do. Pode ser equipada com sis-

VENHA CONHECER A •

tema de carga e descarga auto­matizado e tem capacidade para processar engrenagens com até 150 mm de diâmetro, módulos de 0,5 a 4 mm e largura de 50 mm.

Sistema modular porta-paletes da Fastems

Para viabilizar o melhor uso dos recursos inteligentes em todo

o chão de fábrica, a Fastems (Finlândia) apresentou o siste­ma modular porta-paletes (FPM, de flexible pallet maga- ~

MANSFER

zine) . Ele aumenta o nível de automação de máquinas e de células de manufatura, possibi­

lita a operação sem supervisão e

aumenta o índice de utilização. O menor modelo, com área

para armazenar até 12 paletes, pode atender uma máquina-fer­

ramenta e uma estação de car­

ga/descarga. Com a adição de módulos, a sua capa c idade pode ser aumentada para tra­

balhar com até 10 estações e 100 paletes (10 por máquina) .

O FPM possui dispositivo com

interface gráfica para controle do sistema modular e seleção

de paletes.

Operações combinadas

A alemã Emag mostrou o torno

vertical modular VTC 315 DS,

para trabalho entre pontas de ei­xos, que exige menos área para

instalação, reduz investimentos com sistema de alimentação e combina várias operações. A má­

quina utiliza princípio similar ao dos tornos de placa invertida para carga e descarga de peças e, por

isso, dispensa sistema de alimen­tação externo. Com isso, propi­

cia redução de aproximadamen­

te 15 mil euros no investimento.

Uma garra alojada na torre pega a peça bruta e a transfere para

l:llCf Novembro12oon 139

Sistema de carga e descarga de peças do VTC 315 DS

-----

a posição de trabalho, onde é fixa­

da pela placa e pela contraponta. Depois de usinada, a peça é trans­ferida para fora da máquina da mesma forma. Devido à sua con­

cepção vertical, o torno necessita

de área menor para instalação do que os modelos equivalentes. Além .,..

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140 tt.&7 Novembro/2007

EMO'---------

do torneamento tradicional, ele executa retificação com rebolo de CBN, torneamento de peças

endurecidas e, segundo a fabri­cante, pode trabalhar apenas

como retificadora ou como tor­

no vertical ou, ainda, com uma combinação de ambos os proces­sos. Portanto, dependendo do

trabalho a ser executado, é pre­ciso analisar o processo e sele­cionar a técnica mais adequa -

da, considerando o ciclo e o cus­to com as ferramentas.

A máquina é adequada para

produção de médios a grandes lotes de componentes de alta

qualidade, como eixos de en­

grenagens, rotores, eixos de bombas, eixos cardã ou eixos

para motores. É possível incor­

porar à máquina módulos para

execução de operações diferen­tes, de acordo com o tipo de

peça, o que inclui recursos para fresamento, furação, corte de

engrenagens com fresa caracol

e retificação de peças não-cilín­dricas, que podem ser utiliza­

dos isoladamente ou combina­dos . A sua base é construída em

concreto polimérico. Para combinar operações

em máquinas que processam engrenagens, a Hõfler Mas­chinenbau (Alemanha) desen­

volveu a retificadora modelo Rapid 1250 MFM, que executa

retificação do flanco dos den -

tes, retificação cilíndrica e de superfícies planas . Com essas características, a máquina pode

ser usada não apenas para os

flancos dos dentes da engrena -gem, mas também para o diâ-

Retificação dos flancos dos dentes, do diâmetro interno e do diâmetro externo da engrenagem

metro interno do furo, das fa ­ces e do diâmetro externo. Com isso, executa a retificação com­

pleta da peça em uma única fi­

xação. Isso reduz o ciclo e os tempos de preparação, além de

garantir melhor precisão . A máquina tem capacidade

para retificar engrenagens com

até 1.250 mm de diâmetro, mó­dulo de 0,5 a 35 mm e ângulo

de hélice de -45a+120º. A mesa tem diâmetro de 930 mm e ca­pacidade de carga de 8.000 kg.

No centro de usinagem ho­

rizontal modelo MA-600HB, a

japonesa Okuma incorporou recursos para corte de engre­

nagens (gear shapping) ou mandrilamento interno com

interpolação circular dos ei­

xos, controle da rotação e dos

ângulos do eixo-árvore. A máquina, renomeada de

modelo MA-600HB Multi,

centro de usinagem com recursos para corte de engrenagens ou mandrilamento .,_

Novembro/2007

possui sistema anticolisão, cur­sos X e Z de 1.000 mm, curso Y de 900 mm, eixo-árvore com ro­

tação de 6.000 rpm, avanço rá­pido de 60 m/min e sistema de troca automática para operar com até 40 ferramentas em ver­são padrão, ou até 400 ferramen­tas opcionalmente.

