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UMA PROPOSTA DE POLÍTICAS E DIRETRIZES PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NAS COMUNIDADES CARENTES DO RIO Eduardo Linhares Qualharini, Siclinda Omelczuk (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Resumo: Este artigo propõe diretrizesna política social de iluminação pública para as comunidades carentes no Rio deJaneiro, pois no presente momento existem oportunidades de promoveracessibilidade lumínica, com segurança as moradias, bem como de viabilizar ouso noturno das áreas de lazer. A proposta tem foco em promover aeficientização no consumo de energia elétrica, otimizando a vivência nascomunidades carentes. O estudo de campo, em realização desde 2013, temparticipação ativa dos moradores, de empresa privada (especializada no uso deLED), da empresa municipal de iluminação pública (RIOLUZ) e de uma instituiçãode pesquisa oficial de ensino, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),visando oferecer um novo modelo de gestão na iluminação pública paracomunidades carentes. Palavras-chaves: iluminação pública; eficientização por LED; comunidades carentes. ISSN 1984-9354

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UMA PROPOSTA DE POLÍTICAS E DIRETRIZES PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NAS COMUNIDADES CARENTES DO RIO

Eduardo Linhares Qualharini, Siclinda Omelczuk

(Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo: Este artigo propõe diretrizesna política social de iluminação pública para as comunidades carentes no Rio deJaneiro, pois no presente momento existem oportunidades de promoveracessibilidade lumínica, com segurança as moradias, bem como de viabilizar ouso noturno das áreas de lazer. A proposta tem foco em promover aeficientização no consumo de energia elétrica, otimizando a vivência nascomunidades carentes. O estudo de campo, em realização desde 2013, temparticipação ativa dos moradores, de empresa privada (especializada no uso deLED), da empresa municipal de iluminação pública (RIOLUZ) e de uma instituiçãode pesquisa oficial de ensino, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),visando oferecer um novo modelo de gestão na iluminação pública paracomunidades carentes.

Palavras-chaves: iluminação pública; eficientização por LED; comunidades carentes.

ISSN 1984-9354

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SINOPSE DOS CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS NA PESQUISA:

Iluminação pública (IP): nesta pesquisa é a integração do espaço urbano através da iluminação,

visando atender a sinalética, segurança e ambiência na circulação metropolitana.

Fluxo Luminoso (lm): é a quantidade de Energia produzida por uma fonte luminosa.

Intensidade Luminosa (cd): é o valor de energia radiante emitida por uma fonte luminosa

correspondendo a 1/60 da intensidade luminosa por um centímetro quadrado da superfície de um

corpo.

Iluminância (lux=lm/m2): é o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície situada a uma

certa distância da fonte.

Luminância (cd/m2): é a intensidade luminosa refletida ou produzida por uma superfície

aparente.

Índice de Reprodução de Cor (IRC): é a qualidade com que as cores são reproduzidas por uma

fonte de luz.

Potência (W): é a quantidade de energia consumida na unidade de tempo.

Temperatura de cor: é a aparência (tonalidade) de cor emitida por uma fonte de luz, medida em

Kelvin (K); quanto maior for a temperatura de cor mais clara será a tonalidade da luz,

ILUMINAÇÃO (2001).

1 - SITUAÇÃO PROBLEMA

Segundo LEITE, (2012), o Desenvolvimento Sustentável será o maior desafio deste século,

pois em um planeta cada vez mais urbano, focar na pauta das cidades é fundamental, uma vez que

dois terços do consumo mundial de energia advêm das cidades, 75% dos resíduos são gerados nos

meios urbanos onde existe um consumo exagerado de água potável. Temos então, desafios e

oportunidades para atuar na matriz de desenvolvimento das cidades, tornando-as mais

sustentáveis, reinventadas nos seus pilares econômico, ambiental e social.

