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Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Teoria e História da Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo III Professor: Eduardo Lucas Alunas: Anna Clara Lucena Bárbara Cataline Souza Heloísa Souza Ilane Julião Tamyris Santana Uma Nova Sociedade da Máquina

Uma Nova Sociedade Da Máquina

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Resumo sobre a revolução arquitetônica durante a sociedade da máquina, trazida com a revolução industrial.

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Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas FACISA

Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Teoria e Histria da Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo III

Professor: Eduardo Lucas

Alunas: Anna Clara Lucena Brbara Cataline Souza Helosa Souza

Ilane Julio

Tamyris Santana

Uma Nova Sociedade da MquinaOutubro de 2012

Uma Nova Sociedade Da Mquina O sculo XIX abria uma era de explorao e aplicao da modernidade. Neste perodo surgiram as mquinas. O seu crescente nmero modificou, de tal forma, os costumes da sociedade, que a partir de ento passaram a sofrer transformaes cada vez mais profundas.

H cem anos, passou em uma estrada de ferro a primeira locomotiva, introduzindo assim uma mudana de durao (tempo) nas relaes e nos transportes. As atividades humanas sofreram alteraes ao decorrer destas mutaes, elas estiveram equilibradas durantes milnios na base dos 4 km-hora. Mais a frente, com o surgimento das mquinas, essa base passou para 50 a 100 km-hora em veculos nas estradas planas e nos navios; de 300 a 500 km-hora nos avies; para o telegrafo, o telefone e o rdio a velocidade era sem medida. O processo de evoluo acarretou consequncias: uma intensa agitao tomou conta dos homens e de seus pensamentos, atingindo tambm as mercadorias e matrias-primas. Os limites do comando, como os de controle, foram desmedidamente ampliados, e as pessoas passaram a ter novas atitudes.

A imprensa, graas maquinaria aperfeioada, tornou-se um instrumento de transporte do pensamento para uso de todos os membros da sociedade, utilizando de ideias e imagens.

Por muito tempo o homem vivera apenas em um universo que inclua um raio de quinze a vinte quilmetros ao redor de sua moradia. Atravs da viso, de informaes e da leitura, todo o mundo lhe tornou acessvel. Este alargamento dos horizontes teve o resultado de intensificar a sede dos conhecimentos em geral.

O comrcio e a indstria desenvolveram-se num ritmo que ultrapassa todas as previses. Na pressa da improvisao, as indstrias se concentravam arbitrariamente, causando aglomeraes. A eletricidade fez com que as cidades parecessem adornar-se de atrativos que impulsionou o xodo dos campos, com a corrida para as cidades. O artesanato substitudo pela indstria; o arteso, pela mquina acompanhada por um operrio; a unidade da famlia se rompe, no mais apenas o pai que sai para trabalhar em busca de seu ganha-po. A ruptura do equilbrio tradicional das relaes humanas ilustrada por esta comprovao de real importncia: aquele que consome hoje no conhece quem produziu.

Realizada a Revoluo Arquitetnica

Durante o sculo XIX, foram criadas grandes escolas dedicadas s novas cincias e formao de engenheiros. Tudo sondado, a criatividade e a inveno so as grandes molas propulsoras da poca, e o resultado que o homem dessa era est submerso por tantas novidades.

No decorrer do ciclo centenrio da era da mquina, alguns acontecimentos construtivos foram decisivos para a revoluo arquitetnica.

Separao entre as funes portantes e as partes portadas; ossatura independente ( de ao ou concreto armado).

Fachada sem funo portante obrigatria.

Ossatura independente do imvel;

guas dos telhados substitudas por terraos de concreto armado.

Planta livre.

Esses acontecimentos foram as bases da revoluo arquitetnica proporcionada pelas tcnicas modernas. O avano das tcnicas ofereceu grandes vantagens aos arquitetos e urbanistas, chamados a resolver uma srie de problemas que surgiram exatamente em consequncia das invenes deste sculo.A revoluo arquitetnica oferece seus recursos urbanizao das cidades contemporneas. Como exemplo, pode-se citar os Estados Unidos, que em duas dcadas, aumentou a altura de seus edifcios de 100 para 300 metros. , o que resultou em uma tcnica nova, inteiramente de concreto e ao e mtodos de proteo contra incndios. No sculo XIX visto como o sculo do ferro constituiu-se um grande marco na arquitetura, pois a utilizao desse material na construo de algumas obras marcam at os dias atuais, como a Torre Eiffel em Londres, os Palcios das Exposies Universais em Paris, nos Estados Unidos e em Chicago surgiram os primeiros grande prdios de Sullivan e a criao de pontes audaciosas que se utilizavam desse mesmo material trazendo com ele um olhar para o futuro.