A empresa alemã Klingeln­berg-Oerlikon apresentou a cor­tadora de engrenagens cônicas helicoidais modelo C50, que pos­sui recurso para rebarbação. A máquina é de concepção verti­

cal e a ferramenta fica localiza­da em cima da peça, o que per­mite que o cavaco caia direta-

, EMO'----------Hannover

Área de trabalho da cortadora de engrenagens Oerlikon e 50

mente sobre um transportador e seja rapidamente retirado da área de trabalho.

O eixo-árvore da peça pode trabalhar na posição vertical,

horizontal ou qualquer outra intermediária.

O cabeçote universal de rebar­bação é montado de forma a ga -rantir elevada flexibilidade no pro­cesso . A máquina trabalha com

corte a seco e possui acionamento elétrico em todos os eixos e fixa­ções. Só utiliza óleo para lubrifica- ~

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ção das guias. Corta engrenagens de até 500 mm de diâmetro, largu­ra de 90 mm, módulo de 1,5 a 11

mm e ângulo de hélice de O a 60º. A alemã Monforts apresentou

na feira o torno modelo UniCen 504, resultado de um projeto em parceria com o Instituto Fraun­hofer de Tecnologia de Produção (Alemanha) e as empresas ale­mãs Laserline (fabricante de fon­tes), Exapt (desenvolvedora de software CAD/CAM), Sempell (fornecedora de dispositivos de segurança) e Precitec (fabrican­

te de cabeçotes) . Além de reali­zar as operações básicas de tor­neamento, a nova máquina exe-

O sistema Jet Clean da Sugino utiliza jatos de água com pressões de 5.000 ou 10.000 PSI para livrar as suas peças das mais resistentes rebarbas, onde quer que elas se escondam.

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As dimensões críticas e - - - • a qualidade final são mantidas, sem criar indesejáveis alterações dimensionais ou arredondamentos.

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Torno UniCen 504 com laser para têmpera e revestimento

cuta revestimentos (cladding) e têmpera com cabeçotes laser.

Esses cabeçotes são posiciona -dos na torre, como uma ferramen­ta convencional, fixados com cone HSK 63. As vantagens dessa com­

binação de processos incluem re­dução dos tempos de preparação, do número de máquinas necessá-

Novembro/2007t 143

rias para processamento de uma peça e da quantidade de disposi­tivos de fixação. A máquina pos­

sui diâmetro máximo de volteio de 600 mm, diâmetro máximo torneá­vel de 490 mm e comprimento má­

ximo torneável de 900 mm. O eixo­árvore tem rotação máxima de 12.000 rpm, torque de até 76 Nm,

potência de 16 kW e ângulo de in­dexação de +95°.

Custos menores em EDM

Nos últimos anos, a indústria

metalmecânica discute as vanta­gens e desvantagens dos proces­sos de usinagem a alta velocida- ~

Antes da lavagem Depois da Lavagem

O sistema U-Jet utiliza a tecnologia da cavitação com jato de água a 1.000 PSI de pressão, que alcança até as mais complexas passagens, galerias e pequenas ~ -"-cavidades ~J:> arrastando cavacos, fluídos de corte e outros contaminantes até 0,01 miligramas ou melhor.

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144 t t, 'f.11 Novembro/2007 ------

de em comparação com a eletro ­erosão (EDM, de electrical dis­

charge machining) na fabricação

de moldes. Existem fabricantes

que já fornecem os dois tipos de

máquinas e sugerem a aplicação desses processos de forma "com­plementar", e não "concorrente".

Nesse caso, as máquinas a

alta velocidade realizariam o desbaste da maior parte da peça,

enquanto os detalhes mais "fi­

nos" seriam executados por ele­troerosão. Esse procedimento

alia a vantagem da maior remo ­

ção de material em um tempo significativamente mais curto,

proporcionado pela alta veloci­

dade, antes do acabamento mais preciso da EDM.