Esse cenário não poderia ser diferente em uma cidade ícone do mundo como o Rio de

Janeiro, onde as belezas naturais contrastam com os problemas de infraestrutura urbana,

habitacionais e de segurança. De forma mais enfática, estes problemas aumentam para as pessoas

que moram nas comunidades carentes, onde a precariedade e a falta de políticas públicas

adequadas são críticas. Esta situação se agrava quando se comprova a distribuição desigual de

renda, pelo Censo IBGE de 2010, revelando que a cidade do Rio de Janeiro tem o maior número

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de comunidades carentes do país, com mais de 1.400.000 de pessoas nesta condição. Assim, para

enfrentar os graves problemas advindos desta situação, a Administração Municipal do Rio de

Janeiro, a partir do ano de 1993, buscou ampliar a acessibilidade urbana para os seus habitantes,

criando em 1994 a Secretaria Municipal de Habitação (SMH), onde foram concebidos

significativos projetos na área de desenho urbano e infraestrutura, como exemplo - o “Favela-

Bairro”. Este programa contemplou 88 favelas com construções de novas moradias e aliados a

programas complementares de políticas sociais, reflorestamento, educação sanitária e ambiental.

Por tal, desde julho de 2010, a Prefeitura do Rio, através da SMH, vem trabalhando no

programa “Morar Carioca”, com o objetivo de promover a inclusão, através da integração social e

urbana, em uma forma mais digna e civilizada no uso dos equipamentos urbanos. A intenção é de

integrar todas as comunidades carentes do Rio até o ano 2020, usando a proposta do êxito no

projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP, na área de segurança pública) e da

implantação pelo fornecimento de serviços básicos, adequados as comunidades carentes, sendo

um destes serviços fundamentais a iluminação pública que proverá o acesso seguro aos moradores

nas áreas de circulação e lazer.

O IBGE indica no censo de 2010, 763 comunidades carentes na cidade do Rio de Janeiro,

mas o número de pontos de IP instalados corresponde a apenas 15% do total de pontos de luz da

cidade. Segundo a RIOLUZ (2013) a IP na cidade é realizada com lâmpadas de descarga, sendo

que a potência de lâmpada mais utilizada em 80% das comunidades carentes é de 70W em vapor

de sódio (VS) entretanto a potência de lâmpada de instalada (70W), acarreta em várias situações,

um excesso de luminosidade e maior gasto de energia, muitas vezes desnecessário, provocando

desperdício e ineficiência energética. Este fato se deve as peculiaridades topográficas dos locais

onde estas comunidades estão instaladas no Rio de Janeiro, na sua grande maioria em morros e

encostas, com inúmeras travessas, becos e vielas bastante estreitas. Em contrapartida, devido a

grandes distâncias entre os postes com iluminação, inúmeras escadarias e áreas de acesso às

moradias acabam ficando com áreas de sombra, e por vezes completamente escuras.

2 - OBJETIVO

Oferecer políticas e diretrizes para iluminação pública em comunidades carentes da cidade

do Rio de Janeiro, buscando a eficientização energética, baseada na sustentabilidade e preservação

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do meio ambiente, permitindo maior acessibilidade e segurança aos seus moradores. Também, há

como objetivo secundário propiciar uma proposta, a ser no futuro equalizada, com a participação

da sociedade, para a situação problema descrita.

3 - METODOLOGIA

A metodologia adotada consistiu em pesquisa bibliográfica apresentando as características

atuais no campo da iluminação pública, com o uso de lâmpadas de descarga versus a nova

tecnologia LED.

Também, foram realizados brainstormings com os envolvidos no processo de formulação de

diretrizes para IP nas comunidades, a saber: representante da comunidade, representante do

fabricante de equipamento de LED - (Light Emitting Diode), representantes de órgão público

municipal responsável pela IP na cidade do Rio de Janeiro (RIOLUZ) e representante de

instituição de pesquisa oficial de ensino (UFRJ).

A partir da comunidade Tavares Bastos (no município do RJ), selecionada para este estudo,

foi realizada uma enquete por formulários, com a finalidade de obter opinião de seus moradores

no que se refere a IP existente e estruturada uma cartilha orientativa sobre IP, a ser divulgada para

seus moradores.