Por volta de 1900 o concreto armado nascia na Frana. No incio houveram reaes violentas na utilizao dessa nova tcnica, mas homens como Auguste Perret o instalaram definitivamente na arquitetura e em quarenta anos o concreto armada tornou-se uma tcnica de construo utilizada no mundo inteiro, como por exemplo em casas, edifcios, pontes, dentre inmeras outras construes. Outro material que tambm foi adotado pela arquitetura de habitao foi o ao, que era muito utilizado na residncia individual pr-fabricada.

Na segunda metade do sculo XIX a indstria se destacava fortemente onde as mquinas eram postas em patamar superior ao trabalho do homem substituindo este gradativamente, dando ensejo a uma desvalorizao e consequente degradao humana. Dada a urgncia de desenvolvimento tecnolgico, as cidades passam a valorizar mais o ambiente industrial do que a prpria moradia passando ela a segundo plano. Fruto dessa degradao humana nascem grandes revolues.

A arquitetura, amparada em toda a sua tcnica e disposio de materiais v-se, aps 1914, merc da esttica, cuja o fenmeno visual trazido pelas artes plsticas a completa. Onde o concreto armado, o ferro e o vidro encontram-se nas bases fundamentais da sua esttica. Surgiu assim com a arquitetura caractersticas especficas, que nasciam de acordo com o clima, com os costumes de determinada regio proporcionando assim a forma de cada lugar falar sua prpria linguagem.

A conquista da altura traz soluo de problemas essenciais colocados pela urbanizao das cidades modernas.

A mudana de ptica sofrida pela sociedade moderna tem suas origens em invenes tcnicas; os clculos de resistncia e o emprego do ao e do concreto armado.

O ao: responde aos problemas de resistncia e as necessidades de economia por meio dos ferros perfilados produzidos pela industria pesada j no sculo XIX, empregados sozinhos ou em combinao com o concreto armado, tcnica recente, a mais sutil e precisa, como tambm a mais econmica. O ao dominando todo o sculo XIX e servindo para construir palcios imensos e formas inesperadas e pontes.

O concreto armado: introduzido na pratica somente em 1900, de inicio concorrente do ao na construo de grandes naves ou de pontes, apodera-se pouco a pouco da casa dos homens e serve para construir os grandes imveis.

Nos ltimos tempos: os dois processos rivais parecem aproximar-se para resolver, com economia, os problemas novos da habitao: O concreto armado servindo para tomar contato com o solo por meio de uma fundao til, e atingindo a plataforma sobre o trreo que recebe a superestrutura dos andares, esqueleto leve e todo vazado onde o ao desempenha perfeitamente seu papel.

O ao e o concreto armado so especialmente indicados para a construo de ossaturas, de uma extrema leveza, inesperada, no habitual. De repente, a aspirao dos construtores luz encontra sua resposta inusitada , total, pois a fachada pode torna-se pano de vidro (100% envidraada).

Vidro: o vidro, hoje, triunfa no mundo inteiro, laminas impecavelmente lisas e transparentes cuja dimenso s limitada por um fato acidental: O gabarito dos tneis de estrada de ferro e das pontes sobre estrada.

No pice De Sua Glria Arquitetural1. A ossatura independente de ao ou de concreto armado; o primeiro trao do estilo de hoje ser a leveza.

2. O emprego do pano de vidro transparente ou translcido; um trao caracterstico ser luz e limpidez Crystal Palace de Londres ou pequenas casas no campo e imveis de aluguel ou de escritrios de um futuro prximo.

3. Os clculos exatos de resistncia do ao e do concreto armado valorizam a economia, na sua acepo elevada.

4. As novas plantas, assegurando boa circulao e distribuio sadia; a classificao e a ordem, fazendo do conjunto do edifcio uma verdadeira biologia (ossatura sustentadora, espaos ventilados e iluminados, alimentao, por canalizaes, com "utilidades" abundantes gua, gs, eletricidade, telefone, sadas, calefao, ventilao, etc.), do a sensao da eficincia.

5. A presena sinfnica, harmoniosa e funcional,de tantas condies novas introduzidas na construo confere obra um incontestvel carter de conciso e de exatido.

6. O retilneo decorre dos meios postos em jogo. O ngulo reto domina as necessidades a satisfazer: criar, para habitar e para trabalhar;quartos ou locais quadrados; e a tcnica do concreto armado atende a elas espontaneamente (pilares e pilaretes; vigas e vigotas; abbadas, alvenaria, etc.); depois o abandono das "msulas", conseguindo, nos incios do concreto armado, o engastamento do pilar e das vigas; a altitude ortogonal do ponto de concreto tornou-se evidente na pureza e no retilneo.