A principal desvantagem é a

necessidade de dispor de duas máquinas, além das conseqüen­tes movimentações de peças, fixa­

ções e preparação das máquinas. Nessa área de atuação, a em­

presa suíça Agie Charmilles mos­

trou preocupação em baixar os

custos das máquinas, uma decor­rência da pressão dos competido­

res chineses. Prova disso foi o lan­çamento da máquina de eletroe­

rosão a fio modelo CUT 20, com

interface gráfica amigável, con­

ceito plug-and-play, baixos custos operacionais e alto desempenho. A máquina prioriza velocidade e

custo de aquisição, fornecendo um nível de precisão e acabamen­

to superficial padrão para as si­

tuações nas quais os custos de produção são mais críticos do que

a precisão extrema.

A CUT 20 é equipada comes­calas de vidro de precisão em to-

EMO~-----

Máquina de eletroerosão a fio modelo CUT 20

dos os eixos, permite fácil acesso à área de trabalho, preparação rápida e programação simplifica­

da e flexível. A sua operação é tão

simplificada que com apenas 2

horas de treinamento o operador

está apto a utilizar todas as fun­ções e capacidades. Os cursos X, Y e Z são de 350, 250 e 250 mm,

respectivamente, e trabalha com fios de 0, 15 a 0,30 mm. A mesa

tem 700 x 480 mm e suporta pe­ças de até 400 kg. O preço da máquina completa, no mercado,

europeu é de 80 mil euros. Na mesma linha de raciocínio,

a Sodick Europe (Reino Unido)

apresentou a nova "fonte de ener­gia Zero -wear" modelo SGF, para

Máquina de eletroerosão com "fonte de energia zero wear"

equipar as suas máquinas de ele­troerosão por penetração. Com esse sistema, a empresa promete taxa

de desgaste do eletrodo menor do

que 0,06% durante a operação. Com apenas um eletrodo, con­

forme a divulgação do produto, pode-se executar a usinagem com­pleta de uma peça, do desbaste ao

acabamento, reduzindo o custo de produção de eletrodos, o tempo de

preparação da máquina, avarias e

erros decorrentes de manuseio de grandes eletrodos. Também é pos­

sível substituir os caros eletrodos

de cobre. O sistema foi incorpora­

do à máquina de eletroerosão por penetração modelo AQ55L

Ferramentas

Maior vida As fabricantes Mori Seiki (de

máquinas) e Kennametal (EUA, de ferramentas de corte) desen­volveram uma pastilha redonda

para torneamento, a Spinning

Tool, que gira a uma velocidade

sincronizada com a rotação do eixo-árvore à medida que realiza

a usinagem. O giro contínuo da ferramenta faz com que a aresta

de corte não se sobreaqueça du­

rante o processo, mesmo a seco.

Pastilha redonda para torneamento Spinning Toai

146 4 1&'1 Novembro/2007 -----

Em comparação com as pasti­lhas convencionais para tornea -mento, de acordo com as empre­

sas, a Spinning Tool permite atin­gir velocidade de corte três vezes mais alta, eleva em até 20 vezes

a vida da ferramenta e favorece o aumento d.a produtividade em até cinco vezes. O sistema é adequa­do para materiais difíceis de usi­nar e ligas resistentes ao calor.

A Seco Tools (Suécia) apre­sentou a pastilha produzida com o revestimento Duratomic, cuja

Pastilha TP2500 com revestimento Duratomic

/\ EFIGON

I \

estrutura é controlada em nível atômico para melhorar proprieda­des mecânicas e, assim, aumen­

tar a vida e as possibilidades de uso de ferramentas. A pastilha TP2500 foi desenvolvida para combinar altos níveis de tenaci­dade e dureza, devido à estabili­dade estrutural dos materiais uti­lizados na sua fabricação inclu­indo aí o revestimento de óxido de alumínio (Al20 3), o que lhe confere boa resistência térmica e mecânica. Segundo a fabricante, pastilhas com esse revestimento podem ser utilizadas no tornea­mento de aço ISO P 15-30, aço inoxidável e ferro fundido .

A austríaca Boehlerit, do gru­po LMT, apresentou as pastilhas para torneamento Steeltec, que possuem uma camada nanoestru­turada de carbonitreto de titânio (TiCN) para promover a adesão entre o corpo de metal duro e o

/lustração de pastilha com a camada

nanoestruturada de TiCN

revestimento cerâmico, como mos­

tra a ilustração da figura acima. A camada de adesão, cha­

mada Nanolock, é aplicada por deposição química a vapor (CVD, de chemical vapour dep­

osition) em temperatura de 900

a 1.1 OOº C, formando cristalitos aciculares de 50 a 25 nm. De­vido à boa ligação resultante entre as diferentes camadas, li>

em testes realizados pela em­presa, uma pastilha que ope­

rou a uma velocidade de corte

de 300 m/min teve um aumen­to da vida de aproximadamen­

te 50%, em comparação com

pastilhas convencionais. A japonesa Kyocera apre ­

sentou as pastilhas cerâmicas da série Cell Fiber, destinadas

à usinagem de ligas com alta resistência térmica. Elas têm

alta resistência ao trincamento como resultado da sua estrutu­ra. Um componente fibroso in­

cluído no substrato do corpo converte-se em um material po­licristalino, com células agru-

padas em forma de cascas, de alta tenacidade.