Foi efetuado levantamento de campo com visitas e medições de campo, com uma análise

realística da situação de IP na comunidade em questão.

Por fim, com proposta de uso de tecnologia LED de baixa potência houve a comparação de

resultados com a IP existente em VS, reconhecendo as peculiaridades físicas da maioria das

comunidades carentes do Rio de Janeiro, para a proposição indicada nesta pesquisa.

3 - 1 A ILUMINAÇÃO PÚBLICA NO RIO DE JANEIRO

A definição de Iluminação Pública adotada no presente pela resolução da Agência Nacional

de Energia Elétrica (Aneel n.º414/2010), diz que: “trata-se de um serviço público que tem por

objetivo exclusivo prover de claridade os logradouros públicos, de forma periódica, contínua ou

eventual”.

O Rio de Janeiro, quanto a iluminação pública, é o segundo maior parque luminotécnico do

Brasil, (a cidade de S. Paulo é o maior parque luminotécnico). Este dado coloca a cidade como

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parte relevante do total de 15 milhões de pontos de iluminação existentes no país, pois 9,5 milhões

necessitam de renovação e 3 milhões de reposição. A demanda nestes milhões de pontos de luz

tem características críticas, pois corresponde a aproximadamente 4,5% da demanda nacional e a

3% do consumo total de energia elétrica (no horário de ponta do sistema elétrico - das 9h às 21h),

(PROCEL/ELETROBRAS 2008). Deve-se realçar que a responsabilidade por implantar e manter

os atuais 424.000 pontos de luz da cidade é da Prefeitura, mais especificamente da Secretaria de

Conservação e Meio Ambiente, através da Companhia Municipal de Energia e Iluminação

Pública, denominada de RIOLUZ.

A seguir é apresentado o Gráfico 1, baseado no Relatório Anual de IP do Rio de Janeiro,

onde pode-se observar que as lâmpadas de descarga são predominantes na cidade, sendo os dois

maiores percentuais 68% com lâmpadas de vapor de sódio e 28% com lâmpadas de mercúrio

(RIOLUZ,2013).

Gráfico 1 - Percentual de tipos de lâmpadas na IP

Fonte: Adaptado de RIOLUZ, 2013.

Se o Rio de Janeiro está em segundo lugar com o número de pontos de luz instalados no

país, no comparativo entre todas as cidades brasileiras, que apresentam habitantes vivendo em

comunidades carentes, a cidade está em primeiro lugar. Quase 23% das pessoas moram em

comunidades carentes, com um incremento populacional entre os anos de 2000 e 2010 de 27%,

bastante acima do crescimento nas outras áreas da cidade, de apenas 7%, conforme o Censo de

2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora se tenha crescimento diferenciado nas comunidades carentes e com características

bastante peculiares, como becos e vielas bastante estreitos (muitos acessos não chegam a um

metro de largura), não existe uma política específica de IP, sendo as lâmpadas de descarga as mais

utilizadas nestas áreas (RIOLUZ, 2013) e a de 70W VS a de menor potência utilizada em IP. Por

68%

23%

7% 2%

vapor de sódiovapor de mercúrio

multivapor metálico

mistas, outras

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tal, esta configuração se apresenta com grande potencial para alteração no modelo de iluminação

pública vigente.

Alia-se ao já indicado outras desvantagens das VS e VM, (vapor de sódio e de mercúrio),

utilizadas na IP tais como: alto consumo de energia elétrica, elevado custo de manutenção versus a

vida útil das lâmpadas, difícil descarte devido a utilização de substâncias tóxicas na sua

fabricação, que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, emissão de raios ultravioleta –

atraindo insetos e contribuindo para a degradação das luminárias.

Face ao exposto, no contexto da IP, apresenta-se a nova tecnologia de LED, conhecida

como Light Emitting Diode ou Diodo Emissor de Luz, já alcançou características técnicas e de

sustentabilidade que a capacitam para substituir com vantagens as atuais lâmpadas de descarga

utilizadas na iluminação pública. Alguns estudos, inclusive, já passam a referenciá-la como “O

novo paradigma da Iluminação Pública” (SALES, 2011).