7. Os hbitos visuais so renovados: os embasamentos espessos de pedra, outrora necessrios, so radicalmente abandonados; as fortes pilastras de pedra ou de alvenaria; as paredes cuja espessura era ditada pela sua funo portante; todos esses fatores primordiais da sensao plstica e detentores de uma qualidade de emoo especfica so ultrapassados, hoje, pelos pilares de concreto ou ferro, esbeltos e raros. No instante de seu aparecimento, acreditou-se que eles nunca poderiam dar a sensao de portar e tranquilizar, suficientemente, o espectador [...] Passaram-se os anos e veio o hbito; a sua elegncia apareceu-nos elemento essencial do estilo atual.

8. O teto-terrao, com escoamento das guas para o interior, a cobertura normal, impermevel e sem risco, principalmente se nela plantarmos um jardim que colocar o concreto e seus ferros aoabrigo dos efeitos to perigosos da dilatao.Teto plano e terrao-jardim, escoamento das guas para o interior; eis uma das inovaes mais perturbadoras da esttica tradicional. Acontecimento de ordem tcnica, por conseguinte de valor universal, que se impe como o fez a abbada ogival gtica, que no conheceu fronteiras na Idade Mdia.Contudo, uma reforma ainda mais perturbadora atinge os hbitos j estabelecidos: a cornija, viva e til durante tanto tempo, corolrio pomposo do telhado inclinado, cai em desuso. Trata-se, com efeito, de escoar as guas do teto para o interior e no mais para o exterior. Quanto proteo trmica na fachada do pano de vidro eventual, um organismo vivo a isto atender: o brisesoleil ser, ao mesmo tempo, brise-pluie.Dispositivo que constitui para o usurio um complemento de satisfao muito aprecivel.

9. Desde ento, pode comear uma nova distribuio dos materiais tradicionais. Se, no caso da pequena casa individual, cuja execuo ser da competncia de artesos regionais; os hbitos e, consequentemente, a atitude tradicional puderem, eventualmente, subsistir, a questo ser bem outra quando se tratar de grandes volumes construdos.

Esta a arquitetura transformada posta hoje a servio do urbanismo. Este, pela natureza de seus programas, agir consideravelmente sobre o volume, a disposio, a distribuio das vrias construes, constituindo verdadeiramente o equipamento eficaz das cidades ou das aglomeraes rurais.

As conquistas do urbanismo conferiro uma aparncia nova aos edifcios para moradia completados por seus prolongamentos, aos centros de negcios ou a uma parte dos locais de trabalho. As circulaes mecnicas verticais, cuja tecnicidade impecvel adquirida nos lugares onde domina uma organizao suficiente, garantiro a explorao perfeita dos imveis, desencadeando, assim, um jogo de consequncias, dentre as quais as mais importantes sero: a independncia recproca dos volumes construdos e das vias de comunicao.

Atlas das aplicaes das novas teses da arquitetura e do urbanismo.

Na concluso do texto, explica-se a importncia de teses, congressos no meio da Arquitetura e Urbanismo. O mesmo cita alguns temas como: Um solo, de cidade, transformado em domnio publico e prestando-se a instalao de dispositivos comunitrios teis a todos os habitantes, por Tony Garnier, outro tema que se destaca so as primeiras construes de concreto armado detentoras de uma nova esttica, por August Perret, tambm aparece a Revista internacional Lespirit Nouveau, que apresenta de modo especial os problemas de arquitetura despertando o interesse que se espalha por todos os pases. Significalvelmente, essas teses so materializadas pelo estudo de Le Corbusier, com o nome de UNE VILLE CONTEMPORAINE DE 3 MILLIONS DHABITANTS, onde Le Corbusier destaca os princpios fundamentais do plano da cidade moderna, tais como: o descongestionamento dos centros urbanos, aumento da densidade, aumento da circulao significativa e aumento da rea plantada. A partir disso, surge em 1928 os C.I.A.M ( Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) onde temas urbansticos e solues arquitetnicas eram reunidos para responder as grandes questes colocadas pela poca sobre o terreno construdo. A vontade de evoluir surgiu em todos os lugares do mundo, fazendo com que no s o desenvolvimento irresistvel do concreto armado, a construo do automvel, do avio, do transatlntico ressurgissem, mas tambm a vontade de modernizar a Arquitetura e o Urbanismo.Nenhum Pas deixou de ser atingido por essa renovao, nascida no curso do primeiro ciclo da era da mquina, esta arquitetura e este Urbanismo, difundidos no mundo inteiro, possuem traos comuns. Bastaro alguns anos de desenvolvimento para que as caractersticas locais, impostas pelo clima e pelas tradies, surjam naturalmente no movimento moderno.

Bibliografiahttp://arquitetura.weebly.com/uploads/3/0/2/6/3026071/tex04_uma_nova_sociedade_da_mquina.pdf

http://utopies.skynetblogs.be/archive/2008/12/12/le-corbusier-une-ville-contemporaine.html