Assim, eventuais microtrincas

não se propagam além das cas­cas, e previnem-se conseqüentes

fraturas de maiores dimensões.

Essa estrutura possibilita alcan­çar bom desempenho a altas tem­peraturas na usinagem de mate­

riais com dureza de até 50 HRC.

Corte mais eficiente A Fette (Alemanha), também

do grupo LMT. apresentou a fre ­sa de topo esférica Flatball, des­

tinada especialmente à usinagem a alta velocidade . As duas ares­

tas de corte periféricas da ferra-

Afiaçao e Fabrtcaçao de Ferramenta6 de corte para usinagem com qualidade assegurada pela ISO 9001:2000 fone: ( 55 11) 4458.2044 www.jedel.com.br

ur.r Novembro/2007t 147

Fresa de topo esférica Flatball

menta formam dois semicírculos arranjados de forma que o menor

círculo do diâmetro de corte é sempre de 2 mm. Quando a fresa gira, o círculo formado por essas

duas arestas apresenta uma geo­metria aparentemente plana, que alivia a tensão no centro da pon­

ta da ferramenta e reduz o seu

desgaste. Elas são fornecidas com diâmetro de 6 a 12 mm. ~

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148 t r. f Novembro/ 2007

EMO'------ --

Fresa caracol com duas entradas de corte

Na área de fabricação de en­grenagens, a Fette desenvolveu algumas ferramentas que, ao incorporar novos recursos, aiu­dam a aumentar a produtivida­de e a qualidade do processo. Um exemplo é uma fresa cara­col com duas entradas para cor­te de engrenagens. Compara­da com as versões anteriores, co.m apenas uma entrada, o

novo modelo, além de remover maior quantidade de material com a mesma rotação, obtém peças de melhor qualidade su­perficial, uma vez que deixa um número menor de marcas cau­

sadas pelo seu avanço, além de reduzir o tempo de ciclo .

A empresa também mos­trou uma fresa para corte de engrenagens involutas com canais internos para passa­gem de ar ou para processos

com mínima quantidade de lubrificação (MQL). A sua configuração possibilita res­friar as arestas de corte dire­

tamente na área de contato das pastilhas com a peça. O fluxo de ar ajuda a expulsar o cavaco, a obter baixo índice de aquecimento da ferramenta e a aumentar a sua vida.

Recursos eletrônicos Assim como as máquinas

tornam-se mais inteligentes, as ferramentas ganham uma cer­

ta autonomia e aumento de efi­ciência devido à integração de recursos eletrônicos. O cabeço­te laminador de rosca ES, por exemplo, desenvolvido pela Fette, foi construído com sis­tema de comunicação sem fio (bluetooth) para troca de dados com o comando da máquina.

Um sensor radial no inte­rior da ferramenta detecta se a peça a ser laminada está cor­retamente posicionada . Em caso positivo, a informação é passada para o comando da máquina, que aciona três la­

minadores para conformação da rosca. Depois, os sensores avaliam se o processo foi com­pletado e se a rosca atende aos

Fresa com canais internos para passagem de ar refrigerante

e

(

(

(

r

150 t '' Novembro/2007

Cabeçote para laminação de rosca

com comunicação sem fio

requisitos de qualidade. Somen­te após a verificação, a peça é

removida. O cabeçote possui uma bateria integrada de longa

duração para alimentação dos

sensores, dos acionadores e do dispositivo de comunicação.

A alemã Mapal apresentou, em conjunto com sua compatrio­

ta Aradex, fabricante de contro­

ladores e servomotores eletrôni­

cos, o sistema para fixação de ferramentas Clamp-by-Wire, de­

senvolvido por ambas. O recur­so alia dispositivos mecânicos e

controle eletrônico para fixação

de ferramentas em eixos-árvore . O sistema mecatrônico possi­

bilita ao comando da máquina

monitorar o aperto e a liberação da ferramenta, a precisão de fi­

xação da haste, eventuais desgas­

tes da haste e identifica possíveis sujeiras neste ponto. Também ve­

rifica desvios de tolerância do diâ-

.componentes padronizados para automação de usinagem .Rosqueadeiras automáticas elétricas

.Furadeiras eletro pneumáticas .Unidades de furação e

rosqueamento CNC

Módulo Tooltronic realiza interface de dados entre CNC e ferramenta

metro do cone e imprecisão das suas referências de fixação.