Assim, a escolha de luminárias com LED para iluminar as comunidades carentes encontra

respaldo nesta mais recente tecnologia, uma vez que esta não utiliza substâncias tóxicas, como o

chumbo e o mercúrio em seu processo de fabricação. Além disso, a demanda de energia para

iluminação pública nas comunidades carentes é na sua maior parte de baixa potência, o que é fácil

de obter com LED, atendendo ao protocolo internacional RHOS (Restriction of Certain

Hazardous Substances), e não representando riscos à saúde humana e ao meio ambiente, pois não

emite radiação ultravioleta, evitando desta forma a atração de insetos à luminária e sua possível

degradação.

Outros benefícios do LED é a longa vida útil, estimada a partir de 50.000 horas, possuindo

alto índice de reprodução de cor (IRC), emitindo fluxo luminoso em luz branca, o que pode ser

dirigido às áreas que se deseja iluminar, reduzindo o desperdício, e também a contaminação

luminosa dos ambientes e seus arredores (CREA – RN, 2013). A temperatura de cor é outro fator

relevante, uma vez que seu alto valor (4000 k) quando comparado a uma lâmpada de sódio (1900

k) significa que sua tonalidade é bem clara, o que significa uma luz mais estimulante para o ser

humano. Também, a vida mediana do LED, tem quantitativo de horas por vezes maior que 50%

que as lâmpadas de descarga, gerando uma redução do custo de manutenção.

Corroborando para a utilização de tecnologia LED, vários estudos entre eles o de

NOVICKI, J.M; MARTINEZ, R, (2008) comprovam através de ensaios luminotécnicos que uma

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luminária com lâmpada 70W VS pode ser substituída, com vantagens, por uma LED de 48W.

Assim, esta eficiência energética se configura como relevante no contexto atual, em que o

fantasma do racionamento de energia volta a atormentar a sociedade, e segundo PINTO (2014), o

estado do sistema de fornecimento de energia no Brasil é reconhecidamente crítico e a persistência

da secas ao longo do verão poderá nos levar a um déficit real de energia.

Além dos benefícios da eficiência energética observe-se o exemplo do Parque Ibirapuera em

São Paulo, cuja visitação noturna aumentou em 30% depois da substituição de sua iluminação por

LED. (Fórum Global Compacto de Sustentabilidade, na RIO +20).

Neste sentido, a Prefeitura do Rio e a RIOLUZ vem de forma ainda pontual, avaliando e

instalando luminárias à LED em alguns pontos da cidade e iniciativas no sentido de mudança no

sistema de iluminação pública da cidade já podem ser vistas na iluminação da Lagoa Rodrigo de

Freitas, do monumento ao Cristo Redentor, no Parque de Madureira, e nos Arcos da Lapa no

centro da cidade (Portal da Prefeitura do Rio de Janeiro, 2013).

3-2 - BRAINSTORMING COM OS STAKEHOLDERS (envolvidos)

Foram identificados os colaboradores, públicos e privados responsáveis pelo processo de

definição, criação e implementação de diretrizes voltadas à IP no município do Rio de Janeiro.

1ª atividade: Abertura formal de um processo administrativo na Comissão Municipal de

Energia e Iluminação Pública (RIOLUZ), onde foi selada uma parceria de colaboração entre este

órgão e a representante da Instituição de Pesquisa oficial de ensino (UFRJ).

2ª atividade: Várias reuniões ocorreram com técnicos da Prefeitura da cidade do Rio de

Janeiro, Secretaria Municipal de Urbanismo (SMH), RIOLUZ, o representante do fabricante de

materiais para iluminação pública (SCHERÉDER), representante da comunidade e da UFRJ.

Como proposição foi identificada oportunidade de alteração do modelo de gestão de IP nas

comunidades carentes visto que apesar de sua importância na sociedade, não há uma política

específica, e esta não foi contemplada no Plano Diretor vigente para IP da cidade, que data de

1993.

3ª atividade: Adoção de estratégia de definir uma comunidade que fosse modelo

representativo da maioria das comunidades carentes existentes na cidade do Rio de Janeiro, a nível

de IP, para efetuar estudos pertinentes com o uso de tecnologia LED. Para tal, foram estabelecidas

algumas condições mínimas que deveriam existir na comunidade adotada para o estudo de campo:

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a- relativa condição de segurança pública;

b- acesso a serviços básicos como saneamento, coleta de lixo, abastecimento de água potável.

Estas premissas, não garantem, mas possibilitam que a execução do estudo e um possível projeto

piloto no local para IP, tenha mais probabilidade de sucesso.

Chegou-se ao consenso sobre a escolha da Comunidade Tavares Bastos no Catete, zona sul

do Rio, por ser pequena, segura, e com as condições mínimas desejadas, já atendidas. Foi

agendada e efetivada uma visita ao local com os representantes da RIOLUZ, SCHERÉDER, UFRJ

e da comunidade, para reconhecimento da área e confirmação quanto a escolha desta para o

estudo.

4ª atividade: Para conhecer melhor as necessidades dos moradores da área escolhida, e se

propor alternativas otimizadas para a IP, se optou pela aplicação de uma enquete com

questionários sobre o assunto.

3 – 3 PESQUISA DE OPINIÃO

A realização deste trabalho teve o apoio e as presenças dos representantes da comunidade e

da UFRJ. Foram tabuladas 20 entrevistas, sendo que esta leitura foi realizada observando-se o uso

de um questionário por moradia/família, tendo sido realizada nos dias 13 e 14 de abril de 2013. A

análise das respostas indica a real necessidade de se melhorar e atender áreas da comunidade, que

se encontra com IP ineficiente ou inoperante. A seguir são apresentados os dados obtidos com a

aplicação do questionário:

QUESTÕES APLICADAS Sim % Não %

1- A rua onde você mora possui Iluminação Pública (IP)? 60 40

2- Você considera importante ter IP na sua rua? 100 0

3- Você considera que a IP contribui para a sua segurança pessoal?

94 0,6

4- Você considera que a IP na sua comunidade necessita de melhorias?

100 0

5- Existem muitos atos de vandalismo e roubos de equipamentos de IP na sua comunidade?

13 87

6- Você considera importante a comunidade ter um novo projeto de IP à LED para as suas ruas e praças? (*1)

100 0

7- Você gostaria de receber ações de educação ambiental em IP visando a preservação do meio ambiente na sua comunidade?

100 0

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8- Você tem acesso à internet? 80 20

9- Existe outro serviço básico que você considere que precisaria ser melhorado na sua comunidade? Qual ? (*2)

100 0

Fonte: os autores

Comentários sobre a aplicação do questionário:

Foi verificado que na questão 6, a maioria dos entrevistados não tinha conhecimento da

diferença entre uma lâmpada de descarga e um equipamento com LED. Foi, então, apresentado o

modelo SKIDO que possui tecnologia LED, fornecido pela fabricante SCHERÉDER, indicando-se

quais as vantagens advindas desta nova tecnologia.

Na questão 9, foram citados por todos os entrevistados os serviços de saneamento básico, o

fornecimento de água e o da coleta de lixo.

- O abastecimento de água segundo os moradores apresenta interrupções, até por vários dias,

bem como existem vários vazamentos de esgotos, que provocam mau cheiro e odor na

comunidade.

- Os serviços de recolhimento de lixo foram considerados bons, exceto pelo número

inadequado de repositórios para armazenamento de lixo até a sua retirada. Estes se encontram ao

lado da praça principal, gerando mau cheiro e atraindo insetos no local, onde se reúnem várias

crianças, por ser área de lazer.

Considerando as respostas a questão 7, com o percentual de 100% a favor de receber

orientações e dicas de educação ambiental em IP, e ainda visando a preservação e acessibilidade

do meio urbano da comunidade carente, propõe-se: - a criação de colaboradores, na comunidade,

intitulados “Guardiões da iluminação pública”, estas pessoas devem receber noções sobre

sustentabilidade e a expectativa é de que sejam atores multiplicadores de uma mudança de cultura

local, ajudando na inclusão social, e aprendendo a proteger o meio ambiente em que estão

inseridos.