A Mapal mostrou ainda o módulo de transmissão de dados Tooltronic, que é instalado entre

o eixo-árvore de centros de usi­

nagem e a ferramenta . O dispo­sitivo é acionado por transmis­

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o CNC, que comanda movimen­tos adicionais da ferramenta. Ou seja, um eixo é adicionado ao

processo, interpolado com os ei­xos da máquina. Desse modo, é possível usinar geometrias com -plexas em furos (inclusive não­cilíndricos) e rebaixas.

Exemplos típicos de aplicação deste recurso são mandrilamento, torneamento de perfil para des­baste ou acabamento de peças, como juntas homocinéticas e se­des de válvulas, além de rasgos. Ele pode operar com ferramentas excêntricas ou que se movimen­tam em guias lineares. A com­panhia alemã Uraca, por exemplo,

utiliza um módulo Tooltronic para produção de carcaças de aço ino­xidável para bombas e válvulas.

Acessórios inteligentes A Hainbuch (Alemanha)

apresentou a placa TOPlus IQ, que possui sensores para detec­tar diferenças na força de fixa -ção de 1 kN em uma força ra­dial de fixação de 120 kN. A sua aplicação é adequada para usi­nagem a altas rotações de pe­ças com paredes finas. Embora a força de fixação radial nas

placas possa ser de fato calcu­lada por um mecanismo do sis­tema de fixação , a condição de

ft.11 Novembro/2007 t 151 ------

fixação em si e os efeitos da for­ça centrífuga não são conside- ~

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63 Grinding in Motion

152 u :, f Novembro/2007 ------

rados no cálculo. Estes dois fa­tores influenciam sobremanei­ra o resultado.

A placa TOPlus IQ determi­

na a situação real da fixação e define se a sua correção é ne ­

cessária. O sistema regula o au­mento ou a diminuição da força de fixação sem a necessidade de

soltar a peça. O sensor da pl?-ca mede o valor da força de fixa -ção e um transmissor sem fio co ­

munica o valor à estação de re­cepção do sinal ou a um com­putador, que, se necessário, faz

a análise e ordena a correção. O transmissor no corpo da pla -

ca gera a própria energia de ­

mandada pelo sistema com a ro ­tação da placa.

Desenvolvido e apresentado

pela suíça Tetras, o sistema óp­tico Sypoo é utilizado para faci­litar o posicionamento de ferra ­

mentas em tornos. Ele consiste no uso de uma câmera de vídeo

CCD encapsulada, instalada na

contra ponta. A imagem captura­da é enviada para um aparelho de monitoramento, pelo qual o

operador identifica a posição da

primeira ferramenta em função do ponto zero da máquina.

O Sypoo calcula as posições de acordo com a imagem captu­rada, e confronta esses valores

com a preparação do torno. Eventuais correções são envia­das para o CNC da máquina, que

altera os valores para os parâme­tros de processo relacionados com a posição da ferramenta.

O processo de identificação, de correção e de posiciona­mento das ferramentas com

EMO------Hannover

auxílio deste recurso é iterati­vo (após o ajuste da primeira

ferramenta, a rotina é replica­

da para as demais). Este dis ­

positivo evita eventuais impre­

cisões decorrentes de ajustes

feitos por presetters.

..

Anel para armazenamento

de dados de operação

Também com o objetivo de

melhorar o processo com a co -

leta e o processamento eletrôni­co de dados, a Dittel (Alema­nha) desenvolveu um dispositi­

vo em forma de anel para ser

instalado em rebolas de retifica­

ção e de dressagem. No anel são gravadas informações como

Caixa de engrenagens em corte .. .

geometria do rebolo, identifica­ção da máquina, rotação máxi­ma que o rebolo deve executar,

número de peças trabalhadas ,

distância de dressagem (dressing

distance) e tempo de vida da fer­

ramenta . Caso o rebolo não al­cance a sua distância total de dressagem antes de se desgas­

tar, os dados armazenados pos ­sibilitam determinar as causas da falha e tomar as medidas cor­

retivas apropriadas . O anel de armazenamento de dados é re­sistente à ação de líquido refri­

gerante e não se desgasta du­

rante a operação.