Apresenta-se a seguir, um modelo de cartilha sobre a iluminação pública com o objetivo de

divulgar entre os moradores da comunidade as vantagens com o uso da nova tecnologia LED na

iluminação pública, além de orientá-los no sentido de preservar os equipamentos. Esta cartilha

possui ainda a função de conscientizar os moradores destas áreas sobre a preservação do meio

ambiente uma vez que este modelo de iluminação proposto além da eficiência energética obtida,

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colabora com a preservação do meio ambiente uma vez que não utiliza substâncias tóxicas na sua

composição.

Proposição modelo dos tópicos da Cartilha

Cartilha sobre Iluminação Pública

O que é Iluminação pública?

- A Iluminação Pública (IP) é o serviço que produz luz artificial no período noturno em áreas públicas, no Rio de Janeiro. Este serviço é prestado pela Prefeitura da Cidade, através da RIOLUZ.

Para que serve a IP?

- Para dar segurança à população e facilitar a locomoção das pessoas, podendo evitar acidentes, além de propiciar divertimento em áreas de lazer.

A nova IP com tecnologia LED

- Apresenta um menor gasto de energia, não utiliza substâncias tóxicas e dura até 12 anos se for bem cuidada, tendo uma iluminação branca mais forte que a tradicional.

O que minha comunidade ganha com isso?

- Mais segurança – (A comunidade fica mais clara e iluminada);

- Ajuda na preservação do meio ambiente e indica uma sensação de bem – estar.

- Valoriza o bairro – (A comunidade fica mais bonita)

Criação de colaboradores –“Guardiões da Iluminação Pública” com no mínimo duas pessoas.

Funções:

- Comunicar possíveis vandalismos às luminárias e informar as áreas que necessitam de mais iluminação, além de desejos, reclamações e sugestões dos moradores, quanto à nova IP.

Como eu posso ajudar?

Não permitir que as pessoas estraguem os equipamentos de iluminação, informando ao Guardião quando ocorrem defeitos ou vandalismos.

Fonte: os autores

3 - 4 LEVANTAMENTO DE DADOS NA COMUNIDADE

As visitas e levantamento de dados na comunidade Tavares Bastos contaram com o apoio

institucional de técnicos da RIOLUZ, representante da comunidade, da Instituição de pesquisa da

UFRJ e de representante de fabricante de equipamentos LED, (empresa: SCHERÉDER).

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AÇÕES:

- Juntamente com plantas aerofotogramétricas e da LIGHT (concessionária de energia

elétrica) e munidos de um aparelho de medição da intensidade luminosa (luxímetro), foram

selecionadas duas áreas para um diagnóstico da IP atual.

Figura 1: Planta aerofotogramétrica da comunidade Tavares Bastos, Rio de Janeiro, Brasil.

Fonte: (RIOLUZ, 2013)

As medições na área de “diagnóstico 1” procurou identificar o nível de iluminamento médio

(Emed) obtido com as medições feitas na praça de acesso à comunidade, observando a norma da

NBR 5101, que utiliza os dados de nove posições de uma malha de pontos equidistantes seguindo

a fórmula:

Emed = P1+P3+P7+P9 + P2+P4+P6+P8 + P5

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1º resultado: O Emed de 24,9 lux encontrado para a Praça Cruzeiro do Sul (Comunidade

Tavares Bastos) detecta um nível adequado para a praça, atendida atualmente com lâmpadas

multivapor metálico (MVM) 150W.

2º resultado: Medições efetuadas na rua Cruzeiro, (acesso principal da comunidade), com

apenas 3 pontos distantes 4 metros(m) entre si, p1=13 lux, p2=28 lux e p3=2,4 lux, indicou-se

uniformidade comprometida com o valor de p3=2,4 lux, que é quase nulo.

3º resultado: Medições (na área de diagnóstico 2) feitas na rua Tavares Bastos, que circunda

50% da comunidade, com largura máxima de 1m. Nesta ruela e nas vielas adjacentes o tipo de

luminária instalada é apresentada na figura 2 e utiliza lâmpada VS 70 W em postes distantes cerca

de 20 m entre si. Em algumas vielas existentes a largura não ultrapassa 1m, não existindo postes

nem IP instalados. Nestes casos permanece a total escuridão ou os moradores utilizam algum tipo

de iluminação de apoio para acessar suas moradias.

A seguir indica-se os dois tipos de luminárias, mais utilizadas na comunidade Tavares

Bastos.

Figura 2: LRJ10 lâmpada VS 70W Figura 3: LRJ35 lâmpada MVM 150W

Fonte: RIOLUZ Fonte: RIOLUZ

3-5 PROPOSIÇÃO DE UM NOVO MODELO DE ILUMINAÇÃO

PÚBLICA

A partir das informações obtidas no levantamento da comunidade Tavares Bastos, a

empresa SCHERÉDER (fabricante do equipamento de LED) apresentou um estudo fotométrico

para atender as vielas com menos de um metro de largura, considerando os índices baseados na

NBR 5101, com Emed mínimo de 5 lux e uniformidade para 20 lux. Foi, assim, indicada a

luminária SKIDO com 6 pontos de LED. Para substituir as luminárias LRJ10 com VS 70W foram

apresentados dois estudos que indicaram as luminárias Nano LED com 24 pontos de LED ou a

BRIKA também com 24 LED que possui maior tempo de vida útil.

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A seguir, apresenta-se uma tabela comparativa com os dados técnicos do fabricante de

luminária com LED, que tem como referência a sua utilização em comunidades carentes da Índia,

com excelentes resultados. Neste caso, apresenta-se uma comparação com os dados das luminárias

com lâmpadas a vapor de sódio-70W, uma das mais utilizadas nas comunidades carentes do Rio

de Janeiro (RIOLUZ, 2013).

Tabela 1 – Dados técnicos do fabricante

Dados técnicos Luminária

SKIDO

6 LEDS

Luminária

BRIKA

24 LEDS

Luminária

Nano LED 2

24 LEDS

Lum. LRJ35

VS 70 w (14 w

do reator)

Potência (w) 15 42 41 84

Fluxo luminoso (lm) 1.300 4.300 4.100 3.500

Vida mediana (h) 50.000 50.000 65.000 24.000

Temperatura de cor(k) 4.000 4.000 4.000 1.900

Fonte: SCHERÉDER e RIOLUZ, 2013 (adaptada).

Pelos dados da tabela 1 pode-se verificar que há inúmeras vantagens no uso da tecnologia

LED, como a grande diminuição de potência, se comparando com a lâmpada mais utilizada nas

comunidades carentes de 70 W, indicando uma redução entre 40 e 60%, e ainda um fluxo luminoso

quase idêntico ou um pouco maior, como no caso das luminárias BRIKA (24 LED) e Nano LED2.

Visando atender as vielas e becos que possuem menos de 1m de largura, com escadarias e

vários ângulos, foi recomendado o uso da luminária SKIDO de 15W, devendo ser instalada em

altura que varia de 3,5 a 4 m, conforme recomendação do fabricante e fixada diretamente na

alvenaria das moradias.

As proposições apresentadas existem com frequência nas comunidades carentes do Rio de

Janeiro, e é importante que se tenha a disposição luminárias de baixa potência, com o uso do LED

se priorizando uma uniformidade e otimizando a futura reposição e manutenção na elaboração de

um projeto de IP, para as comunidades carentes.

Para tal, apresentam-se fotos dos três modelos selecionados para os testes na comunidade

Tavares Bastos e aceitas pelas partes interessadas, sendo a previsão para que sejam instaladas no

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mês corrente (abril / 2014), nove destas luminárias, cedidas pela empresa participante, em ruas e

vielas da comunidade. A maioria dos pontos selecionados para receber as novas luminárias foram

identificados nas áreas de diagnóstico 2, na rua Tavares Bastos, objetivando uma comparação com

os níveis de iluminamento medidos.