Velocidade máxima

A ZF Friedrichshafen (Ale ma -

nha) apresentou a nova geração de caixa de engrenagens para máquinas -ferramenta, o mode­lo ZF-Duoplan 2K 150, de duas velocidades. Nas caixas tradi­

cionais, em altas rotações o óleo

é aquecido até a temperatura de 70ºC, o que prejudica as suas propriedades básicas e caracte­

rísticas específicas. Esses fato ­

res e aumentam as vibrações e impedem que se tire o máximo

da máquina.

Operação a 18.000 rpm

Tempo (h) 1 2

--Temperatura da carcaça do motor (ºC) 1 --Temperatura da caixa d: e_ngrenagens (ºC)

.. . e gráfico temperatura versus tempo ~

154 • r• Novembro/2007 ------

EMO~~~~~~~

Com as novas caixas de velo­cidade, a rotação pode atingir até 20 .000 rpm sem o aquecimento

excessivo do óleo (a temperatura não passa de 37ºC) . Desse modo, tem -se níveis mais baixos de vi­bração, vida mais longa do con­junto como um todo e maiores tor­ques são atingíveis . A caixa apre­senta um nível de vibração abai­xo de 1 mm/s a 18.000 rpm. A fi­gura da página 152 mostra a foto da caixa em corte e o gráfico ao seu lado mostra o desenvolvi­mento da temperatura em função

do tempo na carcaça do motor e na caixa de engrenagens.

A italiana lemca mostrou o alimentador de barras de peque­no diâmetro (de 0,8 a 12,7 mm), modelo Elite 112, para tornos

com rotação do até 18.000 rpm. Segundo a fabricante, as versões anteriores desse tipo de equipa­mento operavam com máquinas

--~ Hannover ~

Sistema de avanço do alimentador de barras

de, no máximo, 8.000 rpm, o que era um problema no trabalho com peças pequenas.

Para operar a 18.000 rpm, o ali­mentador tem sistema de avanço

formado por canais fechados com seção circular, que sincronizam a inércia da barra com os movimen­tos realizados pela placa e pela tor­re porta-ferramentas do torno. As­

sim, é garantida a precisão de usi­nagem e os refugos de barras ge­rados são relativamente pequenos. As barras são alimentadas com um avanço de até 1.000 mm/s.

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Novos materiais

A empresa suíça Tapmatic apre­

sentou os cabeçotes para ros ­queamento Synchroflex, utili­zados em máquinas CNC, que possuem uma seção que se mo­vimenta radial e axialmente, para compensar a vibração da ferramenta nesses sentidos. O dispositivo evita, assim, discre­pâncias entre parâmetros de usinagem programados (rota­ção da ferramenta e avanço) e confere exatidão de passo da

rosca e na localização correta do furo.

Sistema de compensação de vibração axial e radial para cabeçote de rosqueamento ll>

Os cabeçotes são produzidos em uma liga especial que dispen­sa o uso de amortecedores plásti­cos, os quais normalmente se de­formam e deixam de cumprir sua função após um determinado tempo de uso. São fornecidos para a maioria dos padrões de cone de mercado, até HSK 100 A,

com altura de 51a159 mm e diâ­metro de 19 a 63 mm.

Preparação simplificada

Os tornos da série Speedline A,

fabricados pela lndex-Werke (Alemanha), têm abertura na

parte frontal para facilitar a pre-

Tornos com abertura frontal modelos A100 e A200

paração da máquina e a carga/ descarga de peças . Destinados à

usinagem em placa de peças com geometria simples ou de

média complexidade, esses tor­nos têm quatro dispositivos para fixação dos porta-ferramentas

um Novembro12oon 155 ------

instalados ao lado da placa, para se movimentar nos eixos X e Z.

O eixo-árvore tem rotação de 7.000, 6.000 ou 3.500 rpm, para operação com barras de 42, 65 ou 90 mm de diâmetro, respecti­vamente. A placa tem diâmetro de 130 ou 160 mm (95 ou 130 mm no caso de uso de eixo-árvore sincronizado). O curso do eixo X é de 62 ou 72 mm e do eixo Z, de 85 ou 120 mm (os primeiros va­lores são relativos ao modelo AlOO e os últimos, ao A200). Como opcional, as máquinas

podem ser equipadas com siste­ma automático para carga, des­carga ou troca de ferramentas. •