Figura 4: lum. LED- 15W Figura 5: lum. LED 41W Figura 6: lum. LED 42W

Fonte: SCHERÉDER

4- RESULTADOS ESPERADOS

4-1 RECOMENDAÇÕES

a- Entre os resultados esperados encontra-se a redução no consumo de energia elétrica,

devido a menor demanda de potência com o uso de LED, o que contribuirá para a redução

de emissões de carbono na atmosfera;

b- Devido ao maior tempo de vida útil do LED, com cerca de 50.000 h, poderá ocorrer uma

diminuição no gasto com mão de obra operacional na manutenção de IP;

c- O maior índice de reprodução de cor do LED vai propiciar uma melhor qualidade na

identificação das cores com uma consequente iluminação de mais qualidade;

d- Com a oferta de um novo modelo de IP para comunidades carentes, fica indicada

uma maior sensação de segurança e resgatam-se, no período noturno, as áreas possíveis

de lazer, respeitando-se as especificidades locais e de forma sustentável.

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5- CONCLUSÕES

Ao se promover o bem-estar social e o resgate da cidadania junto aos cidadãos das

comunidades carentes, inicia-se uma mudança cultural, pois como já citado, o crescimento das

comunidades carentes em uma megacidade como o Rio de Janeiro é algo que impressiona. Este

fato traz junto com o crescimento populacional, sérios problemas, principalmente de infraestrutura

básica. Assim, a necessidade de buscar soluções e diretrizes voltadas ao desenvolvimento

sustentável é cada vez mais urgente. Neste sentido, um dos caminhos encontrados pode ser no

fornecimento de iluminação pública de alta qualidade, utilizando tecnologia de energia mais

limpa, visando à conscientização desta população para com o meio social e ambiental.

Deve-se realçar que a implantação das UPPs nas comunidades carentes do Rio de Janeiro

propicia um momento favorável a projetos de iluminação e ao resgate da convivência em espaços

públicos, pois a permanência da população fora de suas habitações, em ruas, praças, jardins e

áreas de lazer, favorece a socialização e a vida comunitária.

Aliada a esta situação, tem-se a identificação, de forma contundente, da importância e

necessidade de melhorias da IP da comunidade Tavares Bastos, considerada uma comunidade-

tipo, através de enquete elaborada com os moradores, e visitas realizadas pelos representantes da

RIOLUZ, UFRJ e SCHERÉDER.

O interesse dos técnicos da RIOLUZ neste estudo, com solicitação de relatórios das visitas e

medições de campo efetuadas na comunidade Tavares Bastos pelo representante da UFRJ, reforça

a oportunidade de se obter dados e informações desta nova tecnologia (LED) aplicada em

comunidades carentes na cidade do Rio de Janeiro.

Por fim, a implementação dos serviços de IP com LED nas comunidades carentes, atenderá

aos quatro pilares da Sustentabilidade, a seguir:

1 - Econômico – com a redução dos gastos com consumo de energia elétrica;

2 - Social - com a utilização de iluminação adequada os moradores que estarão inseridos em

um do processo de mudança, com mais qualidade de vida;

3 - Ambiental – com o uso de materiais sustentáveis, como a tecnologia LED, atenderá,

também, ao protocolo RHOS não emitindo raios ultravioletas, prejudiciais aos insetos;

4 - Energético - com a eficientização de energia, principalmente no horário de pico, poderá

ocorrer influência na matriz energética da localidade e até na regional do país.

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Assim, indica-se no contexto deste trabalho, que esta pesquisa de IP para comunidades

carentes foi aceita pela representante de IP no município do Rio de Janeiro, contando com o apoio

de empresas de LED (representada pelo fabricante citado), mas a sua implantação pelos gestores

municipais, em larga escala, está ainda em desenvolvimento, apresentando progressos, contudo,

necessita de ações positivas, como a de divulgação dos esforços aqui relatados, o que poderá

propiciar a sua significativa consolidação ou até a oferta de novas alternativas.

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